Lagoalva de Cima: Um Tejo diverso e pioneiro

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[vc_row type=”in_container” full_screen_row_position=”middle” scene_position=”center” text_color=”dark” text_align=”left” overlay_strength=”0.3″ shape_divider_position=”bottom”][vc_column column_padding=”no-extra-padding” column_padding_position=”all” background_color_opacity=”1″ background_hover_color_opacity=”1″ column_shadow=”none” column_border_radius=”none” width=”1/1″ tablet_text_alignment=”default” phone_text_alignment=”default” column_border_width=”none” column_border_style=”solid”][vc_column_text]
Em Alpiarça, estende-se uma propriedade que junta algumas das mais fortes dimensões do mundo rural português: cortiça, cavalo lusitano, azeite e vinho. A Lagoalva, primeira casa portuguesa a fazer monovarietais de Syrah e Alfrocheiro, é coisa séria.
TEXTO Mariana Lopes NOTAS DE PROVA Luís Lopes FOTOS Lagoalva
O que é que a margem Sul do rio Tejo tem? Uma propriedade de 800 hectares, rica em história, na freguesia de Santo Eustáquio de Alpiarça e a 2 quilómetros da mesma vila. É a Quinta da Lagoalva de Cima que, na verdade, detém um total de 7 mil hectares espalhados por diferentes locais. Com uma beleza natural muito sua, o terroir caracteriza-se, essencialmente, por grandes extensões planas de terrenos de regadio, muito férteis, onde o Tejo desempenha um papel preponderante e onde crescem várias culturas agrícolas. Também a floresta é parte importante do cenário. A casa mãe, uma bonita construção setecentista, pinta o cenário de amarelo torrado e transporta aquele local para o século XVIII: foi nesse século que a Lagoalva obteve uma comenda da Ordem de Santiago, sendo tutelada por um dos membros da família da Casa Lavre. Assim, a 9 de Dezembro de 1776, foram feitos vários investimentos na propriedade, já a preparar a terra para o que lá havia de ser erguido. Para minimizar os efeitos da subida do nível das águas do rio, mandou-se abrir uma vala que obrigasse o Tejo a seguir o seu leito natural, e um dique em estacada. Depois, reduziram-se os terrenos maninhos e espargais a cultura agrícola e edificaram-se paredes na herdade, de onde nasceu o palácio da Lagoalva, as suas casas e a sua capela.
Mais tarde, em 1834, a Quinta da Lagoalva é comprada por Henrique Teixeira de Sampayo, 1º Conde da Póvoa. Em 1842, todos os bens passam para Maria Luísa Noronha de Sampayo que, ao casar-se com Domingos António Maria Pedro de Souza e Holstein, 2º Duque de Palmela, acaba por reverter as posses para a Casa Palmela, de onde são descendentes os actuais proprietários. Deste modo, a Quinta da Lagoalva e os terrenos anexos pertencem à Sociedade Agrícola da Quinta da Lagoalva de Cima, encabeçada pelos irmãos Manuel e Miguel Campilho.
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Já desde o século XIX que a Lagoalva é produtora de vinho. “A ligação da nossa família a Itália motivou o surgimento do vinho, do azeite e do bicho da seda”, elucidou Manuel Campilho, que vive na Quinta há 44 anos. Sempre em grande, a Lagoalva levou, em 1888, 600 cascos de vinho para a Exibição Portuguesa da Indústria. Porém, o primeiro vinho engarrafado, com o nome Lima, data de 1989. Em 1992, a enologia passou para João Portugal Ramos que, em 2002, a passou para Rui Reguinga. Foram os primeiros, em Portugal, a fazer monovarietal de Alfrocheiro, tendo o primeiro sido em 1999, e também de Syrah, em 1994 (embora só a colheita de 97 tivesse sido apresentada como tal). Hoje é Diogo Campilho, filho de Manuel, que está à frente desta faceta da empresa. Diogo é enólogo e ao seu lado trabalha, desde 2007, o também enólogo Pedro Pinhão, numa dupla cúmplice e inseparável.
Dos 50 hectares de vinha, 35 encontram-se em plena produção, assentes em três tipos de solos: 100% arenosos (onde estão variedades tintas), argilo-arenosos (a “casa” do Alfrocheiro) e de aluvião (brancas). Neles estão plantadas as castas Sauvignon Blanc, Alvarinho, Arinto, Fernão Pires, Verdelho e Chardonnay; e as tintas Touriga Nacional, Alfrocheiro, Tinta Roriz, Cabernet Sauvignon, Syrah, Tannat e Castelão. “Iremos plantar, em breve, Petit Verdot, no sentido de dar mais estrutura aos vinhos tintos”, contou Diogo.
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O enólogo, que passou uma temporada na Austrália a fazer vinho, trouxe inspirações do Novo Mundo para a vinha e para a adega, onde coabitam várias opções enológicas mais modernas e outras tradicionais. Tudo isto se traduz no perfil dos vinhos, juntamente com a especificidade daquele terroir. Diogo explicou a filosofia: “Os nossos vinhos têm muito que ver com o nosso modo de estar e com o nosso público alvo, que é a faixa-etária dos 20 aos 40 anos”. São quase 30 as referências presentes no portfólio, entre brancos, tintos, espumantes, colheita tardia e licorosos, perfazendo uma produção anual de 350 mil garrafas, que se traduzem em 850 mil euros. “O objectivo para 2019 são mais 100 mil”, descortinou Diogo Campilho.
