De 25 a 27 de Novembro, o SITEVI, evento dirigido aos profissionais dos sectores do vinho, da azeitona e da fruta, terá lugar no Parque de Exposições de Montpellier, no Sul de França. Com o propósito de esmiuçar as temáticas abordadas durante os três dias da edição de 2025 deste certame e conhecer as mais-valias para os operadores portugueses, a Grandes Escolhas entrevistou o CEO, Guillaume Schaeffer.

Diversificar, inovar e antecipar são as premissas desta edição do SITEVI. Pode explicar as razões que determinaram a selecção destas premissas para o certame de 2025?

Estas três palavras representam as realidades com que se confrontam actualmente os profissionais do sector vitivinícola, oleícola e frutícola. A diversificação, em primeiro lugar, é uma resposta directa à evolução das expectativas do mercado: assistimos ao desenvolvimento de produtos como os vinhos sem álcool, os circuitos curtos de distribuição e o agroturismo. Em segundo lugar, a inovação é uma necessidade no terreno: é o que nos permite melhorar o desempenho e a sustentabilidade, e resistir melhor aos imprevistos. Depois, há a antecipação. Sabemos que os modelos económicos tradicionais são minados pelas alterações climáticas, pela volatilidade dos preços e pela pressão regulamentar. O nosso objectivo com o SITEVI 2025 é proporcionar um fórum onde estas questões possam ser analisadas, discutidas e traduzidas em soluções concretas.

De que forma as soluções digitais são consideradas uma mais-valia para os sectores aqui representados?

A tecnologia digital é, actualmente, uma ferramenta de gestão essencial para os agricultores. Permite-lhes gerir melhor a água e os factores de produção, recolher e analisar dados meteorológicos, antecipar e corrigir. Tornam-se também um verdadeiro suporte para a automatização de certas tarefas ou para o controlo à distância. São tecnologias que nos permitem continuar a ser competitivos, aliviando a nossa carga de trabalho. É igualmente importante sublinhar que estas ferramentas estão a tornar-se cada vez mais acessíveis, mesmo para as pequenas estruturas.

Preços, alterações climáticas e concorrência internacional. Em que medida este certame apoia os profissionais na redefinição dos modelos de negócio?

SITEVI é uma plataforma para a transição. Funciona como uma ponte entre as questões estruturais, como o clima, os preços e a concorrência, e as soluções que os profissionais podem implementar actualmente. No salão, destacaremos as alavancas concretas: robotização, agricultura de precisão, valorização dos subprodutos e abertura de novos mercados. Mas a força do SITEVI reside também na riqueza dos seus conteúdos. As conferências, os ateliers temáticos, os intercâmbios com os centros técnicos e os parceiros institucionais oferecem uma visão estratégica que não deixa de estar enraizada na realidade. É uma abordagem pragmática, concebida para ser útil e imediatamente acionável.

Quão eficaz é esta rede de contactos no âmbito dos sectores da viticultura, da arboricultura e da olivicultura?

Acima de tudo, o SITEVI é um salão reconhecido pela riqueza e qualidade da sua rede. É um dos poucos eventos na Europa capaz de reunir toda a cadeia de valor num só lugar: dos investigadores aos produtores, dos fabricantes de equipamentos aos distribuidores. Com cerca de 1000 expositores, mais de 55 000 visitantes de 73 países e uma dimensão verdadeiramente internacional, criamos encontros direccionados e eficazes, que conduzem a parcerias concretas. O que os profissionais procuram são ligações, poupanças de tempo e soluções partilhadas. O SITEVI dá-lhes a oportunidade de levar os seus projectos para a frente, de se inspirarem uns nos outros e de trabalharem em conjunto, com a finalidade de encontrarem soluções para os desafios que os seus sectores enfrentam atualmente.

O que se pode esperar da edição de 2025 do SITEVI em matéria de sustentabilidade, bem como de inovação?

