Rosés para as férias: As nossas melhores sugestões

Outrora considerados vinhos “menores”, os rosés têm conquistado os favores dos consumidores e revelam-se uma boa aposta para os tempos mais quentes e para acompanhar pratos mais leves. Aperitivos, saladas, pizzas, massas, cozinhas orientais dão-se muito bem com vinhos rosés. Há-os agora para todos os gostos e carteiras. Desde os mais simples que se bebem […]
Outrora considerados vinhos “menores”, os rosés têm conquistado os favores dos consumidores e revelam-se uma boa aposta para os tempos mais quentes e para acompanhar pratos mais leves. Aperitivos, saladas, pizzas, massas, cozinhas orientais dão-se muito bem com vinhos rosés.
Há-os agora para todos os gostos e carteiras. Desde os mais simples que se bebem descontraidamente na praia ou à borda da piscina, aos mais sérios que pedem mais atenção.
Entre estes 10 rosés que escolhemos para si, há-se haver um que lhe enche as medidas!
Bairrada: Uma região de “clássicos”

Criada apenas em 1979, após vários anos de hesitações entre o poder político e os interesses dos agentes económicos, a Região Demarcada da Bairrada, antes de acolher regulamentação legal, já se afirmava há mais de dois mil anos nas práticas vitivinícolas, crendo-se, pelo menos, desde a romanização do território. Muitos são os testemunhos, enraizados nos […]
Criada apenas em 1979, após vários anos de hesitações entre o poder político e os interesses dos agentes económicos, a Região Demarcada da Bairrada, antes de acolher regulamentação legal, já se afirmava há mais de dois mil anos nas práticas vitivinícolas, crendo-se, pelo menos, desde a romanização do território. Muitos são os testemunhos, enraizados nos vestígios arqueológicos, que nos reafirmam a vitivinicultura como uma das principais atividades agrícolas que se estenderam desde a ocupação romana e perduram até à atualidade.
Se porventura nos quisermos apoiar no rigor do suporte documental, pode atestar-se que, já no ano 950, o seu território era conhecido como região vinhateira, conforme nos revela um documento existente na Torre do Tombo referente a uma doação ao Mosteiro do Lorvão de terras e vinhas na Silvã (Mealhada). Um outro documento refere uma “vinha em Rippela sob o monte Buzacco”, em 1086. Ou uma outra doação àquele Mosteiro, de “uma casa em São João e vinha na Pocariça” (Cantanhede), em 1176.
Contudo, o documento mais curioso é datado de 1137, e encontra-se igualmente na Torre do Tombo, no qual “D. Afonso Henriques autoriza a plantação de vinha na herdade de Eiras, sob o caminho público de Vilarinum (Vilarinho do Bairro, Mealhada) ao monte Buzacco (Bussaco), com a condição de lhe darem 1/4 do vinho, sem mais encargos e eles fiquem com as primícias e décimas do vinho…”. Um testemunho de inigualável valor que atesta a qualidade do vinho ali produzido, o qual servia de meio de pagamento dos impostos ao Rei.
OS PRIMÓRDIOS DA BAIRRADA
Não se pense que a criação da Região Demarcada do Douro, peticionada por 14 dos “principais lavradores de Cima do Douro e Homens Bons da cidade do Porto”, estribados pela visão de Sebastião José de Carvalho, não terá tido influência em diversas outras regiões do país onde se cultivava vinha e produzia vinho. A representação dirigida ao rei D. José I, em 31 de Agosto de 1756, foi estabelecida por Alvará, confirmado a 10 de Setembro desse mesmo ano, demarcando e, diz-se, protegendo a região duriense dos demais territórios produtores.
Se é certo que a instituição da Companhia Geral de Agricultura das Vinhas do Alto Douro somente aos vinhedos daquela região dizia respeito, a realidade mostrou-nos que, nos anos seguintes, houve extensas demandas legislativas que intervieram noutras zonas vinhateiras, determinando o arranque de diversas vinhas em “terrenos das vargens, lezírias e campinas” que fossem mais próprias, pela sua natureza, para nelas se promover a cultura cerealífera, tão necessária para a alimentação básica dos portugueses. Medidas drásticas que alteraram a paisagem vitivinícola portuguesa, dizimando a produção de vinha em larga escala. À data, tais medidas eram justificadas pela carência de cereais e falta de pão para o consumo das gentes. Por outro lado, visava-se diminuir a produção excessiva de vinho de qualidade inferior que, em concorrência desleal, acarretava elevados prejuízos para os de qualidade superior.
A região da Bairrada não terá ficado imune a estas medidas, por força dos alvarás que aplicaram a mesma lei às margens e campinas dos rios Mondego e Vouga e a mais terras que fossem de paul e lezírias. E, apesar de nesses alvarás se fazerem referências elogiosas aos vinhos produzidos “nos terrenos de Anadia, Mogofores e outros das mesma qualidade”, igualando estes vinhos aos criados nos “termos de Lisboa, de Oeyras, de Carcavelos, do Lavradio, de Torres Vedras, Alenquer…”, nesses tempos com notoriedade semelhante aos vinhos durienses, certo foi que, outro Alvará, agora de 18 de Fevereiro de 1766, já impunha como sujeição imediata o arranque de vinhas existentes em Anadia, Mogofores, Arcos, Avelãs de Caminho e Fermentelos”, terras bairradinas por excelência, duas delas citadas com louvor cinco meses antes.
