Organizado todos os anos pela ViniPortugal, o Fórum Vinhos de Portugal teve mais uma edição no dia 22 de Novembro, em Leiria. No evento, no qual marcaram presença várias entidades do sector, esteve em destaque a apresentação das novas regras de rotulagem dos produtos vitivinícolas; foram comunicados, como habitualmente, os números e o balanço de performance do vinho português no mercado nacional e internacional entre os meses de Janeiro e Setembro de 2023; e foi, ainda, divulgado o Plano de Marketing e Promoção para 2024 da ViniPortugal — entidade responsável pelo desenvolvimento e execução de estratégias e planos de promoção dos Vinhos de Portugal em mercados internacionais — com a marca Wines of Portugal.

Nesta edição do Fórum Anual Vinhos de Portugal, o destaque foi para as novas regras de rotulagem de produtos vitivinícolas. A partir de 8 de Dezembro de 2023, será obrigatória a indicação na rotulagem da declaração nutricional, dos ingredientes e data de durabilidade mínima. Os vinhos e produtos vínicos que tenham sido produzidos antes dessa data podem continuar a ser colocados no mercado até ao seu esgotamento. O objectivo do legislador europeu é que esta informação sirva, sobretudo, a necessidade de os consumidores estarem mais bem informados para fazerem as suas escolhas. Através da proposta apresentada por Portugal, legislou-se no sentido de se disponibilizar a informação sobre a lista de ingredientes e a declaração nutricional, através de meios eletrónicos, por exemplo o Código QR.

Segundo Frederico Falcão, Presidente da ViniPortugal, “as novas regras de rotulagem são muito importantes para o consumidor estar na posse de todas as informações, para tomar melhores decisões em relação ao consumo de produtos vitivinícolas, na medida em que a informação presente contará com a declaração nutricional, como o valor energético, as quantidades de lípidos, ácidos gordos saturados, hidratos de carbono, açucares, proteínas, entre outros. Esta regra, já aplicada aos outros géneros alimentícios, vai-nos trazer mais informação sobre aquilo que consumimos e, assim, fazermos escolhas mais informadas”.

 

Fórum Vinhos Portugal rótulos

 

De acordo com os dados apresentados pelo IVV (Instituto da Vinha e do Vinho), em 2022, Portugal encontrava-se entre os 10 principais exportadores mundiais, ocupando o 8º lugar em volume e o 9º lugar em valor, sendo que os principais mercados foram Estados Unidos da América, Reino Unido e Alemanha. De Janeiro a Setembro de 2023, Portugal exportou 241 milhões de litros de vinho português, registando um valor de 682 milhões de euros, a um preço médio por litro de 2,83 euros. Quanto aos 5 maiores mercados de destino do vinho português, até Setembro deste ano, estes foram os EUA (77 milhões de euros), França (75 milhões), Reino Unido (68 milhões), Brasil (58 milhões) e Canadá (38 milhões).

Especificamente, o vinho tranquilo com DO/IG representou 110 milhões de litros exportados, um acréscimo de 1,6% face a 2022, e 327 milhões de euros, um aumento de 11 milhões de euros face a 2022, ou seja, 3,2%. O preço médio por litro também teve um ligeiro aumento, situando-se em 2,97 euros.

“Temos assistido a um crescimento significativo nas exportações dos vinhos portugueses de forma continua, ano após ano. Este aumento deve-se à excelente qualidade dos nossos vinhos e ao trabalho de promoção internacional que tem sido desenvolvido em conjunto com o sector, no sentido de dar a conhecer os nossos produtos. Para 2024, a ViniPortugal tem definido um programa de promoção com o objectivo de trabalhar a notoriedade de marca Wines of Portugal, desenvolver o posicionamento distintivo dos vinhos portugueses com vista a credibilizar a nossa oferta e afirmar Portugal como um ‘hot spot’ internacional do sector do vinho. Para o alcance destas metas teremos um investimento de 8,32 milhões de euros para trabalhar 22 mercados, sendo que 66% será fora da Europa”, adiantou Frederico Falcão.

