Caves Fonseca com novo programa de sábado à noite
A Fonseca vai lançar, em Abril, um programa especial para as noites de sábado, nas suas caves em Vila Nova de Gaia. A experiência inclui uma visita guiada, que começa pelas 19h, seguindo-se um jantar e um espectáculo de fado. Tudo começa com mais de 200 anos de história condensados num circuito, onde é possível […]
A Fonseca vai lançar, em Abril, um programa especial para as noites de sábado, nas suas caves em Vila Nova de Gaia. A experiência inclui uma visita guiada, que começa pelas 19h, seguindo-se um jantar e um espectáculo de fado.
Tudo começa com mais de 200 anos de história condensados num circuito, onde é possível descobrir mais sobre o processo de produção, viajar até ao Douro e à Quinta do Panascal, onde nascem os vinhos do Porto Fonseca, e ainda acompanhar o envelhecimento dos vinhos, em tonéis e balseiros. A visita termina na sala de provas, com a degustação do vinho do Porto “Siroco”. Para terminar o programa, um jantar composto por pratos tradicionais portugueses, como caldo verde, bacalhau com broa e leite creme, devidamente harmonizados. Em plano de fundo, um concerto de fado protagonizado por dois músicos e um fadista.
O programa tem o custo de €65 por pessoa, e os bilhetes podem ser adquiridos online ou diretamente na bilheteira do centro de visitas da marca. Pode ser comprado por pessoas individuais ou grupos, num total de 40 pessoas por noite.
Kranemann Wine Estates inaugura enoturismo
A Quinta do Convento de São Pedro das Águias, com raízes no Séc. XII, passa a receber experiências em torno da vinha e do vinho. Visitas e provas incluem uma “Masterclass” com a enóloga Susete Melo e estão disponíveis por marcação. Propriedade icónica do Douro, a Quinta do Convento de São Pedro das Águias foi […]
A Quinta do Convento de São Pedro das Águias, com raízes no Séc. XII, passa a receber experiências em torno da vinha e do vinho. Visitas e provas incluem uma “Masterclass” com a enóloga Susete Melo e estão disponíveis por marcação.
Propriedade icónica do Douro, a Quinta do Convento de São Pedro das Águias foi adquirida em 2018 pelo enófilo Christoph Kranemann, que descobriu em Portugal os vinhos nacionais e, mais tarde, esta quinta no Vale do Távora. “Existe sítio mais perfeito do que este? As vinhas, o rio, toda esta paisagem fantástica… A arquitetura… Tenho raízes alemãs e sempre me interessei muito por arquitetura e história. Então este convento do século XII, com estes claustros e toda esta memória, é uma espécie de sítio perfeito, que reúne aquilo de que mais gosto. É um sítio mágico!”, afirma Christoph Kranemann, lembrando o porquê da sua escolha.
O projeto vitivinícola arrancou em 2018, com a enologia a cargo de Maria Susete Melo e Diogo Lopes, trazendo ao mercado vinhos DOC Douro e Porto diferenciadores, bem como um azeite, produtos marcados pelo terroir de altitude onde surge a propriedade. A produção de vinho esteve sempre presente, desde o séc. XII, quando os monges da Ordem de Císter se estabeleceram, introduziram a prática agrícola e as bases do convento que hoje existe. E é este mesmo convento, um miradouro que se ergue perante o vale, conhecido pelos seus claustros e antiga capela, que acolhe as experiências de enoturismo agora disponíveis.
Consulte toda a informação e programação AQUI.
As marcações e esclarecimentos fazem-se através do email info@kranemannestates.com e do telefone 254782070.
Quinta das Areias Country House – O novo Turismo Rural do Solar da Pena
O produtor de vinhos verdes Solar da Pena inaugurou a sua unidade de turismo rural denominada “Quinta das Areias Wine Country House”. Situado junto ao Rio Cávado, este empreendimento está implantado numa antiga propriedade agrícola totalmente recuperada onde permanece no edifício a traça tradicional do Minho que esteve na sua origem. A Quinta das Areias […]
O produtor de vinhos verdes Solar da Pena inaugurou a sua unidade de turismo rural denominada “Quinta das Areias Wine Country House”. Situado junto ao Rio Cávado, este empreendimento está implantado numa antiga propriedade agrícola totalmente recuperada onde permanece no edifício a traça tradicional do Minho que esteve na sua origem.
A Quinta das Areias Wine Country House é composta por cinco quartos, dos quais 3 duplos e dois familiares, equipados com todas as comodidades para proporcionar uma estadia memorável. Contíguo ao edifício principal, existe também um sequeiro de arquitectura tradicional do Minho transformado numa suite familiar totalmente independente com localização e exposição solar privilegiadas. Existe ainda um bungalow com uma varanda privada suspensa sobre a vinha com jacuzzi. A inauguração do alojamento serviu ainda para apresentação da gama de vinhos do Solar da Pena, actualmente com sete referências: 4 brancos, um tinto, um rosé e um espumante.
