Falua adquire quinta emblemática em Monção

[vc_row type=”in_container” full_screen_row_position=”middle” scene_position=”center” text_color=”dark” text_align=”left” overlay_strength=”0.3″ shape_divider_position=”bottom”][vc_column column_padding=”no-extra-padding” column_padding_position=”all” background_color_opacity=”1″ background_hover_color_opacity=”1″ column_shadow=”none” column_border_radius=”none” width=”1/1″ tablet_text_alignment=”default” phone_text_alignment=”default” column_border_width=”none” column_border_style=”solid”][vc_column_text]O grupo francês Roullier — através da sua filial de vinhos em Portugal, a Falua — adquiriu recentemente a Quinta do Hospital, em Monção, fortalecendo a operação de viticultura e produção de vinhos na região dos Vinhos […]
[vc_row type=”in_container” full_screen_row_position=”middle” scene_position=”center” text_color=”dark” text_align=”left” overlay_strength=”0.3″ shape_divider_position=”bottom”][vc_column column_padding=”no-extra-padding” column_padding_position=”all” background_color_opacity=”1″ background_hover_color_opacity=”1″ column_shadow=”none” column_border_radius=”none” width=”1/1″ tablet_text_alignment=”default” phone_text_alignment=”default” column_border_width=”none” column_border_style=”solid”][vc_column_text]O grupo francês Roullier — através da sua filial de vinhos em Portugal, a Falua — adquiriu recentemente a Quinta do Hospital, em Monção, fortalecendo a operação de viticultura e produção de vinhos na região dos Vinhos Verdes, onde detém agora uma propriedade com uma área total de 25 hectares, dos quais 10 já dedicados em exclusivo à casta Alvarinho. Em plena sub-Região de Monção e Melgaço, a Quinta do Hospital é uma propriedade totalmente murada com uma casa senhorial – o Solar do Hospital – que remonta ao século XII, período em que D. Teresa terá doado essas terras à Ordem do Hospital, para que os Hospitalários se instalassem no Condado Portucalense. Na Idade Média, os hospitais eram espaços criados dentro do espírito cristão de auxílio ao próximo, destinados a acolher e dar “hospitalidade” a viajantes e peregrinos, o que contribuiu para que a quinta se transformasse num local de apoio aos peregrinos que se dirigiam para Santiago de Compostela.

Para a administração da Falua, “essa hospitalidade é uma característica do Minho, onde o Vinho Verde é produto de referência alimentar e cultural”. Segundo os actuais proprietários, esta aquisição destina-se não só a recuperar um importante património regional, mas também a reforçar o papel do Alvarinho de Monção e Melgaço enquanto agente de afirmação do território.
Com uma fachada brasonada do século XVI, a Quinta do Hospital localiza-se na freguesia de Ceivães, concelho de Monção. A Falua, sediada em Almeirim, conta com 25 anos de actividade no sector. O investimento na Quinta do Hospital cumpre o objectivo de potenciar todas as actividades do Grupo Roullier em Portugal, em particular na produção vitivinícola. [/vc_column_text][/vc_column][/vc_row][vc_row type=”in_container” full_screen_row_position=”middle” scene_position=”center” text_color=”dark” text_align=”left” overlay_strength=”0.3″ shape_divider_position=”bottom”][vc_column column_padding=”no-extra-padding” column_padding_position=”all” background_color_opacity=”1″ background_hover_color_opacity=”1″ column_shadow=”none” column_border_radius=”none” width=”1/1″ tablet_text_alignment=”default” phone_text_alignment=”default” column_border_width=”none” column_border_style=”solid”][divider line_type=”Full Width Line” line_thickness=”1″ divider_color=”default”][/vc_column][/vc_row][vc_row type=”in_container” full_screen_row_position=”middle” scene_position=”center” text_color=”dark” text_align=”left” overlay_strength=”0.3″ shape_divider_position=”bottom”][vc_column column_padding=”no-extra-padding” column_padding_position=”all” background_color_opacity=”1″ background_hover_color_opacity=”1″ column_shadow=”none” column_border_radius=”none” width=”1/3″ tablet_text_alignment=”default” phone_text_alignment=”default” column_border_width=”none” column_border_style=”solid”][vc_column_text]
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Enoturismo na Quinta de Santa Teresa reabre a 5 de Abril, com novidades

A Quinta de Santa Teresa — propriedade da A&D Wines em Baião, na região dos Vinhos Verdes — vai reabri as actividades de enoturismo no dia 5 de Abril, “com todas as medidas de segurança impostas pela Direção Geral de Saúde”, pode ler-se no comunicado da empresa. Berço das uvas com que são produzidos os […]
A Quinta de Santa Teresa — propriedade da A&D Wines em Baião, na região dos Vinhos Verdes — vai reabri as actividades de enoturismo no dia 5 de Abril, “com todas as medidas de segurança impostas pela Direção Geral de Saúde”, pode ler-se no comunicado da empresa.