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Onze foram as novas colheitas que a Grandes Escolhas provou na Quinta da Lagoalva, antes de três impressionantes provas verticais. O espumante branco, com 80% de Arinto e 20% de Alfrocheiro, a mostrar-se jovem, revelou bela acidez e frescura. O espumante rosé, por sua vez, é feito apenas com Alfrocheiro, num perfil suave, mas encorpado, também com boa acidez. A “espumantização” é feita na Lagoalva. O Lagoalva Sauvignon Blanc é expressivo com ananás e leves amargos vegetais, de uvas vindimadas durante a noite “para preservar os aromas”, e vinificadas em inox, por oposição ao Lagoalva Barrel Selection, também de Sauvignon Blanc mas em carvalho francês. A versão tinta do Barrel Selection tem, na sua composição, Syrah e Touriga nacional, numa bela combinação de fruta com barrica. O Lagoalva rosé é também ele de Syrah e Touriga Nacional em inox, e o tinto divide-se, em partes iguais, em Castelão e Touriga Nacional, com maloláctica e estágio de seis meses em barricas de carvalho francês e americano. Já o Lagoalva Talhão 1, inclui Alvarinho, Arinto, Fernão Pires, Sauvignon Blanc e Verelho, com fermentação em cubas de inox. O Reserva branco e o Reserva tinto têm em comum a alta aptidão para a mesa, sendo o primeiro feito de Arinto e Chardonnay, fermentados e estagiados em barrica, e o segundo de Alfrocheiro, Touriga Nacional e Syrah, com estágio de 10 meses em carvalho francês.
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O Lagoalva de Cima Alfrocheiro Grande Escolha 2016 é o mais recente de uma linhagem de quinze edições. Nascido de uma vinha de inícios da década de 70, plantada com um clone vindo da casa José Maria da Fonseca, é o vinho bandeira da Lagoalva e sempre foi. Pedro Pinhão esclareceu que “Mesmo sendo uma casta difícil na vinha, num bom ano tem uma relação produtividade/qualidade fantástica”. A “tiragem” é de 5000 garrafas, de um vinho vinificado em lagar com pisa mecânica e estagiado em barricas francesas, novas e usadas. Do Lagoalva de Cima Syrah Grande Escolha foram feitas oito edições, que culminam na de 2016, também fermentado em lagar com pisa mecânica e com estágio no mesmo tipo de barricas do Alfrocheiro.
A estória do vinho Dona Isabel Juliana é engraçada e prende-se com a avó de Diogo Campilho, que a conta com ternura. Em 2009, Diogo e Pedro decidiram criar este tinto e, no Natal do mesmo ano, foi apresentado a Isabel Juliana. Emocionada, a avó agradeceu ao neto, dizendo-lhe: “Obrigada, o vinho é muito bom, mas se não te importares dá-me um copo de rosé” – era o seu tipo de vinho favorito. O Dona Isabel Juliana tinto 2015 tem Alfrocheiro e Touriga Nacional no lote, com maloláctica e estágio de 14 meses em barricas novas e usadas. Fazem-se entre 2500 e 3 mil garrafas deste belíssimo vinho.
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Durante a nossa visita tivemos oportunidade de fazer uma prova vertical das três marcas mais emblemáticas da casa: Lagoalva de Cima Syrah, Lagoalva de Cima Alfrocheiro, e Dona Isabel Juliana. A Syrah colocou a Lagoalva “no mapa” dos grandes representantes nacionais desta casta, desde a sua estreia em 1994. Para além do vinho que está no mercado (2016) provámos as colheitas de 1997 (algo cansado de nariz, melhor na boca), 2000 (excelente fruto, tudo no sítio, em grande forma), 2005 (maduro e compotado – ano quente – mas prazeroso), 2008 (fechado, austero, especiado, ainda jovem, um portento), 2010 (leve e aberto, madeira muito presente), 2012 (todo fruta e elegância, muito bom) e 2015 (expressivo, afinado e apimentado, belo vinho). A Alfrocheiro é uva bastante acarinhada na casa, e essa atenção é patente nos vinhos provados. No mercado está o Alfrocheiro 2016 (que apresentamos à parte), mas apreciámos as colheitas de 1999 (elegante, perfumado, ainda com leve floral), 2003 (bastante frutado, jovem ainda, a acidez a mantê-lo bem vivo), 2005 (cremoso, cheio de especiaria e mirtilos, em grande forma), 2008 (sisudo – tal como o Syrah do mesmo ano – groselha e leve vegetal de grande qualidade, muita vida pela frente), 2009 (denso, rico e texturado) e 2011 (a complexidade e profundidade do ano perfeito, eucalipto, finura, garra e longevidade).
Finalmente, o Dona Isabel Juliana, o topo de gama da casa, lote de castas que varia, mas onde a Alfrocheiro tem estado sempre presente, acompanhada, consoante o ano, de Touriga Nacional, Touriga Franca, Tannat ou Alicante Bouschet. Provados o 2009 (enorme surpresa, vigoroso e austero, complexo, grande), 2012 (gordo e sumarento, cheio de sabor e presença), 2013 (o mais fino de todos, muito expressivo e elegante, mineral) e 2015 (contido, com acidez muito precisa, taninos poderosos, sólido e longo).
