Quinta do Noval e Romaneira declaram Vintage 2018

A Quinta do Noval e a Quinta da Romaneira, diferentes empresas do Douro que partilham o mesmo administrador – Christian Seely – acabam de declarar os respectivos Vintage 2018. Em relação ao Noval, Seely comentou: “Não será porventura uma surpresa estarmos a declarar o Quinta do Noval Vintage. (…) Como sempre, o Porto Vintage Quinta […]

A Quinta do Noval e a Quinta da Romaneira, diferentes empresas do Douro que partilham o mesmo administrador – Christian Seely – acabam de declarar os respectivos Vintage 2018.

Em relação ao Noval, Seely comentou: “Não será porventura uma surpresa estarmos a declarar o Quinta do Noval Vintage. (…) Como sempre, o Porto Vintage Quinta do Noval é feito exclusivamente a partir de uvas da nossa Quinta, no coração do Douro, e a quantidade engarrafada (1600 caixas) do Porto Vintage 2018 representa apenas 7% da produção da Quinta, como é hábito uma selecção muito rigorosa das melhores vinhas para fazer o lote Quinta do Noval. Tanto a Touriga Nacional como a Touriga Franca sobressaíram em 2018, em particular a Franca, que beneficiou das condições ideais de maturação, e este lote de vinho do Porto Vintage é dominado por estas duas castas”.

Já sobre o Romaneira, o administrador disse: “(…) Um terço da produção das nossas vinhas é dedicada ao vinho do Porto, pisada em lagares de aço inoxidável na nossa moderna adega, no alto da quinta. Da vindima de 2018, seleccionámos uma pequena parte dessa produção para fazer este vinho, que consideramos vir a ser um marco no restabelecimento da reputação da Romaneira como produtora de grandes Porto Vintage”. Do Quinta da Romaneira Vintage 2018, foram produzidas 555 caixas.

Ramos Pinto anuncia Quinta do Bom Retiro Vintage 2018

A Ramos Pinto, clássica empresa do Douro e Porto que tem Ana Rosas como Master Blender, acaba de anunciar o lançamento do vinho do Porto Vintage 2018 da Quinta do Bom Retiro. Em comunicado de imprensa, a Ramos Pinto descreve o ano vitícola de 2018, nesta mesma quinta: “(…) o Inverno de 2018 foi frio, […]

A Ramos Pinto, clássica empresa do Douro e Porto que tem Ana Rosas como Master Blender, acaba de anunciar o lançamento do vinho do Porto Vintage 2018 da Quinta do Bom Retiro.

Em comunicado de imprensa, a Ramos Pinto descreve o ano vitícola de 2018, nesta mesma quinta: “(…) o Inverno de 2018 foi frio, seco e registou baixos níveis de precipitação. Com o início da Primavera, surgiram finalmente chuvas intensas e abundantes, acompanhadas de temperaturas frescas, que não só atrasaram a vindima, como dificultaram os trabalhos na vinha. (…) Agosto e Setembro, os dois meses cruciais para maturação das uvas, foram extremamente secos e quentes, permitindo atingir o estado desejado para a colheita”.

Assim, Ana Rosas declara que “2018 foi um dos anos mais desafiantes a nível vitícola, mas resultou em vinhos de uma pureza e fruta excepcional!”.

Inédito! Symington faz primeiro lançamento digital mundial de Porto Vintage

Depois de, no ano passado, se ter assistido à declaração inédita de Porto Vintage de dois anos consecutivos na história da família – 2016 e 2017 foram declarações clássicas –, a Symington Family Estates acaba de anunciar o lançamento dos seus Vintage 2018 – oriundos de seis das principais propriedades da família – através daquela […]

Depois de, no ano passado, se ter assistido à declaração inédita de Porto Vintage de dois anos consecutivos na história da família – 2016 e 2017 foram declarações clássicas –, a Symington Family Estates acaba de anunciar o lançamento dos seus Vintage 2018 – oriundos de seis das principais propriedades da família – através daquela que será a primeira apresentação de um Porto Vintage digital a nível mundial, no dia 14 de Maio. Dado o seu carácter internacional, a apresentação online será feita em língua inglesa e para assistir é necessário o registo prévio, aqui.

