Vídeo: Sommelier americano prova vinhos de celebridades

O canal de YouTube “Indulgence” publicou um vídeo em 2016 que vale a pena relembrar. Patrick Cappiello, reconhecido sommelier americano (também empresário), provou um conjunto de vinhos “criados” por celebridades, classificando-os e fazendo a sua apreciação. As personalidades produtoras em questão são Wayne Gretzky, atleta canadiano e ex-jogador profissional de hóquei; Brad Pitt e Angelina […]

O canal de YouTube “Indulgence” publicou um vídeo em 2016 que vale a pena relembrar. Patrick Cappiello, reconhecido sommelier americano (também empresário), provou um conjunto de vinhos “criados” por celebridades, classificando-os e fazendo a sua apreciação.

As personalidades produtoras em questão são Wayne Gretzky, atleta canadiano e ex-jogador profissional de hóquei; Brad Pitt e Angelina Jolie, actores, Mike Ditka, ex-jogador e treinador de futebol americano, actual comentador deste desta modalidade; The Fat Jewish, influencer-sensação das redes sociais que criou o polémico White Girl Rosé; e Maynard James Keenan, vocalista da banda Tool.

Veja aqueles que foram bem sucedidos e os que não se saíram tão bem:

É de referir que fazer vinho, ou ter vinho, é uma actividade popular por parte de nomes conhecidos do desporto, cinema e música, sobretudo americanos. Conheça quais neste artigo de 2019 do site The Wrap.

As estórias da Carochinha

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Estamos em terras de fronteira entre Setúbal e Alentejo. Vemos ao longe o mar, com Porto Covo a dois passos. Foi aqui, em terra agreste, anteriormente varrida pelo fogo, que César e Manuela Macedo resolveram arrancar com um projecto. Começaram por pensar em turismo rural e acabaram por plantar vinha. Agora são clientes dos armazéns chineses…

TEXTO João Paulo Martins                     FOTOS Ricardo Gomez

A carochinha já por aqui andava antes do casal se interessar por estas encostas; já havia a Carochinha de Baixo, do Meio e a Ponta da Carochinha. A estrada corta, assim, a dita Carochinha a meio e por isso a designação de Monte da Carochinha foi pacífica. Estamos, dizem-nos, na única vinha registada no concelho de Sines e foi, também, por não haver tradição de aqui se plantar vinha que não faltaram as vozes que desaconselhavam qualquer plantio. Aqui é terra de montado, dizia-se, e por isso o que César mais vezes ouviu foi o “não se meta nisso”, uma espécie de karma nacional sempre avesso à novidade e mudança. Filipe Sevinate Pinto, enólogo e ligado ao projecto desde o início, não teve dúvidas: “isto cheirava-me a vinho e logo percebi que se poderia fazer aqui algo diferente”. A razão estava à vista: encostas com múltiplas orientações, uma proximidade contida em relação ao mar que poderia ser muito vantajosa, solos pobres dominados pelo xisto e a possibilidade de ir além do habitual que se encontra quer em Setúbal quer no Alentejo.

César e Manuela Macedo, Filipe Sevinate Pinto (enólogo) e António Cláudio (viticultura): desbravar e fazer vinho em terra virgem.

Plantar a vinha não foi desejo nem objectivo inicial, “apenas pensámos em fazer um turismo rural, mas quando nos deparámos com as limitações que nos impuseram, resolvemos dar outro uso a estes 42ha que, bastava ver, não pareciam ter qualquer aptidão agrícola”. Assim sendo, encetaram um projecto de reflorestação e plantaram 3000 pés de pinheiro manso e outro tanto de sobreiros e, sem qualquer euforia, resolveram plantar vinhas de uvas brancas. Essa era a ideia inicial, uvas brancas, de castas nacionais, nomeadamente a Encruzado. Trazer para aqui a casta mais famosa do Dão não foi pacífico e Filipe diz-nos que “até dar as primeiras uvas fui muito criticado, mas achei que a casta ia de encontro ao desejo do produtor que era fazer vinhos que também pudessem evoluir bem em garrafa; além desta optámos também pelo Arinto, pela sua versatilidade”. Infelizmente, diz-nos César Macedo, o mercado ainda reage mal a vinhos brancos com dois ou mais anos, temos aqui trabalho pela frente para que se compreenda que não estamos a “vender os restos que lá têm na adega”, como já chegaram a dizer.