Numa visão otimista, podemos considerar que o génio ímpar de Pombal, além de ter criado a primeira Região Demarcada do mundo, terá ensaiado outras demarcações, embora sem lhes ter dado o tratamento legislativo adequado. A da Bairrada terá tido atenção do seu pensamento, pois, pelo menos por duas vezes, referenciou os terrenos Anadia e Mogofores como sendo de óbvia qualidade para a produção de vinho.
“A Região Demarcada da Bairrada (…) já se afirmava há mais de dois mil anos nas práticas vitivinícolas, crendo-se, pelo menos, desde a romanização do território”
O PAIZ VINHATEIRO
Em 1866, por Portaria de 10 de Agosto, foi nomeada pelo Ministro do Reino, Andrade Corvo, uma comissão encarregada de estudar as diversas regiões do país “durante a vindima e da feitura do vinho nos principais districtos vinhateiros do reino”. Desta comissão faziam parte três membros e a cada um dos quais foi delimitada a respetiva área de estudo.
O Visconde de Villa Maior ficou com a área a norte do Rio Douro, António Augusto de Aguiar ficou responsável pela área de território entre os rios Douro e Tejo, excluindo o distrito de Lisboa, cabendo, por fim, a Joaquim Inácio Ferreira Lapa o distrito de Lisboa e todos os territórios a Sul do Tejo.
Publicado em 1867, nesse trabalho conjunto, mas com as respetivas indicações de cada um dos seus autores, existe um único mapa. E este, no conjunto de tantas outras regiões vitivinícolas nela representadas, refere-se apenas a uma, designado “Paiz Vinhateiro da Bairrada”. Um mapa que, mesmo desatualizado ao tempo da criação da região demarcada, mais de cem anos depois, serviu de base à sua delimitação. Naquele mapa há já uma marcação, a cores diversas, de três sub-regiões, ainda que em moldes distintos daquelas que foram, por exemplo, definidas em França. Neste, as sub-regiões são designadas por região de vinho branco, região de vinho tinto de embarque e região de vinho de consumo. Estabelecem-se, também, limites geográficos, definindo, a Sul, o concelho de Mealhada, ao tempo considerado o coração da Bairrada, e parte do concelho de Cantanhede; ao centro, o concelho de Anadia; a Norte o concelho de Oliveira do Bairro. Excluídos ficaram, a Sul, a freguesia de Souselas, no Centro, parte do concelho de Cantanhede e todos os de Vagos e Aveiro, e, a Norte, parte do concelho de Oliveira do Bairro.
As zonas nobres para vinhos tintos de embarque delimitavam-se, aos concelhos da Mealhada e de Anadia, enquanto as mais aptas para vinhos brancos situavam-se na margem esquerda do rio Certoma, até Óis do Bairro, S. Lourenço e Mogofores. Fora destes limites situavam-se as zonas de vinhos para consumo, classificando-se detalhadamente os de primeira, segunda e terceira categorias. Interessante é constatar o detalhe com António Augusto de Aguiar estudou a composição dos solos, identificando, com denodo, uma zona hoje muito bem conhecida por produzir vinhos de extrema elegância: “da Mealhada para o Luso, do Travasso para a Vacariça encontra-se uma mistura de solos, em que figuram retalhos de arenatas do terreno quaternário…”. Falamos, em parte, da zona de Cadoiços, onde se encontram hoje algumas das mais imponentes vinhas velhas da Bairrada e das quais nasce um dos grandes vinhos que constituem o painel de prova deste artigo.
Elaborado este estudo pouco após a grande crise do oídio, que afetando toda a viticultura nacional também não poupou o território da Bairrada, é um exercício curioso constatar como se dá a evolução do encepamento na região. Em 1850, o oídio surge de modo lancinante e, durante quase uma década, destruiu, quase por completo, toda a produção de uva na região. As castas mais atacadas foram, nas tintas, o Castelão e a Trincadeira, e, nas brancas, o “Boal Cachudo”, o Arinto e Mourisco. Perante estas adversidades, eis que surge uma uva salvífica, a Baga, fortemente resistente ao oídio. A partir de 1860, a atual intitulada casta rainha da Bairrada, conhece uma expansão até então nunca vista, tendo António Augusto de Aguiar, que por ela não morria de amores, escrito que, “se o amor por ella continuar como até agora, dentro de poucos anos toda a Bairrada fará plantações e vinhos extremes de uma casta só”.
A 28 de Dezembro de 1979, nasce a Região Demarcada da Bairrada, e com ela a sua delimitação geográfica que, curiosamente, não é assim tão distante daquela que havia sido desenhada mais de 100 anos antes por António Augusto de Aguiar.
