A vinha à sombra dos painéis fotovoltaicos

Com os indícios claros de aquecimento global e suspeitas de períodos de seca prolongada, os cientistas agrícolas procuram soluções para resolver, ou amortizar os efeitos do clima em zonas geográficas mais quentes e secas. Um interessante estudo acabou de ser publicado pela Câmara de Agricultura da região de Vaucluse (no sul de França, logo acima […]
Com os indícios claros de aquecimento global e suspeitas de períodos de seca prolongada, os cientistas agrícolas procuram soluções para resolver, ou amortizar os efeitos do clima em zonas geográficas mais quentes e secas.
Um interessante estudo acabou de ser publicado pela Câmara de Agricultura da região de Vaucluse (no sul de França, logo acima de Marselha). Em estudo estava o comportamento de uma parcela de vinha da casta Grenache Noir. Uma parte da parcela foi deixada como de costume (como testemunha), mas cerca de 600 m2 tinham por cima, a 4,20 m de altura, painéis solares (para deixar passar os tractores e outras máquinas). Ora, estes painéis são controlados por um programa informático que foi concebido com base nas necessidades da videira: ora se inclinava mais ou menos, consoante seria necessário mais sol ou sombra. Os painéis conseguiam, no limite, cobrir 66% da área de vinha. Os investigadores criaram ainda várias situações intermédias, para tentar tirar o máximo partido da experiência.
Ora bem, os primeiros resultados mostram que as vinhas abrigadas pelos painéis conseguiram resistir melhor aos fortes calores do Verão de 2019. Estas videiras não só maturaram mais tarde (6 a 13 dias depois) como demonstraram ter menos stress hídrico. Ou seja, precisariam de menos 12 a 34 % de água, consoante as configurações dos painéis. O sombreamento teve ainda um efeito positivo no peso dos bagos, superior em 17% nas videiras protegidas.
As uvas da testemunha e da zona sombreada foram vinificadas à parte e verificou-se que nestas últimas foi mais alto o nível de antocianas (+13%), assim como na acidez total (de +9 a +14% consoante os testes). Ou seja, melhores resultados para a sombra. Curiosamente, o teor de álcool revelou-se igual em todos os testes.
Estes ensaios foram promovidos pela empresa Sun’Agri, empresa francesa especializada em agricultura e painéis fotovoltaicos. Se forem confirmados em futuras experiências, estes resultados podem ajudar a resolver três problemas: mais espaço para a instalação de painéis, a produção (vendável) de energia eléctrica e, ao mesmo tempo, um meio de melhorar a qualidade das uvas nas regiões mais quentes e ensolaradas de Portugal. (texto de António Falcão. Foto: direitos reservados)
Alentejo: novo espaço da Rota dos vinhos com muita tecnologia

Francisco Mateus, presidente da Comissão Vitivinícola Regional Alentejana (CVRA) e Tiago Caravana (director de marketing) foram os grandes anfitriões da visita de inauguração das novas instalações da Rota de Vinhos do Alentejo, das mais antigas de Portugal (está em funcionamento desde 1997). As novas instalações, em Évora, estão a ocupar uma antiga casa senhorial, que […]
Francisco Mateus, presidente da Comissão Vitivinícola Regional Alentejana (CVRA) e Tiago Caravana (director de marketing) foram os grandes anfitriões da visita de inauguração das novas instalações da Rota de Vinhos do Alentejo, das mais antigas de Portugal (está em funcionamento desde 1997).
As novas instalações, em Évora, estão a ocupar uma antiga casa senhorial, que foi integralmente modificada para a Rota, possuindo muito mais espaço que as anteriores. Em termos de localização, esta nova ‘Rota’ está também melhor situada, mais perto do centro turístico da cidade. Espaço é coisa que aqui não falta, até porque o edifício possui dois andares. Se nas anteriores instalações o espaço dava apenas para provas de vinhos (ou quase), este permite ter mais centros de interesse, a começar num completo roteiro do histórico da vinha e do vinho no Alentejo. Enormes painéis ilustrados mostram o que aconteceu desde datas tão remotas como a de dez mil antes de Cristo, e continua até aos nossos dias. Um outro painel fala da sustentabilidade nas vinhas e adegas alentejanas. A informação é completada por vários televisores que mostram filmes da actividade vínica alentejana.
