Elefantes embebedam-se na China?

elefantes bebados em plantação de chá

A foto abaixo, captada certamente por um drone, mostra dois elefantes a dormir no meio de uma plantação de chá. A situação ter-se-á passado no sul da China e, dizia-se em posts colocados em várias redes sociais,  que os elefantes estavam bêbedos. De facto, a fazer fé num tweet de um determinado Li Jing, súbdito […]

A foto abaixo, captada certamente por um drone, mostra dois elefantes a dormir no meio de uma plantação de chá. A situação ter-se-á passado no sul da China e, dizia-se em posts colocados em várias redes sociais,  que os elefantes estavam bêbedos. De facto, a fazer fé num tweet de um determinado Li Jing, súbdito chinês, um grupo de 14 elefantes terá vagueado até uma aldeia no sul da China. Provavelmente estavam à procura de comida e milho, muito plantado naquela região. Em vez disso, dizem os posts, deram com um depósito de 30 litros de uma bebida fermentada de milho (uns dizem vinho, outros um destilado) e beberam-no todo. Depois teriam ido curtir a bebedeira para uma plantação de chá, dormindo dois deles uma bela sesta. Os posts rapidamente tornaram-se virais mas a verdade parece ser outra. O grupo de elefantes de facto invadiu uma aldeia e comeu milho ai armazenado, provocando ainda muitos estragos.  Um vídeo chinês do jornal The Paper mostra a reportagem do que se passou. Pode vê-lo aqui.

elefantes a dormir em plantação de cháAs autoridades locais dizem que a história da bebida é falsa.
Até pode ser, dizemos nós, mas a fazer fé no site da revista britânica Drinks Business, já existe um histórico de bebida, elefantes e bebedeira. Na África do Sul, por exemplo, não são raros os casos de elefantes vistos a intoxicarem-se com frutos de Marula em fermentação.

António Falcão

 

 

Tinto português foi o melhor no concurso Vinalies 2020

Vinalies Internationales com Quinta de São Sebastião Reserva tinto 2015

O vinho Quinta de São Sebastião Reserva tinto 2015, um “Regional Lisboa”, foi considerado o melhor vinho tinto no concurso francês Vinalies Internationales, que se celebrou em Paris entre 28 de Fevereiro e 3 de Março. Este concurso, na sua 26ª edição, é organizado pela associação dos enólogos de França. O vinho da Multiwines levou […]

O vinho Quinta de São Sebastião Reserva tinto 2015, um “Regional Lisboa”, foi considerado o melhor vinho tinto no concurso francês Vinalies Internationales, que se celebrou em Paris entre 28 de Fevereiro e 3 de Março. Este concurso, na sua 26ª edição, é organizado pela associação dos enólogos de França. O vinho da Multiwines levou assim o Troféu Vinhos Tintos.
Este ano entraram 2 959 vinhos, oriundos de 45 países. No total foram atribuídas 887 medalhas, entre Prata (608) e Ouro (279). Portugal conquistou 22 ‘ouros’ e 35 ‘pratas’.
Para além do Troféu Vinhos Tintos, a Multiwines trouxe ainda mais 2 medalhas de Ouro. Mas, neste capítulo, foi ultrapassada pela Adega Cooperativa do Cartaxo, que conseguiu 5 medalhas de Ouro. De seguida pode ver a lista dos vinhos com esta medalha. Registe-se a curiosidade de haver dois rosés, ambos da Casa Santos Lima, muitos tintos e um Moscatel, mas nenhum branco.
Para os restantes resultados, por favor consulte o site do concurso.

Vinho – Produtor
Medalha de Ouro e Troféu Vinhos Tintos
Quinta de São Sebastião Reg. Lisboa Reserva tinto 2015 – Multiwines

