Moscatel de Setúbal: Um tesouro a descobrir

O Moscatel de Setúbal é um dos clássicos generosos portugueses, mas a sua notoriedade junto do consumidor está ainda muito distante da sua grandeza enquanto vinho. Merece bem mais do que o que tem, mais reconhecimento, melhores preços, mais visibilidade. Mas apesar disso, a verdade é que continua a crescer em área de vinha e […]
O Moscatel de Setúbal é um dos clássicos generosos portugueses, mas a sua notoriedade junto do consumidor está ainda muito distante da sua grandeza enquanto vinho. Merece bem mais do que o que tem, mais reconhecimento, melhores preços, mais visibilidade. Mas apesar disso, a verdade é que continua a crescer em área de vinha e produção.
TEXTO João Paulo Martins
FOTOS Mário Cerdeira
Quando se fala da trilogia dos vinhos licorosos portugueses sempre nos lembramos dos três magníficos, Porto, Madeira e Moscatel de Setúbal. É verdade que há outros, como o Moscatel do Douro e o Carcavelos mas nenhum destes dois atingiu o brilho do generoso de Setúbal. Apesar da fama do Setúbal e dos indicadores que são muito optimistas, não só quanto à área de vinha como em relação às quantidades produzidas, a verdade é que os ventos andam contrários. Os tempos, em Portugal e no mundo, não vão de feição para os vinhos doces. Esta verdade é válida não só aqui como também internacionalmente e as regiões que se notabilizaram pela produção de vinhos com elevado teor de açúcar estão a ressentir-se do menor interesse do público. Acontece com o Vinho do Porto tal como acontece com os Sauternes (França), por exemplo. Em alguns casos consegue-se uma melhor rentabilidade pela subida de preços de categorias mais elevadas (caso do Porto) mas as categorias de entrada dos licorosos nacionais (e europeus) tendem a ter preços pouco prestigiantes. O Moscatel de Setúbal consegue ser algo bipolar em termos de segmentação, com preços muito baixos nas gamas de entrada e, depois, vinhos de gama alta vendidos a valores já condizentes com a sua imagem e qualidade.
A região de Setúbal tem conhecido um renovado interesse dos produtores no Moscatel, um generoso com direito a reconhecimento legal como região demarcada desde os inícios do séc. XX. Durante décadas foi a casa José Maria da Fonseca que, quase em exclusivo, manteve o estandarte do generoso Moscatel de Setúbal. A partir dos anos 80 a J.P. Vinhos (mais tarde Bacalhôa Vinhos de Portugal) passou também a incluir o generoso no seu portefólio e de então para cá, sobretudo já neste século, a maioria dos produtores da região assumiu (e bem) que havia como que a “obrigação cívica” de manter, desenvolver e expandir o Moscatel que deu fama à região.
Henrique Soares, Presidente da CVR de Setúbal, confirmou-nos o crescimento sustentado que a área de vinha destinada à produção de moscatel tem tido. Estamos então a falar de 520ha para a produção do Moscatel de Setúbal e 43ha para o Moscatel Roxo de Setúbal. Na versão Roxo verificou-se um crescimento que fez duplicar a área de vinha em cerca de 3 anos e retirou, de vez, a casta do perigo de extinção em que se encontrava nos anos 80 do século passado. A produção global subiu também de forma permanente e situa-se agora (2019) nos 20 000 hectolitros quando, 4 anos antes, era apenas de 15 000 hectolitros.
Para ser Moscatel de Setúbal com direito à Denominação de Origem o vinho deverá incluir 85% da casta embora, ainda segundo Henrique Soares, a maioria dos produtores opte por ter 100% da casta em cada garrafa. Existia também a possibilidade de se fazer um generoso apenas com 2/3 de moscatel e 1/3 com outras castas brancas – tinha então o nome único de Setúbal (e não Moscatel de Setúbal) mas ao que nos informaram essa prática caiu em desuso e já ninguém a utiliza. Pelo facto da Portaria que actualizou as designações relativas ao Moscatel de Setúbal ser de 2014, é possível que se encontrem no mercado vinhos que apenas indicam “Setúbal” em vez de Moscatel de Setúbal e “Roxo” em vez de Moscatel Roxo de Setúbal.
Os segredos do Setúbal
A casta moscatel existe em inúmeros países, desde a bacia do Mediterrâneo até à África do Sul. Contam-se várias estirpes da casta, há nomes variados e perfis diferenciados. Em Portugal conhecemos duas famílias principais: o Moscatel Galego mais presente no Douro e o Moscatel de Alexandria (ou Moscatel Graúdo) em Setúbal. A variedade Moscatel Roxo é uma mutação do Moscatel Galego. Caracteriza-se pela fraca pigmentação tinta do bago, estando aí a origem do nome. Oficialmente, é considerada uma casta rosada, não tinta.
