Rui Lucas, o romântico de Souselas

Rui Lucas

Mudar de vida. Mais tarde ou mais cedo, é uma questão que a todos nós se coloca. Na esmagadora maioria dos casos, porém, após reflexão mais ou menos profunda, a vida continua tal e qual, inalterada. Não foi assim com Rui Lucas. Em 2013, ao interrogar-se sobre quem era, o que fazia, percebeu que era […]

Mudar de vida. Mais tarde ou mais cedo, é uma questão que a todos nós se coloca. Na esmagadora maioria dos casos, porém, após reflexão mais ou menos profunda, a vida continua tal e qual, inalterada. Não foi assim com Rui Lucas. Em 2013, ao interrogar-se sobre quem era, o que fazia, percebeu que era “um romântico, um apaixonado”, características que não jogavam inteiramente com a sua vida profissional. E vai daí… “Mudei de vida, regressei às origens, às raízes e faço algo que me traz alegria do princípio ao fim do dia. Decidi produzir vinho, preservar o património vitícola da minha terra, Souselas, conciliar a tradição vitivinícola e o costume social de beber vinho e partilhar essa paixão com o mundo.”

A união de freguesias de Souselas e Botão representa a Bairrada mais a sul, a pequena parte da região que ainda faz parte do concelho de Coimbra. Como produtora de vinho, já foi bem mais famosa do que é. No entanto, ao lado da incontornável fábrica de cimento que domina a paisagem, subsistem pequenas parcelas de vinha, muitas abandonadas, algumas ainda teimosamente cuidadas pelos seus proprietários, que gastam mais no seu amanho do que o rendimento que a uva lhes dá. Curiosamente, já depois de ter iniciado a sua “conversão”, Rui descobriu que seu bisavô, José Francisco Prior, tinha sido importante produtor de vinho, que vendia na cidade de Coimbra. O negócio perdeu-se na geração seguinte, mas o pai de Rui, José Prior Lucas, preservou algumas parcelas de vinha. Daí que, quando o gestor decidiu tornar-se vitivinicultor, em jeito de homenagem, foi o apelido do pai, Prior Lucas, que escolheu para marca da casa.
No início, há quase uma década, contava unicamente com as vinhas dos pais, cerca de 3 hectares. Hoje são 7 hectares de videiras em produção, entre elas algumas parcelas muito antigas adquiridas a idosos viticultores que viram no seu entusiasmo uma forma de não deixar morrer as cepas que tanto acarinharam; e outras parcelas que Rui plantou e continua a plantar. “Para que a história da minha terra não se perca”, diz. “Vou agregando área e preservando o património vitícola, caso contrário todas estas terras seriam abandonadas ou iriam produzir eucaliptos…”
Desafiado a classificar os vinhos que faz ou pretende fazer, Rui Lucas é peremptório: “Não tenciono produzir vinhos com este ou aquele perfil, aspiro sim a fazer o que cada vinha permite da melhor maneira possível. O objectivo é criar identidade, assente no dinamismo e inovação, interligada com a biodiversidade e a sustentabilidade.”

Espere aí, deixe-me recapitular: dinamismo, inovação, biodiversidade, sustentabilidade. Uf! Traduzindo em miúdos, isso dá o quê? “Começa, por ser eu a construir as minhas próprias cubas de betão, com o material que é feito mesmo ao lado da minha adega”, aponta Rui. Boa resposta! Com efeito, um produtor a fazer, com as suas mãos, as cubas onde vinifica, é mesmo algo de novo. Para o conseguir, Rui baseou-se no conhecimento adquirido nos largos anos passados na indústria da construção civil. Mas poder fazer as cubas de betão com o exacto material (densidade, porosidade), formato e dimensão que pretende não é a única vantagem que o produtor encontra nestes depósitos: “Reduzo bastante o consumo de energia, por um lado. E as diferentes formas das cubas e a conjugação com outros materiais imprimem diversidade e ainda introduzem inovação e iniciativa. Tudo isto para obter um vinho com uma característica mais identitária.”

