Os frescos vinhos da Quinta da Lapa

[vc_row type=”in_container” full_screen_row_position=”middle” scene_position=”center” text_color=”dark” text_align=”left” overlay_strength=”0.3″ shape_divider_position=”bottom”][vc_column column_padding=”no-extra-padding” column_padding_position=”all” background_color_opacity=”1″ background_hover_color_opacity=”1″ column_shadow=”none” column_border_radius=”none” width=”1/1″ tablet_text_alignment=”default” phone_text_alignment=”default” column_border_width=”none” column_border_style=”solid”][vc_column_text] [/vc_column_text][/vc_column][/vc_row][vc_row type=”in_container” full_screen_row_position=”middle” scene_position=”center” text_color=”dark” text_align=”left” overlay_strength=”0.3″ shape_divider_position=”bottom”][vc_column column_padding=”no-extra-padding” column_padding_position=”all” background_color_opacity=”1″ background_hover_color_opacity=”1″ column_shadow=”none” column_border_radius=”none” width=”1/1″ tablet_text_alignment=”default” phone_text_alignment=”default” column_border_width=”none” column_border_style=”solid”][vc_column_text]Manique do Intendente é a zona onde a família de José Guilherme da Costa decidiu plantar vinha e […]

[vc_row type=”in_container” full_screen_row_position=”middle” scene_position=”center” text_color=”dark” text_align=”left” overlay_strength=”0.3″ shape_divider_position=”bottom”][vc_column column_padding=”no-extra-padding” column_padding_position=”all” background_color_opacity=”1″ background_hover_color_opacity=”1″ column_shadow=”none” column_border_radius=”none” width=”1/1″ tablet_text_alignment=”default” phone_text_alignment=”default” column_border_width=”none” column_border_style=”solid”][vc_column_text]

[/vc_column_text][/vc_column][/vc_row][vc_row type=”in_container” full_screen_row_position=”middle” scene_position=”center” text_color=”dark” text_align=”left” overlay_strength=”0.3″ shape_divider_position=”bottom”][vc_column column_padding=”no-extra-padding” column_padding_position=”all” background_color_opacity=”1″ background_hover_color_opacity=”1″ column_shadow=”none” column_border_radius=”none” width=”1/1″ tablet_text_alignment=”default” phone_text_alignment=”default” column_border_width=”none” column_border_style=”solid”][vc_column_text]Manique do Intendente é a zona onde a família de José Guilherme da Costa decidiu plantar vinha e produzir vinho. Corriam os anos 90 do século passado, mas nestas duas décadas muita coisa mudou, e para melhor.

TEXTO António Falcão
FOTOS Ricardo Gomez

Manique do Intendente é uma povoação que tem de ser visitada pelo menos uma vez na vida. O seu ex-libris é a sumptuosa frontaria do palácio inacabado de Pina Manique, Intendente Geral da Polícia durante o reinado de D. Maria I e durante a vigência do Marquês de Pombal. Homem de confiança da realeza, Pina Manique acumulou cargos, terras e riquezas, mas, aparentemente, não o suficiente para terminar o seu palácio, em terras doadas por D. Maria I. Será que os fundos de que dispôs foram, entretanto, para a fundação da Casa Pia? Não o sabemos. Sabemos, isso sim, que esta zona produz vinhos brancos e tintos desde, pelo menos, 1744, certamente para abastecer algum mercado local e a cidade de Lisboa, com vinhos a granel enviados de carroça para a capital. Provavelmente por isso, Manique nunca foi muito conhecida pelo seu vinho. Isto, claro, até à entrada na região de um dos protagonistas da nossa história, José Guilherme da Costa, que adquire em 1989, a Quinta de Nossa Senhora da Conceição da Lapa, mais conhecida como Quinta da Lapa. Na altura tinha cerca de 90 hectares, mas reza a história que já tinha sido bem maior, quando estava nas mãos de uma cooperativa. Esta entrou em dificuldades e acabou por dividir o acervo em quatro, para venda. A parte da Quinta da Lapa, onde estavam as edificações, foi a última a ser vendida.

José Guilherme põe imediatamente mãos à obra. O homem forte da Tecnovia, uma grande empresa nacional do ramo da construção civil e obras públicas, cedo apontou a quinta para a agricultura, uma área de negócio que a sua família conhecia bem, desde há gerações.

