O vinho e o ambiente, manual prático

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[vc_row type=”in_container” full_screen_row_position=”middle” scene_position=”center” text_color=”dark” text_align=”left” overlay_strength=”0.3″ shape_divider_position=”bottom”][vc_column column_padding=”no-extra-padding” column_padding_position=”all” background_color_opacity=”1″ background_hover_color_opacity=”1″ column_shadow=”none” column_border_radius=”none” width=”1/1″ tablet_text_alignment=”default” phone_text_alignment=”default” column_border_width=”none” column_border_style=”solid”][vc_column_text]
São cada vez mais os consumidores que se preocupam com a forma como são produzidos os alimentos que levam à sua mesa e a proteção do ambiente tornou-se tema importante em toda a cadeia de produção. O vinho é, seguramente, um dos produtos mais evoluídos em termos de sustentabilidade ambiental. O objecto deste trabalho é apresentar aos nossos leitores, de forma simples e concisa, os modelos e soluções encontradas para cuidar do ambiente na indústria da vinha e do vinho.
TEXTO Luís Lopes
Portugal tem feito avanços enormes na vertente da proteção ambiental no setor do vinho. Hoje em dia, a consciência ambiental é transversal a todas as regiões vinícolas portuguesas e uma grande parte dos produtores segue, pelo menos, a denominada “proteção integrada”, que é o primeiro passo no modelo de boas práticas agrícolas e vitícolas. Para além deste, existem outros caminhos que visam a proteção e sustentabilidade ambiental na vinha, sendo os mais comuns a produção integrada, produção biológica e produção biodinâmica.
A proteção integrada é o modelo mais básico de proteção ambiental e consiste na avaliação ponderada de todos os métodos de proteção das culturas disponíveis, utilizando apenas os produtos e as quantidades económica e ecologicamente justificáveis, procurando a menor “perturbação” possível do ecossistema agrícola. É apenas um primeiro passo no longo e árduo caminho da sustentabilidade mas, apesar disso, infelizmente, ainda não generalizado a todos os produtores de vinho.
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Já a produção integrada inclui igualmente a proteção integrada, mas vai muito mais além. Em produção integrada, as atividades agrícolas são encaradas como um todo, sendo essencial a preservação e melhoria da fertilidade do solo e da biodiversidade e a observação de critérios éticos e sociais. O planeamento é a base da produção integrada. Cada parcela de vinha tem um plano de exploração próprio, que incide, por exemplo, sobre a conservação do solo, biodiversidade, nutrição das plantas, rega (reduzindo o consumo de água) e proteção contra os inimigos da videira, com tudo isto interligado. São utilizados fertilizantes orgânicos e minerais e no combate às pragas são preferidos insetos “bons” e organismos vivos, só podendo ser utilizados produtos fitofarmacêuticos em “caso de emergência”. E mesmo assim estes só podem ser usados se forem homologados para a prática de produção integrada e nas quantidades máximas estabelecidas por lei.
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A produção biológica é outro caminho no sentido da proteção ambiental, mas também um mais “arriscado”, pois qualquer desatenção, ou atraso na intervenção, pode levar à perda da colheita por praga ou doença. Regra geral, as intervenções na vinha são igualmente mais frequentes e onerosas, encarecendo o produto final. Tal como a produção integrada, a viticultura biológica permite o uso de produtos fitoquímicos (enxofre e cobre são mais comuns, ainda que não completamente inofensivos para o ambiente…), mas, ao contrário desta, interdita totalmente a aplicação de produtos químicos de síntese nas plantas ou no solo. Para o controlo de ervas infestantes são utilizados sobretudo o corte manual ou mecânico ou ainda ou animais herbívoros, como ovelhas. O fomento da biodiversidade é uma das pedras de toque da viticultura orgânica, promovendo o equilíbrio entre as várias espécies vegetais (plantando ou semeando outras culturas) e animais.
Em qualquer um destes modelos (proteção integrada, produção integrada ou produção biológica), os produtores obrigam-se a seguir regras específicas e são submetidos a um processo de controlo e certificação.
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Uma indústria atenta
No entanto, a preocupação ambiental não se esgota na terra, na componente agrícola do vinho: passa também, e muito, pela forma como esse vinho é produzido, embalado ou distribuído.
