Vinhos portugueses brilham no 30º Concurso Mundial de Bruxelas

Concurso Mundial de Bruxelas

A trigésima edição do Concours Mondial de Bruxelles (Concurso Mundial de Bruxelas) encerrou há poucos dias, em Poreč, na Croácia, e os resultados já foram divulgados. Portugal destacou-se com um impressionante número de medalhas: 337, entre 900 vinhos inscritos. Entre os dias 12 e 14 de Maio, este que é um dos mais prestigiados concursos […]

A trigésima edição do Concours Mondial de Bruxelles (Concurso Mundial de Bruxelas) encerrou há poucos dias, em Poreč, na Croácia, e os resultados já foram divulgados. Portugal destacou-se com um impressionante número de medalhas: 337, entre 900 vinhos inscritos.

Entre os dias 12 e 14 de Maio, este que é um dos mais prestigiados concursos de vinho do Mundo reuniu especialistas de todo o sector vitivinícola internacional para avaliar mais de 7500 vinhos tintos e brancos, provenientes de quase 50 países. Entre os vencedores, estão vinhos dos cinco continentes, tanto de países com muita história na produção de vinho, como de origens mais surpreendentes, incluindo Índia, Cazaquistão e Albânia.

A Península Ibérica e a França lideraram o concurso. Espanha, mais especificamente a região de Aragão, teve um desempenho notável, com uns impressionantes 42% de vinhos premiados. Bordéus, por sua vez, foi a região mais representada e premiada do Concurso Mundial de Bruxelas, com 256 vinhos distinguidos.

Dos 337 vinhos portugueses premiados, o Ravasqueira Vinha das Romãs tinto 2020, do Alentejo, obteve Grande Medalha de Ouro e destacou-se como “Vinho Tinto Revelação de Portugal”. Também o Herdade de Ceuta Reserva rosé 2021 mereceu Grande Medalha de Ouro e a distinção “Vinho Rosé Revelação de Portugal”.

Portugal destacou-se, ainda, com a empresa mais premiada ao longo dos anos, a Casa Santos Lima, que participa na competição desde 2008. Até hoje, o produtor inscreveu 755 vinhos e conquistou mais de 300 galardões. Este ano, a Casa Santos Lima recebeu 23 medalhas, num total de 35 vinhos inscritos, incluindo uma Grande Medalha de Ouro e 9 Medalhas de Ouro.

A lista completa de vinhos portugueses premiados no 30º Concurso Mundial de Bruxelas pode ser consultada AQUI.

Quinta da Atela: Novo brilho para o produtor da Charneca

Quinta da Atela

A história do projecto Quinta da Atela, em Alpiarça, teve algumas flutuações, ao longo de várias décadas e de um punhado de proprietários. Enquanto “quinta”, foi formada em 1346 para os Condes de Ourém, tendo sido doada, mais tarde, ao Convento da Graça de Santarém dos Agostinhos Calçados, ainda sob o nome Quinta da Goucha. […]