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“Temos e fazemos aqui a excelência do mundo rural português: cavalos lusitanos, vinho, azeite e cortiça”, diz Diogo Campilho, com orgulho. A estes juntam-se milho, trigo, floresta, cevada, ervilha, gado… e mais alguns. Vinte são os cavalos, todos em competição e o azeite gera cerca de 5 mil garrafas, de olival tradicional. A agricultura, a floresta e a pecuária formam um negócio de 4,5 milhões de euros. Também a consultoria e o equipamento agrícola são actividades económicas da Lagoalva, a gerar cerca de 3 milhões de euros. Por aqui se vê a dimensão de uma empresa com tradição secular na região do Tejo, diversa e pioneira, onde se junta um legado de gerações ao know-how moderno de quem não fica parado no tempo.
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Lagoalva de Cima
Tinto - 2016 -
Lagoalva de Cima
Tinto - 2016 -
Lagoalva Barrel Selection
Tinto - 2015 -
Lagoalva
Tinto - 2016 -
Lagoalva
Tinto - 2017 -
Lagoalva Barrel Selection
Branco - 2017 -
Lagoalva
Branco - 2017 -
Lagoalva
Rosé - 2018 -
Lagoalva
Branco - 2018 -
Quinta da Lagoalva
Espumante - -
Quinta da Lagoalva
Espumante -
Certificação no Tejo aumenta quase 40%

O primeiro trimestre de 2019 registou, face ao mesmo período de 2018, um aumento de quase 40% no que toca à certificação de Vinhos do Tejo. Quem o diz é a Comissão Vitivinícola Regional do Tejo (CVR Tejo), precisamente a entidade a quem cabe esta missão, emitindo os respectivos selos de garantia de qualidade. De […]
O primeiro trimestre de 2019 registou, face ao mesmo período de 2018, um aumento de quase 40% no que toca à certificação de Vinhos do Tejo. Quem o diz é a Comissão Vitivinícola Regional do Tejo (CVR Tejo), precisamente a entidade a quem cabe esta missão, emitindo os respectivos selos de garantia de qualidade. De acordo com os dados, foi o maior crescimento de sempre registado até ao momento.
Nos meses de Janeiro, Fevereiro e Março de 2019 houve, respectivamente, um aumento em volume de 33,06%, 50,21% e de 31,55% de selos DOC e IGP, ou seja, de vinhos com Denominação de Origem Controlada (Do Tejo) e Indicação Geográfica Protegida (Vinho Regional do Tejo).
O maior impulsionador deste incremento foi a Adega do Cartaxo, com a marca Encostas do Bairro, que passou de Vinho (designação dada aos vinhos sem certificação, tendo já caído a expressão “vinho de mesa”) para Vinho Regional do Tejo.
Rio abaixo, de copo na mão

Os vinhos do Tejo estão, de forma segura e consistente, a vencer o preconceito. E se o que nos chega ao copo é bom, então vamos descobrir o que está por trás, as histórias, os terroirs e as pessoas que dão corpo e alma a uma região que se reafirma. “Descemos” o Tejo, parando pelo […]
Os vinhos do Tejo estão, de forma segura e consistente, a vencer o preconceito. E se o que nos chega ao copo é bom, então vamos descobrir o que está por trás, as histórias, os terroirs e as pessoas que dão corpo e alma a uma região que se reafirma. “Descemos” o Tejo, parando pelo caminho para retemperar o corpo e o espírito.
TEXTO Luís Francisco
FOTOS Ricardo Palma Veiga
A região vitivinícola do Tejo é muito recente, mas tem uma história secular. Paradoxo? Nem por isso. A tradição de fazer vinho no vale da metade oeste do maior rio da península Ibérica tem a sua origem nos tartessos, um povo oriundo da região do Guadalquivir (sul de Espanha), que terão introduzido a vinha no que viria a ser o território português por volta de 2000 anos antes de Cristo. Um milénio depois, os fenícios trouxeram novas castas para as regiões onde estabeleciam comércio, nomeadamente a embocadura dos grandes rios, como o Guadiana, o Sado, o Tejo e o Mondego. Em 1170, no foral de Santarém, já D. Afonso Henriques menciona o vinho. E o resto é história.
Mas quando se fala de vinhos do Tejo estamos a olhar para pouco mais de uma década: a região vitivinícola do Tejo só ganhou este nome em 2008, enterrando – no papel, ainda que não de imediato nas mentalidades – a antiga região Ribatejo. Esta reorganização lá terá tido a sua argumentária burocrática, mas o propósito subjacente desde sempre ficou claro: era preciso mostrar aos consumidores que se vivia uma nova era. O vinho do Tejo já não era o “carrascão” produzido em grandes quantidades e despachado para as carvoarias e tascas de Lisboa. Nascia o futuro.
Hoje, o Tejo engloba cerca de 17 mil hectares de vinha e é responsável por cerca de dez por cento da produção nacional (média de 650 mil hectolitros/ano). Espraia-se ao longo do rio desde praticamente o centro geográfico do país (Mação, Ferreira do Zêzere) até às portas da cintura urbana de Lisboa (Azambuja, Benavente). O rio define os três terroirs da região: junto à água, as férteis planícies do Campo; na margem esquerda, os solos arenosos da Charneca; na margem direita, os terrenos argilo-calcários do Bairro.
Mas isto é saber de biblioteca (ou internet, nos tempos que correm). É preciso pôr os pés ao caminho para descobrir tudo o que o Tejo tem para dar, no seu cruzamento de rituais e culturas (das Beiras, do Alentejo, das influências litorais que chegavam nos barcos e, naturalmente, desse imenso Ribatejo que alberga esta região). Começámos no Tramagal, junto a Abrantes, e descemos o grande rio até ao Cartaxo, com paragem em Almeirim. De copo na mão e espírito aberto. Já temos saudades.
