Climate Talk by Porto Protocol: reflexão sobre as diferentes abordagens de certificação em sustentabilidade
É já amanhã, dia 15 de Julho, que acontecerá a próxima Climate Talk by Porto Protocol, uma conferência online, no respectivo canal de YouTube, onde se discutirão as diferentes perspectivas da certificação e os padrões de sustentabilidade na indústria do vinho, na sequência das múltiplas certificações em sustentabilidade que têm vindo a crescer ao longo […]
É já amanhã, dia 15 de Julho, que acontecerá a próxima Climate Talk by Porto Protocol, uma conferência online, no respectivo canal de YouTube, onde se discutirão as diferentes perspectivas da certificação e os padrões de sustentabilidade na indústria do vinho, na sequência das múltiplas certificações em sustentabilidade que têm vindo a crescer ao longo das últimas décadas.
Patrício Parra, Allison Jordan e João Barroso serão os especialistas que irão partilhar a sua experiência e versar sobre diversas questões: “Está o conceito de sustentabilidade estabilizado no mundo do vinho?”; “Estão os consumidores conscientes do significado de ‘sustentabilidade’ em cada uma das regiões?”; “Como podem ser comparadas as normas com diferentes âmbitos de aplicação?”; “A pegada de carbono está integrada nos processos de certificação sustentável?”; “As certificações são adequadas para empresas de diferentes dimensões?”; “Que critérios podem ser utilizados para escolher a certificação mais adequada?”; “A diversidade de logótipos na garrafa estará a confundir o consumidor?”; entre outras. A moderação será feita por Sylvia Petz, consultora de comunicação.
Allison Jordan é vice-presidente para os assuntos ambientais do Wine Institute e directora-executiva do California Sustainable Winegrowing Alliance. João Barroso, por sua vez, é coordenador do Programa de Sustentabilidade dos Vinhos do Alentejo, que faz parte da CVR Regional Alentejana, coordena e monitoriza o desempenho de sustentabilidade da maior região vinícola de Portugal. Já Patrício Parra é director- executivo do Consórcio de I&D no Vinos de Chile, que é a instituição responsável pela gestão do Código de Sustentabilidade da Indústria Vinícola do Chile. É também co-presidente do grupo de trabalho de Sustentabilidade Ambiental da FIVS. Saiba mais sobre os especialistas aqui.
Porto Protocol começa hoje as “Climate Talks” no YouTube
Hoje, dia 7 de Maio, a Porto Protocol – instituição sem fins lucrativos, fundada pela Taylor’s, cujos membros se unem para mitigar as mudanças climáticas – dá início às Climate Talks, um ciclo de conversas no YouTube que promete levantar questões, apresentar boas práticas e impelir à mudança de comportamentos. Às 17h, no canal da […]
Hoje, dia 7 de Maio, a Porto Protocol – instituição sem fins lucrativos, fundada pela Taylor’s, cujos membros se unem para mitigar as mudanças climáticas – dá início às Climate Talks, um ciclo de conversas no YouTube que promete levantar questões, apresentar boas práticas e impelir à mudança de comportamentos. Às 17h, no canal da Porto Protocol, a primeira conversa será sobre a sustentabilidade das garrafas de vinho.
“‘The Elephant in the Room: Sustainable Packaging’ é o tema da primeira conversa e pretende medir o peso deste elefante na sala – a embalagem. A garrafa é o elemento da indústria do vinho que mais contribui para a pegada de carbono do produto. Ainda assim, este é um dos assuntos menos discutidos e onde têm incidido menos medidas por parte das empresas produtoras”, pode ler-se no comunicado de imprensa.
Os oradores de hoje serão Nicolas Quillé, do Crimson Wine Group (E.U.A.); Santiago Navarro, da Garçon Wines (Reino Unido) e Tiago Moreira da Silva, da BA GLASS Iberia (Portugal). A moderação ficará a cargo de Marta Mendonça, da Porto Protocol.
As conversas digitais estão marcadas para os dias 7, 14, 21 e 28 de Maio, mas prevê-se que continuem com uma periodicidade mensal ou bimensal. Os painéis podem ser conhecidos aqui.