A história do projecto Quinta da Atela, em Alpiarça, teve algumas flutuações, ao longo de várias décadas e de um punhado de proprietários. Enquanto “quinta”, foi formada em 1346 para os Condes de Ourém, tendo sido doada, mais tarde, ao Convento da Graça de Santarém dos Agostinhos Calçados, ainda sob o nome Quinta da Goucha. Em linha com as tradicionais propriedades da região do Tejo, é extensa, com um total de 580 hectares, e tem englobado, além da vinha, outras actividades agrícolas e exploração de gado, que se mantém actualmente. Aqui encontra-se, por exemplo, a maior mancha de salgueiro-negro da Península Ibérica. Como foi também comum em Portugal, a Quinta da Atela viu-se ocupada após o 25 de Abril e foi devolvida aos donos 10 anos depois, pelo Ministério da Agricultura, em muito mau estado, como seria de esperar. Um mal que veio “por bem”, levando a uma total reabilitação por parte do então proprietário Joaquim Manuel de Oliveira, membro da família que fundou a Izidoro, gigante do sector agro-alimentar. Os anos 90 foram, assim, um marco importante no percurso da Quinta da Atela, com as adegas e edifícios de armazenamento renovados, e a contratação, em 1997, do enólogo António Ventura. Aqui, o projecto de vinhos desta propriedade situada na zona da Charneca — um dos três principais terroirs do Tejo — ganhou outra vida, momento também de enorme relevância para a construção do actual sucesso do mesmo. Joaquim de Oliveira era “francófilo” assumido, revelou António Ventura, algo que contribuiu bastante para o ADN do negócio e objectos de investimento. O enólogo acabaria por se afastar alguns anos mais tarde, no seguimento da morte, em 2012, de Joaquim de Oliveira, sem imaginar que não seria a última vez que entraria na Quinta da Atela numa posição profissional…
Após um período de gestão um pouco mais tremido, que levou mais uma vez à degradação do espaço, a Quinta da Atela foi adquirida em 2017 pelos actuais proprietários, Anabela Tereso e Fernando Vicente, administradores da Valgrupo, empresa dedicada à criação e abate animal de suínos, bovinos e aves, e à transformação e comercialização de produtos alimentares. “Inicialmente foi o meu marido que se interessou pela propriedade, e quando me trouxe a primeira vez à quinta, ela já estava praticamente comprada. Mas o estado de degradação era tal, que eu não consegui ficar logo entusiasmada”, contou-nos Anabela Tereso, que acabou por assumir a orientação das obras de reabilitação (na verdade, foi mais uma revolução) e a criação da marca e imagem do projecto, com um cunho muito pessoal. Foi desta forma que se apaixonou por ele, ao reconstruí-lo, como nos confessou a empresária que é hoje a cara da Quinta da Atela. Com especial talento para a estética das coisas, Anabela Tereso faz-se acompanhar de uma aura de profissionalismo e dedicação, às pessoas e ao trabalho, e de uma enorme vontade de aprender. “Não percebo nada de vinho, mas gosto de ver as coisas bem feitas”, declarou, sem falsas modéstias. Self made woman, dedicou-se muito cedo à suinicultura e, juntamente com Fernando Vicente, com quem se casou aos 18 anos, criou sucesso empresarial na área agro-pecuária, que culminou na criação da Valgrupo. Sem pudores desnecessários, partilha que passou a sua lua-de-mel a cuidar de uma ninhada de suínos. A mesma tenacidade acompanha-a até à data, e a Quinta da Atela impressiona hoje pelo aspecto premium e sério, tendo já recebido, em 2022, a distinção de Melhor Enoturismo do Tejo.

