Restaurante Vinum, da Graham’s, abre terraço sobre o Douro

Terraço Vinum

É já no dia 7 de Junho a inauguração do novo espaço exterior do Vinum, restaurante da Graham’s sito nas suas instalações em Vila Nova de Gaia. A vista de luxo do terraço do Vinum — sobre as duas margens do Douro e a ponte D. Luís I — e a constante procura do mesmo […]

É já no dia 7 de Junho a inauguração do novo espaço exterior do Vinum, restaurante da Graham’s sito nas suas instalações em Vila Nova de Gaia.

A vista de luxo do terraço do Vinum — sobre as duas margens do Douro e a ponte D. Luís I — e a constante procura do mesmo pelos clientes do restaurante, levou a que a Graham’s investisse na ampliação e no conforto do espaço, que abre agora e mesmo a tempo das tardes e noites quentes que aí vêm.

Assim, segundo a Graham’s, o Terraço do Vinum “passa a contar com 160 lugares dispostos em diferentes áreas e patamares, sendo 80 lugares destinados aos clientes que pretendem conhecer a exclusiva carta do Vinum, anteriormente apenas disponível no interior do restaurante, os restantes lugares estão destinados ao novo Lounge, para quem procura um momento mais leve e descontraído enquanto desfrutam de uma vista idílica, seja apenas para um copo de vinho ou para uma refeição mais descontraída com petiscos, conservas e cocktails”.

Com a abertura do terraço, surgem também novidades ao nível dos cocktails, mas também da animação: “Os cocktails ganham um novo fulgor e prometem competir com a extensa carta de vinhos. Desde logo pelo novo e elegante bar exterior que servirá o Lounge mas sobretudo pelas novas e arrojadas criações do renomado Bartender Daniel Carvalho (Barman do Ano 2017 e atual Brand Ambassador da Amer Global Brands), que aceitou o desafio de trazer ao “palco” do Vinum muitas e inesperadas combinações onde os vinhos do Porto serão obviamente o ingrediente principal. Os fins de tarde, de Quinta a Sábado prometem também muita agitação, com os ‘Sunset at Vinum’ e um dos nomes mais influentes da cena eletrónica portuense como DJ residente, Rui Martins Pereira, mais conhecido como Rui Trintaeum”.

Na inauguração de dia 7 de Junho, serão apresentadas as novas edições dos vinhos do Porto Graham’s Blend Nº5 e Blend Nº12, criados especialmente para a utilização em cockteleria. De Barcelona, chegará DJ Gigi para partilhar a cabina com o DJ Rui Trintaeum.

O Vinum localiza-se na Rua do Agro 141 (Caves Graham’s) em Vila Nova de Gaia, e está aberto de forma ininterrupta das 12h00 à 00h00, em todos os dias da semana.

Dahlia wine bar: Vinho, música e um tempo bem passado

Dahlia

Abriu em Julho de 2021, no Cais do Sodré, numa capital já completamente “minada” de wine bars e coisas que tais. No entanto, o Dahlia é muito mais do que um bar no Cais. TEXTO Mariana Lopes FOTOS Dahlia Querer ir a um bar mesmo no centro da movida de Lisboa, mas não saber qual […]

Abriu em Julho de 2021, no Cais do Sodré, numa capital já completamente “minada” de wine bars e coisas que tais. No entanto, o Dahlia é muito mais do que um bar no Cais.

TEXTO Mariana Lopes
FOTOS Dahlia

Querer ir a um bar mesmo no centro da movida de Lisboa, mas não saber qual escolher porque a oferta é enorme e a originalidade é pouca. Esta é uma condição comum, que para os verdadeiros amantes de música, vinho e boa comida, já tem uma solução: a Travessa do Carvalho nº 13, no Cais do Sodré, ganhou o Dahlia, um “listening wine bar”. Os listening bars, como explica a Mumbli — uma empresa que avalia e certifica o “bem-estar sonoro” de espaços abertos ao público, com base na qualidade de conversação e níveis de som saudáveis — popularizaram-se no Japão na década de 50 e são, na sua maioria, bares com equipamento de som de elevada qualidade, que tocam discos vinil cuidadosamente escolhidos por quem gere o espaço. Recentemente, o fenómeno dos listening bars alargou-se às grandes capitais do resto do Mundo e David Wolstencroft, juntamente com outros três sócios, Hamish Seears, Tiago Oudman e Harrison Iuliano, trouxe-o em Julho do ano passado para Lisboa.