No modo de fabrico segue-se a técnica dos outros generosos, ou seja, a meio da fermentação é adicionada a aguardente que faz com que o processo fermentativo se interrompa e o resultado seja um vinho doce. Esta doçura, no caso dos vinhos com 20 ou mais anos, com concentração através da evaporação em casco, pode chegar aos 340 gramas/litro. Usa-se na região uma aguardente em tudo idêntica à do Vinho do Porto – tem a obrigatoriedade de ser vínica e ter um teor de álcool compreendido entre os 52 e 86% – mas não existem restrições quanto à origem: pode ser nacional (ou não) e alguns produtores, como a José Maria da Fonseca, têm usado aguardente adquirida quer na zona de Cognac quer na de Armagnac, regiões que, como se sabe, são produtores de espirituosos. A variação do teor alcoólico da aguardente prende-se também com o perfil do produto final, já que o Moscatel de Setúbal pode entre 16 e 22% de álcool.
A tradição da região impôs na vinificação uma maceração pós-fermentativa com as películas das uvas (ricas em aromas e sabores) ainda e já com a aguardente adicionada, processo que se estende por vários meses. Durante este “estágio” a cor do vinho pode ganhar tonalidades cada vez mais carregadas, o que também explica as cores “evoluídas” dos moscatéis novos.
No que diz respeito às barricas para o estágio não existem também limitações nem quanto ao volume nem quanto à origem das mesmas. Assim, tanto se podem usar barricas de pequeno volume, onde o envelhecimento tende a ser mais acelerado, como tonéis de grande dimensão. A Bacalhôa tem utilizado barricas onde anteriormente se estagiou whisky e que são colocadas numa estufa sujeita às variações de temperatura entre Verão e Inverno. Para ter direito à Denominação de Origem o vinho é obrigado a um mínimo de 18 meses de estágio.
O tempo, esse grande educador
Tal como acontece com outros generosos, sobretudo com o Porto Tawny e os Madeira, é o estágio prolongado em tonel ou barrica que confere ao vinho toda a complexidade e qualidade que se lhe reconhecem. É também nesse estágio que a tonalidade escurece, ficando com tons acastanhados. Pode, no entanto, parecer estranho que os vinhos novos, apenas com os 18 meses de estágio obrigatórios por lei, tenham já uma tonalidade muito carregada. Filipa Tomaz da Costa, enóloga da Bacalhôa, esclarece: “tenho várias cubas com o moscatel ainda em contacto com as massas (método que segue a tradição da região) e o vinho já apresenta uma tonalidade que sugere uma prolongada oxidação; por isso é normal que mesmo nos vinhos novos surjam tons mais escuros”. A lei permite, de qualquer forma, a utilização do caramelo como corrector de cor.
Depois desta maceração é o tempo em casco que vai, lentamente, operando as modificações que farão surgir um grande generoso, concentrado, por vezes muito doce, mas muito complexo. Também aqui há quem esteja a inovar e o vinho da quinta do Monte Alegre é sobretudo envelhecido em garrafa, um pouco à maneira do Porto Vintage. Ainda é cedo para se perceber se o resultado justifica a prática.
Na Bacalhôa, há muitos anos que o estágio em estufa é praticado. Filipa Tomás da Costa refere: “Usamos este método sobretudo nos primeiros 10 anos do envelhecimento; depois desse tempo trazemos os cascos para dentro do armazém, embora continuem nas zonas altas mais perto do telhado. Como a massa vínica é muito grande dentro da estufa – apesar das pipas serem de 200 litros – há uma forte inércia térmica e no Inverno podemos ter temperaturas exteriores de 4ºC mas no interior da pipa o vinho apenas varia entre os 10 e 15ºC; no Verão, a temperatura no interior da estufa chega facilmente aos 40º mas o vinho apenas oscila entre os 25 e 28ºC”.
A prática de atestar as barricas e passar a limpo nunca se generalizou na região. Na José Maria da Fonseca existiam muito vinhos velhos que já apenas correspondiam a “um fundinho da pipa”, como nos disse Domingos Soares Franco, enólogo da empresa, e tomou-se a decisão (há já alguns anos) de engarrafar todos esses vinhos, tendo-se considerado que apenas estavam a evaporar e que já nada mais havia a esperar do estágio em tonel. Mas, tal como no Vinho do Porto, este estágio pode prolongar-se por mais de 100 anos.
Novas categorias e mais diversidade
A legislação da região permite desde há algum tempo a produção de vinhos com indicação de idade. Assim, no rótulo da garrafa pode vir a indicação 5, 10, 20, 30 e 40 anos. Como muitos operadores ainda não têm vinhos muito velhos a existência de vinhos com as idades 30 e 40 é por enquanto muito limitada.