Os poucos anos que o projecto leva (a primeira vindima foi em 2014) permitiram concluir que estas diferentes orientações das parcelas e a proximidade do mar trazem muitas vantagens e não obrigam a tantos tratamentos. Sobre o tema fala-nos António Cláudio, responsável da viticultura: “na zona de Milfontes, por exemplo, é preciso tratar de 10 em 10 dias porque a pressão do míldio e oídio é enorme. Aqui fizemos menos de 6

tratamentos anuais mas, por outro lado, o grande problema aqui é a falta de água e enquanto não tivermos esse problema resolvido não poderemos ir além do 6,5ha de vinha que temos, dos quais 4,5ha de uva branca. Um problema sério aqui são os insectos, como traça, cicadela e ácaros e mais sério

ainda porque a indústria deixou de produzir um insecticida em virtude da cidadela não ser problema geral europeu nem mesmo em todo o território nacional e agora isso obriga-nos a mais tratamentos e maior pegada de carbono.

A opção pelo tinto foi, como nos dizem, “uma resposta à pressão do mercado, estavam sempre a perguntar quando é que saía o tinto” e foi assim que optaram pelo plantio de Touriga Nacional, Alicante Bouschet e Merlot. A origem duriense de Manuela Macedo falou mais alto e não descansou enquanto não viu uma encosta transformada em vinha com socalcos, à moda do “seu” Douro; é uma área pequena (menos de um hectare) e ainda não está a produzir mas funciona muito bem na paisagem onde além dos pinheiros, que se vêem a crescer, encontramos medronheiros e algumas oliveiras que aqui foram plantadas e já deram três colheitas de azeite. Alguns focos de esteva foram propositadamente deixados para que pássaros e outros insectos pudessem medrar. Problema sério são os javalis porque não têm predadores mas um rádio “comprado nos chineses” e a tocar pendurado numa árvore faz muito efeito que eles não se aproximam!

A produção deverá atingir em 2019 os 11 000 litros de tinto e 25 000 de branco, com os vinhos a serem feitos na Herdade da Monteira em Alcácer do Sal onde, diz Filipe Sevinate Pinto, “temos todas as condições técnicas para se fazer um bom vinho e temos mesmo a adega por nossa conta, uma vez que o proprietário deixou de produzir vinho”.
Aqui, onde acaba Setúbal e começa a região vinícola do Alentejo, está a nascer um projecto original. Com todas as dificuldades que os novos projectos acarretam mas também com toda a energia de quem vê nascer vinho onde antes tal desiderato não imaginava.
Na prova que fizemos ainda abordámos a primeira edição do branco (de 2014) que cumpriu o que na altura se dizia na nota de prova: pode evoluir bem em cave. Foi mesmo isso que aconteceu, a mostrar que a Encruzado é casta que precisa de tempo para se revelar. Se tudo correr bem, em 2020 teremos um Reserva tinto ou mesmo um Grande Reserva. Provavelmente depende da duração das pilhas do rádio…

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Edição n.º32, Dezembro 2019

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Romana Vini: Boutique vínica no Tejo e em Lisboa

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Romana Vini é o nome da empresa que produz vinhos a partir de uvas de duas quintas próximas entre si. Quis o destino que ficassem em duas regiões vitivinícolas diferentes: Lisboa e Tejo. Só uma tem adega, mas as duas compartilham o compromisso do proprietário de fazer apenas vinhos de excepção.