O interior do Dahlia lembra, no design, uma mistura de “mid-century modern” —  sobretudo nos tons de verde-azulado e laranja-abóbora, e nos candeeiros abaulados suspensos sobre o balcão comprido que atravessa, do lado direito, todo o bar — com uma grande simplicidade nos detalhes. Atrás do balcão, na parede, pode ver-se a vasta colecção de vinil da casa, com dezenas de discos a pedir para serem escolhidos por David (Dj Trus’me) ou por um dos clientes que queria muito impor a sua curadoria aos demais. Afinal, a música é aqui protagonista, com a cozinha e os vinhos a apoiá-la com excelência.Quem visita o Dahlia, dificilmente não repara na presença do enérgico e atento Adam Purnell. Nascido no Reino Unido, Adam trabalhou, até 2015, em Business Development e Publicidade. Nesse ano, como o próprio conta, teve uma espécie de epifania e decidiu mudar de vida, demitiu-se, acabou a relação com a namorada da altura e mudou-se de malas e bagagens para Berlim. Na capital alemã geriu espaços semelhantes a este, e em 2021 acabou por aceitar o convite dos amigos e veio para Lisboa gerir o Dahlia. Sendo ele próprio enófilo, um mundo que Adam diz estar a descobrir cada vez mais, a carta de vinhos — que inicialmente foi desenhada pelos proprietários com o conceito “natural”, mas que na verdade vai além desta corrente (afinal, o que são mesmo vinhos naturais…?) — está agora a seu cargo, e vai sofrendo pequenos ajustes. Falamos de mais de duas dezenas de rótulos de vários países como, a título de exemplo, o Uivo, na versão varietal de Rabigato, da Folias de Baco (Douro); A Seara Castas Brancas, um Ribeiro (Espanha) de Iria Otero; Charmeleon Chardonnay (Australia); Phaunus Loureiro, da Aphros (Vinho Verde); Pai Abel Chumbado, da Quinta das Bágeiras (Bairrada); Madeleine, de Les Dolomies (Jura, França); Luna Llena, de Kindeli (Nelson, Nova Zelândia); ou o alentejano Vira Cabeças, da Cabeças do Reguengo. Há também alguns Pet Nat (como o Javali, do Douro), Uivo Colheita Tardia e, fora do vinho mas na mesa carta, Mezcal Amores Misterios. Algumas destas referências estão disponíveis a copo. Já para quem prefere cocktails, o Dahlia tem uma selecção personalizada, preparada pelo mixologista Rony Hernandez, que inclui receitas como Mezcal Negroni ou Hibiscus Frizz, além do Grilled Pineapple Smash ou Orange Fashioned.E o que vem da cozinha é, na verdade, uma revelação. Os chefs Vítor Oliveira (ex-chef do Damas, também em Lisboa) e Gabriel Rivera têm uma grande preocupação em utilizar apenas produtos frescos, sazonais — e, em alguns dos casos, comprados na zona — e um “dedo” muito talentoso para combinações inusitadas em petiscos de autor, onde tudo funciona em harmonia e com muito sabor. Recentemente, a dupla apresentou um novo menu, onde propõe momentos como as entradas Bolinhos de Feijão (€4) ou Pakora (€4, um prato típico da Índia e do Paquistão); e os pratos Rosti de batata doce com molho agridoce (€7,50), Salada de melão, mostarda vinagrete e menta (€7,50), Couve-flor assada, cacau e kimchi de tomate (€8,50), Massa fresca do dia (€12,50) e Franguito fumado, farofa, limão (€15). Nas sobremesas, a sugestão vai para Chocolate tahini, banana e crumble (€6), Arroz doce caramelizado e limão preto (€6) e Bolo de figo com doce de pastinaca (€6). “O novo menu reflecte a criatividade dos nossos chefs. Acreditamos que estas novas criações do Dahlia vão voltar a surpreender os nossos clientes, com uma experiência diferenciadora que inclui não só a cozinha, mas também o bar e a música, tudo num ambiente muito ‘cool’ e descontraído”, convida Adam Purnell.

