O sonho do Marquês

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Não é fácil falar de Rioja sem referir a Marqués de Riscal. E, definitivamente, não se fala de arquitectura de adega sem se apontar este produtor. Um gigante da região, que não poupa na qualidade dos vinhos.

TEXTO Mariana Lopes

FOTOS Marqués de Riscal

O caminho do aeroporto de Bilbau para Elciego, onde se encontram as “bodegas” Marqués de Riscal, faz-se por estradas rápidas rodeadas por grandes aflorações rochosas e vegetação de tons verdes. Uma hora e meia de viagem que dá para lavar a vista, em que o cenário induz uma espécie de acalmia. Entretanto, começamos a pensar nessas rochas e em como será assim o solo da Rioja e da zona onde estão as vinhas da Marqués de Riscal. Errado! À medida que vamos ficando mais perto, começa a aparecer um argilo-calcário bem evidente para nos lembrar que a diversidade também assiste à Espanha vitivinícola.

Bodegas de los Herederos del Marqués de Riscal, é o nome. Em 1858, D. Guillermo Hurtado de Amézaga, o dito Marquês, fundou ali em Elciego a adega que lhes daria origem. O seu filho, D. Camilo, continuou o negócio, um diplomata e editor liberal, proprietário do jornal El Día, que acabou por se apaixonar profundamente pela arte de fazer vinho. Estes não tardaram em convidar um mestre adegueiro francês, Jean Pineau, para que os métodos bordaleses fossem ali aplicados. Na verdade, o sonho de D. Guillermo era construir um autêntico “château” à maneira francesa naquelas terras, que à data tinham o nome Finca de Torrea. Assim o fez, implementando técnicas científicas à frente do seu tempo, tanto na vinha como na adega, e na engenharia dos edifícios. Colocou ao seu dispor, inclusive, uma tanoaria para que o seu vinho descansasse nas melhores barricas.

Em 1862, já estavam a ser engarrafados os primeiros vinhos, bem antes do reconhecimento oficial da Rioja como Denominação de Origem Controlada (em Espanha “Calificada”), que se deu em 1991, apesar de a região em si já existir e produzir há um par de séculos. É uma região com uma área de vinha plantada total de mais de 61 mil hectares, e a Marqués de Riscal, na sub-região de Rioja Alavesa, utiliza uvas de 1500, sendo 500 dos quais próprios e os restantes de fornecedores controlados pela empresa. Mais de metade desses vinhedos, todos de uvas tintas e vindimados manualmente, estão em regime orgânico, apesar das garrafas ainda não o ostentarem e lá não pode faltar, pela importância que tem nesta DOC, a uva Tempranillo (a nossa Tinta Roriz), que representa 92% da produção de Riscal. Predominante, é uma uva de ciclo curto e cultivo sensível, tanto em Portugal como no país vizinho. Depois, a variedade Graciano, de amadurecimento tardio, vigorosa e bastante produtiva, está presente em 7% e confere as notas de bosque aos vinhos. Também a uva Mazuelo, de carácter mais rústico e, actualmente, a desaparecer, se encontra em quantidades residuais, oferecendo frescura e notas especiadas. A Cabernet Sauvignon, por sua vez, também desempenha um papel bastante importante nos tintos destas bodegas, mas a situação não é simples, pois esta casta tão popular no Mundo já não pode ser plantada na Rioja, proibida pelo conselho regulador da Denominação. No entanto, há uma excepção: por ter sido plantada nos solos da Marqués de Riscal muito antes da criação da região vitivinícola, é autorizada a sua utilização nos vinhos desta casa, desde que não conste em rótulos e fichas técnicas e enquanto apenas aquelas parcelas lá plantadas existam. Escusado será dizer que são videiras cuidadas com muita preocupação. Assim, quando se lê “e outras”, no rol de castas escrito numa garrafa deste produtor, já sabemos que estamos perante uma percentagem de Cabernet Sauvignon. Curiosa também é a idade das vinhas: as mais novas com 15 anos e a mais velha de 1902. De facto, é o produtor com mais vinhas de idade superior a 80 anos, em toda a Espanha e, segundo os próprios, “com maior número de vinhas plantadas antes de 1970, em todo o Mundo”.

Bastante mais tarde, a Marqués de Riscal chegou à Rueda, começando a fazer vinho branco nesta região em 1972, tendo sido impulsionadora da criação desta Denominação de Origem em 1980. A uva autóctone Verdejo era (e é) a eleita, como não poderia deixar de ser, mas a empresa introduziu ali a francesa Sauvignon Blanc, em 1974, para dela também fazer vinhos monovarietais.

La Ciudad del Vino

Este espírito vanguardista é algo que se perpetuou ao longo das gerações seguintes desta família. Sempre com a ambição de liderar o movimento tecnológico da Rioja, a Marquês de Riscal instalou, em 1995, a primeira mesa de escolha de uva da região. Cinco anos depois, começaram a ampliar as instalações de vinificação, onde trabalham 120 pessoas em permanência, que incluem um pavilhão impactante de 125 depósitos de inox, com capacidade para 20 mil quilos, onde fermentam, separadamente, 10 milhões de quilos de uva, por ano. Os padrões de qualidade da matéria-prima da empresa são altos, e é por isso que a qualidade geral, para tanto vinho, é muito elevada. As uvas que não correspondem a esses padrões, são vendidas a outros produtores, e tudo é aproveitado: várias prensagens com destino a vários vinhos, e as películas das uvas para cosmética e fertilizantes naturais.

