Anselmo Mendes: “Vinho Verde é a grande região de brancos de Portugal”

Anselmo Mendes é um nome muitíssimo respeitado junto de apreciadores e críticos nacionais e estrangeiros e, talvez mais significativo ainda, entre os seus pares, enquanto produtor e enólogo. Conhecedor profundo do sector do vinho, tem uma visão clara e objectiva sobre as suas múltiplas vertentes, da viticultura à enologia, passando pela economia, identidade regional ou […]
Anselmo Mendes é um nome muitíssimo respeitado junto de apreciadores e críticos nacionais e estrangeiros e, talvez mais significativo ainda, entre os seus pares, enquanto produtor e enólogo. Conhecedor profundo do sector do vinho, tem uma visão clara e objectiva sobre as suas múltiplas vertentes, da viticultura à enologia, passando pela economia, identidade regional ou modelos de sustentabilidade. Falámos de tudo um pouco com o “senhor Alvarinho”, sem esquecer, é claro, o tema que mais mexe com ele: a Quinta da Torre e a região de Monção e Melgaço.
TEXTO Luís Lopes
FOTOS Hugo Pinheiro
AS ORIGENS
Nascido numa família de agricultores, a lavoura, a vinha, o vinho, eram para ti uma inevitabilidade? Alguma vez equacionaste seguir outro caminho?
Por um lado, era inevitável, pois em criança o meu sonho era ser agricultor. Contrariamente aos jovens da minha geração que queriam fugir da agricultura, e para quem trabalhar na construção civil já era ter mais estatuto. O meu fascínio pela forma como as plantas cresciam e se comportavam levou-me a decidir bem cedo rumar a Lisboa para estudar Agronomia.
Realmente, até poderia ter ido para medicina, mas ser agrónomo era o objectivo. E foi em Agronomia que o meu interesse pelos vinhos cresceu e me levou a escolher Agroindústrias e todas as disciplinas opcionais relacionadas com Enologia.
Como era a vinha e o vinho em Monção e Melgaço na segunda metade dos anos 80, quando concluíste a tua formação académica? Nessa altura pensavas em voltar para a origem?
Na segunda metade dos anos 80, a área de vinha da casta Alvarinho não chegava a um terço da actual. Havia muito mais minifúndio e um fraco conhecimento sobre as mais adequadas formas de condução da vinha. O vinho engarrafado com alguma notoriedade estava confinado à Adega Cooperativa de Monção e ao Palácio da Brejoeira que eram, na verdade, as locomotivas da casta Alvarinho.
Nessa altura tive um convite para trabalhar na sub-região e não aceitei, pois não estava preparado para tal e tinha acabado de entrar para uma empresa, a Sociedade dos Vinhos Borges, onde pensava aprofundar os conhecimentos sobre vinhos.
A tua primeira relação profissional a sério foi intensa e duradoura: dez anos na Borges, assumindo a viticultura e enologia de uma das maiores empresas do sector. Quais os principais ensinamentos que recolheste dessa experiência?
Em primeiro lugar aprendi o que é a cultura de empresa, sua missão e valores. Desenvolvi projectos de vinhas, de adega e mesmo trabalhos científicos e experimentais em colaboração com Universidades. Mas muito importante foi trabalhar em equipa com multidisciplinaridade, onde entravam para além da área técnica, as áreas comercial, marketing, gestão e financeira.
Conheci grandes profissionais, administradores vindos das mais diversas áreas e também fiz muitos amigos. Costumo dizer que a Borges foi uma grande escola, onde também se aprende aquilo que não se deve fazer.
“Uma vinha sustentável deve ter excelente relação produção/qualidade para que possa também ser sustentável economicamente.”
Para além do trajecto na Borges, enquanto consultor ajudaste a criar, de raiz, projectos vitivinícolas de grande notoriedade, como o da Quinta da Gaivosa, um dos pioneiros do Douro moderno. Que desafios se colocavam a quem, em 1991, queria fazer uma empresa centrada no vinho do Douro numa região quase exclusivamente orientada para o vinho do Porto?
Os meus três primeiros anos de Borges foram intensos. Estudava e experimentava tudo o que era tecnologias de vinificação e confesso que tinha bases sólidas de Química, Microbiologia, Bioquímica, Fisiologia, etc. Tive a felicidade de frequentar cursos de formação profissional em Bordéus, fiz pós-graduação em Enologia, e na Viticultura bebi durante muitos anos os ensinamentos do Professor Rogério de Castro.
O desafio na Quinta da Gaivosa era fazer ensaios no quase desconhecido, ainda por cima no Baixo Corgo, na época considerado de baixo potencial vínico. Na altura já dominava razoavelmente a utilização do frio e do calor, a extracção selectiva e a utilização de estágio em barricas e isso foi-me muito útil. Na Gaivosa, foram 22 anos a seleccionar parcelas, estudar pontos óptimos de maturação, afinar vinhos pela elegância. Aprendi muito e dei muito de mim e do meu conhecimento. Tenho imenso orgulho em ter ajudado a construir um projecto que foi, e é, marcante para o Douro.
A tua actividade de consultoria levou-te a trabalhar em quase todas as regiões vinícolas de Portugal. Quais foram aquelas que mais te surpreenderam, revelando qualidades que não esperavas?
Numa primeira fase, final dos anos 80, princípio dos anos 90, o Douro surpreendeu-me pela diversidade, em relação às vinhas velhas, às diferentes altitudes e exposição. Lembro-me bem de conversas com Jorge Dias [ex-professor na UTAD e actual director geral da Gran Cruz] em que dizíamos convictamente que teria de haver uma revolução no Douro DOC, o Douro “não Porto”. Felizmente ela aconteceu e está para durar. No ano de 1998 foi lançado o projecto Lavradores de Feitoria onde participei na execução e no primeiro ano de enologia. Dirk Niepoort mostrou interesse em alguns vinhos destas quintas e a administração ligou-me preocupada porque não sabia o que fazer. Então disse-lhes: isso é muito bom! Convidem-no para accionista. E assim aconteceu.
Na primeira metade dos anos 90, o Dão fez-me pensar. A cada ano era surpreendido, percorria a região com o saudoso Magalhães Coelho [enólogo que apoiou muitos vinhos de quinta no Dão], homem de muita sensibilidade e saber. Alguns vinhos que encontrávamos eram de tal finura e elegância que influenciei a Borges a comprar a Quinta da Aguieira. Mais tarde, em 2004, iniciei uma experiência própria no Dão, em S. João de Areias, e em 2015 apostei na Quinta de Silvares onde os vinhos mostram elevado potencial. Mas isto só não chega e no final de 2019, em conversa com o amigo Luis Abrantes, dono da Quinta da Alameda (onde cheguei a comprar vinhos para a Borges), decidimos fazer uma parceria no sentido de transformar a Alameda numa marca de referência do Dão. Acho que desta vez o Dão vai finalmente assumir uma importância relevante no meu trabalho.