O Solar da Pena situa-se em Braga na Rua de Areias, nº 185
Lavradores de Feitoria: Casa nova, vinhos novos
Fundada em 2000 por 15 viticultores durienses, a Lavradores de Feitoria é um projecto inovador a diversos níveis. Agrupando 20 propriedades, dispersas pelas três sub-regiões do Douro, num total de mais de 600 hectares de vinha, conta desde 2021 com uma nova sede e adega e, desde abril do ano passado, com um centro de […]
Fundada em 2000 por 15 viticultores durienses, a Lavradores de Feitoria é um projecto inovador a diversos níveis. Agrupando 20 propriedades, dispersas pelas três sub-regiões do Douro, num total de mais de 600 hectares de vinha, conta desde 2021 com uma nova sede e adega e, desde abril do ano passado, com um centro de enoturismo. No meio de tanta novidade cabem, claro, novos vinhos e colheitas.
Texto: Luís Lopes Fotos: Lavradores de Feitoria
O associativismo no sector do vinho é fenómeno raro e, quando acontece, normalmente não dura muito. O projecto Lavradores de Feitoria merece, por isso, forte aplauso, pela longevidade (quase 23 anos!), dimensão (são hoje 53 accionistas, dos quais 16 proprietários de quintas), conceito (lógica de sustentabilidade social, económica e ambiental) e solidez, reforçada pela aquisição da quinta do Medronheiro, em Sabrosa, e a construção da nova sede e adega no local.
Na base de tudo isto está um enorme capital de confiança gerada entre todos os intervenientes e que a administração da Lavradores de Feitoria, cujo rosto mais visível é a CEO Olga Martins, procura retribuir. Um exemplo, é o valor base de remuneração das uvas aos produtores associados, sempre acima da média praticada na região, garantindo que cobre o custo de produção, numa lógica de “fairtrade”. A Lavradores de Feitoria tem um sistema de pagamentos assente em três patamares – base, superior e extra (que chega a valer mais do dobro do valor base), como forma de valorizar a qualidade das uvas e, por conseguinte, dos vinhos. O pagamento aos fornecedores 30 dias após a emissão da factura é igualmente um ponto de honra da casa.
Mas falemos de vinhas, adegas e vinhos. E aqui é incontornável o nome de Paulo Ruão, director de enologia da Lavradores de Feitoria desde a vindima de 2005. Para construir uma gama de vinhos segmentada e criteriosa, que abarca lotes, monocastas e vinhos de quinta, a partir de 20 propriedades e 600 hectares, é preciso estar familiarizado com cada um destes terroirs e suas particularidades. Paulo conhece bem as quintas dos sócios da empresa. Para além do acompanhamento periódico anual, visita cada uma das vinhas duas vezes antes da vindima, para fazer controle de maturação e escolher as parcelas que pretende, podendo estas variar de ano para ano.
Quando a empresa nasceu, em 2000, a coisa era muito mais simples: cada quinta fazia o seu vinho e a sua marca. Rapidamente se verificou, porém, a insustentabilidade enológica e comercial do modelo. Hoje, estas propriedades dispersas pelo Baixo Corgo, Cima Corgo e Douro Superior, com uvas de castas bastantes diversas, cepas de todas as idades, plantadas a múltiplas altitudes, com diferentes exposições, numa enorme heterogeneidade de solos, originam apenas duas linhas de vinhos, identificadas como “vinhos de lote”, onde estão as marcas Lavradores de Feitoria e Três Bagos, e “vinhos de vinha”, onde se inserem os clássicos Meruge, branco e tinto, Quinta da Costa das Aguaneiras e, a grande novidade de 2022, Vinha do Sobreiro.
Depois da fase “naif” inicial, a vinificação comum passou a estar concentrada numa adega montada na zona industrial de Paços, em Sabrosa. A ambição de Olga Martins e Paulo Ruão, porém, era outra. Numa empresa assente em quintas e vinhas, fazia sentido ter “uma adega no meio das videiras”. O sonho levou tempo a concretizar. Primeiro, em 2008, foi preciso adquirir, com capitais próprios, a Quinta do Medronheiro. Com 8 hectares de área total, entre os 540 e 580 metros de altitude e exposição sul, 6,5 hectares são de vinha, exclusivamente uvas brancas, Viosinho, Gouveio e Boal, em modo de produção biológica. Depois, houve que ganhar músculo financeiro para construir a adega, inaugurada somente 13 anos depois, em 2021.