Pela prova que fizemos verifica-se que a indicação da data da colheita começa a generalizar-se e os vinhos com 5 anos também mostram ser uma categoria que veio para ficar. A designação Superior obriga a um estágio mais prolongado e a uma aprovação como tal na Câmara de Provadores.
Ainda segundo Soares Franco, a aceitação pelo mercado de vinhos com indicação de idade está a ser muito boa, quer em Portugal (que é ainda o principal destinatário) quer no mercado eterno, onde se destacam o Brasil, o Canadá e a Escandinávia.
O grande inimigo do Moscatel de Setúbal é a tendência – que se estende a outros produtos vínicos – de fazer parte dos vinhos que estão permanentemente na mira das grandes superfícies (super e hipermercados) que jogam com os preços cada vez mais baixos, um verdadeiro rolo compressor que não traz nada de bom para a imagem do Moscatel de Setúbal. O futuro da região, muito mais do que vender cada vez mais barato deverá ser vender cada vez melhor, subindo gradualmente os preços, única forma de tornar trabalho rentável, valorizar a uva e o produtor e dignificar o produto de excelência que é o Moscatel de Setúbal.
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Sivipa Moscatel
Fortificado/ Licoroso - 2017 -
Adega de Palmela M Moscatel
Fortificado/ Licoroso - 2016 -
Sivipa Moscatel 10 anos
Fortificado/ Licoroso - -
Quinta do Piloto Moscatel 5 Anos( 1500ml )
Fortificado/ Licoroso - -
Moscatel de Setúbal by Quinta do Monte Alegre Moscatel
Fortificado/ Licoroso - -
Xavier Santana Moscatel
Fortificado/ Licoroso - 2017 -
Quinta do Monte Alegre Moscatel Roxo ( 500 ml )
Fortificado/ Licoroso - 2013 -
Moscatel de Setúbal Moscatel
Fortificado/ Licoroso - 2016 -
Malo Moscatel 5 Anos
Fortificado/ Licoroso - -
Lobo Roxo Moscatel roxo ( 500 ml)
Fortificado/ Licoroso - 2010 -
Filipe Palhoça Moscatel
Fortificado/ Licoroso - 2015 -
Casa Ermelinda Freitas Moscatel
Fortificado/ Licoroso - -
Brejinho da Costa Moscatel Roxo
Fortificado/ Licoroso - 2012 -
Bacalhôa Moscatel
Fortificado/ Licoroso - 2017 -
Xavier Santana Moscatel roxo ( 500 ml )
Fortificado/ Licoroso - 2010 -
Excellent Moscatel roxo
Fortificado/ Licoroso - -
Casa Ermelinda Freitas Moscatel ( 500 ml )
Fortificado/ Licoroso - 2009 -
Brejinho da Costa Moscatel
Fortificado/ Licoroso - 2017 -
Alambre Moscatel roxo 5 Anos
Fortificado/ Licoroso - -
Adega de Palmela Moscatel 10 anos
Fortificado/ Licoroso - -
Malo Moscatel roxo Superior ( 500 ml)
Fortificado/ Licoroso - 2009 -
Bacalhôa Moscatel Roxo 5 Anos
Fortificado/ Licoroso - -
António Saramago Moscatel ( 500 ml)
Fortificado/ Licoroso - 2013 -
Malo Moscatel ( 500 ml)
Fortificado/ Licoroso - 2004 -
António Saramago Moscatel 10 anos ( 500 ml)
Fortificado/ Licoroso - -
Alambre Moscatel 20 anos ( 500 ml)
Fortificado/ Licoroso -
Edição nº 34, Fevereiro de 2020
Trois: Um projecto de amigos, a sério e com risos à mistura

Os protagonistas desta história são três amigos de longa data: Filipe Cardoso, Luis Simões e José Caninhas, por ordem de idades, do mais velho para o mais novo. O mais novo, à parte menos uma década de idade, possui uma diferença fundamental para os outros dois sócios: José Caninhas não tem vinha nem tem grande […]
Os protagonistas desta história são três amigos de longa data: Filipe Cardoso, Luis Simões e José Caninhas, por ordem de idades, do mais velho para o mais novo. O mais novo, à parte menos uma década de idade, possui uma diferença fundamental para os outros dois sócios: José Caninhas não tem vinha nem tem grande histórico nessa área. Ao contrário, Filipe e Luis nasceram com as vinhas e cresceram a ouvir o jargão próprio da vitivinicultura. Os antepassados eram – e são – produtores de vinhos e sempre se mostraram interessados no tema. Sempre mostraram interesse em provar outros vinhos, outras realidades. Incluindo a nível internacional. “Os nossos pais viajaram muito a conhecer novas regiões e novos vinhos, incluindo para Bordéus. E nós íamos também, desde miúdos”, avança Luis Simões. De tal maneira que, quando estes jovens foram para a universidade, um para França e outro para Itália, estavam já familiarizados com muitas práticas. Caninhas, filho de professores, estudou em Santarém, na Escola Agrícola. Mas, como cresceu em Alcochete, sempre este ligado ao campo. E teve uma passagem pela gestão agrícola, onde conheceu muitos dos bons e grandes produtores de vinho nacionais, em todas as regiões. Temos por isso três escolas enológicas diferentes.