Na parte antiga da adega, construída em pedra arenisca, encontram-se depósitos de betão onde toda a pisa é feita a pé. Lá fora, não passam despercebidas as muitas paredes verdes que ajudam a climatizar os labirintos que escondem 37 mil barricas. São todas de 225 litros, pois assim a Rioja o ordena, de carvalho americano (para as gamas mais baixas) e francês (para os vinhos mais ambiciosos).
Em 2006, com a finalização do hotel, todo o recinto foi inaugurado como La Ciudad del Vino. E que hotel! Assinado pelo arquitecto canadiano Frank O. Gehry, é uma autêntica escultura em tamanho gigante, cujas cores ondulantes se vêm de longe, na estrutura de titânio e aço: o rosa, a representar o vinho, o dourado, da malha que cobre a garrafa mais famosa do produtor, e o prateado, que simboliza a cápsula. “Tinha de ser algo que estivesse bem integrado com o terreno, as vinhas, com o povo de Elciego e a catedral. Tinha de ser festivo e apaixonante porque, acima de tudo, o vinho é alegria e prazer”, foi a declaração de O. Gehry. Os 43 quartos de luxo passarão, em breve, a 57, numa experiência que inclui um SPA Caudalie e dois restaurantes premium. Um deles, o Gastronómico Marqués de Riscal, galardoado com uma Estrela Michelin, é conduzido pelo chef Francis Paniego, o primeiro da Rioja com Estrela.
Com as Sierras de la Demanda e de Cantabria em plano de fundo, este hotel e a adega trazem 120 mil visitantes por ano àquele sítio, tendo grande impacto também no turismo da região. Um projecto de mais de 40 milhões de euros, que vale cada cêntimo.

Vinhos surpreendentes

Honrando o legado familiar, Francisco (Paco) Hurtado de Amézaga é o director técnico da empresa, na Rioja, e o seu filho Luís faz a enologia da parte Rueda. São 12 milhões de garrafas, no total, sete na primeira região e cinco na segunda, das quais 60% vai para 103 países. Em Portugal, a distribuidora Vinalda representa seis das referências do portefólio Marqués de Riscal: Sauvignon Blanc Bio branco, Limousin branco, Reserva tinto, Grande Reserva tinto, Baron de Chirel tinto e Proximo tinto. Com a filosofia “drinkability”, este produtor junta quantidade a uma qualidade surpreendente. Só do Marqués de Riscal Reserva, o tinto icónico da casa com a sua malha dourada envolta na garrafa, são feitos 4 milhões de exemplares por ano. Falamos de um vinho já com alguma seriedade. Importante é referir que, em Espanha, um vinho só pode ser Reserva se sair da adega passados três anos do seu ano de colheita, tendo um de ser de estágio em garrafa. De outros mais ambiciosos ainda, como o topo de gama Frank Gehry tinto, são feitas cerca de 3000 garrafas, apenas quando o ano assim o justifica.
Nunca tendo deixado de prosperar, a Marqués de Riscal é um exemplo de um grande negócio gerido de maneira exemplar, desde o vinho ao enoturismo. Fazer milhões é com eles, sem sacrificar qualidade, pelo contrário. Se fosse vivo, o Marquês D. Guillermo haveria de estar orgulhoso.

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Edição Nº26, Junho 2019

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Os vinhos dos Paulistas

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Ninguém iria adivinhar que, a 10 quilómetros do centro de Lisboa, se estão a fazer vinhos especiais. E que este é um projecto ‘fora da caixa’, quase de inspiração… digamos… divina.

TEXTO António Falcão NOTAS DE PROVA João Paulo Martins FOTOS Ricardo Gomez

A terra chama-se Apelação e era, até 2013, uma das freguesias do concelho de Loures. Não há muito que enganar: trata-se de um ambiente típico de arredores de Lisboa, com uma mistura de casas antigas e muitos prédios modernos, especialmente de construção económica. Pelo meio, um enorme terreno murado alberga a Quinta Rainha dos Apóstolos. É aqui que estão as instalações da congregação Paulista. No seio da igreja católica, os Paulistas estão encarregues da comunicação, incluindo edições em papel. “Ou seja, evangelizamos através da comunicação”, diz-nos o padre José Carlos Nunes, à frente desta congregação. Os Paulistas possuem várias edições, em vários formatos (veja aqui) e uma rede de seis livrarias.
Ora, calhou que o padre José Carlos, em diversos eventos, fosse conhecendo dois técnicos ligados à vinha e ao vinho. E as conversas iam surgindo, ao mesmo tempo que a amizade. Como diz o sacerdote, “a amizade traz bons frutos”, e desta vez deu mesmo: Um belo dia, António Cláudio, especialista em viticultura, e Filipe Sevinate Pinto, enólogo, desafiaram o padre Nunes a plantar vinha na quinta. Afinal, a congregação, que é internacional, presente em 38 países, precisa de vinho de missa. E, à parte a água, o vinho, convém não esquecer, é o líquido mais referenciado na Bíblia (a seguir à água). E, como se isso não bastasse, foi o vinho que constituiu o primeiro milagre de Jesus, que transformou água em, note-se, bom vinho. Ora, havendo espaço e fundos para isso, porque não avançar para uma vinha?

