Chefs portugueses criam receitas para aproveitar sobras do Natal

Tia Cátia, José Avillez, Kiko Martins e Rui Paula são os Chefs portugueses que estão Unidos Contra o Desperdício, movimento que tem como objectivo reaproveitar a ceia de Natal para fazer novos pratos, evitando assim que a comida acabe no lixo. Tendo em conta que, em média, ⅓ das refeições natalícias são desperdiçadas, cada um […]

Tia Cátia, José Avillez, Kiko Martins e Rui Paula são os Chefs portugueses que estão Unidos Contra o Desperdício, movimento que tem como objectivo reaproveitar a ceia de Natal para fazer novos pratos, evitando assim que a comida acabe no lixo.

Tendo em conta que, em média, ⅓ das refeições natalícias são desperdiçadas, cada um destes Chefs criou uma receita criativa e fácil, para transformar as sobras da quadra em algo novo.

A açorda de bacalhau é explicada de forma muito simples pelo Chef Rui Paula. Igualmente simples é o Strudle de Bacalhau e Couve com Chouriço da autoria do Chef José Avillez. Os Croquetes de Leitão da Tia Cátia apresentam um toque de inovação e para finalizar o Bread Puddin de “Bolo Rei” do Chef Kiko introduz uma solução muito prática para reaproveitar as sobras de Bolo Rei até à última migalha. 

O movimento Unidos Contra o Desperdício nasceu no Dia Mundial de Consciencialização para as Perdas e o Desperdício Alimentar, 29 de Setembro, instituído este ano.

Para Francisco Mello e Castro, deste movimento, “o Natal, que é por tradição momento de união e de encontro da família e amigos, terá este ano de ser reinventado por todos, à luz de uma brutal pandemia que há mais de nove meses nos obriga ao distanciamento social. À boleia dessa reinvenção que todos precisamos de fazer, e porque neste Natal muitas pessoas passarão ainda mais dificuldades, acreditámos que este seria o momento ideal para desafiar os portugueses a unirem-se contra o desperdício, reaproveitando as suas ceias de Natal, evitando dessa forma que alimentos em perfeitas condições de consumo acabem no lixo, como já é habitual nesta época festiva”.

As quatro receitas deste movimento podem ser visualizadas e descarregadas aqui.

O jantar mais exclusivo do país, a 3 de Outubro no Ritz

Sala Secret Room Ritz

Uma sala no 10º andar especialmente escolhida para o evento, a Secret Room, num dos hotéis mais exclusivos do país, o Ritz. Pratos feitos à medida e confeccionados por dois dos chefes mais conceituados de Portugal, Henrique Sá Pessoa (restaurante Alma) e José Avillez (do Belcanto). Que contam com a cozinha e o staff de […]

Uma sala no 10º andar especialmente escolhida para o evento, a Secret Room, num dos hotéis mais exclusivos do país, o Ritz. Pratos feitos à medida e confeccionados por dois dos chefes mais conceituados de Portugal, Henrique Sá Pessoa (restaurante Alma) e José Avillez (do Belcanto). Que contam com a cozinha e o staff de Pascal Maynard, o chef do Ritz. E não esquecer um conjunto de vinhos a fazer harmonia com as iguarias (ainda em segredo). O remate final da refeição ficará a cargo de Diogo Lopes, sous chef de pastelaria do Ritz. Não há grandes limites à exclusividade e, como tal, o preço é também exclusivo para cada um dos 20 lugares disponíveis: 350 euros.
Esta é a terceira edição do que aquilo que a Amuse Bouche, agência responsável pela comunicação do Ritz’s Secret Room e do festival Sangue na Guelra, considera serem “os jantares mais confidenciais da cidade”. As duas anteriores edições incluíram Eneko Atxa (Azurmendi, Espanha) e Alex Atala (D.O.M, Brasil). As reservas podem ser efectuadas para o e-mail reservas@sanguenaguelra.pt

Belcanto de Avillez nos 50 Melhores Restaurantes do Mundo

avillez

Agora no 42º lugar da lista, José Avillez vê o seu Belcanto, de Lisboa, na afamada lista dos 50 Melhores Restaurantes do Mundo. Segundo o jornal Público, a lista é liderada agora pelo francês Mirazur, seguido pelo Noma, na Dinamarca, e pelo espanhol Asador Etxebarri. A gala teve lugar em Singapura, há apenas algumas horas […]

Agora no 42º lugar da lista, José Avillez vê o seu Belcanto, de Lisboa, na afamada lista dos 50 Melhores Restaurantes do Mundo. Segundo o jornal Público, a lista é liderada agora pelo francês Mirazur, seguido pelo Noma, na Dinamarca, e pelo espanhol Asador Etxebarri.

A gala teve lugar em Singapura, há apenas algumas horas atrás, com José Avillez e David Jesus (o seu número dois) presentes. O Público revelou também que ambos receberam a distinção e que a apresentadora da cerimónia salientou o “menu inspirado pela rica história de Portugal”.