As vinhas de Souselas e Botão

Vinho esse que começa, como todos, na vinha. Os 7 hectares estão divididos em 6 parcelas distintas, que Rui Lucas conhece como as suas mãos. A chamada “Vinha Centenária”, plantada bem antes 1945, esteve abandonada dois anos. Em 2018, ao ver o solo de argila branca e calcário, a exposição poente, as castas plantadas (muitas, brancas e tintas), decidiu adquiri-la e recuperá-la. A “Vinha do Chico Padre”, plantada em 1980, com várias castas misturadas em solo de argila branca e areia, esteve também ela abandonada, embora apenas um ano. Além da qualidade intrínseca da parcela, Rui Lucas mostra o seu lado mais “romântico” ao confessar a outra razão que o levou a ficar com ela: “O nome diz tudo. O dono original, o Chico Padre, era filho de um…Padre!” Estas são as duas parcelas mais antigas onde, entre ambas, se misturam variedades como Baga, Camarate, Tinta Pinheira, Jaen, Bastardinho, Preto Martinho, Arinto, Bical, Maria Gomes, Rabo de Ovelha ou Cercial.

A “Vinha da Bela Cruz” tem na base uma história triste. Era de um emigrante nos EUA que regressava a Portugal de férias em três momentos do ano: para podar a vinha, para a vindimar e para caçar. Faleceu prematuramente, antes de poder usufruir da sua reforma na vinha. “Foi o seu pai, com quase 90 anos, que tratou de tudo para eu dar continuidade ao trabalho do filho”, refere Rui Lucas com emoção. Plantada em 1990, tem Baga, Camarate, Trincadeira, Bical e Maria Gomes, em argila e calcário.
Em seguida, e por ordem de idade, está a “Vinha dos Marmelos”, plantada em 2004 em solo de argila e calcário, sobretudo com Bical, Maria Gomes e Arinto, um pouco de Baga e Jaen. O nome vem da bordadura de marmeleiros que a rodeia. A “Vinha das Netas”, virada a sul, é a que tem o solo mais diverso, do barro vermelho ao argilo-calcário, passando por uma faixa de seixo rolado. Na sua plantação, em 2010, cada variedade (Baga, Tinta Roriz, Bical e Maria Gomes) ficou no solo potencialmente mais favorável. Por último, a “Vinha da Adega”, de Baga e Merlot, que Rui Lucas plantou pessoalmente em 2013 (provavelmente, terá sido também nessa altura que adoptou as calças jardineiras e as camisas “lenhador” que hoje constituem a sua imagem de marca, mas não perguntei…). Essa vinha constituiu o aproveitamento de um solo abandonado, de argila vermelha e seixo rolado, cujo destino seria a construção. “Alterei o seu rumo”, diz com justificado orgulho.

 

Rui LucasSustentabilidade, em todos os sentidos

A forma como Rui Lucas trabalha as vinhas reflecte as suas preocupações, quase holísticas, com o que o rodeia. “O solo é das peças mais relevantes do meu terroir, é insubstituível e há que preservá-lo”, acentua. Rui vai pelo que o bom senso lhe diz sem adoptar modelos mais “radicais” que, por vezes, nem são tão sustentáveis assim. “A biodiversidade é imprescindível”, diz. “Seja pela competição saudável entre as várias espécies de plantas que coabitam numa vinha, seja pela diversidade de castas ou clones dessas castas”, acrescenta. Além disso as pequenas parcelas de vinha estão intercaladas com outras culturas, como olival, pinhal e mato, o que oferece refúgio à fauna existente. A água das chuvas, usada nos trabalhos da vinha, é recolhida em depósitos; e a electricidade da adega provém de fornecedores que utilizam exclusivamente energias renováveis. Mas talvez a prática sustentável que mais visibilidade trouxe ao projecto de Rui Lucas tenha sido o que tem vindo a fazer com a colaboração de alguns restaurantes: recupera caixas de cartão (desmontando-as e montando-as do avesso) e garrafas de outros produtores (lavando-as e higienizando-as). Um trabalho manual imenso, quase diria “insano”, mas que trouxe notoriedade à marca e é coerente com a economia circular que Rui Lucas defende. “A sustentabilidade económica e social é igualmente importante”, defende. “Além da criação de emprego, o dinamismo do enoturismo tem permitido maior visibilidade e valorização, quer da marca quer desta ‘nano-região’ de Souselas.”
O mercado parece ter vindo a reconhecer não apenas a qualidade e consistência dos vinhos como também a singularidade do projecto, onde o enoturismo tem um papel cada vez mais significativo, beneficiando da proximidade à cidade de Coimbra. No ano que passou, a produção total chegou às 22.000 garrafas, 75% das quais são espumantes. Para além do vinho, há também azeite (e de excelente qualidade!) produzido num lagar da família, ao lado da adega. Para elaborar este azeite, Rui Lucas recorreu às oliveiras centenárias que rodeiam as vinhas. “A palavra Prior remete-nos para a religião, para o divino, para o místico”, remata. “E pretendo ter sempre essa ligação com o nome dos vinhos. Já viu? Vinho, azeite e pão! É tudo divino! Tenho de fazer uma padaria…”.