O projecto, da autoria do arquitecto Belém Lima, assenta numa estrutura e paredes exteriores em betão armado pré-fabricado, com um padrão texturado onde impera a cor do xisto. Os painéis isolados e de grande eficiência térmica, associados à produção de energia através de painéis fotovoltaicos e ao tratamento de águas, avolumam a vertente de sustentabilidade da empresa. A adega possui todo o equipamento moderno expectável numa instalação destas. Porém, a pisa a pés em lagar de granito, que Paulo Ruão exige para alguns vinhos de topo, continua a ser feita nas quintas dos produtores accionistas. Para além da parte produtiva, o edifício comporta ainda os escritórios da empresa e a área dedicada ao enoturismo, inaugurado em abril de 2022. Também aqui, a Lavradores de Feitoria procura fazer diferente, privilegiando as visitas personalizadas, a cargo de Eduardo Ferreira, exímio contador da história do Douro e das estórias dos vinhos e das gentes…
(Artigo publicado na edição de Janeiro de 2023)
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Quinta da Costa das Aguaneiras
- 2018 -
Três Bagos
Tinto - 2016 -
Meruge
Tinto - 2018 -
Vinha do Sobreiro
Tinto - 2016 -
Três Bagos
Tinto - 2019 -
Lavradores de Feitoria
Tinto - 2021 -
Lavradores de Feitoria
Rosé - 2021 -
Meruge
Branco - 2020 -
Três Bagos
Branco - 2021 -
Três Bagos
Branco - 2021 -
Lavradores de Feitoria
Branco - 2021
Enoturismo: um sector “sem lei”, a caminho de se organizar
A falta de definição e de enquadramento legal e fiscal, levaram a APENO (Associação Portuguesa de Enoturismo), em parceria com a Abreu Advogados, a promover o primeiro debate público, no passado dia 29 de Novembro, sobre o enoturismo. O resultado, segundo a APENO, “foi satisfatório e histórico para uma actividade com cada vez mais adeptos […]
A falta de definição e de enquadramento legal e fiscal, levaram a APENO (Associação Portuguesa de Enoturismo), em parceria com a Abreu Advogados, a promover o primeiro debate público, no passado dia 29 de Novembro, sobre o enoturismo. O resultado, segundo a APENO, “foi satisfatório e histórico para uma actividade com cada vez mais adeptos no país”.
Nas instalações da Abreu Advogados, junto à zona ribeirinha lisboeta, em Alfama, teve lugar um dia histórico para o enoturismo português. Neste debate público, pioneiro a nível nacional — com presença de muitos dos associados da APENO — juntaram-se no mesmo palco personalidades de referência, com uma palavra a dizer sobre um sector em construção. Todos atestaram que o enoturismo é de importância estratégica para a economia nacional e que a sua organização é urgente.
No painel moderado pela jornalista Margarida Vaqueiro Lopes, editora da revista Exame, estiveram António Mendonça Mendes, secretário de Estado dos Assuntos Fiscais (que durante este evento soube que assumiria o cargo de secretário-adjunto de António Costa); António Abrantes, secretário-geral da Confederação do Turismo de Portugal; Luís Sá Souto, vice-presidente da APENO; e Alexandre Mestre, co-responsável pelo setor agro-alimentar da Abreu Advogados. Maria João de Almeida, presidente da APENO, começou por convidar todos os presentes a “pensar o mundo do enoturismo”, naquele que é para si “o primeiro passo para a organização do sector”.
Por sua vez, Luís Sá Souto, vice-presidente da APENO, falou da importância de haver uma definição clara e objectiva do enoturismo e das lacunas ao nível do enquadramento fiscal. “Queremos quantificar a atividade para que esta possa ser trabalhada em melhores condições, de forma a dar expressão ao sector. Queremos ter números e estatísticas, que não há, para que os profissionais do sector tomem decisões. Queremos definir uma forma exacta de as empresas enoturísticas faturarem da mesma maneira, considerando a classificação de actividade económica para o enoturismo”.
António Mendonça Mendes respondeu a estas questões, afirmando ser prematuro definir um enquadramento fiscal, tendo em conta que o enoturismo “ainda é um sub-setor do turismo que está em construção e a organizar-se”, embora tenha reconhecido que o enoturismo tem “uma grande importância estratégica para o país”. O agora ex-secretário de Estado dos Assuntos Fiscais afirmou ainda que é “seguramente necessário começar a sistematizar esta actividade, eventualmente junto do Instituto Nacional de Estatística (INE), uma vez que há um conjunto de realidades dentro do enoturismo que já têm um conjunto de medidas específicas, a nível de enquadramento fiscal, como a área da cultura, do vinho e da hotelaria”. “Neste momento, há que avaliar se a transversalidade que cose toda esta realidade do enoturismo consegue ser isolada para efeitos de tratamento fiscal e se faz sentido ter uma diferenciação positiva ou não em relação a outros sectores”, resumiu o governante.
Pela voz do secretário-geral da Confederação do Turismo de Portugal, António Abrantes, a conclusão foi a de que não serão precisos estudos académicos para se dizer que “o enoturismo é uma actividade turística que integra a cadeia do valor do turismo. Só que tem uma particularidade que não está presente em muitas outras, é uma realidade compósita, da qual o vinho e a vinha são uma componente, e que integra ainda elementos de alojamento e restauração”.
Já Alexandre Mestre, usou da palavra para falar de uma “incerteza jurídica muito grande em torno do enoturismo”. Com uma série de perguntas retóricas que puseram a nu a indefinição do sector, o co-responsável pelo setor agro-alimentar da Abreu Advogados perguntou mesmo: “como é que alguém pode ser elegível para um fundo europeu no sector, se não há uma definição clara do enoturismo, se há uma ausência de enquadramento legal?”. Para si, esta é uma actividade para a qual não existe ainda “um regime jurídico e em que se fica sem saber quais as normas a aplicar”.
