Lista de Compras: Gourmet da Vila – Orgulho em ser português
Chama-se Gourmet da Vila e é uma loja gourmet/vinhos que apenas tem produtos nacionais. Deverá ser inédito, mas é um facto que não só existe, como está a singrar no mercado nacional e… mundial. TEXTO António Falcão FOTOS Ricardo Gomez Daniel Rocha não tinha nada a ver com vinhos nem com produtos gourmet. Pelo menos […]
Chama-se Gourmet da Vila e é uma loja gourmet/vinhos que apenas tem produtos nacionais. Deverá ser inédito, mas é um facto que não só existe, como está a singrar no mercado nacional e… mundial.
TEXTO António Falcão
FOTOS Ricardo Gomez
Daniel Rocha não tinha nada a ver com vinhos nem com produtos gourmet. Pelo menos não como profissional. Durante a juventude, nem sequer se podia ‘esticar’ na comida e bebida, porque era atleta profissional. Natural de Vila Boim, vila do concelho de Elvas, Daniel foi guarda-redes da equipa de futebol do Campo Maiorense. Já aposentado da profissão, decidiu mudar de vida, veio para a capital e tornou-se personal trainer num ginásio. De fácil relacionamento, Daniel passou a oferecer produtos da sua terra aos clientes, cimentando relações e expandindo os seus contactos na capital. Rapidamente começaram os pedidos de azeite, queijos, enchidos, etc.
Seria caso para dizer que Daniel ajudava os clientes a emagrecer, por outro, mas por outro enchia-os de coisas boas e que às vezes engordam (risos). Seja como for, esta aparente sinergia deu bons resultados. Pelo meio, Daniel decidiu ainda dedicar-se aos estudos. Cursou assim Gestão de Empresas, mas nunca perdeu a ligação à terra natal. Quando chegou a altura de escolher um tema para o trabalho de uma das cadeiras, a decisão foi por isso relativamente fácil: criar de raiz uma empresa que se dedicasse ao comércio de produtos gourmet. De projecto de curso até à realidade, a empresa acabou depois por surgir em 2013 e continuou a crescer pouco a pouco. “Afinal já tinha produtos de alta qualidade, de pequenas regiões e clientes com interesse na aquisição e poder de compra. Ora, são produtos de pequenos produtores, difíceis de arranjar (só indo lá); eu iria servir de ‘elo de ligação’”, diz-nos Daniel. Como vários clientes tinham empresas, surgiram os cabazes de Natal, área onde a empresa fez um grande trabalho de personalização e criatividade. “Não temos tantos produtos, temos menos, mas de alta qualidade, e conseguimos fazer diferente todos os anos”, refere o proprietário. Ainda hoje é uma das forças da empresa e tem um catálogo próprio, com uma imagem muito caprichada.
A coisa correu tão bem que há cerca de dois anos Daniel teve de arranjar mesmo uma loja física de boas dimensões. Encontrou este espaço, ao pé do Sintra Retail Park, à beira da conhecida IC19, a frenética estrada que liga Lisboa a Sintra.
A ‘warehouse wine shop’ de Daniel
Chegar lá é relativamente fácil (viva o GPS) e parar o carro ainda mais: a loja fica encostada a uma espécie de parque de estacionamento com lugares de sobra, quase em frente à entrada. Neste aspecto existem poucas lojas em Portugal com esta facilidade. O local não é imediatamente perceptível e poucos certamente param lá de passagem. Ao lado da porta, uma série de sofás rústicos e uma mesa, tudo ao ar livre: “é para os nossos clientes poderem estar aqui a relaxar um pouco”, informa-nos Vera, companheira de Daniel e a pessoa responsável pelo cada vez mais importante marketing digital da empresa, incluindo o blog.
Entramos e quase trememos de frio. Daniel não deixa os vinhos apanhar calor e faz bem.
Olhamos em volta e detectamos que a loja não tem luxos e tudo foi feito de forma económica, prática, mas com gosto. E depois o espaço é folgado e arejado, de formato rectangular. Pela simplicidade, Daniel chama-lhe “warehouse wine shop”. Centenas de garrafas de vinho estão organizadas num móvel central, que divide a loja ao meio, e pelas prateleiras encostadas às paredes. A selecção é grande, separada por regiões e não faltam os grandes ícones vínicos nacionais.