Há muito tempo que se produz vinho por aqui, mas a “era moderna” da Quinta do Casal da Coelheira começou em 1986, quando foi adquirida pelos actuais donos. Nessa altura, vendia-se toda a produção em garrafão e foi preciso criar marcas, investir na adega, reconverter as vinhas. Em pouco tempo, a qualidade desse trabalho teve expressão nos vinhos. Mas ainda havia um problema, explica Nuno Rodrigues, enólogo e proprietário: “A imagem dos vinhos, o que as pessoas sentiam no copo, não correspondia ao que encontravam aqui.” E há seis anos o espaço foi remodelado.
As linhas tradicionais da unidade agrícola ribatejana continuam lá, com os edifícios compridos a delimitarem um pátio interior (enriquecido com incríveis painéis de azulejo que mantêm toda a frescura ao cabo de quase 40 anos), um antigo poço no centro do espaço. A diferença é que numa das alas, em vez de celeiro e estábulos, temos agora uma loja, um espaço multiusos e uma sala de provas. Visual moderno e simplista, com madeiras claras e superfícies vidradas coabitando em harmonia sob um altíssimo tecto forrado a madeira mais escura.
Entramos pela loja, onde os vinhos da casa se mostram em expositores e armários de madeira, enquanto num ecrã passa em vídeo a história deste projecto. Duas grandes portas levam-nos ao salão, capaz de albergar eventos para até uma centena de pessoas e onde encontramos alguma maquinaria antiga e pedestais com as garrafas mais emblemáticas da casa. Por cima de quem entra, um cubo de madeira projecta-se sobre o espaço – é um escritório. Ao canto, um balcão; parte do chão fez-se aproveitando antigos esteios da vinha, em pedra.
Uma porta ao fundo leva-nos até à “sala das vaidades”, assim chamada por ter as paredes forradas a diplomas conquistados pelos néctares da Coelheira ao longo de décadas. É aqui que se fazem provas de vinhos, em mesas e cadeiras de madeira. Numa das paredes, duas imagens pintadas a vinho, por um artista local; ao canto um velho alambique. Abaixo deste nível fica a sala de barricas, do outro lado do complexo a adega, as vinhas (cerca de 55 hectares) a um quilómetro de distância.
Abrantes (apesar da sinuosidade da estrada; que, por outro lado, oferece magníficas vistas sobre o Tejo) fica a poucos minutos e há a promessa de uma nova ponte para aceder directamente do Tramagal à A23. O Casal da Coelheira recebe à volta de 1500/2000 visitas por ano, sem grandes grupos, que não são fáceis de gerir naquele espaço. Famílias, casais e grupos de amigos encontram aqui um espaço moderno e funcional integrado num complexo com toda a sedução dos velhos tempos. Quanto aos vinhos, ano após ano marcam presença segura entre os melhores da região.
CASAL DA COELHEIRA
Estrada Nacional 118, nº1331, Tramagal
Tel: 241 897 219 / 241 897 802
Mail: geral@casaldacoelheira.pt
Web: www.casaldacoelheira.pt
GPS: 39,26º 58,38N | 8,15º 04,20W
As visitas podem ser efectuadas entre as 9h e as 12 e entre as 14h e as 18h aos dias de semana. Sábados, das 9h às 12h. Mínimo duas pessoas, máximo 15. A visita com prova de três vinhos (branco, rosé, tinto) custa 10 euros por pessoa ou 20 euros por pessoa com prova de três vinhos topo de gama da casa à escolha dos visitantes. A loja funciona no mesmo horário, encerrando ao domingo.
Originalidade (máx. 2): 1,5
Atendimento (máx. 2): 2
Disponibilidade (máx. 2): 1,5
Prova de vinhos (máx. 3): 2,5
Venda directa (máx. 3): 2,5
Arquitectura (máx. 3): 3
Ligação à cultura (máx. 3): 2,5
Ambiente/Paisagem (máx. 2): 1,5
AVALIAÇÃO GLOBAL: 17
Se as instalações do Casal da Coelheira não renegam a sua ligação à terra (chamava-se mesmo Centro Agrícola do Tramagal), mais abaixo no rio entramos numa zona fortemente marcada pela presença aristocrática das grandes famílias que frequentavam a corte – a zona de Almeirim era Coutada Real desde 1424 (D. João I). Os exemplos de grandes propriedades que aliam latifúndio e belos palacetes são vários e extraordinários – Lagoalva de Cima, em Alpiarça; Casal Branco e Alorna, em Almeirim, por exemplo. Escolhemos, desta vez, a Alorna, tutelada historicamente pela figura notável da Marquesa de Alorna, poetisa e mulher de causas que viveu na transição do século XVIII para o século XIX, numa altura em que ao universo feminino estavam reservados tradicionalmente papéis de bem menor protagonismo.
De um lado da EN118, as instalações de trabalho; do outro os jardins e o palácio, com a (agora) anacrónica fachada principal virada de costas para a estrada – mas de frente para a Vala Real, via por onde chegavam, vindas do Tejo, as embarcações que transportavam a fidalguia lisboeta até à lezíria. Com o tempo, nos terrenos contíguos, para lá do arvoredo, cresceram a adega e edifícios de apoio, mas a silhueta esbelta do palacete continua a dominar a paisagem.
