Curso de introdução ao Master of Wine chega a Portugal em Fevereiro

Curso Master of Wine

Numa parceria com a Martins Wine Advisor, chega em Fevereiro de 2024, a Vila Nova de Gaia, o curso introdutório do The Institute of Masters of Wine (IMW), que permitirá aos profissionais do vinho iniciarem o percurso para se tornarem Master of Wine, prometendo dar a conhecer as competências de escrita e de prova necessárias. […]

Numa parceria com a Martins Wine Advisor, chega em Fevereiro de 2024, a Vila Nova de Gaia, o curso introdutório do The Institute of Masters of Wine (IMW), que permitirá aos profissionais do vinho iniciarem o percurso para se tornarem Master of Wine, prometendo dar a conhecer as competências de escrita e de prova necessárias.

Com apenas 25 vagas disponíveis, este programa de estudos introdutório terá lugar no The Lodge Hotel, nos dias 26 e 27 de Fevereiro, e terá um custo total de €750, incluindo os almoços dos dois dias e o jantar do dia 26.

Tiago Macena, aluno português do Master of Wine, comenta que “a oportunidade de estar com o IMW em Portugal, nesta masterclass, será um momento de aprendizagem fantástico. A prova de vinhos neste ambiente vai revelar o foco e o objectivo de cada momento com o copo. Vamos aprender na prática e perceber o porquê de cada observação, bem como o nível de pormenor comprovado. Se não sabemos, não podemos ter uma opinião. Será certamente a pedra basilar do início de um percurso com o IMW”.

O título de Master of Wine é atribuído pelo The Institute of Masters of Wine desde 1953 e representa um dos maiores reconhecimentos na indústria do vinho. Actualmente, existem 413 Masters of Wine, localizados em 31 países.

Português Tiago Macena prestes a tornar-se Master of Wine

Tiago Macena Master Wine

Master of Wine. Um título, um estatuto, que abre portas no sector do vinho um pouco por todo o mundo. Mas tão, tão difícil de atingir que, até agora, todos os portugueses que o tentaram foram obrigados a desistir. O volume de horas (dias, meses, anos) de estudo, o dinheiro para comprar vinhos e viajar […]

Master of Wine. Um título, um estatuto, que abre portas no sector do vinho um pouco por todo o mundo. Mas tão, tão difícil de atingir que, até agora, todos os portugueses que o tentaram foram obrigados a desistir. O volume de horas (dias, meses, anos) de estudo, o dinheiro para comprar vinhos e viajar pelo mundo, a disponibilidade e empenho totais que quase impedem seguir em paralelo uma actividade profissional ou manter uma relação familiar, tudo isso são entraves no caminho de quem ambiciona o título outorgado pelo Institute of Masters of Wine (IMW) e que pouco mais de 400 pessoas possuem (das quais mais de 200 originários do Reino Unido, onde nasceu o conceito).

Tiago Macena está muito próximo de ser o primeiro português a alcançá-lo, após ter hoje, dia 15 de Setembro, recebido a notícia de que passou no exame prático. Conversando com ele, dá para perceber não apenas a emoção pelo feito alcançado mas também o muito que penou para aqui chegar. Tudo começou em 2012, numa master class promovida pela Symington Family Estates, onde esta empresa procurava motivar (e ajudar a financiar) os primeiros passos de um português neste percurso. ”Só nesse momento entendi com alguma clareza o que estava por detrás das famosas letras MW”, diz Tiago. Aceite como estudante no ano lectivo de 2012/2013, transitou em Junho de 2013 para o segundo ano, onde já teve acesso ao famoso “Exame”. Mas logo, em Janeiro de 2014, Tiago Macena percebeu que lhe faltava preparação e, sobretudo, “mundo”, para o nível exigido. Fez uma pausa e prosseguiu a sua actividade como enólogo, na adega de Cantanhede, com Osvaldo Amado.

Passados três anos reformulou a sua vida profissional e passou a trabalhar como enólogo consultor. Então, corria o ano de 2017, pediu a readmissão ao IMW e falou com Dirceu Vianna Junior (colaborador da Grandes Escolhas desde a sua fundação e o único Master of Wine de língua portuguesa), pedindo-lhe que fosse seu mentor e “coach” neste árduo caminho. Em Setembro de 2017 voltou assim à estaca zero, ao primeiro ano do curso. Em Junho de 2018 passou ao segundo ano e em 2019 sentou-se pela primeira vez no temido “Exame”:  3 provas práticas (12 vinhos brancos, 12 tintos e 12 vinhos doces, tranquilos, fortificados, efervescentes…) com muitas perguntas para responder em 2h15m.  Tiago Macena dá os detalhes: “Este exame exige imensa experiência de prova, rapidez e clareza de discurso. Precisamos de 65% dos 300 pontos (ou seja, 195 pontos) nos 3 exames para aprovar o exame prático. Nas tardes desses dias de prova prática temos o exame teórico com 5 elementos – Viticultura, Enologia, Qualidade, Marketing/Comercial e Assuntos Contemporâneos, onde temos de responder a 13 perguntas no formato de “Essay”, mostrando conhecimento, visão global e opinião.”