Requintes tecnológicos
Destaque para dois apontamentos muito interessantes, dirigido aos enófilos mais avançados. Um deles é um conjunto de cinco recipientes verticais, contendo tipos de solo existente nas vinhas do Alentejo. Só por curiosidade, diremos que três deles têm como rocha mãe o xisto; os restantes dois repousam em granito. Francisco Mateus disse-nos que a CVR já tem cadastrados mais de 60 tipos de solo diferentes; esta é apenas uma selecção dos mais comuns.
O outro destaque vai para cinco painéis de bom tamanho, contendo a foto e a descrição de cinco castas emblemáticas: as brancas Antão Vaz e Roupeiro e as tintas Aragonês, Alicante Bouschet e Trincadeira. Cada um destes painéis tem por baixo uma espécie de recipiente (tipo decanter) cheio com um líquido transparente; dentro do líquido está um tubo flexível que termina, já cá fora, numa bomba de pêra. O visitante aperta a bomba, que provoca bolhas no líquido e, ao mesmo tempo, aproxima o nariz da boca do decanter. Sente assim os aromas fundamentais da casta. É, quanto a nós, uma iniciativa bem interessante e informativa.

Se quiser provar os vinhos, contudo, terá de passar ao lado oposto da sala, onde está a secção de provas. A Rota tem cerca de seis vinhos diferentes todas as semanas (usualmente dois vinhos de três produtores) e a prova custa 5 euros. Se gostou de algum vinho pode comprá-lo de seguida. Tal como pode adquirir muitos outros, consultando uma lista que a rota terá disponível. Os vinhos estão em gavetões de madeira com o logotipo dos respectivos produtores impresso a laser, mas a sua capacidade é, obviamente, limitada. Logo ao lado, a rota dispõe ainda de um grande monitor interactivo onde é possível visitar virtualmente as explorações e marcar visitas. Esta facilidade, disse-nos Teresa Chicau, que gere este espaço, está também disponível no site da Rota, e com ainda maiores funcionalidades.
O piso superior alberga uma sala onde podem ser realizadas formações e provas especiais, assim como duas salas de generosas dimensões, para toda a espécie de eventos. Até agora, a maioria dos visitantes tem vindo de três nações: Estados Unidos, França e Brasil.
Uma história do n.º 88 da Rua 5 de Outubro
O projecto das novas instalações iniciou-se em 2017, tendo implicado um investimento de 750 mil euros, que teve o apoio do Turismo de Portugal no âmbito da Linha de Apoio à Valorização Turística do Interior (no valor de 320 mil euros). A CVRA realizou depois um concurso para apresentação de propostas para a criação de experiência e vinhos no Alentejo, onde seleccionou a LLYC e a agência NOSSA, ambas sediadas em Lisboa, para desenvolver, acompanhar e implementar a parte criativa e de conteúdos. Para o projecto de arquitectura e obras de requalificação do edifício a CVRA optou por empresas alentejanas: entraram assim a Arquitecturar e Yábura, ambas sedeadas em Évora.
O primeiro grande objectivo deste espaço, ligado directamente ao departamento de marketing da CVR alentejana, é o de mostrar os vinhos alentejanos; mas o fundamental, disse-nos Francisco Mateus, “é que as pessoas depois saiam e vão visitar”. E continua: “o lançamento deste novo espaço transmite a visão e a ambição da CVRA para os próximos anos, com o objectivo de tornar o Alentejo uma referência mundial na área do enoturismo.” Considerando que, desde 2014, o Alentejo já recebeu 9 distinções sucessivas enquanto destino de enoturismo, chegar ao objectivo parece estar muito próximo. (texto de António Falcão. Fotos cortesia CVR Alentejana)
Prova e colóquio “Os tintos do futuro na região dos Vinhos Verdes”

Será na Casa do Vinho Verde, no dia 1 de Abril, que acontecerá a prova e o colóquio organizados pela Comissão de Viticultura da Região dos Vinhos Verdes em parceria com a Grandes Escolhas. Sob o tema “Os tintos do futuro na região dos Vinhos Verdes”, Luís Lopes, director da revista Grandes Escolhas, orientará uma […]
Será na Casa do Vinho Verde, no dia 1 de Abril, que acontecerá a prova e o colóquio organizados pela Comissão de Viticultura da Região dos Vinhos Verdes em parceria com a Grandes Escolhas. Sob o tema “Os tintos do futuro na região dos Vinhos Verdes”, Luís Lopes, director da revista Grandes Escolhas, orientará uma prova de trinta vinhos desta região e de outras, como Rias Baixas, Ribeiro e Ribeira Sacra . De seguida, no colóquio em mesa redonda, Luís Lopes e os enólogos Frederico Falcão, Anselmo Mendes e António Ventura – que apoiarão o crítico também na prova – discutirão, com a contribuição dos participantes, assuntos como as castas, perfis de vinho, quais devem ser os tintos do futuro na região, e outros.