A loja fica junto à estrada, na outra “margem”, e no terreiro delimitado pelos edifícios agrícolas cresce uma espantosa planta, um arbusto que só as regras da botânica obrigam a que se chame assim, tal a sua dimensão. Chamam-lhe “bela-sombra”, nome científico phytolacca dioica, também conhecida pelos nomes comuns ombú ou umbú e originária das pampas da América do Sul. Uma bela imagem para nos enquadrarmos na dimensão da quinta: 2.500 hectares, 220 de vinha, produção projectada para 2019 de 2,4 milhões de garrafas.
Visitamos a adega, espreitamos a imponente sala de barricas, passeamos pela alameda ajardinada e admiramos o palacete que reina sobre a imensa lezíria (o interior do edifício está fora do roteiro turístico), as arribas de Santarém ao fundo, a silhueta da ponte Salgueiro Maia mais à esquerda. Junto aos jardins, uma vinha que junta as 27 castas existentes na propriedade, justamente apelidada Jardim das Castas.
Fechamos a visita na loja, para apreciarmos a elegância e funcionalidade das instalações e nos demorarmos no espaço que fica atrás, copos e garrafas sobre mesas que são pipas, conversa fluindo ao ritmo do vinho. Em 2018, não contando naturalmente com o enorme movimento exclusivo da loja, passaram pela quinta cerca de 2.000 enoturistas. Esperam-se mais em 2019. E não espanta: os vinhos são extraordinários, as histórias que vêm com eles também.
QUINTA DA ALORNA
Estrada Nacional 114, Almeirim
Tel: 243 570 706
Mail: geral@alorna.pt; carolina.gomes@alorna.pt
Web: www.alorna.pt
As visitas (centro equestre, adega, exterior do palácio, mas sem prova de vinhos) custam 5 euros por pessoa, 8 euros (prova de dois vinhos), 11 euros (três vinhos) ou 35 euros (seis vinhos, incluindo os Marquesa de Alorna). Ao domingo, segunda e terça o enoturismo funciona das 10h às 12h30 e das 14h às 18h. Quartas, quintas, sextas e sábados, o horário prolonga-se mais meia hora da parte da tarde. A loja está aberta todos os dias, no horário normal.
Originalidade (máx. 2): 2
Atendimento (máx. 2): 2
Disponibilidade (máx. 2): 2
Prova de vinhos (máx. 3): 2,5
Venda directa (máx. 3): 2,5
Arquitectura (máx. 3): 2,5
Ligação à cultura (máx. 3): 2,5
Ambiente/Paisagem (máx. 2): 2
AVALIAÇÃO GLOBAL: 18
Depois de uma empresa familiar e de uma propriedade com história e “pedigree”, o retrato do actual Tejo fica bem composto com a nossa próxima paragem: a Adega Cooperativa do Cartaxo. Antes de mais, um louvor a quem pegou nos destinos desta instituição com quase sete décadas de actividade (foi fundada em 1954) e apostou na sua modernização. Não há-de ser fácil encontrar um nome mais susceptível ao estigma do que este: não lhe basta ser adega cooperativa e ser do Ribatejo, como ainda é do Cartaxo! E, no entanto…
Quando, há alguns anos, a crítica e o público acordaram para o bom trabalho que estava a ser feito por aqui, já a “má fama” dos vinhos ribatejanos levara fortes estocadas de produtores da região que apostavam na qualidade e ambicionavam a excelência. A este lote juntou-se, por direito próprio, a Adega Cooperativa do Cartaxo, que gere cerca de 600 hectares de vinhas, vinifica à volta de 11 milhões de quilos de uva por ano e faz entre cinco e seis milhões de garrafas, mais “bag-in-box”. E se houver dúvidas sobre o gigantismo da operação, basta espreitar as traseiras da adega e pasmar com a dimensão impressionante dos três depósitos em inox que ali se alinham: dois deles têm capacidade para 500 mil litros, o maior chega ao milhão!
Estes, e outros instalados numa ala exterior do edifício de quatro andares (dois abaixo do solo) que alberga a adega, armazéns, laboratório, sala de barricas e, enfim, toda a unidade produtiva, são a resposta para um bom problema: a Adega Cooperativa estava a operar no seu limite e em 2018 nem sequer pôde aceitar novos sócios. A aposta na qualidade e na consistência do trabalho (há 25 anos que Pedro Gil é responsável pela enologia) trouxe frutos e o futuro comercial anuncia-se de crescimento sustentado.
Perante o que atrás foi descrito, facilmente se percebe que a aposta no enoturismo não foi, durante muito tempo, prioritária. Mas as coisas estão a mudar. A inauguração da nova loja, de visual moderno e com sala de provas, logo à entrada das instalações, justificou-se pela elevada procura, mas abarcou igualmente o universo do turismo. Até porque, na última vindima, criaram-se pela primeira vez programas para visitantes e a adesão foi de tal modo entusiástica que ficaram bem claras todas as potencialidades desta actividade. Vai ser melhorado o percurso pela adega e dinamizada a oferta enoturística. Para já, quem for ao Cartaxo não dará o seu tempo por mal empregue. E, ainda melhor, poderá descobrir um lote de vinhos de enorme qualidade a preços bem interessantes.