(Artigo publicado na edição de Junho de 2023)

Pinot Noir é o novo espumante de topo da Aliança

Aliança espumante Pinot Noir

Num evento que teve como palco as Caves Aliança e o Underground Museum, em Sangalhos (concelho de Anadia), a Aliança Vinhos de Portugal apresentou, no dia 22 de Maio, um novo espumante topo de gama, Aliança Pinot Noir Grande Reserva branco 2018. Este vem juntar-se ao espumante Aliança Grande Reserva branco, de Chardonnay e Baga, […]

Num evento que teve como palco as Caves Aliança e o Underground Museum, em Sangalhos (concelho de Anadia), a Aliança Vinhos de Portugal apresentou, no dia 22 de Maio, um novo espumante topo de gama, Aliança Pinot Noir Grande Reserva branco 2018. Este vem juntar-se ao espumante Aliança Grande Reserva branco, de Chardonnay e Baga, cuja edição de 2018 foi também lançada nesse dia, sendo ambos Brut Nature (sem adição de açúcar depois do dégorgement).

Antes de uma prova de bases de espumante, de várias colheitas do Grande Reserva branco e do novo espumante Pinot Noir, conduzida por Francisco Antunes (enólogo com quase 30 anos de casa), foi ainda visitada a nova vinha da Aliança na Bairrada — Quinta da Rigodeira II — com 26 hectares e concebida exclusivamente para originar vinhos base para os espumantes de topo da Aliança.

Leia a reportagem completa na edição de Julho da revista Grandes Escolhas

Baga Friends com programas especiais no Dia Internacional da Baga

Baga Friends Dia Internacional

No próximo dia 6 de Maio festeja-se, na Bairrada, o Dia Internacional da Baga, criado em 2022 quando do décimo aniversário dos Baga Friends, a associação de produtores da região fundada, em 2012, para promover a casta tinta mais emblemática da Bairrada. Com o lema “A Baga nas suas 7 quintas”, os sete produtores que […]

No próximo dia 6 de Maio festeja-se, na Bairrada, o Dia Internacional da Baga, criado em 2022 quando do décimo aniversário dos Baga Friends, a associação de produtores da região fundada, em 2012, para promover a casta tinta mais emblemática da Bairrada.

Com o lema “A Baga nas suas 7 quintas”, os sete produtores que actualmente integram os Baga Friends — Filipa Pato, Luís Pato, Quinta da Vacariça, Quinta das Bágeiras, Quinta de Baixo, Sidónio de Sousa e Vadio — terão, neste dia, programas especiais nas suas adegas, das 10h00 às 18h00, com provas de vinho, animação e pratos típicos.

Mário Sérgio Nuno, proprietário da Quinta das Bágeiras, comenta: “A Baga é uma casta muito versátil, que tanto produz vinhos espumantes, rosés e tintos jovens como tintos com grande capacidade de guarda. Num país como o nosso, em que a tradição é o lote de castas, a Baga, sozinha, tem a acidez, os taninos e a estrutura aromática para fazer grandes vinhos, sem precisar de outras castas. Por trabalharmos com a Baga há tantos anos, e lhe conhecermos as qualidades e as dificuldades, sabemos que é uma grande casta e que merece ser distinguida e reconhecida no mundo inteiro, e celebrada com um Dia Internacional dedicado”.