Hoje, Luis Simões faz, entre outros, os vinhos da empresa familiar Casa Agrícola Horácio Simões. Filipe Cardoso gere a Quinta do Piloto, também familiar. Caninhas trabalha com Filipe tanto na Quinta do Piloto como na Sivipa, uma empresa mais dedicada aos vinhos de grande consumo. Além da amizade profunda que os unem, os três têm outra coisa têm em comum: uma ideia própria de vinho que nem sempre se coaduna com aquilo que a região aparenta mostrar aos enófilos. “Também não queríamos traçar o mesmo caminho que a região”, garante Filipe, que acrescenta: “a nossa região é não muito rica em diferentes terroirs (serra e areias, por exemplo), como em castas típicas, casos do Castelão, Fernão Pires e Moscatel”. Ora, os “Trois” assistiam com pena à cada vez maior importação de castas estrangeiras para a Península de Setúbal. “Acho que se esteve a perder um pouco a identidade da região, embora reconheça que o caminho parece estar agora a mudar”, continua Filipe Cardoso. Na mente deles, alguma coisa teria de ser feita. E foi Luis Simões foi quem lançou o desafio aos amigos nesse famoso almoço.
No meio de um belo robalo com arroz de lingueirão, provavam um belíssimo Castelão de 2015 acabado de fermentar de um lote de vinhos das adegas respectivas. E os três puseram-se a imaginar o que fariam para tornar o vinho ainda melhor. Cada um tinha a sua opinião e, em vez de discutirem, decidiram avançar, repartindo o vinho entre os três. A seguir fariam um lote comum. “Cada um fez a sua interpretação do vinho e decidiu de acordo com isso”, diz-nos Luis Simões. O vinho tinha Castelão da Serra da Arrábida (do Horácio Simões) e outro das areias do Poceirão, das vinhas familiares da família Cardoso. “Um dá mais frescura e aroma mais elegante (o da serra), o outro mais concentração (o das areias)”, adianta Filipe. O da Quinta do Piloto foi vinificado em ânforas argelinas, sistema típico da casa, o de Luis Simões foi feito em lagares. Depois cada um dos três escolheu a barrica para onde iria o vinho e depois preparou-o para o lote final, em iguais percentagens. Nasceu assim o primeiro Trois, nome da marca, feito de apenas 3 barricas. Este vinho serviu também para marcar uma posição na região, dominada por produtores de grande envergadura. “Queríamos provar que também há lugar para os pequeninos, para vinhos de boutique, que puxem a região para cima”, afirma Filipe Cardoso. Ou seja, uma espécie de contra-corrente. E ao mesmo tempo ir buscar a essência da região, que em tempos tinha também um bom número de vinhos de guarda.
Considerando que ambas as casas agrícolas suportam, nem que seja logisticamente e na produção, o empreendimento Trois, não deixa de ser curiosa a forma como as respectivas famílias aceitaram esta aventura dos seus filhos. José Caninhas, que está de fora, diz que foi muito bem aceite, considerando-a “um complemento às respectivas casas e uma contribuição para algo maior”.
Nascem novos elementos
O primeiro Trois foi um sucesso incluindo a nível comercial. Logo a seguir nasceu o 2016, mas ainda não está no mercado. Na colheita de 2018 os três amigos decidem levar o projecto mais adiante, preparando um branco de Fernão Pires com curtimenta, aqui provado quase em exclusividade. A técnica de curtimenta era tradicional na região e a única coisa que os ‘Trois’ mudaram foi a vinificação com controlo de temperatura. “Não é consensual, mas não queremos que seja”, diz José Cainhas. Faltava a terceira componente típica da região, o Moscatel de Setúbal. E nasceu o Intemporal I, um fabuloso Moscatel Roxo, criado com vinhos das duas casas.
Ao mesmo tempo, Filipe, Luis e José decidem criar uma segunda marca. Nasceu assim a marca Flor de Trois, com vinhos menos ambiciosos e bem mais acessíveis de preço, mas sempre com castas nacionais e típicas da região.