Em comunicado de imprensa, a Symington recorda o ano de 2018: “Foram produzidas pequenas quantidades de Porto Vintage, que devido às alterações climatéricas sofreram um ciclo de crescimento irregular. Apesar dos desafios impostos por uma seca prolongada no inverno, chuvas fortes na primavera e ondas de calor durante a fase final das maturações, os vinhos caracterizam-se por uma acidez e frescura que reflectem as características específicas de cada uma das parcelas dentro das várias propriedades. Dentro das castas, destaca-se a Touriga Franca, de maturação tardia, que sobressaiu durante a vindima soalheira. Apesar das produções terem sido baixas, cerca de 11 por cento abaixo da média de dez anos das vinhas da Symington, o resultado são vinhos com uma grande concentração”.

Dos seis Porto Vintage hoje anunciados, a família seleccionou dois vinhos para lançar en primeur, já este ano: o Quinta do Vesúvio e o Quinta da Senhora da Ribeira. Por enquanto, os outros Vintage de Quinta do ano de 2018 – como o Graham’s Quinta dos Malvedos, Dow’s Quinta do Bomfim, Warre’s Quinta da Cavadinha e Cockburn’s Quinta dos Canais – vão envelhecer nas caves da Symington, localizadas em Vila Nova de Gaia, para futuro lançamento.

Charles Symington, enólogo da quarta geração da Symington Family Estates explica, no comunicado, como são tomadas as decisões: “A cada Primavera provamos os melhores Porto novos, oriundos de cada uma das nossas principais quintas, de há 18 meses. Este é o ponto de partida para revermos o potencial Vintage de cada ano e, a partir daí, decidir o que lançar. Seja uma “super” lotação que reúna o melhor das principais quintas de cada casa – que designamos Vintage declarado clássico – ou, como em 2018, a expressão suprema dos terroir do Douro, como Portos Vintage individuais de Quinta ou Single Quinta. Estes incríveis Porto Vintage novos representam o expoente absoluto da produção do ano, elaborados em pequenas quantidades, nas pequenas adegas especializadas de cada propriedade, e acredito que proporcionarão muito prazer ao longo das próximas décadas”.

Sogrape declara Vintage 2018 para Ferreira, Sandeman e Offley

No meio de um tempo conturbado, chega-nos uma animadora notícia por parte da Sogrape: a empresa acaba de declarar Vintage 2018 para as marcas Ferreira, Sandeman e Offley. Em comunicado de imprensa, a Sogrape lembra as adversidades aparentes do ano vitícola 2018 que, segundo Luís Sottomayor (enólogo responsável pelos vinhos Douro e Porto da empresa), […]

No meio de um tempo conturbado, chega-nos uma animadora notícia por parte da Sogrape: a empresa acaba de declarar Vintage 2018 para as marcas Ferreira, Sandeman e Offley.

Em comunicado de imprensa, a Sogrape lembra as adversidades aparentes do ano vitícola 2018 que, segundo Luís Sottomayor (enólogo responsável pelos vinhos Douro e Porto da empresa), acabaram por se revelar muito favoráveis à produção de vinho do Porto Vintage. “O ano 2018 é dos melhores, se não o melhor, ano Vintage a que assisti”, afirma Sottomayor. “Do cenário muito particular vivido na vindima de 2018, resultaram vinhos que aliam uma elegância extraordinária a uma estrutura fora do comum, proporcionando uma óptima complexidade e harmonia, com um grande potencial de envelhecimento”, conclui.

Aguardam-se, assim, três Vintage de carácter clássico e excelente qualidade para Sandeman, Offley e Ferreira.

Dom Pérignon lança Edição Limitada Lenny Kravitz

Um ano depois da Dom Pérignon nomear Lenny Kravitz como director criativo, é lançada uma edição exclusiva e limitada do Champagne Dom Pérignon Vintage 2008, com a assinatura do artista. A Portugal, chegam apenas 150 garrafas, disponíveis Club do Gourmet do Corte Inglés por €199. Lenny Kravitz (e o seu estúdio Kravitz Design) aprimorou o […]

Um ano depois da Dom Pérignon nomear Lenny Kravitz como director criativo, é lançada uma edição exclusiva e limitada do Champagne Dom Pérignon Vintage 2008, com a assinatura do artista. A Portugal, chegam apenas 150 garrafas, disponíveis Club do Gourmet do Corte Inglés por €199. Lenny Kravitz (e o seu estúdio Kravitz Design) aprimorou o icónico rótulo, através da manufactura de ourives, tendo o escudo sido trabalhado com metal martelado.

O músico tem já um longo relacionamento com a Maison Dom Pérignon. Verdadeiro conhecedor das bolhinhas desta casa, é também amigo do chefe de cave, Richard Geoffroy. Após várias trocas criativas, esta colaboração com a Maison é, acima de tudo, uma história de amizade autêntica.