Para participar nas actividades dos Baga Friends, no Dia Internacional da Baga, é necessário adquirir um passe que dá acesso às sete adegas. Este tem duas modalidades: o passe “normal”, com um custo de €30; e o passe VIP, de €80, que inclui entrada no jantar final, que decorrerá no restaurante Rei dos Leitões, na Mealhada (limitado a 200 lugares).

Segundo dados da Comissão Vitivinícola da Bairrada, a Baga “representa 4% da área de vinha plantada em Portugal, sendo a sétima mais utilizada na produção de vinho. Dos mais de 8 mil hectares plantados em todo o país, na Bairrada tem o maior peso, na ordem dos 3500 hectares”.

Adamus é a primeira aguardente bagaceira DOC Bairrada biológica

Adamus aguardente biologica

A Destilaria Levira lançou, com a sua marca Adamus, aquela que é a primeira, e até ao momento a única, aguardente bagaceira DOC Bairrada com certificação biológica. Com esta nova aguardente Adamus, a empresa explica que pretende “destacar o melhor de uma tradicional aguardente bagaceira, tornando-a mais amiga do ambiente”. Para obtenção da certificação biológica, […]

A Destilaria Levira lançou, com a sua marca Adamus, aquela que é a primeira, e até ao momento a única, aguardente bagaceira DOC Bairrada com certificação biológica.

Com esta nova aguardente Adamus, a empresa explica que pretende “destacar o melhor de uma tradicional aguardente bagaceira, tornando-a mais amiga do ambiente”. Para obtenção da certificação biológica, a Destilaria Levira revela ainda que “desde a vinha e da vinificação, até à posterior destilação, foram respeitados todos os critérios qualitativos. Na sua produção não são utilizados pesticidas ou produtos químicos prejudiciais à saúde ou ao meio ambiente. A destilação é realizada de forma 100% artesanal e o vapor utilizado para a destilação é gerado por uma caldeira alimentada com biomassa ecológica, proveniente de subprodutos desidratados da vinha e da própria uva”.

Disponível para compra na loja online da Adamus, nas lojas Garcias ou através da equipa comercial desta distribuidora, a Adamus Aguardente Bagaceira Biológica DOC Bairrada apresenta, ainda, uma garrafa com tampa de cortiça 100% natural e decoração feita com tintas “naturais e ecológicas”, como atesta o produtor.

Milhares de garrafas de espumante apreendidas na Bairrada pela ASAE

ASAE espumante

Para ser comercializado com certificação “Vinho Espumante de Qualidade”, o espumante tem, obrigatoriamente, de cumprir com determinadas regras plasmadas na legislação específica em vigor, como a duração mínima das fermentações e dos estágios, por exemplo, consoante o processo de produção. Segundo comunicou a ASAE (Autoridade de Segurança Alimentar e Económica), em comunicado lançado ontem, foram […]

Para ser comercializado com certificação “Vinho Espumante de Qualidade”, o espumante tem, obrigatoriamente, de cumprir com determinadas regras plasmadas na legislação específica em vigor, como a duração mínima das fermentações e dos estágios, por exemplo, consoante o processo de produção.

Segundo comunicou a ASAE (Autoridade de Segurança Alimentar e Económica), em comunicado lançado ontem, foram apreendidas por esta entidade 10854 garrafas de espumante na região da Bairrada, prontas a entrar no mercado e rotuladas falsamente como “Vinho Espumante de Qualidade”, nas instalações de um agente económico especializado que, alegadamente, não cumpriu as regras de produção adequadas à certificação em causa, nomeadamente “sem que o processo de elaboração do vinho tivesse sido superior a 90 dias, tal como determina a legislação em vigor”, escreve a ASAE. O valor destas garrafas totalizava 25940 euros.

Ainda de acordo com a ASAE, “em consequência, foi instaurado o respectivo processo de contra-ordenação por ter engarrafado e rotulado vinho como se tratasse de vinho espumante de qualidade e foi ainda notificado para retirar do circuito comercial o vinho espumante que já havia comercializado naquelas circunstâncias, sob pena de incorrer em crime de desobediência”.