Programa
09:00 – Recepção dos participantes
09:30 – Dos tintos que produzimos para os tintos que queremos – Manuel Pinheiro (Presidente CVRVV)
10:15 – Prova comentada de vinhos. Mesa redonda com Luís Lopes, Frederico Falcão, Anselmo Mendes e António Ventura
13:30 – Almoço
Duração: 4h
Inscrições aqui.
Valor e modo de pagamento: €50 (inclui o almoço e a prova dos 30 vinhos). A inscrição é aceite após o pagamento para o NIB PT50 0007 0410 00611980005 21.
Algarve muda imagem e afina estratégias

Para o consumidor do resto do país, os vinhos algarvios não são desconhecidos, mas quase. Muitos dos vinhos aqui produzidos (cerca de 80%!) ficam no próprio mercado algarvio, que não só consegue suportar grande parte da produção, como inclusive paga melhor, em média, que no resto do país. Um produtor de nacionalidade alemã vende a […]
Para o consumidor do resto do país, os vinhos algarvios não são desconhecidos, mas quase. Muitos dos vinhos aqui produzidos (cerca de 80%!) ficam no próprio mercado algarvio, que não só consegue suportar grande parte da produção, como inclusive paga melhor, em média, que no resto do país. Um produtor de nacionalidade alemã vende a totalidade das suas garrafas no seu país de origem.
Por outro lado, apesar do aumento do número de produtores, a área de vinha e respectiva produção pouco tem aumentado. Não há falta de investidores, nem falta de dinheiro para investir. De facto, em 2019 foram pedidos cerca de 150 hectares para novas plantações, mas a grande maioria não foi aceite, garantiu-nos a presidente da Comissão Vitivinícola do Algarve (CVR), Sara Silva. Muito encepamento tem recaído em castas estrangeiras, mas tem aparecido algum revivalismo, aqui e ali, no que toca às castas mais tradicionais, como a Negra-Mole e Crato-Branco. “Os produtores estão a agora a tirar todo o potencial da Negra-Mole, que é uma casta muito versátil, produzindo palhetes, brancos de tintas, rosés e tintos pouco alcoólicos”, garante Sara Silva. Infelizmente, são poucas e pequenas as vinhas de cepas muito velhas. De tal maneira que Sara nos disse que considera neste momento Vinhas Velhas as que têm cerca de 25 anos e acima. A CVR está ainda a fazer o cadastro de todas as vinhas da região.
Sara divulgou-nos mais alguns dados do Algarve vínico: dos 45 produtores de vinho registados, só 30 possuem marcas no mercado. Os maiores certificadores são a Casa Santos Lima, a Quinta dos Vales e a Quinta do Barranco Longo. Ao todo estamos a falar de uma produção de quase 1,4 milhões de garrafas/ano, sobretudo em tintos e a grande maioria em Regional Algarve (DOC é apenas 5%!). Mas, diz Sara Silva, “os brancos e rosés estão em subida”. No total, a área de vinha apta para vinho do Algarve é de apenas 800 hectares. Note-se, em comentário à parte, que alguns produtores portugueses têm maior área de vinha e muitos outros produzem mais do que toda a região algarvia!