Plastic Free Certification chega a Portugal para revolucionar a restauração
Depois do Mirazur (3*), em França, ter sido o primeiro restaurante do mundo a obter a Plastic Free Certification, o tempo é de “espalhar a mensagem” e chegar a outros países. Em Portugal, Espanha e Brasil, a Chefs Agency – empresa de comunicação que acredita “genuinamente que através da gastronomia é possível promover alternativas sustentáveis” […]
Depois do Mirazur (3*), em França, ter sido o primeiro restaurante do mundo a obter a Plastic Free Certification, o tempo é de “espalhar a mensagem” e chegar a outros países. Em Portugal, Espanha e Brasil, a Chefs Agency – empresa de comunicação que acredita “genuinamente que através da gastronomia é possível promover alternativas sustentáveis” – está a desenvolver este projecto para angariar, informar e ajudar seguidores desta tendência mundial, a adoptarem novas medidas sustentáveis, e a impulsionarem esta mudança em cadeia. Para que este efeito venha a ser uma realidade, houve uma grande preocupação em sistematizar um modelo acessível, para que qualquer restaurante ou empresa sensível a esta causa possa accionar o processo de forma simples:
Após uma tomada de consciência por parte da empresa a certificar, o primeiro contacto poderá ser feito facilmente por telefone (211 327 797) ou por email (info@chefsagency.net) ou através do site. De seguida, será enviado um formulário pela Plastic Free Cerification, no qual será solicitada informação sobre a organização, como número de colaboradores, instalações adicionais, entre outras características da empresa para, a partir daí, a avaliação de certificação ser orçamentada de acordo a dimensão e especificidades da organização. Numa fase seguinte, após aprovação do orçamento e assinatura de um acordo de confidencialidade, os responsáveis pela entidade a certificar terão o apoio e acompanhamento do research center da Plastic Free Certification, que poderá facultar informação sobre materiais e linhas gerais de orientação, bem como partilhar boas práticas, com vista a potenciar o melhor nível de certificação possível (classificado de A a E). Como etapa final, é marcada uma inspecção com um auditor independente, certificado pela União Europeia, que irá recolher os dados necessários para um comité interno de avaliação finalizar o processo com a atribuição da classificação, certificando a empresa. Posteriormente, a curto/médio prazo, a organização pode, e deve, definir e pôr em prática um plano de redução de plásticos, para que anualmente possa renovar a sua certificação, e melhorar a sua classificação, repetindo o processo junto da Plastic Free Certification.
A certificação Plastic Free Certification surge da ambição do chef argentino Mauro Colagreco, de reduzir a utilização de plástico no restaurante Mirazur – o seu restaurante em Menton, França – que em 2019 conquistou a terceira estrela Michelin. Nesta procura por uma forma eficaz de reduzir e eliminar plástico na gestão diária do seu restaurante, Colagreco alocou um recurso da sua equipa a esta busca exaustiva – junto de especialistas e ambientalistas – por substitutos do plástico. Assim se deu o início da redução ou eliminação de plásticos, e da implementação de alternativas sustentáveis no Mirazur. Para dar corpo a este projecto, a equipa que o desenvolveu conjugou esforços para tornar real este desejo do chef do Mirazur, e criou uma startup, à qual a Chefs Agency se associa como empresa parceira de comunicação e representação para a certificação Plastic Free Certification em Portugal, Espanha e Brasil.
A ideia, como afirmou a Chefs Agency em comunicado de imprensa, é que cada empresa que dê este passo provoque a mudança à sua volta, nos sectores adjacentes à sua área de actuação, o que poderá fazer uma grande diferença na vida das organizações, na vida das pessoas, e na vida do planeta.