Medalha de Ouro
Al-Ria regional Algarve rosé 2019 – Casa Santos Lima
Valcatrina Reg. Alentejano rosé 2019 – Casa Santos Lima
Adega de Borba Alentejo Grande Reserva tinto 2014 – Adega de Borba
Adega de Pegões Palmela Touriga Nacional tinto 2017 – Coop. Agrícola Sto. Isidro de Pegões
Bridão Clássico Tejo tinto 2017 – Adega Coop. do Cartaxo
Bridão Tejo Alicante Bouschet Colheita Seleccionada tinto 2017 – Adega Coop. do Cartaxo
Bridão Tejo Collection tinto 2017 – Adega Coop. do Cartaxo
Bridão Tejo Reserva tinto 2017 – Adega Coop. do Cartaxo
Bridão Tejo Touriga Nacional Colheita Seleccionada tinto 2017 – Adega Coop. do Cartaxo
Casal da Coelheira IG Tejo Reserva tinto 2017 – Casal da Coelheira
Colossal Reg. Lisboa Reserva tinto 2016 – Casa Santos Lima
Convento de Tomar Do Tejo Reserva tinto 2016 – Quinta do Cavalinho
Dona Ermelinda Palmela Reserva tinto 2017 – Casa Ermelinda Freitas
Mina Velha Reg. Lisboa tinto 2018 – Multiwines
Quintas de Borba Alentejo Grande Reserva tinto 2015 – Adega de Borba
São Sebastião Reg. Lisboa Touriga Nacional tinto 2017 – Multiwines
Terras do Grifo Douro Reserva tinto 2017 – Rozès
Velharia Reg. Lisboa Reserva tinto 2014 – Adega Coop. da Labrugeira
Vinha do Fava Reg. Península de Setúbal tinto 2018 – Casa Ermelinda Freitas
Visconde de Borba Alentejo Reserva tinto 2016 – Marcolino Sebo
Contemporal Moscatel Roxo 2013 – Coop. Agrícola Sto. Isidro de Pegões

Plateform encerrou todos os restaurantes ao público

Rui Sanches, CEO da Plateform

São 150 restaurantes em todo o país que foram encerrados ao público. Incluindo o icónico restaurante Tavares, em Lisboa. Todos do grupo Plateform, de Rui Sanches (antes chamado de grupo Multifood), o maior grupo de restauração em Portugal. A noticia vem em consequência da crise de saúde pública devido ao surto da COVID-19. O encerramento […]

São 150 restaurantes em todo o país que foram encerrados ao público. Incluindo o icónico restaurante Tavares, em Lisboa. Todos do grupo Plateform, de Rui Sanches (antes chamado de grupo Multifood), o maior grupo de restauração em Portugal.

A noticia vem em consequência da crise de saúde pública devido ao surto da COVID-19. O encerramento é por tempo indeterminado. A medida teve efeito esta segunda-feira, dia 16 de março, a partir das 22h, e incluiu todos os restaurantes de rua e de shopping.

“Esta não foi uma decisão fácil. Precisámos de tempo para ponderar tudo o que estava em causa, a começar pelo bem-estar dos nossos quase 2 mil colaboradores e de todos os compromissos que assumimos para com eles, fornecedores e parceiros sem nunca imaginar uma crise desta magnitude”, comunica o CEO do grupo, Rui Sanches (na foto). “Só assim”, acrescenta, “conseguimos garantir a total segurança de clientes, colaboradores e fornecedores, algo que, neste momento, é a nossa única prioridade.”

O grupo decidiu ainda, “por uma questão de equidade entre todos os trabalhadores”, não ter qualquer equipa alocada ao serviço de entrega ao domicílio.

O comunicado indica ainda que a Plateform quer garantir a continuidade da empresa e dos postos de trabalho, mantendo a confiança que “este desafio será ultrapassado com resiliência e espírito de união”.

Concurso Brancos de Portugal adiado para Maio

foto para ilustrar Brancos de Portugal – A Escolha do Mercado

A Grandes Escolhas, organizadora do concurso de vinhos BRANCOS DE PORTUGAL – ESCOLHA DO MERCADO, já anunciou que a prova foi adiada. Segundo a organização, “devido à situação que estamos a viver e às recomendações governamentais de condicionamento das deslocações e reunião de pessoas, fomos forçados a adiar as datas das provas do concurso de […]

A Grandes Escolhas, organizadora do concurso de vinhos BRANCOS DE PORTUGAL – ESCOLHA DO MERCADO, já anunciou que a prova foi adiada. Segundo a organização, “devido à situação que estamos a viver e às recomendações governamentais de condicionamento das deslocações e reunião de pessoas, fomos forçados a adiar as datas das provas do concurso de vinhos BRANCOS DE PORTUGAL – ESCOLHA DO MERCADO”.

Recordemos que a prova cega do Júri estava prevista para o dia 23 de Março e o anúncio dos resultados, com a prova livre dos vinhos premiados, para 6 de Abril.