Este ano, optámos por privilegiar a inovação útil, acessível e sustentável. São expectativas fortes por parte dos profissionais e são também o que nos permite ter um verdadeiro impacto positivo no sector. Isto traduz-se em soluções que respondem a desafios muito reais: reduzir a pegada de carbono, com sistemas de destilação com baixo teor de carbono ou motores alternativos, por exemplo; gerir melhor os recursos, nomeadamente a água, com sistemas de irrigação inteligentes; ou desenvolver a readaptação e a reciclagem, para prolongar a vida útil dos equipamentos. Mas esta dinâmica de inovação não se fica pela tecnologia. Também estamos a promover abordagens sustentáveis que englobam toda a cadeia de valor, desde o cultivo à transformação. E a inovação social terá o seu lugar de destaque, nomeadamente com soluções concebidas para pequenas estruturas, explorações familiares ou projectos de transferência.

Em que sentido o certame deste ano vai acrescentar valor aos operadores portugueses?

Para os operadores portugueses, o SITEVI é, antes de mais, um fórum de troca de ideias com outros operadores europeus, num ambiente que favorece o diálogo profissional e os contactos direcionados. É uma oportunidade para conhecer melhor a evolução do mercado, antecipar as tendências técnicas e económicas e comparar as estratégias implementadas pelos diferentes sectores. O SITEVI permite ainda às empresas portuguesas, sejam elas fornecedoras, cooperativas ou produtores, posicionarem-se num certame de elevado valor acrescentado. Isto pode passar pela observação de tecnologias, mas também pela participação em conferências, masterclasses e intercâmbios com potenciais parceiros. Sabemos que os profissionais portugueses estão muito atentos às alterações regulamentares e às novas práticas, e o salão oferece-lhes um quadro concreto para as decifrar e planear a sua adaptação. Por fim, o SITEVI é também um factor de visibilidade para os expositores portugueses que pretendem chegar a um público internacional. Atrai um público altamente qualificado e redes profissionais poderosas, nomeadamente nos domínios das máquinas, do equipamento das adegas e da consultoria agronómica. É um terreno fértil para estabelecer pontes entre França, Portugal e, mais amplamente, os mercados do Sul da Europa.

Que visão de futuro tem o SITEVI e qual será o panorama dos referidos sectores nos próximos tempos?

Queremos apoiar as transições que estão a ocorrer nos sectores atuais, mantendo-nos o mais próximo possível do terreno. Acima de tudo, queremos oferecer soluções concretas e práticas que se dirijam tanto às grandes como às pequenas explorações agrícolas. Queremos continuar a promover uma inovação que seja acessível, útil e inclusiva. A vocação do SITEVI é ser um catalisador, um momento-chave, em que os profissionais podem encontrar-se, trocar ideias e construir o futuro do seu sector. Esperamos vê-lo em Montpellier, de 25 a 27 de Novembro de 2025, para uma edição excepcional do SITEVI, sob o signo da inovação, da sustentabilidade e das grandes transições nos sectores do vinho, da azeitona e da fruta!

 

Forno d’Oro em Lisboa é uma das melhores pizzarias do mundo

Tanka Sapkota

O chef nepalês Tanka Sapkota, que, em 2022, recebeu o prémio “Restaurante Cozinha do Mundo”, da Grandes Escolhas, pelo restaurante Come Prima, em Lisboa, acaba de ver o seu Forno d’Oro, localizado também na capital portuguesa, a subir para o 61º lugar no guia 50 Top Pizza World 2025. É, por conseguinte, o único restaurante […]

O chef nepalês Tanka Sapkota, que, em 2022, recebeu o prémio “Restaurante Cozinha do Mundo”, da Grandes Escolhas, pelo restaurante Come Prima, em Lisboa, acaba de ver o seu Forno d’Oro, localizado também na capital portuguesa, a subir para o 61º lugar no guia 50 Top Pizza World 2025. É, por conseguinte, o único restaurante português a constar neste ranking internacional. Esta distinção junta-se, assim, ao reconhecimento do 50 Top Pizza Europa, no qual está nos primeiros dez lugares da respectiva tabela.