Berço das uvas com que são produzidos os vinhos Singular e Monólogo, a Quinta de Santa Teresa traz novidades com esta reabertura: quatro provas de vinho diferentes, e passeios nas vinhas e jardins — a Quinta conta com várias edificações de valor arquitetónico relevante e outros pontos de interesse, como a casa principal, os jardins, lagos, a piscina e um bosque. Nesta primeira fase, devido ao contexto pandémico, as actividades serão limitadas a grupos de quatro pessoas, no máximo.
A Visita e Prova Without Limits (€50) permite uma personalização total da experiência: na Quinta de Santa Teresa poderá provar os vinhos sem limitações enquanto explora todo o portefólio disponível. Se escolher o pacote Top Range (€30), terá acesso aos melhores vinhos da Quinta. A opção Avesso Experience (€20) irá permitir que os amantes do vinho explorem a casta Avesso em todas os seus perfis. Por fim, a Visita e Prova Standard (€15) dá a conhecer dois exemplares de varietais da região, com a gama Monólogo e o Singular Vinhas Velhas.[/vc_column_text][vc_column_text]
Livros e Vinhos Verdes em conversa a 20 e 21 de Março

[vc_row type=”in_container” full_screen_row_position=”middle” scene_position=”center” text_color=”dark” text_align=”left” overlay_strength=”0.3″ shape_divider_position=”bottom”][vc_column column_padding=”no-extra-padding” column_padding_position=”all” background_color_opacity=”1″ background_hover_color_opacity=”1″ column_shadow=”none” column_border_radius=”none” width=”1/1″ tablet_text_alignment=”default” phone_text_alignment=”default” column_border_width=”none” column_border_style=”solid”][vc_column_text]“Dois dedos de conversa sobre livros e Vinhos Verdes” é a iniciativa — que terá lugar no dia 20 e 21 de Março — que leva a casa dos participantes um pack com um livro e uma […]
[vc_row type=”in_container” full_screen_row_position=”middle” scene_position=”center” text_color=”dark” text_align=”left” overlay_strength=”0.3″ shape_divider_position=”bottom”][vc_column column_padding=”no-extra-padding” column_padding_position=”all” background_color_opacity=”1″ background_hover_color_opacity=”1″ column_shadow=”none” column_border_radius=”none” width=”1/1″ tablet_text_alignment=”default” phone_text_alignment=”default” column_border_width=”none” column_border_style=”solid”][vc_column_text]“Dois dedos de conversa sobre livros e Vinhos Verdes” é a iniciativa — que terá lugar no dia 20 e 21 de Março — que leva a casa dos participantes um pack com um livro e uma garrafa de um vinho da região do Vinho Verde, para acompanhar dez sessões online.
Estes “dois dedos de conversa” são promovidos pela Comissão de Viticultura da região dos Vinhos Verdes (CVRVV), em conjunto com a editora Aletheia, e juntam oradores, enólogos e produtores, com moderação de Ana Colaço.