Nasce uma vinha

Regressemos um pouco atrás: houve de facto uma vinha neste local, mas apenas para subsistência dos locais. Nesta quinta chegaram a viver, nos anos 50, cerca de 70 seminaristas e 12 padres; existiam mesmo dois caseiros, um para o gado, outro para a agricultura. Nos anos 80 começaram a escassear as vocações, os caseiros foram-se embora e a vinha ficou ao abandono.
E eis que chega 2014. Decidida a plantação, António e Filipe escolheram as castas a plantar, no pressuposto de que as uvas teriam de ir para dois lados: vinhos de consumo (branco e tinto), e vinhos de missa (licoroso). Antes da decisão final, os técnicos provaram alguns vinhos de missa, só para verem o estilo. E a escolha foi para a casta branca Malvasia, num clone “muito amoscatelado”, isto é, a pender para aromas mais intensos e adocicados. António sabe do que fala porque é ele o distribuidor dos Viveiros Rauscedo, um dos fornecedores de plantas mais prestigiados do mundo, com origem em Itália. “Esta Malvasia é uma casta terpénica, que nos permite fazer macerações longas e vinhos com longevidade”, adianta Filipe. Ao lado da Malvasia, entrou a cada vez mais popular Alvarinho, direccionada sobretudo para o vinho não-generoso. Nos tintos ficou a casta Merlot e um bocadinho de Alicante Bouschet. Esta última faz um pouco o papel do Cabernet Franc no lote com Merlot, tão típico de Saint Emillion. Filipe tem excelentes experiências com Merlot na Quinta de São Sebastião e achou que aqui se iria dar bem.
Não foi planeado, mas o primeiro pé de videira foi plantado a 13 de Maio de 2014, 97 anos depois da primeira aparição em Fátima. Foi escolhida a parte mais fácil, mais plana e desmatada. Pareceu milagre, mas as plantas pegaram muitíssimo bem e já houve uvas no ano seguinte! O entusiasmo foi tanto que ficou decidido plantar mais vinha, que entrou na encosta, que teve de ser desmatada. O padre José Carlos explica: “o reino de Deus, simbolizado com vinha, tem que ser expandido”. No total estão agora quatro hectares mas existe mais algum terreno para ampliações. A comunidade, de apenas 9 membros permanentes, ajuda no que pode no amanho da vinha e na vindima. Menos mal que António Cláudio, que supervisiona a vinha, mora a 5 minutos, e existe ainda uma espécie de feitor, que trata de todos os espaços verdes. Nos trabalhos maiores contrata-se gente, até porque alguns membros da congregação são já de idade avançada. Em contrapartida, reza-se muito no seio da vinha e a mesma é benzida todos os anos. Talvez por isso seja tudo muito natural: “evitamos ao máximo o uso de produtos químicos; queremos tudo o mais biológico possível”, refere o padre José Carlos. António Cláudio reforça: “esta zona é boa e a vinha não é problemática; aliás, as maturações mostram-se até agora muito homogéneas”. Tudo a correr de feição, portanto.

Falta a adega

A quinta teve em tempos uma adega e os restos ainda por lá estão, incluindo algumas velhas pipas em ruínas. Enquanto a adega não é restaurada (se é que alguma vez irá acontecer), as uvas para os brancos e tintos são vinificadas na Quinta de São Sebastião, onde Filipe dirige a enologia. As uvas para o vinho de missa vão para a Quinta do Piloto, em Palmela, onde existem melhores condições para o trabalho com a aguardente. Diz Filipe Sevinate Pinto que a designação “vinho de missa é um bocado genérica e simples; é um vinho puro, sem aditivos, que normalmente se faz como um licoroso, para não se estragar”. Não leva, portanto, qualquer aditivo salvo aguardente: nem sulfuroso, correctores de acidez ou de outros, etc. Este é o primeiro vinho de missa feito por uma congregação.
Neste momento, António e Filipe estão em processo de aprendizagem e vão variando estilos e lotes. O primeiro vinho para o mercado será o de 2017, que será disponibilizado nas livrarias da congregação (só vinho de missa) e outros mercados (branco e tinto). No caso do vinho de missa, e segundo as leis canónicas, faltava a autorização do Cardeal Patriarca de Lisboa. A marca já foi decidida e será Vinha de São Paulo mas os rótulos estão em fase de produção.
O ideal agora era trazer cá o Papa Francisco, para abençoar a vinha. Pode parecer uma quimera, mas nunca se sabe: afinal, o padre José Carlos é o tradutor do Papa em Portugal…

NA FOTO

Equipa abençoada: Filipe Sevinate Pinto, António Cláudio e o padre José Carlos Nunes.

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Edição Nº26, Junho 2019

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Santa Vitória – Belos Vinhos da Planície

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No Baixo Alentejo, entre Beja e o mar, situa-se a Herdade de Santa Vitória, que se assume como unidade agrícola de várias valências. Da fruta ao azeite e ao vinho, e da terra para o consumidor final. As 32 unidades hoteleiras consomem 30 por cento da produção. E entre Portugal e Brasil escoa-se o milhão de garrafas que ali se produzem anualmente.

Texto João Paulo Martins
Fotos Ricardo Gomez

Estamos em terras alentejanas, lá bem para o sul, mas, ao contrário do que se poderia pensar, aqui não se caça; sorte para lebres e perdizes que por lá existem. Estamos em terras quentes onde se faz sentir o calor forte de Verão, onde o vento do sul, geralmente conhecido por “vento suão”, pode queimar a vinha de uma dia para o outro. Estas agruras do clima obrigam a uma adaptação às condições específicas da região para se poder pensar em produzir vinho. Na verdade, o vinho não tem por aqui história que mereça ser contada e pode mesmo dizer-se que até ao séc. XXI, estas terras alentejanas não estariam vocacionadas para a vinha.