Symington vai reduzir 50% da sua pegada de carbono até 2030
A Symington Family Estates acaba de se juntar à International Wineries for Climate Action (IWCA) – um grupo de trabalho colaborativo com o compromisso de acelerar soluções inovadoras que possam mitigar os impactos das alterações climáticas, através da descarbonização do sector mundial do vinho. Desta forma, a empresa familiar, o primeiro produtor de Portugal a […]
A Symington Family Estates acaba de se juntar à International Wineries for Climate Action (IWCA) – um grupo de trabalho colaborativo com o compromisso de acelerar soluções inovadoras que possam mitigar os impactos das alterações climáticas, através da descarbonização do sector mundial do vinho. Desta forma, a empresa familiar, o primeiro produtor de Portugal a aderir ao grupo, reforça o seu compromisso em agir face à severidade da crise climática através da implementação de medidas imediatas para a redução das suas emissões de carbono. O objectivo é que todos os membros da IWCA tenham uma estratégia de longo-prazo para a redução em 80% das suas emissões de carbono até 2045, com uma meta intermédia de 50% até 2030.
A par com a Symington Family Estates, juntaram-se também produtores dos Estados Unidos, Chile e Nova Zelândia às duas famílias do vinho que fundaram esta associação, em Fevereiro de 2019: Família Torres (Espanha) e Jackson Family Estates (EUA). Para serem reconhecidos como membros de pleno direito da IWCA, os produtores têm de preencher vários requisitos, para além da redução das emissões totais. Devem, por exemplo, garantir a produção de pelo menos 20% da sua energia eléctrica a partir de fontes renováveis (excluindo a compra de energia renovável certificada). No âmbito do grupo de trabalho, as empresas devem ainda realizar um inventário de emissões de Gases de Efeito de Estufa (GEE) seguindo os requisitos do protocolo nesta matéria, estabelecido pelo WBCSD (World Business Council for Sustainable Development) e WRI (World Resources Institute), abrangendo os impactos directos, indirectos e decorrentes das actividades ao longo da sua cadeia de valores. Adicionalmente, têm de assegurar a sua verificação, por entidade competente, de acordo com a norma ISO 14064. É ainda imperativo demonstrar uma redução de pelo menos 25% de emissões de CO2 por unidade de vinho produzida, usando o ano referência do inventário de emissões GEE.
De acordo com Rob Symington, Director Associado da Symington Family Estates, “as alterações climáticas configuram um dos maiores riscos que a humanidade enfrenta. Precisamos de indivíduos, empresas e governos que respondam à altura a este desafio. Na Symington temos o compromisso de reduzir a nossa pegada de carbono e de trabalhar com os nossos parceiros para a redução das emissões na nossa cadeia de fornecimento. Estamos muito satisfeitos por nos juntarmos à IWCA como membros candidatos, por acreditarmos que o rigor dos seus processos a pode colocar na liderança da resposta do sector mundial do vinho a esta ameaça. Encorajamos outros produtores a juntar-se a nós na introdução de compromissos públicos concretos, com metas mensuráveis, para responder ao desafio da crise climática. Não temos tempo a perder”.
O vinho e o ambiente, manual prático
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[vc_row type=”in_container” full_screen_row_position=”middle” scene_position=”center” text_color=”dark” text_align=”left” overlay_strength=”0.3″ shape_divider_position=”bottom”][vc_column column_padding=”no-extra-padding” column_padding_position=”all” background_color_opacity=”1″ background_hover_color_opacity=”1″ column_shadow=”none” column_border_radius=”none” width=”1/1″ tablet_text_alignment=”default” phone_text_alignment=”default” column_border_width=”none” column_border_style=”solid”][vc_column_text]
São cada vez mais os consumidores que se preocupam com a forma como são produzidos os alimentos que levam à sua mesa e a proteção do ambiente tornou-se tema importante em toda a cadeia de produção. O vinho é, seguramente, um dos produtos mais evoluídos em termos de sustentabilidade ambiental. O objecto deste trabalho é apresentar aos nossos leitores, de forma simples e concisa, os modelos e soluções encontradas para cuidar do ambiente na indústria da vinha e do vinho.
TEXTO Luís Lopes
Portugal tem feito avanços enormes na vertente da proteção ambiental no setor do vinho. Hoje em dia, a consciência ambiental é transversal a todas as regiões vinícolas portuguesas e uma grande parte dos produtores segue, pelo menos, a denominada “proteção integrada”, que é o primeiro passo no modelo de boas práticas agrícolas e vitícolas. Para além deste, existem outros caminhos que visam a proteção e sustentabilidade ambiental na vinha, sendo os mais comuns a produção integrada, produção biológica e produção biodinâmica.