Quinta da Atela

O regresso da boa-ventura

Com o anterior proprietário, António Ventura desenhou os vinhos da Quinta da Atela, desde a escolha das castas a plantar ao perfil do produto engarrafado, factos que o levaram a conhecer a quinta, como o próprio diz, como a palma da sua mão. Esta foi uma das razões que levaram o enólogo a aceitar o convite, por parte de Anabela Tereso e Fernando Vicente, para regressar ao projecto ribatejano em 2020, como enólogo consultor, trabalhando com o enólogo residente Bruno Castelo. Os 130 hectares de vinha da propriedade (100 em plena produção) têm, como já referido, a impressão digital de António Ventura e da “francofilia” do antigo dono, juntamente com parcelas já plantadas pela nova administração, num encepamento equilibrado entre castas tradicionais ou comuns na região e outras de origem francesa, com a excepção da franco-alemã Gewürztraminer, que na altura se tratou de uma insistência pessoal do enólogo (e que acabou por se revelar surpreendentemente adaptada à zona): Fernão Pires, Arinto, Viosinho, Verdelho, Chardonnay, Sauvignon Blanc; Castelão, Touriga Franca, Pinot Noir, Trincadeira Preta, Alicante Bouschet, Caladoc, Aragonez, Syrah, Touriga Nacional, Cabernet Sauvignon, Petit Verdot, Marsellan, Alfrocheiro e Sousão são as variedades com expressão na quinta. Há, também, uma vinha velha com 75 anos e 20 hectares, a “Carvalhita”, com predominância, naturalmente, de Castelão, a uva tinta mais emblemática do Tejo. A vinha da Carvalhita é velha, mas nada tem de decrépita, e mostra ainda um vigor admirável. Além de vinhos tintos, esta parcela destaca-se por ter dado origem a um dos rosés mais recentes da casa. Os solos, por sua vez, são bastante arenosos, com algumas manchas argilo-arenosas, com características de transição entre Charneca e Campo. Também a fazer a ponte entre o passado e o presente, o produtor lançou muito recentemente a aguardente vínica velhíssima Capela da Atela XO 20 Anos, com certificação DOC DoTejo, uma aguardente produzida a partir de uvas de Fernão Pires que estagiou durante 20 anos em barricas de diferentes origens. De elevadíssima qualidade, esta velhíssima foi feita no alambique Charentais instalado ainda por Joaquim Manuel de Oliveira, cuja admiração por “tout ce qui est français” incluía uma grande atracção por Cognac. Adicionalmente, o portefólio do produtor tem no seu core as marcas Casa da Atela, sobretudo para os monovarietais, e Quinta da Atela, para os vinhos de lote e outros produtos, como os vinhos licorosos. Óptima surpresa são também os dois espumantes Casa da Atela, um Chardonnay e um Pinot Noir de excelente nível. Os varietais brancos mostram bastante frescura natural e harmonia, e são bem fiéis a cada casta. Todos têm 20% de barrica menos o Gewürztraminer, que só passa por inox. “Actualmente preferimos barricas de 500 litros, e estamos gradualmente a substituir as mais pequenas pelas de maior formato. Queremos uma melhor integração da madeira e menos marcação aromática”, adiantou-nos António Ventura. A adega tem partes completamente renovadas — onde se encontram as cubas verticais, rotativas e cubas-lagar — e outras antigas (centenárias) e preservadas para armazenamento ou valorização histórica.

A Quinta da Atela, que faz vinho somente a partir das suas uvas, vinifica 1 milhão de litros e produz cerca de 200 mil garrafas em nome próprio. De acordo com Anabela Tereso e António Ventura, o objectivo é crescer em área de vinha, com planos para chegar aos 150 hectares em plena produção. Para já, o principal mercado é o nacional, mas a ideia é atingir uma situação próxima da equiparação entre este e a exportação. Ao abrigo dos actuais proprietários e administradores apenas desde 2017, e com enologia de António Ventura desde 2020, este pode, praticamente, ser considerado como um projecto novo no Tejo. E tanto que já aqui foi feito.

 

 

(Artigo publicado na edição de Abril de 2023)

Rocim lança copos Jancis Robinson em Portugal

Rocim copos Jancis Robinson

Da ligação entre Catarina Vieira e Pedro Ribeiro, enólogos e proprietários da Herdade do Rocim, a Jancis Robinson, nasceu a representação em Portugal, por parte do Rocim, dos copos assinados pela conceituada crítica de vinhos. Com um design elegante, criado pelo designer britânico Richard Brendon, a colecção Jancis será oficialmente lançada em Portugal no dia […]

Da ligação entre Catarina Vieira e Pedro Ribeiro, enólogos e proprietários da Herdade do Rocim, a Jancis Robinson, nasceu a representação em Portugal, por parte do Rocim, dos copos assinados pela conceituada crítica de vinhos.

Com um design elegante, criado pelo designer britânico Richard Brendon, a colecção Jancis será oficialmente lançada em Portugal no dia 29 de Maio, num evento que contará com a presença de Jancis e Richard e terá lugar no Hotel Pestana Palace.

“Este novo copo quer maximizar o aproveitamento dos aromas, sabores e texturas de todos os vinhos disponíveis no mercado, da forma mais prática e simples possível. Nesse sentido, os copos apresentam um bojo bastante característico, em forma de tulipa, um rebordo ultrafino, mas extremamente resistente, e uma silhueta distinta. Todos os pormenores foram pensados ao detalhe, como a altura da haste do copo, ideal para que os consumidores possam pegar no mesmo, sem sobreaquecer o vinho, abaná-lo e, assim, poderem sentir toda a mistura de aromas. Durante a prova, a proximidade entre o apreciador e o vinho funde-se ainda mais, dada a espessura fina do vidro, que permite eliminar qualquer barreira entre ambos, dando a sensação de que, efectivamente, se está a mergulhar no vinho”, pode ler-se no comunicado de imprensa.