“Boas vinhas com floresta precária, é um modelo que não garante equilíbrio nem ordenamento paisagístico.”
E que regiões achas que estão ainda longe de expressar todo o potencial que têm guardado?
Sem dúvida alguma, Beira Interior e Trás os Montes. São regiões com muitas vinhas velhas de alta qualidade, intervenção mínima, castas desafiantes e diferenciadoras…têm tudo para dar certo.
Escolhe uma ou duas castas para cada região onde trabalhas ou trabalhaste: Douro, Vinho Verde, Monção e Melgaço, Alentejo, Dão, Beira Interior, Bairrada, Lisboa, Açores.
Douro: Touriga Franca e Tinta Amarela; Vinho Verde: Loureiro e Avesso; Monção e Melgaço: Alvarinho e Alvarelhão; Alentejo: Alicante Bouchet e Arinto; Dão: Touriga Nacional e Encruzado; Beira Interior: Síria e Rufete; Bairrada: Baga e Cercial; Lisboa: Viosinho e Cabernet Sauvignon; Açores (Terceira): Verdelho e Verdelho Roxo.
A VITICULTURA
Os enólogos da geração anterior à tua raramente sujavam as botas na vinha. Tu tens com a viticultura uma relação muito estreita e até, diria, invulgar, em termos de conhecimento e comprometimento. Dizer que o vinho nasce na vinha é dizer o óbvio, mas, no teu caso, qual o verdadeiro significado dessa expressão?
O vinho nasce bem na vinha desde que se cumpra um conjunto de requisitos: fazer a escolha certa do terreno; escolher as castas/porta enxerto adaptadas e a densidade adequada às condições de solo e clima; criar condições para eficiente colonização subterrânea e aérea; fazer a gestão do vigor, fertilização e intervenção em verde; trabalhar o arrelvamento e melhoria da estrutura do solo; regular a produção em função do vinho pretendido; avaliar as parcelas e sua diferenciação; fazer a triagem dos cachos na vinha e não na adega. Ou seja, o vinho nasce bem na vinha se dominarmos por inteiro as operações vitícolas e juntarmos um pouco de “feeling”…
A viticultura sustentável está hoje na ordem no dia, recolhendo a atenção de produtores e consumidores, mas muitas vezes colocando no mesmo saco coisas distintas: sustentabilidade, orgânico, biodinâmico, etc. O que é, para ti, uma vinha sustentável e amiga do ambiente?
Desde logo, sustentável é uma vinha que, na sua concepção, tenha no mínimo 10% de matas com árvores de folha persistente e caduca. Uma vinha sustentável terá de seguir um modo de produção que preserve e melhore a estrutura do solo (produção integrada em regiões mais atlânticas e, se for viável, orgânico em clima continental e altitude). Deve ser adoptada rega com o objectivo de uma forte e profunda colonização subterrânea pelas raízes, de modo a poupar água no futuro, dar maior estabilidade à planta e proporcionar frutos de maior equilíbrio e qualidade.
Uma vinha sustentável deve minimizar o uso de fitofármacos, adoptando a prevenção por métodos integrados de avaliação online dos riscos de doenças. Deve ser utilizado arrelvamento para melhorar a estrutura do solo e fertilização recorrendo a consociação de gramíneas e leguminosas, minimizando o uso de adubos químicos. Os herbicidas devem ser evitados ou limitados a uma pequena faixa na linha. Finalmente, uma vinha sustentável deve atingir excelente relação produção/qualidade para que possa também ser sustentável economicamente. Só faz viticultura sustentável quem dominar o conhecimento agronómico e tenha consciência ecológica, social e económica.
“Se a sub-região de Baião fizesse parte da região do Douro, hoje seria o terroir de excelência dos brancos durienses…”
No caso concreto do Vinho Verde, como avalias as mudanças ocorridas na viticultura ao longo da última década? Quais os aspectos positivos e negativos? E que modelo defendes para a viticultura do futuro da região?
Na região dos Vinhos Verdes, a grande maioria das mudanças ocorridas nos últimos 10 anos foram sem dúvida positivas: a área média da vinha aumentou, as castas plantadas estão bem adaptadas, o melhoramento genético destas é evidente e a condução e intervenção em verde melhorou. Um ponto negativo, é o assentar dos tintos da região numa única casta: o Vinhão.
Defendo os aspectos acima referidos para a sustentabilidade futura da viticultura dos Vinhos Verdes. Mas há um ponto fundamental: a paisagem envolvente das vinhas tem de melhorar. Boas vinhas com floresta precária, é um modelo que não garante equilíbrio nem ordenamento paisagístico. A nossa floresta, a floresta da região Vinhos Verdes, é um desastre!!!
Nas várias regiões onde trabalhas deparas-te com muitas variedades de uva, castas tradicionais, castas portuguesas que vieram de outras regiões e castas internacionais. Em todo o mundo há regiões “fechadas” e regiões “abertas” nesta matéria. Como encaras esta questão? Tens uma posição genérica ou cada caso é um caso?
Em Portugal, o nosso conhecimento das regiões e dos vinhos ainda não atingiu a maturidade. Ainda continuamos à procura do perfil certo. Temos um problema que só o tempo resolverá: aumento do preço médio que permita remunerar bem a fileira do vinho. A partir daí, poderemos serenamente construir perfis de vinho com originalidade baseados na diversidade e adaptabilidade das nossas castas. De uma forma global temos de encontrar para cada região um perfil próprio que seja competitivo internacionalmente pela originalidade. Por vezes, a demasiada diversidade de castas e estilos dentro de cada região torna-nos pouco competitivos.
Desde há muito que investigas, experimentas e fazes vinho com a casta Alvarelhão. Muitos consumidores ouviram falar nela pela primeira vez através dos teus vinhos. O que é que vês no Alvarelhão?
O Alvarelhão ou Brancelho não é uma casta fácil na vinha ou na adega. Tem tendência ao desavinho e é muito sensível ao míldio e oídio. Na adega, apanha com facilidade aromas redutores. Mas tem atributos muito positivos: um grande equilíbrio ácido, taninos finos e aromas elegantes e distintos. Aceita com classe o estágio em barricas de carvalho francês e envelhece muito bem em garrafa. É uma casta de que gosto mesmo muito.
A uva Alvarinho resolveu viajar, saiu do vale do Minho e está hoje espalhada por todo o Portugal, do Douro ao Algarve. Tu próprio, a tens usado noutras paragens. Que principais diferenças encontras no comportamento da casta em regiões como Bairrada, Lisboa, Alentejo ou até noutras sub-regiões do Vinho Verde, face a Monção e Melgaço?