TEXTO António Falcão           NOTAS DE PROVA Nuno de Oliveira Garcia            FOTOS Ricardo Gomez

O património da Romana Vini começa na Quinta do Porto Nogueira, que data da primeira metade do século XVIII e esteve sempre na posse da mesma família. Sem herdeiros, por volta de 1980, o último proprietário ofereceu a quinta à Academia das Ciências de Lisboa. Em 2002 é vendida aos actuais proprietários, António Barreira e sua mulher. O nome da empresa vem da ponte romana sobre o rio Arnóia, quase encostada à adega. O conjunto de edifícios é importante e é atravessado pela estrada que sai para sul de Alguber, a escassos 250 metros desta aldeia.
A outra propriedade chama-se Quinta da Escusa e uma parte dela já pertencia aos avós e aos pais dos actuais proprietários, que aí exerceram a agricultura e a viticultura ao longo de décadas. A área é sobretudo agrícola, vinha e muita floresta, mas existe ainda uma pequena adega na aldeia de Quintas.
Quis a sorte que a Quinta do Porto Nogueira ficasse na região de Lisboa (sub-região de Óbidos), no concelho do Cadaval, cerca de 60 Km a norte de Lisboa, em linha recta. É aqui que está a sede da exploração e onde chegam todas as uvas da casa. Incluindo as que vêm da Quinta da Escusa, que fica a 10/15 minutos de carro, mas está na região do Tejo e no concelho de Rio Maior. O produtor tem uma licença para vinificar tudo na mesma adega, um procedimento normal nestes casos.
Quem gere a Romana Vini é António Barreira, consultor de gestão e habituado a tudo o que é empresarial. E é sobretudo alguém que sabe fazer contas. Antes de se lançar nesta aventura, António estudou a sua lição e vai optar, desde o início, por uma estratégia arriscada: criar marcas premium baseadas em vinhos de muito alta qualidade. E é exactamente aqui que esta empresa produtora se destaca face a muitas outras deste país.

António Barreira (proprietário), Manuel Botelho (viticultura), António Ventura (enologia) e Filipe Catarino (residente em viticultura e enologia).

Dois terroirs a caminho do biológico

A vinha da Quinta do Porto Nogueira, com os edifícios da casa em segundo plano. Ao fundo, a povoação de Alguber.

A pergunta seguinte que António Barreira se colocou foi esta: como se fazem vinhos de ‘muito alta’ qualidade? Essa é fácil, bastando saber perguntar a quem sabe. E um dos que mais sabe neste país é sem dúvida António Ventura, um dos enólogos mais experientes deste país e que cada vez mais, na nossa opinião, está à vontade a fazer pequenos volumes, como é este o caso. Na viticultura está Manuel Botelho Moreira, um técnico da região já com bastante experiência e que faz uma perninha no ensino universitário, no Instituto Superior de Agronomia, em Lisboa. No dia-a-dia da vinha e adega pontua Filipe Tomé Catarino, que faz o interface com os dois consultores. António Barreira vai-se informando, chegando à conclusão de que os “grandes vinhos são feitos de pequenos pormenores”.
E tudo começou na vinha, com a escolha dos melhores terroirs para cada uma das castas. Depois, tudo é feito para ter as videiras saudáveis e conseguir as melhores uvas possíveis. As práticas agrícolas para isso apontam: pouca mobilização do solo, não se usam herbicidas nem fertilizantes, apenas estrume natural. Manuel Botelho diz-nos ainda que “estamos também a reduzir os fungicidas e queremos, no futuro, deixar de os usar”. As vinhas estão em modo de produção integrada, mas há a intenção de as passar, em breve, para o modo biológico.
A empresa, já agora, tem tomado medidas para potenciar a biodiversidade e ser o mais sustentável possível. Por exemplo, diz-nos António Barreira, “toda a energia consumida na nossa adega é produzida em Porto Nogueira a partir de energia solar e conseguimos auto-suficiência energética”. As áreas de floresta que rodeiam a vinha, em ambas as quintas, estão certificadas pelas normas FSC – Forest Stewardship Council. A terceira cultura da casa, já agora, é a Pêra Rocha. Esta fruta, a vinha e a floresta são, portanto, os 3 pilares onde assenta a agricultura da casa.
No total estamos a falar de 27 hectares de vinha: 17 em Porto Nogueira, com terrenos argilosos, e 10 na Escusa, que possui solos mais arenosos. O encepamento é variado, mas a viticultura privilegiou as castas tintas na Escusa, onde o clima mais quente permite melhores maturações para os tintos. Quase toda a vinha é recente e, à excepção de uma pequenina parcela de vinha velha, as plantas mais antigas são de 2012. As mais recentes nem sequer estão em produção.