Ao fundo, em dois espaços, os produtos alimentícios: de um lado as conservas várias, do outro, queijos e enchidos das mais diversas proveniências, arrumadas numa cave climatizada. O portefólio não é gigante, mas há de tudo um pouco, e só não há mais porque Daniel já não tem tempo disponível para viajar à procura de outros produtos por esse Portugal fora. A situação está prestes a mudar porque o proprietário está a em processo de recrutamento, para mais duas pessoas. “Quero viajar mais e levar clientes comigo, para conhecerem pequenos produtores”, diz Daniel, sempre à procura de novas ideias.
Eventos e jogos
Uma das ideias é, por exemplo, ter novidades na loja todas as sextas e sábados. Daniel acredita que isso estimula os clientes. Mas faz muito mais por isso: ele está sempre a ter ideias e encontrou uma bem engraçada a que chamou de Jogo do Vinho. Consiste numa caixa com três garrafas tapadas com um papel opaco e já sem cápsula, para manter ainda mais o anonimato. Na caixa vão seis folhas duplas com uma espécie de formulário e dicas de prova para preencher ou orientar os provadores (em português e inglês). O objectivo é, através da prova cega, tentar identificar da região até ao produtor e respectivo vinho. Acertar em tudo será quase impossível, mas o objectivo é que os jogadores se divirtam e aprendam ao mesmo tempo. Se um grupo de seis se juntar, diz Daniel, “o jogo sai a cerca de 10 euros por cabeça”. O kit tem tudo, incluindo toalhas de prova, um saca-rolhas. Não falta mesmo um envelope fechado com as respostas correctas dadas por um especialista. Só falta mesmo é o copo… O jogo do vinho está ligado ao clube do vinho, acabado de lançar. Pode consultar todas as condições no site. Mas fique ciente que Daniel já tem feito eventos na loja com este jogo e dispõe para isso de cinco mesas altas na loja.
Outros eventos com clientes na loja usam as caixas de aromas para ajudar na prova de vinhos com a presença do produtor ou enólogo.
A força do digital
A maior força de vendas na casa está, contudo, no digital. A maioria da facturação é feita on-line e, dentro desta, cerca de 70 a 80%, pasme-se, vai para o estrangeiro. O site é bilingue (português-inglês) e Daniel não tem problemas em expedir para quase todo o mundo. Na loja virtual estão cerca de 6.000 produtos, mas a grande maioria das facturas está no vinho. Diz Daniel que “não é fácil estar online, que exige um investimento constante. Não procuramos a perfeição, mas a melhoria constante, porque sentimos que o online é o futuro”.
“Um dos melhores vinhos brancos do país, elogiado por críticos e consumidores avançados”. €48,24
“Uso muito para, por exemplo, juntar a entradas ou para massas, risotto, pizzas e quiches”. €5,60
“Lote de Cordovil, Cobrançosa e Galega. É um azeite de azeitonas verdes frutado médio, complexo, muito fresco e equilibrado. Recomendo”. €10,49
“Para muitos a melhor marmelada do país, ganhando todos os anos esse reconhecimento com vários prémios; a qualidade da matéria prima faz toda a diferença.” €7,82
“Um mel de alta qualidade, mas diferente porque tem flor do sal. Pode ser usado em assados de carnes ou peixes ou confeccionar salteados de verduras. Ou finaliza saladas.” €13,52
“Projecto iniciado por um italiano. Este queijo é único e completamente diferente na forma como é feito, com textura cremosa e sabor intenso. Adoro este queijo.” €6,60
GOURMET DA VILA
Rua Retiro dos Pacatos, 10, 2635-047 Sintra
Tel. 963 488 957
www.gourmetdavila.pt
Horário: 10 às 13 e das 14 às 20, de segunda a sábado
Edição Nº30, Outubro 2019
Às compras nas avenidas novas de Lisboa
[vc_row type=”in_container” full_screen_row_position=”middle” scene_position=”center” text_color=”dark” text_align=”left” overlay_strength=”0.3″ shape_divider_position=”bottom”][vc_column column_padding=”no-extra-padding” column_padding_position=”all” background_color_opacity=”1″ background_hover_color_opacity=”1″ column_shadow=”none” column_border_radius=”none” width=”1/1″ tablet_text_alignment=”default” phone_text_alignment=”default” column_border_width=”none” column_border_style=”solid”][vc_column_text]Chama-se Néctar das Avenidas e, apesar da relativa juventude, é uma loja que tem mostrado saber singrar num mercado cada vez mais difícil. Até porque está afastada dos principais circuitos turísticos da cidade. As suas valências são […]
[vc_row type=”in_container” full_screen_row_position=”middle” scene_position=”center” text_color=”dark” text_align=”left” overlay_strength=”0.3″ shape_divider_position=”bottom”][vc_column column_padding=”no-extra-padding” column_padding_position=”all” background_color_opacity=”1″ background_hover_color_opacity=”1″ column_shadow=”none” column_border_radius=”none” width=”1/1″ tablet_text_alignment=”default” phone_text_alignment=”default” column_border_width=”none” column_border_style=”solid”][vc_column_text]Chama-se Néctar das Avenidas e, apesar da relativa juventude, é uma loja que tem mostrado saber singrar num mercado cada vez mais difícil. Até porque está afastada dos principais circuitos turísticos da cidade.