A casta Alvarinho dá-se muito bem perto do Atlântico da Bairrada e Lisboa. Aí, em solos argilo-calcários perde acidez e ganha salinidade. Os aromas são menos florais e ganham mais tropicalidade. Mas no Alentejo prefiro o Arinto…
Na região dos Vinhos Verdes, a Alvarinho atinge um bom equilíbrio na sub-região de Basto, mas nas sub-regiões mais atlânticas dos Verdes perde corpo e ganha algum desequilíbrio ácido. A virtude em Monção Melgaço é ter clima temperado de influência atlântica moderada e solos com boa retenção da água. Deste modo, os vinhos têm equilíbrio, corpo e mineralidade. Mas os aromas cítricos com florais só aparecem em alguns solos de excelência.
VALE DO LIMA E OUTROS VALES
Vamos deixar para mais tarde a tua região estrela, Monção e Melgaço, e falemos de uma outra onde também tens apostado bastante, o vale do Lima. É muito diferente do vale do Minho, não é verdade? O que procuras ali?
O Lima difere do Vale do Minho por ter clima temperado de influência atlântica mais evidente. Os solos de origem granítica têm textura franco-arenosa com baixa capacidade de retenção da água. A casta Loureiro está ali muitíssimo bem adaptada, originando vinhos com aromas intensos, florais e cítricos, e uma acidez firme que lhes permite muito boa longevidade. No fundo, é intensidade, elegância, frescura e longevidade o que procuro (e encontro!) nos brancos do Vale do Lima.
Há três décadas já se falava de Alvarinho com respeito, mas o Loureiro só em tempos relativamente recentes ganhou estatuto de casta e vinho de categoria superior. Achas que o Loureiro do Lima poderá vir a ter, globalmente, a qualidade, notoriedade, longevidade, preço, do Alvarinho de Monção e Melgaço?
Estou absolutamente convicto de que o Loureiro tem potencial para lá chegar. Mas o vale do Lima precisa de mais operadores focados na qualidade, precisa de investidores e precisa de tempo, que é o factor mais limitante neste negócio.
“Neste País as medidas são lentas e a agricultura não tem peso para os decisores. Na hora da verdade, abandonam-nos.”
E como vês a ascensão do Avesso?
O Avesso tem pela frente os mesmos desafios do Loureiro, mas precisará de ainda mais tempo para se afirmar como casta e vinho, em Portugal e no mundo. Mas o potencial está todo lá. Se a sub-região de Baião fizesse parte, em termos de denominação de origem, da região do Douro, hoje toda a gente olharia para ela como o terroir de excelência dos brancos durienses…
O PERFIL DOS VINHOS VERDES
Na região dos Vinhos Verdes coexistem vários estilos de vinho mas, de forma simplista, podíamos arrumá-los em dois perfis: “leve, doce, com gás, barato” e “intenso, frutado, seco, ambicioso”. Dois perfis que são, quase se pode dizer, dois modelos de negócio distintos ainda que possam ser complementares. Qual a melhor forma de gerir/organizar/comunicar uma região com estas características?
Não é nada fácil gerir tudo isto, é verdade, pois em alguns mercados Vinho Verde é sinónimo de vinho barato. Nos mercados menos maduros, já senti que a região tem um tecto de preço. E a verdade é que nos últimos 30 anos tenho dispensado muito tempo a desconstruir alguns dos preconceitos e dogmas relativos ao Vinho Verde.
De qualquer forma, a imagem dos Vinhos Verdes tem melhorado muito, e hoje já há a percepção, por parte dos conhecedores, de que é a grande região dos brancos de Portugal. Fazer chegar esta mensagem ao consumidor menos atento é uma questão de tempo e de investimentos de comunicação/marketing bem pensados, direccionados e executados.
São cada vez mais os Verdes de grande qualidade e ambição. No entanto, esse crescimento qualitativo tem sido quase sempre acompanhado pelo crescimento do teor alcoólico, para níveis (13%, 13,5%…) impensáveis há uma década. É inevitável? Ou é possível fazer um grande vinho Verde branco com 11% ou 11,5%?
Eu gosto dos Loureiro perto dos 12% de álcool e os Alvarinho entre os 12,5% a 13%. É possível, sem dúvida, fazer grandes brancos com 11% ou 11,5%, mas abaixo disso, nesta região dos Vinhos Verdes, dificilmente teremos um vinho equilibrado.
E o Verde tinto, que futuro?
Em Monção e Melgaço com viticultura de excelência e as castas Alvarelhão, Pedral e Verdelho Feijão, estou certo de que podemos fazer tintos finos, elegantes e com capacidade de envelhecimento. Na restante região dos Vinhos Verdes, não tenho experiência suficiente de vinhos tintos para poder emitir uma opinião bem fundamentada. Mas parece-me óbvio que o Verde tinto tem de encontrar um rumo e um perfil.
A ENOLOGIA
Como te defines enquanto enólogo?
Como enólogo sou um insatisfeito, ando sempre à procura da perfeição. E a perfeição, para mim, significa exprimir de forma autêntica e séria o chamado “terroir”.
Em Monção e Melgaço, fazer um Alvarinho de perfil tropical (manga, maracujá) ou de perfil citrino (laranja, tangerina) é questão de viticultura ou enologia?
É viticultura e enologia. No respeitante à viticultura, excesso de vigor imprime tropicalidade, carácter que pode ser reforçado na adega por alimentação azotada, baixas temperaturas de fermentação e leveduras próprias para este efeito. Confesso que me incomoda o excesso de tropicalidade, porque desvirtua o perfil muito nobre dos brancos Monção Melgaço.
Este perfil que associa aromas de fruta branca com caroço, cítricos e, em alguns casos, florais, requere bom controle do vigor, regime hídrico que possibilite maturação lenta, bom microclima dos cachos sem exposição solar excessiva.
O ano de colheita é determinante e, em anos frescos sem stress hídrico, os solos franco-arenosos de encosta dão vinhos muito equilibrados com acidez vibrante e uma componente cítrica forte. Os solos sedimentares, ou seja, de zonas de menos altitude com grande capacidade de retenção para a água em anos quentes, dão vinhos frescos e concentrados com grande complexidade aromática.
Na verdade, a interação viticultura/enologia é fundamental para perceber o potencial de qualidade e definir o perfil do vinho, sem contudo desvirtuar a expressão mais séria e genuína do Terroir.
Foste talvez o primeiro a fermentar Alvarinho em barrica, ainda nos anos 80. Como avalias hoje a relação dos Alvarinho de Monção e Melgaço com a barrica?