ANTEVISÃO DE UMA REGIÃO
Com a industrialização do espumante e o nascimento das grandes casas engarrafadoras a partir dos anos 20 do século passado, assistiu-se a um crescimento exponencial da região. Caves São João, Caves Messias, Caves Aliança ou Caves São Domingos, entre outras, tornam-se os grandes centros produtores do país, engarrafando, comercializando e exportando vinhos para as colónias e Brasil. A demarcação era, à data, e já após o Dão ter procedido à sua demarcação enquanto região em 1908, uma temática não muito do agrado das grandes casas, que adquiriam vinhos em diversas regiões limítrofes para satisfazer a as suas necessidades de grande volume.
No início dos anos 50 dá-se início a uma contenda feroz entre, por um lado, os defensores da não demarcação, liderados pela maior referência da enologia nacional, Mário Pato, e, do outro lado, uma linha vanguardista defensora da necessidade de criar a região demarcada, tendo na linha da frente o Professor Américo Urbano.
Mário Pato, numa publicação de 1 de Outubro de 1953, no Boletim da Federação dos Grémios da Lavoura da Beira Litoral, clamava que a região começava a sofrer de uma “delimitomania” ou mania das regiões delimitadas, que amolece as faculdades mentais dos viticultores e lhes paralisa a atividade. Para o enólogo, o pedido de intervenção do Governo na delimitação da sua região causaria um atavismo e um encerramento dentro de si própria, que motivaria uma não evolução no acompanhamento do desenvolvimento dos métodos enológicos e, consequentemente, uma desvalorização dos vinhos produzidos. À data, dava como exemplo as regiões de Bucelas, Colares e Carcavelos, cujos vinhos começavam a perder notoriedade, invocando igualmente os exemplos do Dão e Vinhos Verdes que também não se mostrariam brilhantes.
Já Américo Urbano trazia para a defesa da demarcação preocupações que não são díspares das da atualidade, mostrando toda a pertinência. A este preocupava-o a concorrência feroz vinda das terras a Sul, onde os custos do granjeio eram muito inferiores e a qualidade dos vinhos, em que “milhentas de pipas de água anualmente são adicionadas aos mesmos”, era manifestamente inferior.
No meio das contendas, Américo Urbano não foi parco em palavras, acusando Mário Pato de ser o principal responsável pelo uso de técnicas enológicas que privilegiavam a produção de vinhos destinados ao lote, ao invés de dar o seu contributo para o aperfeiçoamento das características organoléticas que sempre distinguiram os vinhos da Bairrada. Uma conceção visionária que, ainda hoje, define o modo como se entende uma Bairrada de características muito distintas.
O interesse pela demarcação da região vai crescendo ao longo dos anos 60 e, em 1973, é criado o Grupo de Trabalho incumbido do estudo da Demarcação da Bairrada, composto pelos agrónomos Melchior Barata de Tovar e Octávio da Silva Pato, contando ainda com a colaboração de Mateus Augusto dos Anjos e de Luís Azevedo Correia. O relatório veio a revelar-se extremamente relevante para constituir as bases para a futura demarcação, incidindo sobre a orografia e hidrografia, geologia, solos, clima, práticas agrícolas, castas cultivadas, métodos de vinificação e tipos de vinho, proposta de demarcação e delimitação da região produtora e, entre outras, do direito à denominação de origem. Estava quase…
Para dar força a este movimento, Luiz Ferreira da Costa, figura icónica das Caves São João, agrega uma série de figuras relevantes da região e cria a Confraria dos Enófilos da Bairrada, em Junho de 1979, associação que foi absolutamente determinante, através de diversas iniciativas e contactos com as esferas do Governo, para derrubar as últimas barreiras tendentes à Regulamentação da Região Demarcada da Bairrada.
POR FIM, A DEMARCAÇÃO
A 28 de Dezembro de 1979, pela Portaria nº 709-A/79, nasce a Região Demarcada da Bairrada e, com ela, a sua delimitação geográfica que, curiosamente, não é assim tão distante daquela que havia sido desenhada mais de 100 anos antes por António Augusto de Aguiar. Exigindo-se a condução da vinha em forma baixa, definem-se, desde logo, as castas autorizadas, que serão objeto de apreciação e cadastro pelos serviços competentes, definindo-se, como tintas autorizadas, a Baga com mínimo de 50%, Castelão ou Moreto e Tinta Pinheira, autorizando-se, desde que não excedessem 20% do povoamento total, o Alfrocheiro Preto, Bastardo, Preto de Mortágua, Trincadeira, Jaen e Água Santa. Nas castas brancas, exigindo um mínimo de 60% do povoamento, Bical, Maria Gomes (Fernão Pires) e Rabo-de-Ovelha, autorizando-se com um máximo de povoamento total de 40%, o Arinto, Cercial, Chardonnay e Sercialinho, lista que mais tarde havia de ser revista. Nesta primeira abordagem que, até aos dias de hoje, havia de ter diversas alterações, definiu-se a obrigatoriedade de a vinificação ser realizada dentro da região em adegas inscritas para o efeito, limitou-se a produção a um máximo de 55 hectolitros por hectare de vinha, parametrizou-se um teor alcoólico mínimo de 11% vol. para os vinhos e fixou-se estágios obrigatórios mínimos de 18 meses para tintos e 10 meses para brancos.