 

Destaques do Fórum Vinhos de Portugal 2023:

Sociedade Vinícola de Palmela reforça portefólio da distribuidora Vinalda

Sociedade Vinícola Palmela Vinalda

A Vinalda celebrou uma parceria com a Sociedade Vinícola de Palmela (SVP), para a distribuição exclusiva das marcas da empresa em Portugal e no mundo. As marcas SVP (Grande Reserva, Moscatel de Setúbal e Moscatel Roxo), Serra Mãe e Terras do Sado passam, assim, a fazer parte da carteira de produtores da Península de Setúbal […]

A Vinalda celebrou uma parceria com a Sociedade Vinícola de Palmela (SVP), para a distribuição exclusiva das marcas da empresa em Portugal e no mundo. As marcas SVP (Grande Reserva, Moscatel de Setúbal e Moscatel Roxo), Serra Mãe e Terras do Sado passam, assim, a fazer parte da carteira de produtores da Península de Setúbal da Vinalda.

Após a recente renovação da imagem da empresa, a SVP — eleita “Empresa de Vinhos Generosos 2022” nos Prémios Grandes Escolhas — apostou também num rebranding das marcas, de forma a reposicionar todo o portefólio num segmento de superior qualidade.

Prestes a celebrar 60 anos, esta parceria é mais um passo na nova estratégia da SVP, iniciada em 2021 com a entrada no capital da empresa de Vasco Guerreiro, empresário há muito ligado ao sector. Além do CEO, a estrutura accionista mantém as famílias do enólogo Filipe Cardoso (Quinta do Piloto) e do agora diretor-geral adjunto, Luís Simões, de outra família histórica de viticultores de Palmela (Horácio Simões). A enologia está a cargo de José Caninhas, com o apoio de Filipe Cardoso.

“Há algum tempo que a Vinalda procurava um produtor com um portefólio que pudesse complementar a nossa carteira na região e a ‘nova’ Sociedade Vinícola de Palmela responde exactamente ao que pretendíamos: uma empresa com uma estratégia ambiciosa, um conjunto de marcas com uma imagem apelativa e, principalmente, vinhos de elevado nível e excelente relação qualidade-preço”, salienta o diretor-geral da distribuidora, José Espírito Santo.

Certificação e exportação de vinhos do Tejo continuam a aumentar

Vinhos Tejo certificação

No panorama dos vinhos do Tejo, o primeiro semestre de 2023 volta a trazer boas notícias. A Comissão Vitivinícola Regional dos Vinhos do Tejo (CVR Tejo) anunciou um aumento significativo na certificação de vinhos da região, na ordem dos 11,5%, entre os meses de Janeiro e Junho deste ano. Isto traduz-se em 16,8 milhões de […]

No panorama dos vinhos do Tejo, o primeiro semestre de 2023 volta a trazer boas notícias. A Comissão Vitivinícola Regional dos Vinhos do Tejo (CVR Tejo) anunciou um aumento significativo na certificação de vinhos da região, na ordem dos 11,5%, entre os meses de Janeiro e Junho deste ano. Isto traduz-se em 16,8 milhões de litros de vinho certificados durante este período.

Uma análise mais detalhada da CVR Tejo revela, também, que desse volume certificado, 5 milhões de litros se destinaram à exportação, sobretudo para países da União Europeia, com destaque para a Suécia e a Polónia. Comparativamente a 2022, trata-se de um aumento de 50% na exportação dos vinhos do Tejo certificados.
Ainda segundo a CVR Tejo, quando se comparam os números do primeiro semestre de 2023 com os de 2018 — ano em que a certificação de Janeiro-Junho foi de 6,8 milhões de litros, menos 10 milhões do que este ano — regista-se um notável aumento de 149%.

Vinhos Tejo certificação
Luís de Castro, presidente da CVR Tejo.

Outra boa notícia é o aumento do consumo de vinhos do Tejo no canal HoReCa (Hotéis, Restaurantes e Cafés). “Uma maior apetência na restauração capitaliza em vinhos diferenciadores e de valor mais elevado, o que é uma mais-valia para a construção de marca e notoriedade da região”, declara a comissão vitivinícola.