Considerando isto e o que se disse antes, a CVR Algarve resolveu afinar as suas estratégias de promoção e, ao mesmo tempo, mudar a identidade visual dos Vinhos do Algarve. No primeiro caso, Sara Silva, diz que “a focalização na qualidade será o caminho a seguir pela região”. A direcção da CVR acha que, dada a dimensão geográfica do Algarve, não será possível competir em escala. Por isso, a aposta de promoção vai ser dirigida ao mercado nacional, e mais especificamente, ao mercado regional. Neste sentido, vão iniciar-se acções dirigidas ao canal Horeca (hotelaria, restauração, cafés) o qual ainda apresenta, diz-nos Sara, um “enorme potencial de crescimento para os Vinhos do Algarve”. Ao mesmo tempo, a CVR irá realizar outras acções, dirigidas ao mercado do turismo (nacional e internacional), em parceria com a Região do Turismo do Algarve. O principal alvo serão as feiras, postos de turismo e o aeroporto de Faro.
Para reforçar a estratégia e o esforço de promoção, foi criada uma nova logomarca que irá reforçar, junto da restauração e do público final, “a qualidade, diversidade e exclusividade dos Vinhos do Algarve”. O novo logotipo retrata assim os principais ícones e lifestyle do Algarve – sol, gastronomia, férias, património, tradições e praia.
Para levar este plano adiante, a CVR do Algarve irá investir 120 mil euros ao longo dos próximos dois anos. (texto de António Falcão)
Já são conhecidos os Prémios Boa Cama Boa Mesa 2020

A cerimónia anual de entrega de prémios do Guia Boa Cama Boa Mesa decorreu ontem, dia 3 de Março, na sede do Grupo Impresa, em Paço de Arcos. Rui Paula, o chefe responsável pela cozinha do restaurante Casa de Chá da Boa Nova em Matosinhos, foi o vencedor do prémio Chefe do Ano da edição […]
A cerimónia anual de entrega de prémios do Guia Boa Cama Boa Mesa decorreu ontem, dia 3 de Março, na sede do Grupo Impresa, em Paço de Arcos.
Rui Paula, o chefe responsável pela cozinha do restaurante Casa de Chá da Boa Nova em Matosinhos, foi o vencedor do prémio Chefe do Ano da edição de 2020 do Guia. O restaurante que lidera, localizado no icónico edifício da Casa de Chá da Boa Nova, desenhado pelo arquitecto Siza Vieira, foi também galardoado com o troféu Garfo de Platina. Rui Paula sucede assim a Hans Neuner, chefe executivo do restaurante Ocean, do resort Vila Vita Parc, no Algarve, vencedor em 2019 e que este ano mantém o Garfo de Platina.
O icónico restaurante da Casa de Chá da Boa Nova abriu em 2014 – num edifício primorosamente reconstruído e Monumento Nacional desde 2011 – e em 2017 foi distinguido pelo Guia Michelin com 1 Estrela. Em Novembro de 2019 recebeu a segunda estrela Michelin.
Na cerimónia de entrega de prémios do Guia Boa Cama Boa Mesa 2020 foram ainda anunciados os 62 vencedores, divididos entre as vertentes de Boa Cama e de Boa Mesa. Nos alojamentos, a grande novidade foi a atribuição, pela primeira vez, de uma Chave de Platina ao projecto São Lourenço do Barrocal, em Reguengos de Monsaraz, e a entrega de uma Chave de Ouro para o Savoy Palace, no Funchal. Já nos restaurantes, referência para a subida a Garfo de Platina da Casa de Chá da Boa Nova, em Matosinhos, e do The Yeatman em Vila Nova de Gaia. O restaurante Alma, em Lisboa, subiu nesta edição à categoria de Garfo de Ouro. O Prémio Carreira Boa Cama Boa Mesa 2020 foi atribuído a Jorge Rebelo de Almeida, fundador e presidente do grupo Vila Galé.