Inicialmente, ou seja, em 2003, a menção “Clássico” ficou destinada apenas a vinhos tintos, cingindo-se às castas Baga, Camarate, Castelão (Periquita) e Touriga Nacional
“CLÁSSICO”, UM SELO DE IDENTIDADE
Após a demarcação e até ao virar do século, muitas foram as mudanças de paradigma a que se assistiu na Bairrada. As Adegas Cooperativas e as grandes casas engarrafadoras foram colocadas perante uma nova realidade de produção e consumo. O mundo pedia vinhos com maior identidade, vinhos de Quinta, produções menores, mas muito mais exigentes e qualitativamente nos antípodas daquilo que até então se fazia. Os mercados das colónias haviam desaparecido, o Brasil minguava na procura. Uma nova Bairrada despontava e muitas foram as grandes casas que soçobraram. Adegas Cooperativas, como Vilarinho do Bairro, Mogofores e Mealhada, ou casas engarrafadoras como Barrocão, Valdarcos, Monte Crasto, entre outras, finaram-se. Felizmente, houve casos de grande sucesso na mudança, como foram as Caves São João, que já em 1971 haviam adquirido a Quinta do Poço do Lobo, ou as Caves Messias, com produção de vinhos de uvas próprias na Quinta do Valdoeiro.
Algo havia a fazer para contrariar uma certa desorientação estratégica que afetava a Bairrada. A preocupação dos agentes económicos centrava-se na adequação das potencialidades da região, sempre associadas a uma nomenclatura de qualidade e certificação, alcançando a sua melhor valorização no mercado.
A Portaria nº 428/2000, de 17 de Julho, vem fixar as castas aptas à produção de vinho em Portugal. Nessas condições, entendia-se como necessário efetuar algumas alterações relativamente aos encepamentos existentes permitidos para a DOC Bairrada, do mesmo modo que era crível que podia haver uma maior variedade de vinhos de qualidade produzidos na região e reconhecidos no mercado. Subjacente a estas alterações, que viriam alterar substancialmente o número de castas autorizadas à menção DOC, nada mais, nada menos que 26, algumas delas com pouca expressão na região, um juízo avisado justificou a criação de uma certificação especial para os vinhos da Bairrada que pudessem respeitar determinados parâmetros de tradição e práticas antigas, tanto de viticultura como de vinicultura, adotando-se, por via dessa premissa, a menção “Clássico”. Inicialmente, ou seja, em 2003, a menção “Clássico” ficou destinada apenas a vinhos tintos, cingindo-se às castas Baga, Camarate, Castelão (Periquita) e Touriga Nacional, obrigando os vinhos a representar, em conjunto ou separadamente, 85% do encepamento, não podendo a Baga representar menos de 50%. Obrigava, ainda, a que a uva fosse proveniente de vinhas com rendimento não superior a 55 hectolitros por hectare, não podendo o vinho tinto possuir um teor alcoólico inferior a 12,5%. É, no que toca ao tempo de estágio, que surgem as condições mais exigentes, obrigando os vinhos tintos com aquela menção a poderem apenas ser comercializados após um estágio mínimo de 30 meses, 12 dos quais obrigatoriamente em garrafa. A Portaria 211/2014, de 14 de Outubro, repõe a justiça e concede, igualmente, aos vinhos brancos a possibilidade de ostentarem a menção “Clássico”, definindo como castas aptas à mesma a Maria Gomes (Fernão Pires), Bical, Cercial e Rabo-de-Ovelha. Aqui, houve também a preocupação em regular a produção máxima por hectare, que seria idêntica à das castas tintas, limitando o volume alcoólico dos brancos aos 12% mínimo, obrigando ainda a um estágio mínimo antes de comercialização a 12 meses, seis dos quais em garrafa. Em matéria de reposição de injustiças, a Portaria nº 335/2015, de 6 de Outubro, veio colmatar uma ausência inadmissível, colocando a histórica Arinto, casta já referenciada por António Augusto de Aguiar, em 1867, como uma das mais relevantes uvas brancas do encepamento do território da Bairrada.
Terminamos esta longa, mas rica história de um território abençoado pela proteção das Serras do Bussaco e Caramulo, bafejado pela influência do Atlântico, com a afirmação de qualidade superior dos vinhos que ostentam a menção “Clássico”, concedendo à Bairrada um estatuto de maior relevância em boa hora regulamentada, e que tão bem é expressa nos 12 vinhos que brilharam na nossa prova.
* O autor escreve segundo o novo acordo ortográfico
(Artigo publicado na edição de Junho de 2025)
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MESSIAS
Branco - 2017 -
FREI JOÃO
Branco - 2020 -
TRABUCA CERCIAL DA BAIRRADA
Branco - 2020 -
BACALHOA 1931 VINHAS VELHAS
Branco - 2021 -
ANTÓNIO MARINHA LEGADO
Tinto - 2017 -
CASA DO CANTO
Tinto - 2017 -
MESSIAS
Tinto - 2015 -
FREI JOÃO
Tinto - 2018 -
TRABUCA
Tinto - 2016 -
BACALHÔA VINHA DA DÔNA
Tinto - 2018 -
LOPO DE FREITAS
Tinto - 2016 -
OUTRORA
Tinto - 2019
12 Boas Escolhas para o Natal

Natal é tempo de estar com a família, de partilhar afectos, de sentar à mesa e ter boas conversas com pessoas que gostamos. Em Portugal, a véspera é tempo de Bacalhau cozido com todos, para quem gosta e não consegue resistir a uma tradição que sabe mesmo bem. Mas também pode ser de polvo, peru […]
Natal é tempo de estar com a família, de partilhar afectos, de sentar à mesa e ter boas conversas com pessoas que gostamos. Em Portugal, a véspera é tempo de Bacalhau cozido com todos, para quem gosta e não consegue resistir a uma tradição que sabe mesmo bem. Mas também pode ser de polvo, peru ou cabrito assados no forno, borrego guisado ou até carne de porco com ameijoas.
