Symington cria Fundo de Impacto no valor de 1 milhão de euros

Em 2020, a Symington Family Estates vai celebrar dois marcos históricos: o bicentenário da marca Graham’s e os 350 anos da marca Warre’s. De forma a assinalar estes dois eventos, a empresa criou um Fundo de Impacto, com um compromisso inicial de 1 milhão de euros. O fundo será utilizado primordialmente para apoiar causas de […]
Em 2020, a Symington Family Estates vai celebrar dois marcos históricos: o bicentenário da marca Graham’s e os 350 anos da marca Warre’s. De forma a assinalar estes dois eventos, a empresa criou um Fundo de Impacto, com um compromisso inicial de 1 milhão de euros. O fundo será utilizado primordialmente para apoiar causas de beneficência nas regiões do Douro e do Porto, bem como no Alto Alentejo, por se tratar das zonas onde detém a sede e as suas quintas. As áreas de foco são três: bem-estar e saúde da comunidade, protecção e conservação ambiental e herança cultural e educação.
“Temos sempre procurado gerir a nossa empresa familiar de uma forma que beneficie as pessoas – quer sejam nossos colaboradores ou a comunidade mais alargada. Estamos também comprometidos com a protecção do belíssimo ambiente natural onde trabalhamos as nossas vinhas. Temos reinvestido de forma consistente na região do Douro e temos um longo histórico de apoio a iniciativas sociais nos locais onde trabalhamos. O Fundo de Impacto da Symington é uma maneira de formalizar este compromisso e de assegurar o apoio aos projectos que estão mais alinhados com os nossos valores e onde podemos ter o máximo impacto positivo”, avança Rupert Symington, CEO da Symington Family Estates.
Os actuais parceiros do Fundo de Impacto da Symington incluem as Corporações de Bombeiros Voluntários da Região do Douro (às quais já foram doadas 13 ambulâncias) e a Bagos d’Ouro (uma instituição de beneficência que proporciona educação e oportunidades a crianças com carências no Douro), assim como um novo parceiro que trabalha na área da protecção e conservação ambiental e que será anunciado brevemente. O projecto terá um ciclo de financiamento de doze meses, além de uma contribuição anual adicional da empresa familiar, com o objectivo de assegurar que o valor do fundo aumente, proporcionando um apoio sustentável a longo-prazo para iniciativas chave e para os parceiros.
L’and Vineyards: Terras, vinhas, vinhos, gastronomia e muito charme

[vc_row type=”in_container” full_screen_row_position=”middle” scene_position=”center” text_color=”dark” text_align=”left” overlay_strength=”0.3″ shape_divider_position=”bottom”][vc_column column_padding=”no-extra-padding” column_padding_position=”all” background_color_opacity=”1″ background_hover_color_opacity=”1″ column_shadow=”none” column_border_radius=”none” width=”1/1″ tablet_text_alignment=”default” phone_text_alignment=”default” column_border_width=”none” column_border_style=”solid”][vc_column_text] Um pequeno paraíso a apenas uma hora de Lisboa, em Montemor-o-Novo. O bem-estar e viver fora da confusão da capital, sob o sol generoso e o céu estrelado do Alentejo, com gastronomia refinada e no ambiente […]
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Um pequeno paraíso a apenas uma hora de Lisboa, em Montemor-o-Novo. O bem-estar e viver fora da confusão da capital, sob o sol generoso e o céu estrelado do Alentejo, com gastronomia refinada e no ambiente de luxo sóbrio. O L’and Vineyards é tudo isto e muito mais.
TEXTO Valeria Zeferino
FOTOS Ricardo Gomez e L’and Vineyards
É um projecto inovador com várias vertentes, cujo tema central é o vinho. Pertence à família Cunhal Sendim, onde um dos quatro irmãos, José de Sousa Cunhal Sendim, é responsável por este projecto que arrancou em 2008 como o primeiro condomínio do vinho em Portugal. Neste momento, estão vendidas 28 casas de diversas tipologias, das quais 4 são disponibilizadas para exploração turística sob a gestão do hotel. Os proprietários são estrangeiros e não vivem em Portugal, mas usufruem das suas casas 5 semanas por ano nas alturas escolhidas por eles.
Em 2011, ao empreendimento imobiliário juntou-se a vertente turística – hotel com um restaurante ambicioso. O projecto foi desenhado pelo reconhecido atelier de arquitectura Promontório, que faz projectos excepcionais em Portugal, Angola, Moçambique, Brasil, Estados Unidos, Suíça (entre muitos outros). A decoração dos interiores foi idealizada pelo arquitecto brasileiro Marcio Kogan. A simplicidade de linhas, a elegância de elementos decorativos e a integração com a natureza conferem distinção ao empreendimento.
Já foi considerado um dos 52 melhores novos hotéis pela revista norte-ameircana Travel&Leisure, pelo The Global Travel Experience Award na categoria de Melhor experiência de sono, entrou nos “Hot Lists” da Conde Nast Traveller dos 35 melhores hotéis e dos melhores Spas, obteve o prémio de Hotel Revelação pelo Guia Boa Cama Boa Mesa e foi distinguido pelos European Residential Property Awards nas categorias de “Melhor Arquitetura” e “Melhor Projecto”.