A importância dos pormenores

As instruções que Manuel Botelho recebe vão no sentido de “fazer as melhores uvas possíveis”. podas estão, logo no início, adaptadas ao perfil dos vinhos, e não existem restrições a nível de produção por hectare, gastos de mão-de-obra ou quaisquer outras. O pináculo desta estratégia chega na altura da vindima, onde há escolha de cachos no campo e depois na adega. Mas não acaba aqui: uma mesa de inox permite ainda a escolha de bagos. Não entra assim um bago de uva com defeito na adega. Um único. É por isso que António Ventura nos diz que “aqui tudo é fácil para o enólogo, com esta qualidade da uva”. Neste sentido, Ventura tem ainda o encargo de deixar que os vinhos reflictam o terroir onde nasceram as uvas. António Barreira não hesita neste aspecto: “quero que os nossos vinhos sejam verdadeiros”. Outra exigência do proprietário é que os vinhos consigam suportar o teste do tempo: “Trabalhamos também para vinhos longevos”, afirma, mas que quer ainda, ao longo das futuras vindimas, “consistência e comparabilidade“. Ou seja, fidelizar os seus consumidores mais assíduos, ano após ano.

Vista aérea da vinha da Quinta da Escusa.

A Romana Vini só usa as uvas próprias e nem todo o vinho vai para as marcas da casa: qualquer branco ou tinto que não seja de topo é vendido a terceiros. O resto do processo na adega é o normal e, como se calcula, não faltam equipamentos de qualidade. Incluindo o parque de barricas, das melhores marcas e proveniências.
As produção começou em 2015, com apenas 21 mil garrafas. Têm vindo a aumentar anualmente e para 2020 o objectivo é chegar às 45 mil garrafas. António Barreira espera conseguir atingir a velocidade de cruzeiro em 2022/2023, com 75 mil garrafas. E não quer mais. Nessa altura espera vender 60% no mercado de exportação, que já se iniciou na Alemanha, Bélgica, Canadá, Japão, França e EUA.
Na distribuição nacional, António Barreira trilhou também um caminho pouco usado: prefere trabalhar directamente na Grande Lisboa e na região Oeste, usando distribuidores apenas no resto do país. “se entregássemos toda a produção num distribuidor seríamos apenas mais um; assim conseguimos explicar os nossos vinhos aos compradores”, garante o gestor.

Estratégia arriscada, mas bem calculada

O portefólio da casa está também definido, sendo igual para as duas quintas. De um lado os vinhos de lote, do colheita ao Grande Reserva ou Grande Escolha. Por outro, um conjunto de monovarietais, “produzidos e engarrafados apenas em anos de uvas excepcionais”. Pelo meio, alguma coisa especial, como um espumante, que já existe e tem o nome de Berbereta (nome dado à borboleta em tempos que já lá vão) ou, quem sabe, um colheita tardia.
O leitor já calculou que, com estas exigências, os preços não podem ser baratos. É uma consequência da estratégia seguida e dos custos assumidos. Diga-se em abono da verdade que há muito vinho a ser vendido mais caro e não tem a qualidade e consistência da gama da Romana Vini. Os vinhos são sérios, bem feitos, distintos, e um sinal disto é que os prémios já começaram a chover, um pouco por todo o mundo.

