Grande Prova: Tintos do Dão – Touriga e mais além

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A região do Dão é das mais clássicas e respeitadas em Portugal. O próprio nome Dão (que se refere a um rio…) é uma marca que qualquer consumidor imediatamente identifica como região de vinho. Parece que não, mas isso não sucede com todas as regiões portuguesas… Tal reconhecimento resulta, sobretudo, de séculos de produção de […]

A região do Dão é das mais clássicas e respeitadas em Portugal. O próprio nome Dão (que se refere a um rio…) é uma marca que qualquer consumidor imediatamente identifica como região de vinho. Parece que não, mas isso não sucede com todas as regiões portuguesas… Tal reconhecimento resulta, sobretudo, de séculos de produção de vinho afamado. Reza a história, que antes da partida dos portugueses para a conquista de Ceuta, foi servido vinho do Dão nos luxuosos festejos organizados pelo Infante D. Henrique em Viseu… Uma coisa é certa: já no século XIX, a exportação para França e Brasil de vinhos produzidos na área que hoje conhecemos como Dão superava a de outros territórios vitivinícolas portugueses (com excepção do vinho do Porto, claro). Os consumidores reconheciam autenticidade e qualidade no vinho do Dão, e a região cedo se assumiu como das mais reputadas a nível nacional para a produção de vinho. Prova também do sucesso na comercialização, é a existência de registos que relatam que os vinhos ali produzidos eram, muitas das vezes, comercializados a preços mais elevados que a média nacional, sobretudo após alguns desses vinhos terem obtido distinções nas grandes exposições nacionais e internacionais da altura, em Lisboa, Londres, Berlim e Paris. Igualmente demonstrativo da vetustez da fama dos vinhos do Dão, é que a região foi estabelecida, formalmente, no distante ano de 1908 (mais de 110 anos de história, portanto!), sendo que dois anos mais tarde foi aprovado o regulamento para a produção e comercialização dos vinhos aí produzidos. Com esta decisão, o Dão integrou (com Vinhos Verdes, Colares e Bucelas) o primeiro grupo de regiões de vinhos não licorosos a serem demarcadas e regulamentadas no nosso país. Algumas décadas volvidas, e a região do Dão já beneficiava da presença de produtores de renome, sendo que algumas propriedades eram vistas como pioneiras e mesmo modelo a nível nacional, caso da Casa da Ínsua, Conde de Villar Seco, Conde de Santar ou José Caetano dos Reis.

A região do Dão é delimitada a sul por Arganil e a norte por Aguiar da Beira, num total de 388 000 hectares, sendo que 18 000 hectares se encontram plantados com videiras, dos quais 13 500 é vinha aprovada para DO Dão e IGP Terras do Dão. Ao nível do relevo, tem como principal característica o facto de ser circundada por um conjunto de grandes serras — a poente encontra-se a serra do Caramulo, a sul o Buçaco, a norte a serra da Nave e a leste a imponente Estrela —, que a protegem das influências exteriores ao constituírem uma barreira às massas húmidas do litoral ou aos agrestes ventos continentais da não distante Espanha. Com solos generalizadamente graníticos, divide-se por 7 sub-regiões, desde a solarenga Silgueiros até à invernosa Serra da Estrela. O acidentado do terreno — marcado pela passagem de três rios importantes, o Dão, o Mondego e o Alva — e o tecido económico-social potenciam o minifúndio. O cultivo da vinha está bem implementado na região, e é muito disperso, ainda que nem sempre facilmente visível devido às muitas manchas de floresta (com o eucalipto bem presente) e de rocha granítica, com algum afloramento de xisto no sul da região. O clima, muitas vezes (incorretamente) apelidado de mediterrânico é sim temperado nas estações intermédias como Primavera e Outono (com temperatura média por volta dos 16-18ºC), sempre com bons níveis de precipitação (média entre 1200 – 1300 mm). Nas zonas mais altas, os Invernos podem ser rigorosos (com dias consecutivos de neve) e, nas mais baixas, o Verão pode ser caracterizado como seco, com vários dias com temperaturas acima dos 30ºC, mas beneficiando quase sempre de noites relativamente frescas. A vinha está, como acima referido, bem disseminada pela região e, no que toca a altitude, situa-se entre os 200 e os 800 metros, sendo que é entre os 400 e os 500 metros que vegeta em maior quantidade.
Passado, presente e futuro

 

Com um passado tão glorioso e condições naturais tão específicas, não espanta que o presente seja risonho e o futuro promissor. Depois das últimas décadas do anterior milénio terem sido menos fáceis, período em que outras regiões nacionais despontaram e se consolidaram, a segunda década do novo milénio (2010-2020) revelou uma renovação do Dão assente em investimentos recentes, sendo disso bom exemplo as históricas Quinta da Passarella (destaque para a enorme recuperação das vinhas e do património edificado), e Taboadella (com uma das adegas mais bonitas do país). Mas não só, falamos também do projeto MOB (dos enólogos durienses Jorge Moreira, Xito Olazabal e Jorge Serôdio Borges), da Niepoort que adquiriu a Quinta da Lomba, da Quinta da Alameda, da Quinda da Sancha, do projecto Textura Wines, entre outros. Com esses investimentos vieram enólogos de outros pontos do país para a região, que se juntariam a uma nova fornada local. Tanto assim é que, hoje no Dão, nomes como Paulo Nunes, Nuno Mira do Ó, Jorge Alves, Luis Lopes, Luis Seabra, João Cabral de Almeida, Mafalda Perdigão ou Pedro Ribeiro juntam-se a quem há mais tempo oficia por estas terras, casos de Nuno Cancella de Abreu, Manuel Vieira, Carlos Lucas, Sónia Martins, Osvaldo Amado ou Paulo Narciso, entre outros. Com efeito os, investimentos recentes muito beneficiaram da fundação de um Dão moderno, que em muito deve a produtores e cooperativas que se modernizaram precisamente no final dos anos ’90, caso da UDACA, Global Wines, Quinta dos Carvalhais, Casa Agrícola de Santar, Lusovini, União Comercial da Beira, ou Adega Coop. de Penalva do Castelo, entre outras. Não espanta, assim, que, de forma progressiva, os excelentes vinhos do Dão sejam cada vez mais valorizados, dentro e fora do país, na senda do que o eram há décadas. Por falar de estrangeiro, em 2022, os vinhos da região demarcada do Dão tiveram um aumento do volume de vendas de mais de 18%, e de 16% no preço medio, (dados do INE), muito acima da média nacional. Ainda quanto ao ano transacto, falamos de mais de 24,5 milhões de euros de facturação, com as vendas para o estrangeiro, tendo como principais mercados de destino o Canadá, a Alemanha, os Estados Unidos da América, a Bélgica e o Brasil.

A prova: as castas e os vinhos
Um dos aspectos mais interessantes do painel foi constatar que os vinhos em prova, tanto de lote como monocasta, foram produzidos essencialmente com recurso a uvas das mesmas 3 ou 4 castas, todas autóctones e, com excepção da Tinta Roriz (e, cada vez mais, da Touriga Nacional), praticamente exclusivas da região. Por isso, quando fomos estudar os registos da CVR, os números e dados estatísticos não nos surpreenderam. Temos, portanto, as castas Jaen e a Touriga Nacional como as variedades tintas actualmente mais presentes no encepamento da região, seguidas de perto pela Tinta Roriz, sendo que Alfrocheiro, Baga e Rufete/Tinta Pinheira também marcam presença, mas a grande distância das anteriormente referidas. Ora, foi isso mesmo que encontrámos na nossa prova — essencialmente vinhos de lote e alguns monocastas de Touriga Nacional, de Alfrocheiro e até, mas menos, de Jaen. Isto quer dizer, também, que não provámos nenhum vinho que tivesse uva de castas “de fora” (com a potencial excepção de algum Alicante Bouschet presente em vinha velha…), o que, não sendo inédito no país, é de assinalar. Por falar em vinha velha, algumas existem com encepamentos muito antigos, onde encontramos castas como Alvarelhão, Castelão, Trincadeira, Uva Cão, ou Tinta Carvalha. Outro aspeto muito positivo que retiramos da prova foi constatar que, com algumas excepções, todos os vinhos se revelaram muito elegantes e com teores alcoólicos ajustados entre os 12,5% e os 14%. Quase sempre com perfis gastronómicos, acidezes média-altas e óptima frescura, muitos foram os casos de tintos a revelarem uma perfeita evolução em garrafa, seja com 5 anos de idade (jovens, mas já a dar boa prova), seja com 15 (ainda cheios de saúde). Com efeito, a fama da região na produção de vinhos macios e longevos ficou comprovada, com os néctares mais jovens a encontrarem-se austeros e profundos e os mais antigos a revelarem grande complexidade e elegância. A par da silhueta gastronómica, é impossível não destacar algum classismo no recorte dos vinhos provados, na medida em que estivemos, quase sempre, perante tintos de boa concentração com barrica discreta e notas aromáticas clássicas na região, como seja aquelas derivadas de matizes florais maduras, como violetas e rosas, e as provenientes de sensações vegetais secas, como casca de árvore e caruma. Em conclusão, tivemos uma prova assombrosa na qualidade e consistência, na qual provámos alguns dos melhores tintos produzidos em Portugal e na qual também descobrimos grandes escolhas resultantes do binómio preço + qualidade. O facto acima destacado de os vinhos serem quase todos produzidos a partir das mesmas castas revela uma região orgulhosa das suas variedades e que privilegia as uvas mais bem-adaptadas ao território. Destapa-se, assim, uma região singular, com tanto de Velho Mundo como de novos desafios. Uma região única com vinhos maravilhosos!

(Artigo publicado na edição de Abril de 2023)

Vencedores do Concurso Vinhos de Portugal 2023 foram revelados

Concurso Vinhos Portugal

Os melhores vinhos portugueses de 2023 foram revelados no dia 12 de Maio, durante a Cerimónia de Entrega de Prémios da 10ª edição do Concurso Vinhos de Portugal, uma competição organizada pela ViniPortugal. O título de Melhor do Ano, ou seja, o melhor vinho de todo o concurso, foi para o tinto duriense Quinta Nova […]

Os melhores vinhos portugueses de 2023 foram revelados no dia 12 de Maio, durante a Cerimónia de Entrega de Prémios da 10ª edição do Concurso Vinhos de Portugal, uma competição organizada pela ViniPortugal. O título de Melhor do Ano, ou seja, o melhor vinho de todo o concurso, foi para o tinto duriense Quinta Nova Vinha Centenária P29/P21 2019.

A edição deste ano contou com 1385 referências inscritas e um júri de 139 especialistas nacionais e internacionais, que avaliaram minuciosamente cada vinho ao longo de três dias de sessões técnicas, seguindo-se o veredicto final do Grande Júri nos dias 11 e 12 de Maio.

Entre os 423 vencedores do Concurso Vinhos de Portugal, foram destacados 35 vinhos com medalha Grande Ouro, 101 Ouro e 280 Prata. A região do Douro foi a grande vencedora desta edição, arrecadando 112 medalhas, seguida pela região do Alentejo, com 88.

“Já são dez anos a promover a produção vitivinícola portuguesa e a premiar os melhores vinhos nacionais. Esta é uma iniciativa que consideramos importante e onde queremos destacar a qualidade ímpar dos nossos vinhos e, ao mesmo tempo, ajudar o consumidor a fazer uma escolha mais informada no momento da compra. À semelhança do que tem acontecido nas edições anteriores, o Grande Júri realizou uma avaliação imparcial, criteriosa e exigente a todos os vinhos inscritos e é sempre muito positivo vermos que a decisão final não é nada fácil, o que comprova mais uma vez a excelência e qualidade superior dos vinhos nacionais, afirmou Frederico Falcão, presidente da ViniPortugal”.

A lista completa de premiados pode ser consultada no site do Concurso Vinhos de Portugal. Os grandes vencedores, em cada categoria, foram sete:

1. O Melhor do Ano – Quinta Nova Vinha Centenária P29/P21 tinto 2019, Douro
2. O Melhor do Ano Licoroso – Henriques & Henriques Sercial 2001, Madeira
3. O Melhor do Ano Varietal Tinto – Quinta do Crasto Touriga Franca 2018, Douro
4. O Melhor do Ano Varietal Branco – Villa Oliveira Encruzado 2020, Dão
5. O Melhor do Ano Vinho Tinto (Blend) – Quinta Nova Vinha Centenária P29/P21 2019, Douro
6. O Melhor do Ano Vinho Branco (Blend) – Quinta da Rede Grande Reserva 2019 Douro
7. O Melhor do Ano Espumante – Casa de Santar Vinha dos Amores Espumante Touriga Nacional 2016, Dão

E de tonéis de vinho se fizeram… guitarras

Chama-se “The Guitar Barrel Project” ou se quiserem na versão portuguesa “As Guitarras do Marquês”. Na essência é um documentário sobre uma iniciativa que tem tanto de ambiciosa como inusitada e que foi apresentada no passado Domingo, dia 14 de Maio, no Palácio Marquês de Pombal, integrado no programa do evento “Há Prova – O […]

Chama-se “The Guitar Barrel Project” ou se quiserem na versão portuguesa “As Guitarras do Marquês”. Na essência é um documentário sobre uma iniciativa que tem tanto de ambiciosa como inusitada e que foi apresentada no passado Domingo, dia 14 de Maio, no Palácio Marquês de Pombal, integrado no programa do evento “Há Prova – O Gosto de Oeiras”.

Na origem deste projecto estão velhas madeiras exóticas que em tempos formaram grandes tornéis de vinhos da adega do palácio do Marquês em Oeiras e que depois de desmanteladas e abandonadas por muitos anos foram descobertas por um luthier (fabricante especializado de guitarras) que viu nesses barrotes a possibilidade de servirem de matéria-prima para a concepção e produção de valiosas guitarras. Este luthier português, Adriano Sérgio de seu nome, convidou depois outros cinco famosos luthiers internacionais a juntarem-se ao projecto e também eles fazerem destas preciosas madeiras outras tantas guitarras. O protocolo entretanto estabelecido com a Câmara de Oeiras, permitiu pôr em marcha este projecto, a que o próprio município se juntou, comprando uma pequena parte desses barrotes e reconstruindo depois por seu lado com essas madeiras um tonel onde colocou a estagiar um lote do vinho generoso de Carcavelos Villa Oeiras. Este lote, da colheita de 2010 já tinha estagiado durante 7 anos em barricas de carvalho português a que se juntaram mais 4 anos no impressionante tonel recuperado dos velhos barrotes de mogno. Tivémos assim, no mesmo projecto e das mesmas madeiras, 6 artistas a construírem as suas guitarras e a equipa de enologia do Villa Oeiras, propriedade do município, a produzir uma versão especial do notável vinho de Carcavelos. Ambos, as guitarras e os seus criadores e o vinho e os seus enólogos vão apresentaram o seu trabalho na Adega do Marquês. Cada luthier teve oportunidade de apresentar ao vivo a sua guitarra e explicar como se inspirou nos motivos relacionados com o terramoto de Lisboa de 1755 (data contemporânea das madeiras) ou de factos e paisagens ou edifícios do século XVIII.  O vinho especial de carcavelos prevê-se que esteja à venda no próximo mês de Setembro, mas quem teve a felicidade de o provar garante que é um generoso de grande gabarito.toneis

Há Prova em Oeiras

prova oeiras

Promover o Palácio e os jardins enquanto espaço de riqueza histórica e patrimonial único e divulgar a oferta de restauração existente no concelho é o objetivo deste evento, que teve a sua 1.ª edição em 2013 e rapidamente se tornou uma referência e que tem vindo a juntar públicos diversos movidos pelo gosto da prova […]

Promover o Palácio e os jardins enquanto espaço de riqueza histórica e patrimonial único e divulgar a oferta de restauração existente no concelho é o objetivo deste evento, que teve a sua 1.ª edição em 2013 e rapidamente se tornou uma referência e que tem vindo a juntar públicos diversos movidos pelo gosto da prova de vinhos, degustações gastronómicas e convívio familiar.

No agradável e verdejante recinto os visitantes vão ter a oportunidade de usufruir uma área de exposição, prova e venda de vinhos com produtores e distribuidores de Lisboa e outras regiões de Portugal e uma zona de degustação gastronómica com restaurantes selecionados de Oeiras e venda de comidas e bebidas.

Ao longo dos três dias decorrerão várias atividades paralelas na área dos vinhos e gastronomia, que incluem workshops com profissionais de referência do sector, visitas guiadas à adega, entre outras acções como a apresentação em primeira mão do documentário The Guitar Barrel Project e do concurso e finalistas do Bartender do ano de 2023.
Este evento é organizado pela Associação Comercial e Empresarial dos Concelhos de Oeiras e Amadora, Câmara Municipal de Oeiras em colaboração com o Município de Oeiras.

 

 

Horários

12 de maio (Sexta-feira)
18h às 24h (prova gastronómica) e 18h às 22h (prova de vinhos)

13 de maio (Sábado)
12h30 às 24h (prova gastronómica) e 15h às 22h (prova de vinhos)

14 de maio (Domingo)
12h30 às 22h (prova gastronómica) e 15h às 21h (prova de vinhos)

Entrada gratuita no recinto. O acesso a prova de vinhos e restauração mediante aquisição de pulseira e carregamentos. Mais informações AQUI.

Equipas do WRC Rally de Portugal aventuram-se no rio Douro

Rally Portugal Douro

Arranca hoje, em Coimbra, a 56ª edição do Rally de Portugal, a quinta prova do WRC (Campeonato Mundial de Ralis). A prova portuguesa, que termina no dia 14 de Maio, tem este ano um percurso de 329,06km, fragmentado por 19 classificativas, concentradas sobretudo no Norte e Centro do país. A convite da Sogrape (parceira do […]

Arranca hoje, em Coimbra, a 56ª edição do Rally de Portugal, a quinta prova do WRC (Campeonato Mundial de Ralis). A prova portuguesa, que termina no dia 14 de Maio, tem este ano um percurso de 329,06km, fragmentado por 19 classificativas, concentradas sobretudo no Norte e Centro do país.

A convite da Sogrape (parceira do evento) e do Vodafone Rally de Portugal, três das principais equipas do Campeonato Mundial de Ralis foram ontem descobrir o rio Douro, a bordo de um barco Rabelo.

Rally Portugal Douro
Richard Millener, Kaj Lindström e Cyril Abiteboul.

Richard Millener (director de equipa da M-Sport Ford WRT), Kaj Lindström (director desportivo da Toyota Gazoo Racing WRT), Cyril Abiteboul (director de equipa da Hyundai Shell Mobis WRT) e outros membros das respectivas equipas, embarcaram nesta iniciativa que teve como objectivo mostrar o património histórico e cultural associado à cidade do Porto e a um dos seus produtos mais emblemáticos, o vinho do Porto. Para assinalar o momento, a Sograpre presenteou as equipas com o vinho Sandeman Porto Tawny 20 Anos.

Já considerada em cinco ocasiões como a melhor prova de rali do Mundo, o Rally de Portugal mantém, nesta edição, passagens por locais já emblemáticos da prova, como Arganil, Amarante, Fafe ou Cabeceiras de Basto. Mas o maior destaque deste ano vai para o regresso da Figueira da Foz ao programa do evento desportivo português, cidade que será palco de uma super-especial, e para a nova classificativa de Paredes.

Veja aqui alguns dos melhores momentos do icónico “salto de Fafe”, um dos locais mais cobiçados pelos espectadores presenciais do Rally de Portugal:

Dois Belos é a nova marca de gins e licores do Crato

Dois Belos

A Destilaria Dois Belos, projecto liderado pelo empresário Nuno Belo, foi criada em 2021 como resultado da procura de novos desafios profissionais e da inspiração na herança familiar e na natureza. Localizada em Vale do Peso, uma aldeia situada no concelho do Crato, distrito de Portalegre, esta destilaria assume-se como um projecto inovador e criativo. […]

A Destilaria Dois Belos, projecto liderado pelo empresário Nuno Belo, foi criada em 2021 como resultado da procura de novos desafios profissionais e da inspiração na herança familiar e na natureza.

Localizada em Vale do Peso, uma aldeia situada no concelho do Crato, distrito de Portalegre, esta destilaria assume-se como um projecto inovador e criativo. Exemplo disso é a imagem das garrafas, também ela diferenciadora e inspirada em antigos frascos de medicamentos, com rótulos e numeração colocados manualmente.

A Destilaria Dois Belos iniciou a produção com licor de ginja, seguido de mais quatro licores e uma aguardente, e, mais recentemente, criou dois tipos de gin: Dois Belos Gin do Vale e Dois Belos Gin Kratus. Todos os licores são produzidos com fruta fresca e processo tradicional, e os gins são destilados num alambique de cobre e enriquecidos com botânicos da propriedade da família Belo. O Dois Belos Gin do Vale é o primeiro gin totalmente produzido no concelho do Crato e é feito com 13 botânicos. Já o Dois Belos Gin Kratus é uma edição especial que replica a receita do Gin do Vale.

Mas a Destilaria Dois Belos também lança agora três tipos de licor: Licor de Ginja, Licor de Ginja Picante e Licor de Alfarroba. Já as aguardentes são duas, Dois Belos Aguardente de Medronho e Dois Belos Aguardente da Bica.

“Na Destilaria Dois Belos, mais do que produzir bebidas, recriamos sabores antigos e inventamos novos, enchemos garrafas que evocam memórias e transbordam sabores da natureza e cumprimos a tradição com os olhos postos no futuro”, afirma Nuno Belo.

Granvinhos adquire Quinta de S. Salvador da Torre nos Vinhos Verdes

Granvinhos Vinhos Verdes

A Granvinhos anunciou a ampliação da sua presença noutras regiões vitivinícolas do país, com a aquisição de uma propriedade de 37 hectares na região dos Vinhos Verdes, a Quinta de S. Salvador da Torre. Este investimento foi, segundo a empresa, resultado de meses de negociações com o Grupo Soja de Portugal, ao qual a Granvinhos […]

A Granvinhos anunciou a ampliação da sua presença noutras regiões vitivinícolas do país, com a aquisição de uma propriedade de 37 hectares na região dos Vinhos Verdes, a Quinta de S. Salvador da Torre. Este investimento foi, segundo a empresa, resultado de meses de negociações com o Grupo Soja de Portugal, ao qual a Granvinhos comprou a Agromar S.A., que detém a Quinta de S. Salvador da Torre, no Vale do Lima, concelho de Viana do Castelo.

A Quinta de S. Salvador da Torre, também conhecida como Quinta de Santo Isidoro, localiza-se na margem direita do rio Lima e tem mais de 400 anos de existência. “Uma propriedade agrícola impressionante, com uma casa senhorial datada de 1685”, revela a Granvinhos. Com 30 hectares de vinha, das castas Loureiro e Alvarinho, a quinta beneficia, segundo a Granvinhos, da brisa marítima característica do Vale do Lima, apresentando condições edafo-climáticas excepcionais.

Granvinhos Vinhos Verdes

A Granvinhos manterá o modelo de exploração desta propriedade dos Vinhos Verdes, em parceria com o enólogo Anselmo Mendes, que já era adoptado pela Agromar. Concretiza-se, assim, o primeiro projecto conjunto entre o enólogo e o director-geral da Granvinhos, Jorge Dias, alavancado por uma amizade de mais de 30 anos. Juntos pretendem explorar o potencial da casta Loureiro e a localização privilegiada da quinta, trabalhar na requalificação patrimonial da propriedade e, previsivelmente em 2024, lançar um novo vinho Loureiro.

“Acredito no futuro do Vinho Verde, em particular das castas Alvarinho e Loureiro, produtos bem-adaptados aos novos tempos e hábitos de consumo. No entanto, é necessário valorizar a ligação desses vinhos às respectivas zonas de produção, bem como à dieta atlântica, na qual Portugal tem uma oferta única”, afirma Jorge Dias.

Escape Room no World of Wine convida a “salvar a humanidade”

Escape Room World Wine

O World of Wine, quarteirão cultural localizado no centro histórico de Vila Nova de Gaia, vai inaugurar uma Escape Room no dia 18 de Maio, com o nome “Mission: Save the Museum”. Escapar de dentro do museu The Bridge Collection e salvar a humanidade é o desafio do World of Wine, desenvolvido pela White Rabbit […]

O World of Wine, quarteirão cultural localizado no centro histórico de Vila Nova de Gaia, vai inaugurar uma Escape Room no dia 18 de Maio, com o nome “Mission: Save the Museum”.

Escapar de dentro do museu The Bridge Collection e salvar a humanidade é o desafio do World of Wine, desenvolvido pela White Rabbit Escape Rooms. Este consiste num jogo interactivo e imersivo, que convida os participantes a trabalhar em equipa, usando a lógica e a intuição, para resolver um enigma no período máximo de 60 minutos.

O que a narrativa da Escape Room “Mission: Save the Museum” sugere, é que há uma peça desaparecida que pode ser a chave para a eternidade, e é aí que os visitantes têm de ajudar. Tudo isto acontece no The Bridge Collection, o museu arqueológico do World of Wine que compreende mais de 2 mil artefactos usados por diferentes civilizações, ao longo de 9 mil anos.

As primeiras sessões da Escape Room acontecem no dia 18 de Maio às 19h30 e às 21h mas, a partir do dia 18, o “Mission: Save The Museum” acontece todas as sextas e sábados. Os bilhetes já se encontram à venda e o preço por pessoa é de €20. Para grupos maiores do que cinco participantes, o preço fica a €18 e, caso o grupo seja de 20 pessoas, o preço baixa para €15 por pessoa.

“O World of Wine possui sete museus e tem, por isso, uma missão redobrada de valorizar o conceito de museu. Os museus podem ser apelativos, interactivos e divertidos. Conscientes desta responsabilidade, acreditámos que dinamizar um Escape Room dentro de um dos nossos museus era uma forma arrojada de celebrar o Dia Internacional dos Museus e, obviamente, levar mais gente a querer visitar o museu”, refere Marta Bravo, directora dos museus do World of Wine.