O Dahlia tem capacidade para 29 lugares e abre de terça-feira a sábado, com a cozinha a funcionar das 18h30 às 23h00. E, para deleite dos mais organizados, aceita reservas!

Casa Ferreirinha lança azeite de olival centenário

azeite casa ferreirinha

O novo Azeite Virgem Extra Casa Ferreirinha é uma reinterpretação de um produto outrora lançado por Dona Antónia Adelaide Ferreira, premiado em 1900 com duas medalhas de ouro na Exposição Internacional de Paris. Com um rótulo “retro”, inspirado no original guardado no Arquivo Histórico da Sogrape, este azeite — um lote de Verdeal, Madural, Galega, Negrinha […]

O novo Azeite Virgem Extra Casa Ferreirinha é uma reinterpretação de um produto outrora lançado por Dona Antónia Adelaide Ferreira, premiado em 1900 com duas medalhas de ouro na Exposição Internacional de Paris.

Com um rótulo “retro”, inspirado no original guardado no Arquivo Histórico da Sogrape, este azeite — um lote de Verdeal, Madural, Galega, Negrinha do Freixo e Cobrançosa — nasce de oliveiras centenárias do Douro, presentes nas diferentes propriedades do grupo na região e com certificação de Produção Biológica.

O Azeite Virgem Extra Casa Ferreirinha estará disponível, segundo a Sogrape, em garrafas de 500ml nos melhores restaurantes, bem como em lojas e garrafeiras gourmet e da especialidade. Custa €16,99 sem estojo e €19,99 com estojo.

As sobremesas do nosso contentamento

sobremesas de páscoa

Está aí a Páscoa e com ela as principais festas de família. Apetece adoçar a boca, e servir travessas das receitas da grande tradição. Quisemos preparar um guião de harmonizações vínicas que resultam, apoiadas na oferta considerável de vinhos de sobremesa que encontramos no mercado. Esperamos que corra pelo melhor a experiência, a surpresa está […]

Está aí a Páscoa e com ela as principais festas de família. Apetece adoçar a boca, e servir travessas das receitas da grande tradição. Quisemos preparar um guião de harmonizações vínicas que resultam, apoiadas na oferta considerável de vinhos de sobremesa que encontramos no mercado. Esperamos que corra pelo melhor a experiência, a surpresa está garantida!

TEXTO: Fernando Melo

Fotos: Mário Cerdeira

Arroz-doce

Parece trivial mas está longe de o ser. Começa pela origem do próprio arroz, que é ancestralmente chinês e nos chegou pela mão dos árabes. Arruzz é o termo árabe da gramínea mais identitária de Portugal, espécie japónica a que chamamos carolino por assim os nossos antepassados o terem baptizado. Era igual ao arroz que vinha do estado norte-americano da Carolina do Sul, relação única de polpa e película, a absorver o caldo e a inchar sem rebentar, desde que manipulado com cuidado. Todo o arroz empapa, até o agulha, importante é saber o momento de o tirar do lume. Pois o arroz-doce não vive sem o seu grande parceiro carolino e a verdade é que grande parte do seu processamento é feito fora do lume. Balanço muito fino de açúcar, leite e arroz, que só se percebe quando finalmente arrefece. É frio que se aquilata e consome o arroz-doce. No que diz respeito ao vinho, há que fugir dos aromáticos – baunilha, noz-moscada e canela, por exemplo – que são estruturantes na variante espanhola, mas que para o nosso gosto não funcionam. Importante não o lavar antes, a goma faz falta para o combate com o vinho. Desligar sempre o lume muito antes do ponto de cozedura, para manter os grãos intactos e cheios de sabor.

