NATAL: Que vinhos?

TEXTO Mariana Lopes e Luís Lopes Portugal é um país de diversidade gastronómica, e isso também se aplica, naturalmente, ao Natal. Somos um povo de ritual e de tradição e que prima por ter uma mesa recheada nesta época, cada região à sua maneira. Mas somos, também, um país de bons vinhos, e a variedade […]

TEXTO Mariana Lopes e Luís Lopes

Portugal é um país de diversidade gastronómica, e isso também se aplica, naturalmente, ao Natal. Somos um povo de ritual e de tradição e que prima por ter uma mesa recheada nesta época, cada região à sua maneira. Mas somos, também, um país de bons vinhos, e a variedade de estilos permite-nos jogar com a (grande) lista de pratos típicos da Natividade portuguesa.
Nesta altura, não vale a pena pensar em dietas. Não é por aí que o gato vai às filhoses, mas nós vamos, de certeza. E com vinho.

Polvo cozido

O polvo cozido com batatas e couve é um prato típico do Natal de Trás-os-Montes, Douro e Minho. O azeite com que é temperado pede um branco cheio, mas com boa acidez, que podemos ir buscar aos melhores Alvarinho e Loureiro da região dos Vinhos Verdes mas também aos brancos das zonas altas do Douro, por exemplo do planalto de Alijó. E assim ficamos em casa.

Bacalhau

O rei da consoada portuguesa, presente nas mesas de Norte a Sul do país. Cozido, com batata e couve, ou assado no forno. Ainda que haja quem aprecie o nobre bacalhau com tinto, o português gosta de ter a posta a nadar no prato (em azeite, claro) e aí estamos no território dos brancos encorpados mas frescos. Tal como o bacalhau, transversal ao país, é a casta Arinto, que a solo ou acompanhada é base de grandes brancos. Mais regionalmente exclusiva, mas originando vinhos perfeitos para este prato, a Encruzado, do Dão.

Cabrito

Assado com batatas também assadas, faz o dia de Natal das Beiras e da zona do país conhecida como Estremadura. Para o cabrito de forno, sugerem-se tintos com algum vigor tânico (mas sem excessos!) capazes de lidar com a intensidade e gordura do prato. Douro (Touriga Nacional e Touriga Franca), Lisboa (Cabernet Sauvignon) e mesmo um Dão mais austero e fechado serão boa companhia.

Galo/Galinha

O Alentejo e o Algarve elegem o galo assado no forno como preferido para a consoada (a par do bacalhau). A galinha reina no Natal dos Açores. Em canja (também na Madeira), assada ou guisada. Para estas carnes brancas, um tinto gordo e sedoso da Península de Setúbal ou do Alentejo vai muito bem. Mas para os mais intrépidos, sugerimos um branco tradicional, sério e austero, da Bairrada, ou um Verdelho açoreano. Atreva-se!

Peru

Ainda nas terras do Sul, é o favorito no dia de Natal, de preferência recheado e assado no forno. Carne relativamente seca (ainda que a secura seja mitigada pela gordura do recheio), o peru precisa de um vinho sumarento e envolvente. Um Touriga Nacional da Beira Interior ou um Syrah do Tejo ou do Algarve farão maravilhas por esta ave desde sempre associada ao Natal.

Porco

Assado, no dia de Natal, em algumas zonas do Norte interior do país, e na Madeira, aqui aos cubos temperado em vinha-de-alhos e servido com migas de pão e legumes. Tintos com corpo e acidez é o que é preciso para dar conta da intensidade da carne de porco: Alicante Bouschet do Alentejo, um lote duriense com Sousão ou um transmontano com Tinta Amarela poderão ser óptima companhia.

Leitão

O leitão assado tem vindo, aos poucos, a conquistar o dia de Natal de muitos portugueses, de todos os cantos do país. Por isso merece um lugar nesta lista, apesar da sua expressão, nesta época, ainda não ser superlativa. Leitão, que me desculpem, é Bairrada. Seja em tinto (com os taninos e acidez da Baga a limparem a gordura do bicho) seja em espumante, de preferência branco, cheio de frescura e vibração. Este último até tem a vantagem da polivalência, acompanhando a refeição do princípio ao fim.