As suas valências são outras…
TEXTO António Falcão
FOTOS Ricardo Gomez
Néctar das Avenidas pode não ser um nome muito sugestivo e mais do que um poderia mesmo considerá-lo algo kitsch. Mas, na verdade, nomes são nomes e este vem do facto de se situar em plena zona lisboeta das Avenidas Novas. Seriam novas na altura, quando Lisboa se estava a espraiar para lá do Marquês de Pombal, provavelmente há muitas, muitas, décadas atrás.
Quando conheci a garrafeira, não há muitos anos, era uma pequena loja, com um espaço exíguo para o consumidor. Hoje a Néctar das Avenidas está a umas escassas centenas de metros dali, mas o espaço é bem maior e muito melhor iluminado. Quem nos recebe é Sara Quintela, a gestora, tarefa que compartilha com o pai, João Quintela.[/vc_column_text][/vc_column][/vc_row][vc_row type=”in_container” full_screen_row_position=”middle” scene_position=”center” text_color=”dark” text_align=”left” overlay_strength=”0.3″ shape_divider_position=”bottom”][vc_column column_padding=”no-extra-padding” column_padding_position=”all” background_color_opacity=”1″ background_hover_color_opacity=”1″ column_shadow=”none” column_border_radius=”none” width=”1/2″ tablet_text_alignment=”default” phone_text_alignment=”default” column_border_width=”none” column_border_style=”solid”][vc_column_text]PAI E FILHA NAS PROVAS
O gosto pelo vinho começou exactamente com o pai, quando ambos, ainda Sara era jovem, iam com frequência a provas de vinhos em garrafeiras e a diversos tipos de eventos, incluindo jantares vínicos. “O bichinho foi entrando”, diz-nos Sara. Entretanto, tirou o curso de hotelaria e aproveitou para ampliar os conhecimentos sobre vinho. Já formada, acabou a trabalhar numa empresa de aluguer de automóveis, mas, verdade seja dita, não era propriamente o seu sonho.
Em 2011, o pai decide criar a sua própria loja de vinhos e não tardou muito a desafiar a filha para se juntar a ele. Isto ocorreu em 2013 e Sara ficou radiante com a mudança. “Se tenho um negócio meu, porquê estar a trabalhar para outros?”, pensou Sara. E decidiu entregar-se “de alma e coração”. O pai continua a lá estar diariamente, ou quase, e os dois revezam-se no atendimento aos clientes.
Sempre que possível, são os dois a escolher os vinhos que têm em exposição, mas nem sempre é possível. “Às vezes os lançamentos de novos vinhos surgem durante a hora de expediente e um de nós tem que cá estar”, declara Sara. Com dois filhos, os fins-de-semana estão também complicados para ela. Menos mal que muitos vinhos são provados na própria loja, trazidos pêlos próprios produtores e/ ou distribuidores.[/vc_column_text][/vc_column][vc_column column_padding=”no-extra-padding” column_padding_position=”all” background_color_opacity=”1″ background_hover_color_opacity=”1″ column_shadow=”none” column_border_radius=”none” width=”1/2″ tablet_text_alignment=”default” phone_text_alignment=”default” column_border_width=”none” column_border_style=”solid”][image_with_animation image_url=”40579″ alignment=”” animation=”Fade In” border_radius=”none” box_shadow=”none” max_width=”100%”][/vc_column][/vc_row][vc_row type=”in_container” full_screen_row_position=”middle” scene_position=”center” text_color=”dark” text_align=”left” overlay_strength=”0.3″ shape_divider_position=”bottom”][vc_column column_padding=”no-extra-padding” column_padding_position=”all” background_color_opacity=”1″ background_hover_color_opacity=”1″ column_shadow=”none” column_border_radius=”none” width=”1/1″ tablet_text_alignment=”default” phone_text_alignment=”default” column_border_width=”none” column_border_style=”solid”][vc_column_text]Parece que pai e filha têm gostos muito idênticos e costumam estar de acordo nos vinhos, mas a concórdia nem sempre se estende aos vinhos tintos mais antigos, especialmente se exibem muitos sabores terciários, como couros ou notas animais: “o meu pai gosta mais desses vinhos do que eu. Não sou muito fã de vinhos que relincham”, diz Sara com uma gargalhada. Mas, curiosamente, ambos são fervorosos adeptos dos bons brancos com idade.