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As estrelas do Alentejo
A vinha à volta do hotel, bem como à frente de cada suite, e a adega que pode ser observada do hall e dos corredores do hotel, criam de imediato uma ligação ao vinho. Cada hóspede, ao entrar na sua suite, encontra uma garrafa de 375 ml de vinho com o seu nome no rótulo e um bilhete manuscrito a desejar boas-vindas. Um pequeno mimo da gerência que consiste na atenção de bem receber os visitantes, fazendo-os sentirem-se únicos e importantes e que neste lugar estavam à sua espera. Como sempre, os pequenos detalhes fazem grande diferença.
As 26 suites, com decoração minimalista e conforto intrínseco, têm duas tipologias – 16 de Land View e 10 de Sky View. Fazendo jus ao nome, nestas últimas, uma parte do tecto em cima da cama abre-se com um comando, deixando o azul do céu fazer parte da decoração e permitindo observar as estrelas e a lua a partir da cama. O vidro também se pode abrir para respirar o puro ar alentejano. Para além de uma banheira com uma dimensão considerável, cada suite tem um pátio privado com uma “plunge pool” de água aquecida.
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O tema vínico está presente também no L’and Spa através de produtos Caudalie com ingredientes naturais, extraídos da vinha e do vinho, valorizados pelas suas propriedades antioxidantes, que contribuem para o bem-estar e a vitalidade. A Esfoliação Crushed Cabernet, o Envolvimento Mel e Vinho e o tratamento Vinoperfect – são apenas alguns exemplos de tratamentos de beleza. O Spa ainda conta com sauna e uma piscina interior aquecida.
Actualmente, 60% dos hóspedes são portugueses. Não é um hotel onde as famílias passem as férias de verão. É mais procurado para estadias curtas (1-2 dias) em busca de relaxamento, plena experiência enogastronómica e romantismo proporcionado pelo ambiente.
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Actividades vínicas e Wine Club
Os proprietários que têm vinha, fazem parte do Wine Club (de momento são 9). Pagam um fee anual e 400 euros por ano para lhes tratarem da vinha. Têm ainda direito a uma quantia de 50 a 100 garrafas, conforme acordado na aquisição da casa. O preço por garrafa varia: 5 euros se o vinho é produzido em inox, 7,50 se o vinho é produzido em madeira e 10 euros se pretendem fazer um blend específico. Os vinhos têm rótulos personalizados, com a imagem escolhida por cada membro do Wine Club.
Há várias actividades vínicas ao longo do ano e o calendário é enviado aos proprietários logo em Janeiro. A festa de vindima é o evento de maior dimensão, e este ano bateu recordes, reunindo cerca de 150 pessoas.
A seguir à apanha de uva, quem quer pode participar na sua selecção no tapete de escolha. Quem voltar no ano seguinte, recebe uma garrafa do vinho resultante desta vindima. Uma grande jantarada finaliza o dia, com música e convívio, com a lua a subir por trás do castelo de Montemor, deixando o seu reflexo no lago.
Para os hóspedes do hotel todos os dias às 17h no bar é realizada uma tertúlia dedicada a vinhos.
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Um restaurante alentejano com toque nórdico
O restaurante do L’and Vineyards é único no Alentejo que desde 2014 é destinguido com uma estrela pelo Guia Michelin (excepto o ano 2016). Com a saída do Chef Miguel Laffan, este ano o restaurante ficou liderado pelo chef José Tapadejo, que abraçou este desafio ambicioso com talento e determinação.
Os sabores regionais do Alentejo continuam a ser a inspiração principal. A localização permite o acesso fácil à matéria prima de melhor qualidade, como o peixe fresco de Setúbal e a carne de origem alentejana – o peru preto, o borrego merino, a vaca mertolenga e o porco alentejano. Mas também há novas interpretações e reinvenção dos pratos. Todas as vivências e experiências do Chef reflectem-se nas suas criações gastronómicas.
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José Tapadejo é alentejano, cresceu em Castelo de Vide. A sua mãe era cozinheira de profissão, mas devido aos horários complicados de trabalho, quem cozinhava em casa para os seus irmãos era José, que na altura tinha 15 anos. Descobrindo cedo a sua vocação, estudou Gestão e Produção de Cozinha na Escola Superior de Hotelaria e Turismo de Portalegre (ESHTP), onde mais tarde regressou como professor. A sua carreira começou precisamente no L’and Vineyards com Miguel Laffan, onde chegou a subchefe. Em 2016 aceitou um convite para liderar um restaurante num pequeno hotel nos fiordes e rumou à Noruega. Foram dois anos a experienciar uma nova cultura e abordagem gastronómica. Em 2018 regressou e agora assumiu a responsabilidade pelo restaurante do L’and Vineyards. Se na Noruega trabalhou a cozinha escandinava com um toque português, agora trabalha a cozinha portuguesa com um toque nórdico.
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Um dos pratos, extremamente bem conseguido, une cavala fumada com caviar, aneto e funcho – intenso no sabor e delicado na textura transparece a influência da gastronomia do norte da Europa. A atenção às raízes (no sentido literal e figurado) está representada no prato com o mesmo nome e conjuga os sabores de beterraba, aipo e tupinambor, também conhecido como alcachofra de Jerusalém (é uma planta com tubérculo comestível). O prato de porco preto é acompanhado com couve romanesco e malva-de-cheiro (influência da infância do Chef). O risoto de Lula com raíz de salsa e parmesão mostrou-se saborosíssimo. Tal como o Pregado com alho negro, lima e salicórnia (uma planta suculenta de sabor salgado). Ou ainda o Lombo de vaca no ponto com mostarda dijon, cenouras e cogumelo shitake. Tudo é finalizado com sobremesas deliciosas.