Em força para o enoturismo

Para o futuro mais próximo, a empresa pretende fazer uma aposta muito forte no enoturismo. As instalações estão praticamente prontas e incluem vários quartos para hospedes. Uma visita rápida deixou-nos água na boca, com excelentes instalações e primorosa decoração, a cargo da mulher de António Barreira.
Fica assim completo o ciclo do vinho: vinha, adega, vinhos e agora o enoturismo. Só falta mesmo o mais importante, o estabelecimento da marca como um ponto de referência entre os enófilos com maior poder de compra. Os primeiros passos nesta estratégia já foram dados, com o lançamento de vinhos bem-apresentados e com inegável qualidade. O resto vai levar mais tempo, mas António Barreira já o sabe e não está muito preocupado. Todos os negócios têm os seus timings e este não é diferente: só precisa um pouco mais de tempo…

Instalações em Porto Nogueira, a anunciarem um ambicioso projecto enoturístico.

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Edição n.º32, Dezembro 2019

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ConsumerChoice considera Garrafeira Nacional como Marca nº1

A Garrafeira Nacional foi eleita pela Escolha do Consumidor como uma das Marcas nº1 em Portugal, pelo segundo ano consecutivo. Estiveram 913 marcas sob o escrutínio da ConsumerChoice – Centro de Avaliação da Satisfação do Consumidor – entidade responsável pela avaliação. Em causa esteve a performance das diferentes marcas em 2019 que, através de um […]

A Garrafeira Nacional foi eleita pela Escolha do Consumidor como uma das Marcas nº1 em Portugal, pelo segundo ano consecutivo. Estiveram 913 marcas sob o escrutínio da ConsumerChoice – Centro de Avaliação da Satisfação do Consumidor – entidade responsável pela avaliação.

Em causa esteve a performance das diferentes marcas em 2019 que, através de um processo que envolve a identificação dos atributos mais importantes para os consumidores e uma avaliação efectiva das marcas de cada categoria, permitiu aferir quais as que apresentaram maiores níveis de satisfação e intenção de compra ou recomendação.

Jaime Vaz, CEO da Garrafeira Nacional, confessou: “É um orgulho para toda a equipa receber esta distinção. Não só porque significa que estamos no caminho certo e que estamos a prestar um serviço de elevada qualidade aos nossos clientes, mas também porque nos motiva a fazer mais e melhor.”

30 anos não são 3 dias

Luís Lopes

Neste mês de dezembro de 2019 atinjo três décadas consecutivas de escrita sobre vinhos. Não sei se é muito ou pouco, mas talvez seja o suficiente para poder transgredir a regra de ouro do jornalismo (nunca se tornar o sujeito da notícia) e deixar aqui uma reflexão, tão lúcida quanto possível, sobre a minha passagem […]

Neste mês de dezembro de 2019 atinjo três décadas consecutivas de escrita sobre vinhos. Não sei se é muito ou pouco, mas talvez seja o suficiente para poder transgredir a regra de ouro do jornalismo (nunca se tornar o sujeito da notícia) e deixar aqui uma reflexão, tão lúcida quanto possível, sobre a minha passagem por esta profissão.

TEXTO Luís Lopes

Tenho 58 anos de idade, sou jornalista há 35 e escrevo sobre vinhos há exatamente 360 meses, sem interrupção. Não trocaria esta profissão por nenhuma outra e adorei todos (ou quase todos) os momentos que passei aprendendo, provando, conversando, visitando pessoas, vinhas, adegas, mercados, em Portugal e no mundo.

Ao contrário do que se vê por aí, eu não renego o passado e muito menos procuro reescrever a história, apagando ou omitindo factos e personagens à boa maneira estalinista (nos dias de hoje, com o digital, seria ainda mais fácil fazer desaparecer das fotos os antigos líderes do regime…). Pelo contrário, olho para trás com saudade, respeito e prazer. Orgulho-me de, em 1989, ter fundado a Revista de Vinhos (estão a ver, escrevi o nome e não fui fulminado por um raio…) e ter orientado essa publicação ao longo de quase vinte e oito anos. Tanto quanto me orgulho destes dois anos e meio enquanto director da Grandes Escolhas.