Até agora, os Trois foram feitos com uvas das casas de Filipe e Luis. Mas isso não significa que assim tenha de ser sempre: “se identificarmos na região uma ou mais vinhas que valham muito a pena, pois poderemos trabalhar com essas uvas”, garante Filipe. E Luis acrescenta: “este é um projecto independente, não é um prolongamento da Casa Horácio Simões ou da Quinta do Piloto”. E José dá também uma achega: “aqui a liberdade é total, não temos conselhos de administração ou contas a prestar a ninguém, excepto a nós próprios”. Filipe acrescenta numa gargalhada: “e não há directores financeiros: aqui podemos torrar o dinheiro todo à vontade”. Isto não passa de galhofa, porque todos os três gerem projectos e já deram mostras que o sabem fazer. Estes vinhos são muito caprichados, é verdade, cheios de cuidados a nível de produção e na vestimenta. Os rótulos, por exemplo, são de pasta de papel com cor, ao contrário dos normais rótulos de papel, feitos industrialmente.
De resto, é apenas preciso que o projecto seja sustentável, para haver dinheiro para pagar as uvas, comprar barricas e quaisquer outros produtos ou serviços necessários. O José Caninhas, dizem os sócios, é quem tem os pés mais assentes na terra e quem puxa às vezes os dois sonhadores à realidade. “Nós gostamos é de fazer vinho, o que está para lá é mais complicado”, reconhecem Filipe e Luis a rir. De tal maneira que ambos não sabem sequer se o restaurante onde surgiu esta associação tem os vinhos Trois. Mas garantem que vão investigar.
O projecto Trois é isso mesmo: um projecto em construção. Os três amigos ficam contentes com isso, até porque vão ganhando experiências que, de outro modo, seriam difíceis de conseguir. E mantêm a identidade da região. O mote da empresa, inscrito nas garrafas, diz assim: “honrar a memória e o trabalho”. Neste aspecto, termina assim Filipe: “respeitamos demasiado os nossos antepassados para querermos ser agora os únicos donos da razão”.
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Edição nº 34, Fevereiro de 2020
Vinhos da Península de Setúbal lançam calendário de provas online

A Comissão Vitivinícola Regional da Península de Setúbal acaba de lançar, em parceria com os produtores da região, um calendário de provas online nas suas redes sociais. Durante o mês de Abril, todas as terças e quintas-feiras às 19h00, é possível assistir a provas comentadas onde os produtores e enólogos da Península de Setúbal apresentam […]
A Comissão Vitivinícola Regional da Península de Setúbal acaba de lançar, em parceria com os produtores da região, um calendário de provas online nas suas redes sociais. Durante o mês de Abril, todas as terças e quintas-feiras às 19h00, é possível assistir a provas comentadas onde os produtores e enólogos da Península de Setúbal apresentam algumas das suas marcas mais reconhecidas.
As provas acontecerão no Facebook e Instagram dos Vinhos da Península de Setúbal e, nesta primeira ronda, participarão a Adega Camolas, Bacalhôa, Casa Ermelinda Freitas, Herdade da Comporta, Herdade do Portocarro, José Maria da Fonseca, Quinta do Piloto e SIVIPA.
Cada produtor seleccionou um vinho do seu portefólio e, através da gravação de um vídeo “caseiro”, fez uma prova comentada para dar conta das especificidades dos seus vinhos, a influência do terroir, das castas, as características diferenciadoras da região, entre outras.
José Maria da Fonseca lança packs experiência com provas online privadas

Numa altura de recolhimento, a José Maria da Fonseca cria a oportunidade de se assistir a uma prova de vinhos online comentada por um dos elementos da família Soares Franco, de forma personalizada e privada. Esta prova de 30 minutos, dirigida ao cliente e feita através de Skype, vem com a compra de um dos […]
Numa altura de recolhimento, a José Maria da Fonseca cria a oportunidade de se assistir a uma prova de vinhos online comentada por um dos elementos da família Soares Franco, de forma personalizada e privada. Esta prova de 30 minutos, dirigida ao cliente e feita através de Skype, vem com a compra de um dos 4 packs experiência criados pelo produtor. Os packs incluem também o envio gratuito das garrafas dos vinhos incluídos na prova, um saca-rolhas e ainda um voucher de visita guiada à Casa Museu José Maria da Fonseca, para duas pessoas poderem usufruir pós “quarentena”.
Os 4 packs disponíveis, que incluem a prova online, são:
“À descoberta dos vinhos de Talha” (90€), composta por dois vinhos: Puro Talha branco e Puro Talha Tinto. Uma viajem pelo mundo dos vinhos de talha, uma forma de produção ancestral que é preservada na Adega José de Sousa, em Reguengos de Monsaraz.
“Duelo de Regiões: Douro Vs. Península de Setúbal” (100€), composta pelos vinhos Domini Plus e Periquita Superyor, que aborda as especificidades de duas regiões vitivinícolas nacionais – Douro e Península de Setúbal – com prova de dois topos de gama das respectivas regiões.