Sugestão: Porto branco 20 Anos

Leite-creme

Esta deve ser a receita mais vezeira nos lares portugueses, especialmente depois de existir a Bimby, que como vai mexendo e aquecendo, não cria grumos e garante a cremosidade tão desejada. No entanto, tem o senão de não cozer a farinha, seja de trigo ou maizena, que é amido/farinha de milho. O sabor conseguido fica por isso aquém do que se gosta, para não falar da dificuldade na harmonização com vinhos. Mantendo uma temperatura de cerca de 80ºC a primeira fervura do leite – gordo, aspecto importante -, açúcar e casca de limão homogeneiza já bem os ingredientes entre si e depois, fora do lume, continuar a bater com as varas até chegar aos 65ºC, quando já se consegue tocar com mão. Pode parecer ainda líquido, mas há que confiar na ciência, que a consolidação da textura só acontece no arrefecimento. Basta fazer dois ao mesmo tempo, um ao lado do outro – com e sem farinha – para ver a profundidade e clareza dos sabores que se consegue, para se concluir que nunca mais se faz com farinha, e que a bondade da ponte com o vinho está de facto naquele que não a tem; a viagem do vinho através da estrutura molecular aberta do leite-creme mais simples corre melhor e tem mais rendimento de sabor.

Sugestão: Tejo Colheita Tardia branco

Mousse de chocolate

O trabalho clássico desta sobremesa passa por emulsionar as claras, batendo-as até integrar o máximo de ar, para depois ligar com o chocolate fundido juntamente com manteiga ou não e enriquecido ou não com açúcar. Trabalha-se a uma temperatura média para conseguir a eficiência culinária desejada e a natureza do chocolate dita quase tudo quanto ao resultado final. O chocolate dito de leite tem forte percentagem de manteiga de cacau – para muitos chocolate branco – obtida pela envolvente da fava de cacau. Hervé This, cientista francês fundador da disciplina da cozinha molecular, demonstrou da forma mais simples como uma tablete de chocolate pode dar directamente mousse, desde que se emulsione primeiro a parte da manteiga de cacau que contém. Por isso, em rigor nada mais faz falta, nem sequer o açúcar para conseguir a mousse. O trabalho é mais exigente quando falamos de chocolate negro – com mais de 70% de cacau – pois o jogo de temperaturas tem de ser outro. O vinho gosta muito mais deste tipo de chocolate, tanto pela acidez que apresenta como pelo grupo de amargos que incorpora na sua estrutura. Quem gosta muito de chocolate gosta normalmente muito de chocolate negro, pouco de chocolate de leite e nada de chocolate branco. Mas as regras estão longe ser cartesianas, e gostos não se discutem. Fixemo-nos, contudo, na mousse de chocolate negro, para pensar pontes vínicas.

Sugestão: Porto LBV (Late Bottled Vintage)

Fios de ovos

A doçaria conventual está cheia de segredos e a nossa consagra todo um trabalho empírico de elaboração de pontos de açúcar que mesmo a alta pastelaria tem dificuldade em reproduzir. Nasceu e cresceu nos rigores dos conventos, por mãos essencialmente femininas mas não necessariamente consagradas. O dote para permanecer como residente era muito elevado, e por isso quem trabalhava nas cozinhas eram seculares não residentes. Isso teve o excelente efeito de os livros de receitas terem ficado em mãos laicas, com o corolário natural de terem passado de mão em mão e permitido que muitas pessoas aprendessem os segredos nucleares da arte. Um dos mais intrigantes é o dos fios de ovos, para os quais se desenvolveu pequenas bombas perfuradas por onde passando-se o doce de ovos quente cai na água fria em fios. Claro que é doce, mas é também fino, menos cansativo para o palato, e é por isso que se utiliza muito como adorno ou enchimento de ocos de bolos. O contacto com o vinho na boca é tangencial, preservando-se sempre a estrutura de fio. Há por isso que alinhar vinhos mais ligeiros e pouco extractivos para que a harmonização corra bem.

Sugestão: Licoroso tinto do Alentejo

Trouxas de ovos

Trabalho misto de produção de placas de doce de ovos e calda bem concentrada de açúcar, com Caldas da Rainha a assumir-se como epicentro. A sobremesa mais famosa, para além das trouxas propriamente ditas, é a lampreia de ovos. A mesa festiva dos portugueses, seja em que altura for, não a dispensa e é normalmente orlada pelos fios de ovos, de que já tratámos. Do ponto de vista formal, a trouxa de ovos é intratável em termos vínicos, por duas razões principais: primeira, o elevado teor de ferro das muitas gemas presentes vai direito aos polifenóis – taninos – do vinho, resultado metálico quando este é vigoroso; segunda, a forma como a calda de imediato inunda palato blinda as nuances do vinho acabam por lhe retirar protagonismo e eliminar a função assessora do doce. Mas nem tudo está perdido, enquanto houver vinhos qual aliam a doçura e untuosidade à acidez, cortando assim a sensação de doce. Gera-se um efeito cooperativo muito interessante e agradável.