Tanka Sapkota

Radicado em Portugal há quase três décadas, Tanka Sapkota abriu o Forno d’Oro em 2014, onde a pizza napolitana ganha destaque na ementa. Aliás, o chef nepalês é conhecido pelo trabalho que tem vindo a fazer no mundo das pizzas, com o foco neste tipo de massa, projetando o nosso país no contexto mundial da cozinha italiana. O segredo? Está na massa, submetida a uma levedura com duração de 36 horas e a uma cozedura a 450 ºC, em forno a lenha revestido a folhas de ouro, para que cada pizza esteja pronta em menos de um minuto.

 

 

Reveja o momento da atribuição do prémio “Restaurante Cozinha do Mundo” atribuído pela Grandes Escolhas em 2022

100 vinhos inesquecíveis

100 vinhos

Qual a melhor maneira de uma publicação de vinhos celebrar a sua centésima edição? Com vinho, é evidente. Desde maio de 1997 passaram pelas nossas mesas de prova dezenas de milhares de garrafas, vinhos de todos os tipos, origens e segmentos de preço, descritos e avaliados por mais de uma dezena de provadores. Resolvemos agora […]

Qual a melhor maneira de uma publicação de vinhos celebrar a sua centésima edição? Com vinho, é evidente. Desde maio de 1997 passaram pelas nossas mesas de prova dezenas de milhares de garrafas, vinhos de todos os tipos, origens e segmentos de preço, descritos e avaliados por mais de uma dezena de provadores. Resolvemos agora mergulhar na nossa história vínica e escolher os 100 vinhos que mais impressionaram quem os provou. Nesta selecção, apenas a qualidade absoluta conta: estes foram, simplesmente, os vinhos que pontuaram mais alto, sem preocupações de distribuição geográfica ou representatividade.

Claro está, ainda assim, houve que estabelecer critérios. Por exemplo, é certo que repetimos produtores, (olhando para tantos milhares de provas, percebe-se que há quem tenha um compromisso bastante consistente com a excelência…), mas não repetimos referências (em muitos casos, injustamente, várias colheitas do mesmo vinho mereciam igual destaque). E em igualdade de circunstâncias demos preferência a vinhos que deslumbraram mais do que um provador.  Aqui ficam, pois, 100 vinhos que não se esquecem. E que fazem parte da nossa história.

Uma nota final: os preços indicados remetem para o momento em que o vinho foi provado. E ainda, a ordem dos vinhos apresentados nada tem a ver com as classificações obtidas, mas sim alfabética.

(Artigo publicado na edição 100 de Agosto de 2025)

 

Produção de azeites Esporão com nova liderança

esporão

Integrada na equipa desde 2013, Ana Gaspar é quem está, agora, à frente da produção de azeites. A oleóloga soma já um percurso de 12 anos nesta casa, também produtora de vinhos localizada em Reguengos de Monsaraz, no Alentejo, o que se traduz no amplo conhecimento sobre a matéria, tendo estado envolvida em todas as […]

Integrada na equipa desde 2013, Ana Gaspar é quem está, agora, à frente da produção de azeites. A oleóloga soma já um percurso de 12 anos nesta casa, também produtora de vinhos localizada em Reguengos de Monsaraz, no Alentejo, o que se traduz no amplo conhecimento sobre a matéria, tendo estado envolvida em todas as etapas de produção e qualidade. Deste modo, e de acordo com o comunicado, tem contribuído “de forma decisiva para o desenvolvimento e reconhecimento dos azeites Esporão, tanto dentro como fora de Portugal”.

Com esta nova etapa, o Esporão espera dar continuidade à produção de azeite, trabalho em relação ao qual tem vindo a reforçar a aposta. Fica, para já, a promessa de preservar a identidade deste produto alicerçada na valorização das variedades de azeitona portuguesas, na conjugação entre tradição e inovação, e na ligação com os produtores da matéria-prima.