António Mendonça Mendes concluiu que se deve começar pelos números para que se perceba se o enoturismo pode ou não viver sozinho em território fiscal, “que justifique uma autonomização do setor”. Dos números que a APENO aferiu por estimativa, tendo em conta que não há números públicos reportados pelas entidades competentes, “o sector pode valer 750 milhões de euros para a economia portuguesa”, defendeu Luís Souto. “Não será uma verba suficiente para autonomizar o enoturismo?”.
Cientes de que o debate foi o primeiro passo dado para a criação de uma CAE, “a APENO já tem um dossiê preparado, com uma proposta, que será apresentado em breve ao INE”.
APENO promove primeiro debate público sobre Enoturismo
Em parceria com a ABREU Advogados, a Associação Portuguesa de Enoturismo (APENO) organiza um debate público — que terá lugar na sede da Abreu Advogados (Av. Infante D. Henrique 26, Lisboa) no dia 29 de Novembro, das 16h30 às 18h30 — com o objectivo, sobretudo, de discutir a urgência na organização do Enoturismo português e […]
Em parceria com a ABREU Advogados, a Associação Portuguesa de Enoturismo (APENO) organiza um debate público — que terá lugar na sede da Abreu Advogados (Av. Infante D. Henrique 26, Lisboa) no dia 29 de Novembro, das 16h30 às 18h30 — com o objectivo, sobretudo, de discutir a urgência na organização do Enoturismo português e de tentar encontrar soluções, de forma construtiva e eficaz, para algumas das lacunas do sector.
“A falta de legislação, de números oficiais e do enquadramento fiscal do Enoturismo são algumas das questões que serão postas em cima da mesa, num diálogo aberto e seguramente produtivo, que abrirá novos horizontes para o sector em Portugal”, explica a direcção da APENO.
O debate será moderado pela jornalista Margarida Vaqueiro Lopes, da revista Exame, e contará com intervenientes de elevada relevância para o tema, nomeadamente António Mendonça Mendes, Secretário de Estado dos Assuntos Fiscais; António Abrantes, Secretário-Geral da Confederação do Turismo de Portugal; Alexandre Mestre, Co-Responsável pelo Sector Agro-Alimentar da Abreu Advogados; e Luís Souto, Vice-Presidente da APENO.
Com um caminho pioneiro e inovador no Enoturismo no país, a APENO, como avança Luís Souto, “pretende assim ajudar a cimentar este sector, com o apoio das mais destacadas personalidades do Vinho e do Turismo em Portugal. Falamos muito de Enoturismo mas a sua definição está ultrapassada e é um sector sem números. Sem a quantificação desta Atividade Económica não podemos trabalhá-la de forma eficaz nem saber quanto vale o sector. Este debate pretende, assim, sensibilizar as entidades competentes para estas questões”.
Sobre a lacuna da legislação, o advogado Alexandre Mestre avança que “não existe a nível nacional ou internacional legislação neste sector, o que é estranho, já que o Enoturismo tem conquistado uma grande visibilidade mundial nos últimos anos. Seria interessante existir legislação nesta área, não de forma burocratizada, complicada, mas com regras básicas, de orientação, que permitissem trabalhar melhor o Enoturismo. Acredito que estamos a fazer um trabalho pioneiro nessa área”.
Qualquer profissional do sector, associado ou não da APENO, poderá assistir ao debate. O formulário de inscrição encontra-se AQUI.
Enoturismo de Outono: Depois da vindima, o descanso…
Numa altura em que as vindimas ou já acabaram, ou estão quase no fim (dependendo da região e do tipo de vinho), chegou uma nova fase do enoturismo: relaxar, de copo na mão. As vantagens do enoturismo no Outono e Inverno são várias, sobretudo porque estamos em “época baixa”, o que se traduz em menos […]
Numa altura em que as vindimas ou já acabaram, ou estão quase no fim (dependendo da região e do tipo de vinho), chegou uma nova fase do enoturismo: relaxar, de copo na mão. As vantagens do enoturismo no Outono e Inverno são várias, sobretudo porque estamos em “época baixa”, o que se traduz em menos gente e preços geralmente mais baixos, mas também por toda a magia que só estas estações podem trazer, como a paleta de cores quentes, do vermelho ao castanho, que invade as vinhas, ou o cheiro a lareira e fumeiro que paira no ar, e também a paz que transmite o descanso dos vinhos numa sala de barricas ou de tonéis. Aqui ficam cinco sugestões de destino, com e sem alojamento, para os enófilos “fugirem” do buliço do dia-a-dia, nesta época que agora se inicia.
Texto: Mariana Lopes Fotos: D.R.