São vários os livros nacionais e estrangeiros que irão ser apresentados, em harmonização com vinhos dos produtores Casa da Tojeira, Adega de Ponta da Barca, Solar das Bouças, Quinta de São Gião, Adega de Ponte de Lima, Quinta da Raza, Vercoope, Vinhos Norte, Quinta da Lixa e Quinta de Lourosa: “Coração de Cão”, de Mikhail Bulgakov, “O Último Tigre do Rio”, de Jorge Paulino, “A incredulidade de Padre Brown”, de G. K. Chesterton, “Ao Sabor da Bíblia”, do Chef Luís Lavrador, “O Retrato de Dorian Gray, de Oscar Wilde, “Egipto, notas de viagem” de Eça de Queiroz, “Álvaro Cunhal no país dos sovietes”, de Helena Matos (texto) e José Milhazes (legendas), “Noite fantástica”, de Stephan Zweig, “Coração, Cabeça e Estômago”, de Camilo Castelo Branco e “Foi Assim”, de Zita Seabra.
Com limite máximo de 50 participantes em cada sessão (5 por dia), “Dois dedos de conversa sobre livros e Vinhos Verdes” tem um custo de inscrição de 20 euros por sessão e inclui o envio para casa de cada participante (despacho incluído para o continente e ilhas) do pack garrafa + livro. As inscrições estão abertas e podem ser feitas AQUI.
Manuel Pinheiro, presidente da CVRVV, destaca que “juntar livros e Vinhos Verdes é uma conjugação natural, pois ambos são produtos de cultura e promovem o debate de ideias e a partilha. Esta acção surge num momento em que entendemos que o sector do vinho deve funcionar como alavanca a outros sectores, como é o caso das editoras que vêem a sua actividade bastante limitada actualmente”.[/vc_column_text][/vc_column][/vc_row][vc_row type=”in_container” full_screen_row_position=”middle” scene_position=”center” text_color=”dark” text_align=”left” overlay_strength=”0.3″ shape_divider_position=”bottom”][vc_column column_padding=”no-extra-padding” column_padding_position=”all” background_color_opacity=”1″ background_hover_color_opacity=”1″ column_shadow=”none” column_border_radius=”none” width=”1/1″ tablet_text_alignment=”default” phone_text_alignment=”default” column_border_width=”none” column_border_style=”solid”][divider line_type=”Full Width Line” line_thickness=”1″ divider_color=”default”][/vc_column][/vc_row][vc_row type=”in_container” full_screen_row_position=”middle” scene_position=”center” text_color=”dark” text_align=”left” overlay_strength=”0.3″ shape_divider_position=”bottom”][vc_column column_padding=”no-extra-padding” column_padding_position=”all” background_color_opacity=”1″ background_hover_color_opacity=”1″ column_shadow=”none” column_border_radius=”none” width=”1/3″ tablet_text_alignment=”default” phone_text_alignment=”default” column_border_width=”none” column_border_style=”solid”][vc_column_text]
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Esporão lança Bico Amarelo, um Vinho Verde branco

[vc_row type=”in_container” full_screen_row_position=”middle” scene_position=”center” text_color=”dark” text_align=”left” overlay_strength=”0.3″ shape_divider_position=”bottom”][vc_column column_padding=”no-extra-padding” column_padding_position=”all” background_color_opacity=”1″ background_hover_color_opacity=”1″ column_shadow=”none” column_border_radius=”none” width=”1/1″ tablet_text_alignment=”default” phone_text_alignment=”default” column_border_width=”none” column_border_style=”solid”][vc_column_text]É um blend de Loureiro, Alvarinho e Avesso, três grandes castas brancas da região do Vinho Verde, rainhas das sub-regiões do Lima, Monção e Melgaço e Baião, respectivamente. O Bico Amarelo é o novo vinho do Esporão, […]
[vc_row type=”in_container” full_screen_row_position=”middle” scene_position=”center” text_color=”dark” text_align=”left” overlay_strength=”0.3″ shape_divider_position=”bottom”][vc_column column_padding=”no-extra-padding” column_padding_position=”all” background_color_opacity=”1″ background_hover_color_opacity=”1″ column_shadow=”none” column_border_radius=”none” width=”1/1″ tablet_text_alignment=”default” phone_text_alignment=”default” column_border_width=”none” column_border_style=”solid”][vc_column_text]É um blend de Loureiro, Alvarinho e Avesso, três grandes castas brancas da região do Vinho Verde, rainhas das sub-regiões do Lima, Monção e Melgaço e Baião, respectivamente. O Bico Amarelo é o novo vinho do Esporão, e promete ser, segundo o produtor, “leve, fresco e equilibrado, sem qualquer adição de açúcar ou gás”.