ADEGA COOPERATIVA DO CARTAXO
EN 365-2, Cartaxo
Tel: 243 770 987
Mail: geral@adegacartaxo.pt
Web: www.adegacartaxo.pt
GPS: 39º 09’ 20.33’’N | 8º 48’ 33.18’’W
As visitas (adega, zona de vinificação, sala de barricas, cave) custam cinco euros por pessoa, convertidos em vale de desconto para a aquisição de produtos na loja. Solicita-se marcação antecipada com 72 horas de antecedência. Na altura das vindimas, estão disponíveis dois programas, um com visita à adega e prova de vinhos comentada (5 euros por pessoa), o outro (30 euros) juntando visita às vinhas com explicação das castas e almoço. Os preços indicados são os de 2018.
Originalidade (máx. 2): 1,5
Atendimento (máx. 2): 2
Disponibilidade (máx. 2): 1,5
Prova de vinhos (máx. 3): 2,5
Venda directa (máx. 3): 2,5
Arquitectura (máx. 3): 2,5
Ligação à cultura (máx. 3): 2,5
Ambiente/Paisagem (máx. 2): 1,5
AVALIAÇÃO GLOBAL: 16,5
ESTAÇÃO DE SERVIÇO
Numa região tão extensa e variada, é quase impróprio recomendar apenas três mesas onde o viajante poderá “reabastecer”. Mas, sem prejuízo para tantos outros locais onde a gastronomia – local, ou outras – está muito bem representada, aqui ficam três sugestões. E não deixe de pedir um vinho da região para acompanhar.
Restaurante Santa Isabel – Rua Santa Isabel, 12, Abrantes; 916 777 068, 967 893 970 (encerra aos domingos e feriados)
Taberna Ó Balcão – Rua Pedro de Santarém 73, Santarém; 243 055 883; www.tabernaobalcao.pt
Taberna do Gaio – Estrada N3 – Cruz do Campo, Cartaxo; 243 759 883; tabernadogaio@hotmail.com; GPS – 39º 07’46.38’’N / 8º 48’50.96’’W
Edição nº22, Fevereiro 2019
FALUA: Um empurrão francês contra o preconceito

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Quais são as probabilidades de um grande investidor estrangeiro – francês, ainda por cima – entrar para o negócio do vinho através da região do Tejo? Se pensarmos na desconfiança que alguns consumidores ainda mantêm sobre esta zona do país, muito poucas. Mas aconteceu na Falua. E são vários os argumentos que sustentam esta declaração anti-preconceito.
TEXTO Luís Francisco
FOTOS Ricardo Palma Veiga
O Grupo Roullier nasceu na Bretanha em 1959 e transformou-se num gigante: em 2007, estava presente em 122 países, tinha 8000 funcionários e o seu volume de negócios atingiu os 2,5 mil milhões de euros, em áreas como a agropecuária, a agroalimentar ou produtos para a indústria. Mas só no ano passado se aventurou no mundo dos vinhos, com a aquisição da Falua, empresa portuguesa com 25 anos de história sob a batuta de João Portugal Ramos, agora acionista minoritário. Como se explica que uma grande corporação mundial escolha a região do Tejo para se estrear na produção vitivinícola? “Estamos onde queremos estar.”
Estão na região do Tejo, que não será das mais prestigiadas do país entre os apreciadores nacionais. Mas numa empresa que sempre se colocou na linha da frente ao combate a esse estigma. A Falua faz cerca de 5,5 milhões de garrafas por ano, facturou no ano passado 6,7 milhões de euros, exporta 54 por cento da sua produção e mantém um foco constante na investigação e parcerias com instituições universitárias. E aí reside também o seu poder de atracção para o Grupo Roullier, que aqui encontra um excelente campo de ensaios para os seus produtos.
Com 68 hectares de vinhas próprias e outros 250 sob gestão, em colaboração com os proprietários, a Falua tem um portefólio já respeitável, mas concentrado em apenas três marcas: Falua, Conde de Vimioso e a “moderna” Nazaré North Canyon. Esta, por enquanto apenas em versão tinto, visa um público mais jovem; a primeira jogava na conjugação de duas castas em vinhos acessíveis mas alarga-se agora ao nível Reserva; sob a chancela Conde Vimioso albergam-se os vinhos com maiores ambições.
E estes vinhos têm um terroir: a vinha do Convento da Serra, uma improvável extensão de calhau rolado no alto de uma suave colina, muito longe do Tejo (e agora com uma auto-estrada a cortá-la em duas parcelas). A verdade é que, em termos geológicos, esta elevação fez até recentemente parte do leito do rio Tejo – há pelo menos 300.000 anos que as pedras estão aqui e formam uma camada com vários metros de espessura, entrecortada por alguma areia.
Foi por aqui que começou a visita, antes de rumarmos à adega e nos sentarmos à mesa para conhecer melhor este produtor português, o grupo francês que assumiu a sua gestão e, principalmente, os vinhos que por ali se fazem, com enologia a cargo de Antonina Barbosa. O Tejo está de parabéns.