Luís de Castro, presidente da CVR Tejo, considera que “a região vai continuar a crescer e a conquistar, cada vez mais, quota de mercado nacional e internacional. Estes resultados são fruto do grande trabalho feito pelos produtores, com o incentivo da CVR Tejo, no que toca à valorização do território, do produto e da marca Vinhos do Tejo”.

Vinhos de Lisboa: 2022 foi o melhor ano de sempre

Vinhos Lisboa

Com mais 5,5 milhões de garrafas colocadas no mercado, face ao ano anterior, os Vinhos de Lisboa atingiram números recorde em 2022, o que se traduz num crescimento de 9%, segundo dados partilhados pela Comissão Vitivinícola da Região de Lisboa (CVR Lisboa). Francisco Toscano Rico, presidente da CVR Lisboa, explica: “Este desempenho resultou do aumento […]

Com mais 5,5 milhões de garrafas colocadas no mercado, face ao ano anterior, os Vinhos de Lisboa atingiram números recorde em 2022, o que se traduz num crescimento de 9%, segundo dados partilhados pela Comissão Vitivinícola da Região de Lisboa (CVR Lisboa).

Francisco Toscano Rico, presidente da CVR Lisboa, explica: “Este desempenho resultou do aumento significativo das vendas de vinhos brancos de Lisboa em mais de 25%, do crescimento das exportações para quase 100 países (+5% em volume e +7% em valor), o que permitiu alcançar uma quota de 20% do total das exportações de vinhos certificados nacionais (total das DOP/IGP excepto Vinho do Porto) e ainda das vendas dos Vinhos de Lisboa na restauração nacional, onde registaram, em 2022, o seu melhor ano de sempre, com crescimentos acima dos 100%, em volume e em valor”.

Especificamente quanto ao papel da restauração, Francisco Toscano Rico comenta: “Vemos como muito positivo a crescente penetração dos Vinhos de Lisboa nas cartas dos restaurantes, é um segmento especialmente importante para os vinhos mais premium, de maior valor acrescentado, e isso é fundamental sobretudo para os pequenos e médios produtores que foram os mais impactados durante a pandemia (…)”.

O presidente da CVR Lisboa sublinha, ainda, a importância dos vinhos brancos para a região: “Destaco a afirmação de Lisboa como região de excelência para a produção de grandes vinhos brancos e a subida importante das DOP de Lisboa como Bucelas, Óbidos, Carcavelos, Colares e Lourinhã, a atingirem valores pré-pandemia, sustentados pela recuperação da restauração nacional”.

Exportações de vinhos portugueses voltam a bater recorde em 2022

Exportações 2022

A informação foi divulgada, como habitual, pela ViniPortugal, a associação interprofissional que promove os Vinhos de Portugal no estrangeiro: as exportações dos vinhos portugueses fecharam 2022 com um valor recorde, que chegou aos 941 milhões de euros. Isto traduz-se num aumento de 1.52%, relativamente a 2021. O valor total das exportações está actualmente dividido de […]

A informação foi divulgada, como habitual, pela ViniPortugal, a associação interprofissional que promove os Vinhos de Portugal no estrangeiro: as exportações dos vinhos portugueses fecharam 2022 com um valor recorde, que chegou aos 941 milhões de euros. Isto traduz-se num aumento de 1.52%, relativamente a 2021.

O valor total das exportações está actualmente dividido de forma bastante equilibrada entre os mercados União Europeia e Países Terceiros, com o primeiro a representar 427 milhões de euros, e o segundo, 499 milhões de euros.

Quanto a países, França mantém a liderança enquanto destinatário dos vinhos portugueses em 2022, com um valor de 111 milhões de euros e um crescimento de 3.2% em comparação com 2021; e logo a seguir surgem os Estados Unidos, cujo valor em 2022 foi de 105 milhões de euros. Em terceiro lugar vem o Reino Unido, com 83 milhões de euros.

