Granvinhos adquire Quinta de S. Salvador da Torre nos Vinhos Verdes

Granvinhos Vinhos Verdes

A Granvinhos anunciou a ampliação da sua presença noutras regiões vitivinícolas do país, com a aquisição de uma propriedade de 37 hectares na região dos Vinhos Verdes, a Quinta de S. Salvador da Torre. Este investimento foi, segundo a empresa, resultado de meses de negociações com o Grupo Soja de Portugal, ao qual a Granvinhos […]

A Granvinhos anunciou a ampliação da sua presença noutras regiões vitivinícolas do país, com a aquisição de uma propriedade de 37 hectares na região dos Vinhos Verdes, a Quinta de S. Salvador da Torre. Este investimento foi, segundo a empresa, resultado de meses de negociações com o Grupo Soja de Portugal, ao qual a Granvinhos comprou a Agromar S.A., que detém a Quinta de S. Salvador da Torre, no Vale do Lima, concelho de Viana do Castelo.

A Quinta de S. Salvador da Torre, também conhecida como Quinta de Santo Isidoro, localiza-se na margem direita do rio Lima e tem mais de 400 anos de existência. “Uma propriedade agrícola impressionante, com uma casa senhorial datada de 1685”, revela a Granvinhos. Com 30 hectares de vinha, das castas Loureiro e Alvarinho, a quinta beneficia, segundo a Granvinhos, da brisa marítima característica do Vale do Lima, apresentando condições edafo-climáticas excepcionais.

Granvinhos Vinhos Verdes

A Granvinhos manterá o modelo de exploração desta propriedade dos Vinhos Verdes, em parceria com o enólogo Anselmo Mendes, que já era adoptado pela Agromar. Concretiza-se, assim, o primeiro projecto conjunto entre o enólogo e o director-geral da Granvinhos, Jorge Dias, alavancado por uma amizade de mais de 30 anos. Juntos pretendem explorar o potencial da casta Loureiro e a localização privilegiada da quinta, trabalhar na requalificação patrimonial da propriedade e, previsivelmente em 2024, lançar um novo vinho Loureiro.

“Acredito no futuro do Vinho Verde, em particular das castas Alvarinho e Loureiro, produtos bem-adaptados aos novos tempos e hábitos de consumo. No entanto, é necessário valorizar a ligação desses vinhos às respectivas zonas de produção, bem como à dieta atlântica, na qual Portugal tem uma oferta única”, afirma Jorge Dias.

Grupo Gran Cruz cresce e agora chama-se Granvinhos

Granvinhos

Granvinhos é a nova denominação do grupo até agora apelidado de Gran Cruz. A recente designação decorre do processo de fusão por incorporação das empresas C. da Silva e Companhia União dos Vinhos do Porto e Madeira, na Gran Cruz Porto, agora redenominada para Granvinhos. “Esta fusão enquadra-se numa estratégia de racionalização e crescimento do […]

Granvinhos é a nova denominação do grupo até agora apelidado de Gran Cruz. A recente designação decorre do processo de fusão por incorporação das empresas C. da Silva e Companhia União dos Vinhos do Porto e Madeira, na Gran Cruz Porto, agora redenominada para Granvinhos. “Esta fusão enquadra-se numa estratégia de racionalização e crescimento do grupo”, revela a Granvinhos, em comunicado de imprensa, que adianta ainda: “Na sequência deste processo, todas as actividades de produção e comercialização de vinhos, bem como da distribuição das bebidas espirituosas da La Martiniquaise em Portugal, passam a estar concentradas no grupo Granvinhos”.

Contudo, esta alteração da denominação não afecta individualmente as designações comerciais das marcas já existentes e de maior destaque dentro das empresas fusionadas: Porto Cruz, Porto Dalva, Porto Presidential e C. da Silva mantêm os seus nomes no mercado.

Mas não é só o novo nome que o grupo agora comunica, há também aquisições importantes e recentes, que vão permitir, além do reforço da presença nas regiões onde o grupo já opera, a expansão para outras Denominações de Origem. Através da aquisição de 60% do capital social da Vicente Faria Vinhos S.A., a Granvinhos passa a deter o controlo accionista desta empresa, “a segunda maior empresa exportadora de vinhos do Douro”, refere o grupo. Adicionalmente, é com esta compra que a Granvinhos inicia a comercialização de Vinho Verde e vinho de Lisboa, num total de mais de 4 milhões de garrafas por ano.

A Granvinhos adquiriu, ainda, uma marca às Caves Borlido, “Albergaria”, criada em 1972, que comercializa dois dos licores portugueses mais populares no mercado nacional: o Licor de Amêndoa Amarga e o Licor de Ginja, com vendas superiores a um milhão de garrafas por ano.

“Na forja está ainda a construção de uma moderna adega, eficiente e sustentável, na Quinta do Cedro, no Rodo, em Peso da Régua. Trata-se de um centro de vinificação dotado de capacidade para vinificar mais de 8 mil toneladas de uva, com tecnologia adaptada à produção quer de vinho do Douro, quer do Porto. O projecto pretende ainda dar resposta ao referencial de sustentabilidade ambiental, económico e social, com que a empresa se quer comprometer. Esta adega insere-se na Agenda Mobilizadora para a Inovação Empresarial ‘Vine and Wine Portugal’, que a Granvinhos lidera no âmbito do Plano de Recuperação e Resiliência português (PRR)”, adianta o grupo, no mesmo comunicado de imprensa.