José Luís Moreira da Silva, enólogo da Quinta do Ameal e criador do Bico Amarelo, explica o vinho: “O Bico Amarelo traduz e representa o melhor da diversidade da região dos Vinhos Verdes. Não só pela escolha das castas típicas da região, mas sobretudo pelos métodos de vinificação simples, com prensagem de cachos inteiros e fermentação em cubas de inox, a temperatura controlada, e o estágio diferenciador com bâtonnage, que vai permitir dar mais cremosidade, mais textura e um maior equilíbrio ao lote final”.
O Bico Amarelo Vinho Verde branco 2020 tem um p.v.p. recomendado de €4,99. Veja o vídeo em que José Luís Moreira da Silva fala sobre este novo vinho do Esporão:[/vc_column_text][vc_video link=”https://www.youtube.com/watch?v=eX5Cd2591o4&t=3s” align=”center”][/vc_column][/vc_row][vc_row type=”in_container” full_screen_row_position=”middle” scene_position=”center” text_color=”dark” text_align=”left” overlay_strength=”0.3″ shape_divider_position=”bottom”][vc_column column_padding=”no-extra-padding” column_padding_position=”all” background_color_opacity=”1″ background_hover_color_opacity=”1″ column_shadow=”none” column_border_radius=”none” width=”1/1″ tablet_text_alignment=”default” phone_text_alignment=”default” column_border_width=”none” column_border_style=”solid”][divider line_type=”Full Width Line” line_thickness=”1″ divider_color=”default”][/vc_column][/vc_row][vc_row type=”in_container” full_screen_row_position=”middle” scene_position=”center” text_color=”dark” text_align=”left” overlay_strength=”0.3″ shape_divider_position=”bottom”][vc_column column_padding=”no-extra-padding” column_padding_position=”all” background_color_opacity=”1″ background_hover_color_opacity=”1″ column_shadow=”none” column_border_radius=”none” width=”1/2″ tablet_text_alignment=”default” phone_text_alignment=”default” column_border_width=”none” column_border_style=”solid”][vc_column_text]
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Sugestão: Loureiro, a rainha do Lima

São várias as castas de uva que proliferam no Minho. Umas são bem conhecidas de todos, aparecendo em lugar de destaque nos rótulos das garrafas. Outras, um pouco mais obscuras, são hoje apenas curiosidades ampelográficas. Das primeiras, destacamos a variedade Loureiro, para muitos a melhor casta da região dos Vinhos Verdes. TEXTO João Paulo Martins […]
São várias as castas de uva que proliferam no Minho. Umas são bem conhecidas de todos, aparecendo em lugar de destaque nos rótulos das garrafas. Outras, um pouco mais obscuras, são hoje apenas curiosidades ampelográficas. Das primeiras, destacamos a variedade Loureiro, para muitos a melhor casta da região dos Vinhos Verdes.