Esporão

Importadores internacionais confirmados na feira Vinhos & Sabores 2025

importadores

São já conhecidos alguns dos importadores, jornalistas e sommeliers que vão marcar presença na próxima Grandes Escolhas Vinhos & Sabores 2025, a decorrer entre 18 e 20 de Outubro, na FIL, Parque das Nações, em Lisboa. A participação destes profissionais é o resultado de um esforço da organização da feira que contou com o apoio […]

São já conhecidos alguns dos importadores, jornalistas e sommeliers que vão marcar presença na próxima Grandes Escolhas Vinhos & Sabores 2025, a decorrer entre 18 e 20 de Outubro, na FIL, Parque das Nações, em Lisboa. A participação destes profissionais é o resultado de um esforço da organização da feira que contou com o apoio da ViniPortugal, do Turismo de Portugal e do AICEP, no sentido de proporcionar aos produtores presentes contactos e reuniões de trabalho que possibilitem a abertura de novas linhas de negócio e de um incremento das exportações de vinhos para os respectivos mercados. Realce-se ainda que após a participação na feira, muitos destes importadores participarão ainda num wine tour pela região centro, com visitas a produtores da Bairrada, do Dão e da Beira Interior, numa jornada de três dias que conta com o apoio das CVR’s envolvidas e do Turismo Centro de Portugal.

De Singapura, chega Bryan Liew, Purchase Manager do 67 Pall Mall, o primeiro grupo mundial de clubes privados de vinho. Além de Singapura, está em Londres e Verbier, e tem inaugurações previstas em Bordéus, Beaune e Melbourne. Também oferece a adesão “En Primeur” em Hong Kong. O objetivo deste clube é incentivar os membros a abrir uma garrafa e descobrir novos vinhos.

Do mesmo país do sudoeste asiático vem o empresário Patrick Sng, que lidera a One Minor Group, uma das principais plataformas de venda online de vinhos, espirituosas e sake no país, através da One Cellar, marketplace crucial para ampliar a visibilidade das marcas nacionais no segmento premium em Singapura, abrindo caminho a novas oportunidades comerciais e ao aumento das exportações.

Paul Bunn e Max Cousins representam, por sua vez, a Archipelago Choice Ltd, a operadora turística do Reino Unido, que, para 2026, está a planear lançar uma série de programas de férias em Portugal dedicados ao vinho e à gastronomia. Por conseguinte, a feira Grandes Escolhas Vinhos & Sabores 2025 é uma oportunidade para ambos conhecerem propriedades, vinhos e gastronomia de cada região.

O trabalho da operadora turística sueca Din Vinresa, centra-se em experiências de alta qualidade, que combinam vinho, gastronomia e cultura. Eis a razão pela qual Sandra Piksis, fundadora da empresa, considera Portugal um destino estratégico para o enoturismo, graças às regiões vitivinícolas, à diversidade de castas autóctones e à riqueza patrimonial e culinária, para propor aos seus clientes suecos.

Dos Países Baixos está presente Yvonne de Boer, fundadora da Local Colours & Wine, cujo foco é criar viagens personalizadas centradas no vinho, na gastronomia e na cultura regional, o que pode contribuir para a reputação do país como destino premium no âmbito do enoturismo.

Ruud de Meer marca presença pela Ambiance Travel, operador turístico dos Países Baixos especializada em circuitos personalizados. Tem como público-alvo pessoas com elevado poder de compra, interessadas em cultura, natureza e restaurantes especiais, bem como em aprofundar conhecimento sobre os vinhos de Portugal e nos espaços de enoturismo singulares.

Também dos Países Baixos está presente Robert Biever, da Alentejo Wijnen, importadora directa de vinhos portugueses naquele país. Trabalha com restaurantes e lojas de vinhos, promove provas de vinhos e proporciona visitas guiadas a produtores portugueses.

Karel Geers, da Portugal Wijnimport, importadora de vinhos portugueses nos Países Baixos, representa uma vasta lista de vinhos portugueses, entre espumantes, Vinho do Porto, Moscatel, tranquilos e aguardentes, além de azeites. Também está a dar os primeiros passos numa empresa focada no enoturismo português, através da organização de viagens.

Da Lituânia, chega Dalius Raskinis, da empresa importadora Portugalisko Vyno Ambasada. Procura como fornecedores sobretudo pequenas empresas familiares. Promove cursos de vinho nacionais e tem uma loja física e online de vinhos e vários produtos portugueses.