A proteção integrada é o modelo mais básico de proteção ambiental e consiste na avaliação ponderada de todos os métodos de proteção das culturas disponíveis, utilizando apenas os produtos e as quantidades económica e ecologicamente justificáveis, procurando a menor “perturbação” possível do ecossistema agrícola. É apenas um primeiro passo no longo e árduo caminho da sustentabilidade mas, apesar disso, infelizmente, ainda não generalizado a todos os produtores de vinho.
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Já a produção integrada inclui igualmente a proteção integrada, mas vai muito mais além. Em produção integrada, as atividades agrícolas são encaradas como um todo, sendo essencial a preservação e melhoria da fertilidade do solo e da biodiversidade e a observação de critérios éticos e sociais. O planeamento é a base da produção integrada. Cada parcela de vinha tem um plano de exploração próprio, que incide, por exemplo, sobre a conservação do solo, biodiversidade, nutrição das plantas, rega (reduzindo o consumo de água) e proteção contra os inimigos da videira, com tudo isto interligado. São utilizados fertilizantes orgânicos e minerais e no combate às pragas são preferidos insetos “bons” e organismos vivos, só podendo ser utilizados produtos fitofarmacêuticos em “caso de emergência”. E mesmo assim estes só podem ser usados se forem homologados para a prática de produção integrada e nas quantidades máximas estabelecidas por lei.
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A produção biológica é outro caminho no sentido da proteção ambiental, mas também um mais “arriscado”, pois qualquer desatenção, ou atraso na intervenção, pode levar à perda da colheita por praga ou doença. Regra geral, as intervenções na vinha são igualmente mais frequentes e onerosas, encarecendo o produto final. Tal como a produção integrada, a viticultura biológica permite o uso de produtos fitoquímicos (enxofre e cobre são mais comuns, ainda que não completamente inofensivos para o ambiente…), mas, ao contrário desta, interdita totalmente a aplicação de produtos químicos de síntese nas plantas ou no solo. Para o controlo de ervas infestantes são utilizados sobretudo o corte manual ou mecânico ou ainda ou animais herbívoros, como ovelhas. O fomento da biodiversidade é uma das pedras de toque da viticultura orgânica, promovendo o equilíbrio entre as várias espécies vegetais (plantando ou semeando outras culturas) e animais.
Em qualquer um destes modelos (proteção integrada, produção integrada ou produção biológica), os produtores obrigam-se a seguir regras específicas e são submetidos a um processo de controlo e certificação.
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Uma indústria atenta
No entanto, a preocupação ambiental não se esgota na terra, na componente agrícola do vinho: passa também, e muito, pela forma como esse vinho é produzido, embalado ou distribuído.
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Qualquer instalação de vinificação já tem, por lei, que cumprir um vasto conjunto de medidas de protecção ambiental, sendo a mais evidente a construção de uma ETAR para tratamento de efluentes. Os resíduos do vinho, por sinal, até são bem fáceis de tratar, já que são muito pouco poluentes (nada que se compare com os resíduos do azeite, por exemplo), bastando a correção do pH e o arejamento numa ETAR relativamente simples. A principal “agressão ambiental” do vinho está no elevado consumo de água. Estima-se que para cada litro de vinho sejam gastos 3 a 5 litros de água, sobretudo em lavagens (sem falar na água utilizada na rega da vinha). É possível, porém, reduzir enormemente este desperdício (para 1 litro de água por 1 litro de vinho) e são muitos os produtores que o fazem, quer através da implementação de práticas mais rigorosas (controlando o caudal das mangueiras, a concentração dos produtos de lavagem e o tempo de cada lavagem), quer através da reutilização da água tratada pela ETAR ou do armazenamento de água da chuva.
Outra preocupação passa pelo consumo de energia. Nas adegas modernas investe-se bastante em isolamento térmico, para minimizar o gasto energético no arrefecimento das cubas de fermentação e do espaço de vinificação, envelhecimento e armazenagem de vinhos.