Não podem é faltar nozes, pinhões, amêndoas torradas e fatias douradas, coscorões e outras coisas doces tradicionais irresistíveis, só permitidas porque as “Festas” são dias de convívio em família e de felicidade para os sentidos.
Para companhia destes comeres selecionámos 12 Boas Escolhas, vinhos de óptima relação qualidade-preço, para todos os momentos da Festa de Natal.
Boas Festas!
Espumante:
Brancos:
Rosés:
Tintos:
Fortificados:
Rosés heróicos do Douro

“Era uma vez uma improvável e quase casuística história de sucesso”. Bem que podia iniciar-se assim a história que levou a Provença francesa a tornar-se, nas duas últimas décadas, a região produtora dos rosés que todos admiram e tantos pretendem imitar o sucesso. Um mimetismo tão massivo, que são os próprios produtores da região a […]
“Era uma vez uma improvável e quase casuística história de sucesso”. Bem que podia iniciar-se assim a história que levou a Provença francesa a tornar-se, nas duas últimas décadas, a região produtora dos rosés que todos admiram e tantos pretendem imitar o sucesso. Um mimetismo tão massivo, que são os próprios produtores da região a recear que a inovação tecnológica permita a um mundo cada vez mais global produzir, em qualquer território vínico, rosés de cor rosa suave, secos, com nuances de fruta vermelha madura e afeiçoados a uma pungente mineralidade, tornando-se vítimas do seu próprio sucesso.
Historicamente, os rosés são produzidos desde a antiguidade. No século VI A.C., por iniciativa dos fenícios, foram trazidas as uvas para Massalia, actual Marselha, tornando-se os vinhos de cor rosada pálida uma escolha por toda a bacia do Mediterrâneo. A Provença, como primeira província do Império Romano, era o espelho de uma policultura fértil em quintas nas proximidades dos rios e do mar, para facilitar o transporte e comercialização, e onde a vinha tinha já uma importância fundamental.
A cultura da vinha manteve-se até aos dias de hoje, conhecendo épocas bem-sucedidas, sobretudo a partir do nascimento do conceito de turismo, já no século XIX, impulsionado pelo Grand Tour. No início dos anos 80 do século passado, os rosés provençais eram elaborados maioritariamente a partir das castas Grenache, Cinsault e Carignan, com adição de uma parte, usualmente 10%, de Cabernet Sauvignon, que dava origem a vinhos de um vermelho translúcido, secos, ligeiramente terrosos, herbáceos, suculentos e com acidez acentuada. Em 1985, dá-se a inusitada revolução rosa.
Um acaso de sucesso
Régine Summeire, do Château La Tour de l`Éveque e Château Barbeyrolles, ambas da Côte de Provence, visita, em 1985, o seu amigo Jean-Bernard Delmas, do Château Haut Brion, em Pessac, nas cercanias de Bordéus. Na adega, viu que Delmas usava uma velha prensa hidráulica para esmagar suavemente os cachos inteiros de uvas brancas, aconselhando-o este a usar o mesmo processo. Regressado à Provence, Summeire fez a experiência com as primeiras uvas de Grenache e o resultado foi um mosto mais fresco, com elevada acidez, muito menos carácter vegetal e uma cor rosa pálido. Após esta casuística descoberta e vencido o controlo das temperaturas de fermentação, um mundo abria-se, inicialmente tímido, aos rosés delicados, então denominados pétale de rose.
O resto da história é de todos conhecida, e é o sucesso deste conceito, que gera receitas de centenas de milhões de euros em vendas, que nos traz à questão de um milhão de dólares: pode o Douro tornar-se uma relevante região produtora de rosés, competindo em notoriedade com outras grandes regiões do mundo?
E se a resposta à derradeira pergunta é positiva, muitos de nós irão fazer muitas outras perguntas, designadamente sobre o caminho a trilhar para alcançar o êxito global. Os primeiros passos serão necessariamente a partir da identidade duriense.
De portas abertas aos rosés
A resposta começou a ser desenhada há três anos, numa iniciativa desenhada num pequeno município duriense, Mesão Frio, que teve o arrojo de querer ser o centro do debate dos vinhos rosados da região do Douro, criando o evento “Douro em Tons de Rosé”, o qual trouxe para a mesa produtores, enólogos, jornalistas, opinion makers, bloggers e a mais reputada especialista mundial de rosés, Elizabeth Gabay, a Master of Wine britânica, ela própria residente na Provença.