Inédito: Symington anuncia primeira declaração Vintage consecutiva

A família Symington acaba de anunciar o ano de 2017 como Porto Vintage, que assinala a primeira declaração geral de dois Vintage consecutivos na história da família, desde que Andrew James Symington chegou ao Porto em 1882. O anúncio — apenas a 6.ª declaração Vintage do século XXI — fecha um período de intenso debate […]

A família Symington acaba de anunciar o ano de 2017 como Porto Vintage, que assinala a primeira declaração geral de dois Vintage consecutivos na história da família, desde que Andrew James Symington chegou ao Porto em 1882. O anúncio — apenas a 6.ª declaração Vintage do século XXI — fecha um período de intenso debate dentro do sector sobre se 2017 justificaria uma plena declaração, uma vez que a qualidade do elogiado 2016 elevou muito a fasquia.

Este é um momento marcante na longa história da família e resulta de dois anos sucessivos muito diferentes, mas de elevadíssima qualidade para vinho do Porto. Os vinhos de 2017 foram produto de um ciclo da vinha adiantado que culminou na vindima mais precoce no percurso de 137 anos dos Symington. O comunicado de imprensa refere o facto de ter sido um ano bastante mais quente e seco do que o normal, dando origem a bagos compactos em excelentes condições, com produções entre as mais baixas deste século — 20% inferiores à média da última década. Apesar da vindima ter arrancado em Agosto, as maturações apresentaram-se muito equilibradas, o que originou vinhos caracterizados por grande intensidade, concentração e estrutura, conjugado com aromas e frescura elevados.

Estes Porto Vintage 2017, feitos com uvas das principais quintas durienses dos Symington, irão brevemente para o mercado em quantidades muito limitadas de Graham’s, Dow’s, Warre’s e Quinta do Vesúvio, além de Graham’s Stone Terraces e Capela da Quinta do Vesúvio (2017 será apenas a quarta edição destes dois últimos vinhos, produzidos unicamente “em anos verdadeiramente excepcionais”). Dadas as produções muito baixas, o Porto Vintage 2017 é, em quantidade, a mais “pequena” declaração Symington do século XXI, com os volumes en primeur cerca de um terço abaixo do 2016.

Charles Symington, enólogo principal da Symington Family Estates, mostrou-se impressionado com os vinhos de 2017: “Nos meus 25 anos como enólogo na nossa empresa familiar, nunca vi um ano como este. As produções foram muito baixas, mas a intensidade, concentração e estrutura foram de cortar a respiração. Produzimos vinhos muito bons”.

Já Johnny Symington, Chairman da Symington Family Estates, enalteceu os motivos que conduziram a esta decisão inédita: “Poucas regiões de vinhos do mundo restringem as produções de vinhos de topo com o mesmo grau de exigência que seguimos no Douro, e a decisão de declarar Portos Vintage em dois anos consecutivos não foi tomada de ânimo leve. Contudo, estes dois anos excepcionais produziram vinhos de qualidade tão elevada que tornou incontornável esta decisão histórica”.

Veja o vídeo da Declaração Symington:

Quinta do Pôpa lança Touriga Franca e estreia-se no vinho do Porto

TEXTO Mariana Lopes            FOTO cortesia Quinta do Pôpa Foi no início de Fevereiro que o produtor duriense de Tabuaço lançou, num delicioso brunch vínico do novo espaço Wine Room Lisboa, o seu mais recente monovarietal Pôpa TF e a estreia Quinta do Pôpa Vintage 2016. A propriedade, hoje nas mãos […]