Foi mesmo nestas terras de pequenas elevações e muita planície que nasceu a herdade da Casa de Santa Vitória, projecto agrícola do grupo Vila Galé, que inclui várias valências, desde a vinha, o olival e a produção frutícola – pêra rocha, as nectarinas, damascos e pêssegos – além de montado. A crescer de importância nesta zona, o amendoal vai ser uma aposta de futuro. O azeite ganha cada vez mais preponderância e ainda este ano será inaugurado um lagar que permitirá assim controlar todo o processo. Intensivo, super-intensivo, variedades locais, variedades espanholas e gregas, de tudo se pode encontrar aqui.

O grupo Vila Galé está especialmente vocacionado para a hotelaria e tem presença forte em Portugal e Brasil. São neste momento 32 as unidades hoteleiras e, tal como estava previsto desde o início, também aqui na herdade há um hotel e restaurante com aposta forte na gastronomia regional, como pudemos testemunhar. Com uma área muito grande de terra – 1.620 hectares – dos quais a vinha ocupa 127, a produção vinícola teve sempre a condicionante da água porque cedo se percebeu que dificilmente haveria uma viabilidade do projecto sem a rega da vinha. Esse problema resolveu-se com a água que chega do Alqueva. É assim há já 15 anos, tantos quanto o projecto tem de vida. A rega continua a ser tema de debate entre produtores e enólogos e esse debate estende-se a várias regiões do país. Os adeptos da não-rega sustentam que se a videira não é resistente à seca e à falta de água, então é porque a escolha da casta e do porta-enxerto terá sido mal feita; já os adeptos da rega opinam que sem água (e com as consequentes baixas produções) a actividade vitivinícola não seria viável. Aqui esse debate não chegou sequer a ter lugar, já que a opção pela rega foi clara.
Pelo clima quente que a região tem, a opção mais evidente seria naturalmente a produção de uvas tintas, mas até respondendo às solicitações do mercado, o branco teve aqui um comportamento que justificou a forte aposta, nomeadamente na casta Arinto. A surpresa, a bem dizer, só o será para quem não acredita que esta é a mais original e importante casta branca portuguesa.

Mudanças na viticultura

O técnico Nuno Cancela de Abreu esteve no arranque da aventura vínica do grupo Vila Galé. Mas hoje a orientação técnica está a cargo de Bernardo Cabral e Patrícia Peixoto, que são o rosto enológico da casa. Foi com eles que fizemos uma visita às vinhas, agora em período de crescimento acelerado da vegetação.

A aposta inicial nas castas – à época com a consultoria de Martim Avillez – apontou para as mais tradicionais do Alentejo, aquelas que no início deste século eram apontadas como as mais indicadas para a região – Aragonez, Trincadeira, Alfrocheiro nos tintos e Arinto e Antão Vaz nos brancos. Na verdade, sentiu-se aqui o mesmo problema, ou se se quiser, o mesmo dilema de todas as novas zonas alentejanas até então “virgens de vinha”: o que plantar e como plantar – densidade, compasso, produção por hectare – quando não havia histórico anterior que pudesse ser bom conselheiro. Entende-se assim melhor que algumas das opções dos primeiros plantios tivessem de ser emendadas. Levou-se então a cabo um trabalho de reenxertia de algumas castas – caso do Antão Vaz que se dá mal com estes solos pobres, tal como o Alfrocheiro; no caso do Aragonez foi preciso deslocar de local, em função da maior ou menor produtividade do solo. Esta casta tende a ser excessivamente produtiva e por isso precisa de solos realmente pobres e bem arejados.

Com novas plantações chegaram também novas castas, umas nacionais e outras vindas de fora, num movimento que tem sido muito comum em todas as novas vinhas alentejanas. Nos tintos chegaram Cabernet Sauvignon, Merlot, Touriga Nacional e Syrah; nos brancos, Chardonnay, Sauvignon Blanc, Viosinho e Verdelho.

Com o passar dos anos, uma casta mostrou aqui especiais virtudes, o Arinto, “uma casta excepcional, para não dizer mesmo incrível, tal a capacidade que tem de produzir bem e sempre com qualidade”, diz Bernardo. A vindima desta casta, salienta Patrícia Peixoto, “pode estender-se por três semanas, o que nos permite planear a vindima conforme o tipo de vinho que queremos produzir”. Grande parte da apanha da uva é feita à máquina que, em 8 horas de trabalho, faz o equivalente a 80 vindimadores. Quando se tem 127 ha de vinha, a apanha mecânica é uma enorme ajuda. E, reconhecemos que longe vão os tempos em que as máquinas de vindimar eram olhadas de soslaio por muitos produtores que lhe notavam defeitos vários na qualidade do que colhiam. Actualmente a melhoria técnica já convenceu os mais cépticos.

A agricultura que por aqui se pratica é de protecção integrada, fazem-se entre 7 e 9 tratamentos por ano e a produtividade é média, de cerca de 8 toneladas/ha. Se as geadas e o granizo não são assunto e de míldio pouco se fala, já outras doenças são mais preocupantes, como a Esca (doença de lenho) e a Cicadela (ou Cigarrinha verde, insecto que ataca as folhas da videira). O clima quente é favorável para a não ocorrência de várias moléstias da vinha, mas não todas e por isso aqui não se arrisca e fazem-se os tratamentos necessários.

Uma adega com muitas valências

A adega da Casa Santa Vitória é um puzzle. Uma misturada enorme de barricas de todas as dimensões e de múltiplas origens. Porquê? A resposta veio rápida: “fazemos prestação de serviços para três produtores, desde a Herdade da Bombeira, em Mértola, até à marca Vicentino, cuja herdade fica perto do mar (além de um produtor novo). Isso obriga a equacionar imensas variáveis conforme os requisitos de cada produtor e os que temos são extremamente exigentes”, lembra Bernardo. E acrescenta: “mas isso também tem algo de muito curioso porque passamos da prova de uma barrica do Alentejo mais interior para outra onde temos um vinho atlântico completamente diferente; isso é muito desafiante”. No conjunto, os três produtores a quem a equipa presta assistência, representam meio milhão de garrafas.

Na adega inoculam-se todos os brancos com leveduras. Bernardo diz que “é muito mais seguro”; mas muitos dos tintos não são inoculados, fermentam com as leveduras indígenas. Este continua a ser hoje um tema de debate entre produtores, enólogos e winewriters de todo o mundo, mas por aqui sabe-se que o risco é grande se toda a fermentação não decorrer de forma controlada.

Para Santa Vitória adquirem-se 30 barricas novas/ano, uma quantidade objectivamente pequena, mas agora, que as novas tendências do gosto mudaram, é sobretudo a barrica usada que tem mais uso, em detrimento da barrica nova. Por isso é hoje bem menor o “peso” da barrica nos vinhos, quer nos brancos quer nos tintos.

Novos projectos em carteira

E, quanto a projectos, há novidades. Para já no Douro onde foi adquirida uma quinta (com estadia de alguns quartos), perto da foz do rio Torto e ao lado da Quinta de Nápoles. A quinta dispõe de 22 ha de vinha e onde já se fez a vindima de 2018. Bernardo não se poupa em elogios ao que lá se colheu, “uvas fabulosas, estou convencido que vamos conseguir fazer ali grandes vinhos”. Há vontade de avançar na região dos Vinhos Verdes, mas para já não há decisões. E quanto ao Alentejo, é possível que se avance para um vinho de talha. “Já plantámos Moreto” e, apesar de todos dizerem que é cada vez mais difícil comprar talhas, “esse assunto está controlado”, como nos lembrou Bernardo Cabral. No capítulo dos espumantes é provável que se dê o salto do exclusivo consumo interno do que se produz para uma produção que vise a ida para o mercado. Os vinhos têm mudado de estilo, acompanhando as modas, neste caso as boas modas: tintos com menos grau e menos extracção e brancos com mais frescura e menos barrica nova. O consumidor avisado só pode mesmo aplaudir.

NA FOTO: Bernardo Cabral e Patrícia Peixoto.[/vc_column_text][/vc_column][/vc_row][vc_row type=”in_container” full_screen_row_position=”middle” scene_position=”center” text_color=”dark” text_align=”left” overlay_strength=”0.3″ shape_divider_position=”bottom”][vc_column column_padding=”no-extra-padding” column_padding_position=”all” background_color_opacity=”1″ background_hover_color_opacity=”1″ column_shadow=”none” column_border_radius=”none” width=”1/1″ tablet_text_alignment=”default” phone_text_alignment=”default” column_border_width=”none” column_border_style=”solid”][vc_column_text]

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Edição Nº26, Junho 2019

Morais Rocha Um regresso à Vidigueira

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O que começou em 2006 como forma de matar saudades da terra, toma agora ar de coisa mais séria. Os vinhos da casa Morais Rocha representam um portefólio vasto, com qualidade e carácter regional.

TEXTO E FOTOS Luís Lopes

JJMR, as iniciais que dão nome à sociedade agrícola, significam José Joaquim Morais Rocha. Este empresário nasceu na Vidigueira, de onde sua família é originária, mas muito cedo fez de Lisboa sua residência e da logística portuária e dos trânsitos de importação e exportação o seu modo de vida. À vila foi voltando para descansar nos fins de semana, mas em 2005 recebeu por herança as propriedades familiares e resolveu investir na agricultura, ampliando o património e apostando sobretudo no olival e na vinha.

A estrutura fundiária da Vidigueira pouco tem a ver com a de outras zonas do Alentejo. Aqui impera o minifúndio e as propriedades são muito fragmentadas. Para adquirir áreas com alguma dimensão é preciso comprar a dezenas de proprietários. Foi isso que José Joaquim foi fazendo. Com a terra, as oliveiras e as videiras, nasceu um lagar de azeite, de prensagem a frio, e uma pequena, mas bem equipada adega. A primeira vindima decorreu em 2006, 7.000 garrafas, vendidas para “os amigos”. Com o tempo, o crescimento das propriedades e da produção, aquilo que começou quase como um hobby tornou-se uma coisa muito mais séria. É que hoje são já 100 hectares de olival, que originam 45 mil litros de azeite, parte vendido a granel, parte com a marca Herdade dos Veros. A vinha corresponde a 18 hectares, plantados com as castas tintas Aragonez, Trincadeira, Syrah, Alicante Bouschet, Cabernet Sauvignon e as brancas Antão Vaz, Arinto e Verdelho (Verdejo, no caso). Mas mais 20 hectares serão plantados em breve.

CRESCER COM AJUDA DE PROFISSIONAIS

A profissionalização do projecto de José Joaquim Morais Rocha chegou há três anos, dinamizada pela sua filha Ana, que agora gere o dia a dia da empresa, com o apoio técnico dos enólogos Ariana Ramalho (residente) e Diogo Lopes (consultor), lidando com cerca de 180 mil garrafas/ano, número que obriga já a nova ampliação da adega e armazenagem.