Na mais recente edição deste evento, entre outras matérias, discutiu-se a viticultura tradicional na mais imponente região vitivinícola de montanha do Mundo, com mais de 40 mil hectares, e os seus benefícios para apurar a qualidade da matéria-prima para vinhos rosados, valorizando-se a singularidade humana num território onde a mecanização é uma miragem. Rui Soares, produtor e responsável de viticultura da Real Companhia Velha, alertou para a necessidade de protecção de um património único, de vinhas em patamares que selam indelevelmente a imagem de marca da região, constituindo, a par das vinhas velhas onde pontificam, tantas vezes, mais de 50 castas autóctones durienses, uma imagem que ajuda na projecção dos vinhos rosados como uma das maiores riquezas da identidade do Douro.
Para além da abordagem do terroir, características de viticultura duriense e prova de mais de três dezenas de rosés, houve lugar a uma palestra conduzida por Paulo Russel Pinto, wine educator e responsável de marketing e promoção do IVDP, cuja temática era, até há muito pouco tempo, uma matéria desconhecida e inusitada, o envelhecimento de rosés.
Para a afirmação dos rosés do Douro, há um facto incontornável: a paisagem duriense é de uma beleza inigualável
O lugar ao sol do Douro
Do mais verdejante e fresco Baixo Corgo, até ao inóspito e vasto Alto Douro, há uma imensidão de perspectivas a considerar para produzir, não apenas rosés leves, frescos e frutados, mas igualmente vinhos de elevada complexidade e capacidade de guarda. Para lhes dar um cunho de identidade regional, escolhem-se algumas das castas que melhor identificam o Douro, com a Touriga Nacional ainda a colher a primazia, seguida da Touriga Francesa, Tinta Roriz, Tinta Barroca, Tinta Francisca e o cada vez mais entusiasmante Tinto Cão. Não perdendo a noção de contemporaneidade e universalidade, surgem também exemplos de grandes rosés elaborados a partir da Pinot Noir ou mesmo Cabernet Sauvignon, sobretudo nas cotas mais altas do Alto Douro vinhateiro. Não esquecendo o valor inimitável e não replicável das vinhas velhas, algumas centenárias, também aptas a criar, se assim se entender, rosés únicos desenhados para mercados super premium, habituados a pagar a exclusividade.
Os perfis podem e devem ser marcadamente varietais e, sobretudo, absorver as características do terroir, preocupação a não descurar no momento da sua vinificação. As tendências emergentes não descuram as práticas orgânicas e sustentáveis na produção de rosés, matéria que, actualmente, fará necessariamente parte da estratégia de comunicação dos vinhos direcionados para um consumidor com forte consciência ambiental. Estas práticas não apenas se tornam mais protetoras do ambiente, mas valorizam a qualidade do vinho. A agricultura de base orgânica que elimina o uso de pesticidas e fertilizantes sintéticos, protege não apenas os solos, mas todo o ecossistema circundante às vinhas, criando uma vida mais saudável. É hoje uma tendência em franco crescimento. Associados a estas práticas incluem-se a redução do uso dos recursos hídricos, o recurso a fontes de energia renováveis, reciclagem e diminuição do desperdício. Formas de encarar a produção de vinho que, comunicadas a um consumidor moderno, aumentam as vendas pela associação ao estar a cuidar do ambiente.
Para uma afirmação dos rosés do Douro há um facto incontornável, que será fundamental na forma como o transmitiremos ao Mundo: a paisagem duriense é de uma beleza inigualável e, dentro dela, nascem unidades de enoturismo que valorizam a região, oferecendo comodidades cheias de glamour, piscinas panorâmicas sobre o rio, gastronomia autêntica polvilhada de contemporaneidade, estradas que serpenteiam as margens e, claro, uma história antiquíssima, associada à mais antiga região demarcada do Mundo, profundamente rica em tradição e elegância clássica.
Mais que um vinho consumido no Verão, o rosé tornou-se parte da vida quotidiana e da cultura iminentemente visual e cénica. Hoje é símbolo de sofisticação e modernidade. O social media tomou conta dos rosés, sendo factor preponderante na sua ascensão e exponencial aumento do seu consumo. Actualmente, no Instagram, o rosé surge não apenas como um vinho, tornando-se um elemento identificador de um modo de vida. As marcas mais reputadas e aquela rede social impulsionaram as vendas e o seu consumo. Esta categoria que, ainda não há muitos anos, era considerada inferior, surge hoje no topo das preferências dos consumidores, sendo olhada, cada vez mais, como um produto vínico exclusivo e exigente, com potencial de envelhecimento.
Hoje, segundo dados da Organização Internacional da Vinha e do Vinho (OIV), e pela primeira vez, o somatório do consumo de vinhos brancos e rosés representa mais de metade do consumo de vinhos no mundo, retirando a supremacia aos vinhos tintos, até agora hegemónicos. Julgando pela qualidade da amostra de vinhos rosados durienses provados, diremos que o Douro terá, para si, guardada uma parte relevante de afirmação neste mundo cada vez mais cor-de-rosa.