Novas datas foram, entretanto, agendadas: para os dia 4 de Maio (prova do Júri) e 25 de Maio (anúncio dos resultados e prova livre). A organização fez saber que “continua atenta e preparada para tomar as medidas que a situação aconselhar, tendo sempre como prioridade a segurança de todos os intervenientes”.

Numa nota bem mais positiva, a Grandes Escolhas informou que “a adesão ao concurso superou as nossas melhoras expectativas”. De facto, já foram inscritos quase 500 vinhos, o que torna desde já este concurso um caso único nos vinhos brancos portugueses. Diz ainda a organização que “esperamos que em breve possamos corresponder à expectativa e confiança depositada na Grandes Escolhas”.

País vínico e gastronómico protege-se contra COVID-19

O mundo vínico e gastronómico não está imune ao que se tem passado no resto do país e do mundo. E já se começou a tomar medidas, um pouco por todo o lado, para diminuir as fontes de contágio do Covid-19 e, assim, contribuir para resolver mais rapidamente este enorme problema. No mundo do enoturismo, […]

O mundo vínico e gastronómico não está imune ao que se tem passado no resto do país e do mundo. E já se começou a tomar medidas, um pouco por todo o lado, para diminuir as fontes de contágio do Covid-19 e, assim, contribuir para resolver mais rapidamente este enorme problema. No mundo do enoturismo, várias operações já cancelaram as marcações e encerraram as instalações até data a anunciar. Dois casos paradigmáticos foram a José Maria da Fonseca e a Herdade da Malhadinha Nova, mas muitos outros já o fizeram ou deverão fazê-lo em breve.

O Grupo Amorim Luxury, proprietário de vários restaurantes e lojas, já anunciou também que encerrou as suas operações nos restaurantes JNcQUOI Avenida, JNcQUOI ASIA (na foto), Ladurée, o JNcQUOI CLUB, bem como as suas lojas Fashion Clinic e Gucci situadas em Lisboa, no Porto e no Algarve.

Muitas notícias que chegam à redacção nas últimas horas confirmam também o adiamento e/ou cancelamento de eventos. Quanto a restaurantes e outros estabelecimentos, alguns mantêm-se abertos, com limitações.

COVID-19: Vinhos Verdes usam novos procedimentos para evitar contágios

A Comissão de Viticultura da Região dos Vinhos Verdes (CVRVV) já está a usar os CTT para o envio de amostras para análise e para o envio de selos de garantia. A solução proposta visa facilitar os procedimentos habitualmente efectuados presencialmente e evitar os contactos directos para a resolução de necessidades quotidianas dos Agentes Económicos da […]

A Comissão de Viticultura da Região dos Vinhos Verdes (CVRVV) já está a usar os CTT para o envio de amostras para análise e para o envio de selos de garantia. A solução proposta visa facilitar os procedimentos habitualmente efectuados presencialmente e evitar os contactos directos para a resolução de necessidades quotidianas dos Agentes Económicos da Região. As amostras para análise laboratorial são preparadas previamente pelo produtor, que solicita a recolha no site da CVRVV, que será depois recolhida por estafeta e entregue na CVRVV no prazo máximo de 24 horas.

Manuel Pinheiro, Presidente da CVRVV, sublinha que “Os selos de garantia são igualmente passíveis de requisição através do site já que, uma vez concluído com sucesso o processo de certificação, os selos para o engarrafamento são enviados directamente para a adega do produtor em 24 horas. Entendemos que devemos encontrar soluções para evitar o problema que marca a actualidade e, neste caso, fazemo-lo com base na promoção da eficácia dos procedimentos, comodidade dos nossos produtores e a prevenção adequada em matéria de saúde pública”. Manuel Pinheiro, fala, claro está, de medidas de prevenção contra a disseminação do coronavírus. Quantos menos contactos pessoais houverem, menos probabilidade de contágios.

Recorde-se que a CVRVV é a entidade responsável pela certificação e promoção do Vinho Verde, registando uma recepção de cerca de cinco mil amostras por ano para análise laboratorial.