Ainda não foi possível, à Grandes Escolhas, apurar o agente económico visado.

Bairrada à Mesa e no Copo: Menus especiais entre Aveiro e Coimbra

Bairrada Mesa

Começou a Primavera e são muitos os motivos para aproveitar e viajar. A Comissão Vitivinícola da Bairrada e a Associação Rota da Bairrada desafiaram os restaurantes da Região (entre Aveiro e Coimbra) para criarem um motivo adicional de visita à Bairrada. De 24 de Março a 6 de Abril várias são as hipóteses para que […]

Começou a Primavera e são muitos os motivos para aproveitar e viajar. A Comissão Vitivinícola da Bairrada e a Associação Rota da Bairrada desafiaram os restaurantes da Região (entre Aveiro e Coimbra) para criarem um motivo adicional de visita à Bairrada.

De 24 de Março a 6 de Abril várias são as hipóteses para que venha provar as iguarias da região acompanhadas de um copo de vinho (ou espumante) Bairrada ou Beira Atlântico. Leitão à Bairrada, Chanfana, Cabrito ou uma boa Caldeirada de Enguias fazem parte das propostas com que se vai poder deliciar.

É possível descarregar a lista de restaurantes e ementas em www.bairrada.pt, verificar datas e horários, fazer a(s) sua(s) escolha(s), reservar (preferencialmente) e apreciar o que de bom existe para oferecer nestas “Terras de Bem-Viver”. Aproveite e visite a Região, as suas belezas naturais e os seus produtores.

Bairrada à Mesa – Menus Especiais – 2023 

Menus de 20€e 35€ em 46 restaurantes da Região.

Data: de 24 de Março a 6 de Abril

Horário: informação disponível em www.bairrada.pt

Evento “Millèsime” reune os melhores espumantes nacionais em Anadia

Millèsime espumantes

O Município de Anadia vai realizar, em parceria com a Grandes Escolhas, durante os dias 25 e 26 de Março de 2023, o Millèsime 1º Encontro Nacional de Espumantes. O Millèsime, com lugar no Curia Palace Hotel, irá reunir no mesmo espaço os melhores produtores nacionais de espumantes com Denominação de Origem, e contará com […]

O Município de Anadia vai realizar, em parceria com a Grandes Escolhas, durante os dias 25 e 26 de Março de 2023, o Millèsime 1º Encontro Nacional de Espumantes.

O Millèsime, com lugar no Curia Palace Hotel, irá reunir no mesmo espaço os melhores produtores nacionais de espumantes com Denominação de Origem, e contará com um vasto programa de actividades e alguns convidados especiais. Será um evento sofisticado e muito inspirado “no universo da época dourada dos primeiros anos do século XX, no cenário místico, clássico e grandioso que caracteriza o Curia Palace Hotel”, refere a organização.

Cada produtor terá um espaço próprio para mostra e degustação dos seus espumantes. Além deste tipo de vinho, os visitantes poderão usufruir da mostra e venda de diversos sabores, que harmonizam com espumante, típicos da região da Bairrada — Leitão da Bairrada, rojões, ostras e doces como Bairradinos, Ovos Moles, Amores da Curia e Morgadinhos ­— e outros mais “universais”, como o sushi.

A entrada no Millèsime faz-se através da compra de um copo, com valor de 10 euros para um dia ou 15 para os dois dias de visita. “Os interessados podem aproveitar o fim-de-semana de 25 e 26 de Março para pernoitar no histórico Curia Palace Hotel, usufruindo de preços especiais, e conhecer o concelho de Anadia, ‘Terra de Paixões’”, convida o município.

 

Wine Concept ganha distribuição nacional dos vinhos Luis Pato

Wine Concept Luis Pato

A distribuidora Wine Concept anunciou, em comunicado de imprensa, que iniciou a representação dos vinhos Luis Pato, produtor da Bairrada, em território nacional e de forma exclusiva. Luís Pato, que em 2023 completará a sua 41ª vindima, comenta: “Estamos a começar 2023 e a mudar de paradigma, passando para um novo distribuidor, a 100%. A […]

A distribuidora Wine Concept anunciou, em comunicado de imprensa, que iniciou a representação dos vinhos Luis Pato, produtor da Bairrada, em território nacional e de forma exclusiva.