Ainda segundo a ViniPortugal, uma das maiores subidas, ao contrário de 2021, foi a do mercado angolano, com um crescimento de 103.6%; seguido do México, com aumento de 74.6%; e do Japão, com 24.5%.

Frederico Falcão, presidente da ViniPortugal, comenta: “Tal como estimámos no início, as nossas exportações voltaram a atingir o recorde, em 2022, chegando aos 941 milhões de euros. Por isso, estamos muito satisfeitos com os resultados obtidos, tendo em consideração que foi o ano em que se deu início a uma guerra, que ainda continua, e que nos trouxe fragilidades económicas e até de acesso aos mercados. Mas, como sempre, este é um sector que nunca baixa os braços e os objectivos para 2023 mantêm-se ambiciosos, queremos chegar aos mil milhões de euros, assentando este crescimento no aumento do preço médio. É para isso que estamos a trabalhar, quer na promoção nos mercados tradicionais, como na abertura de novos mercados onde o potencial de crescimento é grande”.

Vinhos Porta 6 abraçam mercado nacional com distribuidora Vinalda

Porta 6 Vinalda

A Vinalda anunciou que vai iniciar a distribuição no mercado nacional, em exclusivo, dos vinhos Porta 6 da Vidigal Wines, empresa que hoje pertence ao grupo Abegoaria. A marca Porta 6 é um sucesso de exportação e líder das vendas nacionais de vinho em vários mercados. Segundo a Vinalda, “é o vinho tinto português mais […]

A Vinalda anunciou que vai iniciar a distribuição no mercado nacional, em exclusivo, dos vinhos Porta 6 da Vidigal Wines, empresa que hoje pertence ao grupo Abegoaria.

A marca Porta 6 é um sucesso de exportação e líder das vendas nacionais de vinho em vários mercados. Segundo a Vinalda, “é o vinho tinto português mais vendido no Reino Unido (e o terceiro europeu) e no Canadá, estando no top 5 de vendas dos vinhos nacionais no Brasil e um caso de sucesso também na Suécia e nos Estados Unidos”. No entanto, e de acordo com a distribuidora, “é um vinho com vendas ainda pouco significativas em Portugal”.

Em relação a este assunto, Manuel Bio, CEO do grupo Abegoaria, comenta: “O Porta 6 é o vinho tinto nacional que mais vende fora de Portugal. A estratégia da Vidigal Wines foi sempre de internacionalização, sem olhar muito para o mercado português. Para o grupo Abegoaria, está na hora de apostar no nosso mercado, porque não faz sentido ter um vinho que é um caso de sucesso lá fora que vende pouco em Portugal”.

Já José Espírito Santo, director-geral da Vinalda, refere que esta vai “começar por apostar mais nas regiões fortes em turismo, uma vez que os estrangeiros já conhecem e bebem este vinho nos seus países de origem”. Adicionalmente, a distribuidora quer “apresentar este vinho de sucesso aos consumidores portugueses”.

Os vinhos Porta 6 são produzidos com uvas da Região de Lisboa, por uma equipa técnica orientada pelo enólogo António Ventura. Mauro Azóia, um dos enólogos residentes da Vidigal Wines, explica que “O tinto Porta 6 é um vinho desenhado para o consumidor. Fomos ver o que este gosta e partimos daí para o fazer, um tinto só de castas nacionais que é frutado, suave e fresco, que não nos cansamos de beber”.

O rótulo do Porta 6, por sua vez, foi inspirado na icónica carreira 28 do eléctrico da capital portuguesa, e feito com base numa obra do artista plástico alemão Hauke Vagt, residente em Alfama há mais de 20 anos.

Wine Concept ganha distribuição nacional dos vinhos Luis Pato

Wine Concept Luis Pato

A distribuidora Wine Concept anunciou, em comunicado de imprensa, que iniciou a representação dos vinhos Luis Pato, produtor da Bairrada, em território nacional e de forma exclusiva. Luís Pato, que em 2023 completará a sua 41ª vindima, comenta: “Estamos a começar 2023 e a mudar de paradigma, passando para um novo distribuidor, a 100%. A […]

A distribuidora Wine Concept anunciou, em comunicado de imprensa, que iniciou a representação dos vinhos Luis Pato, produtor da Bairrada, em território nacional e de forma exclusiva.