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Um dos pratos, extremamente bem conseguido, une cavala fumada com caviar, aneto e funcho – intenso no sabor e delicado na textura transparece a influência da gastronomia do norte da Europa. A atenção às raízes (no sentido literal e figurado) está representada no prato com o mesmo nome e conjuga os sabores de beterraba, aipo e tupinambor, também conhecido como alcachofra de Jerusalém (é uma planta com tubérculo comestível). O prato de porco preto é acompanhado com couve romanesco e malva-de-cheiro (influência da infância do Chef). O risoto de Lula com raíz de salsa e parmesão mostrou-se saborosíssimo. Tal como o Pregado com alho negro, lima e salicórnia (uma planta suculenta de sabor salgado). Ou ainda o Lombo de vaca no ponto com mostarda dijon, cenouras e cogumelo shitake. Tudo é finalizado com sobremesas deliciosas.
A cozinha do Chef José Tapadejo é um equilíbrio de intensidades e texturas e funciona em tandem com as harmonizações propostas pelo sommelier Gonçalo Mendes, um dos poucos membros da equipa que está no restaurante praticamente desde o início. Na carta de vinhos, com fóco óbvio nos vinhos regionais e portugueses, há espaço para néctares provenientes de outros países. O resto do pessoal transparece simpatia natural e está à vontade para explicar os pormenores de pratos ou responder a alguma questão acerca dos seus ingredientes.
O preço do menu de degustação L’AND é 105 euros mais 55 pela harmonização com vinhos. O menu Viagem só com quatro momentos custa 75 euros e mais 40 euros pela harmonização.
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Aqui respira-se vinho
A produção de vinho não é a principal actividade do projecto, mas a sua parte integrante e inseparável. O vinho é produzido desde 2009 sob a batuta do reconhecido enólogo da região Paulo Laureano. Em 2013 iniciou-se a conversão de vinha para produção biológica, e foi certificada em 2016. Ultimamente o enólogo residente era João Ramos, que agora foi trabalhar para a Esporão. O novo enólogo residente será anunciado muito em breve.
O L’and é, literalmente, o vinho de casa. É produzido na adega inserida no espaço hoteleiro a partir das castas Touriga Nacional (50%), Touriga Franca (25%) e Alicante Bouschet (25%) com um estágio de 12 meses em barricas de 225 litros de carvalho português de 2º ano. Pode ser adquirido no hotel pelo preço 22 euros e encontra-se na carta de vinhos do restaurante por 45 euros.
Mas há mais vinho produzido na família. O Paulo Sendim, um dos quatro irmãos, é produtor de vinhos desde 2003, plantando a sua vinha em 1999. Sempre acreditou que o trabalho principal é feito pelos agricultores e não pelos enólogos e em 2005, segundo o produtor, foi o primeiro no Alentejo a obter certificação de agricultura biológica. Nesta altura, a vinha também deixou de ser regada, pois está inserida numa zona húmida com o lençol freático muito alto. Na adega privilegia a fermentação espontânea com leveduras indígenas e tenta adicionar o menos possível de sulfuroso. No total conta com 19 hectares perto de Montemor-o-Novo, dos quais 18 são de castas tintas (Trincadeira, Aragonez, Alicante Bouschet, Touriga Nacional e um pouco de Cabernet Sauvignon) e apenas um dedicado a castas brancas (Arinto com Verdelho da Madeira) e produz cerca de 7 mil garrafas de vinho. A gama Zebro foi buscar o seu nome de uma espécie de cavalo selvagem que vivia na Península Ibérica até ao século XVII.
O Zebro branco é feito de castas Arinto e Verdelho e esteve 6 meses sobre borras finas em inox. O Zebro blanc de noirs é produzido desde 2013 e é feito da casta Aragonês, vindimada muito cedo e logo prensada para obter sumo sem ganhar cor. Amoreira da Torre tem por base Aragonez e Trincadeira com um pouco de Cabernet Sauvignon. O Quinta da Amoreira da Torre Reserva é um bem conseguido dueto de Alicante Bouschet e Touriga Nacional. Fermentou em inox, depois fez a fermentação maloláctica em barricas usadas de 300 litros, onde estagiou um ano e mais um ano em garrafa.
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Edição Nº31, Novembro 2019
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Reynolds Wine Growers: O oásis de um homem de paixões

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[vc_row type=”in_container” full_screen_row_position=”middle” scene_position=”center” text_color=”dark” text_align=”left” overlay_strength=”0.3″ shape_divider_position=”bottom”][vc_column column_padding=”no-extra-padding” column_padding_position=”all” background_color_opacity=”1″ background_hover_color_opacity=”1″ column_shadow=”none” column_border_radius=”none” width=”1/1″ tablet_text_alignment=”default” phone_text_alignment=”default” column_border_width=”none” column_border_style=”solid”][vc_column_text]À frente da Reynolds está um empreendedor que não tem mãos a medir, de uma energia invejável. Julian Reynolds sabe bem o quer, desde muito cedo, e isso transparece nos vinhos criados à sua imagem e à dos seus antepassados.