Cada copo de vinho desta colecção foi desenhado por mestres artesãos eslovenos, que seguiram o design de Richard Brendon, concebido com orientações de Jancis Robinson.

“Estamos incrivelmente orgulhosos dos copos que lançamos. São considerados, por prestigiados especialistas do sector, os melhores copos de vinho. E, além disso, ainda podem ser encontrados em alguns dos melhores restaurantes e bares de todo o Mundo. Só podemos estar realmente muito felizes”, afirmam os promotores.

Concurso Melhores Vinhos do Alentejo premiou 26 referências

Concurso Melhores Vinhos Alentejo

O Concurso “Melhores Vinhos do Alentejo”, promovido pela Confraria de Enófilos do Alentejo e apoiado pela Comissão Vitivinícola Regional Alentejana, anunciou os vencedores da sua última edição, que contou com a participação de 51 produtores de diversas zonas e sub-regiões, totalizando 136 vinhos alentejanos na competição de 2023. O painel de jurados, composto por 25 […]

O Concurso “Melhores Vinhos do Alentejo”, promovido pela Confraria de Enófilos do Alentejo e apoiado pela Comissão Vitivinícola Regional Alentejana, anunciou os vencedores da sua última edição, que contou com a participação de 51 produtores de diversas zonas e sub-regiões, totalizando 136 vinhos alentejanos na competição de 2023.

O painel de jurados, composto por 25 especialistas do sector, destacou 26 referências, tendo sido concedidas três medalhas de ouro, três de prata e três de bronze, além de 17 menções honrosas em cada categoria de vinho: branco, tinto e rosé.

Na categoria de vinho branco, a medalha de ouro foi para o Herdade de São Miguel Esquecido 2021, produzido pela Casa Relvas. Já o Cartuxa Reserva 2017, da Fundação Eugénio de Almeida, recebeu a medalha de ouro na categoria de vinho tinto. Também o rosé Maré Viva 2022, da Adega Cooperativa de Redondo, conquistou a medalha de ouro na respectiva categoria.

No segundo lugar do “pódio”, os vinhos Paulo Laureano Private Selection branco 2019, da PL Wines; Herdade de São Miguel rosé 2022 da Casa Relvas; e Herdade das Servas Reserva tinto 2017, da Serrano Mira, conquistaram medalha de prata.

Com a medalha de bronze, foram premiados os vinhos Margaça Reserva branco 2021, da Sociedade Agrícola de Pias; Convés rosé 2022, da Enolea; e Monte Cascas Grande Reserva tinto 2015, da Casca Wines.

Quinta do Noval declarou Porto Vintage 2021

Quinta do Noval Vintage

Num comunicado de Christian Seely, director-geral da Quinta do Noval, a empresa anunciou o lançamento de três vinhos do Porto Vintage 2021: Quinta do Noval Nacional Vintage, Quinta do Noval Vintage e Quinta do Passadouro Vintage. “Estou muito feliz por poder anunciar a declaração de três vinhos do Porto Vintage excepcionais, do ano de 2021 […]

Num comunicado de Christian Seely, director-geral da Quinta do Noval, a empresa anunciou o lançamento de três vinhos do Porto Vintage 2021: Quinta do Noval Nacional Vintage, Quinta do Noval Vintage e Quinta do Passadouro Vintage.

“Estou muito feliz por poder anunciar a declaração de três vinhos do Porto Vintage excepcionais, do ano de 2021 […]. As condições meteorológicas em 2021 contrastaram vivamente com as do ano anterior. Um Inverno húmido e a precipitação regular no mês de Abril repuseram totalmente os níveis de água tão necessários no solo. A floração precoce em Maio foi seguida de um mês de Junho muito quente, com alguns períodos de trovoadas e granizo, que felizmente não afectaram as nossas vinhas.