Sugestão: Madeira Malvasia 5 Anos

Queijo de figo

Regionalíssimo do Algarve, é curioso como é também intimíssimo das famílias algarvias, Anima-o a tónica de sustentabilidade e aproveitamento integral dos produtos figo seco e amêndoas cruas. Nos lares algarvios há sempre queijo de figo, e o início de Maio é quando é imperativo. Depois vai-se comendo às lascas que se tira com a mão, não se lhe chega faca nem é bolo de fatia. As receitas variam bastante, levando alfarroba ou não, chocolate, especiarias e aguardente de medronho ou outra. O chef José Pinheiro, do restaurante Eira do Mel, em Vila do Bispo, teve a moção genial de fixar receita, formato e embalagem do queijo de figo, e a coragem de lhe defender honras de doce nacional. É consensual e é apelativo a jovens de todas as idades. A trajectória que tem feito é-lhe em grande parte devida, incluindo a sugestão de integração noutras sobremesas, como é o caso do gelado de queijo de figo, verdadeira delícia. Quando a aguardente é pouco pronunciada o trabalho do vinho fica mais fácil.

Sugestão: Moscatel de Setúbal 10 ou 20 anos

sobremesas de páscoa

o-de-ló

Com o tempo, ganhou muitas declinações, muitas delas com a massa propositadamente mal cozida, para o coração ficar pastoso e doce. Reza a lenda que o de Alfeizerão nasceu da antecipação da visita do rei D. Carlos quando as monjas não tinham conseguido cozer completamente o pão-de-ló. O monarca terá ficado tão bem impressionado que logo ali decidiu baptizá-lo. Muitos outros lhe seguiram depois as pisadas, mas a receita central é a de Margaride, em que o pão-de-ló é cozido em forno de lenha em vasilhas grandes de barro, com copo – para o buraco – e tampa. É tradição utilizar-se papel almaço, o resultado é bastante diferente quando se usa papel vegetal. A base culinária, essa é como a de todos os outros, ovos caseiros, açúcar, manteiga, farinha e trejeitos secretos que volvidos quase três séculos ainda ninguém lhes chegou. Nem pensar em cortar com faca, o metal destrói o sabor e há que honrar a tradição. A estrutura do bolo é bastante aberta e gosta de vinhos secos.

Sugestão: Porto Tawny 20 Anos

Sobremesas de páscoa

Cheesecake com frutos vermelhos

Os frutos vermelhos de baga são normalmente apresentados em compotas de framboesa, amoras e mirtilos e configuram a cobertura da tarte. A estrutura desta sobremesa é à base de natas e gelatina e a base é de bolacha desfeita e amassada. A componente láctea é por isso dominante, mas há que contar com o pormenor de a gelatina que se emprega ser habitualmente de base animal O binómio natas-gelatina é muito difícil de abordar correctamente do ponto de vista da harmonização, mas felizmente temos a bolacha como mediadora. No entanto, não é simples a eleição do vinho certo, talvez por isso se tenda mais para vinhos doces. No entanto, o que define um problema é ele ter uma ou mais soluções e claro que há pistas boas para lá chegar.

Sugestão: Porto Vintage novo

Pudim do Abade de Priscos

É uma sobremesa tão fácil de fazer quanto de falhar. Vive essencialmente da proteína animal extraída da parte gorda do presunto tradicional de fumeiro e da construção da calda em ponto de estrada ou espadana, dependendo de quem a faz e da cozedura que se lhe dá. É uma sobremesa para ser feita por cozinheiros e não por pasteleiros, pela variabilidade que tem. É vigorosa nas gemas, o que representa uma cortina forte de ferro na estrutura com que temos de trabalhar na harmonização. Há que insistir e persistir até se encontrar uma solução satisfatória, e depois ir fazendo experiências com tipos diferentes de açúcar, presunto e até ovos. Não há dois pudins iguais e tal como no caso do leite-creme, é quando arrefece que a estrutura se consolida, pelo que é preciso investir paciência nessa fase; nada de pressas.