Luís Pato, que em 2023 completará a sua 41ª vindima, comenta: “Estamos a começar 2023 e a mudar de paradigma, passando para um novo distribuidor, a 100%. A Wine Concept vai distribuir todos os vinhos Luis Pato e colocá-los nos melhores restaurantes de Portugal. A minha expectativa é grande, tenho esta idade mas vejo sempre um futuro melhor, mesmo nesta altura de futuro incerto. E por isso, espero que a Wine Concept seja aquilo que eu nunca tive na vida, um grande distribuidor!”.

Já Nuno Sousa, um dos administradores da Wine Concept, afirma: “Estamos muito honrados com este desafio de distribuir nacionalmente, e em exclusividade, vinhos de grande qualidade e procura no mercado. Ao processo da distribuição exclusiva dos vinhos Luis Pato podemos aplicar três palavras, desafio, orgulho e responsabilidade. E estamos convictos que vamos superar este novo desafio”.

A Comissão Vitivinícola da Bairrada (CVB) organizou o Concurso de Vinhos e Espumantes Bairrada depois de um ano de interregno, em 2020, e de em 2021 ter dedicado esta competição apenas a espumantes. A edição de 2022 realizou-se na segunda-feira, dia 5 de Dezembro, com revelação e entrega de prémios dois dias depois, no Aliança Underground Museum, em Anadia. 

O espumante Cá da Bairrada Bruto branco 2010, das Caves da Montanha, foi o grande vencedor deste concurso, tendo sido o mais bem pontuado entre as 90 amostras provadas por uma dúzia de jurados, sobretudo sommeliers e enólogos. A CVB distinguiu, ainda, os melhores vinhos em cinco categorias: espumante, espumante Baga Bairrada, vinho branco, vinho tinto e vinho da sub-região Terras de Sicó. 

O espumante Cá da Bairrada Bruto branco 2010 arrecadou, naturalmente, também o prémio de melhor espumante. Já a Messias ganhou nos vinhos brancos com o seu Bairrada Clássico de 2017. Nos tintos, o melhor foi o São Domingos Grande Reserva 2017, das Caves São Domingos. De regresso aos espumantes, o melhor espumante Baga Bairrada foi o Primavera Baga Bairrada Grande Reserva Extra Bruto branco 2017, das Caves Primavera. 

Os vinhos vencedores das 5 categorias.

Este ano, a CVB decidiu ainda distinguir o melhor vinho da sub-região Terras de Sicó, galardão que foi para o Baforeira Reserva tinto 2020, de Maria Teresa Proença Simões da Silva Resende. Segundo a organização, esta foi uma forma de reconhecer a acentuada qualidade dos vinhos produzidos nesta sub-região com certificação Indicação Geográfica Protegida Beira Atlântico (Regional Beira Atlântico).

No que toca a medalhas de Ouro, foram atribuídas 27: 15 para espumantes, 4 para vinhos brancos e oito para tintos. 

Na edição de 2022, o Concurso de Vinhos e Espumantes Bairrada reuniu 90 amostras — todas DO Bairrada ou IG Beira Atlântico — 46 de vinhos tranquilos e  44 de espumantes. Para as avaliar, estiveram presentes 9 sommeliers, numa parceria com a Associação Escanções de Portugal, e três enólogos da região. A chefiar o Concurso, esteve, mais uma vez, Luís Ramos Lopes, director da revista Grandes Escolhas e conceituado jornalista e crítico de vinhos com mais de 30 anos de experiência no sector.