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Edição Nº20, Dezembro 2018
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Das 32 regiões mais conhecidas na China, uma é portuguesa

[vc_row type=”in_container” full_screen_row_position=”middle” scene_position=”center” text_color=”dark” text_align=”left” overlay_strength=”0.3″ shape_divider_position=”bottom”][vc_column column_padding=”no-extra-padding” column_padding_position=”all” background_color_opacity=”1″ background_hover_color_opacity=”1″ column_shadow=”none” column_border_radius=”none” width=”1/1″ tablet_text_alignment=”default” phone_text_alignment=”default” column_border_width=”none” column_border_style=”solid”][vc_column_text]Um estudo da Wine Intelligence apurou, como refere o site vitisphere.com, as 32 regiões vitivinícolas mais conhecidas pelos chineses de classe média e alta, numa amostra de 2000 indivíduos. Precisamente no 32º lugar está uma região portuguesa, […]
[vc_row type=”in_container” full_screen_row_position=”middle” scene_position=”center” text_color=”dark” text_align=”left” overlay_strength=”0.3″ shape_divider_position=”bottom”][vc_column column_padding=”no-extra-padding” column_padding_position=”all” background_color_opacity=”1″ background_hover_color_opacity=”1″ column_shadow=”none” column_border_radius=”none” width=”1/1″ tablet_text_alignment=”default” phone_text_alignment=”default” column_border_width=”none” column_border_style=”solid”][vc_column_text]Um estudo da Wine Intelligence apurou, como refere o site vitisphere.com, as 32 regiões vitivinícolas mais conhecidas pelos chineses de classe média e alta, numa amostra de 2000 indivíduos. Precisamente no 32º lugar está uma região portuguesa, o Tejo, com 11% de notoriedade.
A França, por sua vez, representa metade da lista, com Bordéus a encabeçar a pesquisa:[/vc_column_text][/vc_column][/vc_row][vc_row type=”in_container” full_screen_row_position=”middle” scene_position=”center” text_color=”dark” text_align=”left” overlay_strength=”0.3″ shape_divider_position=”bottom”][vc_column column_padding=”no-extra-padding” column_padding_position=”all” background_color_opacity=”1″ background_hover_color_opacity=”1″ column_shadow=”none” column_border_radius=”none” width=”1/1″ tablet_text_alignment=”default” phone_text_alignment=”default” column_border_width=”none” column_border_style=”solid”][image_with_animation image_url=”31973″ alignment=”center” animation=”Fade In” border_radius=”none” box_shadow=”none” max_width=”100%” img_link=”https://infogram.com/les-32-origines-de-vins-les-plus-connues-en-chine-selon-le-sondage-wine-intelligence-1hnq41wrzmep63z”][/vc_column][/vc_row]
Tejo Gourmet: Vinhos do Tejo à prova em 58 restaurantes

Esta é já a nona edição do Tejo Gourmet, uma iniciativa promovida pela Comissão Vitivinícola Regional do Tejo com a Confraria Enófila Nossa Senhora do Tejo, que unirá, em Fevereiro de 2019 restaurantes de todo o país aos vinhos e sabores desta região. Serão 58 os restaurantes a receber este concurso, no qual um grupo […]
Esta é já a nona edição do Tejo Gourmet, uma iniciativa promovida pela Comissão Vitivinícola Regional do Tejo com a Confraria Enófila Nossa Senhora do Tejo, que unirá, em Fevereiro de 2019 restaurantes de todo o país aos vinhos e sabores desta região. Serão 58 os restaurantes a receber este concurso, no qual um grupo de jurados, e também os clientes, provarão um menu idealizado especialmente para o acontecimento e harmonizado com vinhos do Tejo. O objectivo é premiar e divulgar os restaurantes com as melhores combinações entre pratos e vinhos, promovendo os Vinhos do Tejo.
Os estabelecimentos participantes são de todo o país: do Porto até Olhão, passando por Valongo, Vila Nova de Poiares, Mealhada, Coimbra, Pombal, Ourém, Tomar, Abrantes, Paredes de Vitória, Alcobaça, Caldas da Rainha, Salir do Porto, Torres Novas, Rio Maior, Cadaval, Alpiarça, Santarém, Almeirim, Cartaxo, Torres Vedras, Aveiras de Cima, Vila Nova da Rainha, Vila Franca de Xira, Lisboa, Sesimbra, Évora, Montemor-o-Novo, Albufeira, e até o Funchal, na Ilha da Madeira. As categorias avaliadas serão “Cozinha Tradicional”, “Cozinha de Autor”, “Cozinha Internacional” e “Casa de Petiscos”. Mais tarde, no dia 18 de Maio, serão anunciados e entregues os prémios no Hotel dos Templários, em Tomar.
A consulta dos 58 restaurantes aderentes pode ser feita no poster, em baixo.
Tejo, os vinhos que faltavam

Editorial Março 2018 O Tejo é rio e é região de vinhos. Uma região diversa, mas com características muito próprias. Uma região que, nos últimos anos, fez nascer um bom número de vinhos de topo, fundamentais para alicerçar uma imagem global de qualidade. Com esses vinhos como bandeira, pode agora apostar na recuperação, comunicação e […]
Editorial Março 2018
O Tejo é rio e é região de vinhos. Uma região diversa, mas com características muito próprias. Uma região que, nos últimos anos, fez nascer um bom número de vinhos de topo, fundamentais para alicerçar uma imagem global de qualidade. Com esses vinhos como bandeira, pode agora apostar na recuperação, comunicação e promoção de uma identidade regional.
Algumas das mais famosas regiões de vinho do mundo têm o seu nome associado ao rio que as atravessa. Ribeira del Duero, em Espanha; Côtes du Rhone, em França; Mosel, Rheingau, Rheinhessen e Nahe, na Alemanha; Napa Valley, nos Estados Unidos da América; ou Mendoza, na Argentina, são apenas algumas das mais importantes. Em Portugal, avultam naturalmente o Douro, o Dão e o Tejo.