Julho e Agosto foram meses amenos e soalheiros, sem o calor extremo ou o stress hídrico a que assistimos em alguns dos últimos anos. Isto permitiu um amadurecimento lento e homogéneo das uvas, em excelentes condições. Começámos a vindima das uvas tintas a 26 de Agosto. Devido a alguma chuva no início de Setembro, suspendemos a vindima durante três dias, após os quais retomamos com tempo ensolarado e temperaturas amenas, que permitiram um desenvolvimento fenólico positivo constante até ao final da vindima, a 8 de Outubro. Não se registaram picos nas leituras de açúcar, o que nos permitiu aguardar pela maturação ideal em cada parcela.

Os resultados foram excelentes para várias parcelas de Touriga Nacional, Touriga Francesa e Sousão. O Nacional e várias outras parcelas de vinha velha estavam excepcionais.

Os vinhos exibem uma acentuada individualidade estilística, reflectindo as condições particulares do ano, muito elegantes e equilibrados, com uma grande subtileza e aromas florais e de frutas silvestres muito puros. Fortemente aromático, com taninos finos, densos e firmes, a pureza da fruta, a elegância e o equilíbrio estão entre as características mais impressionantes deste belíssimo ano Vintage.”

E de tonéis de vinho se fizeram… guitarras

Chama-se “The Guitar Barrel Project” ou se quiserem na versão portuguesa “As Guitarras do Marquês”. Na essência é um documentário sobre uma iniciativa que tem tanto de ambiciosa como inusitada e que foi apresentada no passado Domingo, dia 14 de Maio, no Palácio Marquês de Pombal, integrado no programa do evento “Há Prova – O […]

Chama-se “The Guitar Barrel Project” ou se quiserem na versão portuguesa “As Guitarras do Marquês”. Na essência é um documentário sobre uma iniciativa que tem tanto de ambiciosa como inusitada e que foi apresentada no passado Domingo, dia 14 de Maio, no Palácio Marquês de Pombal, integrado no programa do evento “Há Prova – O Gosto de Oeiras”.

Na origem deste projecto estão velhas madeiras exóticas que em tempos formaram grandes tornéis de vinhos da adega do palácio do Marquês em Oeiras e que depois de desmanteladas e abandonadas por muitos anos foram descobertas por um luthier (fabricante especializado de guitarras) que viu nesses barrotes a possibilidade de servirem de matéria-prima para a concepção e produção de valiosas guitarras. Este luthier português, Adriano Sérgio de seu nome, convidou depois outros cinco famosos luthiers internacionais a juntarem-se ao projecto e também eles fazerem destas preciosas madeiras outras tantas guitarras. O protocolo entretanto estabelecido com a Câmara de Oeiras, permitiu pôr em marcha este projecto, a que o próprio município se juntou, comprando uma pequena parte desses barrotes e reconstruindo depois por seu lado com essas madeiras um tonel onde colocou a estagiar um lote do vinho generoso de Carcavelos Villa Oeiras. Este lote, da colheita de 2010 já tinha estagiado durante 7 anos em barricas de carvalho português a que se juntaram mais 4 anos no impressionante tonel recuperado dos velhos barrotes de mogno. Tivémos assim, no mesmo projecto e das mesmas madeiras, 6 artistas a construírem as suas guitarras e a equipa de enologia do Villa Oeiras, propriedade do município, a produzir uma versão especial do notável vinho de Carcavelos. Ambos, as guitarras e os seus criadores e o vinho e os seus enólogos vão apresentaram o seu trabalho na Adega do Marquês. Cada luthier teve oportunidade de apresentar ao vivo a sua guitarra e explicar como se inspirou nos motivos relacionados com o terramoto de Lisboa de 1755 (data contemporânea das madeiras) ou de factos e paisagens ou edifícios do século XVIII.  O vinho especial de carcavelos prevê-se que esteja à venda no próximo mês de Setembro, mas quem teve a felicidade de o provar garante que é um generoso de grande gabarito.toneis

Equipas do WRC Rally de Portugal aventuram-se no rio Douro

Rally Portugal Douro

Arranca hoje, em Coimbra, a 56ª edição do Rally de Portugal, a quinta prova do WRC (Campeonato Mundial de Ralis). A prova portuguesa, que termina no dia 14 de Maio, tem este ano um percurso de 329,06km, fragmentado por 19 classificativas, concentradas sobretudo no Norte e Centro do país. A convite da Sogrape (parceira do […]

Arranca hoje, em Coimbra, a 56ª edição do Rally de Portugal, a quinta prova do WRC (Campeonato Mundial de Ralis). A prova portuguesa, que termina no dia 14 de Maio, tem este ano um percurso de 329,06km, fragmentado por 19 classificativas, concentradas sobretudo no Norte e Centro do país.