Concurso de Vinhos e Espumantes Bairrada 2022

O GRANDE VENCEDOR 

Cá da Bairrada Espumante Bruto branco 2010

OS MELHORES (por categoria)

Espumante

Cá da Bairrada Espumante Bruto branco 2010

Espumante Baga Bairrada

Primavera Espumante Baga Bairrada Grande Reserva Extra Bruto branco 2017

Vinho Branco

Messias Bairrada Clássico branco 2017

Vinho Tinto

São Domingos Grande Reserva tinto 2017

Vinho da Sub-Região Terras de Sicó

Baforeira Reserva tinto 2020

MEDALHAS DE OURO

Espumantes (15)

Marquês de Marialva Espumante Cuvée Primitivo Bruto Natural branco 2014

Quinta da Laboeira Espumante Reserva Bruto Natural branco 2019 (Baga)

Aliança Espumante Grande Reserva Bruto branco 2017

Grande Aplauso Espumante Bruto Natural branco 2015

Casa do Canto Espumante Grande Reserva Bruto branco 2016

Casa de Sarmento Espumante Bruto branco 2020

Montanha Real Espumante Grande Reserva Bruto branco 2015

Cá da Bairrada Espumante Bruto branco 2010

UNUM Espumante Super Reserva Bruto Natural branco 2011

Luiz Costa Espumante Pinot Noir Chardonnay Bruto Natural branco 2016

Quinta do Poço do Lobo Espumante Baga Pinot Noir Bruto Natural rosé 2017

Borga Espumante Bruto branco 2007

Monte Formigão Espumante Reserva Bruto branco 2019

Quinta da Lagoa Velha Espumante Touriga Nacional Bruto rosé 2019

Quinta dos Abibes Espumante Arinto & Baga Reserva Extra Bruto branco 2020

Vinhos Brancos (4)

António Marinha Legado Grande Reserva branco 2021

Encosta da Criveira Reserva Especial branco 2021

Prior Lucas Habemus.W branco 2020

Messias Bairrada Clássico branco 2017

Vinhos Tintos (8)

António Marinha Grande Reserva tinto 2015

Quinta D´Aguieira tinto 2017

Casa de Sarmento Baga tinto 2018 

São Domingos Grande Reserva tinto 2017

Rabarrabos tinto 2020

Diga? tinto 2008

Baforeira Reserva tinto 2020

Trabuca Bairrada Clássico Baga tinto 2017

Messias celebra 96 anos com 5 lançamentos especiais

Messias 96 anos

A caminho da celebração do centenário da sua fundação, que ocorrerá em 2026, a Messias juntou à mesa três das cinco gerações que completam a história da empresa com origem na Bairrada, fundada por Messias Baptista, lançando nesse momento cinco produtos muito especiais. Estas novidades vêm juntar-se a um vasto portefólio, que abarca vinhos tranquilos, […]

A caminho da celebração do centenário da sua fundação, que ocorrerá em 2026, a Messias juntou à mesa três das cinco gerações que completam a história da empresa com origem na Bairrada, fundada por Messias Baptista, lançando nesse momento cinco produtos muito especiais. Estas novidades vêm juntar-se a um vasto portefólio, que abarca vinhos tranquilos, espumantes, vinhos do Porto e aguardentes, oriundos de três regiões vitivinícolas: Bairrada, Dão e Douro.

Da Bairrada, região onde a empresa deu os primeiros passos, surgem os vinhos tranquilos Messias Clássico branco 2017, um lote composto pelas castas Bical e Cercial; e Messias Garrafeira tinto 1998, um vinho 100% Baga que homenageia a capacidade de guarda tão singular na região. Na categoria dos espumantes, o Messias Sur Lie é a grande novidade, com um pequeno “twist”: elaborado a partir de Chardonnay, pelo método clássico (faz a 2ª fermentação em garrafa), é colocado à disposição do consumidor sem ter sido feito o degorgement, dando oportunidade ao consumidor de estagiar e fazer evoluir este espumante em sua casa, ainda com as borras consequentes das leveduras, até decidir abri-lo. Seguindo uma tradição da empresa, e agora com novo design, é também lançada a Aguardente Vínica Velhíssima “Avô”. Finamente destilada, foi preservada durante anos em cascos, onde envelheceu nobremente. 

A partir de cinco castas tradicionais no Douro – Touriga Nacional, Touriga Francesa, Tinta Roriz, Tinta Barroca e Tinto Cão – nasce ainda o Messias 50 Anos, um Porto Tawny que estagiou por 5 décadas nos armazéns da Messias, em Vila Nova de Gaia. Um Tawny que, segundo o produtor, “retrata com sumptuosidade e delicadeza a história do vinho do Porto e a identidade de uma família”.