É uma relação perfeita que começa na vinha. Necessita de mostos com grande equilíbrio açúcar/ácido/taninos. Para isso, não chega ter a grande parcela, é necessário sobretudo colher os cachos de acordo com o seu posicionamento na videira, fazer mais do que uma vindima na mesma parcela. A escolha da madeira, a sua origem, dimensão, tosta e controlo do oxigénio são determinantes. Para mim, as temperaturas de fermentação jogam um papel decisivo no objetivo final, em que a madeira contribui para o equilíbrio e complexidade do vinho mas não o marca, deixando aromas discretos ou quase imperceptíveis.
“Monção e Melgaço é terroir que, de uma forma própria e distinta, exprime vinhos brancos de primeira grandeza.”
Maceração pelicular, curtimenta, “orange wines”. O que tens experimentado nesta matéria?
Comecei em 1999 a estudar a curtimenta e em 2001 lancei um vinho Alvarinho de curtimenta total. Foi um fracasso porque pouca gente o entendeu. Foram necessários 15 anos para compreender este tipo de vinho, foi também importante o estudo das parcelas e, de entre estas, os cachos mais adequados. O meu vinho TEMPO é um exemplo disto. Já o Anselmo Mendes Curtimenta Alvarinho foi o aperfeiçoar da extracção selectiva, limitando a quantidade de polifenóis de modo a ter uma curtimenta “civilizada “. Considero que, no caso da casta Alvarinho, que tem uma relação elevada de sólidos/líquido, o estudo da curtimenta ainda está no seu início.
E vinho “natural”, o que é?
Melhor do que dizer que o vinho é natural ou que se faz vinho natural é dizer como Pasteur: “o vinho é a mais sã das bebidas”. Sã é muito mais do que natural. Hoje, com boa viticultura e intervenção mínima na adega, conseguimos vinhos com teores de sulfitos muito abaixo do máximo autorizado para biológico. Portanto, o sulfuroso não é problema nem define a “naturalidade“ do vinho. O maior problema do vinho é ter uma molécula tóxica, o álcool. Mas sem álcool não há vinho. Por isso, há que beber com moderação para que o vinho continue a ser a mais sã das bebidas.
A ECONOMIA DO VINHO
Sei que uma das tuas preocupações é enquadrar a sustentabilidade económica na noção geral de sustentabilidade da vinha e do vinho. Deverão ser conceitos compatíveis, presumo…
Sem dúvida, altamente compatíveis. E mais do que isso: sem sustentabilidade económica não há sustentabilidade vitícola, ambiental ou outra.
No quadro em que vivemos, com vários canais de distribuição e consumo limitados por via do covid-19, podes elencar, de forma breve, as principais medidas que defendes para a recuperação do sector do vinho?
Disse e escrevi logo em março as medidas que defendo: regulação da oferta pela via da destilação; apoio com parte a fundo perdido e parte a crédito, com carência de 2 anos, para investimento em capacidade de armazenamento; passar de 15% para 30% a introdução de uma colheita noutra sem esta perder o direito a data. Acresce a isto um compromisso de não baixar drasticamente o preço das uvas aos viticultores, correndo o perigo de perdermos património vitícola.
Neste País as medidas são lentas e a agricultura não tem peso para os decisores. Os produtores tem sido contribuintes líquidos para a economia nacional e ilíquidos para o prestígio de Portugal. Na hora da verdade, abandonam-nos. Vamos certamente perder competitividade, pois os outros países produtores foram ajudados, não por Bruxelas mas pelos seus governos. Isto não é só falta de dinheiro: é incompetência para perceber quais são os sectores estratégicos para a economia do País.
PRODUTOR EM MONÇÃO MELGAÇO
O teu projecto enquanto produtor em Monção e Melgaço começou na vindima de 1998. Como foram esses tempos iniciais?
Tenho saudades desse tempo. Fazer vinho de uma forma completamente artesanal, literalmente metendo a mão na massa, é algo que hoje é quase irrepetível. Talvez agora no centro de experiências do Alvarinho, na Quinta da Torre, possamos reviver e repetir esses momentos.
Dez anos depois, estavas a construir a nova adega…
Estava a construir uma nova adega e tomava conta da Quinta da Torre como arrendatário, iniciando a reestruturação das vinhas. Nesse mesmo ano, comecei também a reestruturar quintas no Vale do Lima onde hoje temos 70 hectares, dos quais 20 de Alvarinho e 50 de Loureiro. Em Monção e Melgaço estamos nos 50 hectares, com a maior mancha da casta Alvarinho num terroir que, de uma forma própria e distinta, exprime vinhos brancos de excelência.
E por fim, o grande salto, com a compra da Quinta da Torre em 2016. Que importância tem esta propriedade no teu projecto e no futuro da empresa familiar?
A Quinta da Torre nos seus mais de 60 hectares já nos mostrou que pode originar vinhos diferenciados pelos seus distintos solos, ou melhor, texturas de solos. Vai-nos permitir controlar a produção e garantir autonomia para fazer os grandes vinhos. O controlo da viticultura associado a um terroir de excelência dá-nos esperança para encarar o futuro, tendo como objectivo criar vinhos de grande valor acrescentado.
Esta é uma Quinta com uma história que vem do século XIV e ligada desde sempre à produção de vinho. Possui mais de 1 quilómetro de frente de rio, com matas, levadas de água e moinhos. A casa senhorial tem três torres e capela. Toda a quinta faz parte de uma reserva ecológica onde a viticultura que praticamos está certificada de sustentável.
“Melhor do que dizer que o vinho é natural ou que se faz vinho natural é dizer como Pasteur: ‘o vinho é a mais sã das bebidas’. Sã é muito mais do que natural.”
O que achas que podes conseguir de diferenciador, em termos de vinhos, com a Quinta da Torre?
Hoje, nas provas cegas, distinguimos com relativa facilidade os vinhos da Quinta da Torre de todos os outros que fazemos com uvas Alvarinho oriundas de outras zonas de Monção e Melgaço. Isto diz-nos que a quinta tem uma forte identidade. Os nossos vinhos superiores estão associados a parcelas distintas e estamos a construir um vinho que só sairá para o mercado com um mínimo de quatro anos de estágio. Num futuro próximo, ambicionamos fazer no centro de experiências vinhos de 8 parcelas distintas, para serem apenas vendidos no enoturismo.
ENÓFILO E GASTRÓNOMO
Quais os vinhos (ou tipo de vinhos) que mexem contigo?
Brancos da Borgonha e tintos do Vale do Rhone.
Diz-me três vinhos portugueses de que gostes muito e onde não tenhas qualquer intervenção.
Quinta do Crasto Vinha Maria Teresa, um tinto do Douro. Quinta das Bágeiras Cercial, um branco da Bairrada. E Mouchão Tonel 3-4, um tinto do Alentejo.
E três vinhos do mundo?
O Chablis de François Raveneau; o Puligny-Montrachet de Domaine Leflaive; e o Côte Rotie Michel Ogier Belle Helene.
Sei que, quando podes, gostas de te agarrar aos tachos e ao fogão. O que gostas mais de cozinhar? E qual o prato preferido que não sabes fazer?
Gosto de cozinhar muitos pratos diferentes, todos eles da cozinha tradicional portuguesa. Por exemplo, nos arrozes, arroz de cabidela, arroz de lampreia (ou não fosse monçanense…) e arroz de pato. Também bacalhau à lagareiro e açorda de bacalhau, camarões al ajillo, robalo no forno. No capítulo das carnes, ensopado de borrego, favas com chouriço e costelas, cabrito assado no forno e carne de porco alentejana.
Quanto a um prato que aprecio muito e não sei fazer como gostaria, é fácil responder: pataniscas de bacalhau. Mas sei fazer o arroz de feijão…
Artigo da edição nº 39, Julho 2020
Falua adquire quinta emblemática em Monção

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[vc_row type=”in_container” full_screen_row_position=”middle” scene_position=”center” text_color=”dark” text_align=”left” overlay_strength=”0.3″ shape_divider_position=”bottom”][vc_column column_padding=”no-extra-padding” column_padding_position=”all” background_color_opacity=”1″ background_hover_color_opacity=”1″ column_shadow=”none” column_border_radius=”none” width=”1/1″ tablet_text_alignment=”default” phone_text_alignment=”default” column_border_width=”none” column_border_style=”solid”][vc_column_text]O grupo francês Roullier — através da sua filial de vinhos em Portugal, a Falua — adquiriu recentemente a Quinta do Hospital, em Monção, fortalecendo a operação de viticultura e produção de vinhos na região dos Vinhos Verdes, onde detém agora uma propriedade com uma área total de 25 hectares, dos quais 10 já dedicados em exclusivo à casta Alvarinho. Em plena sub-Região de Monção e Melgaço, a Quinta do Hospital é uma propriedade totalmente murada com uma casa senhorial – o Solar do Hospital – que remonta ao século XII, período em que D. Teresa terá doado essas terras à Ordem do Hospital, para que os Hospitalários se instalassem no Condado Portucalense. Na Idade Média, os hospitais eram espaços criados dentro do espírito cristão de auxílio ao próximo, destinados a acolher e dar “hospitalidade” a viajantes e peregrinos, o que contribuiu para que a quinta se transformasse num local de apoio aos peregrinos que se dirigiam para Santiago de Compostela.
Para a administração da Falua, “essa hospitalidade é uma característica do Minho, onde o Vinho Verde é produto de referência alimentar e cultural”. Segundo os actuais proprietários, esta aquisição destina-se não só a recuperar um importante património regional, mas também a reforçar o papel do Alvarinho de Monção e Melgaço enquanto agente de afirmação do território.
Com uma fachada brasonada do século XVI, a Quinta do Hospital localiza-se na freguesia de Ceivães, concelho de Monção. A Falua, sediada em Almeirim, conta com 25 anos de actividade no sector. O investimento na Quinta do Hospital cumpre o objectivo de potenciar todas as actividades do Grupo Roullier em Portugal, em particular na produção vitivinícola. [/vc_column_text][/vc_column][/vc_row][vc_row type=”in_container” full_screen_row_position=”middle” scene_position=”center” text_color=”dark” text_align=”left” overlay_strength=”0.3″ shape_divider_position=”bottom”][vc_column column_padding=”no-extra-padding” column_padding_position=”all” background_color_opacity=”1″ background_hover_color_opacity=”1″ column_shadow=”none” column_border_radius=”none” width=”1/1″ tablet_text_alignment=”default” phone_text_alignment=”default” column_border_width=”none” column_border_style=”solid”][divider line_type=”Full Width Line” line_thickness=”1″ divider_color=”default”][/vc_column][/vc_row][vc_row type=”in_container” full_screen_row_position=”middle” scene_position=”center” text_color=”dark” text_align=”left” overlay_strength=”0.3″ shape_divider_position=”bottom”][vc_column column_padding=”no-extra-padding” column_padding_position=”all” background_color_opacity=”1″ background_hover_color_opacity=”1″ column_shadow=”none” column_border_radius=”none” width=”1/3″ tablet_text_alignment=”default” phone_text_alignment=”default” column_border_width=”none” column_border_style=”solid”][vc_column_text]
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Enoturismo na Quinta de Santa Teresa reabre a 5 de Abril, com novidades

A Quinta de Santa Teresa — propriedade da A&D Wines em Baião, na região dos Vinhos Verdes — vai reabri as actividades de enoturismo no dia 5 de Abril, “com todas as medidas de segurança impostas pela Direção Geral de Saúde”, pode ler-se no comunicado da empresa. Berço das uvas com que são produzidos os […]
A Quinta de Santa Teresa — propriedade da A&D Wines em Baião, na região dos Vinhos Verdes — vai reabri as actividades de enoturismo no dia 5 de Abril, “com todas as medidas de segurança impostas pela Direção Geral de Saúde”, pode ler-se no comunicado da empresa.
Berço das uvas com que são produzidos os vinhos Singular e Monólogo, a Quinta de Santa Teresa traz novidades com esta reabertura: quatro provas de vinho diferentes, e passeios nas vinhas e jardins — a Quinta conta com várias edificações de valor arquitetónico relevante e outros pontos de interesse, como a casa principal, os jardins, lagos, a piscina e um bosque. Nesta primeira fase, devido ao contexto pandémico, as actividades serão limitadas a grupos de quatro pessoas, no máximo.
A Visita e Prova Without Limits (€50) permite uma personalização total da experiência: na Quinta de Santa Teresa poderá provar os vinhos sem limitações enquanto explora todo o portefólio disponível. Se escolher o pacote Top Range (€30), terá acesso aos melhores vinhos da Quinta. A opção Avesso Experience (€20) irá permitir que os amantes do vinho explorem a casta Avesso em todas os seus perfis. Por fim, a Visita e Prova Standard (€15) dá a conhecer dois exemplares de varietais da região, com a gama Monólogo e o Singular Vinhas Velhas.[/vc_column_text][vc_column_text]
Livros e Vinhos Verdes em conversa a 20 e 21 de Março

[vc_row type=”in_container” full_screen_row_position=”middle” scene_position=”center” text_color=”dark” text_align=”left” overlay_strength=”0.3″ shape_divider_position=”bottom”][vc_column column_padding=”no-extra-padding” column_padding_position=”all” background_color_opacity=”1″ background_hover_color_opacity=”1″ column_shadow=”none” column_border_radius=”none” width=”1/1″ tablet_text_alignment=”default” phone_text_alignment=”default” column_border_width=”none” column_border_style=”solid”][vc_column_text]“Dois dedos de conversa sobre livros e Vinhos Verdes” é a iniciativa — que terá lugar no dia 20 e 21 de Março — que leva a casa dos participantes um pack com um livro e uma […]
[vc_row type=”in_container” full_screen_row_position=”middle” scene_position=”center” text_color=”dark” text_align=”left” overlay_strength=”0.3″ shape_divider_position=”bottom”][vc_column column_padding=”no-extra-padding” column_padding_position=”all” background_color_opacity=”1″ background_hover_color_opacity=”1″ column_shadow=”none” column_border_radius=”none” width=”1/1″ tablet_text_alignment=”default” phone_text_alignment=”default” column_border_width=”none” column_border_style=”solid”][vc_column_text]“Dois dedos de conversa sobre livros e Vinhos Verdes” é a iniciativa — que terá lugar no dia 20 e 21 de Março — que leva a casa dos participantes um pack com um livro e uma garrafa de um vinho da região do Vinho Verde, para acompanhar dez sessões online.
Estes “dois dedos de conversa” são promovidos pela Comissão de Viticultura da região dos Vinhos Verdes (CVRVV), em conjunto com a editora Aletheia, e juntam oradores, enólogos e produtores, com moderação de Ana Colaço.
São vários os livros nacionais e estrangeiros que irão ser apresentados, em harmonização com vinhos dos produtores Casa da Tojeira, Adega de Ponta da Barca, Solar das Bouças, Quinta de São Gião, Adega de Ponte de Lima, Quinta da Raza, Vercoope, Vinhos Norte, Quinta da Lixa e Quinta de Lourosa: “Coração de Cão”, de Mikhail Bulgakov, “O Último Tigre do Rio”, de Jorge Paulino, “A incredulidade de Padre Brown”, de G. K. Chesterton, “Ao Sabor da Bíblia”, do Chef Luís Lavrador, “O Retrato de Dorian Gray, de Oscar Wilde, “Egipto, notas de viagem” de Eça de Queiroz, “Álvaro Cunhal no país dos sovietes”, de Helena Matos (texto) e José Milhazes (legendas), “Noite fantástica”, de Stephan Zweig, “Coração, Cabeça e Estômago”, de Camilo Castelo Branco e “Foi Assim”, de Zita Seabra.
Com limite máximo de 50 participantes em cada sessão (5 por dia), “Dois dedos de conversa sobre livros e Vinhos Verdes” tem um custo de inscrição de 20 euros por sessão e inclui o envio para casa de cada participante (despacho incluído para o continente e ilhas) do pack garrafa + livro. As inscrições estão abertas e podem ser feitas AQUI.
Manuel Pinheiro, presidente da CVRVV, destaca que “juntar livros e Vinhos Verdes é uma conjugação natural, pois ambos são produtos de cultura e promovem o debate de ideias e a partilha. Esta acção surge num momento em que entendemos que o sector do vinho deve funcionar como alavanca a outros sectores, como é o caso das editoras que vêem a sua actividade bastante limitada actualmente”.[/vc_column_text][/vc_column][/vc_row][vc_row type=”in_container” full_screen_row_position=”middle” scene_position=”center” text_color=”dark” text_align=”left” overlay_strength=”0.3″ shape_divider_position=”bottom”][vc_column column_padding=”no-extra-padding” column_padding_position=”all” background_color_opacity=”1″ background_hover_color_opacity=”1″ column_shadow=”none” column_border_radius=”none” width=”1/1″ tablet_text_alignment=”default” phone_text_alignment=”default” column_border_width=”none” column_border_style=”solid”][divider line_type=”Full Width Line” line_thickness=”1″ divider_color=”default”][/vc_column][/vc_row][vc_row type=”in_container” full_screen_row_position=”middle” scene_position=”center” text_color=”dark” text_align=”left” overlay_strength=”0.3″ shape_divider_position=”bottom”][vc_column column_padding=”no-extra-padding” column_padding_position=”all” background_color_opacity=”1″ background_hover_color_opacity=”1″ column_shadow=”none” column_border_radius=”none” width=”1/3″ tablet_text_alignment=”default” phone_text_alignment=”default” column_border_width=”none” column_border_style=”solid”][vc_column_text]
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Esporão lança Bico Amarelo, um Vinho Verde branco

[vc_row type=”in_container” full_screen_row_position=”middle” scene_position=”center” text_color=”dark” text_align=”left” overlay_strength=”0.3″ shape_divider_position=”bottom”][vc_column column_padding=”no-extra-padding” column_padding_position=”all” background_color_opacity=”1″ background_hover_color_opacity=”1″ column_shadow=”none” column_border_radius=”none” width=”1/1″ tablet_text_alignment=”default” phone_text_alignment=”default” column_border_width=”none” column_border_style=”solid”][vc_column_text]É um blend de Loureiro, Alvarinho e Avesso, três grandes castas brancas da região do Vinho Verde, rainhas das sub-regiões do Lima, Monção e Melgaço e Baião, respectivamente. O Bico Amarelo é o novo vinho do Esporão, […]
[vc_row type=”in_container” full_screen_row_position=”middle” scene_position=”center” text_color=”dark” text_align=”left” overlay_strength=”0.3″ shape_divider_position=”bottom”][vc_column column_padding=”no-extra-padding” column_padding_position=”all” background_color_opacity=”1″ background_hover_color_opacity=”1″ column_shadow=”none” column_border_radius=”none” width=”1/1″ tablet_text_alignment=”default” phone_text_alignment=”default” column_border_width=”none” column_border_style=”solid”][vc_column_text]É um blend de Loureiro, Alvarinho e Avesso, três grandes castas brancas da região do Vinho Verde, rainhas das sub-regiões do Lima, Monção e Melgaço e Baião, respectivamente. O Bico Amarelo é o novo vinho do Esporão, e promete ser, segundo o produtor, “leve, fresco e equilibrado, sem qualquer adição de açúcar ou gás”.
José Luís Moreira da Silva, enólogo da Quinta do Ameal e criador do Bico Amarelo, explica o vinho: “O Bico Amarelo traduz e representa o melhor da diversidade da região dos Vinhos Verdes. Não só pela escolha das castas típicas da região, mas sobretudo pelos métodos de vinificação simples, com prensagem de cachos inteiros e fermentação em cubas de inox, a temperatura controlada, e o estágio diferenciador com bâtonnage, que vai permitir dar mais cremosidade, mais textura e um maior equilíbrio ao lote final”.
O Bico Amarelo Vinho Verde branco 2020 tem um p.v.p. recomendado de €4,99. Veja o vídeo em que José Luís Moreira da Silva fala sobre este novo vinho do Esporão:[/vc_column_text][vc_video link=”https://www.youtube.com/watch?v=eX5Cd2591o4&t=3s” align=”center”][/vc_column][/vc_row][vc_row type=”in_container” full_screen_row_position=”middle” scene_position=”center” text_color=”dark” text_align=”left” overlay_strength=”0.3″ shape_divider_position=”bottom”][vc_column column_padding=”no-extra-padding” column_padding_position=”all” background_color_opacity=”1″ background_hover_color_opacity=”1″ column_shadow=”none” column_border_radius=”none” width=”1/1″ tablet_text_alignment=”default” phone_text_alignment=”default” column_border_width=”none” column_border_style=”solid”][divider line_type=”Full Width Line” line_thickness=”1″ divider_color=”default”][/vc_column][/vc_row][vc_row type=”in_container” full_screen_row_position=”middle” scene_position=”center” text_color=”dark” text_align=”left” overlay_strength=”0.3″ shape_divider_position=”bottom”][vc_column column_padding=”no-extra-padding” column_padding_position=”all” background_color_opacity=”1″ background_hover_color_opacity=”1″ column_shadow=”none” column_border_radius=”none” width=”1/2″ tablet_text_alignment=”default” phone_text_alignment=”default” column_border_width=”none” column_border_style=”solid”][vc_column_text]
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Sugestão: Loureiro, a rainha do Lima

São várias as castas de uva que proliferam no Minho. Umas são bem conhecidas de todos, aparecendo em lugar de destaque nos rótulos das garrafas. Outras, um pouco mais obscuras, são hoje apenas curiosidades ampelográficas. Das primeiras, destacamos a variedade Loureiro, para muitos a melhor casta da região dos Vinhos Verdes. TEXTO João Paulo Martins […]
São várias as castas de uva que proliferam no Minho. Umas são bem conhecidas de todos, aparecendo em lugar de destaque nos rótulos das garrafas. Outras, um pouco mais obscuras, são hoje apenas curiosidades ampelográficas. Das primeiras, destacamos a variedade Loureiro, para muitos a melhor casta da região dos Vinhos Verdes.
TEXTO João Paulo Martins
As castas de uva têm por vezes características enigmáticas. Uma delas é a diferente apetência que mostram em querer viajar. Temos em Portugal exemplos para todas as situações, desde variedades que evidenciam muitas virtudes em todos os locais para onde foram levadas, caso da Alvarinho, mas também a Verdelho, Arinto ou Roupeiro, até outras que se quedaram na zona de origem e não deram mostras de querer viajar muito. Recordamos aqui o caso paradigmático da Encruzado e da que hoje tratamos, a Loureiro. No que respeita a esta variedade emblemática dos Vinhos Verdes, foram feitas algumas tentativas de a levar para outras zonas. Recordamos aqui que ela já esteve plantada na Quinta dos Carvalhais, no Dão, onde chegou a integrar, por uma única vez, um branco feito de lote entre Bical e Loureiro, na colheita de 2000. À época enólogo nessa quinta do Dão, Manuel Vieira disse à Grandes Escolhas que a casta produzia muito, mesmo muito, mas que “originava mostos com teor ácido baixo”, o que contraria a ideia que temos dela. A ideia de arrancar a vinha foi decisão empresarial, mas, na verdade, o tal 2000 Bical/Loureiro, ainda em 2019 dava mostras de estar em grande forma. Também na zona de Setúbal se fizeram experiências com a Loureiro. Domingos Sores Franco, enólogo da casa José Maria da Fonseca, confirmou que a casta foi para ali levada, há muitas décadas, pelo seu tio António Soares Franco. Ainda hoje tem cerca de 2ha de Loureiro plantados na zona de Azeitão, destinando-se o mosto para o lote do Quinta de Camarate branco doce, um vinho que nada tem a ver com vinhos doces de colheita tardia, mas que Domingos nos confirma ser um enorme sucesso, do qual se produzem 25.000 litros por ano. “Noto-lhe aromas de grande qualidade que lembram os que se conseguem no Minho, mas aqui tem menos acidez, tem mesmo uma certa gordura e peso na boca que funcionam muito bem no branco doce, onde a juntamos com a casta Alvarinho”, disse.
Uma casta produtiva
O vale do rio Lima, o solar do Loureiro, é bem distinto em configuração dos vales do Minho ou do Douro, importantes rios que atravessam a região dos Vinhos Verdes. O vale do Lima é amplo e largo, deixando entrar a influência atlântica bem dentro de terra.
Como já escreveu João Afonso em reportagem publicada neste revista, “em termos orográficos podemos dividir a sub-região do Lima em três zonas distintas: a zona mais litoral e ventosa de Viana, com vale aberto e pouca montanha; uma zona intermédia de Ponte de Lima (de Geraz do Lima até Jolda e Gondufe) ainda de vale aberto, mais protegido da nortada e já com traços de montanha; e a zona interior de Ponte da Barca e Arcos de Valdevez com vale mais estreito, de perfil montanhoso e com alguma continentalidade a misturar-se com o clima marítimo.”
A casta Loureiro gosta de frio, mas não aprecia vento. Segundo Anselmo Mendes, “prefere zonas mais abrigadas para evitar partir as varas e é exigente na gestão da sebe para que a vinha possa respirar. Produz bem, mas não convém deixar ir muito além das 10 ton/hectare para não perder carácter.” Esta produtividade, que se pode considerar normal na região do Verdes está, no entanto, muito acima do que encontramos noutras zonas do país, nomeadamente na vizinha região do Douro. José Luis Moreira da Siva é enólogo na quinta dos Murças (Douro) e, por via da aquisição por parte do Esporão da Quinta do Ameal, ficou também responsável pela viticultura e enologia desta propriedade minhota. As diferenças não podiam ser maiores, “é que estou a lidar com produções por hectare que são cinco vezes superiores às do Douro, com terrenos muito mais férteis e também muito mais propícios às doenças e pragas da vinha e tudo isso é um grande desafio”. José Luis confirma que apesar dessa pressão das doenças, é no Minho mais fácil assegurar uma produção regular, com solos ricos e água com fartura. A Quinta do Ameal esteve durante algum tempo certificada como bio, mas, foi-nos confirmada, essa certificação foi abandonada. O enólogo foi pragmático: “estamos a seguir tratamentos e práticas bio, mas se houver um ataque a sério avançamos com tratamentos químicos; não faz sentido perder a produção por falta de tratamentos. Estou de resto convencido que enquanto no Douro é mais fácil a certificação bio, aqui nos Verdes tenho muito mais dúvidas”.
Polivalente na adega
Na adega, a Loureiro mostra-se polivalente. Na Quinta do Ameal sempre se usou uma vinificação diferenciada, ora em inox ora em barricas usadas, praticando abundantemente a bâtonnage, mesmo no inox. Essa prática pode ser fundamental sobretudo se se pretende fazer um Loureiro que dure 20 anos na garrafa. No Ameal sempre existiu a preocupação de mostrar a longevidade da casta Loureiro, a única plantada na quinta e inúmeras provas confirmam amplamente que o tempo está muito mais ao lado da casta do que em tempos se pensava. Anselmo Mendes diz-nos que, “com o tempo, os aromas transformam-se e surgem algumas notas terpénicas que, essas sim, fazem lembrar o Riesling do Mosela”. No entanto, salienta ainda, “existem vários clones de interesse desigual, alguns originam vinhos com notas de Moscatel, mas eu prefiro uns clones que fazem vinhos mais discretos, mas que evoluem bem com o tempo”.
Além da fermentação em inox e barrica (mais usada do que nova), no Ameal estão a fazer-se ensaios com ovos e túlipas de cimento. E trabalhar com teores alcoólicos na casa dos 11,5% de “chega perfeitamente, não precisamos de mais”, confirma Moreira da Silva.
Mesmo nas outras sub-regiões dos Verdes onde a Loureiro entra em lote com outras variedades, os resultados são compensadores. É boa a ligação com a casta Arinto e está em desuso o lote com a Trajadura, uma variedade que recolhe cada vez menos adeptos. Como nos diz Anselmo Mendes, “em tempos era usada para fazer baixar a acidez do Alvarinho, mas hoje já se usa menos”. E em Valença, bem perto da zona de Monção e Melgaço, mas fora da sub-região, a casta Loureiro dá resultados muito interessantes.
Tal como acontece noutras sub-regiões dos Vinho Verdes, o Vale do Lima é a pátria da casta Loureiro, é ali sem dúvida que melhor se expressa e também a casta que melhor expressa as virtudes daquele terroir. Já na sub-região do Sousa impera a Arinto, em Baião a Avesso, exemplos que nos mostram que, embora viajantes, as castas encontram por vezes razões de sobra para não saírem de onde estão.
SABIA QUE…
Loureiro, uma variedade das terras friasA casta Loureiro é, do ponto de vista económico, a variedade mais importante da região dos Vinhos Verdes. É no vale do rio Lima que ela melhor mostra as suas virtudes. Casta produtiva, gosta sobretudo de zonas onde se faça ainda sentir a influência atlântica, contribuindo com elevada acidez para os mostos. Por esta razão é aqui, na sub-região do Lima, que melhores resultados origina. As zonas mais interiores, de Basto até Baião e Amarante já não lhe convêm porque perde rapidamente a acidez, característica marcante desta casta. Gera vinhos de teor alcoólico médio, mas muito aromáticos, razão pela qual é muito procurada pelos viticultores. Também presente nas Rias Baixas tem aí, no entanto, um peso muito residual, uma vez que a região é quase monocultura de Alvarinho. Apesar de gerar boas produções, não se pode deixar produzir demais porque depois perde aromas. Prefere solos férteis e abundância de água, mostrando muitas dificuldades para enfrentar o stress hídrico. Existem vários clones certificados desta casta sendo mais cotado o que gera o cacho com bagos pequenos e coloração dourada. Segundo informação da CVR dos Vinhos Verdes, existem 189 marcas válidas de vinhos varietais de Loureiro, correspondendo a 111 engarrafadores. Até aos anos 80 do século passado não existiam no mercado vinhos varietais de Loureiro e foi então nessa década que surgiram os primeiros varietais de Loureiro, da Adega Cooperativa Ponte de Lima e de alguns produtores engarrafadores, como a Quinta de S. Cláudio, Casa dos Cunhas ou Quinta do Luou.
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Vinhos Verdes lançam programa gratuito de formações para empresas da região

Depois de, na semana passada, ter anunciado a anulação de várias taxas e custos imputáveis aos produtores de vinho da região, a Comissão de Viticultura da Região dos Vinhos Verdes (CVRVV) lança agora um programa de 15 formações online, de inscrição gratuita, realizadas pela Academia do Vinho Verde. A decorrer durante este trimestre, através de […]
Depois de, na semana passada, ter anunciado a anulação de várias taxas e custos imputáveis aos produtores de vinho da região, a Comissão de Viticultura da Região dos Vinhos Verdes (CVRVV) lança agora um programa de 15 formações online, de inscrição gratuita, realizadas pela Academia do Vinho Verde.
A decorrer durante este trimestre, através de sessões no Microsoft Teams, este programa de webinars pretende reforçar a capacitação das empresas produtoras de Vinho Verde e destina-se a todas as áreas da fileira, sendo organizado em parceria com entidades e profissionais reputados.
As inscrições podem ser efectuadas aqui. A CVRVV adverte: “Dado a formação ter um limite de participantes máximo e para que mais participantes tenham acesso, cada inscrito pode inscrever-se em dois webinars. Caso tenha interesse em mais do que duas fica em lista de suplentes e poderá ser integrado no grupo caso haja desistências”.
O programa:
Adega de Monção com nova imagem institucional

O ano 2021 promete ser de renovação para a Adega Cooperativa Regional de Monção, a começar pela nova imagem institucional que o produtor agora apresenta. O rebranding tem assinatura do Atelier Rita Rivotti, e foi pensado para “aproximar a marca ao consumidor final e espelhar as tradições da sub-região de Monção e Melgaço”, refere a […]
O ano 2021 promete ser de renovação para a Adega Cooperativa Regional de Monção, a começar pela nova imagem institucional que o produtor agora apresenta.
O rebranding tem assinatura do Atelier Rita Rivotti, e foi pensado para “aproximar a marca ao consumidor final e espelhar as tradições da sub-região de Monção e Melgaço”, refere a empresa. A protagonista do novo logotipo da Adega de Monção é Deu-La-Deu a segurar um cacho de uvas, esta que é o símbolo máximo da Adega. Já o lettering é inspirado nos primeiros rótulos do produtor.
Armando Fontaínhas, presidente da Adega de Monção, explica: “Já não alterávamos o nosso logo desde os anos 90 e achamos que esta era a altura ideal. O novo ano é renovação e assim apresentamos uma nova imagem ao público. Para esta tarefa escolhemos a Rita Rivotti, que soube interpretar aquilo que a nossa marca transmite: autenticidade, conhecimento, inovação e tradição”. Ainda sobre o logo, Armando Fontaínhas esclarece que se trata de “uma homenagem a Deu-La-Deu Martins (personagem lendária da história de Monção) pelo que fez pelo povo Monçanense, mas acima de tudo à figura da Mulher. O novo logo representa ainda um tributo ao matriarcado das famílias do Alto Minho, uma posição de poder e independência que se tem reforçado ao longo dos séculos”.