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Qualquer instalação de vinificação já tem, por lei, que cumprir um vasto conjunto de medidas de protecção ambiental, sendo a mais evidente a construção de uma ETAR para tratamento de efluentes. Os resíduos do vinho, por sinal, até são bem fáceis de tratar, já que são muito pouco poluentes (nada que se compare com os resíduos do azeite, por exemplo), bastando a correção do pH e o arejamento numa ETAR relativamente simples. A principal “agressão ambiental” do vinho está no elevado consumo de água. Estima-se que para cada litro de vinho sejam gastos 3 a 5 litros de água, sobretudo em lavagens (sem falar na água utilizada na rega da vinha). É possível, porém, reduzir enormemente este desperdício (para 1 litro de água por 1 litro de vinho) e são muitos os produtores que o fazem, quer através da implementação de práticas mais rigorosas (controlando o caudal das mangueiras, a concentração dos produtos de lavagem e o tempo de cada lavagem), quer através da reutilização da água tratada pela ETAR ou do armazenamento de água da chuva.
Outra preocupação passa pelo consumo de energia. Nas adegas modernas investe-se bastante em isolamento térmico, para minimizar o gasto energético no arrefecimento das cubas de fermentação e do espaço de vinificação, envelhecimento e armazenagem de vinhos.
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Esse isolamento/arrefecimento pode ser feito através de materiais específicos, mas também passa pela própria arquitetura da adega, por exemplo ventilação apropriada e coberturas naturais (prado, relva) ou espelhos de água da chuva nos telhados. Tudo isto, é claro, complementado com painéis solares e iluminação de baixo consumo. Práticas mais sofisticadas de sustentabilidade ambiental como a utilização de energia geotérmica ou a captura e armazenamento do CO2 produzido pela fermentação estão já em estudo em algumas adegas nacionais.
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Outra preocupação passa pelo consumo de energia. Nas adegas modernas investe-se bastante em isolamento térmico, para minimizar o gasto energético no arrefecimento das cubas de fermentação e do espaço de vinificação, envelhecimento e armazenagem de vinhos. Esse isolamento/arrefecimento pode ser feito através de materiais específicos, mas também passa pela própria arquitetura da adega, por exemplo ventilação apropriada e coberturas naturais (prado, relva) ou espelhos de água da chuva nos telhados. Tudo isto, é claro, complementado com painéis solares e iluminação de baixo consumo. Práticas mais sofisticadas de sustentabilidade ambiental como a utilização de energia geotérmica ou a captura e armazenamento do CO2 produzido pela fermentação estão já em estudo em algumas adegas nacionais.
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A qualidade dos vinhos e os produtos biológicos da Bayer

O tema da Sustentabilidade Ambiental está na ordem do dia e vai ganhando cada vez mais força. A Bayer CropScience (cropscience.bayer.pt) não está de todo alheada de tudo isto, muito pelo contrário. Pelo menos é a sensação com que ficamos depois de ouvirmos cientistas europeus a falar de dois novos produtos da Bayer CropScience. Falamos […]
O tema da Sustentabilidade Ambiental está na ordem do dia e vai ganhando cada vez mais força. A Bayer CropScience (cropscience.bayer.pt) não está de todo alheada de tudo isto, muito pelo contrário. Pelo menos é a sensação com que ficamos depois de ouvirmos cientistas europeus a falar de dois novos produtos da Bayer CropScience. Falamos do Sonata, um anti-oídio, e do Serenade, um anti-Botrytis. Ambos são biológicos e estão considerados para uma agricultura amiga do ambiente.
O Serenade Max é um fungicida com acção bacteriostática para podridão cinzenta dos cachos da vinha e a sua formulação é feita com base num organismo, em vez de produtos químicos. O Sonata é um fungicida biológico destinado ao Oídio e actua no metabolismo celular, levando destruição das células e à morte do patógeno. Ambos os produtos, usados como prevenção, não têm intervalo de segurança e não deixam resíduos.
Para ampliar a informação para os viticultores, a Bayer CropScience preparou um evento nas instalações da Real Companhia Velha, no Porto, que reuniu muitos dos principais técnicos nacionais (enologia e viticultura) e também alguns investigadores. Ao invés de ouvirem sobre os produtos ou a sua aplicação, o responsável Ibérico da empresa nos sectores da vinha e olival, Avelino Balsinhas, preparou um ciclo de intervenções em que o tema fulcral foi a qualidade do vinho. Ou melhor, a potencial influência destes dois produtos para a qualidade do vinho. As palestras que se seguiram foram ministradas por cientistas de várias instituições de investigação e ensino; todas elas têm protocolos de investigação com a Bayer CropScience, e estão longe de ser as únicas. Rosa López Martín & Pilar Santamaría Aquilué (ICVV – Instituto de Ciencias de La Vid y del Vino, La Rioja, Espanha) falaram da influência do tratamento da uva com os dois produtos (Sonata e serenade Max) no “desenvolvimento da fermentação e qualidade da uva e do vinho”. De seguida, Paolo Viglione (do SAGEA Centro di Saggio – Integrated Solutions for Sustainable Agriculture, Itália) elaborou sobre a “avaliação do impacto das aplicações de Sonata no processo de vinificação e nos parâmetros qualitativos do vinho”. Sem entrarmos em questões técnicas, podemos dizer que os primeiros dados destas investigações são fortemente encorajadores no sentido da qualidade do vinho, e não existem quaisquer registos que a afectem negativamente. Para ter uma ideia mais completa, veja este vídeo da Bayer CropScience.