TEXTO E NOTAS DE PROVA Mariana Lopes
Estávamos no Monte da Figueira de Cima, em Arronches, e uma das primeiras coisas que Julian Reynolds nos desvendou foi “gosto muito da estética das coisas e de desfrutar delas”. Nota-se, a vinha junto às casas, culminando num monte de sobreiros, é um autêntico jardim de flores e as paredes caiadas a branco, com o friso azul a subir desde a base, estão imaculadas. Não há um canto desarranjado nem um telhado desalinhado. Os bonsais são uma das suas grandes paixões e sabe tudo sobre eles. O interior dos edifícios está recheado de belas obras de arte. Afinal, a formação original de Julian é em Belas Artes (o seu tio Joshua Reynolds fundou The Royal Academy of Arts), passando pelo Cinema (trabalhou seis anos na Columbia Pictures), e também pela Economia, um homem de sete ofícios que já fez de tudo um pouco. Agora, assentou no Alentejo e dedica-se ao vinho, ainda gerindo outros negócios à distância. “Sinto-me responsável pela beleza do Mundo”, disse Julian, com um sorriso sereno, parafraseando o imperador romano Adriano.
O nome Reynolds vem dos seus antecessores ingleses. Tudo começou quando, em 1820, o marinheiro e comerciante Thomas Reynolds chegou a Portugal atraído pelo negócio do vinho e pelas trocas comerciais entre Inglaterra e a Península Ibérica. Em 1838, Thomas e os seus filhos dedicam-se à indústria corticeira em Portugal e Espanha, especificamente em Albuquerque (apenas a 28km, em linha recta, de Arronches), local onde, entretanto, nasceram onze antepassados de Julian. Já em 1850, a família fixa-se em Estremoz. Alguns partiram, depois, para a Nova Zelândia com ovelhas merinas “debaixo do braço”, sem nunca mais voltar. Mas Robert, um dos filhos de Thomas, ficou e, com o mesmo espírito empreendedor que Julian herdou, toma conta dos negócios e cria mais uns tantos, adquirindo novas terras e produzindo ali vinhos de qualidade. Alguns Reynolds depois, nasce Gloria, mãe de Julian e talentosa violinista, e é a ela que este dedica o seu trabalho quando chega ali e compra a propriedade em 1996, criando em 2002 um vinho que leva o seu nome no rótulo: Gloria Reynolds. “Nessa altura, poucos faziam vinho nesta zona, apenas a Adega Cooperativa e a Tapada do Chaves”, contou Julian.[/vc_column_text][divider line_type=”No Line” custom_height=”10″][image_with_animation image_url=”40724″ alignment=”” animation=”Fade In” border_radius=”none” box_shadow=”none” max_width=”100%”][divider line_type=”No Line” custom_height=”10″][vc_column_text]DA SERRA À ADEGA, COM CONVICÇÃO
Como afirmou o produtor, “A História é importante mas o essencial é o que se faz agora, e como se faz”. Não há dúvidas de que estamos num local largamente influenciado pelo microclima da Serra de São Mamede. O vento que sentimos diz-nos isso e é bem-vindo, ajudando as videiras a prevenir-se de doenças. Entre os 200 hectares totais, com gado e plantações diversas, 40 são de vinha, até aos 420 metros de altitude, mais doze na Serra, até aos 600. “Altitude, boa drenagem, solos bastante minerais, excelente exposição e grande amplitude térmica é o que temos aqui, e o que se reflecte nos vinhos”, explicou o proprietário, que também revelou ter comprado aqueles terrenos a conselho do enólogo Francisco Colaço do Rosário. Os solos são xistosos, mas comportam em si muita variedade mineral, incluindo pedras de cariz vulcânico, e Julian lembrou que aquela área tem forte tradição mineira. Para obter mais concentração, reduzem a produção dos vinhedos, onde a casta mais presente é a Alicante Bouschet, bem como nos vinhos, e isso tem uma explicação: foi o bisavô e o seu irmão que trouxeram esta uva para o Alentejo, no século XIX. É caso para dizer “that’s quite a big deal”! Tanto que Julian afirma, e concretiza, “Quero que o Alicante seja a identidade dos nossos vinhos tintos”. Afinal, está-lhe “no sangue”. Mas também outras uvas tintas tradicionais da região marcam presença, como a Trincadeira, o Aragonez e o Cabernet Sauvignon, e brancas como Antão Vaz e Arinto. Quem pega em todas elas e as transforma em vinho são os enólogos Nelson Martins, braço direito de Julian no projecto, e Ana Real. Mas em todos eles se vê a mão do produtor, que sabe muito bem o que quer e transmiti-lo à sua equipa. “Fui criticado por lançar um Arinto, na altura em que estava a começar o projecto, porque me diziam ser uma casta desprezível, que só tinha boa expressão na costa atlântica”, confessou. Estamos a falar de uma casta que, hoje em dia, sabemos ser a branca mais viajável por todo o país, mas é perceptível que um dos grandes segredos do sucesso da Reynolds Wine Growers é a convicção de quem a gere.
O processo de produção está praticamente todo ali, incluindo linha de engarrafamento. A adega está num dos edifícios mais antigos, que outrora foi estábulo de bois, e que agora tem mais de duas dezenas de cubas da tanoaria francesa Seguin Moreau. Debaixo delas, um chão de ardósia com porosidade nula, que ao ser regado mantém a água na superfície e arrefece o ambiente, humidificando-o. Aliás, este é uma das industrias de Julian, a ardósia, e este conhece-a bem. A manutenção destas condições ideais de climatização é muito importante para a Reynolds, que é conhecida por fazer estágios bastante prolongados dos seus vinhos premium, em madeira e em garrafa. “É no campo da excelência e do bom gosto que me sinto confortável”, disse Julian, “e devo tudo à minha equipa, sem eles não faço nada e, aqui, todos ajudam em tudo”. A Reynolds, que produz cerca de 200 mil garrafas por ano, tem três marcas no mercado: Carlos Reynolds (o nome do filho de Julian, entrada de gama), Julian Reynolds e Gloria Reynolds (em anos de “excelente colheita”). Também um licoroso de Alicante Bouschet muito interessante faz parte do portefólio, Robert R. Reynolds, com notas de café e chocolate negro.[/vc_column_text][divider line_type=”No Line” custom_height=”10″][image_with_animation image_url=”40723″ alignment=”” animation=”Fade In” border_radius=”none” box_shadow=”none” max_width=”100%”][divider line_type=”No Line” custom_height=”10″][vc_column_text]SUSTENTABILIDADE DISCRETA
Além do tratamento de águas e reutilização, e da produção da própria electricidade, a Reynolds Wine Growers adopta medidas sustentáveis na viticultura que, actualmente, está em produção integrada. Contam com vários instrumentos tecnológicos, para melhor planificar a estratégia do ano vitivinícola, como estação meteorológica, sondas de humidade de solo, sondas de humidade das folhas e sondas de condutividade do solo. Não fazem tratamentos com nada vindo de fora da Herdade. Para fertilizar o solo produzem, “em casa”, uma massa orgânica composta por restos das podas, coberto vegetal e resíduos de vinificação, como bagaços e borras, juntamente com estrume dos animais. Isto também permite uma maior oxigenação e hidratação do solo. Já durante o desenvolvimento vegetativo, utilizam choques de aminoácidos provenientes das leveduras indígenas. Para conviver com as doenças e as pragas, na vinha, favorecem o aparecimento de predadores naturais. Isso é feito através da construção de abrigos naturais para coelhos, com restos de poda, pois a multiplicação dos coelhos leva ao aparecimento de aves de rapina que, por sua vez, afugentam pequenas aves que consomem as uvas. Utilizam cobre e enxofre de forma muito limitada e, para o evitar, aplicam infusões de plantas. Fazem, também, várias podas em verde para que haja mais arejamento das plantas, eliminando a humidade nas folhas e, consequentemente, evitar o desenvolvimento de fungos. Quanto ao gado, não têm mais do que podem alimentar com a própria plantação.
Julian, que emana uma aura positiva detectável a milhas, declarou: “Hoje, aqui, a fazer o que faço, estou de férias, porque foi pelas fantásticas férias que passava em Portugal, na minha infância, que decidi voltar e ficar. Mas não paro, a minha tarefa é continuar a procurar identidade”.[/vc_column_text][divider line_type=”No Line” custom_height=”10″][vc_text_separator title=”VINHOS EM PROVA”][vc_column_text]
Edição Nº28, Agosto 2019
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Revista Condé Nast considera Alentejo um dos 6 destinos de 2020

A Condé Nast Traveler, revista norte-americana de viagens e lifestyle, publicou um artigo onde classifica a região do Alentejo como um dos seis destinos vinícolas a não perder no próximo ano. A região portuguesa fico ao lado de Lombardia e Sicília em Itália, Western Cape na África do Sul, Vale Willamette no estado de Oregon […]
A Condé Nast Traveler, revista norte-americana de viagens e lifestyle, publicou um artigo onde classifica a região do Alentejo como um dos seis destinos vinícolas a não perder no próximo ano. A região portuguesa fico ao lado de Lombardia e Sicília em Itália, Western Cape na África do Sul, Vale Willamette no estado de Oregon (EUA) e Península do Niágara no Canadá. Cinco dos maiores especialistas em vinho nos Estados Unidos foram questionados sobre onde planeavam estar na sua passagem de ano e o Alentejo foi um dos destinos eleitos. O resultado são seis regiões do mundo com muito para explorar, tanto ao nível do enoturismo, como de toda a sua envolvente.
Laura Ginnatempo, autora do artigo, visitou o Alentejo em 2017 e descreve a região como próxima de Lisboa e do Algarve, cuja principal atracção é o enoturismo. A especialista destaca ainda a oferta heterogénea de excelentes vinhos.
Para Francisco Mateus, Presidente da Comissão Vitivinícola Regional Alentejana, “É um orgulho este reconhecimento de um meio tão reputado, que confirma que o Alentejo continua a encantar e a marcar quem por cá passa. Esta é mais uma importante menção para o turismo do nosso Alentejo e uma prova que estamos a fazer um excelente trabalho”.