Ao longo da minha vida assisti à ascensão de muitos produtores, castas, técnicas enológicas, perfis de vinho, conceitos, padrões de consumo e modelos de negócio, e ao desvanecer de outros tantos. O meu trajecto profissional permitiu-me conhecer pessoas extraordinárias e criar com algumas delas relações de grande amizade. Aprendi (e continuo a aprender) muitíssimo com todos, desde o viticultor ao enólogo, do produtor ao vendedor na loja. Mas foi junto do consumidor que mais profundos ensinamentos recolhi. Perceber porque é que alguém prefere este vinho àquele é algo que continua a fascinar-me. Entender os mecanismos do gosto e tudo aquilo que condiciona a compra de uma garrafa é, para mim, uma verdadeira paixão.
Cometi erros de avaliação, certamente muitos. A todos os produtores que viram o seu esforço prejudicado por uma prova menos acertada, deixo aqui as minhas desculpas. Acreditem, porém, que sempre procurei escrever e provar com o máximo de concentração, isenção e profissionalismo. A classificação de um vinho encerra sempre alguma subjectividade e, também por isso, exige total sentido de responsabilidade, que deverá estar obrigatoriamente presente quando levamos um copo à boca. Nesse aspecto, estou de consciência tranquila.

Os projectos são feitos de pessoas, e na Revista de Vinhos e na Grandes Escolhas muitas foram aquelas e aqueles que ajudaram a tornar o sonho realidade. Alguns ficaram pelo caminho (ou por vontade própria ou porque a lei da vida não os deixou prosseguir), com outros continuo a trabalhar diariamente. A todos agradeço sentidamente o terem-me ajudado a fazer o que gosto e que espero continuar a fazer por muitos e bons anos, assim leitores e consumidores tenham paciência para me ler e ouvir.

Na última década, sobretudo, muitas vezes me questionaram sobre o que de mais significativo ajudei a mudar ou desenvolver no sector do vinho ao longo da minha carreira. Uma pergunta à qual tenho respondido, invariavelmente, da mesma forma: o progresso é feito de contributos colectivos, não individuais, e o que verdadeiramente me deu gozo foi poder assistir, na primeira fila, à fulgurante caminhada que o Portugal do vinho tem feito desde 1989. De agora em diante, porém, quando surgir a questão a resposta será outra. O contributo de que mais me orgulho, o meu legado, se quiserem, é presente e futuro e não passado: chama-se Mariana, tem 28 anos e é jornalista de vinhos.

Termino como comecei, solicitando a vossa indulgência por desperdiçar espaço editorial desta revista a falar sobre a minha pessoa, coisa que, como sabem todos os que minimamente me conhecem, não é algo que me agrade. Mas enfim, há momentos para tudo, e trinta anos não são três dias.

Edição n.º32, Dezembro 2019

ACV – Vinhos de Talha já tem loja online

A ACV – Vinhos de Talha, começa o ano de 2020 com a abertura da sua nova Loja Online. Esta fase inicial traz vantagens e campanhas exclusivas para os clientes: quando do registo, o utilizador recebe, imediatamente, um voucher de €5; e na compra de dois dos três produtos que estão em promoção, é oferecido […]

A ACV – Vinhos de Talha, começa o ano de 2020 com a abertura da sua nova Loja Online.

Esta fase inicial traz vantagens e campanhas exclusivas para os clientes: quando do registo, o utilizador recebe, imediatamente, um voucher de €5; e na compra de dois dos três produtos que estão em promoção, é oferecido 10% de desconto + portes de envio.