Foi nessa tradicional ligação entre rio e vinho que a antiga região do Ribatejo pensou quando, em 2009, resolveu mudar de nome para Tejo, libertando-se de eventuais conotações negativas do “Ribatejo vínico” no mercado nacional. Curiosamente, apesar da mudança, os produtores do Tejo mantêm com o rio uma relação tímida, ao contrário de outras regiões da Europa (incluindo o Douro) que ostentam os seus rios como factor identitário…
Esse distanciamento é tema que me levaria longe e que este espaço editorial não permite desenvolver. Fica para outra ocasião. O importante é focar o gigantesco salto qualitativo dos vinhos do Tejo ao longo da última década. As bases para isso sempre estiveram lá, na verdade. Quem assistiu à descoberta do bom vinho por parte dos consumidores lisboetas, no início da década de 90, lembra-se certamente do furor que nos restaurantes da capital fizeram certos brancos e tintos de marcas ribatejanas, algumas entretanto desaparecidas (D. Hermano, Quinta Grande), outras que hoje regressam ao seu melhor (Falcoaria, Casa Cadaval). Nesse primeiro assomo da qualidade dos vinhos do Tejo, é de inteira justiça recordar a “mão” de João Portugal Ramos, que orientava várias dessas casas. E, também a título de curiosidade, relembrar que uma boa parte desse sucesso inicial assentava em vinhos brancos de Fernão Pires, uma casta de enorme potencial, com forte identidade regional, e que, a meu ver, ainda não recebeu do Tejo toda a atenção que merece… Mais um tema que fica para segundas núpcias.
Em dois ou três anos, os vinhos que faltavam chegaram finalmente
Dos anos 90 até aos nossos dias, o Tejo revolucionou-se na vinha, na adega, na cultura vínica, com a qualidade média a subir em flecha. Porém, fazer bons vinhos a bom preço não chega para potenciar a imagem de uma região. Os vinhos bandeira são essenciais nesse processo e estes, apesar de existirem, eram até há bem pouco tempo em número insuficiente para fazer a diferença. Porém, em dois ou três anos, os vinhos que faltavam chegaram finalmente. Entre marcas mais clássicas e outras mais recentes, o Tejo tem hoje uma dúzia de nomes e vinhos que podem e devem constituir-se como cartão de visita e locomotiva da região. Permitam-me que destaque aqui apenas uma casa, a Companhia das Lezírias, não apenas pela notável transformação ali operada e que conduziu a alguns grandes vinhos, como também pelo facto invulgar de ser uma empresa estatal, ou seja, “de todos nós”, cujo sucesso deveria servir de exemplo para as suas congéneres.
Com qualidade média em alta e um razoável número de vinhos de topo, o que falta agora ao Tejo para obter o pleno reconhecimento do mercado? Arrisco uma sugestão: encontrar denominadores comuns (o rio, a Fernão Pires, lembram-se?), realçar factores pontuais diferenciadores (as vinhas velhas que poucos sabem que existem…), assumir a história (que nada tem que envergonhe, pelo contrário). Em suma, construir, reforçar e comunicar uma identidade. Eu iria por aí.
Tejo e Península de Setúbal ganham quota no mercado nacional

No primeiro trimestre deste ano, face ao período homólogo do ano passado, e segundo dados avançados pelas respectivas CVRs, tanto a região do Tejo como da Península de Setúbal ganharam quota de mercado nacional (números apenas do continente). Os dados vêm da consultora Nielsen e indicam, por exemplo, que a Península de Setúbal conseguiu alcançar […]
No primeiro trimestre deste ano, face ao período homólogo do ano passado, e segundo dados avançados pelas respectivas CVRs, tanto a região do Tejo como da Península de Setúbal ganharam quota de mercado nacional (números apenas do continente). Os dados vêm da consultora Nielsen e indicam, por exemplo, que a Península de Setúbal conseguiu alcançar a segunda posição entre os vinhos certificados mais consumidos no mercado nacional, com uma quota de mercado de 6,4%. O Alentejo continua a dominar em termos de regiões, tanto em litros como em valor (17 e 25%, respectivamente) mas os vinhos sem denominação de origem, chamados ‘vinhos de mesa’, continuam a ser os campeões em litros (mais de metade do mercado) e valor (cerca de 40%).
Os produtores da Península de Setúbal têm ainda outros motivos para júbilo: os vinhos da região registaram no primeiro trimestre deste ano um crescimento de 3% nas exportações para países terceiros, com destaque para o Brasil e os E.U.A. que aumentaram em 55% e 45%.
Quanto ao Tejo, os números registam um aumento substancial no total de vendas, em litros e em valor, quer na Distribuição, quer na Restauração. Em valores, isto significa um aumento de 26% no total de vendas em litros (Distribuição + Restauração) e cerca de 20% em valor.
Refira-se que o relatório trimestral da Nielsen indica uma tendência negativa do mercado nacional, com -0,4% no total de vendas em litros (Distribuição + Restauração). No entanto, em termos de valor, o mercado subiu 2,6%, indicando que se consumiram menos vinhos certificados nos primeiros três meses de 2018, mas o valor unitário era mais elevado.
A duas regiões mais afectadas foram a da Beira Atlântico (Bairrada) e do Alentejo, que perderam, nesse trimestre (e mais uma vez face ao mesmo trimestre de 2017), cerca de 17,7% e 4,4%, respectivamente. Em termos de facturação, ambas as regiões mostraram números muito menos negativos: A Beira Atlântica, por exemplo, cresceu, e o Alentejo desceu muito ligeiramente.