VINHO VERDE
Quinta da Lixa/Monverde Wine Experience Hotel
O Monverde Wine Experience Hotel pertence à Quinta da Lixa (Vila Cova da Lixa, concelho de Felgueiras) e localiza-se apenas a 2,5km desta, em linha recta, na Quinta de Sanguinhedo, em Telões, Amarante. Embora a Quinta da Lixa tenha já um bom programa de provas e visitas, é no Monverde que a oferta premium de enoturismo tem lugar, com a vantagem de estarmos perante um alojamento de luxo, que inclui SPA (centrado na vinoterapia) e um restaurante ao mesmo nível. Aqui, há seis provas de vinho — que vão dos 18 aos 60 euros por pessoa — e cinco experiências, mas apenas uma, bastante “family friendly”, está disponível na época Outono/Inverno.
PROVAS
- Wines with Character (€18 pax): prova de 3 vinhos, harmonizada com produtos regionais, que pretende contar a história da cultura vinícola da região dos Vinhos Verdes.
- Taste the Vine (€25 pax): prova de 5 vinhos varietais, para reforçar o conhecimentos sobre o perfil das castas tradicionais da região.
- Notes of Legacy & Terroir (€30 pax): prova de 5 vinhos “ícone” da casa, que convidam a mergulhar na história da família proprietária e a conhecer a actual geração.
- Winemaker Barrel & Vine Sessions (€40 pax): prova centrada na visão do enólogo da Quinta da Lixa, onde são apresentados “vinhos de barrica, de edição limitada, e de vinhas específicas, que representam alguns dos projectos mais ambiciosos de Carlos Teixeira”.
- Exclusive Limited Editions (€60 pax): prova com 3 vinhos de edições muito limitadas, que “mostram uma nova era na produção de vinho da região, a que resiste à urgência de consumo de novas colheitas”.
- Family Tasting Experience (€15 por adulto, €3 por criança até aos 12 anos): prova dedicada à família, 3 vinhos para os adultos e, para as crianças, sumos com os aromas dos vinhos apresentados.
EXPERIÊNCIA DE OUTONO
- Wine Blending & Sensory Experience (€40 pax): a clássica experiência “enólogo por um dia”, onde o visitante cria o seu próprio vinho. Começa no Túnel dos Aromas, um espaço para aprender sobre os aromas dos vinhos da região, seguindo-se prova de cada casta isolada, para depois medir quantidades e misturar. No final, o visitante engarrafa e rolha o seu vinho, coloca a cápsula e personaliza o rótulo.
Monverde Wine Experience Hotel
Website: www.monverde.pt
Localização: Quinta de Sanguinhedo 166, Castanheiro Redondo
4600-761 Telões, Amarante
Contactos: +351255143100 / geral@monverde.pt
DOURO
Quinta de Ventozelo
No concelho de São João da Pesqueira, entre o Pinhão e Ervedosa do Douro, a Quinta de Ventozelo estende-se por uma totalidade de 400 hectares, 200 de vinha. Nos últimos anos, a empresa tem feito grandes investimentos não só a nível da produção, mas também na sua oferta hoteleira e de enoturismo. Hoje, a propriedade tem 29 quartos (recentemente reabilitados, distribuídos por sete edificações distintas), o restaurante e wine bar Cantina de Ventozelo (consultoria do chef Miguel Castro e Silva), provas de vinho (com preços dos 14 aos 40 euros), 7 percursos pedestres com extensões e graus de dificuldade variados e audio-guia (€25), experiências na natureza e actividades cinegéticas, como caçadas fotográficas. No Outono, é também possível participar na apanha da azeitona. Mas é no mais recente Centro Interpretativo/Núcleo Museológico que reside a individualidade e inovação do enoturismo da Quinta de Ventozelo…
CENTRO INTERPRETATIVO/NÚCLEO MUSEOLÓGICO
Este centro, inserido num edifício da quinta construído no século XVIII, foi criado para proporcionar aos visitantes um conhecimento mais aprofundado da região do Douro — do seu património natural, material e imaterial — através de uma experiência sensorial de descoberta de Ventozelo e da sua história. Natalia Fauvrelle, museóloga responsável pelo Centro Interpretativo, explica: “Procurou-se um discurso expositivo, que combinasse o lúdico com o conhecimento e com o rigor científico. Por exemplo, os retratos dos proprietários da Quinta no século XVIII são expostos mostrando o cuidado que houve no seu estudo e restauro. Depois, temos experiências tão simples como andar, a subir e descer dentro do percurso da exposição, de modo a ter a perceção dos declives de que é feita a quinta, e toda a região. Segue-se o mais tradicional desafio de apreensão de aromas e um espaço onde o visitante se pode sentar e contemplar o céu ao longo do dia. Também há um espaço onde se pode ouvir Ventozelo, o silêncio e os seus sons característicos”. Segue-se um passeio que contempla também a capela de Nossa Senhora dos Prazeres, os lagares e a adega, o alambique, as hortas biológicas, os pomares e o jardim das aromáticas, onde também se pode provar o Gin de Ventozelo). Tudo isto é feito com audio-guia e inclui prova de dois vinhos do Porto e um do Douro.
PROVAS
- Descoberta: prova de 3 (€14 pax) ou 6 vinhos (€22 pax), para descobrir Ventozelo, com vinhos varietais e de entrada de gama.
- 200 Hectares: prova de 4 (€17 pax) ou 8 vinhos (€28 pax) varietais.
- Reserva: 5 vinhos (€23 pax) da categoria Reserva, um rosé, dois brancos e dois tintos.
- Prova Especial de Vinhos DOC Douro: 4 vinhos ícone de Ventozelo (€40 pax).
- Enigma: prova cega de 4 vinhos da casa (€20 pax).
- Prova das Cores de Vinho do Porto: 4 vinhos do Porto da marca Porto Cruz (€21 pax).
- Prova Especial de Vinhos do Porto: 5 vinhos do Porto de gamas superiores e das marcas Dalva, Porto Cruz e Quinta de Ventozelo (€40 pax).
- Cominação Ventozelo: prova de um branco, um tinto e um rosé, harmonizada com três sabores da quinta, azeite, azeitonas e pão (€20 pax).
Quinta de Ventozelo
Website: www.quintadeventozelo.pt
Localização: Ervedosa do Douro
5130-135 S. João da Pesqueira
Contactos Enoturismo: +351254732167 / hotel@quintadeventozelo.pt
LISBOA
Quinta do Sanguinhal/Quinta das Cerejeiras
No Bombarral, a família Pereira da Fonseca detém três propriedades desde o início do século XX, totalizando 140 hectares, sob a “umbrela” Companhia Agrícola do Sanguinhal: Quinta do Sanguinhal, Quinta das Cerejeiras e Quinta de S. Francisco. Nestas três propriedades, a família sempre produziu vinho, vinificando as quintas separadamente, nas respectivas adegas. Mais recentemente, a empresa criou programas de enoturismo para as Quintas do Sanguinhal e das Cerejeiras, focados em proporcionar uma descoberta não só de carácter vínico, mas também histórico, religioso e arquitectónico. Todos os programas podem ser reservados e pagos directamente no website da Companhia Agrícola do Sanguinhal, o que é muito prático.
QUINTA DO SANGUINHAL
Esta propriedade proporciona uma visita completa e guiada (+ prova de vinhos), que passa pelos jardins do século XIX, pelas vinhas, pela destilaria do séc. XIX (onde se produziram aguardentes vínicas e bagaceiras durante 100 anos), por “um dos maiores e mais antigos lagares da Península Ibérica” (com prensas de fuso e vara, a mais antiga a datar de 1871), e pela cave de envelhecimento, “uma das mais antigas da região de Lisboa ainda em utilização” com 36 tonéis de carvalho português e mogno. Aqui, há duas variações do programa:
- Visita e prova (€30 pax): com duração de uma hora e meia, a visita antecede uma prova de 6 vinhos Sanguinhal — brancos, rosés, tintos e um licoroso — acompanhada de tostas, queijo de mistura regional e mini pastel de nata.
- Visita, prova e refeição (€60 pax): semelhante à anterior, mas com uma refeição servida em buffet, confeccionada pela equipa da quinta. Por mais €6,50, poderá alterar-se a ementa base consoante intolerâncias ou dietas específicas. A duração é de 3 horas.
QUINTA DAS CEREJEIRAS
A visita, com prova de vinhos, da Quinta das Cerejeiras, contempla o exterior da casa de Abel Pereira da Fonseca (fundador da Companhia Agrícola do Sanguinhal), projetada pelo arquitecto Norte Junior (primeira metade do século XX), a capela Madre de Deus (século XVI) com as paredes e abóbada forradas a azulejos do século XVII, o jardim da casa e o núcleo museológico, composto por uma adega com tonéis de carvalho e vários objectos e equipamentos antigos, ligados à história da produção de vinho da empresa. No momento da escrita deste artigo, estava disponível uma modalidade: visita guiada e prova de 2 vinhos da Quinta das Cerejeiras, com duração de 30 a 45 minutos (€5 pax).
Website: www.sanguinhal.pt
Localizações:
2540-216 Bombarral
Quinta das Cerejeiras
2544-909 Bombarral
Contactos Enoturismo: +351262609199 / +351914493231 / enoturismo@sanguinhal.pt / ana.reis@sanguinhal.pt
PENÍNSULA DE SETÚBAL
Casa Museu José Maria da Fonseca
A José Maria da Fonseca foi fundada há mais de 180 anos, estando hoje na sétima geração da família Soares Franco. A sua Casa Museu, em Vila Nogueira de Azeitão, actual local do enoturismo da empresa, foi residência da família até aos anos 70, tendo sido construída no século XIX e restaurada em 1923, pelo arquitecto suíço Ernesto Korrodi. Visitá-la, é também entrar em toda a mística da produção e estágio dos moscatéis, onde os cheiros e e as madeiras velhas combinam na perfeição com a estação outonal. Há muitas e distintas provas disponíveis, e todas incluem a visita, que tem início na Sala Museu, com uma breve explicação sobre a história da empresa, seguindo-se passagem pelo jardim e descoberta das três adegas: a Adega da Mata, onde estagia o vinho Periquita; a Adega dos Teares Novos, palco da Confraria do Periquita; e a Adega dos Teares Velhos, onde repousam os moscatéis mais antigos da José Maria da Fonseca.