TEXTO Mariana Lopes            FOTO cortesia Quinta do Pôpa

Foi no início de Fevereiro que o produtor duriense de Tabuaço lançou, num delicioso brunch vínico do novo espaço Wine Room Lisboa, o seu mais recente monovarietal Pôpa TF e a estreia Quinta do Pôpa Vintage 2016.
A propriedade, hoje nas mãos dos irmãos Stéphane e Vanessa Ferreira, tem o nome do avô Francisco Ferreira, conhecido como Pôpa, e está nas mãos destes últimos e do pai desde 2003. Tendo o projecto começado com Luís Pato na enologia, agora é João Menezes está nesse papel, extraindo o melhor dos quatorze hectares de vinha.
O novo Pôpa TF tinto 2016, Touriga Franca estreme, vem juntar-se a uma colecção de vinhos posicionados quase no topo do portfólio da casa: o VV, de Vinhas Velhas; o TN, de Touriga Nacional; e o TR, de Tinta Roriz. A Touriga Franca foi plantada na Quinta do Pôpa em 2003, mas só dez anos depois começaram a trabalhá-la. “Identificámo-nos muito com esta Touriga Franca de 2016, por isso decidimos lançá-la”, revelou Stéphane. Pisado a pé e fermentado em lagar, fez fermentação maloláctica e estágio de doze meses em barricas de carvalho francês, de onde saíram 1882 garrafas.
O Quinta do Pôpa Vintage 2016 é o primeiro da sua espécie para este produtor e originou 2750 garrafas. Criado com uvas das vinhas mais velhas da propriedade, este vinho é uma homenagem ao pai José Ferreira, o homem que concretizou o sonho duriense do avô Pôpa. Stéphane explicou: “Este Vintage é muito o nosso perfil, menos doce e mais seco, como gostamos” – e continuou – “Quisemos dar a algo clássico um toque mais jovem e moderno”. O packaging deste vinho vai de encontro a esta máxima, com um rótulo de traços modernos, de estanho, e uma caixa onde se vê uma fotografia de José Ferreira com o seu saxofone, instrumento que tocava na banda que tinha com os amigos, de nome Apocalipse Now.
As notas de prova das duas novidades Quinta do Pôpa podem ser consultadas na secção Vinhos do Mês da edição de Março da Grandes Escolhas.

Choo choo!… Lá vai o comboio Vintage

[vc_row type=”in_container” full_screen_row_position=”middle” scene_position=”center” text_color=”dark” text_align=”left” overlay_strength=”0.3″ shape_divider_position=”bottom”][vc_column column_padding=”no-extra-padding” column_padding_position=”all” background_color_opacity=”1″ background_hover_color_opacity=”1″ column_shadow=”none” column_border_radius=”none” width=”1/1″ tablet_text_alignment=”default” phone_text_alignment=”default” column_border_width=”none” column_border_style=”solid”][vc_column_text]A apresentação dos oito Porto Vintage 2016 da Symington teve lugar na Quinta do Bomfim, no Pinhão. À ida e à volta, apanhámos o Comboio Presidencial. Uma experiência Vintage, a dobrar… TEXTO Mariana Lopes e Valéria Zeferino […]

[vc_row type=”in_container” full_screen_row_position=”middle” scene_position=”center” text_color=”dark” text_align=”left” overlay_strength=”0.3″ shape_divider_position=”bottom”][vc_column column_padding=”no-extra-padding” column_padding_position=”all” background_color_opacity=”1″ background_hover_color_opacity=”1″ column_shadow=”none” column_border_radius=”none” width=”1/1″ tablet_text_alignment=”default” phone_text_alignment=”default” column_border_width=”none” column_border_style=”solid”][vc_column_text]A apresentação dos oito Porto Vintage 2016 da Symington teve lugar na Quinta do Bomfim, no Pinhão. À ida e à volta, apanhámos o Comboio Presidencial. Uma experiência Vintage, a dobrar…

TEXTO Mariana Lopes e Valéria Zeferino
NOTAS DE PROVA Valéria Zeferino e Luís Lopes
FOTOS Adriano Ferreira Borges – cortesia Symington