São boas notícias para estes produtos biológicos, que Avelino Balsinhas considera serem cada vez mais importantes para um mundo que prefere uma agricultura sustentável. A Bayer está, aliás, a apostar forte em I&D nesta área. Para além de já ter adquirido várias empresas especializadas na área, a empresa usa os seus monumentais recursos para ampliar conhecimento e desenvolver produtos cada vez mais amigos do ambiente, sem perderem eficácia. De facto, os números são impressionantes: 8.500 pessoas em investigação e desenvolvimento (de 88 nacionalidades diferentes), uma área em que a empresa investe 2,4 mil milhões de euros por ano!
Avelino Balsinhas não tem dúvidas de que a Bayer CropSciente é neste momento “a líder mundial nos produtos biológicos para a agricultura”. Esta liderança vai conjugar-se também com a ambição de ser uma empresa com alto grau de responsabilidade social. (texto de António Falcão)
Sogrape exemplar na resposta às alterações climáticas

A Sogrape tem desenvolvido, nos últimos 20 anos, um forte trabalho de adaptação às alterações climáticas e em prol da sustentabilidade, com investimento mais significativo na última década. Pioneira nesta área e com uma forte consciência global, a Sogrape implementou um conjunto de práticas sustentáveis em toda a cadeia de valor, desde a vinha e […]
A Sogrape tem desenvolvido, nos últimos 20 anos, um forte trabalho de adaptação às alterações climáticas e em prol da sustentabilidade, com investimento mais significativo na última década.
Pioneira nesta área e com uma forte consciência global, a Sogrape implementou um conjunto de práticas sustentáveis em toda a cadeia de valor, desde a vinha e a adega até ao consumidor, num círculo virtuoso de aumento da resiliência que protege a actividade da empresa e o valor dos seus vinhos. Deste leque de iniciativas, fazem parte acções de mitigação do impacto da sua actividade no planeta – por exemplo, a quase total reciclagem de resíduos (superior a 99%), a captura e armazenagem da água da chuva para uso industrial, a instalação de centrais fotovoltaicas, ou a redução das emissões de gases com efeito de estufa através da redução do peso das garrafas e do aumento da eficiência energética nas suas instalações – mas também de adaptação às suas consequências através de diversos investimentos no aumento da resiliência dos sistemas de produção (como a conservação da diversidade dos recursos genéticos da videira, ou o aumento da eficiência no uso de água em processos vitícolas e industriais).
António Graça, Director de Investigação e Desenvolvimento da Sogrape, esclareceu: “A nossa responsabilidade enquanto player de referência do sector vitivinícola, passa pelo forte investimento na monitorização dos processos de enologia e viticultura, desenvolvendo e testando novos sensores e sistemas de controlo. Um trabalho feito também através de colaborações com instituições e empresas, portuguesas e internacionais, como acontece com os projectos i-GRAPE, PORVID ou MED-GOLD, dos quais se hão-de extrair ensinamentos para todo o sector”.
Marcas da Sogrape reconhecidas pela sustentabilidade

A Casa Ferreirinha e a Sandeman foram, recentemente, distinguidas pelo BRIT, Botanical Research Institute of Texas, com um prémio de sustentabilidade: Medalha de Platina para a primeira e de Ouro para a segunda. Este reconhecimento, no âmbito dos “2019 International Award of Excellence in Sustainable Winegrowing”, destina-se ao fomento das boas práticas nas vertentes ambiental, […]
A Casa Ferreirinha e a Sandeman foram, recentemente, distinguidas pelo BRIT, Botanical Research Institute of Texas, com um prémio de sustentabilidade: Medalha de Platina para a primeira e de Ouro para a segunda. Este reconhecimento, no âmbito dos “2019 International Award of Excellence in Sustainable Winegrowing”, destina-se ao fomento das boas práticas nas vertentes ambiental, económica e social, por parte dos produtores vitivinícolas. O BRIT, uma organização internacional sem fins lucrativos, é um centro de investigação e protecção de plantas que tem como papel a sensibilização para a conservação da flora e da biodiversidade.