O portefólio da JJMR tem na base de gama a marca Sei Lá, seguindo-se na hierarquia a linha JJ, depois a Herdade dos Veros, e culminando com os topo Morais Rocha, Reserva e Grande Reserva. Este último, que se estreia agora ao mercado com a colheita de 2013, representa bem o carácter mais clássico da Vidigueira, assente nas castas Trincadeira, Aragonez e Alicante Bouschet, e com muito bom equilíbrio ácido a compensar a maturação elevada. Um vinho que vem dar mais “músculo” ao negócio de uma família que viu no regresso às origens e na agricultura uma opção de futuro para as gerações vindouras.

NA FOTO: Ana, José Joaquim e João Morais Rocha.

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Edição Nº25, Maio 2019

Os topos de gama do Quetzal

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Chama-se Quetzal Família e enche de orgulho o proprietário, o milionário holandês Cees de Bruin. Até agora só tinha saído um branco, de 2012. Desta vez saíram dois vinhos, mais um branco e um tinto, com uma coisa em comum: apenas estão disponíveis em garrafas magnum, de 1,5 litros.

TEXTO António Falcão

NOTAS DE PROVA Mariana Lopes

FOTO Quinta do Quetzal

São de facto os vinhos mais caprichados da casa Quetzal, localizada junto a Vila de Frades, Vidigueira. De tal maneira que apenas são produzidos em anos que a qualidade foi muito acima da média e apenas são engarrafados em garrafa de litro e meio, vulgarmente chamado de magnum. Cees de Bruin, o proprietário da Quinta do Quetzal, estava radiante. “Estou orgulhoso de apresentar os vinhos da família. Quando comecei a produzir, não acreditava que fosse possível atingir esta qualidade”. O orgulho é justificado, porque os dois vinhos apresentados são de facto muitíssimo bons. Foram introduzidos por Rui Reguinga, o enólogo consultor, que explicou como foram conseguidos: “já temos um histórico das vinhas e escolhemos as melhores uvas das melhores parcelas para os vinhos Família”. A grande parte deste trabalho recaiu nas mãos de José Portela, o responsável de viticultura e enólogo residente.

Portela está desde o início do projecto na Quinta do Quetzal (2003) e conhece por isso cada palmo dos 49 hectares de vinha aí existentes.
O branco, da colheita de 2014, foi feito com uvas de Antão Vaz, de uma parcela adquirida há alguns anos a um vizinho, coronel de profissão, e por isso a vinha ficou com o nome de Vinha do Coronel. Tem quase 40 anos e está localizada na zona mais alta da quinta. O Antão Vaz daqui é por isso mais concentrado, mas também mais fresco. O mosto foi a fermentar com leveduras indígenas em barricas de 500 litros. Por ali ficou 18 meses, com bâtonnage semanal. Depois foi a engarrafar e por lá ficou dois anos.

Quanto ao tinto, da colheita de 2013, foi feito com uvas de Alicante Bouschet e Syrah. Rui Reguinga achou que o Alicante por si só não seria suficiente para fazer um grande vinho. Daí o Syrah, que trouxe notas de chocolate e especiarias. A vinha escolhida foi a que a equipa chama das Pedras, ao pé da adega. É uma terra pobre, muito pedregosa, e a vinha produz pouco, mas com excelente qualidade. Na adega, Rui Reguinga optou mais uma vez pelo minimalismo, a começar pelas leveduras indígenas e macerações longas (6 semanas). O vinho estagiou dois anos em barricas de 500 litros. Ambos os vinhos custam 65 euros a garrafa.

A apresentação decorreu na mesma altura em que o Quetzal festejou outra faceta importante do seu proprietário: a arte. A exposição “Mitos da Caverna – Espeleologia infinita)” foi inaugurada na mesma altura em que os Família foram oficialmente lançados. A exposição está patente no Quetzal e pode ser visitada até ao final de Março do próximo ano. Aproveite e almoce (ou jante, na sexta e sábado) no restaurante da quinta, dirigido pelo chef alentejano João Mourato. Pode fazer as suas reservas pelo site da casa: quintadoquetzal.com.

NA FOTO: Pedro Mendes (chef consultor do restaurante), Rui Reguinga (enólogo consultor), Reto Jorg (gestor do Quetzal), João Mourato (chefe do restaurante), Carla Caramba (brand ambassador Quetzal) e José Portela (responsável de produção).[/vc_column_text][/vc_column][/vc_row][vc_row type=”in_container” full_screen_row_position=”middle” scene_position=”center” text_color=”dark” text_align=”left” overlay_strength=”0.3″ shape_divider_position=”bottom”][vc_column column_padding=”no-extra-padding” column_padding_position=”all” background_color_opacity=”1″ background_hover_color_opacity=”1″ column_shadow=”none” column_border_radius=”none” width=”1/1″ tablet_text_alignment=”default” phone_text_alignment=”default” column_border_width=”none” column_border_style=”solid”][vc_column_text]

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Edição Nº25, Maio 2019

Os “single vineyard” de João Portugal Ramos

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João Portugal Ramos é produtor multifacetado, com projectos espalhados por várias regiões. Mas é em Estremoz, no Alto Alentejo, que estão as suas origens vitivinícolas e a sua principal adega, de onde nos últimos anos têm saído grandes novidades, como estes dois tintos.

TEXTO Nuno de Oliveira Garcia

FOTOS J. Portugal Ramos

Vinha de São Lázaro.