Monte Velho ganha edição limitada Altitude

Como o nome sugere, esta nova edição limitada Monte Velho Altitude tinto 2018 provém de vinhas plantadas em cotas altas, até 600 metros, na Serra de São Mamede, em Portalegre, no Alto Alentejo. Segundo a enóloga Sandra Alves, do Esporão, “O Monte Velho Altitude é um vinho mais fresco, elegante e com a marca clara […]
Como o nome sugere, esta nova edição limitada Monte Velho Altitude tinto 2018 provém de vinhas plantadas em cotas altas, até 600 metros, na Serra de São Mamede, em Portalegre, no Alto Alentejo.
Segundo a enóloga Sandra Alves, do Esporão, “O Monte Velho Altitude é um vinho mais fresco, elegante e com a marca clara da viticultura do lugar, marcado por solos predominantemente graníticos e intercalados com manchas de xisto”.
Cada garrafa do Monte Velho Altitude é numerada e a sua venda será exclusiva, estando disponível apenas nas lojas Pingo Doce e nas Lojas do Esporão (Herdade do Esporão, Quinta dos Murças e Esporão no Porto), com um p.v.p. de €5,99.
Santa Vitória inaugura lagar de azeite sustentável

A Santa Vitória, empresa de vinhos e azeites regionais alentejanos pertencente ao grupo Vila Galé, acaba de inaugurar um lagar de azeite no Alentejo, resultante de um investimento de 3,5 milhões de euros. O novo equipamento surge na propriedade de 1.620 hectares localizada perto de Beja, onde o grupo já tem a adega dos vinhos […]
A Santa Vitória, empresa de vinhos e azeites regionais alentejanos pertencente ao grupo Vila Galé, acaba de inaugurar um lagar de azeite no Alentejo, resultante de um investimento de 3,5 milhões de euros.
O novo equipamento surge na propriedade de 1.620 hectares localizada perto de Beja, onde o grupo já tem a adega dos vinhos Santa Vitória e o hotel rural Vila Galé Clube de Campo.
Com esta aposta, e empresa reforça a sua posição na agricultura, sector no qual tem actividade desde 2002, mas também no agro-turismo e enoturismo. Actualmente, o olival da Santa Vitória estende-se por cerca de 200 hectares e entre as variedades de azeitona existentes estão a Galega, Cobrançosa, Cordovil, Picual, Arbequina, Koroneiki e Arbosana. Daqui resulta azeite virgem extra de alta qualidade, comercializado sob a marca Santa Vitória nos hotéis Vila Galé, em grandes superfícies e em lojas especializadas.
Entre as principais características do lagar, destacam-se:
– O pátio de recepção de azeitona cuja linha de limpeza e lavagem pode processar 50 toneladas por hora;
– A sala de extracção com equipamento que pode moer até 10 toneladas de azeitona por hora;
– A sala de depósitos com 35 depósitos de circulares com capacidade entre os 5.000 e os 30 mil litros;
– A linha de engarrafamento, capsulagem e rotulagem com cadência de 1.200 garrafas por hora.
Além da moderna tecnologia e da inovação, as boas práticas ambientais e a sustentabilidade também são preocupações da Santa Vitória. Por exemplo, neste lagar o caroço de azeitona que resulta da produção serve combustível à caldeira de aquecimento de água. Já as águas residuais são encaminhadas para fossas de decantação e depois aproveitadas para uso agrícola.
O novo lagar está aberto ao público e proporciona visitas guiadas e provas de azeite, mediante marcação prévia. O espaço conta ainda com uma sala de provas e área preparada para showcooking aptas a receber grupos, eventos de empresas e demonstrações gastronómicas.
Malhadinha Nova celebrou 18ª vindima com pompa e circunstância

No passado dia 27 de Setembro, a família Soares e toda a equipa da Malhadinha partilharam, com os seus convidados, mais um de final de época da vindima na Herdade da Malhadinha Nova. Este ano, celebrou-se não só a décima oitava vindima como também mais um “ano de sucesso”, como refere em comunicado de imprensa. […]
No passado dia 27 de Setembro, a família Soares e toda a equipa da Malhadinha partilharam, com os seus convidados, mais um de final de época da vindima na Herdade da Malhadinha Nova. Este ano, celebrou-se não só a décima oitava vindima como também mais um “ano de sucesso”, como refere em comunicado de imprensa. Na festa “Natural Wine Party”, que se realizou numa das novas unidades hoteleiras da Herdade, a Casa do Ancoradouro, foi feito um tributo à terracota, produzida com o barro da região.
A Malhadinha brindou os convidados com vinhos lançados já este ano, o Monte de Peceguina rosé e o branco de 2018, bem como monocastas brancos e tintos, entre eles o Antão Vaz, Verdelho e Arinto de 2018, assim como o Aragonez 2016 e o Touriga Nacional 2015. No decorrer do evento, os enólogos Luís Duarte e Nuno Gonzalez apresentaram colheitas antigas como Monte da Peceguina tinto 2013, e gamas superiores, como Pequeno João 2015 e MM da Malhadinha 2013.
Mas há novidades: em 2017 a Malhadinha Nova iniciou um projecto de ampliação da oferta turística com a recuperação de várias ruínas existentes na propriedade. Para além dos 10 quartos que já existiam no Monte da Peceguina (actual Malhadinha Nova Country House & Spa), este ano surgirão mais 20 quartos distribuídos por várias unidades.