Liderada por Christian Schiesser, a empresa MIROPA Handelsg.m.b.H, operadora austríaca especializada em comércio internacional, com forte presença no sector de importação e distribuição de vinhos.

Francesco Riccio, da FR Selection, importador suíço, quer aumentar a representação de vinhos portugueses de grande qualidade, para ir ao encontro das necessidades dos seus clientes – lojas de vinhos, restaurantes e clientes empresariais.

A Torben Ryttersgaard, que importa, distribui e comercializa vinhos portugueses em toda a Dinamarca, continua a procurar novos parceiros com vinhos de alta qualidade provenientes, de preferência, de pequenas produções.

Leena Stroomberg, responsável pela LCS Wines, importadora de vinhos fundada em 2004, na Finlândia, tem, entre os seus clientes, a Alko, o monopólio finlandês para o álcool. Trabalha com uma rede de restaurantes e vende vinhos para clientes empresariais.

A Key Stone Importers, nos EUA, tem como missão representar produtores que valorizem a singularidade do terroir e praticam a sustentabilidade. Neste contexto, John Brinjac tem como objectivo estabelecer contactos com produtores portugueses de qualidade, para expandir a sua presença nos mercados da Pensilvânia e Nova Jérsia.

Daniel Glisky, da Kindred Vines Import Company, nos EUA, proprietário das empresas de distribuição de vinho Woodberry Wine, no Michigan, e Global Wines Iowa, no Iowa, vem com a finalidade de aumentar o seu portefólio.

Lillian Lai e Rosemarie Sepulveda, da The House of Burgundy, Inc., empresa norte-americana especializada em importação e distribuição de vinhos finos, vem com a finalidade identificar vinhos de determinadas regiões portuguesas para importação e distribuição nos Estados Unidos, com foco em Nova Iorque e, possivelmente, nas regiões de Washington DC, Virginia e Maryland.

A norueguesa NBS Solutions AS está a iniciar a sua atividade nos Estados Unidos. Como tal, Victoria Hoeydal e Dennis Yaczina, representantes desta empresa, participam na feira Grandes Escolhas Vinhos & Sabores 2025, com o intuito de estabelecer parcerias, refinar o conceito e desenvolver uma rede de parcerias comerciais com produtores portugueses.

Jakob Søfelde-Hansen e Jakob Skovbjerg Lund, da Portvinsfestival.dk ApS e da SALUTE Wine & Food, vêm representar esta última, uma vinoteca e restaurante localizado em Odense, na Dinamarca, está a preparar um evento vínico em grande, previsto para o próximo ano, com foco nos vinhos portugueses (brancos, rosés, tintos e espumantes). Para o efeito, conta com o apoio do parceiro comercial Lars Selmer, da Selmer Vin, que realiza as importações em seu nome.

O sommelier Colin Hofer é outra das presenças confirmadas no evento. É conhecido pela sua experiência como Director de Vinhos e Diretor-Geral, função assumida no já encerrado restaurante Porto, em Chicago, onde, enquanto elemento da equipa, contribuiu para a conquista da estrela Michelin, em 2021. Em 2022, foi distinguido como Sommelier do Ano pelo Guia Michelin.

A Grandes Escolhas Vinhos & Sabores 2025 conta, ainda, com a presença de Peter Eder, jornalista na área da gastronomia, com experiência editorial em meios de comunicação na Alemanha, na Áustria e no Tirol do Sul, com destaque para a PROST Magazine e Kalk & Kegel, vê a feira Vinhos & Sabores uma oportunidade para estabelecer contactos relevantes, para realizar vários artigos no âmbito da viticultura, das castas autóctones e na gastronomia típica de cada região, tanto em formato impresso, como digital.

Inês Salpico e Laura Bianco, ambas representantes da revista Decanter, contribuem para a valorização dos vinhos portugueses no mercado britânico e internacional, através de artigos, provas temáticas e eventos, como o Decanter Fine Wine.