TEXTO João Paulo Martins
As castas de uva têm por vezes características enigmáticas. Uma delas é a diferente apetência que mostram em querer viajar. Temos em Portugal exemplos para todas as situações, desde variedades que evidenciam muitas virtudes em todos os locais para onde foram levadas, caso da Alvarinho, mas também a Verdelho, Arinto ou Roupeiro, até outras que se quedaram na zona de origem e não deram mostras de querer viajar muito. Recordamos aqui o caso paradigmático da Encruzado e da que hoje tratamos, a Loureiro. No que respeita a esta variedade emblemática dos Vinhos Verdes, foram feitas algumas tentativas de a levar para outras zonas. Recordamos aqui que ela já esteve plantada na Quinta dos Carvalhais, no Dão, onde chegou a integrar, por uma única vez, um branco feito de lote entre Bical e Loureiro, na colheita de 2000. À época enólogo nessa quinta do Dão, Manuel Vieira disse à Grandes Escolhas que a casta produzia muito, mesmo muito, mas que “originava mostos com teor ácido baixo”, o que contraria a ideia que temos dela. A ideia de arrancar a vinha foi decisão empresarial, mas, na verdade, o tal 2000 Bical/Loureiro, ainda em 2019 dava mostras de estar em grande forma. Também na zona de Setúbal se fizeram experiências com a Loureiro. Domingos Sores Franco, enólogo da casa José Maria da Fonseca, confirmou que a casta foi para ali levada, há muitas décadas, pelo seu tio António Soares Franco. Ainda hoje tem cerca de 2ha de Loureiro plantados na zona de Azeitão, destinando-se o mosto para o lote do Quinta de Camarate branco doce, um vinho que nada tem a ver com vinhos doces de colheita tardia, mas que Domingos nos confirma ser um enorme sucesso, do qual se produzem 25.000 litros por ano. “Noto-lhe aromas de grande qualidade que lembram os que se conseguem no Minho, mas aqui tem menos acidez, tem mesmo uma certa gordura e peso na boca que funcionam muito bem no branco doce, onde a juntamos com a casta Alvarinho”, disse.

Uma casta produtiva
O vale do rio Lima, o solar do Loureiro, é bem distinto em configuração dos vales do Minho ou do Douro, importantes rios que atravessam a região dos Vinhos Verdes. O vale do Lima é amplo e largo, deixando entrar a influência atlântica bem dentro de terra.
Como já escreveu João Afonso em reportagem publicada neste revista, “em termos orográficos podemos dividir a sub-região do Lima em três zonas distintas: a zona mais litoral e ventosa de Viana, com vale aberto e pouca montanha; uma zona intermédia de Ponte de Lima (de Geraz do Lima até Jolda e Gondufe) ainda de vale aberto, mais protegido da nortada e já com traços de montanha; e a zona interior de Ponte da Barca e Arcos de Valdevez com vale mais estreito, de perfil montanhoso e com alguma continentalidade a misturar-se com o clima marítimo.”
A casta Loureiro gosta de frio, mas não aprecia vento. Segundo Anselmo Mendes, “prefere zonas mais abrigadas para evitar partir as varas e é exigente na gestão da sebe para que a vinha possa respirar. Produz bem, mas não convém deixar ir muito além das 10 ton/hectare para não perder carácter.” Esta produtividade, que se pode considerar normal na região do Verdes está, no entanto, muito acima do que encontramos noutras zonas do país, nomeadamente na vizinha região do Douro. José Luis Moreira da Siva é enólogo na quinta dos Murças (Douro) e, por via da aquisição por parte do Esporão da Quinta do Ameal, ficou também responsável pela viticultura e enologia desta propriedade minhota. As diferenças não podiam ser maiores, “é que estou a lidar com produções por hectare que são cinco vezes superiores às do Douro, com terrenos muito mais férteis e também muito mais propícios às doenças e pragas da vinha e tudo isso é um grande desafio”. José Luis confirma que apesar dessa pressão das doenças, é no Minho mais fácil assegurar uma produção regular, com solos ricos e água com fartura. A Quinta do Ameal esteve durante algum tempo certificada como bio, mas, foi-nos confirmada, essa certificação foi abandonada. O enólogo foi pragmático: “estamos a seguir tratamentos e práticas bio, mas se houver um ataque a sério avançamos com tratamentos químicos; não faz sentido perder a produção por falta de tratamentos. Estou de resto convencido que enquanto no Douro é mais fácil a certificação bio, aqui nos Verdes tenho muito mais dúvidas”.