Santa Vitória – Belos Vinhos da Planície

[vc_row type=”in_container” full_screen_row_position=”middle” scene_position=”center” text_color=”dark” text_align=”left” overlay_strength=”0.3″ shape_divider_position=”bottom”][vc_column column_padding=”no-extra-padding” column_padding_position=”all” background_color_opacity=”1″ background_hover_color_opacity=”1″ column_shadow=”none” column_border_radius=”none” width=”1/1″ tablet_text_alignment=”default” phone_text_alignment=”default” column_border_width=”none” column_border_style=”solid”][vc_column_text] No Baixo Alentejo, entre Beja e o mar, situa-se a Herdade de Santa Vitória, que se assume como unidade agrícola de várias valências. Da fruta ao azeite e ao vinho, e da terra para o consumidor […]
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No Baixo Alentejo, entre Beja e o mar, situa-se a Herdade de Santa Vitória, que se assume como unidade agrícola de várias valências. Da fruta ao azeite e ao vinho, e da terra para o consumidor final. As 32 unidades hoteleiras consomem 30 por cento da produção. E entre Portugal e Brasil escoa-se o milhão de garrafas que ali se produzem anualmente.
Texto João Paulo Martins
Fotos Ricardo Gomez
Estamos em terras alentejanas, lá bem para o sul, mas, ao contrário do que se poderia pensar, aqui não se caça; sorte para lebres e perdizes que por lá existem. Estamos em terras quentes onde se faz sentir o calor forte de Verão, onde o vento do sul, geralmente conhecido por “vento suão”, pode queimar a vinha de uma dia para o outro. Estas agruras do clima obrigam a uma adaptação às condições específicas da região para se poder pensar em produzir vinho. Na verdade, o vinho não tem por aqui história que mereça ser contada e pode mesmo dizer-se que até ao séc. XXI, estas terras alentejanas não estariam vocacionadas para a vinha.
Foi mesmo nestas terras de pequenas elevações e muita planície que nasceu a herdade da Casa de Santa Vitória, projecto agrícola do grupo Vila Galé, que inclui várias valências, desde a vinha, o olival e a produção frutícola – pêra rocha, as nectarinas, damascos e pêssegos – além de montado. A crescer de importância nesta zona, o amendoal vai ser uma aposta de futuro. O azeite ganha cada vez mais preponderância e ainda este ano será inaugurado um lagar que permitirá assim controlar todo o processo. Intensivo, super-intensivo, variedades locais, variedades espanholas e gregas, de tudo se pode encontrar aqui.
O grupo Vila Galé está especialmente vocacionado para a hotelaria e tem presença forte em Portugal e Brasil. São neste momento 32 as unidades hoteleiras e, tal como estava previsto desde o início, também aqui na herdade há um hotel e restaurante com aposta forte na gastronomia regional, como pudemos testemunhar. Com uma área muito grande de terra – 1.620 hectares – dos quais a vinha ocupa 127, a produção vinícola teve sempre a condicionante da água porque cedo se percebeu que dificilmente haveria uma viabilidade do projecto sem a rega da vinha. Esse problema resolveu-se com a água que chega do Alqueva. É assim há já 15 anos, tantos quanto o projecto tem de vida. A rega continua a ser tema de debate entre produtores e enólogos e esse debate estende-se a várias regiões do país. Os adeptos da não-rega sustentam que se a videira não é resistente à seca e à falta de água, então é porque a escolha da casta e do porta-enxerto terá sido mal feita; já os adeptos da rega opinam que sem água (e com as consequentes baixas produções) a actividade vitivinícola não seria viável. Aqui esse debate não chegou sequer a ter lugar, já que a opção pela rega foi clara.
Pelo clima quente que a região tem, a opção mais evidente seria naturalmente a produção de uvas tintas, mas até respondendo às solicitações do mercado, o branco teve aqui um comportamento que justificou a forte aposta, nomeadamente na casta Arinto. A surpresa, a bem dizer, só o será para quem não acredita que esta é a mais original e importante casta branca portuguesa.
Mudanças na viticultura
O técnico Nuno Cancela de Abreu esteve no arranque da aventura vínica do grupo Vila Galé. Mas hoje a orientação técnica está a cargo de Bernardo Cabral e Patrícia Peixoto, que são o rosto enológico da casa. Foi com eles que fizemos uma visita às vinhas, agora em período de crescimento acelerado da vegetação.
A aposta inicial nas castas – à época com a consultoria de Martim Avillez – apontou para as mais tradicionais do Alentejo, aquelas que no início deste século eram apontadas como as mais indicadas para a região – Aragonez, Trincadeira, Alfrocheiro nos tintos e Arinto e Antão Vaz nos brancos. Na verdade, sentiu-se aqui o mesmo problema, ou se se quiser, o mesmo dilema de todas as novas zonas alentejanas até então “virgens de vinha”: o que plantar e como plantar – densidade, compasso, produção por hectare – quando não havia histórico anterior que pudesse ser bom conselheiro. Entende-se assim melhor que algumas das opções dos primeiros plantios tivessem de ser emendadas. Levou-se então a cabo um trabalho de reenxertia de algumas castas – caso do Antão Vaz que se dá mal com estes solos pobres, tal como o Alfrocheiro; no caso do Aragonez foi preciso deslocar de local, em função da maior ou menor produtividade do solo. Esta casta tende a ser excessivamente produtiva e por isso precisa de solos realmente pobres e bem arejados.