“Moscatéis da Colecção Privada DSF à prova” (75€), composta pelo DSF Moscatel Roxo e DSF Moscatel de Setúbal (Armagnac), onde são explicadas as especificidades do Moscatel de Setúbal e as características únicas de dois dos exemplares da Colecção Privada do enólogo Domingos Soares Franco.
“Moscatel de Setúbal para iniciados” (74€), composta por três vinhos – Alambre Moscatel de Setúbal, Alambre Moscatel de Setúbal Roxo e Alambre 20 Anos – que aborda as especificidades do Moscatel de Setúbal e as características únicas de três exemplares do portefólio da José Maria da Fonseca.
Pode adquirir estes packs na loja online da José Maria da Fonseca. Após o pagamento, basta enviar um e-mail para apoioaocliente@jmfonseca.pt, indicando a preferência de data e horário, para a família agendar a prova via Skype.
Península de Setúbal cresce em quota de mercado e na produção em 2019

A Comissão Vitivinícola Regional da Península de Setúbal (CVRPS) registou, em 2019, um aumento global de produção de 5% face a 2018, aproximando a produção total da região dos 50 milhões de litros. A nível de consumo no mercado nacional, os Vinhos da Península de Setúbal registaram um aumento de 2% na quota de vinhos […]
A Comissão Vitivinícola Regional da Península de Setúbal (CVRPS) registou, em 2019, um aumento global de produção de 5% face a 2018, aproximando a produção total da região dos 50 milhões de litros. A nível de consumo no mercado nacional, os Vinhos da Península de Setúbal registaram um aumento de 2% na quota de vinhos certificados, sendo considerada pela consultora Nielsen a região mais dinâmica neste período homólogo de crescimento, face a 2018.
Para Henrique Soares, Presidente da Comissão Vitivinícola Regional da Península de Setúbal, o ano de 2019 foi “mais um ano de crescimento para a região, quer na quota de mercado, quer ao nível da produção e das exportações”.
A região fechou o ano de 2019 também com um crescimento de 14% no volume de certificação dos vinhos com Denominação de Origem Setúbal (Moscatel de Setúbal e Moscatel Roxo de Setúbal) e Palmela, bem como nos Vinhos Regionais da Península de Setúbal, a que correspondeu a certificação de um volume superior a 55 milhões de garrafas, vendidas no mercado nacional e nos seus muitos mercados de exportação, onde se destacam Brasil, Canadá, E.U.A., China, Angola e vários países da União Europeia.
Os dados são da consultora Nielsen e colocam os Vinhos da Península de Setúbal na terceira posição entre os vinhos certificados mais consumidos no mercado nacional, com uma quota de mercado de 16,5%, em volume, entre os vinhos com Denominação de Origem e/ou Indicação Geográfica das várias regiões portuguesas. Os Vinhos da Península de Setúbal foram os que mais subiram em termos de vendas em volume (1,6%), tendo também o valor aumentado em 2.3%, face ao mesmo período de 2018. O preço médio dos vinhos da região subiu 0.19 euros por litro, tendo ultrapassado os 56 M€ (56 274 134 €) de vendas globais no mercado nacional, nos três primeiros trimestres de 2019.
As estórias da Carochinha

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Estamos em terras de fronteira entre Setúbal e Alentejo. Vemos ao longe o mar, com Porto Covo a dois passos. Foi aqui, em terra agreste, anteriormente varrida pelo fogo, que César e Manuela Macedo resolveram arrancar com um projecto. Começaram por pensar em turismo rural e acabaram por plantar vinha. Agora são clientes dos armazéns chineses…
TEXTO João Paulo Martins FOTOS Ricardo Gomez
A carochinha já por aqui andava antes do casal se interessar por estas encostas; já havia a Carochinha de Baixo, do Meio e a Ponta da Carochinha. A estrada corta, assim, a dita Carochinha a meio e por isso a designação de Monte da Carochinha foi pacífica. Estamos, dizem-nos, na única vinha registada no concelho de Sines e foi, também, por não haver tradição de aqui se plantar vinha que não faltaram as vozes que desaconselhavam qualquer plantio. Aqui é terra de montado, dizia-se, e por isso o que César mais vezes ouviu foi o “não se meta nisso”, uma espécie de karma nacional sempre avesso à novidade e mudança. Filipe Sevinate Pinto, enólogo e ligado ao projecto desde o início, não teve dúvidas: “isto cheirava-me a vinho e logo percebi que se poderia fazer aqui algo diferente”. A razão estava à vista: encostas com múltiplas orientações, uma proximidade contida em relação ao mar que poderia ser muito vantajosa, solos pobres dominados pelo xisto e a possibilidade de ir além do habitual que se encontra quer em Setúbal quer no Alentejo.

Plantar a vinha não foi desejo nem objectivo inicial, “apenas pensámos em fazer um turismo rural, mas quando nos deparámos com as limitações que nos impuseram, resolvemos dar outro uso a estes 42ha que, bastava ver, não pareciam ter qualquer aptidão agrícola”. Assim sendo, encetaram um projecto de reflorestação e plantaram 3000 pés de pinheiro manso e outro tanto de sobreiros e, sem qualquer euforia, resolveram plantar vinhas de uvas brancas. Essa era a ideia inicial, uvas brancas, de castas nacionais, nomeadamente a Encruzado. Trazer para aqui a casta mais famosa do Dão não foi pacífico e Filipe diz-nos que “até dar as primeiras uvas fui muito criticado, mas achei que a casta ia de encontro ao desejo do produtor que era fazer vinhos que também pudessem evoluir bem em garrafa; além desta optámos também pelo Arinto, pela sua versatilidade”. Infelizmente, diz-nos César Macedo, o mercado ainda reage mal a vinhos brancos com dois ou mais anos, temos aqui trabalho pela frente para que se compreenda que não estamos a “vender os restos que lá têm na adega”, como já chegaram a dizer.
Os poucos anos que o projecto leva (a primeira vindima foi em 2014) permitiram concluir que estas diferentes orientações das parcelas e a proximidade do mar trazem muitas vantagens e não obrigam a tantos tratamentos. Sobre o tema fala-nos António Cláudio, responsável da viticultura: “na zona de Milfontes, por exemplo, é preciso tratar de 10 em 10 dias porque a pressão do míldio e oídio é enorme. Aqui fizemos menos de 6
tratamentos anuais mas, por outro lado, o grande problema aqui é a falta de água e enquanto não tivermos esse problema resolvido não poderemos ir além do 6,5ha de vinha que temos, dos quais 4,5ha de uva branca. Um problema sério aqui são os insectos, como traça, cicadela e ácaros e mais sério
ainda porque a indústria deixou de produzir um insecticida em virtude da cidadela não ser problema geral europeu nem mesmo em todo o território nacional e agora isso obriga-nos a mais tratamentos e maior pegada de carbono.
A opção pelo tinto foi, como nos dizem, “uma resposta à pressão do mercado, estavam sempre a perguntar quando é que saía o tinto” e foi assim que optaram pelo plantio de Touriga Nacional, Alicante Bouschet e Merlot. A origem duriense de Manuela Macedo falou mais alto e não descansou enquanto não viu uma encosta transformada em vinha com socalcos, à moda do “seu” Douro; é uma área pequena (menos de um hectare) e ainda não está a produzir mas funciona muito bem na paisagem onde além dos pinheiros, que se vêem a crescer, encontramos medronheiros e algumas oliveiras que aqui foram plantadas e já deram três colheitas de azeite. Alguns focos de esteva foram propositadamente deixados para que pássaros e outros insectos pudessem medrar. Problema sério são os javalis porque não têm predadores mas um rádio “comprado nos chineses” e a tocar pendurado numa árvore faz muito efeito que eles não se aproximam!
A produção deverá atingir em 2019 os 11 000 litros de tinto e 25 000 de branco, com os vinhos a serem feitos na Herdade da Monteira em Alcácer do Sal onde, diz Filipe Sevinate Pinto, “temos todas as condições técnicas para se fazer um bom vinho e temos mesmo a adega por nossa conta, uma vez que o proprietário deixou de produzir vinho”.
Aqui, onde acaba Setúbal e começa a região vinícola do Alentejo, está a nascer um projecto original. Com todas as dificuldades que os novos projectos acarretam mas também com toda a energia de quem vê nascer vinho onde antes tal desiderato não imaginava.
Na prova que fizemos ainda abordámos a primeira edição do branco (de 2014) que cumpriu o que na altura se dizia na nota de prova: pode evoluir bem em cave. Foi mesmo isso que aconteceu, a mostrar que a Encruzado é casta que precisa de tempo para se revelar. Se tudo correr bem, em 2020 teremos um Reserva tinto ou mesmo um Grande Reserva. Provavelmente depende da duração das pilhas do rádio…
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Edição n.º32, Dezembro 2019
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Moscatel de Setúbal da JMF “Torna Viagem” vai dar volta ao Mundo

Partiram dia 5 de Janeiro, a bordo do Navio Escola Sagres numa viagem à volta do Mundo, 1600 litros de Moscatel de Setúbal Torna Viagem, da José Maria da Fonseca. Esta viagem, incluída no Programa de Comemorações do V Centenário da Circum-Navegação Fernão de Magalhães/Elcano, terá a duração de 371 dias e irá percorrer 20 […]
Partiram dia 5 de Janeiro, a bordo do Navio Escola Sagres numa viagem à volta do Mundo, 1600 litros de Moscatel de Setúbal Torna Viagem, da José Maria da Fonseca. Esta viagem, incluída no Programa de Comemorações do V Centenário da Circum-Navegação Fernão de Magalhães/Elcano, terá a duração de 371 dias e irá percorrer 20 países de cinco continentes diferentes. Esta é a oitava experiência de Torna Viagem da era moderna.