A lista completa de premiados do Guia Boa Cama Boa Mesa 2020:
CHAVE DE PLATINA
São Lourenço do Barrocal (Reguengos de Monsaraz)
Ritz Four Seasons Hotel Lisboa (Lisboa)
The Yeatman (Vila Nova de Gaia)
Vila Vita Parc (Lagoa)
CHAVE DE OURO
Carmo’s Boutique Hotel (Ponte de Lima)
Casas do Côro (Meda)
H2otel Congress & Medical Spa (Covilhã)
Herdade da Malhadinha Nova (Beja)
Penha Longa Resort (Sintra)
Rio do Prado (Óbidos)
Savoy Palace (Funchal)
Six Senses Douro Valley (Lamego)
Sublime Comporta (Grândola)
Torre de Palma Wine Hotel (Monforte)
Vidago Palace Hotel (Chaves)
CHAVE DE PRATA
Anantara Vilamoura (Loulé)
Areias do Seixo (Torres Vedras)
Bairro Alto Hotel (Lisboa)
Belmond Reid’s Palace (Funchal)
Casa de São Lourenço – Burel Panorama Hotel (Manteigas)
Dá Licença (Estremoz)
EPIC SANA Algarve (Albufeira)
Grand Hotel Açores Atlântico (Ponta Delgada)
Les Suites at The Cliff Bay (Funchal)
Luz Charming Houses (Ourém)
Martinhal Sagres (Vila do Bispo)
Monumental Palace (Porto)
Quinta da Comporta (Grândola)
Santa Bárbara Eco Beach Resort (Ribeira Grande)
Sapientia Boutique Hotel (Coimbra)
GARFO DE PLATINA
Casa de Chá da Boa Nova (Matosinhos)
Feitoria (Lisboa)
Ocean (Lagoa)
The Yeatman (Vila Nova de Gaia)
GARFO DE OURO
A Cozinha por António Loureiro (Guimarães)
Alma (Lisboa)
Belcanto (Lisboa)
Euskalduna Studio (Porto)
LOCO (Lisboa)
Mesa de Lemos (Viseu)
Rei dos Leitões (Mealhada)
Restaurante G (Bragança)
Vila Joya (Albufeira)
Vista (Portimão)
GARFO DE PRATA
100 Maneiras (Lisboa)
Antiqvvm (Porto)
Bon Bon (Lagoa)
EPUR (Lisboa)
Ferrugem (Vila Nova de Famalicão)
Fifty Seconds by Martín Berasategui (Lisboa)
Fortaleza do Guincho (Cascais)
Il Gallo d’Oro (Funchal)
JNcQUOI (Lisboa)
LAB by Sergi Arola (Sintra)
Largo do Paço (Amarante)
O Paparico (Porto)
Pedro Lemos (Porto)
Pequeno Mundo (Loulé)
Prado (Lisboa)
Restaurante Noélia (Tavira)
Vistas (V. R. de Santo António)
Taberna Ó Balcão (Santarém)
Mais manifestações vínicas adiadas por causa do COVID-19

Depois da ProWein, a maior feira mundial de vinho, ter sido adiada, chegou agora a vez da Vinitaly, que se iria celebrar a 19 de Abril na cidade italiana de Verona. O organizador, a empresa Veronafiere, adiou a Vinitaly, com cariz internacional, para as datas de 14 a 17 de Junho. A Grandes Escolhas soube […]
Depois da ProWein, a maior feira mundial de vinho, ter sido adiada, chegou agora a vez da Vinitaly, que se iria celebrar a 19 de Abril na cidade italiana de Verona. O organizador, a empresa Veronafiere, adiou a Vinitaly, com cariz internacional, para as datas de 14 a 17 de Junho. A Grandes Escolhas soube de adiamentos de outros eventos vínicos semelhantes no Reino Unido, Hong Kong, Singapura e França.
Por todo o lado da Europa estão a ocorrer adiamentos (ou cancelamentos) em todos os ramos do comércio, indústria e serviços.
Mural de Vhils homenageia Fernando Guedes, notável ex-líder da Sogrape

A sede da Sogrape, em Avintes, foi o local escolhido para a construção de um mural de homenagem a Fernando Guedes, uma obra da autoria do mundialmente afamado Vhils e que representa o rosto de uma figura emblemática no sucesso e história da Sogrape. O mural foi revelado no mês passado durante a apresentação do […]
A sede da Sogrape, em Avintes, foi o local escolhido para a construção de um mural de homenagem a Fernando Guedes, uma obra da autoria do mundialmente afamado Vhils e que representa o rosto de uma figura emblemática no sucesso e história da Sogrape.