ACV – Vinhos de Talha, situada em Vila de Frades,  foi um dos primeiros produtores a certificar os seus vinhos como Vinho de Talha, junto da Comissão Vitivinícola Regional Alentejana. Produzindo exclusivamente nestas ânforas de barro, estes vinhos nascem numa adega tradicional com algumas talhas datadas de 1856 e 1860.

Adega de Redondo obtém importante certificação de segurança

A Adega de Redondo acaba de obter uma das mais exigentes e importantes certificações de segurança alimentar, a certificação FSSC 22000. Segundo a própria, “A Adega de Redondo trabalhou afincadamente ao longo do ano de 2019 para a obtenção de uma certificação nesta área”. Este certificado é aprovado e reconhecido pelo GFSI (Global Food Safety […]

A Adega de Redondo acaba de obter uma das mais exigentes e importantes certificações de segurança alimentar, a certificação FSSC 22000. Segundo a própria, “A Adega de Redondo trabalhou afincadamente ao longo do ano de 2019 para a obtenção de uma certificação nesta área”. Este certificado é aprovado e reconhecido pelo GFSI (Global Food Safety Iniciative), significando uma melhoria contínua na qualidade e garantia de comercialização de produtos seguros aos clientes e consumidores. A Adega de Redondo acrescenta ainda que, com este reconhecimento, pretende “fortalecer a posição no mercado nacional e internacional, oferecendo um melhor nível de serviço”.

Symington cria Fundo de Impacto no valor de 1 milhão de euros

Em 2020, a Symington Family Estates vai celebrar dois marcos históricos: o bicentenário da marca Graham’s e os 350 anos da marca Warre’s. De forma a assinalar estes dois eventos, a empresa criou um Fundo de Impacto, com um compromisso inicial de 1 milhão de euros. O fundo será utilizado primordialmente para apoiar causas de […]

Em 2020, a Symington Family Estates vai celebrar dois marcos históricos: o bicentenário da marca Graham’s e os 350 anos da marca Warre’s. De forma a assinalar estes dois eventos, a empresa criou um Fundo de Impacto, com um compromisso inicial de 1 milhão de euros. O fundo será utilizado primordialmente para apoiar causas de beneficência nas regiões do Douro e do Porto, bem como no Alto Alentejo, por se tratar das zonas onde detém a sede e as suas quintas. As áreas de foco são três: bem-estar e saúde da comunidade, protecção e conservação ambiental e herança cultural e educação.

“Temos sempre procurado gerir a nossa empresa familiar de uma forma que beneficie as pessoas – quer sejam nossos colaboradores ou a comunidade mais alargada. Estamos também comprometidos com a protecção do belíssimo ambiente natural onde trabalhamos as nossas vinhas. Temos reinvestido de forma consistente na região do Douro e temos um longo histórico de apoio a iniciativas sociais nos locais onde trabalhamos. O Fundo de Impacto da Symington é uma maneira de formalizar este compromisso e de assegurar o apoio aos projectos que estão mais alinhados com os nossos valores e onde podemos ter o máximo impacto positivo”, avança Rupert Symington, CEO da Symington Family Estates.

Os actuais parceiros do Fundo de Impacto da Symington incluem as Corporações de Bombeiros Voluntários da Região do Douro (às quais já foram doadas 13 ambulâncias) e a Bagos d’Ouro (uma instituição de beneficência que proporciona educação e oportunidades a crianças com carências no Douro), assim como um novo parceiro que trabalha na área da protecção e conservação ambiental e que será anunciado brevemente. O projecto terá um ciclo de financiamento de doze meses, além de uma contribuição anual adicional da empresa familiar, com o objectivo de assegurar que o valor do fundo aumente, proporcionando um apoio sustentável a longo-prazo para iniciativas chave e para os parceiros.