Sugestão: Madeira Bual com mais de 20 anos

(Artigo publicado na edição de Outubro 2020)

A DOEAT entrega em casa ingredientes frescos e receitas simples

DOEAT

Simples de fazer, mas impressionantes no resultado. São assim as receitas do serviço DOEAT, que entrega ingredientes frescos e instruções fáceis, para que cada um de nós se transforme no chef lá de casa. Os motivos para utilizar o serviço são muitos, desde a falta de criatividade para não repetir os pratos que já fizemos […]

Simples de fazer, mas impressionantes no resultado. São assim as receitas do serviço DOEAT, que entrega ingredientes frescos e instruções fáceis, para que cada um de nós se transforme no chef lá de casa.

Os motivos para utilizar o serviço são muitos, desde a falta de criatividade para não repetir os pratos que já fizemos para nós ou para a família cem vezes, até ao brilharete que queremos fazer perante os amigos, passando pelo cansaço no final de um dia de trabalho, que nos rouba a vontade de cozinhar. Assim, a DOEAT tem disponível, na sua plataforma, 24 receitas de cozinha nacional e internacional para encomendar, entre pratos vegetarianos como Tofu com Miso e Legumes Salteados ou Gnocchi com Molho de Tomate e Queijo de Cabra; pratos de peixe como Lasanha de Salmão com Queijo Creme e Alho Francês ou Peixe Grelhado com Ceviche de Banana e Farofa Crocante com Mozzarela; e pratos de carne como Spicy Pork Noodles e Pak Choi ou Yakissoba de Frango e Legumes. Em prol da sustentabilidade e para evitar ao máximo o desperdício, todos os ingredientes referentes às receitas escolhidas chegam a casa dos clientes na quantidade exacta. No site, há também sugestões de reaproveitamento da caixa de cartão reciclado, da encomenda, e do papel de cera de abelha que envolve alguns produtos.

DOEAT
Fajitas recheadas com Frango, Tomate e Iogurte

Fernanda Araújo, fundadora da marca, explica o conceito: “Conseguimos oferecer uma experiência única ao cozinhar de forma fácil, aliando o sentimento de realização pessoal com a confecção de uma receita invulgar e à altura de um verdadeiro chef, com ingredientes frescos e na porção certa, para que não haja desperdício. O match torna-se perfeito quando a este conceito se junta a parte ecológica de todas as nossas embalagens, para que a cada encomenda seja mais um passo para um planeta sustentável”.

A DOEAT faz entregas ao domicílio quatro vezes por semana, em todo o território de Portugal Continental. Já o preço das refeições varia consoante o número de menus encomendados, podendo custar menos de cinco euros por pessoa e nunca ultrapassando os seis euros.

A Grandes Escolhas teve oportunidade de experimentar as Fajitas recheadas com Frango, Tomate e Iogurte; e o Caldo Tailandês com Frango e Arroz de Coco. Ambas as receitas demoraram cerca de 30 minutos a concluir e resultaram em pratos cheios de sabor e impressionantes no aspecto. Recomendamos!

Mariana Lopes

Pintas (também) é nome de azeite

Pintas Azeite

Nascida em 2001, a marca Pintas está associada a um  vinho tinto que, muito rapidamente, se tornou numa das mais prestigiadas referências do Douro. Mais recentemente, também um  Porto Vintage de primeiríssima linha veio engrandecer e perpetuar o nome do antigo cão do casal Sandra Tavares da Silva e Jorge Serôdio Borges. Desde 2007, porém, […]

Nascida em 2001, a marca Pintas está associada a um  vinho tinto que, muito rapidamente, se tornou numa das mais prestigiadas referências do Douro. Mais recentemente, também um  Porto Vintage de primeiríssima linha veio engrandecer e perpetuar o nome do antigo cão do casal Sandra Tavares da Silva e Jorge Serôdio Borges. Desde 2007, porém, um outro produto ostenta orgulhosamente a marca Pintas: um azeite que, como tudo o que a casa Wine & Soul faz, denota rigor e ambição.