O mural foi revelado no mês passado durante a apresentação do vinho Legado 2015, uma criação que representa também uma homenagem à passagem do tempo e de um valioso testemunho que Fernando Guedes deixou à empresa, à família e às gerações vindouras. A obra, com o retrato de Fernando Guedes esculpido, eterniza um legado de valores e memórias felizes de um Homem inspirador, determinado e de progresso, que nutria uma profunda paixão pela arte.
Em agradecimento e homenagem a seu pai, Fernando Guedes, os três irmãos Salvador, Manuel e Fernando elegeram o artista português Alexandre Farto, o maior nome da arte urbana em Portugal e mais conhecido como Vhils, para dar vida a uma obra de arte única.
Plastic Free Certification chega a Portugal para revolucionar a restauração

Depois do Mirazur (3*), em França, ter sido o primeiro restaurante do mundo a obter a Plastic Free Certification, o tempo é de “espalhar a mensagem” e chegar a outros países. Em Portugal, Espanha e Brasil, a Chefs Agency – empresa de comunicação que acredita “genuinamente que através da gastronomia é possível promover alternativas sustentáveis” […]
Depois do Mirazur (3*), em França, ter sido o primeiro restaurante do mundo a obter a Plastic Free Certification, o tempo é de “espalhar a mensagem” e chegar a outros países. Em Portugal, Espanha e Brasil, a Chefs Agency – empresa de comunicação que acredita “genuinamente que através da gastronomia é possível promover alternativas sustentáveis” – está a desenvolver este projecto para angariar, informar e ajudar seguidores desta tendência mundial, a adoptarem novas medidas sustentáveis, e a impulsionarem esta mudança em cadeia. Para que este efeito venha a ser uma realidade, houve uma grande preocupação em sistematizar um modelo acessível, para que qualquer restaurante ou empresa sensível a esta causa possa accionar o processo de forma simples:
Após uma tomada de consciência por parte da empresa a certificar, o primeiro contacto poderá ser feito facilmente por telefone (211 327 797) ou por email (info@chefsagency.net) ou através do site. De seguida, será enviado um formulário pela Plastic Free Cerification, no qual será solicitada informação sobre a organização, como número de colaboradores, instalações adicionais, entre outras características da empresa para, a partir daí, a avaliação de certificação ser orçamentada de acordo a dimensão e especificidades da organização. Numa fase seguinte, após aprovação do orçamento e assinatura de um acordo de confidencialidade, os responsáveis pela entidade a certificar terão o apoio e acompanhamento do research center da Plastic Free Certification, que poderá facultar informação sobre materiais e linhas gerais de orientação, bem como partilhar boas práticas, com vista a potenciar o melhor nível de certificação possível (classificado de A a E). Como etapa final, é marcada uma inspecção com um auditor independente, certificado pela União Europeia, que irá recolher os dados necessários para um comité interno de avaliação finalizar o processo com a atribuição da classificação, certificando a empresa. Posteriormente, a curto/médio prazo, a organização pode, e deve, definir e pôr em prática um plano de redução de plásticos, para que anualmente possa renovar a sua certificação, e melhorar a sua classificação, repetindo o processo junto da Plastic Free Certification.
A certificação Plastic Free Certification surge da ambição do chef argentino Mauro Colagreco, de reduzir a utilização de plástico no restaurante Mirazur – o seu restaurante em Menton, França – que em 2019 conquistou a terceira estrela Michelin. Nesta procura por uma forma eficaz de reduzir e eliminar plástico na gestão diária do seu restaurante, Colagreco alocou um recurso da sua equipa a esta busca exaustiva – junto de especialistas e ambientalistas – por substitutos do plástico. Assim se deu o início da redução ou eliminação de plásticos, e da implementação de alternativas sustentáveis no Mirazur. Para dar corpo a este projecto, a equipa que o desenvolveu conjugou esforços para tornar real este desejo do chef do Mirazur, e criou uma startup, à qual a Chefs Agency se associa como empresa parceira de comunicação e representação para a certificação Plastic Free Certification em Portugal, Espanha e Brasil.
A ideia, como afirmou a Chefs Agency em comunicado de imprensa, é que cada empresa que dê este passo provoque a mudança à sua volta, nos sectores adjacentes à sua área de actuação, o que poderá fazer uma grande diferença na vida das organizações, na vida das pessoas, e na vida do planeta.