WOW, por um futuro mais sustentável

WOW

Entre 20 e 30 de Setembro, o World Of Wine (WOW), o quarteirão cultural localizado em Vila Nova de Gaia, dispõe de um programa dedicado à sustentabilidade, no âmbito do do Dia Nacional da Sustentabilidade, efeméride que se assinala a 25 de Setembro. Para o efeito, ao longo destes 10 dias será feita a recolha […]

Entre 20 e 30 de Setembro, o World Of Wine (WOW), o quarteirão cultural localizado em Vila Nova de Gaia, dispõe de um programa dedicado à sustentabilidade, no âmbito do do Dia Nacional da Sustentabilidade, efeméride que se assinala a 25 de Setembro. Para o efeito, ao longo destes 10 dias será feita a recolha de rolhas de cortiça. Designada “Upcycling Cork by WOW”, esta acção tem como objectivo sensibilizar os restaurantes do WOW, os hotéis e os estabelecimentos vizinhos a entregarem os referidos objectos. Espera-se ainda pelo contributo dos visitantes de todas as idades. Quem oferecer 1 kg ou mais de rolhas, recebe um bilhete, que permite a visita ao Planet Cork, assim como um porta-chaves em cortiça. A finalidade desta iniciativa é transformar as rolhas em novos produtos.

WOW

Com o intuito de dar a conhecer melhor este material, entre 20 e 30 de Setembro, o Museu de Cortiça do WOW organiza visitas guiadas às 11h00 e às 15h00. Já para o dia 27, às 11h00, está programado o workshop de Kokedamas (30€ por pessoa), no Museu da Cortiça. Este atelier de jardinagem suspensa, baseado numa técnica milenar japonesa, combina natureza, design e consciência ambiental, e será ministrado pela FIOS Jardins Suspensos. Os bilhetes para esta actividade estão disponíveis aqui. (https://www.wow.pt/kokedamas-workshop)

Editorial: Então é assim

Editorial

Editorial da edição nrº 101 (Setembro de 2025) É uma das mais clássicas interrogações do jornalismo: até que ponto a isenção é condicionada pelos gostos ou preferências de quem escreve? A deontologia profissional exige que o jornalista seja independente e isento. Mas o jornalista não deixa de ser uma pessoa. E podendo e devendo salvaguardar, […]

Editorial da edição nrº 101 (Setembro de 2025)

É uma das mais clássicas interrogações do jornalismo: até que ponto a isenção é condicionada pelos gostos ou preferências de quem escreve? A deontologia profissional exige que o jornalista seja independente e isento. Mas o jornalista não deixa de ser uma pessoa. E podendo e devendo salvaguardar, com afinco, a sua independência, dificilmente consegue assegurar a completa isenção.

Os jornalistas escondem, sempre, as suas preferências. Na tradição europeia, os que escrevem sobre política nunca dirão em quem votam nem apelarão a um sentido de voto. E, no entanto, enquanto apaixonados pelo tema, é certo que se identificam com determinadas ideias, pessoas e partidos. E rejeitam outras e outros. Pode então a sua análise aos méritos deste ou daquele político, ou desta ou daquela proposta, ser inteiramente isenta?

Algo quase impossível no jornalismo desportivo, sobretudo no futebol, onde o adepto é irracional por natureza. Não existe uma razão para se ser deste ou daquele clube. É-se, simplesmente. Sendo os jornalistas desportivos também adeptos, com que isenção avaliam um jogo ou um jogador?

Já quem escreve sobre gastronomia (ou vinhos) não vê o mundo a duas cores. É normal apreciar sabores muito distintos ou estilos bem diversos. Ainda assim, terá favoritos e ódios de estimação. Se um jornalista detestar abóbora (é o meu caso…) com que rigor vai avaliar um prato baseado naquele fruto?

Felizmente, não escrevo sobre comida. Mas escrevo sobre vinhos. E tal como os jornalistas de outras áreas, tenho as minhas preferências. E tal como eles (ou, acredito, a maioria deles) esforço-me ao máximo por impedir que os meus gostos influenciem o meu julgamento. Sei que, conscientemente, não beneficio ou prejudico um vinho em função de apreciar mais este ou aquele estilo ou região. Mas não posso garantir, com toda a certeza, que nunca o faça sem dar por isso. Essa garantia, nenhum ser humano pode dar.