O Pintas Virgem Extra da safra de 2020 que agora chega ao mercado é um azeite produzido a partir de um olival tradicional, com mais de 80 anos de idade. Estas oliveiras rodeiam a vinha de onde sai o Pintas e são trabalhadas em modo de produção orgânico.  Como é obrigatório nos azeites mais ambiciosos, o processo de extração é efectuado de forma suave a frio e em contínuo, de modo a preservar todo o potencial aromático, imediatamente após a colheita manual. Na safra de 2020, as azeitonas das variedades Cobrançosa, Madural e Verdeal, foram colhidas na última semana de outubro. Com uma acidez de 0,1%, o Pintas é um azeite frutado, intenso e apimentado, que se distingue pela finura e elegância. A garrafa de 500 ml é vendida por cerca de €15 e vale muito mais do que aquilo que custa, pois garante muitas jornadas de elevado prazer gastronómico…

Projecto Bugalha lança azeite exclusivo de olival tradicional

Bugalha Azeite

Em Folgosa do Douro, no Cima Corgo da região, nasceu em 2017 um projecto familiar pelas mãos de João Barata, farmacêutico de profissão e apaixonado pelo vinho e pelo Douro que, mais tarde, acabou por ingressar na licenciatura de Enologia. Bugalha é o nome da aventura, e da marca que os rótulos apresentam desde 2020. […]

Em Folgosa do Douro, no Cima Corgo da região, nasceu em 2017 um projecto familiar pelas mãos de João Barata, farmacêutico de profissão e apaixonado pelo vinho e pelo Douro que, mais tarde, acabou por ingressar na licenciatura de Enologia. Bugalha é o nome da aventura, e da marca que os rótulos apresentam desde 2020.

Agora, junta-se um novo produto ao portefólio da empresa, o azeite Bugalha Virgem Extra. Prensado a frio, este azeite tem origem na Quinta da Cruz, em oliveiras de bordadura e com mais de 50 anos, “cultivadas de forma tradicional, sem rega, podadas manualmente”, como refere João Barata. Varejadas e colhidas também à mão, a 15 de Novembro de 2020, as azeitonas das variedades Cobrançosa, Arbequina, Picual e Verdeal deram origem a um azeite premium e muito exclusivo, de apenas 500 garrafas, que estão agora no mercado com um p.v.p. de €20 euros.

CCB receberá “5 viagens gastronómicas” em Maio

5 viagens gastronómicas

Durante o mês de Maio, o Centro Cultural de Belém vai receber um ciclo de conferências organizado e moderado por Fortunato da Câmara, sob o mote “O gosto dos outros – 5 viagens gastronómicas”. Cumprindo todas as regras impostas pela Direcção Geral de Saúde, estas conferências terão lugar numa sala ampla e luminosa, com acesso […]

Durante o mês de Maio, o Centro Cultural de Belém vai receber um ciclo de conferências organizado e moderado por Fortunato da Câmara, sob o mote “O gosto dos outros – 5 viagens gastronómicas”.

Cumprindo todas as regras impostas pela Direcção Geral de Saúde, estas conferências terão lugar numa sala ampla e luminosa, com acesso ao exterior e vista para o Rio Tejo. Os convidados são “de peso”, nomes como André Magalhães (Taberna das Flores), Dulce Freire (coordenadora do projecto ReSeed), João Paulo Martins (jornalista e crítico da Grandes Escolhas e do Expresso), Fátima Moura (autora, “Do Cacau ao Chocolate”) e Isabel Drumond Braga (historiadora).

“É a atividade em que nos ocupamos desde os primeiros instantes em que o oxigénio nos preenche os pulmões, e acompanha-nos até aos derradeiros momentos da nossa existência: nutrir o corpo. O melhor que conseguirmos, claro. Alimentarmo-nos é elementar, não é preciso ser um detetive brilhante, mas é uma saborosa investigação que nos demora uma vida inteira. Não haverá porventura nenhuma conclusão a tirar, mas pelo caminho irão surgir muitas idiossincrasias apetecíveis de descobrir. Em cinco temas distintos que vivem sob a égide da gastronomia, vamos encontrar as encruzilhadas da história e da antropologia da alimentação. Porque, afinal, como bem disse Ferran Adriá pela primeira vez em 2013: ‘A maior rede social do mundo é a comida'”, pode ler-se na sinopse do evento, que será gravado para posterior publicação nas plataformas sociais. O preço dos bilhetes é de €6 por sessão ou €25 pelo pacote das 5 sessões.