(Artigo publicado na edição de Setembro de 2024)
Os vinhos apresentados não estão por ordem de pontuação
12 Sugestões de Vinhos Verdes até 15€

Vinhos frescos, leves e perfeitos para dias de calor, fins de tarde em esplanadas, terraços, jardins e sobretudo…. Férias! Ficam aqui algumas sugestões de vinhos verdes provados ao longo deste ano, todos com o selo Boa Escolha!
Vinhos frescos, leves e perfeitos para dias de calor, fins de tarde em esplanadas, terraços, jardins e sobretudo…. Férias!
Ficam aqui algumas sugestões de vinhos verdes provados ao longo deste ano, todos com o selo Boa Escolha!
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Howard’s Folly
- 2019 -
Quinta de Sanjoanne
Branco - 2020 -
Barão do Hospital
- 2021 -
Barão do Hospital
Branco - 2021 -
Vale dos Ares
Branco - 2021 -
Vale dos Ares em Borras Finas
Branco - 2020 -
Cortinha Velha
Branco - 2021 -
Maria Saudade
Branco - 2021 -
Adega Ponte de Lima
Branco - 2019 -
Inspirar
Branco - 2021 -
Quinta de Sanjoanne Terroir Mineral
Branco - 2021 -
Quinta da Pegadinha
Branco - 2021
Sugestão: Os (outros) licorosos de Portugal

Se estivéssemos a fazer um script para um filme sobre este tema, poderia ser mais ou menos assim: Cena 1: Um grupo de amigos a fazer uma prova de vinhos. Eu também estava presente. Coisa caseira, sem pretensões, apenas para desfrutar o vinho e, como dizem em Angola, estar junto. A certa altura, e após […]
Se estivéssemos a fazer um script para um filme sobre este tema, poderia ser mais ou menos assim:
Cena 1:
Um grupo de amigos a fazer uma prova de vinhos. Eu também estava presente. Coisa caseira, sem pretensões, apenas para desfrutar o vinho e, como dizem em Angola, estar junto. A certa altura, e após alguns vinhos terem sido degustados em prova cega, eu trouxe para a mesa um vinho já decantado. Retinto, percebia-se que era um generoso. De imediato começou o jogo: Porto Vintage ou LBV? Logo aí houve alguma controvérsia porque não era evidente se seria de um tipo, ou de outro. Pelo perfil logo se puseram de lado quer os Madeira quer os Moscatéis; era claramente um vinho retinto engarrafado novo. O segundo momento foi tentar perceber quem seria a casa produtora: seriam empresas inglesas de vinho do Porto, seria um perfil mais tradicional português? Se sim, qual poderia ser a empresa? Novamente várias opiniões, tudo algo baralhado. Resultado da prova: não era um vinho do Porto, era um licoroso de Borba!
Cena 2:
Almoço no Porto, no restaurante Gaveto. Convidador: Dirk Niepoort. À mesa estaríamos uns 8 ou 10, quase todos ligados ao vinho do Porto e vários da própria empresa. Para a sobremesa, Dirk serve o vinho às cegas: logo ali a primeira discussão foi se seria Niepoort ou de outra firma. Um dos presentes, o senhor Nogueira – “cheirista” encartado da Niepoort e já então acabado de se reformar, vaticinou: este seguramente não é o estilo Niepoort! A conversa continuou, a cada cabeça sua sentença. Resultado: era um licoroso da África do Sul, apelidado de Cape Fortified. Vinho notável, a todos os títulos, se a memória não me falha.
Cena 3:
Tenho em minha casa para jantar Dirk Niepoort e David Guimaraens, então acabados de chegar a Lisboa após uma passeata de mota pelo país, uma versão Easy Ryder do séc. XXI. A certa altura do serão servi um vinho bem carregado na cor, rústico de perfil, mas impressionante no conjunto. Ambos entraram em modo de dúvida, sobre que tipo de Porto seria e de quem, ou seja, a conversa do costume nestas coisas das provas cegas. Às tantas um deles, que não recordo quem, disse: espera, este é capaz de ser o licoroso do Mouchão que provámos ontem quando estivemos na herdade! Era mesmo!
Eram dezenas as destilarias no Bombarral e a grande quantidade de aguardente produzida destinava-se ao Porto e, também, aos licorosos locais.
Vamos casar mosto com aguardente?
As três cenas ajudam-nos a perceber que o universo dos licorosos pode ser desafiante. Podemos encontrar um de dois perfis que, ainda mais, ajudam a confundir com o “universo” Porto; um perfil engarrafado mais jovem e que lembra, de facto, um Vintage ou LBV, e um outro tipo, mais longamente envelhecido em casco e que pode fazer-nos pensar se não estaremos perante um Porto Tawny ou, em alguns casos, um Madeira.
Há razões que ajudam a perceber porque é que nos podemos enganar; em primeiro lugar, as castas: o tal licoroso de Borba era feito de Aragonez e o licoroso da África do Sul era elaborado com castas do Douro, para lá levadas em tempos idos. Se a este “factor casta” juntarmos a forma como são feitos, ou seja, interrupção da fermentação por adição de aguardente vínica, igual à que se usa para vinho do Porto, percebemos melhor que todos estamos desculpados por termos sido iludidos com o licoroso.