Por isso não espanta que a Néctar das Avenidas tenha um bom stock de vinhos velhos: “apostamos muito em vinhos antigos, mas temos muito cuidado com o que compramos. Temos que saber onde é que os vinhos estiveram armazenados ao longo dos anos”, declara Sara. E por isso evitam os leilões.
Num dos seus cantos, a loja possui um espaço próprio, quase museu, que engloba um notável conjunto de vinhos velhos. Não estão, contudo, à venda, fazendo parte da garrafeira particular do pai de Sara: “algumas garrafas são primeiras edições, outras estão assinadas pelo produtor ou enólogo”.[/vc_column_text][/vc_column][/vc_row][vc_row type=”in_container” full_screen_row_position=”middle” scene_position=”center” text_color=”dark” text_align=”left” overlay_strength=”0.3″ shape_divider_position=”bottom”][vc_column column_padding=”no-extra-padding” column_padding_position=”all” background_color_opacity=”1″ background_hover_color_opacity=”1″ column_shadow=”none” column_border_radius=”none” width=”1/1″ tablet_text_alignment=”default” phone_text_alignment=”default” column_border_width=”none” column_border_style=”solid”][vc_column_text]UMA CASA COM MUITAS ACTIVIDADES
Nem só do comércio de vinhos vive a Néctar das Avenidas. Existe muita actividade nesta loja e uma delas ocorre duas vezes por mês: jantares vínicos com produtores. Os restaurantes vão mudando, os produtores também.
O maior evento, contudo, já tem um invejável número de adeptos e ocorre num hotel quase vizinho à Néctar das Avenidas. Como os Quintela são grandes adeptos dos vinhos do centro de Portugal, especialmente Dão e Bairrada, pensaram em fazer um evento com produtores dessas regiões. Afinal, no primeiro ano, 2014, o evento foi apenas com o Dão e teve a co-organização da Comissão Vitivinícola Regional do Dão. Mas foi logo um sucesso. No segundo ano pai e filha decidiram fazer o evento ‘a solo’ e juntaram-lhe a Bairrada. Neste evento entram entre 30 a 40 produtores, desde os mais pequenos a casas de maior tamanho. “Queremos que as pessoas percebam que Dão e Bairrada também existem, não é só Douro e Alentejo”, diz-nos Sara. A gestora elogia o enorme potencial destas regiões e a longevidade dos seus vinhos. E desmistifica a ideia de ainda passa na cabeça de muitos enófilos, de que Dão e Bairrada fazem vinhos complicados, difíceis de beber, especialmente em novos. “O Dão já conseguiu ultrapassar um pouco esta ideia, mas a Bairrada ainda tem algum caminho para andar, especialmente nos tintos”, considera Sara. Que tem tentado converter alguns clientes, normalmente com sucesso, embora outros clientes se mostrem irredutíveis.
Curiosamente, ou não, as prateleiras têm muitos vinhos destas duas regiões. Alguns com 6, 7 ou mais anos de idade.[/vc_column_text][image_with_animation image_url=”40580″ alignment=”” animation=”Fade In” border_radius=”none” box_shadow=”none” max_width=”100%”][/vc_column][/vc_row][vc_row type=”in_container” full_screen_row_position=”middle” scene_position=”center” text_color=”dark” text_align=”left” overlay_strength=”0.3″ shape_divider_position=”bottom”][vc_column column_padding=”no-extra-padding” column_padding_position=”all” background_color_opacity=”1″ background_hover_color_opacity=”1″ column_shadow=”none” column_border_radius=”none” width=”1/1″ tablet_text_alignment=”default” phone_text_alignment=”default” column_border_width=”none” column_border_style=”solid”][vc_column_text]MUITO ESPUMANTE, MAS POUCO CHAMPANHE
Mas Douro e Alentejo são as regiões que mais vendem. A seguir virá o Dão e, pasme-se, os espumantes. “Temos muita variedade e existem fantásticos espumantes nacionais a preços ópti¬mos; em contrapartida, quase não temos champanhes”, garante sara. Néctares estrangeiros, curiosamente, existem poucos: alguns vinhos, os gin’s do Tiago Cabaço, mas nenhum whisky, por exemplo. Destilados, quase só nacionais.
Outra força grande na casa são os produtos dos Açores, e não necessariamente os vinhos. Falamos de compotas, conservas, queijos, chás, bolos, etc. O Bolo Lêvedo vem todas as quintas-feiras. A ligação às ilhas vem das viagens que João fazia noutra vida profissional. Os produtos gourmet não acabam aqui: pode encontrar diversos enchidos de Ponte de Lima e queijos de várias proveniências. E não faltam também muitos acessórios, especialmente copos da Riedel.
Os licorosos não têm grande saída, incluindo o Vinho do Porto. Os clientes portugueses não compram muito e não são muitos os estrangeiros que passam por aqui, até porque a Néctar das Avenidas está um pouco afastada dos circuitos turísticos. Existe um bom conjunto de brasileiros, bons clientes, mas são fundamentalmente já moradores no bairro. Sara gosta muito deles: “sabem de vinho, têm gosto, mas discutem connosco e aceitam a nossa opinião”. Ainda nos licorosos, Sara tem especial¬mente pena do vinho da Madeira, de que é grande fã. E o pai também. “Para nós, é um néctar dos deuses”, graceja ela.
A garrafeira tem uma boa selecção de garrafas Magnum (1,5 litros), como nunca vimos em qualquer outra, com preços dos 13 até aos 240 euros. “Apostamos muito neste formato e vendemos bem”, garante Sara.
A loja tem também presença on-line. O site garrafeiranectardasavenidas.com está a cargo de Sara. Inclui uma loja on-line e funciona, mas pode não ter todo o portefólio, porque, na opinião de Sara, “não há tempo para tudo”.[/vc_column_text][/vc_column][/vc_row][vc_row type=”in_container” full_screen_row_position=”middle” scene_position=”center” text_color=”dark” text_align=”left” overlay_strength=”0.3″ shape_divider_position=”bottom”][vc_column centered_text=”true” column_padding=”no-extra-padding” column_padding_position=”all” background_color_opacity=”1″ background_hover_color_opacity=”1″ column_shadow=”none” column_border_radius=”none” width=”1/1″ tablet_text_alignment=”default” phone_text_alignment=”default” column_border_width=”none” column_border_style=”solid”][heading]AS ESCOLHAS DE SARA QUINTELA[/heading][image_with_animation image_url=”40554″ alignment=”” animation=”Fade In” border_radius=”none” box_shadow=”none” max_width=”100%”][/vc_column][/vc_row][vc_row type=”in_container” full_screen_row_position=”middle” equal_height=”yes” scene_position=”center” text_color=”dark” text_align=”left” overlay_strength=”0.3″ shape_divider_position=”bottom” shape_type=””][vc_column column_padding=”no-extra-padding” column_padding_position=”all” background_color_opacity=”1″ background_hover_color_opacity=”1″ column_shadow=”none” column_border_radius=”none” width=”1/2″ tablet_text_alignment=”default” phone_text_alignment=”default” column_border_width=”none” column_border_style=”solid”][vc_column_text css=”.vc_custom_1576515225678{background-color: rgba(221,186,189,0.33) !important;*background-color: rgb(221,186,189) !important;}”]
Porta dos Cavaleiros Dão Reserva
branco 1984 – €25
Eu, o meu pai e vários clientes partilhamos da mesma opinião: é um dos melhores brancos portugueses. É incrível a vivacidade que tem após 34 anos! Perfeito! E depois é das Caves S. João, uma casa que nos apoiou desde o início.
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Quinta das Bágeiras Bairrada Garrafeira
branco 2016 – €21
Situação parecida à anterior. O meu pai conhece o Mário Sérgio há muitos anos e gostamos muito dos vinhos dele. Este é ainda um bebé, mas tem excelente capacidade de evolução. Só tenho pena de não ter cá o 2004…
[/vc_column_text][vc_column_text css=”.vc_custom_1576516177161{background-color: rgba(221,186,189,0.33) !important;*background-color: rgb(221,186,189) !important;}”]
Portal do Fidalgo Vinho Verde
Alvarinho branco 2011 – €11
Muita gente não sabe a capacidade de evolução do Alvarinho. Mas como os produtores os lançam novos… O produtor disponibilizou-nos edições antigas e esta é uma delas. Está muito, muito bom.
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Soalheiro Vinho Verde Alvarinho
Reserva branco 2017 – €23,50
Gostamos de Alvarinho e, em particular, de Soalheiro. Damo-nos muito bem com a família Cerdeira e com o resto da equipa. Este Reserva está muitíssimo bom, mas será melhor guardá-lo, para beber mais tarde
[/vc_column_text][/vc_column][vc_column column_padding=”no-extra-padding” column_padding_position=”all” background_color_opacity=”1″ background_hover_color_opacity=”1″ column_shadow=”none” column_border_radius=”none” width=”1/2″ tablet_text_alignment=”default” phone_text_alignment=”default” column_border_width=”none” column_border_style=”solid”][vc_column_text css=”.vc_custom_1576516342876{background-color: rgba(221,186,189,0.33) !important;*background-color: rgb(221,186,189) !important;}”]
Casa da Passarella O Fugitivo Dão
tinto 2014 – €45
(Em garrafa magnum). Temos também uma
excelente ligação com esta casa, com o Paulo
Nunes. O meu pai tem inclusive um projecto de
vinho com ele.
Escolhemos o Fugitivo porque é
uma vinho que sai um pouco da ‘caixa’, mas com
uma incrível elegância. Perfil raro, mas o ser
diferente aqui compensa.
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Pintas Douro tinto 2013 – €180
(Em garrafa magnum). Para nós é um dos
melhores vinhos portugueses e gostamos muito
da Sandra e do Jorge, dois seres humanos
fantásticos. E são grandes profissionais e
apaixonados pelo que fazem.
[/vc_column_text][divider line_type=”No Line” custom_height=”10″][vc_column_text css=”.vc_custom_1576516347916{background-color: rgba(221,186,189,0.33) !important;*background-color: rgb(221,186,189) !important;}”]
HM Borges Madeira Malvazia
mais de 40 anos – €260
Não podia faltar um Madeira! Esta é uma das casas
que ainda consegue manter uma boa relação
preço/qualidade.
Fizemos vários eventos com eles.
Este ‘40 anos’ celebra também os 500 anos do
Funchal e…. está mesmo a acabar. E depois não há
palavras para o descrever…
[/vc_column_text][/vc_column][/vc_row][vc_row type=”in_container” full_screen_row_position=”middle” scene_position=”center” text_color=”dark” text_align=”left” overlay_strength=”0.3″ shape_divider_position=”bottom”][vc_column centered_text=”true” column_padding=”no-extra-padding” column_padding_position=”all” background_color_opacity=”1″ background_hover_color_opacity=”1″ column_shadow=”none” column_border_radius=”none” width=”1/1″ tablet_text_alignment=”default” phone_text_alignment=”default” column_border_width=”none” column_border_style=”solid”][fancy_box box_style=”color_box_hover” icon_family=”none” color=”Accent-Color” box_alignment=”left” min_height=”50″]
CONTACTO
Rua Pinheiro Chagas, 50 C, 1050-179 Lisboa
TEL. 215 874 994 | www.garrafeiranectardasavenidas.com
SEGUNDA A SEXTA: 11h às 20h / SÁBADO: 11 às 13:30 (em Julho e Agosto encerram Sábado)
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Edição Nº27, Julho 2019
[/vc_column_text][/vc_column][/vc_row]
Na casa do Tio Pepe
[vc_row type=”in_container” full_screen_row_position=”middle” scene_position=”center” text_color=”dark” text_align=”left” overlay_strength=”0.3″ shape_divider_position=”bottom”][vc_column column_padding=”no-extra-padding” column_padding_position=”all” background_color_opacity=”1″ background_hover_color_opacity=”1″ column_shadow=”none” column_border_radius=”none” width=”1/1″ tablet_text_alignment=”default” phone_text_alignment=”default” column_border_width=”none” column_border_style=”solid”][vc_column_text] Poucas garrafeiras em Portugal se podem gabar de uma notoriedade tão positiva como a Tio Pepe, no Porto. Existe há mais de 30 anos e é um exemplo de bem escolher e bem servir. TEXTO António […]
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Poucas garrafeiras em Portugal se podem gabar de uma notoriedade tão positiva como a Tio Pepe, no Porto. Existe há mais de 30 anos e é um exemplo de bem escolher e bem servir.
TEXTO António Falcão FOTOS Anabela Trindade
[/vc_column_text][/vc_column][/vc_row][vc_row type=”in_container” full_screen_row_position=”middle” scene_position=”center” text_color=”dark” text_align=”left” overlay_strength=”0.3″ shape_divider_position=”bottom”][vc_column column_padding=”no-extra-padding” column_padding_position=”all” background_color_opacity=”1″ background_hover_color_opacity=”1″ column_shadow=”none” column_border_radius=”none” width=”1/2″ tablet_text_alignment=”default” phone_text_alignment=”default” column_border_width=”none” column_border_style=”solid”][vc_column_text]
Não é difícil encontrar o nº 51 da Rua Eng. Ferreira Dias. O exterior da garrafeira Tio Pepe é suficiente¬mente imponente para chamar à atenção. E fica¬mos logo impressionados pelo parque de estacionamento privativo, logo à porta. É verdade que a Tio Pepe tem uma boa loja online com entregas em casa do cliente, mas sabe sempre muito bem, quando se quer comprar à vista, carregar a mala do carro em poucos segundos.
O aspecto interior é fenomenal, a começar pelo chão, de calçada à portuguesa afagada e depois tratada com uma espécie de verniz. O efeito não só é bonito como é prático. Toda a decoração é sóbria, mas elegante, e os expositores das garrafas são de boa feitura. Nada agride a vista do enófilo nesta garrafeira.
Tudo está climatizado, especialmente um espaço especial, a “sala dos Portos”. Contém um notável conjunto de vinhos do Porto e outros vinhos generosos (como Madeira). “Esta sala é a menina dos nossos olhos”, confessa Ana Ferreira, a gerente da loja. Luis Cândido não hesita “temos uma selecção muito forte”.
Ana responde ao seu chefe, o sócio-gerente Luis Cândido da Silva, que nos disse que a garrafeira nasceu em 1986, com origem num negócio de vinhos levados pelos seus pais. Luis entrou logo no negócio, onde estava com a sua mãe. Mais tarde entrou o outro sócio, o irmão, Joaquim Cândido da Silva, e ambos ficaram a sós com o negócio em 1995. No mundo do comércio do vinho português não deverá existir dupla de manos mais conhecida como esta. Joaquim, já agora, é o director-geral da distribuidora Portefólio Vinhos, propriedade da família Symington. Finalmente, há um terceiro sócio, que é Dirk Niepoort.
A equipa está completa com Ana Ferreira, gerente da loja, que entrou para a casa há 11 anos. Com ela está Isa. Ambas têm formação em vinha e vinho (Biotecnologia da Católica, por exemplo, cursos de prova) e isso vê-se em quem procura conselho e conhecimento. Ana diz-nos que “existem muitos clientes que se seguem os nossos conselhos”. A maior parte dos clientes é privada; clientes empresariais só mais no Natal.
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Nenhum vinho corrente entra na garrafeira sem que alguém da equipa o prove primeiro. O portefólio é vasto e, segundo Ana Ferreira, “tem um bocadinho de tudo, para todo o tipo de cliente na gama média-alta”. De facto, o vinho mais barato custa quase 4 euros. Mas, no fundo, vende-se mais Douro e Alentejo. Dão e Bairrada vão a seguir. E os brancos vendem-se cada vez mais: “tem aumentado bastante o consumo de brancos, em paralelo com o aumento do conhecimento dos consumidores”. Os tintos representam, ainda as-sim, 80% das unidades vendidas. Outro crescimento curioso, diz-nos Ana, é a “procura por vinhos antigos”.
No total, garante Luis Cândido, “temos aqui 3.500 referências”. A loja online acaba por vender muito bem, mas, curiosamente, funciona também como um magneto para atrair pessoas à loja física: “o cliente vê no site e vai à loja”, diz Ana Ferreira com um sorriso.
As actividades na casa são muitas, incluindo um interessante calendário de provas. O formato foi mudando ao longo do tempo e neste momento estabilizou num “histórias contadas pelo vinho”, por inscrição paga. O produtor/enólogo conta a sua história e ilustra-a com os vinhos.
A Garrafeira Tio Pepe também tem um negócio de micro-distribuição, gerindo algumas cartas de vinhos de restaurantes. O fabuloso armazém anexo, de grandes dimensões, suporta tudo com facilidade e ajuda nas cargas e descargas.
No final da visita, não podemos deixar de nos sentir bem naquele espaço. Tudo contribui para isso, do acolhimento à experiência, do portefólio aos atraentes preços. Não espanta assim que seja das garrafeiras mais conhecidas e respeitadas de Portugal.[/vc_column_text][/vc_column][/vc_row][vc_row type=”in_container” full_screen_row_position=”middle” scene_position=”center” text_color=”dark” text_align=”left” overlay_strength=”0.3″ shape_divider_position=”bottom”][vc_column column_padding=”no-extra-padding” column_padding_position=”all” background_color_opacity=”1″ background_hover_color_opacity=”1″ column_shadow=”none” column_border_radius=”none” width=”1/1″ tablet_text_alignment=”default” phone_text_alignment=”default” column_border_width=”none” column_border_style=”solid”][image_with_animation image_url=”37730″ alignment=”” animation=”Fade In” border_radius=”none” box_shadow=”none” max_width=”100%”][/vc_column][/vc_row][vc_row type=”in_container” full_screen_row_position=”middle” scene_position=”center” text_color=”dark” text_align=”left” overlay_strength=”0.3″ shape_divider_position=”bottom”][vc_column column_padding=”no-extra-padding” column_padding_position=”all” background_color_opacity=”1″ background_hover_color_opacity=”1″ column_shadow=”none” column_border_radius=”none” width=”1/2″ tablet_text_alignment=”default” phone_text_alignment=”default” column_border_width=”none” column_border_style=”solid”][image_with_animation image_url=”37731″ alignment=”” animation=”Fade In” border_radius=”none” box_shadow=”none” max_width=”100%”][/vc_column][vc_column column_padding=”no-extra-padding” column_padding_position=”all” background_color_opacity=”1″ background_hover_color_opacity=”1″ column_shadow=”none” column_border_radius=”none” width=”1/2″ tablet_text_alignment=”default” phone_text_alignment=”default” column_border_width=”none” column_border_style=”solid”][vc_column_text]
As escolhas de Luis Cândido e Ana Ferreira
Niepoort Turris Douro tinto 2013
€115
“Escolhemos este porque o Dirk tem uma ligação connosco. Depois, gostamos bastante do vinho e é um produto de tiragem limitada, que a maioria dos enófilos desconhece. E inclui um quadro, é por isso uma prenda 2-em-1”.
Quinta da Carolina Douro tinto 2015
€32,50
“Adoro este vinho, que se bebe facilmente, guloso, mas com muita elegância e garra. É um Grande Reserva (embora não seja mencionado) e é uma edição de 1.700 garrafas.
Quinta de Santiago Alvarinho Reserva branco 2016
€13,95
“É da Joana [Santiago] e é uma marca recente e ainda pouco conhecida, mas merece estar aqui. E depois são Alvarinhos mais discretos, sem estarem cheios de fruta tropical, primando mais pela mineralidade. Excelente relação preço/qualidade”.
Graham’s Porto Tawny 20 anos
€41,95
“Apesar de já não ser muito barato, continua a ter uma excelente relação preço/qualidade. Gostamos muito do estilo da Graham’s e aqui vendemos bastante este vinho”.
Dictador XO Perpetual Solera System Rum
€107,50
“Esbateu-se a moda do Gin e agora entra a do rum. Já temos clientes a procurarem. Este é um bom produto, da Colômbia, com um palato diferente”.
Pol Roger Champanhe Vintage 2009 & Copo Riedel Veritas Champanhe
€65,90 + €27,50
“Adoramos este champanhe, de uma qualidade acima da média. O copo Riedel é muito versátil e é o que melhor joga com diversos champanhes”.
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Edição Nº24, Abril 2019