The Presidential. O comboio português que transportou Presidentes, Reis e Papas desde a sua construção, em 1890, até ser retirado de circulação, em 1970. D. Luís I e sua corte serviram-se do, outrora, Comboio Real, bem como, mais tarde, a rainha britânica Isabel II ou Sua Santidade Paulo VI. A composição, após a República apelidada de Comboio Presidencial, foi restaurada em 2010 e faz cerca de vinte viagens gastronómicas de luxo por ano, com chefs reputados a servir menus de degustação.
Com os oito Vintage 2016 da Symington Family Estates à nossa espera na Quinta do Bomfim, a viagem a bordo deste comboio, que nos levou até eles, foi inesquecível. Chegados à estação de São Bento, num Porto soalheiro, ali estava a bela máquina azul, de pintura imaculada e pose quase superior, de fazer inveja à frota moderna parada nas outras linhas. No interior esperava-nos o mesmo cenário de há cinquenta anos, as mesmas cabinas com seis largas poltronas vermelhas listadas e espaços de lazer e refeição com a classe de um século que já não é o nosso. Já em andamento (pouca-terra, pouca-terra…), o chef Pedro Lemos e a sua equipa serviram um pequeno-almoço sem modéstias (à volta, um almoço à medida dos vinhos Symington que com ele harmonizaram, novos e velhos).[/vc_column_text][/vc_column][/vc_row][vc_row type=”in_container” full_screen_row_position=”middle” scene_position=”center” text_color=”dark” text_align=”left” overlay_strength=”0.3″ shape_divider_position=”bottom”][vc_column centered_text=”true” column_padding=”no-extra-padding” column_padding_position=”all” background_color_opacity=”1″ background_hover_color_opacity=”1″ column_shadow=”none” column_border_radius=”none” width=”1/1″ tablet_text_alignment=”default” phone_text_alignment=”default” column_border_width=”none” column_border_style=”solid”][vc_gallery type=”nectarslider_style” images=”27617,27618″ bullet_navigation_style=”see_through” onclick=”link_no”][/vc_column][/vc_row][vc_row type=”in_container” full_screen_row_position=”middle” scene_position=”center” text_color=”dark” text_align=”left” overlay_strength=”0.3″ shape_divider_position=”bottom”][vc_column column_padding=”no-extra-padding” column_padding_position=”all” background_color_opacity=”1″ background_hover_color_opacity=”1″ column_shadow=”none” column_border_radius=”none” width=”1/1″ tablet_text_alignment=”default” phone_text_alignment=”default” column_border_width=”none” column_border_style=”solid”][vc_column_text]Durante a viagem, a conversa entre convidados e anfitriões foi impulsionada pela expectativa de conhecer os novos Vintage e pelo ar morno que entrava pelas janelas. Johnny Symington, Joe Álvares Ribeiro e Miguel Potes acompanhavam-nos e lá, no Bomfim, aguardavam-nos Paul, Charles, Dominic e Rupert Symington.
Paul, que começou em 1979, está prestes a retirar-se, segundo a tradição da família (por via do seu 65º aniversário), e esta foi a sua última declaração de Vintage. Ao lado do enólogo e primo Charles, apresentou os vinhos com certeza nas palavras: “Trabalho há 40 anos nesta empresa e só 10 vezes declarámos vintage. Uma declaração não é ‘fabricada’ quando convém: é feita somente quando o vinho é realmente bom.”
Apesar disso, hoje em dia faz-se menos quantidade de Vintage do que há alguns anos, pois há mais vindimas de qualidade, mas a exigência para um vinho destes é cada vez maior. “Hoje estes momentos são ainda mais importantes, porque estamos a competir com os melhores do mundo, na Borgonha ou em Bordéus”, confessou Paul. As palavras de quem esteve 39 anos à frente de uma empresa de Vinho do Porto foram sérias, mas logo veio o tom brincalhão, quando atirou: “Eu e os meus primos somos completamente doidos. Qualquer contabilista o diria!” Sem papas na língua, referiu-se aos avolumados investimentos que a família tem feito no Douro, e esclareceu: “Todo o nosso dinheiro, nos últimos trinta anos, foi para uma coisa só, o investimento na vinha. Nesse aspecto, ninguém levou esta terra tão longe como nós.” E esta prática vai continuar, em tecnologia avançada para as suas nove adegas, nos vinhedos e em dois novos restaurantes, no Bomfim e nas caves Cockburn’s, em Gaia. “Queremos maximizar o prestígio do Douro e do Vinho do Porto”, adiantou.