A história do Moscatel Torna Viagem remonta ao século XIX e é património histórico exclusivo da José Maria da Fonseca. Na época em que navios cruzavam os mares do Mundo fazendo todo o tipo de comércio, era comum levarem à consignação cascos de Moscatel de Setúbal. Os comandantes, que recebiam uma comissão pelo que vendiam, nem sempre os conseguiam comercializar na totalidade. Na volta a Portugal, depois do périplo, em que se submetiam a diversos climas e significativas variações de temperatura, os cascos eram devolvidos à Casa Mãe. Ao serem abertos, o resultado era quase sempre uma boa surpresa: geralmente o vinho estava bastante melhor do que antes de embarcar. Em 2000, a José Maria da Fonseca retomou com regularidade as viagens com cascos de Moscatel de Setúbal.
No passado Domingo, seguiram a bordo do Navio Escola Sagres dois cascos de 600 litros e um de 400 litros de Moscatel de Setúbal José Maria da Fonseca: um casco com Moscatel de Setúbal 1956, outro com Moscatel Roxo de Setúbal 1985 e outro com Moscatel de Setúbal 2000. Esta viagem, cujo regresso a Lisboa está previsto para o dia 10 de Janeiro de 2021, tem o intuito de avaliar qual a influência da viagem marítima no Moscatel de Setúbal. Para isso a José Maria da Fonseca irá comparar as “testemunhas”, cascos de Moscatel de Setúbal das mesmas colheitas que permaneceram na adega, com os Moscatéis que viajaram. Para Domingos Soares Franco, vice-presidente e enólogo da JMF, “cada viagem é única e irrepetível, as alterações bruscas de temperatura, o balanço do mar e a salinidade atribuem características ímpares ao vinho, mas invariavelmente ele regressa mais complexo, redondo e aveludado acentuando o carácter único e maravilhoso do nosso Moscatel de Setúbal Torna Viagem”.
As experiências Torna Viagem permanecem, depois, por longos anos nas caves da José Maria da Fonseca, antes de chegarem ao mercado.
Vinhos de Setúbal reforçam presença nos voos da TAP

No âmbito do projeto TAP Wine Experience, foi desenvolvida uma parceria entre a Comissão Vitivinícola Regional da Península de Setúbal, a TAP Air Portugal e quatro empresas da Região. Durante o último trimestre de 2019 e o início de 2020, a TAP apresenta aos seus passageiros uma oferta alargada de vinhos da Península de Setúbal. […]
No âmbito do projeto TAP Wine Experience, foi desenvolvida uma parceria entre a Comissão Vitivinícola Regional da Península de Setúbal, a TAP Air Portugal e quatro empresas da Região. Durante o último trimestre de 2019 e o início de 2020, a TAP apresenta aos seus passageiros uma oferta alargada de vinhos da Península de Setúbal. A bordo estarão disponíveis para prova os vinhos da Adega de Palmela, Casa Ermelinda Freitas, Quinta da Bacalhôa e Quinta Brejinho da Costa.
Para quem costuma viajar em classe Económica nas rotas de Angola, EUA e Brasil, poderá acompanhar as suas refeições a bordo com os vinhos da Casa Ermelinda Freitas: O Dona Ermelinda Tinto e o Dona Ermelinda Branco.
Se estiver a planear a sua próxima viagem ao Rio de Janeiro ou a São Paulo em classe Executiva, terá disponíveis três propostas da Quinta Brejinho da Costa: Quinta Brejinho da Costa Selection Rosé, Quinta Brejinho da Costa Selection Branco e Quinta Brejinho da Costa Reserva Tinto.
A Quinta da Bacalhôa apresentará na classe Executiva das rotas de Angola, Brasil e Portugal, para a Madeira e os Açores, o seu Quinta da Bacalhôa Tinto e, na classe Económica da Bélgica, Holanda e Portugal para a Madeira e os Açores, os vinhos Serras de Azeitão Tinto e Serras de Azeitão Branco.
Se voar pelas rotas da Finlândia e Suécia, poderá provar os vinhos selecionados pela Adega de Palmela que se encontram divididos entre a classe Económica e a classe Executiva: Villa Palma Reserva Tinto, Villa Palma Reserva Branco, Chafariz Dona Maria Tinto e Villa Palma Branco.