A convite da Sogrape (parceira do evento) e do Vodafone Rally de Portugal, três das principais equipas do Campeonato Mundial de Ralis foram ontem descobrir o rio Douro, a bordo de um barco Rabelo.

Rally Portugal Douro
Richard Millener, Kaj Lindström e Cyril Abiteboul.

Richard Millener (director de equipa da M-Sport Ford WRT), Kaj Lindström (director desportivo da Toyota Gazoo Racing WRT), Cyril Abiteboul (director de equipa da Hyundai Shell Mobis WRT) e outros membros das respectivas equipas, embarcaram nesta iniciativa que teve como objectivo mostrar o património histórico e cultural associado à cidade do Porto e a um dos seus produtos mais emblemáticos, o vinho do Porto. Para assinalar o momento, a Sograpre presenteou as equipas com o vinho Sandeman Porto Tawny 20 Anos.

Já considerada em cinco ocasiões como a melhor prova de rali do Mundo, o Rally de Portugal mantém, nesta edição, passagens por locais já emblemáticos da prova, como Arganil, Amarante, Fafe ou Cabeceiras de Basto. Mas o maior destaque deste ano vai para o regresso da Figueira da Foz ao programa do evento desportivo português, cidade que será palco de uma super-especial, e para a nova classificativa de Paredes.

Veja aqui alguns dos melhores momentos do icónico “salto de Fafe”, um dos locais mais cobiçados pelos espectadores presenciais do Rally de Portugal:

Dois Belos é a nova marca de gins e licores do Crato

Dois Belos

A Destilaria Dois Belos, projecto liderado pelo empresário Nuno Belo, foi criada em 2021 como resultado da procura de novos desafios profissionais e da inspiração na herança familiar e na natureza. Localizada em Vale do Peso, uma aldeia situada no concelho do Crato, distrito de Portalegre, esta destilaria assume-se como um projecto inovador e criativo. […]

A Destilaria Dois Belos, projecto liderado pelo empresário Nuno Belo, foi criada em 2021 como resultado da procura de novos desafios profissionais e da inspiração na herança familiar e na natureza.

Localizada em Vale do Peso, uma aldeia situada no concelho do Crato, distrito de Portalegre, esta destilaria assume-se como um projecto inovador e criativo. Exemplo disso é a imagem das garrafas, também ela diferenciadora e inspirada em antigos frascos de medicamentos, com rótulos e numeração colocados manualmente.

A Destilaria Dois Belos iniciou a produção com licor de ginja, seguido de mais quatro licores e uma aguardente, e, mais recentemente, criou dois tipos de gin: Dois Belos Gin do Vale e Dois Belos Gin Kratus. Todos os licores são produzidos com fruta fresca e processo tradicional, e os gins são destilados num alambique de cobre e enriquecidos com botânicos da propriedade da família Belo. O Dois Belos Gin do Vale é o primeiro gin totalmente produzido no concelho do Crato e é feito com 13 botânicos. Já o Dois Belos Gin Kratus é uma edição especial que replica a receita do Gin do Vale.

Mas a Destilaria Dois Belos também lança agora três tipos de licor: Licor de Ginja, Licor de Ginja Picante e Licor de Alfarroba. Já as aguardentes são duas, Dois Belos Aguardente de Medronho e Dois Belos Aguardente da Bica.

“Na Destilaria Dois Belos, mais do que produzir bebidas, recriamos sabores antigos e inventamos novos, enchemos garrafas que evocam memórias e transbordam sabores da natureza e cumprimos a tradição com os olhos postos no futuro”, afirma Nuno Belo.