Com novas plantações chegaram também novas castas, umas nacionais e outras vindas de fora, num movimento que tem sido muito comum em todas as novas vinhas alentejanas. Nos tintos chegaram Cabernet Sauvignon, Merlot, Touriga Nacional e Syrah; nos brancos, Chardonnay, Sauvignon Blanc, Viosinho e Verdelho.
Com o passar dos anos, uma casta mostrou aqui especiais virtudes, o Arinto, “uma casta excepcional, para não dizer mesmo incrível, tal a capacidade que tem de produzir bem e sempre com qualidade”, diz Bernardo. A vindima desta casta, salienta Patrícia Peixoto, “pode estender-se por três semanas, o que nos permite planear a vindima conforme o tipo de vinho que queremos produzir”. Grande parte da apanha da uva é feita à máquina que, em 8 horas de trabalho, faz o equivalente a 80 vindimadores. Quando se tem 127 ha de vinha, a apanha mecânica é uma enorme ajuda. E, reconhecemos que longe vão os tempos em que as máquinas de vindimar eram olhadas de soslaio por muitos produtores que lhe notavam defeitos vários na qualidade do que colhiam. Actualmente a melhoria técnica já convenceu os mais cépticos.
A agricultura que por aqui se pratica é de protecção integrada, fazem-se entre 7 e 9 tratamentos por ano e a produtividade é média, de cerca de 8 toneladas/ha. Se as geadas e o granizo não são assunto e de míldio pouco se fala, já outras doenças são mais preocupantes, como a Esca (doença de lenho) e a Cicadela (ou Cigarrinha verde, insecto que ataca as folhas da videira). O clima quente é favorável para a não ocorrência de várias moléstias da vinha, mas não todas e por isso aqui não se arrisca e fazem-se os tratamentos necessários.
Uma adega com muitas valências
A adega da Casa Santa Vitória é um puzzle. Uma misturada enorme de barricas de todas as dimensões e de múltiplas origens. Porquê? A resposta veio rápida: “fazemos prestação de serviços para três produtores, desde a Herdade da Bombeira, em Mértola, até à marca Vicentino, cuja herdade fica perto do mar (além de um produtor novo). Isso obriga a equacionar imensas variáveis conforme os requisitos de cada produtor e os que temos são extremamente exigentes”, lembra Bernardo. E acrescenta: “mas isso também tem algo de muito curioso porque passamos da prova de uma barrica do Alentejo mais interior para outra onde temos um vinho atlântico completamente diferente; isso é muito desafiante”. No conjunto, os três produtores a quem a equipa presta assistência, representam meio milhão de garrafas.
Na adega inoculam-se todos os brancos com leveduras. Bernardo diz que “é muito mais seguro”; mas muitos dos tintos não são inoculados, fermentam com as leveduras indígenas. Este continua a ser hoje um tema de debate entre produtores, enólogos e winewriters de todo o mundo, mas por aqui sabe-se que o risco é grande se toda a fermentação não decorrer de forma controlada.
Para Santa Vitória adquirem-se 30 barricas novas/ano, uma quantidade objectivamente pequena, mas agora, que as novas tendências do gosto mudaram, é sobretudo a barrica usada que tem mais uso, em detrimento da barrica nova. Por isso é hoje bem menor o “peso” da barrica nos vinhos, quer nos brancos quer nos tintos.
Novos projectos em carteira
E, quanto a projectos, há novidades. Para já no Douro onde foi adquirida uma quinta (com estadia de alguns quartos), perto da foz do rio Torto e ao lado da Quinta de Nápoles. A quinta dispõe de 22 ha de vinha e onde já se fez a vindima de 2018. Bernardo não se poupa em elogios ao que lá se colheu, “uvas fabulosas, estou convencido que vamos conseguir fazer ali grandes vinhos”. Há vontade de avançar na região dos Vinhos Verdes, mas para já não há decisões. E quanto ao Alentejo, é possível que se avance para um vinho de talha. “Já plantámos Moreto” e, apesar de todos dizerem que é cada vez mais difícil comprar talhas, “esse assunto está controlado”, como nos lembrou Bernardo Cabral. No capítulo dos espumantes é provável que se dê o salto do exclusivo consumo interno do que se produz para uma produção que vise a ida para o mercado. Os vinhos têm mudado de estilo, acompanhando as modas, neste caso as boas modas: tintos com menos grau e menos extracção e brancos com mais frescura e menos barrica nova. O consumidor avisado só pode mesmo aplaudir.
NA FOTO: Bernardo Cabral e Patrícia Peixoto.[/vc_column_text][/vc_column][/vc_row][vc_row type=”in_container” full_screen_row_position=”middle” scene_position=”center” text_color=”dark” text_align=”left” overlay_strength=”0.3″ shape_divider_position=”bottom”][vc_column column_padding=”no-extra-padding” column_padding_position=”all” background_color_opacity=”1″ background_hover_color_opacity=”1″ column_shadow=”none” column_border_radius=”none” width=”1/1″ tablet_text_alignment=”default” phone_text_alignment=”default” column_border_width=”none” column_border_style=”solid”][vc_column_text]
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Edição Nº26, Junho 2019

