Alguns dos vinhos aqui provados entram na designação Abafado: tratam-se de licorosos em que, cumprindo o que a legislação determina, se interrompe a fermentação no início da mesma, por adição de aguardente; se o mosto não chegar mesmo a fermentar, então estamos perante uma Jeropiga.
Algumas casas – como a Companhia Agrícola do Sanguinhal ou o Mouchão têm já uma história secular na produção de vinhos licorosos. No Mouchão a tradição remonta ao início do séc. XX (1901) e, no caso do Sanguinhal há que lembrar que a firma de Abel Pereira da Fonseca, ainda nos finais do séc. XIX, tinha uma empresa de vinho do Porto; e a partir do momento em que adquiriu as 3 quintas na zona do Bombarral – Sanguinhal, Cerejeiras e S. Francisco – dedicou-se a produzir vinhos licorosos. Estávamos então na segunda década do séc. XX. Além desta grande empresa, outras como os Patuleia e Vinhos Bernardino eram destiladores de aguardente. Eram dezenas as destilarias na região e enorme a quantidade de vinhos que ali eram “queimados”; a aguardente destinava-se sobretudo a beneficiar o Vinho do Porto. Era assim tentador fazer algo semelhante nos vinhos da região. Na Companhia Agrícola do Sanguinhal a tradição manteve-se até hoje e as reservas mais antigas que são usadas na preparação dos lotes têm, segundo o actual proprietário, mais de 80 anos.
Já no caso das adegas cooperativas estamos em crer que o desejo dos sócios de terem um vinho de sobremesa, não para imitar nem substituir o vinho do Porto, mas que pudesse ser a expressão das virtudes da região, levou à proliferação deste tipo de vinho um pouco por todo o país, incluindo Tejo e Algarve, onde os licorosos chegaram a ter alguma projecção.
Enquanto consumidores que somos, não devemos perder de vista o que, de original, se vai fazendo aqui e ali. Nota final: estes, como outros vinhos do mesmo tipo, devem ser consumidos frescos. E se tem a sua garrafa há muito tempo em casa (há que a conservar ao alto), não hesite em decantar primeiro porque pode ter criado depósito no fundo da garrafa. Boas provas!
(Artigo publicado na edição de Maio de 2023)
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Ravasqueira
- 2017 -
Cartuxa
- 2013 -
CTX Superior
- 2014 -
Vidigueira
Fortificado/ Licoroso - 2017 -
Adega de Borba Premium
Fortificado/ Licoroso - -
Vinha d’Ervideira
Fortificado/ Licoroso - 2015 -
Alorna
Fortificado/ Licoroso - -
Quinta de S. Francisco
Fortificado/ Licoroso - -
Mouchão Sobremesa Tonel Aged
Fortificado/ Licoroso - 2015 -
Marquês de Marialva Singular
Fortificado/ Licoroso - 2011 -
Cabriz Ímpar
Fortificado/ Licoroso - -
Quinta das Bágeiras
Fortificado/ Licoroso - 2004
Páscoa doce: o que beber com as sobremesas da época

Não há dúvida de que um dos pontos mais altos de uma refeição de Páscoa é o momento em que se adoça o palato. Dos bolos de chocolate aos queijos, passando pelos doces de ovos ou de amêndoa, muitas são as sobremesas portuguesas típicas desta época, com variações de região para região. Aqui fica uma […]
Não há dúvida de que um dos pontos mais altos de uma refeição de Páscoa é o momento em que se adoça o palato. Dos bolos de chocolate aos queijos, passando pelos doces de ovos ou de amêndoa, muitas são as sobremesas portuguesas típicas desta época, com variações de região para região.
Aqui fica uma selecção de vinhos para harmonizar com doces de diferentes famílias de sabores – avaliados por vários provadores da Grandes Escolhas – com preços que não vão levar ninguém à ruína finaceira.
BOLOS DE CHOCOLATE:
DOCES COM AMÊNDOA E OUTROS FRUTOS SECOS:
DOCES COM LARANJA:
DOCES DE OVOS E BOLO DE MEL:
FOLARES DE ERVA – DOCE OU CANELA:
QUEIJOS AZUIS OU PICANTES:
OUTROS QUEIJOS:
12 rosés para celebrar a Primavera

Na Grandes Escolhas somos fãs de Rosés e por isso sugerimos 12 vinhos rosados, em diferentes segmentos de preço. Uma forma de dar as boas-vindas à Primavera!
Na Grandes Escolhas somos fãs de Rosés e por isso sugerimos 12 vinhos rosados, em diferentes segmentos de preço. Uma forma de dar as boas-vindas à Primavera!
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Heritage
Rosé - 2021 -
Casal Sta Maria Mar de Rosas
- 2021 -
Mamoré de Borba
- 2021 -
Bacalhôa Vinha dos Frades
- 2021 -
Kompassus Coleção Privada Tête de Cuvée Nature
Rosé - 2017 -
Quinta da Rede
Rosé - 2021 -
Quinta da Alameda
Rosé - 2021 -
São Luiz Winemakers Collection
Rosé - 2021 -
Pousio Selection
Rosé - 2021 -
Manoella
Rosé - 2021 -
Maria Francisca
Rosé - 2021 -
Quanta Terra Phenomena
Rosé - 2021