Polivalente na adega
Na adega, a Loureiro mostra-se polivalente. Na Quinta do Ameal sempre se usou uma vinificação diferenciada, ora em inox ora em barricas usadas, praticando abundantemente a bâtonnage, mesmo no inox. Essa prática pode ser fundamental sobretudo se se pretende fazer um Loureiro que dure 20 anos na garrafa. No Ameal sempre existiu a preocupação de mostrar a longevidade da casta Loureiro, a única plantada na quinta e inúmeras provas confirmam amplamente que o tempo está muito mais ao lado da casta do que em tempos se pensava. Anselmo Mendes diz-nos que, “com o tempo, os aromas transformam-se e surgem algumas notas terpénicas que, essas sim, fazem lembrar o Riesling do Mosela”. No entanto, salienta ainda, “existem vários clones de interesse desigual, alguns originam vinhos com notas de Moscatel, mas eu prefiro uns clones que fazem vinhos mais discretos, mas que evoluem bem com o tempo”.

Além da fermentação em inox e barrica (mais usada do que nova), no Ameal estão a fazer-se ensaios com ovos e túlipas de cimento. E trabalhar com teores alcoólicos na casa dos 11,5% de “chega perfeitamente, não precisamos de mais”, confirma Moreira da Silva.
Mesmo nas outras sub-regiões dos Verdes onde a Loureiro entra em lote com outras variedades, os resultados são compensadores. É boa a ligação com a casta Arinto e está em desuso o lote com a Trajadura, uma variedade que recolhe cada vez menos adeptos. Como nos diz Anselmo Mendes, “em tempos era usada para fazer baixar a acidez do Alvarinho, mas hoje já se usa menos”. E em Valença, bem perto da zona de Monção e Melgaço, mas fora da sub-região, a casta Loureiro dá resultados muito interessantes.
Tal como acontece noutras sub-regiões dos Vinho Verdes, o Vale do Lima é a pátria da casta Loureiro, é ali sem dúvida que melhor se expressa e também a casta que melhor expressa as virtudes daquele terroir. Já na sub-região do Sousa impera a Arinto, em Baião a Avesso, exemplos que nos mostram que, embora viajantes, as castas encontram por vezes razões de sobra para não saírem de onde estão.
SABIA QUE…
Loureiro, uma variedade das terras friasA casta Loureiro é, do ponto de vista económico, a variedade mais importante da região dos Vinhos Verdes. É no vale do rio Lima que ela melhor mostra as suas virtudes. Casta produtiva, gosta sobretudo de zonas onde se faça ainda sentir a influência atlântica, contribuindo com elevada acidez para os mostos. Por esta razão é aqui, na sub-região do Lima, que melhores resultados origina. As zonas mais interiores, de Basto até Baião e Amarante já não lhe convêm porque perde rapidamente a acidez, característica marcante desta casta. Gera vinhos de teor alcoólico médio, mas muito aromáticos, razão pela qual é muito procurada pelos viticultores. Também presente nas Rias Baixas tem aí, no entanto, um peso muito residual, uma vez que a região é quase monocultura de Alvarinho. Apesar de gerar boas produções, não se pode deixar produzir demais porque depois perde aromas. Prefere solos férteis e abundância de água, mostrando muitas dificuldades para enfrentar o stress hídrico. Existem vários clones certificados desta casta sendo mais cotado o que gera o cacho com bagos pequenos e coloração dourada. Segundo informação da CVR dos Vinhos Verdes, existem 189 marcas válidas de vinhos varietais de Loureiro, correspondendo a 111 engarrafadores. Até aos anos 80 do século passado não existiam no mercado vinhos varietais de Loureiro e foi então nessa década que surgiram os primeiros varietais de Loureiro, da Adega Cooperativa Ponte de Lima e de alguns produtores engarrafadores, como a Quinta de S. Cláudio, Casa dos Cunhas ou Quinta do Luou.