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Esse isolamento/arrefecimento pode ser feito através de materiais específicos, mas também passa pela própria arquitetura da adega, por exemplo ventilação apropriada e coberturas naturais (prado, relva) ou espelhos de água da chuva nos telhados. Tudo isto, é claro, complementado com painéis solares e iluminação de baixo consumo. Práticas mais sofisticadas de sustentabilidade ambiental como a utilização de energia geotérmica ou a captura e armazenamento do CO2 produzido pela fermentação estão já em estudo em algumas adegas nacionais.
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Outra preocupação passa pelo consumo de energia. Nas adegas modernas investe-se bastante em isolamento térmico, para minimizar o gasto energético no arrefecimento das cubas de fermentação e do espaço de vinificação, envelhecimento e armazenagem de vinhos. Esse isolamento/arrefecimento pode ser feito através de materiais específicos, mas também passa pela própria arquitetura da adega, por exemplo ventilação apropriada e coberturas naturais (prado, relva) ou espelhos de água da chuva nos telhados. Tudo isto, é claro, complementado com painéis solares e iluminação de baixo consumo. Práticas mais sofisticadas de sustentabilidade ambiental como a utilização de energia geotérmica ou a captura e armazenamento do CO2 produzido pela fermentação estão já em estudo em algumas adegas nacionais.
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A qualidade dos vinhos e os produtos biológicos da Bayer
O tema da Sustentabilidade Ambiental está na ordem do dia e vai ganhando cada vez mais força. A Bayer CropScience (cropscience.bayer.pt) não está de todo alheada de tudo isto, muito pelo contrário. Pelo menos é a sensação com que ficamos depois de ouvirmos cientistas europeus a falar de dois novos produtos da Bayer CropScience. Falamos […]
O tema da Sustentabilidade Ambiental está na ordem do dia e vai ganhando cada vez mais força. A Bayer CropScience (cropscience.bayer.pt) não está de todo alheada de tudo isto, muito pelo contrário. Pelo menos é a sensação com que ficamos depois de ouvirmos cientistas europeus a falar de dois novos produtos da Bayer CropScience. Falamos do Sonata, um anti-oídio, e do Serenade, um anti-Botrytis. Ambos são biológicos e estão considerados para uma agricultura amiga do ambiente.
O Serenade Max é um fungicida com acção bacteriostática para podridão cinzenta dos cachos da vinha e a sua formulação é feita com base num organismo, em vez de produtos químicos. O Sonata é um fungicida biológico destinado ao Oídio e actua no metabolismo celular, levando destruição das células e à morte do patógeno. Ambos os produtos, usados como prevenção, não têm intervalo de segurança e não deixam resíduos.
Para ampliar a informação para os viticultores, a Bayer CropScience preparou um evento nas instalações da Real Companhia Velha, no Porto, que reuniu muitos dos principais técnicos nacionais (enologia e viticultura) e também alguns investigadores. Ao invés de ouvirem sobre os produtos ou a sua aplicação, o responsável Ibérico da empresa nos sectores da vinha e olival, Avelino Balsinhas, preparou um ciclo de intervenções em que o tema fulcral foi a qualidade do vinho. Ou melhor, a potencial influência destes dois produtos para a qualidade do vinho. As palestras que se seguiram foram ministradas por cientistas de várias instituições de investigação e ensino; todas elas têm protocolos de investigação com a Bayer CropScience, e estão longe de ser as únicas. Rosa López Martín & Pilar Santamaría Aquilué (ICVV – Instituto de Ciencias de La Vid y del Vino, La Rioja, Espanha) falaram da influência do tratamento da uva com os dois produtos (Sonata e serenade Max) no “desenvolvimento da fermentação e qualidade da uva e do vinho”. De seguida, Paolo Viglione (do SAGEA Centro di Saggio – Integrated Solutions for Sustainable Agriculture, Itália) elaborou sobre a “avaliação do impacto das aplicações de Sonata no processo de vinificação e nos parâmetros qualitativos do vinho”. Sem entrarmos em questões técnicas, podemos dizer que os primeiros dados destas investigações são fortemente encorajadores no sentido da qualidade do vinho, e não existem quaisquer registos que a afectem negativamente. Para ter uma ideia mais completa, veja este vídeo da Bayer CropScience.
São boas notícias para estes produtos biológicos, que Avelino Balsinhas considera serem cada vez mais importantes para um mundo que prefere uma agricultura sustentável. A Bayer está, aliás, a apostar forte em I&D nesta área. Para além de já ter adquirido várias empresas especializadas na área, a empresa usa os seus monumentais recursos para ampliar conhecimento e desenvolver produtos cada vez mais amigos do ambiente, sem perderem eficácia. De facto, os números são impressionantes: 8.500 pessoas em investigação e desenvolvimento (de 88 nacionalidades diferentes), uma área em que a empresa investe 2,4 mil milhões de euros por ano!
Avelino Balsinhas não tem dúvidas de que a Bayer CropSciente é neste momento “a líder mundial nos produtos biológicos para a agricultura”. Esta liderança vai conjugar-se também com a ambição de ser uma empresa com alto grau de responsabilidade social. (texto de António Falcão)
Sogrape exemplar na resposta às alterações climáticas
A Sogrape tem desenvolvido, nos últimos 20 anos, um forte trabalho de adaptação às alterações climáticas e em prol da sustentabilidade, com investimento mais significativo na última década. Pioneira nesta área e com uma forte consciência global, a Sogrape implementou um conjunto de práticas sustentáveis em toda a cadeia de valor, desde a vinha e […]
A Sogrape tem desenvolvido, nos últimos 20 anos, um forte trabalho de adaptação às alterações climáticas e em prol da sustentabilidade, com investimento mais significativo na última década.
Pioneira nesta área e com uma forte consciência global, a Sogrape implementou um conjunto de práticas sustentáveis em toda a cadeia de valor, desde a vinha e a adega até ao consumidor, num círculo virtuoso de aumento da resiliência que protege a actividade da empresa e o valor dos seus vinhos. Deste leque de iniciativas, fazem parte acções de mitigação do impacto da sua actividade no planeta – por exemplo, a quase total reciclagem de resíduos (superior a 99%), a captura e armazenagem da água da chuva para uso industrial, a instalação de centrais fotovoltaicas, ou a redução das emissões de gases com efeito de estufa através da redução do peso das garrafas e do aumento da eficiência energética nas suas instalações – mas também de adaptação às suas consequências através de diversos investimentos no aumento da resiliência dos sistemas de produção (como a conservação da diversidade dos recursos genéticos da videira, ou o aumento da eficiência no uso de água em processos vitícolas e industriais).
António Graça, Director de Investigação e Desenvolvimento da Sogrape, esclareceu: “A nossa responsabilidade enquanto player de referência do sector vitivinícola, passa pelo forte investimento na monitorização dos processos de enologia e viticultura, desenvolvendo e testando novos sensores e sistemas de controlo. Um trabalho feito também através de colaborações com instituições e empresas, portuguesas e internacionais, como acontece com os projectos i-GRAPE, PORVID ou MED-GOLD, dos quais se hão-de extrair ensinamentos para todo o sector”.
Marcas da Sogrape reconhecidas pela sustentabilidade
A Casa Ferreirinha e a Sandeman foram, recentemente, distinguidas pelo BRIT, Botanical Research Institute of Texas, com um prémio de sustentabilidade: Medalha de Platina para a primeira e de Ouro para a segunda. Este reconhecimento, no âmbito dos “2019 International Award of Excellence in Sustainable Winegrowing”, destina-se ao fomento das boas práticas nas vertentes ambiental, […]
A Casa Ferreirinha e a Sandeman foram, recentemente, distinguidas pelo BRIT, Botanical Research Institute of Texas, com um prémio de sustentabilidade: Medalha de Platina para a primeira e de Ouro para a segunda. Este reconhecimento, no âmbito dos “2019 International Award of Excellence in Sustainable Winegrowing”, destina-se ao fomento das boas práticas nas vertentes ambiental, económica e social, por parte dos produtores vitivinícolas. O BRIT, uma organização internacional sem fins lucrativos, é um centro de investigação e protecção de plantas que tem como papel a sensibilização para a conservação da flora e da biodiversidade.