Os doces

Filhoses, broas de natal, azevias, frutos secos, bolo rei, rabanadas, aletria, coscorões, bolo de mel da Madeira, pão de ló, sonhos de abóbora (ou bilharacos), etc. A lista não tem fim, como não têm fim os vinhos que se podem juntar a estas iguarias. Com vinhos licorosos doces, harmonizamos pela semelhança: Porto Tawny 10 ou 20 anos com os bolos de ovos ou frutos secos, Porto LBV ou Vintage com os doces de chocolate, Moscatel de Setúbal com os doces de citrinos (limão e laranja) e, é claro, a parceria insuperável do Boal da Madeira com o bolo de mel. Se quisermos harmonizar pelo contraste: espumante, espumante, espumante! Aqui pedem-se espumantes elegantes, com aromas de biscoito, da região do Távora-Varosa. E até podemos levar o copo para a cama…

Boas Escolhas Espumantes 2018

[vc_row type=”in_container” full_screen_row_position=”middle” scene_position=”center” text_color=”dark” text_align=”left” overlay_strength=”0.3″ shape_divider_position=”bottom”][vc_column column_padding=”no-extra-padding” column_padding_position=”all” background_color_opacity=”1″ background_hover_color_opacity=”1″ column_shadow=”none” column_border_radius=”none” width=”1/1″ tablet_text_alignment=”default” phone_text_alignment=”default” column_border_width=”none” column_border_style=”solid”][vc_column_text] Entre em grande no novo ano! [/vc_column_text][/vc_column][/vc_row][vc_row type=”in_container” full_screen_row_position=”middle” scene_position=”center” text_color=”dark” text_align=”left” overlay_strength=”0.3″ shape_divider_position=”bottom”][vc_column column_padding=”no-extra-padding” column_padding_position=”all” background_color_opacity=”1″ background_hover_color_opacity=”1″ column_shadow=”none” column_border_radius=”none” width=”1/1″ tablet_text_alignment=”default” phone_text_alignment=”default” column_border_width=”none” column_border_style=”solid”][vc_column_text] As 10 melhores* relações qualidade/preço na compra de espumantes para esta […]

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Entre em grande no novo ano!

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As 10 melhores* relações qualidade/preço na compra de espumantes para esta noite mágica!

* Top 10 Espumantes provados até à edição de Dezembro 2018 com selo Boa Escolha 2018.

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Veja mais em Pesquisa de Vinhos

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Top 10 Espumantes 2018

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Entre em grande em 2019!

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As 10 melhores escolhas de espumantes para esta noite mágica!

* Top 10 Espumantes provados até à edição de Dezembro 2018 ordenados pela melhor classificação de prova.

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Veja mais em Pesquisa de Vinhos

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Solar das Bouças muda de mãos

Solar das Bouças, casa , vinha

O Solar das Bouças, situado a 15 Kms de Braga, foi vendido pela família Van Zeller a uma sociedade de investimentos onde pontua um industrial da área têxtil, António Ressurreição.  Este empresário, de 61 anos, disse-nos que foi “uma compra de paixão”, e a primeira que faz no mundo da vinha: “antes era apenas um […]

O Solar das Bouças, situado a 15 Kms de Braga, foi vendido pela família Van Zeller a uma sociedade de investimentos onde pontua um industrial da área têxtil, António Ressurreição.  Este empresário, de 61 anos, disse-nos que foi “uma compra de paixão”, e a primeira que faz no mundo da vinha: “antes era apenas um apaixonado dos vinhos à mesa”, gracejou. A aquisição compreendeu terra, imobiliário e marcas, que vão continuar. António Ressurreição, residente em Braga mas nascido em Barcelos, não quer apenas continuar com o que existia: “não posso ainda divulgar nada de concreto mas tenho ideias muito ambiciosas para este projecto, que, a ser concretizado, será um marco importante e interessante nesta região de Braga”. O empresário só irá revelar mais pormenores em 2019. A única alteração, para já, é a entrada do experiente Fernando Moura para a consultoria de enologia.

O Solar dos Bouças (e algumas parcelas adjacentes ou próximas) era pertença de cinco irmãos Van Zeller . Os dois mais ligados ao vinho, Álvaro e Fernando, ainda tentaram ficar com a propriedade, mas, disse-nos Álvaro, “as tornas eram muito elevadas”. Não foram divulgados valores da transacção.