Veja todos os detalhes sobre as “5 viagens gastronómicas” e compre o seu bilhete AQUI.

Chef Sergio Crivelli lança massas artesanais para cozinhar em casa

Sergio Crivelli massas

Cozinhar em casa uma “pasta” digna de chef? É possível, com as novas massas artesanais secas, do Chef Sergio Crivelli. À base de legumes, estas massas são produzidas no laboratório do Chef que dá nome ao restaurante de Matosinhos e, segundo o mesmo, “trata-se de um produto original, diferente das típicas pastas italianas. São actualmente […]

Cozinhar em casa uma “pasta” digna de chef? É possível, com as novas massas artesanais secas, do Chef Sergio Crivelli.

À base de legumes, estas massas são produzidas no laboratório do Chef que dá nome ao restaurante de Matosinhos e, segundo o mesmo, “trata-se de um produto original, diferente das típicas pastas italianas. São actualmente uma tendência de paladares em Itália”. A sua produção respeita as técnicas ancestrais, não fosse o restaurante de Sergio Crivelli reconhecido, pela Marchio Ospitalità Italiana, como um dos 10 restaurantes portugueses que reflectem e respeitam a tradição gastronómica daquele país.

A ideia de criar estas massas artesanais surgiu durante o confinamento e “é mais uma forma de levar aos nossos clientes o prazer da gastronomia italiana que, diariamente, pode também ser experimentada no nosso estabelecimento”, refere Sergio Crivelli. Além de serem saudáveis e de muito fácil confecção — trazendo muita cor ao prato — têm a vantagem de ser adequadas tanto para vegetarianos como para veganos.

Com p.v.p. de 4 euros por pacote de 500 gramas, as massas secas artesanais de Sergio Crivelli estão disponíveis para compra no seu restaurante, localizado na Rua de Brito Capelo 705, em Matosinhos. Também é possível encomendar pelo número 911 119 226 e levantar depois no mesmo espaço.

Casa Relvas lança azeite, o primeiro do seu portefólio

Casa Relvas lança azeite

Da gama ART.TERRA, a Casa Relvas lança agora o seu primeiro azeite, um virgem extra de duas variedades, Cobrançosa e Arbosana, já disponível em lojas e mercearias gourmet de todo o país, por €9. A origem do azeite ART.TERRA é um olival plantado em 2016, onde a Casa Relvas recuperou algumas variedades autóctones “em busca […]

Da gama ART.TERRA, a Casa Relvas lança agora o seu primeiro azeite, um virgem extra de duas variedades, Cobrançosa e Arbosana, já disponível em lojas e mercearias gourmet de todo o país, por €9.

A origem do azeite ART.TERRA é um olival plantado em 2016, onde a Casa Relvas recuperou algumas variedades autóctones “em busca do equilíbrio entre tradição e modernidade”. Hoje, o produtor alentejano tem 300 hectares de olival nas suas herdades em Redondo e na Vidigueira.

“O novo azeite da Casa Relvas vem integrar a família ART.TERRA, em que cada produto nasce da busca contínua pela expressão máxima de um terroir, recuperando métodos ancestrais de cultivo e de produção. Sob a marca ART.TERRA temos agora, além dos vinhos Amphora, Curtimenta e Biológico, este azeite virgem extra que achamos que casa, na perfeição, a essência da tradição agrícola do Alentejo com uma autenticidade contemporânea.”, afirma Alexandre Relvas, CEO da Casa Relvas. 

Quanto a impressões de prova, o produtor refere que o azeite ART.TERRA Virgem Extra mostra “aromas de fruta madura, e algumas notas mais frescas de azeitona verde, folha de tomate e banana, com um paladar fresco e final de boca de frutos secos”.