Há várias modalidades de prova que conjugam vinhos brancos, tintos e Moscatéis de Setúbal: as Premium, dos 8 aos 19 euros; e as Super Premium, dos 18 aos 36 euros. Mas são as Provas Especiais, o Programa Família e a Experiência “Um dia com a nossa Família”, que se destacam neste Outono.
PROVAS ESPECIAIS (incluem visita):
- 3 Moscatéis de Setúbal (€18 pax): prova de 3 vinhos Moscatel de Setúbal da Colecção Privada do enólogo Domingos Soares Franco. Um Roxo, um Moscatel com Armagnac e um Moscatel com Cognac.
- 3 Tintos/3 Regiões (€29 pax): 3 tintos super premium, um da Península de Setúbal, um do Alentejo e um do Douro).
- Moscatéis Especiais (€100 pax): prova de 3 Moscatéis de Setúbal de topo, Alambre 20 Anos, Alambre 40 Anos e Trilogia (um blend dos anos 1900, 1934 e 1965).
- Sabores da Terra (€50 pax): prova de 2 brancos premium, 2 tintos premium e 1 Moscatel de Setúbal premium, acompanhada de caldo verde com broa de milho ou gaspacho, patês variados, queijos e enchidos, tortas de Azeitão, “esses” de Azeitão, pães e tostas. Com vinhos super premium, o valor passa para €57.
PROGRAMA FAMÍLIA:
- Visita guiada, seguida de prova de 2 vinhos premium para os adultos (1 tinto e 1 Moscatel) e 2 sumos para as crianças, acompanhados de queijos, enchidos, azeite e pão regional, com oferta de lápis de cor e desenhos para os mais pequenos. O preço para 2 adultos + 2 crianças (dos 2 aos 17 anos) é €35, com possibilidade de adulto extra por €12 ou criança extra por €5.
EXPERIÊNCIA “UM DIA COM A NOSSA FAMÍLIA”:
- O programa mais exclusivo de todos (preço sob consulta), que contempla visita guiada à Casa Museu, seguida de prova de 6 vinhos e almoço ou jantar na presença de um dos elementos da família Soares Franco. O menu da refeição é escolhido pelo cliente, e inclui “welcome drink”, entrada, prato e sobremesa, com selecção de vinhos personalizada.
Casa Museu José Maria da Fonseca
Website: www.jmf.pt
Localização: Rua José Augusto Coelho 12A
2925-538 Azeitão
Contactos Enoturismo: +351212198940 / enoturismo@jmfonseca.pt
ALENTEJO
Herdade do Rocim
A Herdade do Rocim é já uma referência incontornável da região da Vidigueira, quer pela qualidade e diversidade dos vinhos como pela beleza da propriedade e da sua moderna (mas perfeitamente integrada na paisagem) adega. A oferta de enoturismo do Rocim, por sua vez, convida a imergir na cultura vitivinícola tradicional alentejana, com propostas muito interessantes e originais, entre as quais se destaca a Amphora Wine Tour e a sugestão do produtor para esta estação: Brunch de Outono ou Bucha Alentejana de Outono.
PROVAS:
- Prova de vinhos com tábua alentejana (€25 pax): 4 vinhos Herdade do Rocim, acompanhados de selecção de queijos e enchidos alentejanos.
- Vinhos de ânfora/talha com tábua alentejana (€30 pax): uma prova para conhecer os métodos tradicionais e modernos de produção de vinhos de talha, com uma selecção de queijos e enchidos alentejanos.
- Bucha alentejana com vinhos Herdade do Rocim (€40): uma experiência vínica com selecção de petiscos tradicionais alentejanos em buffet.
BRUNCH DE OUTONO OU BUCHA ALENTEJANA DE OUTONO:
- Programa para degustar a paisagem e desfrutar de um brunch de Outono (€30 pax, mín. 2 pessoas), com iguarias típicas da época, harmonizadas com vinhos inspirados no Chapim, uma ave colorida que visita diariamente o Rocim. Está disponível nos sábados de Outubro, Novembro e Dezembro, a partir das 11h.
AMPHORA WINE TOUR:
- Neste novo programa (€115 pax), a Herdade do Rocim leva os visitantes num tour, entre Cuba e Vidigueira, pelos produtores de Vinho de Talha que, segundo a empresa, “mantêm a essência deste método secular de produção de vinhos”. Pelo meio, provam-se os vinhos e os petiscos da região.
Herdade do Rocim
Website: www.rocim.pt
Localização: Estrada Nacional 387
7940-909 Cuba
Contactos Enoturismo: enoturismo@herdadedorocim.com / +351935683517
19|90 Premium Wines: Santar volta ao mapa
A 19|90 Premium Wines, divisão de vinhos topo de gama da Global Wines, assina agora o mais recente projecto de enoturismo do grupo, no Dão: WineX, um conjunto de experiências que promete fazer de Santar a nova coqueluche da região. Texto: Mariana Lopes Fotos:1990 Premium Wines Quem conhece a vila e a zona de Santar, […]
A 19|90 Premium Wines, divisão de vinhos topo de gama da Global Wines, assina agora o mais recente projecto de enoturismo do grupo, no Dão: WineX, um conjunto de experiências que promete fazer de Santar a nova coqueluche da região.