Nesse primeiro exame de 2019 o sucesso foi parcial, pois Tiago passou na prova teórica, mas não na prática. “Assim, desde de 2019, tornei-me um estudante ‘practical only’, focado em exclusivo na prova prática”, diz o enólogo. Em 2020, por causa do covid-19, não houve exame, e em 2021, Tiago sentou-se pela segunda vez frente aos 36 vinhos e falhou em cumprir o exigido, o mesmo sucedendo no ano seguinte. Nunca desistiu, porém. Sempre apoiado por Dirceu Vianna Junior, que lhe trazia para Portugal vinhos de todos o mundo que provavam em conjunto, em Junho de 2023 estava de novo no IMW frente a 36 vinhos. “Desta vez desfrutei dos vinhos, entendi-os, ‘li-os’ bem, senti-me confiante de ter feito um bom trabalho”, refere Tiago. Mas só hoje chegou o mail há muito aguardado: prova superada! Ou seja, 95% do mais difícil está feito. Resta escrever e entregar o trabalho de fim de curso, o chamado “research paper”, para Tiago Macena ter, finalmente, o direito de se intitular Master of Wine. E agora, Tiago? “Agora, depois de celebrar a vitória, é tempo de voltar ao trabalho e acabar uma difícil vindima no Dão…”.

Taylor’s abre candidaturas para bolsas de estudo destinadas a minorias étnico-raciais

Taylor's golden vines

Estão agora abertas as candidaturas para as bolsas de estudo Taylor’s Port Golden Vines 2022, destinadas a candidatos de minorias étnico-raciais, de todo o Mundo, que desejem inscrever-se nos cursos Master of Wine ou Master Sommelier. As bolsas Taylor’s Port Golden Vines têm um valor unitário de 55 mil libras e, segundo a Taylor’s, cobrem […]

Estão agora abertas as candidaturas para as bolsas de estudo Taylor’s Port Golden Vines 2022, destinadas a candidatos de minorias étnico-raciais, de todo o Mundo, que desejem inscrever-se nos cursos Master of Wine ou Master Sommelier.

As bolsas Taylor’s Port Golden Vines têm um valor unitário de 55 mil libras e, segundo a Taylor’s, cobrem integralmente os custos do curso e os respectivos exames, assim como as perdas de rendimentos devido aos estágios programados. Os interessados podem inscrever-se online AQUI, até ao dia 8 de Abril de 2022.

Em comunicado, a empresa de vinho do Porto esclarece que o programa “inclui um conjunto diversificado de experiências com alguns dos melhores produtores mundiais de vinhos e destilados, tais como: Bodega Catena Zapata, Castiglion del Bosco, Château Cheval Blanc, Château d’Yquem, Château Smith-Haut-Lafitte, Lapostolle Clos Apalta, Colgin Cellars, Dom Pérignon, Domaine Arnoux-Lachaux, Domaine Baron Thénard, Domaine des Lambrays, Domaine Laroche, Klein Constantia, Lawrence Wine Estates (Heitz Cellars, Stony Hill Vineyard, Ink Grade Estate and Burgess Cellars), Liber Pater, Marchesi Antinori, Opus One, Ruinart, Symington Family Estates, Taylor’s Port, The Macallan Distillery, Vilafonté, Vina Vik, Weingut Egon Müller. Também a  Amorim Cork, Annabel’s Private Members Club, the Kedge Wine School, Octavian Wine Vaults, the OIV, UC Davis Department of Enology & Viticulture, e WOW Wine School (Porto) vão proporcionar cursos académicos ou estágios aos candidatos vencedores”.

Adrian Bridge, director-geral da Taylor’s, declara: “O programa de angariação de fundos do Golden Vines, lançado em 2021 para honrar o legado de Gérard Basset, é um programa notável com alcance global. Mostra como a indústria do vinho pode ter um papel de liderança importante em muitas áreas, mas particularmente no que toca à diversidade e inclusão. A Taylor’s tem muito orgulho em patrocinar as bolsas Golden Vines e estamos muito satisfeitos por ver a união da indústria do vinho em torno desta nobre causa”.

O painel do júri, para as bolsas de 2022, inclui Angela Scott, a vencedora da bolsa 2021 Taylor’s Port Golden Vines; Nina Basset FIH; Rajat Parr (Sandhi Wines); Clement Robert MS (The Birley Clubs / Annabel’s); e a líder do júri Jancis Robinson OBE MW. Estes membros vão também assegurar a mentoria contínua aos alunos do The Golden Vines Diversity durante a sua jornada académica.

Os vencedores do Taylor’s Port Golden Vines receberão os seus prémios na cerimónia The 2022 Golden Vines Awards, que será realizada em Florença (Itália) de 14 a 17 de Outubro de 2022, que elege os melhores produtores de vinhos finos do Mundo.

A Escolha do Mestre: Jaen, uma casta com futuro promissor

O interesse que Álvaro Palácios mostrou pelas vinhas velhas da casta Mencia, em Bierzo, no final do século passado foi o factor que ajudou catalizar o renascimento da variedade. Gradualmente seus vinhos foram recebendo atenção de profissionais e consumidores e deram início ao novo capítulo da história dessa cativante casta que em Portugal é conhecida […]

O interesse que Álvaro Palácios mostrou pelas vinhas velhas da casta Mencia, em Bierzo, no final do século passado foi o factor que ajudou catalizar o renascimento da variedade. Gradualmente seus vinhos foram recebendo atenção de profissionais e consumidores e deram início ao novo capítulo da história dessa cativante casta que em Portugal é conhecida como Jaen.

TEXTO Dirceu Vianna Junior MW
FOTOS Arquivo

A origem da casta continua sendo um mistério, mas é provável que tenha surgido não muito distante das fronteiras de Portugal, possivelmente em Salamanca, província de León, onde sua heterogeneidade morfológica é mais acentuada. Poucas referências confiáveis da casta existem antes do período da filoxera. Em Portugal, a casta era praticamente desconhecida até o final do seculo XIX, mas aparece em textos de Garcia de los Salomons em 1914. A genealogia da casta também continuou sendo outro mistério por muitos anos com textos sugerindo afinidade com Cabernet Franc e Graciano. Entretanto um estudo realizado pelo Instituto de Ciencias de la Vid y del Vino da Espanha e a Universidade de Lisboa, entre outras entidades, revelou recentemente Alfrocheiro como pai, e Patorra como mãe. A literatura sugere que a casta chegou em Portugal através de peregrinos retornando do caminho de Santiago da Compostela. De acordo com o Instituto da Vinha e do Vinho já existiam 1.101 ha plantados em Portugal em 1980. As plantações cresceram nas décadas seguintes e hoje totalizam 2.769,47 ha. Jaen adaptou-se muito bem na região do Dão onde hoje estão as maiores áreas plantadas. Aparece também no Douro, Bairrada, Lisboa, Tejo e continua a espalhar-se pelo país. O facto de apreciar os vinhos da região de Bierzo levou o renomado enólogo Rui Roboredo Madeira a plantar Jaen na Beira Interior em 2011.

Jaen no seu Terroir  

Paulo Nunes, talentoso enólogo responsável pelos vinhos da Casa da Passarella, identifica principalmente a seleção do terroir como factor determinante, visto que Jaen responde positivamente quando plantada em locais que ajudam retardar o ciclo de maturação para que a fruta seja capaz de manter a acidez à medida que atinge a maturação fenólica. Para Paulo, encostas voltadas ao norte com menor exposição solar e solos que contenham argila são o melhor local. Rui Madeira estabeleceu seus vinhedos em solos argilo-xistosos com exposição sul, enquanto a altitude de 700 metros assegura amplitudes térmicas consideráveis entre dias quentes e noites frescas que auxiliam a manter o a frescura. São essas características, aliadas à contenção da produtividade, inferior a cinco toneladas por hectare, os factores que determinam o estilo e a qualidade do seu vinho.  O terroir das Quinta das Maias, situado no pé da Serra da Estrela, aos 600 metros de altitude, consiste de solos porosos de areia granítica com baixa retenção de água. Em dias de verão, a temperatura poder chegar aos 40ºC mas as noites frias ajudam a vinha a descansar e reter acidez. A Jaen é capaz de adaptar-se bem a vários tipos de solo desde que não sejam demasiadamente húmidos.

Casa da Passarella.

Jaen no Campo

Apesar de Jaen ser amiga do viticultor, o processo de selecção do material vegetativo é vital. Paulo Nunes explica que no passado a escolha frequentemente priorizava a produtividade. Luís Lourenço, responsável pela produção na Quinta das Maias no Dão, diz que as vinhas foram plantadas usando seleções poli-clonais. Rui Madeira também optou por plantar uma selecção de múltiplos clones e mostra-se contente com o desempenho dos parâmetros qualitativos. Mas a monda verde é sempre necessária, com algumas excepções.

Para Paulo Nunes as mondas são fundamentais, especialmente em vinhas novas. Em vinhedos mais velhos não observa problemas. Além disso, a desfolha junto ao cacho, antes dos bagos começarem a crescer, também é importante pois ajuda afastar os riscos de doenças.

A planta possui porte erecto e, dependendo do solo, é vigorosa. É recomendável controlar o vigor através de poda curta e ter cuidado com a fertilização. Rui Madeira diz que um dos maiores desafios é a gestão da canópia. Dependendo do local onde está plantada Jaen é susceptível a danos com o vento. Para Luís Lourenço a gestão da parede vegetativa é relativamente fácil, ao contrário da Touriga Nacional que exige imenso trabalho.

Os cachos exibem formato cónico e compacto. O tamanho dos cachos e dos bagos, depende da seleção clonal e fertilidade do solo, mas raramente são grandes. Os bagos arredondados, de cor negro-azul e película fina demandam cuidados para evitar ataques de míldio, oídio e podridão, mas Rui Madeira observa que na Beira Interior tem produtividade regular e é pouco sensível a doenças.

Por ser uma casta cujo abrolhamento é tardio, escapa à geada primaveril diz Luís Lourenço. Jaen por regra amadurece precocemente oferecendo uma espécie de seguro de colheita, o que é importante em região como o Dão onde as chuvas de outono podem trazer certos riscos.

Hora da vindima

Na Quinta das Maias é a primeira a ser vindimada, por vezes, a par da Malvasia Fina. Luís Lourenço diz que em anos normais a colheita é feita na segunda semana de Setembro. Paulo Nunes observa precocidade similar e explica que em vinhas velhas é possível estender um pouco o ciclo passando para a primeira das castas tintas, após as brancas. Na Beira Interior, Rui Madeira revela que a colheita pode ocorrer entre a terceira semana de Setembro até à primeira de Outubro, normalmente cerca de quinze dias antes da Tinta Roriz.

O momento certo de fazer a colheita é uma decisão fundamental visto que a janela de vindima para a casta Jaen é curta. Paulo Nunes explica que colher demasiadamente cedo resulta em vinhos com rusticidade e notas vegetais. Por outro lado, colher demasiadamente tarde, pode resultar em vinhos com perfil desequilibrado, principalmente no que respeita à conservação de ácidos. Luís Lourenço analisa a maturação usando refractómetro, fazendo uso de leitura de parâmetros técnicos e levando em consideração a maturação fenólica através de sua avaliação sensorial da película, polpa e grainha. Rui Madeira aponta a maturação fenólica como um dos principais parâmetros. Luís Lourenço diz que é preciso estar alerta pois Jaen perde acidez rapidamente a partir do momento que começa a produzir mais açúcar. De forma geral, Paulo Nunes conclui que os índices polifenólicos são a matriz que ajudam decidir a data da vindima e os açúcares  e componentes ácidos são os limitadores que auxiliam tomar a decisão do momento correto.

Rendimento adequado

Quando plantada em local apropriado é capaz de produzir bons vinhos para lote mesmo atingindo dez toneladas por hectare, explica Paulo Nunes. Em vinhas velhas, recomenda não exceder sete toneladas na busca de um produto de qualidade superior. Luís Lourenço confessa que na Quinta das Maia, na década de 90, quando iniciou o trabalho com o objetivo de fazer um varietal de alta gama, adotava uma abordagem conservadora, não deixando a Jaen exceder quatro toneladas por hectare. Anos de experiência os ensinou que é possível obter produções entre as seis e oito toneladas sem que haja decréscimo de qualidade.  Excessos de produção resultam em vinhos diluídos, magros,  acídulos e com baixo grau alcoólico.

Beyra, Rui Roboredo Madeira.

Jaen na Adega

Uma das vantagens da casta Jaen na adega é sua versatilidade. Apesar de ter pouca matéria corante e baixa acidez natural é uma casta moldável além de ser relativamente homogénea na qualidade do produto final. Luís Lourenço declara que Jaen é uma das castas mais delicadas com que trabalha e recomenda prudência. Na Quinta das Mais actualmente é feito o desengace total. No passado, não fazia diferença, pois os vinhos estagiavam entre 5 e 7 anos antes de serem comercializados. Hoje seguem ao mercado mais cedo por isso é preciso evitar taninos desarmoniosos, principalmente se o engaço ainda estiver verde. Para Paulo Nunes, o uso do engaço pode ser uma ferramenta interessante e diz utilizar com mais regularidade. Além disso, prefere apostar em maceração pré-fermentativa para privilegiar a fruta e opta por fazer vinificações mais longas. O oposto de Luís Lourenço que adianta que é comum retirar o Jaen das massas antes mesmo da fermentação terminar. Rui Madeira também opta pelo mínimo de maceração para evitar quaisquer traços vegetais.

Um dos principais desafios durante o processo de vinificação é fazer a extracção com delicadeza pelo fato da película ser frágil. É preciso cautela para não destruir as películas durante as remontagens para evitar a extração de taninos sub-maduros. Uma das soluções, segundo Luís Lourenço, é apontar a mangueira de remontagem para as laterais da cuba de fermentação para que o mosto filtre pelo perímetro do manto conseguindo a extração desejada sem comprometer a integridade da casta e o equilíbrio do vinho.

Rui Madeira observa que as fermentações espontâneas são uniformes, sem problemas nutritivos e prefere vinificação em cubas de cimento que na sua opinião causa menos stress nas leveduras.  Paulo Nunes concorda com o uso de cimento e prefere cuba fechada que permite diminuir a acção mecânica e aumentar o tempo de contato com as massas vínicas. A opção preferida para Luís Lourenço é fermentar em inox buscando temperaturas entre 25º e 28º Celsius. Ocasionalmente opta por estagiar o vinho em barricas, se necessário. Nesse caso prefere barricas velhas buscando principalmente a micro-oxigenação e não que o vinho fique marcado pelos aromas e sabores associados aos barris. Paulo Nunes também facilmente dispensa barrica, mas quando necessário concorda com o uso de barricas velhas. O uso exagerado de madeira resulta na perda da definição e tipicidade da casta.

Na opinião de Luís Lourenço, Jaen é a melhor casta para arredondar lotes, seja para amaciar os taninos firmes da Touriga Nacional ou equilibrar a ríspida acidez do Alfrocheiro, mas para fazer um vinho varietal exige atenção. Um pequeno descuido pode comprometer o trabalho de um ano inteiro. Jaen é capaz de fazer vinhos que estão prontos para consumir mal acaba a fermentação, sendo ainda capaz de ganhar complexidade com estágio em garrafa.

O perfil do vinho

Com rendimento produtivo controlado, os vinhos exibem boa cor juntamente com aromas de frutos silvestres maduros como mirtilo, framboesa, cerejas e amoras. São vinhos elegantes e suficientemente macios para o consumo imediato. Os melhores exemplos possuem a capacidade de envelhecer, como é o caso do Quinta das Maias 1996 degustado durante a visita de um grupo de Masters of Wine à propriedade em 2019. Apesar da exuberância da fruta fresca se ter dissipado, o vinho foi capaz de exibir elegância e complexidade, acompanhado de um final de boca agradável e persistente. De forma geral, não são vinhos potentes mas possuem harmonia. São vinhos completos sem excesso de qualquer de seus componentes. Luís Lourenço revela que em anos mais frios o estilo pode aproximar-se de um elegante Pinot Noir. Em anos mais quentes a fruta exuberante pode fazer lembrar um Syrah, mas pode também demonstrar características que fazem recordar Cabernet Franc.

Jaen apresenta uma estrutura suave o que significa que são vinhos que podem ser bebidos ligeiramente refrescados. Seus taninos sedosos fazem da casta um parceiro ideal para harmonizar petiscos, lombo suíno, risotos, massas, pizzas, carnes grelhadas, bacalhau e também pratos apimentados da cozinha internacional de países como India e México.  Sua delicadeza faz do vinho um bom parceiro para pratos da cozinha Japonesa.

Demanda de Mercado

Para Rui Madeira o consumidor que prefere vinhos encorpados, concentrados e estruturados, raramente aprecia Jaen.  O facto de ser uma casta maioritariamente plantada na região do Dão e raramente aparecer como vinho varietal resulta na falta de reconhecimento por parte do consumidor Português. Quinta das Maias produz cerca de 5000 garrafas e recebe atenção de vários clientes internacionais, principalmente japoneses. Paulo Nunes também aponta Japão juntamente com Canadá como mercados de grande potencial. Com o crescimento do interesse nos mercados internacionais, certamente ajudará a receptividade pela casta no mercado doméstico no futuro.

Quinta de Lemos.

O Futuro 

Graças ao trabalho feito principalmente pelos produtores espanhóis o interesse pela casta vem crescendo e os vinhos gradualmente ganham espaço no mercado internacional. Mesmo assim, continua sendo uma casta apreciada principalmente por conhecedores. Por esse motivo é preciso continuar trabalhando na comunicação, destacando as semelhanças com Mencia mas ao mesmo tempo sublinhando as características exclusivas do terroir português. Estabelecer vinhedos em parcelas adequadas, e não em zonas menos privilegiadas como frequentemente é o caso, trabalhar visando rendimentos inferiores em busca da excelência e ter um objetivo claro com relação ao estilo desejado desde o início do processo, são alguns dos factores que certamente ajudarão desenvolver a qualidade e consequentemente a apreciação por esta casta.

Para demostrar seu verdadeiro potencial é necessário um maior número de vinhos varietais e não pensar em Jaen somente como um componente de lotes, muito menos tratar Jaen como outra casta qualquer. É preciso respeitar as particularidades da casta e fazer o trabalho de vinificação mais subtil, buscando salientar sua delicadeza, textura e elegância.

Entre os vários atributos que a casta possui, existem algumas características principais que poderão fazer dela uma das castas do futuro em Portugal. Jaen adapta-se bem ao stress hídrico portanto está bem posicionada para enfrentar as mudanças climáticas do futuro.

A mentalidade imediatista do ser humano, que cada vez mais busca soluções instantâneas, faz da casta uma boa proposta, pois está pronta para o consumo quase que imediatamente, sem exigir anos em garrafa. Esse factor também é uma vantagem para o produtor que pode capitalizar pelo seu trabalho mais cedo. Além disso, o seu perfil atraente, sedoso, é fácil de apreciar e fácil de harmonizar com a gastronomia internacional. Esses são alguns dos principais atributos que contribuirão para que a Jaen seja uma das castas do futuro.

A Escolha do Mestre – Álcool e tendências de consumo

O sector do vinho está a ser alvo de várias campanhas internacionais que apontam o álcool como malefício e não distinguem entre o consumo excessivo de bebidas alcoólicas e a apreciação responsável de um vinho. Uma boa parte dos produtores reage, fazendo vinhos com menor teor alcoólico, mas outros apostam precisamente no contrário, para criar […]

O sector do vinho está a ser alvo de várias campanhas internacionais que apontam o álcool como malefício e não distinguem entre o consumo excessivo de bebidas alcoólicas e a apreciação responsável de um vinho. Uma boa parte dos produtores reage, fazendo vinhos com menor teor alcoólico, mas outros apostam precisamente no contrário, para criar diferenciação.

TEXTO Dirceu Vianna Junior MW

FOTOS Arquivo

Por séculos, o álcool tem desempenhado um papel importante nas nossas interações sociais auxiliando pessoas a relaxarem, diminuindo inibições, ajudando a criar relacionamentos e melhorando amizades. É provável que o consumo de bebidas alcoólicas se tenha originado no período Paleolítico. De acordo com a revista National Geographic, a evidência mais segura e antiga de consumo de bebida alcoólica vem de Jiahu na China por volta de 7000 a.C onde agricultores fermentavam uma mistura entre arroz, uvas, bagas de espinheiro e mel em potes de barro. O álcool teve um papel considerável no desenvolvimento da nossa cultura, influenciando diversos aspectos incluindo linguagem, arte e religião.

Nos últimos tempos, porém, o sector do vinho e das bebidas alcoólicas tem estado sob assédio. Essa perseguição vem acontecendo gradualmente e parece ter acelerado recentemente. De acordo com as diretrizes da Organização Mundial da Saúde (OMS), os homens devem limitar o consumo de álcool a quatro unidades por dia e as mulheres não devem ultrapassar três, o que equivale a um copo grande de vinho. Recentemente, Sally Davies, Chief Medical Officer da Inglaterra, afirmou que não existe nível seguro para o consumo de álcool e criticou os estudos que defendem os benefícios do vinho. Esses sinais apontam para uma campanha que visa transformar o álcool em algo negativo, ao exemplo do que foi feito com o tabaco nas últimas décadas. Esse grupo ‘anti-álcool’ cria mensagens tentando minimizar os benefícios do consumo moderado de álcool para a saúde como, por exemplo, estudos que mostram redução no risco de morte por doença cardíaca em cerca de 15 a 30%, além de outras vantagens. Décadas de evidências mostrando que pessoas que bebem moderadamente vivem mais do que abstémios estão sendo gradualmente corroídas. Kari Poikolainen, doutor em ciências médicas na Universidade de Helsínquia, examinou décadas de pesquisas sobre os efeitos do consumo de álcool e acredita que beber apenas se torna prejudicial quando o consumo é excessivo. Na sua opinião, as evidências mostram que o consumo moderado é melhor que abster-se. No entanto, beber demasiadamente é mais prejudicial à saúde do que a abstinência. Atualmente existe um plano de acção endossado pelos 53 membros europeus da OMS visando reduzir consumo de álcool e em Portugal o Plano Nacional para a Redução dos Comportamentos e as Dependências 2013-2020 acompanha essa estratégia. Embora seja indispensável alertar os cidadãos contra o uso nocivo do álcool, é importante fazer distinção entre as mensagens negativas provenientes de neo-proibicionistas que visam mudar as normas sociais e reduzir a aceitação do álcool na sociedade e uma mensagem sensata sobre os perigos do consumo excessivo. Esse grupo adopta uma abordagem radical e trata todas bebidas alcoólicas da mesma forma, apesar de o vinho ser consumido de maneira diferente do que gin, a vodka e tequila. O vinho é frequentemente consumido durante refeições. Raramente é o combustível que incendeia os centros das cidades por jovens saindo de bares e clubes nas primeiras horas do dia causando barulho, confusão e sujidade.

MUDANÇAS NA VINHA E NA ADEGA

Existem evidências que apontam para uma gradual mudança no comportamento das pessoas entre 25 e 44 anos. Brandy Rand, diretor de marketing da IWSR, responsável por fornecer estatísticas sobre o consumo global de bebidas alcoólicas, acredita que esse segmento está procurando reduzir o álcool que consome. De acordo com a Wine Intelligence, um estudo dos mercados do Reino Unido, EUA, Canadá, Suécia, Nova Zelândia e Austrália, indica que um terço dos consumidores de vinhos premium tentaram moderar o consumo de álcool nos últimos meses. Uma das opções está na busca de vinhos com menor graduação alcoólica. Além de menos intoxicantes, atraem menos impostos. Na Noruega, o imposto é calculado dependendo do teor alcoólico. Nos EUA, vinhos com mais de 16% atraem maiores impostos, o que também é o caso na Europa onde vinhos com mais de
15% são punidos. Esses são motivos pelos quais algumas empresas estão lançando vinhos com menor graduação. A Cooperativa de Plaimont, no sudoeste da França, lançou recentemente um Côte de Gascogne com 9% de álcool. “A demanda por vinhos de baixo teor alcoólico é forte”, diz Olivier Bourdet-Pees, director administrativo da empresa. A Wine Intelligence estudou onze importantes mercados de vinho para entender oportunidades para vinho sustentáveis, orgânicos e de baixa graduação e revelou que a maior oportunidade para vinhos com baixo teor alcoólico se encontra na Nova Zelândia e Austrália, em contraste com a Alemanha, Suécia e Japão onde a oportunidade é menor. Em termos de produção, existem várias maneiras de diminuir a graduação alcoólica de um vinho. No vinhedo, a escolha do material vegetativo, incluindo clones, capazes de atingir a maturação com menos açúcar é vital. A estratégia de nutrição da planta e gestão da copa podem exercer grande influência. Optar por um rendimento maior e antecipar a colheita ajudam reduzir os níveis, embora essas opções, quando não bem geridas possam causar efeitos adversos na qualidade do produto final.

Na adega, condições específicas de fermentação, tratamentos do mosto e o uso de leveduras selecionadas podem causar um impacto significativo. Por exemplo, Ionys, uma levedura descoberta pela empresa canadense Lallemand, é capaz de realizar a total conversão alcoólica atingindo redução de até 0,8% de álcool. Fazer a sangria das cubas também ajuda, pois o vinho lágrima contém mais açúcar, deixando para trás mosto com potencial alcoólico menor. Outras opções incluem fazer lote com componentes menos alcoólicos, cessar a fermentação deixando uma fracção do açúcar residual ou até mesmo diluir com água onde essa técnica é permitida como é o caso na Califórnia. Há também o uso de tecnologia, como Osmose Inversa ou Cones Giratórios que diminuem a graduação alcoólica. Na Herdade do Rocim, Pedro Ribeiro, administrador e enólogo, explica que as estratégias para fazer um vinho com a graduação alcoólica mais baixa é resultado de duas opções naturais, colheita antecipada e o facto da videira ter porte retumbante promovendo o ensombramento dos cachos, o que gera uvas com menos açúcar. Em busca de vinhos que são naturalmente mais baixos em álcool, o Programa de Pesquisa da Nova Zelândia é uma parceria entre produtores e o governo que visa o desenvolvimento de vinhos de alta qualidade que sejam naturalmente baixos em álcool. O investimento de NZD 17 milhões de dólares ao longo de 7 anos tem como objetivo aperfeiçoar o cultivo de uvas com maturação perfeita cujo potencial alcoólico seja 30% inferior. Os produtores neozelandeses, como Mt Difficulty Wines, Pernod Ricard e Villa Maria, estão entre as empresas envolvidas que tem como objetivo fazer da Nova Zelândia o líder dessa categoria até 2025.

E A QUALIDADE, COMO É?

Embora exista uma certa tendência para valorizar vinhos mais frescos, a maioria dos produtores busca a qualidade acima de tudo e a graduação alcoólica é apenas consequência. Não há dúvida que o desenvolvimento do conhecimento de viticultura nas últimas duas décadas tem ajudado viticultores a manter as uvas na vinha por mais tempo em busca de maturação fenólica. No entanto isso gera níveis de açúcar mais altos e consequentemente teores alcoólicos elevados. Esse é um tema que desafia produtores em muitas partes do mundo, principalmente nas regiões mais quentes. Novas técnicas de gerenciamento da canópia também exercem um impacto considerável. Copas abertas concedem maior incidência solar à planta e a prática da remoção das folhas ao redor dos cachos melhora a exposição. Isso, por sua vez, aumenta o açúcar. Além dessas técnicas, certas castas como Viognier e Zinfandel, são reconhecidas pelas suas capacidades de acumular altos níveis de açúcar. António Aguiar, sócio-gerente da Brites Aguiar Lda, explica que a primeira versão do vinho Bafarela 17 surgiu em 2004 quando a colheita de uma das parcelas aconteceu acidentalmente tarde. Apesar da análise apontar teor alcoólico de cerca de 14%, havia grande percentagem de uvas passas no cachos que se foram abrindo durante o processo fermentativo, resultando num vinho com 17%, eis o nome. Outro exemplo de um vinho português com alta graduação alcoólica é Carmim Primitivo tinto, com 16%. Um vinho composto por uvas de vinhedos velhos de Alicante Bouschet, Trincadeira, Aragonez e Castelão. Tiago Garcia, enólogo do Grupo CARMIM, aponta a baixa produção (3 ton/ha) e um ano quente (2017) como factores principais que deram origem ao estilo. O vinho foi elaborado em lagares com pisa a pé, leveduras indígenas e sem estágio em madeira. O teor alcoólico de centenas de vinhos testados pelo Australian Wine Research Institute subiu de uma média de 12,4% em 1984 para 14,2% em 2002 e essa tendência continua. Há cinquenta anos atrás, muitos vinhos de Bordéus tinham graduação alcoólica de 10,5%, hoje, grande parte excede 13,5%. Além de exercer impacto na nossa saúde, vinhos com álcool mais elevado, de forma geral, não harmonizam tão bem com certos pratos mas isso não parece incomodar os consumidores de Bafarela 17 cujas 13.333 garrafas da 1ª edição se esgotaram em apenas duas semanas. António Aguiar sente entusiasmo por parte do consumidor e acredita que esse estilo terá futuro duradouro. Por outro lado, na opinião de Pedro Ribeiro os mercados mais sofisticados valorizam graduação alcoólica mais baixa.

O consumo de álcool vem diminuindo, excepto nos grupos com maiores rendimentos, que representam a maior parte dos consumidores de vinho. O grupo anti-álcool que não faz distinção entre as diferentes formas de álcool e está constantemente criando mensagens negativas e confusas sobre o seu consumo. O sector precisa fazer mais para educar consumidores sobre os aspectos positivos do consumo moderado de vinho para a saúde. Sempre haverá um pequeno mercado para vinhos com alto teor de álcool, especialmente em países onde a cultura do vinho ainda está em fase de desenvolvimento. Em países onde a comercialização e o consumo de vinhos tem um maior histórico, como é o caso da maioria dos países europeus, é provável que os consumidores continuem reduzindo o consumo de álcool no futuro e essa tendência favorecerá estilos de vinhos mais frescos, mais leves, mais fáceis de beber e com menor teor alcoólico.

 

Edição Nº25, Maio 2019

ViniPortugal traz Masters of Wine a três regiões portuguesas

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Quinze Masters of Wine (MW) de todo o Mundo estiveram, na última semana de Março, em tour pelo Alentejo, Dão e Bairrada. Numa parceria entre a ViniPortugal e o The Institute of Masters of Wine, este grupo de elite do vinho, proveniente de nove países diferentes, reforçou o seu conhecimento sobre castas, regiões e produtores portugueses, tomando contacto com o panorama vinícola nacional e as suas características distintivas.

O grupo de MW, coordenado por Dirceu Vianna Junior, o primeiro MW de língua portuguesa, radicado em Inglaterra, integrou especialistas de renome internacional: Alison Eisermann Ctercteko (Australia), Elsa Macdonald (Canadá), James Lawther (França), Joanna Locke (Reino Unido), Joel Butler (EUA), Matthew Forster (Reino Unido), Olga Karapanou Crawford (EUA), Robin Kick (Suíça), Rupert Wollheim (Reino Unido), Simon Nash (Nova Zelândia), Susan McCraith (Reino Unido), Tim Jackson (Reino Unido), Yiannis Karakasis (Grécia) e Ying Tan MW (Singapura).

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Além de visitas a produtores, estes MW assistiram a várias masterclasses, orientadas pelos colaboradores da Grandes Escolhas Nuno Oliveira Garcia e Dirceu Vianna Junior, e por Luís Lopes, director da publicação. Também palestras de enquadramento global do perfil de cada uma das três regiões vitivinícolas fizeram parte do programa, que seguidas de um debate sobre viticultura.

Foram várias as empresas que colaboraram nesta óptima iniciativa da ViniPortugal, entre elas a Herdade do Esporão, Dona Maria Vinhos, Fundação Eugénio de Almeida, Adega Mouchão, Symington Family Estates, Magnum Vinhos, Julia Kemper Wines, Paços dos Cunhas de Santar/Global Wines, Quinta da Pellada, Casa da Passarela, Quinta dos Carvalhais/Sogrape, Quinta dos Roques, Caves Aliança, Luís Pato e Baga Friends (Quinta das Bágeiras, Sidónio de Sousa, Quinta da Vacariça, Niepoort e Palace Hotel do Buçaco), CVR Dão e CVR Bairrada.

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