Paul, que entrou num momento em que a procura por Porto Vintage era muito forte, reconhece que, a partir do final dos anos 80, esse desejo por Vintage abrandou consideravelmente. Com os Vintage de 2011, pela primeira vez num quarto de século, houve uma grande valorização: o Dow’s desse ano hoje vale bem mais do dobro, com cada caixa a custar para cima de 1500 euros. É esta a magia dos Vintage, esperar para descobrir o que está para vir.[/vc_column_text][/vc_column][/vc_row][vc_row type=”in_container” full_screen_row_position=”middle” scene_position=”center” text_color=”dark” text_align=”left” overlay_strength=”0.3″ shape_divider_position=”bottom”][vc_column column_padding=”no-extra-padding” column_padding_position=”all” background_color_opacity=”1″ background_hover_color_opacity=”1″ column_shadow=”none” column_border_radius=”none” width=”1/1″ tablet_text_alignment=”default” phone_text_alignment=”default” column_border_width=”none” column_border_style=”solid”][image_with_animation image_url=”27613″ alignment=”” animation=”Fade In” border_radius=”none” box_shadow=”none” max_width=”100%”][/vc_column][/vc_row][vc_row type=”in_container” full_screen_row_position=”middle” scene_position=”center” text_color=”dark” text_align=”left” overlay_strength=”0.3″ shape_divider_position=”bottom”][vc_column column_padding=”no-extra-padding” column_padding_position=”all” background_color_opacity=”1″ background_hover_color_opacity=”1″ column_shadow=”none” column_border_radius=”none” width=”1/1″ tablet_text_alignment=”default” phone_text_alignment=”default” column_border_width=”none” column_border_style=”solid”][divider line_type=”No Line” custom_height=”20″][/vc_column][/vc_row][vc_row type=”in_container” full_screen_row_position=”middle” scene_position=”center” text_color=”dark” text_align=”left” overlay_strength=”0.3″ shape_divider_position=”bottom”][vc_column column_padding=”no-extra-padding” column_padding_position=”all” background_color_opacity=”1″ background_hover_color_opacity=”1″ column_shadow=”none” column_border_radius=”none” width=”1/1″ tablet_text_alignment=”default” phone_text_alignment=”default” column_border_width=”none” column_border_style=”solid”][vc_text_separator title=”A vindima e o ano 2016″ title_align=”separator_align_left” color=”custom” accent_color=”#888888″][vc_column_text]Sim, saber esperar é uma virtude. Este ditado aplica-se plenamente à vindima de 2016 que projectou Vinhos do Porto Vintage de altíssima qualidade, declarados recentemente.
Esta é a quarta declaração deste século e a segunda desta década (desde o mítico 2011) que abrange todas as grandes casas da Symington Family Estates – Dow’s, Warre’s, Graham’s e Cockburn’s. De acordo com Paul Symington, “em 2016 foi absolutamente necessário conhecer a vinha” para tomar as decisões acertadas.
Ao falar da vindima de 2016 é preciso recuar a 2015, até porque o ano hidrológico não coincide com o ano civil e começa a 1 de Outubro. O Outono foi seco, mas o Inverno, embora ensolarado, trouxe bastante precipitação.
Com o Inverno relativamente quente, o abrolhamento começou no final de Fevereiro, duas semanas antes do normal. Entretanto, a Primavera veio fresca e chuvosa. Por um lado, deu para corrigir os solos secos, por outro perdeu-se o avanço e floresceu mais tarde. Em Abril e Maio choveu tanto que o rio Douro esteve fechado ao trânsito. Alguns produtores perderam quase a totalidade da vindima por causa do surto de míldio.
A humidade acumulada no solo durante este tempo foi essencial para equilibrar o Verão quente e seco. Em Agosto houve duas ondas de calor, com temperaturas acima dos 40˚C. Nestas condições as plantas fecham estomas, a fotossíntese pára e a maturação não avança. Por isto, a chuva no período de 24 a 26 de Agosto trouxe um efeito benéfico, veio retemperar o calor, sobretudo no Douro Superior, onde era mais precisa. A diferença entre rega e chuva é precisamente esta: a primeira apenas fornece a água, enquanto a segunda também refresca o ar.
O calor voltou com força no início de Setembro (na Quinta do Bomfim foi registada a temperatura mais elevada do mês, desde que há registos: 43˚C), o que, em combinação com a previsão de chuva para 12 e 13 de Setembro, motivou alguns viticultores a começar a vindima. Entretanto, em muitos sítios as uvas não estavam completamente maduras, o que deve ter tido impacto nas casas que têm pouca vinha própria e dependem de uva comprada.
Quem avaliou bem a sua vinha, teve a paciência de esperar e estava disposto a correr riscos, conseguiu colher as uvas no momento certo de maturação e em condições ideais porque depois da chuva refrescante a temperatura manteve-se mais amena e com noites frescas.
Paul Symington reconhece que o risco valeu a pena e que os melhores vinhos foram originados por uvas apanhadas no período de 20 de Setembro até meados de Outubro. Quando pararam de vindimar, começou a chover, mas tiveram uma janela de quatro semanas com condições perfeitas. Esta vindima deu origem a vinhos de grande concentração, equilíbrio e qualidade.
Paul Symington, quando da sua saída em Dezembro, dará lugar na gestão da empresa aos mais novos – os seus primos Johnny e Rupert. É, sem dúvida, uma saída em grande, assinalada pelo fabuloso ano Vintage.[/vc_column_text][/vc_column][/vc_row][vc_row type=”in_container” full_screen_row_position=”middle” scene_position=”center” text_color=”dark” text_align=”left” overlay_strength=”0.3″ shape_divider_position=”bottom”][vc_column centered_text=”true” column_padding=”no-extra-padding” column_padding_position=”all” background_color_opacity=”1″ background_hover_color_opacity=”1″ column_shadow=”none” column_border_radius=”none” width=”1/1″ tablet_text_alignment=”default” phone_text_alignment=”default” column_border_width=”none” column_border_style=”solid”][vc_gallery type=”nectarslider_style” images=”27623,27614″ bullet_navigation_style=”see_through” onclick=”link_no”][/vc_column][/vc_row][vc_row type=”in_container” full_screen_row_position=”middle” scene_position=”center” text_color=”dark” text_align=”left” overlay_strength=”0.3″ shape_divider_position=”bottom”][vc_column column_padding=”no-extra-padding” column_padding_position=”all” background_color_opacity=”1″ background_hover_color_opacity=”1″ column_shadow=”none” column_border_radius=”none” width=”1/1″ tablet_text_alignment=”default” phone_text_alignment=”default” column_border_width=”none” column_border_style=”solid”][divider line_type=”No Line” custom_height=”20″][/vc_column][/vc_row][vc_row type=”in_container” full_screen_row_position=”middle” scene_position=”center” text_color=”dark” text_align=”left” overlay_strength=”0.3″ shape_divider_position=”bottom”][vc_column column_padding=”no-extra-padding” column_padding_position=”all” background_color_opacity=”1″ background_hover_color_opacity=”1″ column_shadow=”none” column_border_radius=”none” width=”1/1″ tablet_text_alignment=”default” phone_text_alignment=”default” column_border_width=”none” column_border_style=”solid”][vc_text_separator title=”Os Vintage de grandes marcas” title_align=”separator_align_left” color=”custom” accent_color=”#888888″][vc_column_text]Os Vintage das grandes marcas Symington, como é o caso de Cockburn’s, Warre’s, Graham’s e Dow’s, são resultado de combinação precisa de melhores componentes oriundas das múltiplas vinhas de várias quintas.
Para Cockburn’s, esta é a terceira declaração Vintage desde a aquisição pela família Symington em 2010. A principal estrutura é fornecida pelas uvas da Quinta dos Canais, no Douro Superior, que contribuiu com Touriga Nacional e Touriga Franca. Sousão (9%) e Alicante Bouschet (8%) serviram de complemento ao lote. Foram produzidas 2.450 caixas de 12 garrafas.
O último Vintage Warre’s foi declarado em 2011 e, até agora, só produziram um Vintage da Quinta da Cavadinha, de 2015. As vinhas velhas com predominância da Touriga Franca desta quinta, em conjunto com a Quinta do Retiro, constituíram cerca de metade do lote Warre’s 2016, garantindo a estrutura e complexidade. A Touriga Nacional e Franca oriundas da Quinta da Telhada contribuíram com os aromas florais. Foram produzidas 4.250 caixas de 12 garrafas.
A última declaração da Graham’s também foi em 2011, tendo sido em 2012 e 2015 produzido um Vintage da Quinta dos Malvedos. Estas uvas acabam por ser a espinha dorsal dos Vintage Graham’s. O volume é bastante reduzido e consiste em 6.325 caixas de 12 garrafas, incluindo 600 garrafas magnum e 352 Tappit Hen (um formato menos comum de 2,25 L).
Ao falar do Dow’s vem logo à memória o famoso Vintage de 2011 que obteve 99 pontos dos 100 possíveis, ficando em 1º lugar no Top 100 da “Wine Spectator”, a melhor classificação a seguir aos 100 pontos do 2007. Foi preciso esperar mais uns anos para se criarem condições que permitissem fazer um Vintage desta dimensão. O componente principal deste Vintage provém de uma pequena parcela na Quinta do Bomfim, chamada Vinha dos Ecos, onde a Touriga Franca, este ano, rendeu apenas 680g por videira. A Touriga Nacional de outra vinha da Quinta da Senhora da Ribeira, a 200-450m de altitude, compõe o lote com frescura e componente aromática. Sousão oferece cor e acidez para garantir o equilíbrio. Uma pequena parte de vinha muito velha que produz apenas 320g por videira e Alicante Bouschet de uma parcela da Quinta da Senhora da Ribeira acrescentaram complexidade e estrutura.