João Ramos tem vindo a concentrar a sua atenção no Alentejo, com investimentos na adega e na vinha, bem como em ‘rebranding’ e nova imagem. Por outro lado, os seus vinhos da região dos Vinhos Verdes conservam um nível alto (Alvarinho, Loureiro, Alvarinho Reserva e espumante Alvarinho) e os clássicos da Quinta de Foz de Arouce (branco, tinto e Vinhas Velhas de Santa Maria) estão consolidados num nicho de mercado. No Douro, a parceria com José Maria Soares Franco – Duorum Vinhos – é cada vez mais um referencial na região.

Ao mesmo tempo que se ocupa da ‘passagem geracional’ – o produtor tem dois dos seus filhos a trabalhar com ele –, João Ramos não pretende parar no que respeita a lançamentos de novos vinhos. Na verdade, foi o seu filho João Maria, que entrou na empresa em 2014 e cada vez mais se encarrega da área de enologia (e que também já tinha desenvolvido a gama Pouca Roupa), a identificar dois vinhos de parcelas e a convencer o pai em engarrafá-los separadamente. Nasceram assim, de solo alentejano, dois vinhos novos de duas vinhas – o Vinha de São Lázaro e o Vinha do Jeremias, esta última mesmo ao lado da casa da quinta em Estremoz. O primeiro provém de uvas de Touriga Nacional a partir de solos de origem calcária, e o segundo maioritariamente de Syrah de solos xistosos, ambos fermentados em lagares de mármore, com pisa a pé e estágio em barrica.

Destaque para o Vinha do Jeremias que é uma bonita homenagem a um funcionário da empresa com esse nome, falecido em 2017, e que sempre se dedicou à viticultura, tendo trabalhado ao lado de João Ramos durante décadas, e que sempre gostou muito da vinha de onde este tinto nasceu. O vinho agora lançado é de 2015 mas João Ramos já anunciou que não haverá edição de 2016. No entanto, tudo indica que será reeditado na colheita de 2017.

Vinha do Jeremias.

O conceito de ambos os tintos remete para a concepção de ‘single vineyard’ ou, como acontece no nosso país vizinho, para os ‘viños de pago’ (se bem

que estes não se confundem necessariamente com vinhos de uma vinha só). A ideia é apresentar ao público (mais) um vinho de grande qualidade, com uma identidade muito própria e, neste caso, monocasta. A própria imagem dos vinhos (rótulos, entenda-se) inspira-se num ambiente ibérico, o que se deve também à proximidade de Estremoz com a fronteira, com algo de, simultaneamente, barroco e másculo. Os vinhos podem ser adquiridos numa bonita caixa cinzenta com duas garrafas e preço irá situar-se na mesma fasquia que a gama bivarietal Quinta da Viçosa – ou seja, cerca de 25€. Será privilegiado o canal horeca (hotéis e restauração), uma vez que as quantidades não são generosas (entre 3.000 a 4.000 garrafas). A qualidade de ambos os tintos é inquestionável, e o perfil é intenso e capitoso, um pouco à margem das tendências mais modernas que privilegiam néctares menos concentrados mas que, sem dúvida, serão do agrado generalizado do público. O ano de 2015 foi tendencialmente quente e ajudou no desenho de vinhos com muito fruto e taninos completa¬mente maduros. São assim ambos os vinhos agora lançados, com o Syrah (e um pouco de Viognier, incluindo as películas da uva, como é habitual em Côtes du Rhône) a revelar-se intenso e capitoso, e o Touriga Nacional ligeiramente mais elegante. Tudo somado, temos mais duas excelentes criações de João Portugal Ramos – e família –, com a vantagem de terem um preço que, não sendo barato, é perfeitamente ajustado.

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Edição Nº25, Maio 2019

O Legado de um Homem

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Mais do que um lançamento, uma homenagem. O Legado tinto 2014, sétima edição do seu género, chegou como celebração de Fernando Guedes, o seu criador.

TEXTO Mariana Lopes

Quinta do Caêdo.

Para todos os que aqui estão, este é o seu legado e foi ele que nos reuniu à volta desta mesa”, foi a premissa deixada por Fernando Cunha Guedes (à direita, na foto), actual presidente da Sogrape e filho de Fernando Guedes, o sonhador do vinho a que chamou Legado. “Isto foi o que ele deixou para os que vêm a seguir. Um homem que era a nossa fonte de inspiração e motivação, que era o nosso grande amigo”, rematou.

Quando em 2006 o patriarca desafiou o enólogo Luís Sottomayor (à esquerda, na foto) para fazer este tinto, fêlo porque a vinha o despertou para tal. Na Quinta do Caêdo, em Ervedosa do Douro, a vinha centenária de oito hectares dispõe-se em socalcos num cenário deslumbrante, um anfiteatro esculpido solo abaixo que, pela sua idade e imponência, só poderia ser inspirador de algo maior. Com produções muito baixas (apenas um ou dois cachos por videira), esta vinha pré-filoxérica é trabalhada apenas à mão e com a ajuda de um macho, o que já dá uma ideia da especificidade do local e do equilíbrio natural que a Sogrape pretende manter. Todas estas características, juntamente com uma exposição a Poente e sol generoso, contribuem para o ADN do Legado, fazendo dele um vinho que é espelho da sua origem e da vinha que lhe dá matéria.