Um crítico de vinhos (ou comentador político) não é suposto ser isento. Mas um crítico de vinhos que seja, ao mesmo tempo, jornalista, tem a obrigação de, a todo o custo, procurar sê-lo. E embora entenda que a exposição pública possa ser mal interpretada, seria bem melhor para o profissional do jornalismo, qualquer que seja a sua área, se os seus leitores soubessem para onde o seu coração (ou cabeça, ou estômago…) se inclina.

Não me importo de dar o primeiro passo. Então é assim. Sou bastante eclético, aprecio vinhos muito distintos no perfil. Mas nos tintos, gosto de garra tânica, estrutura e boa acidez. E nos brancos, sou pela untuosidade, elegância e frescura crocante. Não sou fã da fruta exuberante, prefiro os aromas e sabores vegetais de bosque ou frutos citrinos, às framboesas, groselhas e frutos tropicais. Entre vinhos de igual qualidade, escolho beber os menos alcoólicos. Mas detesto vinhos de uvas verdes (uma moda ridícula que, espero, passe depressa). A barrica em nada me incomoda se for boa e discreta. Nos varietais tranquilos, vou nos Encruzado, Baga, Alvarinho, Loureiro, Alicante Bouschet e Cabernet e passo Viognier, Merlot, Moscatel, Pinot e Gewurztraminer. Adoro espumantes “bruto zero” e com longo estágio em cave (aqui o Pinot é muito bem-vindo) e dispenso Pet Nat, Late Harvest e destilados.

Regiões? Na minha garrafeira estão todas bem representadas. Mas se fosse possível aferir as favoritas pelas garrafas que espreitam nas prateleiras, poderia dizer que, em tintos, prevalecem Bairrada, Douro e Alentejo, em partes quase iguais. E em brancos, Monção e Melgaço (dominante), Bairrada e Dão. Nos licorosos, Porto (bem maioritário), Madeira e Setúbal. Para terminar esta declaração de interesses, devo acrescentar que gosto imenso de tintos Barolo e Bordeaux e brancos Mosel, Bourgogne e Jerez mas, infelizmente, não abundam cá em casa… L.L.

Ao serviço de pequenos e médios produtores

Produtores Douro

O novo Centro de Vinificação do Vale do Douro (CEV Douro), localizado em Peso da Régua, já se estreou nesta época de vindimas e permanece de portas abertas para pequenos e médios produtores de vinho. Trata-se de um projecto de investimento privado, idealizado e liderado por Francisco Magalhães, Engenheiro Químico, e cuja gestão é partilhada com […]

O novo Centro de Vinificação do Vale do Douro (CEV Douro), localizado em Peso da Régua, já se estreou nesta época de vindimas e permanece de portas abertas para pequenos e médios produtores de vinho. Trata-se de um projecto de investimento privado, idealizado e liderado por Francisco Magalhães, Engenheiro Químico, e cuja gestão é partilhada com a filha, Andreia Magalhães, auditora formada em Engenharia Alimentar.

Com um investimento na ordem dos cinco milhões de euros e capacidade de produção de 800 mil litros de vinho tranquilo do Douro, esta unidade tem ao dispor os serviços de recepção e pesagem das uvas, desengace e esmagamento, fermentação alcoólica, prensagem, fermentação malolática, clarificação e estabilização do vinho, armazenamento em condições adequadas, análises enológicas, feitas internamente, em laboratório próprio, engarrafamento e sala de provas, em breve ao serviço dos clientes. Quem contratar os serviços do CEV Douro pode ter enólogo próprio ou optar pela prestação de Afonso Pinto, enólogo residente deste projecto.

Para 2026, há a probabilidade de avançar com o apoio técnico na vinha. Paralelamente, está a ser estudada a implementação do apoio nas áreas comercial e de marketing.

Quanto à produção de vinho, para este ano está previsto um máximo de 100 mil litros, número esse que inclui as referências de um projeto familiar de Francisco e Andreia Magalhães. Este vai ser apresentado no próximo ano e tem origem em quatro quintas da família situadas na margem direita do Rio Douro, entre Régua, Sabrosa e Murça.