Corticeira Amorim marca 150 anos com renovação total de imagem

São já 150 anos que cumpre a maior empresa de transformação de cortiça do mundo. Com 763 milhões de euros de vendas consolidadas (em 2018), para cerca de 27 000 clientes em mais de 100 países, a Corticeira Amorim tem já 4431 colaboradores, incluindo 1200 fora de Portugal, dez unidades de preparação de matéria-prima e […]

São já 150 anos que cumpre a maior empresa de transformação de cortiça do mundo. Com 763 milhões de euros de vendas consolidadas (em 2018), para cerca de 27 000 clientes em mais de 100 países, a Corticeira Amorim tem já 4431 colaboradores, incluindo 1200 fora de Portugal, dez unidades de preparação de matéria-prima e dezanove unidades industriais.

É de sublinhar que, mesmo com esta gigante dimensão, a Corticeira Amorim mantém uma pegada de carbono negativa. E é por esta consciência sustentável e ambiental que a empresa anunciou ontem, dia 9 de Janeiro, que vai já este ano colocar em marcha o Projecto de Intervenção Florestal: mobilizar os produtores florestais a plantarem, em conjunto, 50 mil hectares de sobro nos próximos dez anos. Com este plano, a Amorim espera um incremento de 7% na área de floresta de sobro, que corresponderá a um aumento de 35% da produção de matéria-prima, a cortiça, respondendo assim às necessidades deste sector em crescimento.

Possuindo um portefólio de produtos com aplicações em diversos sectores, como vinho (produz 25 milhões de rolhas por dia, sendo a maior fatia do bolo Amorim), construção, pisos, aeronáutica, automóvel, calçado, entre outros, a Amorim implementou um processo de produção integrado que garante que nenhuma cortiça é desperdiçada e apoia várias iniciativas para recolha e reciclagem de rolhas de cortiça nos cinco continentes.

Ao celebrar estes 150 anos, a corticeira apresentou também uma total renovação da identidade visual, da empresa e de todas as suas marcas, que inclui a nova logo-marca AMORIM. Desenvolvida pelo Atelier Eduardo Aires, a nova identidade tem como referência central o sobreiro e a sustentabilidade, representados de forma contemporânea, e o círculo que abraça todas as áreas tocadas pela empresa, desde o montado ao produto final.


António Rios de Amorim, CEO da Corticeira Amorim (primeiro e à esquerda na foto), afirma: “No momento em que comemoramos 150 anos, sentimos que chegou a altura de refundar a marca, com uma visão mais actual e representativa da ambição temos para o futuro”.

Leia a reportagem do evento na edição de Fevereiro, nº 34, da revista Grandes Escolhas.

Tejo Academia vai formar HORECA da região

A Comissão Vitivinícola Regional do Tejo criou, em parceria com a Confraria Enófila Nossa Senhora do Tejo, um projecto virado para a formação de agentes económicos da região. Com o nome Tejo Academia, a iniciativa vai dotar de mais ferramentas os restaurantes, bares, wine bars, e outros espaços enogastronómicos que estejam inseridos dentro dos limites […]

A Comissão Vitivinícola Regional do Tejo criou, em parceria com a Confraria Enófila Nossa Senhora do Tejo, um projecto virado para a formação de agentes económicos da região.

Com o nome Tejo Academia, a iniciativa vai dotar de mais ferramentas os restaurantes, bares, wine bars, e outros espaços enogastronómicos que estejam inseridos dentro dos limites do Tejo. Terá uma periodicidade bienal, vai ajudar os participantes a conhecer melhor a região, os vinhos, (também noções de serviço e elaboração de carta de vinhos) ou temas relacionados com cozinha, como confecção, empratamento e harmonizações. Mário Louro e Pedro Sommer serão os orientadores.

O Tejo Academia é gratuito. As sessões serão à Segunda-feira da parte da tarde e a primeira será já no dia 3 de Fevereiro, em Santarém (no restaurante Oh! Vargas), a segunda no dia 17 de Fevereiro, em Tomar (no Hotel dos Templários), sendo que a terceira data será definida em breve. No final de cada sessão, haverá uma prova de Vinhos do Tejo. Estas acções de formação incluem também provas de “aferição”, uma teórica e outra prática.

Foto: Gonçalo Villaverde