Neste momento, o Belcanto é o único restaurante português na lista que, apesar do nome, contempla 120 estabelecimentos.

A cantina luminosa de Avillez

A cidade de Lisboa está quase a ganhar uma praça nova. O Campo das Cebolas foi requalificado e o chef português mais consagrado pôs lá uma lança. Bem-vindos à Cantina Zé Avillez. TEXTO Ricardo Dias Felner FOTOS Cortesia José Avillez Já não há dedos das mãos para contar os restaurantes com a assinatura de José […]

A cidade de Lisboa está quase a ganhar uma praça nova. O Campo das Cebolas foi requalificado e o chef português mais consagrado pôs lá uma lança. Bem-vindos à Cantina Zé Avillez.

TEXTO Ricardo Dias Felner
FOTOS Cortesia José Avillez

Já não há dedos das mãos para contar os restaurantes com a assinatura de José Avillez. O mais recente fica no renovado Campo das Cebolas e é uma boa opção numa zona povoada de fraudes turísticas.
A ideia é servir “cozinha familiar e simples, num ambiente muito informal”, segundo a comunicação do restaurante. Numa visita recente, a clientela oscilava entre turistas informados disponíveis para um almoço primaveril por 25 euros e executivos e governantes dos ministérios vizinhos do Terreiro do Paço, mesmo ali ao lado. Ou seja, informal sim, mas não se via ninguém de meia e chinelo.
Até porque, lá dentro, estamos de facto em espaço sem atoalhados (recorre-se ao individual de papel), mas temos design, como acontece sempre nos restaurantes do grupo, pelo atelier Anahoryalmeida, de Ana Anahory e Felipa Almeida. O ambiente é luminoso, com grandes janelões, e pesca elementos populares, como o azulejo, e outros popular-chique, como a louça de Bordallo Pinheiro. Cá fora há uma esplanada em zona pedonal, também ela recente.Mas vamos para a mesa. A carta é uma mistura de pratos tradicionais e outros usando produtos portugueses, mas importando aromas e técnicas de fora. Uma refeição pode começar com uns pastéis de bacalhau clássicos, com uma mostarda clássica; passar para um tataki de carapau picante com pera abacate (o peixe cru cortado em cubos), seguir por uns ovos verdes de influência asiática, passar pelo escabeche de pato com batata palha e acabar um tradicional bitoque ou numas iscas.
Para sobremesa, Avillez foi buscar uma das suas criações doces mais conhecidas, a avelã ao cubo, originária do Cantinho do Avillez, um copo com várias texturas, com uma mousse fofa e leve e pedrinhas de flor de sal à superfície.
Uma das grandes apostas acontece, contudo, só ao fim-de-semana. O cozido à portuguesa tem um preço de 25 euros e inclui um festim carnívoro, tratado com delicadeza. Inclui carnes fumadas (barriga de porco, pernil, orelha e faceira) e carnes salgadas com 24 ou 48 horas de antecedência (aba de novilha, entrecosto e mãozinhas de vitela).
Nos enchidos, há farinheira de Mação, morcela de sangue, morcela de porco preto e chouriço. Tudo devidamente cortado com os típicos legumes (couve-lombarda, couve-penca, nabo, cenoura, batata), feijão branco e arroz, num caldo perfumado de hortelã.
O cozido custa 25 euros e só é servido de Outubro a Maio, antes de o calor começar a apertar. Despache-se.

Cantina Zé Avillez
R. Arameiros 15 (Campo das Cebolas), Lisboa
215 807 625
Seg-Dom. 12h00-00h00

Edição Nº13, Maio 2018

José Avillez premiado pela Academia Internacional de Gastronomia

José Avillez

Trata-se do “Grand prix de l’Art de la cuisine” e é considerado o prémio máximo da Academia Internacional da Gastronomia. O chefe José Avillez (do restaurante Belcanto) é o primeiro português a conseguir esta distinção, que já coube, desde 1990, a alguns dos mais conhecidos chefes do mundo. Recorde-se que o Belcanto de José Avillez […]

Trata-se do “Grand prix de l’Art de la cuisine” e é considerado o prémio máximo da Academia Internacional da Gastronomia. O chefe José Avillez (do restaurante Belcanto) é o primeiro português a conseguir esta distinção, que já coube, desde 1990, a alguns dos mais conhecidos chefes do mundo. Recorde-se que o Belcanto de José Avillez possui duas estrelas Michelin e que a terceira poderá estar agora mais próxima. Seria também a primeira vez que tal acontecia em Portugal…

Portugal esteve representado na Assembleia Geral da Academia Internacional pela Academia Portuguesa de Gastronomia, a qual se congratulou efusivamente com este prémio.
Foram ainda distinguidos Pedro Pena Bastos (Chef de l’Avenir), Gabriela Marques (Prix au Sommelier), George Mendes com o livro “My Portugal” (Prix de Literature Gastronomique) e Leonardo Pereira com o programa de televisão “Chef de Raiz” (Prix Multimedia).