Frederico Falcão vai ser o novo presidente da ViniPortugal

Frederico Falcão

O antigo presidente do Instituto da Vinha e do Vinho e ex-administrador da Bacalhôa Vinhos de Portugal foi o escolhido pelos representantes dos oito organismos que votam na escolha da liderança desta associação interprofissional: são eles a ACIBEV e ANCEVE, ligadas ao comércio, a FENAVI e FEVIPOR, ligadas à produção, a FENADEGAS (das cooperativas), AND […]

O antigo presidente do Instituto da Vinha e do Vinho e ex-administrador da Bacalhôa Vinhos de Portugal foi o escolhido pelos representantes dos oito organismos que votam na escolha da liderança desta associação interprofissional: são eles a ACIBEV e ANCEVE, ligadas ao comércio, a FENAVI e FEVIPOR, ligadas à produção, a FENADEGAS (das cooperativas), AND (associação dos destiladores), CAP, ligada aos agricultores e finalmente a ANDOVI, que agrupa as CVR’s de Portugal. A próxima Assembleia Geral da ViniPortugal, a ocorrer em 25 de Março, irá apenas ratificar esta escolha. Frederico Falcão mostrou-se muito satisfeito com a votação, “que, disseram-me, foi unânime”. Ou seja, todos os 2.200 votos foram para ele.
Frederico disse-nos que não pretende fazer grandes inflexões na política da ViniPortugal, até porque se tem identificado com a linha que tem sido seguida pelo actual presidente, Jorge Monteiro. Apenas irá fazer força em 3 aspectos: 1. a criação de um observatório de mercados internacionais, “um pouco à semelhança do que faz Espanha”; 2. Reforçar a aposta na formação dos agentes económicos; 3. Promover mais acções para valorizar os vinhos portugueses no mercado internacional. Ou seja “conseguir aumentar o preço médio por garrafa”. (texto de António Falcão)

A vinha à sombra dos painéis fotovoltaicos

painéis fotovoltaicos em cima de vinha - França

Com os indícios claros de aquecimento global e suspeitas de períodos de seca prolongada, os cientistas agrícolas procuram soluções para resolver, ou amortizar os efeitos do clima em zonas geográficas mais quentes e secas. Um interessante estudo acabou de ser publicado pela Câmara de Agricultura da região de Vaucluse (no sul de França, logo acima […]

Com os indícios claros de aquecimento global e suspeitas de períodos de seca prolongada, os cientistas agrícolas procuram soluções para resolver, ou amortizar os efeitos do clima em zonas geográficas mais quentes e secas.
Um interessante estudo acabou de ser publicado pela Câmara de Agricultura da região de Vaucluse (no sul de França, logo acima de Marselha). Em estudo estava o comportamento de uma parcela de vinha da casta Grenache Noir. Uma parte da parcela foi deixada como de costume (como testemunha), mas cerca de 600 m2 tinham por cima, a 4,20 m de altura, painéis solares (para deixar passar os tractores e outras máquinas). Ora, estes painéis são controlados por um programa informático que foi concebido com base nas necessidades da videira: ora se inclinava mais ou menos, consoante seria necessário mais sol ou sombra. Os painéis conseguiam, no limite, cobrir 66% da área de vinha. Os investigadores criaram ainda várias situações intermédias, para tentar tirar o máximo partido da experiência.
Ora bem, os primeiros resultados mostram que as vinhas abrigadas pelos painéis conseguiram resistir melhor aos fortes calores do Verão de 2019. Estas videiras não só maturaram mais tarde (6 a 13 dias depois) como demonstraram ter menos stress hídrico. Ou seja, precisariam de menos 12 a 34 % de água, consoante as configurações dos painéis. O sombreamento teve ainda um efeito positivo no peso dos bagos, superior em 17% nas videiras protegidas.
As uvas da testemunha e da zona sombreada foram vinificadas à parte e verificou-se que nestas últimas foi mais alto o nível de antocianas (+13%), assim como na acidez total (de +9 a +14% consoante os testes). Ou seja, melhores resultados para a sombra. Curiosamente, o teor de álcool revelou-se igual em todos os testes.
Estes ensaios foram promovidos pela empresa Sun’Agri, empresa francesa especializada em agricultura e painéis fotovoltaicos. Se forem confirmados em futuras experiências, estes resultados podem ajudar a resolver três problemas: mais espaço para a instalação de painéis, a produção (vendável) de energia eléctrica e, ao mesmo tempo, um meio de melhorar a qualidade das uvas nas regiões mais quentes e ensolaradas de Portugal. (texto de António Falcão. Foto: direitos reservados)