Recorde-se que a quinta se estende por 37 hectares (22,5 de vinhas) e possui um majestoso solar. A propriedade, que remonta ao séc. XVIII, tem tido uma vida atribulada, mudando de mãos por três vezes nos últimos 50 anos. Segundo se pode ler no site da marca, o Solar das Bouças, em estado de abandono, foi adquirida por Albano Castro Sousa, “que o transformou numa das mais respeitadas casas produtoras de Vinho Verde e um dos primeiros a apostar nas potencialidades dos vinhos de quinta”. Mais tarde, já nos anos 90, a propriedade foi vendida à Quinta do Noval, pertença da família van Zeller. Quando o Noval foi alienada para o grupo AXA Millésimes, o Solar das Bouças passou para as mãos de Fernando van Zeller. Este empresário renovou as casas da propriedade, incluindo a reconstrução total do magnífico solar. (António Falcão)

Honore: celebrar o Crasto com vinhos extraordinários

TEXTO Mariana Lopes FOTOS Quinta do Crasto Quatrocentos anos de Quinta do Crasto, cem na família de Leonor e Jorge Roquette. Um motivo mais do que suficiente para celebrar, e ainda mais para lançar grandes vinhos: um Douro, Honore tinto 2015, e um Porto, Honore Very Old Tawny. Em 1615, a propriedade passa a ser […]

TEXTO Mariana Lopes
FOTOS Quinta do Crasto

Quatrocentos anos de Quinta do Crasto, cem na família de Leonor e Jorge Roquette. Um motivo mais do que suficiente para celebrar, e ainda mais para lançar grandes vinhos: um Douro, Honore tinto 2015, e um Porto, Honore Very Old Tawny.
Em 1615, a propriedade passa a ser conhecida pelo nome actual e, no início do século XX, Constantino de Almeida, avô de Leonor Roquette, adquire-a. “Honore et Labore” é a máxima do Crasto e o que se lê no seu logo. “Quando vi a Quinta do Crasto, em 1962, apaixonei-me, perguntei de quem era a propriedade e casei-me com a dona, no mesmo ano. Correu-me bem. Felizmente, mantenho ambas as paixões”, declarou Jorge Roquette.

O tinto Honore 2015 tem origem nas centenárias Vinha da Ponte e Vinha Maria Teresa, parcelas que são o “ex-libris” do Crasto, com 1.96 hectares e 4.7, respectivamente. “Estas vinhas são dois quebra-cabeças para a enologia e a viticultura”, contou o enólogo Manuel Lobo. De características ímpares e franca beleza natural, dão nome a dois vinhos igualmente únicos, mas agora unem-se para criar um vinho irresistível e sedutor. O lote divide-se em 71% de uvas da Maria Teresa e 29% da Ponte e, segundo Manuel Lobo, “É um vinho onde não existe intervenção enológica”. São 1615 garrafas Magnum, em jeito de homenagem aos 400 anos, vendidas juntamente com um livro escrito por Gaspar Martins Pereira sobre a Quinta do Crasto, e uma embalagem especial. O conjunto tem o valor de 1000 euros.

Já o Honore Very Old Tawny é uma autêntica jóia do espólio da Quinta. Os três cascos deste Vinho do Porto lendário estavam guardados desde a época de Constantino de Almeida, que já os trouxe para o Crasto, tendo envelhecido por mais de um século. Engarrafado em 400 decanters em 2015, um por cada ano de história, inseridos numa embalagem luxuosa desenhada pela Omdesign, estes foram feitos em cristal puro, prata trabalhada à mão, madeira de nogueira totalmente maciça e alcântara cozida manualmente. Uma preciosidade de intensidade, frescura e limpeza surpreendentes, com um preço de 5500 euros. “Neste tawny velho está toda a história da Quinta do Crasto” disse Manuel Lobo. É provar para crer.

Caves São João lança 98 Anos de História

É um vinho do Dão, é branco e da colheita de 2017. Foi este o vinho escolhido pelas Caves São João para dar seguimento à preparação da celebração do centenário da empresa, que decorrerá daqui a dois anos, em 2020. Integrado no projecto “Rumo ao Centenário” e sob a temática 100 Anos de História, esta […]