[/vc_column_text][/vc_column][/vc_row][vc_row type=”in_container” full_screen_row_position=”middle” scene_position=”center” text_color=”dark” text_align=”left” overlay_strength=”0.3″ shape_divider_position=”bottom”][vc_column centered_text=”true” column_padding=”no-extra-padding” column_padding_position=”all” background_color_opacity=”1″ background_hover_color_opacity=”1″ column_shadow=”none” column_border_radius=”none” width=”1/1″ tablet_text_alignment=”default” phone_text_alignment=”default” column_border_width=”none” column_border_style=”solid”][vc_gallery type=”nectarslider_style” images=”27625,27626″ bullet_navigation_style=”see_through” onclick=”link_no”][/vc_column][/vc_row][vc_row type=”in_container” full_screen_row_position=”middle” scene_position=”center” text_color=”dark” text_align=”left” overlay_strength=”0.3″ shape_divider_position=”bottom”][vc_column column_padding=”no-extra-padding” column_padding_position=”all” background_color_opacity=”1″ background_hover_color_opacity=”1″ column_shadow=”none” column_border_radius=”none” width=”1/1″ tablet_text_alignment=”default” phone_text_alignment=”default” column_border_width=”none” column_border_style=”solid”][divider line_type=”No Line” custom_height=”20″][/vc_column][/vc_row][vc_row type=”in_container” full_screen_row_position=”middle” scene_position=”center” text_color=”dark” text_align=”left” overlay_strength=”0.3″ shape_divider_position=”bottom”][vc_column column_padding=”no-extra-padding” column_padding_position=”all” background_color_opacity=”1″ background_hover_color_opacity=”1″ column_shadow=”none” column_border_radius=”none” width=”1/1″ tablet_text_alignment=”default” phone_text_alignment=”default” column_border_width=”none” column_border_style=”solid”][vc_text_separator title=”Os Vintage de terroir” title_align=”separator_align_left” color=”custom” accent_color=”#888888″][vc_column_text]Os Vinhos do Porto com grande sentido de lugar, com mais identidade geográfica, são aqueles que se produzem com uvas de apenas uma propriedade.
É o caso da Quinta de Roriz, resultado da parceria entre Bruno Prats e a família Symington. A quinta foi uma das primeiras a comercializar vinhos sob o seu próprio nome e com elevada procura desde os séculos XVIII e XIX. Nesta propriedade, as uvas amadureceram mais cedo, e a vindima não teve que aguardar até à segunda metade de Setembro.
A Quinta do Vesúvio é outra propriedade, situada no Douro Superior, que produz vinhos fantásticos apenas com as suas próprias uvas. Dois factores têm um papel determinante na sua qualidade: a altitude, que vai dos 100 aos quase 500 metros, e a exposição, que maioritariamente é de noroeste e oeste, permitindo resguardar as vinhas do calor do Verão. Em 2016 foram declarados dois portos Vintage – Quinta do Vesúvio (esta quase todos os anos apresenta qualidade que justifica a declaração do Vintage) e Capela da Quinta do Vesúvio, que só é produzido nos anos excepcionais, em quantidades mínimas, como foi em 2007 e 2011 e como é o caso deste ano, com apenas 3.000 garrafas.
Para além dos Single Quinta, existe um Porto Vintage que provém de uma área ainda mais pequena da Quinta dos Malvedos. Estamos a falar das duas parcelas muito particulares com cerca de 2.700 plantas assentes nos terraços com muros de pedra recuperados que deram origem ao nome “The Stone Terraces”. Ao contrário da maior parte das vinhas da quinta, viradas a sul, estes terraços estão orientados a nordeste e nascente, o que ajuda a preservar frescura e se traduz em vinhos com um perfil muito próprio e extraordinária qualidade.[/vc_column_text][/vc_column][/vc_row][vc_row type=”in_container” full_screen_row_position=”middle” scene_position=”center” text_color=”dark” text_align=”left” overlay_strength=”0.3″ shape_divider_position=”bottom”][vc_column centered_text=”true” column_padding=”no-extra-padding” column_padding_position=”all” background_color_opacity=”1″ background_hover_color_opacity=”1″ column_shadow=”none” column_border_radius=”none” width=”1/1″ tablet_text_alignment=”default” phone_text_alignment=”default” column_border_width=”none” column_border_style=”solid”][vc_custom_heading text=”Em prova” font_container=”tag:h2|text_align:center”][/vc_column][/vc_row][vc_row type=”in_container” full_screen_row_position=”middle” scene_position=”center” text_color=”dark” text_align=”left” overlay_strength=”0.3″ shape_divider_position=”bottom”][vc_column column_padding=”no-extra-padding” column_padding_position=”all” background_color_opacity=”1″ background_hover_color_opacity=”1″ column_shadow=”none” column_border_radius=”none” width=”1/1″ tablet_text_alignment=”default” phone_text_alignment=”default” column_border_width=”none” column_border_style=”solid”][vc_column_text]

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Edição nº14, Junho 2018

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