Luís Pato, que em 2023 completará a sua 41ª vindima, comenta: “Estamos a começar 2023 e a mudar de paradigma, passando para um novo distribuidor, a 100%. A Wine Concept vai distribuir todos os vinhos Luis Pato e colocá-los nos melhores restaurantes de Portugal. A minha expectativa é grande, tenho esta idade mas vejo sempre um futuro melhor, mesmo nesta altura de futuro incerto. E por isso, espero que a Wine Concept seja aquilo que eu nunca tive na vida, um grande distribuidor!”.

Já Nuno Sousa, um dos administradores da Wine Concept, afirma: “Estamos muito honrados com este desafio de distribuir nacionalmente, e em exclusividade, vinhos de grande qualidade e procura no mercado. Ao processo da distribuição exclusiva dos vinhos Luis Pato podemos aplicar três palavras, desafio, orgulho e responsabilidade. E estamos convictos que vamos superar este novo desafio”.

Vinhos Paulo Laureano distribuídos em exclusivo pela Viborel

Paulo Laureano Viborel

Os vinhos com o nome de um dos mais carismáticos e conceituados enólogos do Alentejo (e de Portugal), Paulo Laureano, começam agora a ser distribuídos pela Viborel, em regime de exclusividade. Paulo Laureano define-se, de acordo com a Viborel, “como um enólogo minimalista, para quem desenhar vinhos é uma paixão, e desvendar os seus aromas […]

Os vinhos com o nome de um dos mais carismáticos e conceituados enólogos do Alentejo (e de Portugal), Paulo Laureano, começam agora a ser distribuídos pela Viborel, em regime de exclusividade.

Paulo Laureano define-se, de acordo com a Viborel, “como um enólogo minimalista, para quem desenhar vinhos é uma paixão, e desvendar os seus aromas e sabores, avaliar e optimizar, são as razões da sua identidade e personalidade, promovendo-os como verdadeiras fontes de prazer. A sua aposta exclusiva nas castas portuguesas traduz a sua maneira de estar, encarando o vinho como factor de cultura e civilização”.

Vinhos do Alentejo têm novo embaixador no Brasil

Vinhos Alentejo embaixador Brasil

Esta é já a 9ª edição do concurso “O Melhor Sommelier de Vinhos do Alentejo no Brasil”, que elegeu o grande vencedor: Gabriel Raele. A iniciativa, dirigida ao maior mercado de exportação de vinhos alentejanos, conta agora com um dos melhores sommeliers de São Paulo, que durante o próximo ano vai poder apresentar aos consumidores […]

Esta é já a 9ª edição do concurso “O Melhor Sommelier de Vinhos do Alentejo no Brasil”, que elegeu o grande vencedor: Gabriel Raele. A iniciativa, dirigida ao maior mercado de exportação de vinhos alentejanos, conta agora com um dos melhores sommeliers de São Paulo, que durante o próximo ano vai poder apresentar aos consumidores brasileiros as particularidades dos vinhos da região. Esta iniciativa, com a assinatura da Comissão Vitivinícola Regional Alentejana (CVRA), pretende fortalecer a relação já existente entre o Alentejo e o Brasil, país no qual os vinhos alentejanos cresceram, no primeiro semestre deste ano, 23% em valor e 26% em volume, um balanço que reforça a liderança do mercado nos destinos de exportação.  

“Esta acção, que mantemos anualmente desde 2014, é fundamental para a imagem que o mercado brasileiro tem dos nossos vinhos, reforçando a nossa presença junto destes consumidores que, sem dúvida, valorizam os Vinhos do Alentejo e que, cada vez mais, conhecem a diversidade e particularidades da região”, explica Tiago Caravana, director de marketing da CVRA. Para o responsável, o concurso tem sido, ao longo dos anos, “muito bem-sucedido, ao aproximar os especialistas de enólogos e produtores e ao formar os sommeliers para que estes possam promover no seu mercado de origem aquilo que de melhor se faz no Alentejo.” 