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Vinhos Verdes lançam programa gratuito de formações para empresas da região

Depois de, na semana passada, ter anunciado a anulação de várias taxas e custos imputáveis aos produtores de vinho da região, a Comissão de Viticultura da Região dos Vinhos Verdes (CVRVV) lança agora um programa de 15 formações online, de inscrição gratuita, realizadas pela Academia do Vinho Verde. A decorrer durante este trimestre, através de […]
Depois de, na semana passada, ter anunciado a anulação de várias taxas e custos imputáveis aos produtores de vinho da região, a Comissão de Viticultura da Região dos Vinhos Verdes (CVRVV) lança agora um programa de 15 formações online, de inscrição gratuita, realizadas pela Academia do Vinho Verde.
A decorrer durante este trimestre, através de sessões no Microsoft Teams, este programa de webinars pretende reforçar a capacitação das empresas produtoras de Vinho Verde e destina-se a todas as áreas da fileira, sendo organizado em parceria com entidades e profissionais reputados.
As inscrições podem ser efectuadas aqui. A CVRVV adverte: “Dado a formação ter um limite de participantes máximo e para que mais participantes tenham acesso, cada inscrito pode inscrever-se em dois webinars. Caso tenha interesse em mais do que duas fica em lista de suplentes e poderá ser integrado no grupo caso haja desistências”.
O programa:
Adega de Monção com nova imagem institucional

O ano 2021 promete ser de renovação para a Adega Cooperativa Regional de Monção, a começar pela nova imagem institucional que o produtor agora apresenta. O rebranding tem assinatura do Atelier Rita Rivotti, e foi pensado para “aproximar a marca ao consumidor final e espelhar as tradições da sub-região de Monção e Melgaço”, refere a […]
O ano 2021 promete ser de renovação para a Adega Cooperativa Regional de Monção, a começar pela nova imagem institucional que o produtor agora apresenta.
O rebranding tem assinatura do Atelier Rita Rivotti, e foi pensado para “aproximar a marca ao consumidor final e espelhar as tradições da sub-região de Monção e Melgaço”, refere a empresa. A protagonista do novo logotipo da Adega de Monção é Deu-La-Deu a segurar um cacho de uvas, esta que é o símbolo máximo da Adega. Já o lettering é inspirado nos primeiros rótulos do produtor.
Armando Fontaínhas, presidente da Adega de Monção, explica: “Já não alterávamos o nosso logo desde os anos 90 e achamos que esta era a altura ideal. O novo ano é renovação e assim apresentamos uma nova imagem ao público. Para esta tarefa escolhemos a Rita Rivotti, que soube interpretar aquilo que a nossa marca transmite: autenticidade, conhecimento, inovação e tradição”. Ainda sobre o logo, Armando Fontaínhas esclarece que se trata de “uma homenagem a Deu-La-Deu Martins (personagem lendária da história de Monção) pelo que fez pelo povo Monçanense, mas acima de tudo à figura da Mulher. O novo logo representa ainda um tributo ao matriarcado das famílias do Alto Minho, uma posição de poder e independência que se tem reforçado ao longo dos séculos”.
Quintas de Melgaço encoraja portugueses com vídeo de Natal

Sobe o mote “Ir à terra, sem sair de casa”, a Quintas de Melgaço quis reduzir a distância entre famílias e amigos, através da memória da região, dos seu sabores e tradições, com uma campanha muito especial. Veja o vídeo:
Sobe o mote “Ir à terra, sem sair de casa”, a Quintas de Melgaço quis reduzir a distância entre famílias e amigos, através da memória da região, dos seu sabores e tradições, com uma campanha muito especial. Veja o vídeo: