Ramos Pinto não declara Vintage 2016
“O ano de 2016 caracterizou-se por uma série de eventos climáticos que afectaram gravemente o bom desenvolvimento das vinhas da Quinta de Ervamoira. Foram registados dois episódios de trovoada e granizo no mês de Julho, que contribuíram substancialmente para a decisão” de a Ramos Pinto optar por não declarar Porto Vintage da Casa. As aspas […]
“O ano de 2016 caracterizou-se por uma série de eventos climáticos que afectaram gravemente o bom desenvolvimento das vinhas da Quinta de Ervamoira. Foram registados dois episódios de trovoada e granizo no mês de Julho, que contribuíram substancialmente para a decisão” de a Ramos Pinto optar por não declarar Porto Vintage da Casa. As aspas indicam a justificação da empresa duriense em comunicado de imprensa, que acrescenta: a Ramos Pinto “apenas declara em anos nos quais os vinhos revelam ser de excepcional qualidade. Os critérios de selecção são rígidos e, como consequência, as quantidades produzidas são invariavelmente reduzidas.
As uvas que dão origem ao Vintage Ramos Pinto provêm de 3 das 4 quintas da Casa: da Quinta do Bom Retiro e da Quinta da Urtiga, situadas em Cima Corgo, e ainda da Quinta de Ervamoira, localizada no Douro Superior.
Jorge Rosas, administrador da Ramos Pinto, afirma que “A decisão de declarar ou não Vintage é tomada pela Ramos Pinto exclusivamente em função da qualidade das uvas vindimadas, que têm obrigatoriamente de ser extraordinárias”. Acrescenta ainda que “(…) sempre foi assim e é uma regra da Casa que nos orgulhamos de manter” declara o CEO da empresa.
Historicamente, a Casa Ramos Pinto declara Vintage aproximadamente 3 vezes a cada 10 anos. Na presente década, até à data, foram produzidos em 2011 e em 2015.
Porto Vintage 2016 encaminha-se para ano “clássico”
Symington Family Estates, Sogrape Vinhos, Sogevinus, Quinta do Noval e Quinta da Romaneira são alguns dos produtores de Vinho do Porto que já declararam que 2016 será ano de Vintage clássico. Os enólogos e produtores destas casas foram definitivos em identificar este ano como “excepcional” para o Vinho do Porto. Por exemplo, Charles Symington declarou […]
Symington Family Estates, Sogrape Vinhos, Sogevinus, Quinta do Noval e Quinta da Romaneira são alguns dos produtores de Vinho do Porto que já declararam que 2016 será ano de Vintage clássico. Os enólogos e produtores destas casas foram definitivos em identificar este ano como “excepcional” para o Vinho do Porto. Por exemplo, Charles Symington declarou que “os Portos Vintage 2016 são excepcionais, com taninos que estão entre os mais refinados de sempre”. O director de produção da Symington falou ainda de vinhos com “estrutura e equilíbrio, com acidez, taninos e cor num raro alinhamento perfeito”.
Já Luís Sottomayor, o enólogo da Sogrape, realça a “robustez e estrutura” dos vinhos da colheita de 2016 e antecipa um perfil de Vintage “com níveis de complexidade, cor e estrutura absolutamente excepcionais, com taninos presentes, perfeitos para evoluírem na garrafa durante muitos anos”.
A boa matéria prima terá sido fundamental para os Portos Vintage de 2016. Christian Seely, Director Geral da Quinta do Noval, não hesita em dizer que “fazer os blends do Vintage da Quinta do Noval foi uma experiência emocionante. Os vinhos individuais que entraram no lote eram maravilhosos, e temos a certeza de que o blend final do nosso 2016 será um dos grandes Portos Vintage históricos da Quinta do Noval”.
Climatericamente, o ano de 2016 também ajudou, claro, especialmente alguma chuva que caiu em 12 e 13 de Setembro desse ano. Quem se antecipou na vindima, com medo que a chuva fosse excessiva ou porque dependia de terceiros, não conseguiu colher uvas tão boas como os que esperaram. Charles Symington deu extrema ênfase ao período pós-chuva: “2016 foi um ano em que interpretar correctamente os sinais na vinha se revelou crucial. (…) Os melhores Portos da Symington de 2016 foram produzidos durante este período, sob céu limpo”. Mas, com vindimas que se prolongaram até Outubro, “foi necessário correr alguns riscos”, termina o técnico.
Na Symington pode esperar pelos Cockburn, Dow’s, Graham’s, Warre’s, Quinta do Vesúvio. Na Sogrape, os Vintage 2016 serão, como usual das marcas Ferreira, Sandeman e Offley. A Quinta do Noval vai lançar os seus dois topos, o Quinta do Noval e o Quinta do Noval Nacional, o mesmo acontecendo com o Quinta da Romaneira Vintage, marca que tem ligações estreitas à Noval. No grupo Sogevinus falamos das marcas Kopke, Burmester, Cálem e Barros.
Não se pode ainda falar de declaração generalizada de Vintage porque faltam ainda algumas empresas anunciarem a sua decisão. Entre elas, avulta o grupo Fladgate, que tem a Taylor’s e Fonseca como marcas mais conhecidas e que é muito importante nas chamadas ‘categorias especiais’, que englobam os Vinhos do Porto com maior valor comercial. Outras casas, como Ramos Pinto, Poças ou Niepoort, por exemplo, ainda não deram sinais, mas esta última, pelo menos, não deverá declarar 2016.
Inovador nesta sucessão de declarações foi o facto de algumas casas “portuguesas”, como a Sogrape, não terem esperado pelas firmas “inglesas” (Symington e Fladgate) para avançar, ao contrário do modelo habitual, em que as britânicas lideram o processo de declaração. Por outro lado, a aposta em 2016 coloca evidente pressão sobre a colheita de 2017, também ela de excepcional qualidade para o Vinho do Porto. Mas declarar dois anos consecutivos tem sido até agora um “tabu” no sector… (AF e LL)
Symington declara Vintage 2016
Pela quarta vez desde 2000 e pela primeira desde a mítica colheita de 2011, a Symington Family Estates declarou o Porto Vintage 2016 para todas as suas casas. Em comunicado, a empresa classifica os vinhos desse ano como “excepcionais, com taninos que estão entre os mais refinados de sempre”. A produção de cada um dos […]
Pela quarta vez desde 2000 e pela primeira desde a mítica colheita de 2011, a Symington Family Estates declarou o Porto Vintage 2016 para todas as suas casas. Em comunicado, a empresa classifica os vinhos desse ano como “excepcionais, com taninos que estão entre os mais refinados de sempre”. A produção de cada um dos Portos 2016 da família é cerca de 20 por cento inferior ao anterior Vintage declarado, algo que a Symington justifica com a rigorosa seleção das uvas na sala de provas.
Todos os Vintage Symington 2016 provêm de quintas próprias onde o enólogo Charles Symington e a sua equipa de viticultura estiveram diariamente, desde meados de Agosto até princípios de Outubro, de modo a realizarem os imprescindíveis estudos de maturação. Os Vintage foram produzidos nas cinco pequenas adegas de lagares da Symington, empregando o método tradicional de pisa, associado aos grandes Porto.
O Inverno de 2015/16 foi mais chuvoso do que a média, sendo que a pluviosidade atuou como contrapeso vital ao Verão quente que se verificou no Douro. As temperaturas altas do início de Setembro motivaram uma vindima precipitada por parte de alguns produtores, mesmo que fosse claro, para os que monitorizavam as vinhas, que as uvas não estavam prontas. Para além disso, a meteorologia previa chuva e, efetivamente, aguaceiros providenciais acabariam mesmo por chegar nos dias 12 e 13 desse mês. “2016 foi um ano em que interpretar corretamente os sinais na vinha se revelou crucial”, sublinha Charles Symington, afirmando ainda que “foi também necessário correr alguns riscos”. Pelos vistos, valeu a pena.
Sogrape declara três Vintage da colheita de 2016
O ano de 2016 foi excepcional para o Vinho do Porto, considera a Sogrape, que agora anunciou a declaração Vintage para três marcas: Ferreira, Sandeman e Offley. O produtor destaca a “harmonia e elegância” do Porto Ferreira, a “robustez e profundidade” do Sandeman e a “irreverência e juventude” do Offley. Citado em comunicado da Sogrape […]
O ano de 2016 foi excepcional para o Vinho do Porto, considera a Sogrape, que agora anunciou a declaração Vintage para três marcas: Ferreira, Sandeman e Offley. O produtor destaca a “harmonia e elegância” do Porto Ferreira, a “robustez e profundidade” do Sandeman e a “irreverência e juventude” do Offley.
Citado em comunicado da Sogrape Vinhos, Luís Sottomayor, o enólogo que assina as três novidades que estão para chegar, realça a “robustez e estrutura” dos vinhos da colheita de 2016 e antecipa um perfil de Vintage “com níveis de complexidade, cor e estrutura absolutamente excecionais, com taninos presentes, perfeitos para evoluírem na garrafa durante muitos anos”.
O ano de 2016 caracterizou-se, em termos climáticos, por um Inverno seco e ameno, uma Primavera fria e chuvosa e um Verão ameno com alguns picos de calor e noites frias. As vinhas retribuíram com uvas de grande qualidade, que possibilitam a declaração Vintage, reservada para anos de grande expressão.