Os jurados – Luís Lopes, director da revista Grandes Escolhas, Tiago Caravana, director de marketing da CVRA, Ricardo Morais, wine director do Grupo JNcQUOI, Marc Pinto, wine director no restaurante Fifty Seconds e Domingos Meirelles, director da Exponor Brasil – concluíram que o grande vencedor do ano 2022 se destacou tanto no teste escrito sobre o Alentejo e seus vinhos, como no exame prático de simulação de serviço de vinhos alentejanos em contexto de restaurante, tendo demonstrado “um elevado conhecimento sobre a região e, claro, uma capacidade excepcional de promover os Vinhos do Alentejo e as suas particularidades”.

Exportações de vinho português caem no primeiro semestre de 2022

exportações vinho 2022

Depois de alguns anos em percurso ascendente, as exportações de vinho português caíram 1,28% no primeiro semestre de 2022, em comparação com o período homólogo de 2021. Segundo a ViniPortugal — associação interprofissional que visa promover mundialmente os vinhos portugueses — de Janeiro a Junho de 2022 registou-se um decréscimo 5,6 milhões de euros face […]

Depois de alguns anos em percurso ascendente, as exportações de vinho português caíram 1,28% no primeiro semestre de 2022, em comparação com o período homólogo de 2021.

Segundo a ViniPortugal — associação interprofissional que visa promover mundialmente os vinhos portugueses — de Janeiro a Junho de 2022 registou-se um decréscimo 5,6 milhões de euros face aos mesmos meses do ano que passou. Frederico Falcão, presidente da ViniPortugal, contextualiza o fenómeno: “As exportações de vinho estão a cair há alguns meses, números que começámos a prever desde o momento em que os produtores registaram falta de matéria-prima na sua produção e problemas na distribuição. A conjuntura internacional é a principal causa desta contração, tendência do sector que surge, felizmente, só agora e que foi evitada nos últimos meses (e anos) graças à resiliência e dinâmica dos produtores nacionais. Recordo que estivemos a crescer a dois dígitos em grande parte do ano de 2021 e também no arranque de 2022. Como tal, acreditamos, ainda assim, que podemos terminar 2022 com um balanço positivo”.

Em sentido contrário, estão as exportações para os mercados Angola (crescimento de 55,2%), Canadá (+4,1%) e Japão (+21,6%), inseridos num aumento geral de 2,2% em valor, para os Países Terceiros, apesar do desempenho negativo das exportações de vinho português para a China (-47,7%) e para a Rússia (-62,1%). Por sua vez, o mercado comunitário teve uma quebra de 5,1%, com destaque para a Alemanha (-12,8%) e Suécia (-16,8%). 

País Valor Dif 2021
França 55 762 418 € -682 231 €
Estados Unidos da América 55 712 070 € 988 902 €
Brasil 29 192 783 € -2 455 261 €
Canadá 26 765 018 € 1 227 308 €
Alemanha 25 025 374 € -3 663 603 €
Países Baixos 21 905 063 € -1 830 691 €
Bélgica 21 763 432 € -1 707 733 €
Suíça 17 803 140 € -498 833 €
Angola 17 777 380 € 6 319 836 €
Polónia 15 052 452 € -743 152 €
Suécia 13 050 687 € -2 625 037 €
Espanha 10 477 103 € 1 133 859 €
Dinamarca 8 263 500 € 690 759 €
Noruega 6 091 058 € -755 761 €
Japão 4 623 298 € 819 848 €
China 4 104 547 € -3 749 968 €
Coreia do Sul 3 166 803 € -193 880 €
Federação da Rússia 2 147 395 € -3 515 274 €
México 1 016 030 € 430 423 €
Ucrânia 809 019 € -682 258 €
Reino Unido 711 298 € -60 195 €

*Tabela fornecida pela ViniPortugal