É um vinho do Dão, é branco e da colheita de 2017. Foi este o vinho escolhido pelas Caves São João para dar seguimento à preparação da celebração do centenário da empresa, que decorrerá daqui a dois anos, em 2020. Integrado no projecto “Rumo ao Centenário” e sob a temática 100 Anos de História, esta casa de Anadia tem vindo a lançar desde 2010, e em cada ano, um vinho comemorativo das diferentes décadas que atravessaram a história da empresa. Desta vez evocou-se a década de 2010 a 2020 e o tema-acontecimento escolhido para a ilustrar foi a descodificação do Genoma Humano, cujo ADN ficou concluído nesses anos. Por isso a rotulagem do vinho vai buscar a inspiração à conhecida espiral de dupla hélice que representa o ADN.
Falando do vinho que foi apresentado à imprensa na Pousada de Viseu, trata-se de um lote feito a partir das castas Encruzado (80%) Cerceal e Malvasia-Fina, ambas com 10% cada. Segundo explicou o enólogo José Carvalheira, houve a preocupação de reduzir ao mínimo a intervenção na adega, de forma a potenciar a grande qualidade da matéria-prima que lhe deu origem e ao mesmo tempo respeitar a memória dos grandes clássicos vinhos brancos do Dão. O vinho fermentou a temperaturas mais elevadas, estagiou sobre borras finas em barricas de madeira usada e foi engarrafado sem estabilização e ligeira filtração.
O resultado é um vinho pleno de subtileza, em que uma inicial austeridade esconde uma grande complexidade aromática com predomínio de notas minerais e vegetal seco. Na boca sobressai a sua frescura com uma acidez viva, aliada a uma grande elegância, deixando antever uma boa parceria à mesa e um excelente potencial de envelhecimento. `
No mesmo almoço foram ainda apresentadas as novidades do Frei João Clássico Bairrada branco 2016 e o Apartado 1 Colheita Tardia Bairrada branco 2016. Mas as principais atenções dos participantes não puderam deixar de se fixar no extraordinário Porta dos Cavaleiros Dão Reserva branco 1984, servido em garrafa magnum. Um dos tais velhos brancos clássicos do Dão que auguram o bom desempenho que se espera do 98 Anos de História.
J.G.

ManzWine construiu nova adega

ManzWine, André Manz

(na foto, André Manz (à esquerda) com o presidente da Câmara Municipal de Mafra, Hélder Sousa Silva. No grupo estão ainda o filho de André, Bruno Manz, e a mulher Margarida Manz). Situada em Cheleiros, concelho de Mafra (e, portanto, região vitivinícola de Lisboa), a ManzWine é uma empresa produtora de vinhos com mais de uma […]

(na foto, André Manz (à esquerda) com o presidente da Câmara Municipal de Mafra, Hélder Sousa Silva. No grupo estão ainda o filho de André, Bruno Manz, e a mulher Margarida Manz).

Situada em Cheleiros, concelho de Mafra (e, portanto, região vitivinícola de Lisboa), a ManzWine é uma empresa produtora de vinhos com mais de uma década de idade. O seu vinho mais conhecido é o branco Dona Fátima, o único varietal do mundo feito da casta Jampal. André Manz, o proprietário, acarinhou esta casta que encontrou em vinhas velhas que adquiriu, e a casta ajudou a dar-lhe notoriedade e sucesso. De tal maneira que André foi comprando mais terra e vinha e a ManzWine consegue exportar os seus vinhos para 20 países. Contudo, a adega que possuía estava a ficar pequena. Este ano surgiu uma nova, edificada também em Cheleiros e cuja inauguração contou com a presença de várias individualidades, incluindo o Presidente da Câmara Municipal de Mafra, Hélder Sousa Silva. A bênção da adega ficou a cargo do Padre Custódio, ex-pároco de Cheleiros e desde há muito um apoiante do projecto da família.

Nova adega ManzWine

A nova adega tem capacidade para vinificar até 400.000 litros de vinho. A adega anterior, a antiga Escola Primária de Cheleiros, um dos edifícios mais antigos da aldeia e que havia sido recuperado pedra a pedra pela ManzWine, é agora a sala de barricas, onde se faz o estágio dos melhores vinhos do produtor.

A vertente de Enoturismo da ManzWine tem sido também grande um sucesso, não só pelas visitas como pela loja de vinho, abastecida com os vinhos do produtor.

Para 2019, André Manz espera expandir a sua presença no mercado nacional, até agora reservada a garrafeiras e restaurantes premium. A cadeia de supermercados Intermarché vai ser o veículo desta expansão.

Toscano Rico vai assumir presidência da CVR Lisboa

Francisco Toscano Rico, até agora vice-presidente do Instituto da Vinha e do Vinho, vai assumir as funções de presidente da Comissão Vitivinícola Regional de Lisboa. Toscano Rico vai assumir em Janeiro as novas funções em Torres Vedras, local onde está a sede da CVR Lisboa. Com ele estarão os directores Carlos João Pereira da Fonseca (representante […]

Francisco Toscano Rico, até agora vice-presidente do Instituto da Vinha e do Vinho, vai assumir as funções de presidente da Comissão Vitivinícola Regional de Lisboa. Toscano Rico vai assumir em Janeiro as novas funções em Torres Vedras, local onde está a sede da CVR Lisboa. Com ele estarão os directores Carlos João Pereira da Fonseca (representante do Comércio) e José Bernardo Nunes (da Produção).
Curiosamente, o anterior presidente da CVR Lisboa, Bernardo Gouvêa, fez o percurso inverso, assumindo recentemente a presidência do Instituto da Vinha e do Vinho.