Vinificado na adega da Quinta da Leda, no Douro Superior, e estagiado durante 24 meses, em barrica nova, nas caves de Vila Nova de Gaia, o Legado tinto 2014 tem Touriga Franca, Touriga Nacional, Donzelinho, Tinta Roriz, Tinta da Barca, Rufete, Tinta Amarela, Tinta Bar¬roca, e outras em quantidade residual. Luís Sottomayor confessou: “Falar sobre este vinho é muito fácil, porque não há nada de artificial nele. A única preocupação que temos é vindimar, que é a única alteração à natureza que fazemos. O que o marca é a personalidade e o carácter, apenas divergindo o ano de colheita. Não há segredo nenhum”. E é verdade, ao Legado o que não falta é carácter, pois só um vinho assim consegue este fantástico equilíbrio com a barrica nova. Sobre o ano que foi tudo menos típico e fácil, Luís explicou que se contornaram os efeitos das adversidades neste vinho fazendo-se três vindimas, tendo sido duas delas executadas antes das chuvas de meados de Setembro que afectaram a colheita das uvas tintas em quase todas as regiões. O resultado é um tinto superelegante e fino, mas pleno de personalidade e complexidade.

“É o primeiro Legado que apresento sem a presença de um homem que, tal como este vinho, tem personalidade, carácter, elegância e presença”, disse Sottomayor. “Faz jus ao Sr. Fernando Guedes”.

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Edição Nº25, Maio 2019

Symington Vintage 2017 – Para quebrar a tradição

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Depois de 2016, que deu origem a Porto Vintage de grande categoria, veio a colheita de 2017, vindima quente, mas que proporcionou excelentes vinhos generosos na região duriense, eventualmente até melhores, no dizer de alguns, do que os do ano anterior. Duas declarações Vintage consecutivas, algo absolutamente inédito na família Symington que agora apresentou os seus 2017.

TEXTO João Afonso

FOTOS D.R.

É bem verdade que os anos de Verão quente e seco normalmente produzem excelentes vinhos do Porto. E esta década já vamos com três anos de excelente qualidade (2011, 2016, 2017), ou melhor, 4 anos de excelente qualidade para a produção de Porto se incluirmos, como penso que poderá acontecer, o ano de 2018. Aguardo com curiosidade o modo como o sector vai gerir stocks e declarações no meio de tanta fartura de excelentes Porto Vintage.

O clima (alterado, segundo tantos asseguram) está de tal modo de feição para a produção de vinhos do Porto que a Família Symington acaba de declarar pela primeira vez em toda a sua história duas vindimas consecutivas. Declarou 2016 e agora declara os 2007. Como dizia Charles Symington (na foto) “não seria lógico com vinhos desta qualidade não fazer a declaração. Nos meus vinte e cinco anos como enólogo na nossa empresa familiar, nunca vi um ano como este. As produções foram muito baixas, mas a intensidade, a concentração e estrutura foram de cortar a respiração. Produzimos vinhos muito bons.”
Segundo os vários elementos da família – onde há que destacar a presença do jovem Rob Symington (o representante dos seis elementos da quinta geração da família que se encontram já a trabalhar na empresa) – estamos perante uma das melhores colheitas de sempre. E climatericamente falando é, segundo resumo apresentado pela empresa, em tudo semelhante aquela que foi talvez a melhor colheita do século passado – 1945 – a colheita que comemora o final da 2ª Grande Guerra com grandes vinhos por toda Europa. Estes dois anos tiveram ciclos de vinha muito semelhante no que diz respeito a temperaturas, precipitação, produções e cronologia.

E tal como em 1945, em 2017 as videiras pareceram adivinhar a secura do ano, desenvolvendo copas vegetativas me¬nos exuberantes (para poupar consumo de água?) e criação de cachos mais pequenos e mais compactos que resultaram num sabor de uva muito fora do comum. O tempo seco permitiu menos tratamentos e uma sanidade de fruta irrepreensível. A produção total (2.815 kg/ha) andou 20% abaixo da média dos últimos 10 anos e esta situação também explica o aumento da qualidade.

Falando dos vinhos Symington 2017 estamos perante um grupo de sete Vintage de enorme, ou melhor, fantástica, qualidade. Cada qual no seu estilo, cada qual com os seus argumentos de persuasão. Um elegantíssimo e fresco Warre’s, o musculado e denso Dow’s, o sofisticado e lindíssimo Graham’s, o vigoroso e tão personalizado Vesúvio e os insondáveis e muito provavelmente inultrapassáveis Capela e The Stone Terraces. Ainda que estes dois últimos sejam mais uma espécie de Vintage para colecionador do que propriamente Vintages para consumir, pelo menos nos anos mais próximos….
Declaração generalizada ou não, percebe-se perfeitamente a razão pela qual a Família Symington faz pela primeira vez na sua história uma declaração consecutiva. Como refere Johnny Symington, chairman da Symington Family Estates, “poucas regiões de vinhos do Mundo restringem as produções de vinhos de topo com o mesmo grau de exigência que seguimos no Douro, e a decisão de declarar Porto Vintage em dois anos consecutivos não foi tomada de ânimo leve. Contudo, estes dois anos excecionais produziram vinhos de qualidade tão elevada que nos sentimos justificados nesta decisão histórico”. Como apreciador, só posso aplaudir a decisão.[/vc_column_text][/vc_column][/vc_row][vc_row type=”in_container” full_screen_row_position=”middle” scene_position=”center” text_color=”dark” text_align=”left” overlay_strength=”0.3″ shape_divider_position=”bottom”][vc_column column_padding=”no-extra-padding” column_padding_position=”all” background_color_opacity=”1″ background_hover_color_opacity=”1″ column_shadow=”none” column_border_radius=”none” width=”1/1″ tablet_text_alignment=”default” phone_text_alignment=”default” column_border_width=”none” column_border_style=”solid”][vc_column_text]

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Edição Nº25, Maio 2019

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