Texto: Mariana Lopes Fotos:1990 Premium Wines
Quem conhece a vila e a zona de Santar, até se pergunta “como é que isto não está cheio de gente?”. A resposta é simples: por muito bonita que seja a paisagem, natural e urbana, se não houver actividades interessantes e chamativas, as pessoas não chegam a saber que o sítio existe. Foi com consciência disto mesmo que a 19|90 Premium Wines — divisão de vinhos topo de gama da Global Wines, que integra as marcas Vinha do Contador e Casa de Santar (Dão), Encontro (Bairrada) e Saturno (Alentejo) — decidiu agir. Com direcção-geral de Vítor Castanheira, também administrador da Global Wines, a 19|90 contratou, recentemente, Marisol Benites para o cargo de directora da unidade de negócio e responsável de enoturismo. Contratação de peso, Marisol tem no currículo passagens por casas como o grupo Vranken-Pommery Monopole (que detém a Rozès), Symington Family Estates ou Sandeman (antes desta ser adquirida pela Sogrape), onde geriu marcas e integrou equipas de enoturismo. Sob a sua coordenação, a 19|90 Premium Wines começou a desenvolver um novo projecto de enoturismo, sério e profissionalizado, mas sobretudo adaptado ao perfil de enoturista que consome vinhos e experiências segmento premium, condizentes com o potencial de Santar. “Autenticidade com patine e requinte”, resume assim Marisol Benites as WineX (Wine Experiences), que são uma das fases de investimento da 19|90 no enoturismo, (a par da construção de um “wine center”) e nas instalações de vinificação e estágio, que serão reabilitadas gradualmente.
Girando em torno das adegas e vinhas da Casa de Santar (são cerca de 113 hectares, de um total de 200 no Dão), e das vinhas e do restaurante do Paço dos Cunhas — antiga casa senhorial com quatro séculos — as WineX dividem-se pelos níveis Standard, Prestige, Gold e Platinum, e não incluem apenas as habituais provas de vinho e espumantes (da enologia de Osvaldo Amado) e visitas às adegas. Essas também há, a começar nos 20 euros por pessoa, mas as estrelas são, por exemplo, o programa Santar Gold (€90 pax), com visita guiada aos jardins do Paço dos Cunhas e à emblemática Vinha do Contador, passeio de jipe pelas vinhas da Casa de Santar e até ao alto da Vinha dos Amores, um local tão romântico quanto o nome sugere, e prova de vários vinhos Casa de Santar harmonizados com tábua beirã; o Pic-Nic Beirão (€55 pax), actividade intimista com iguarias do chef Henrique Ferreira (responsável pelo restaurante Paço dos Cunhas) que também inclui visita guiada ao Paço e passeio de jipe ao redor da Casa de Santar; ou o Almoço Beirão no Sobreiro (€120 pax, mínimo de 10), uma luxuosa, mas autêntica, refeição de 5 horas à sombra do centenário sobreiro que faz companhia às vinhas do produtor, preparada pelo chef Henrique, com o seu sub-chef Alberto Correia, que explica que este almoço é inspirado “no que se trazia para comer no trabalho da vinha, e feito com produtos locais, de fornecedores próximos”. Para servir os vinhos da 19|90 Premium Wines, entra em cena André João, sommelier e chefe de sala do restaurante Paço dos Cunhas. Igualmente, esta experiência inclui a visita e passeio de jipe, que culmina na chegada ao sobreiro.
Adicionalmente, o restaurante do Paço dos Cunhas de Santar inaugurou a carta de Verão que, além das opções à carta — onde constam reinvenções das estivais Sardinhas Assadas com Pimentos, dos Peixinhos da Horta e da Bifana no Pão; ou pratos de peixe como Massa Fresca de Lingueirão à Bolhão Pato, Arroz Caldoso de Polvo e Caldeirada de Peixes; e os de carne Frango do Campo de Fricassé, Barriga de Porco com Beterraba e Couve ou Bife de Cebolada — apresenta três menus de degustação: “Origens” (€27,50 pax ou €36,50 com harmonização de vinhos), “Santar” (€35 ou €50) e o menu “Do Chef” (€57,50 ou €82,50).
“Nesta área do enoturismo, o nosso objectivo foi criar experiências que permitissem avaliar o vinho no seu contexto original, perceber as suas diferenças, a sua história e a sua personalidade, associando-o à gastronomia, ao património, à cultura e à riqueza da região. Queremos que os nossos clientes conheçam bem os nossos vinhos, associando-os a experiências inesquecíveis”, esclarece Vítor Castanheira. Também a Quinta do Encontro, na Bairrada, e a Herdade Monte da Cal, no Alentejo, foram, e serão, alvo de investimento nesta área.
(Artigo publicado na edição de Setembro de 2022)