A propriedade já tinha videiras, mas, verdade seja dita, foram todas arrancadas, dando lugar a novas castas, mais apropriadas para fazer vinhos ao gosto do consumidor moderno. A adega foi preparada a seguir e os vinhos foram aparecendo, mais para consumo e distribuição local que para o mercado global. No entanto, a qualidade ia criando consumidores fiéis e suscitando bastantes elogios. De tal maneira que o empresário começou a cismar em levantar a fasquia do investimento para uma ainda maior qualidade. Em 2007 entra assim Jaime Quendera para a enologia da casa, como enólogo consultor. Coincidência ou não, José Guilherme decide enviar vinhos para o Concurso Nacional de Vinhos Engarrafados. Entre as medalhas conseguidas, o Quinta da Lapa Reserva tinto 2008 obteve o prémio “Melhor Vinho” e medalha “Prestígio”. Este terá sido o factor decisivo que levou José Guilherme a investir mais tempo e dinheiro no vinho e numa gestão mais profissional na Quinta da Lapa.

Vem aí ajuda

O outro grande protagonista da história é Sílvia Canas da Costa, filha de José Guilherme, que entra em 2011 para a Quinta da Lapa, mas para supervisionar a reconversão dos edifícios rústicos. Arquitecta de profissão, Sílvia não teve aqui falta de trabalho: havia muita coisa para recuperar e diversos edifícios para reconstruir e/ou criar de raiz. Descobriram-se coisas curiosos, como as pinturas de dois altares, escondidas por tinta castanha. A figura de Santa Teresa d’Ávila emergiu como porta-estandarte da casa, por causa do seu poema de fé, inscrito em pedra sobre a porta de entrada. Santa Teresa acabou por dar lugar a vinhos especiais em sua homenagem, na altura dos 500 anos do seu nascimento.
O resultado de tantas modificações foi magnífico e no meio surgiu, para além dos imóveis agrícolas e adega, um espectacular enoturismo com onze quartos. No geral, o acervo imobiliário da quinta é substancial, muito maior do que uma quinta com 100 hectares poderia fazer prever. Este ano, a implantação arquitectónica do conjunto cresceu ainda mais com a construção da nova adega, imprescindível pelo aumento que foi acontecendo na área de vinha.

Sílvia entra para a gestão do projecto num momento em que o pai decide profissionalizar mais a exploração. “Estava um pouco cansada da arquitectura e decidi mudar para o vinho”, diz-nos a gestora enquanto caminha connosco pela estrada de terra que separa duas parcelas de vinha da quinta. Sílvia gosta de ir até ao topo do moinho próximo da casa e admirar as redondezas. Deste local alto, avista-se a quinta toda, ou quase. O facto de estar quase completamente murada facilita a identificação dos limites. No total serão alguns quilómetros de muros e redes, um número que impressiona, mas que, verdade seja dita, empalidece se o compararmos com o da vizinha Torre Bela, uma das maiores propriedades muradas da Europa, com 18 quilómetros de muros! Ali ao pé, a aldeia de Arrifana, com os seus típicos casarios brancos. A quinta encosta à aldeia pelo cemitério e, curiosamente, é dali que vêm consistentemente das melhores uvas da Quinta da Lapa. Mais ao fundo, a uma dezena de quilómetros, a imponente serra de Montejunto.

Jaime Quendera e Sílvia Canas da Costa.

A vista é magnifica e permite ver bem o terreno suavemente colinoso da quinta. Predominam os solos argilo-calcáreos, mas, como é típico na região do Tejo, existem muitas manchas. Falamos de solos fortes, com boa fertilidade, embora a produção média raramente ultrapasse as 7 toneladas por hectare. Jaime Quendera diz-nos que se procura “sobretudo o equilíbrio da produção e por isso somos cuidadosos com adubos e água”. O resto é o clima que faz.

Um clima especial

A nível climático, a Serra de Montejunto faz alguma barreira aos ventos marítimos, condicionando o clima desta região. Jaime continua espantado, ano após ano, com as amplitudes térmicas, que contribuem para a criação de vinhos com belos teores de acidez. “Chegamos a ter aqui dias com 40 graus, mas à noite corre quase sempre um vento fresco”, diz Jaime. Sílvia confirma e conta-nos uma história que elucida bem esta característica climatérica: “Numa festa que fiz aqui em Março, começamos com 25 graus na hora de almoço e terminamos, já noite dentro, com zero graus! Mesmo em Agosto, é raro haver condições para as pessoas estarem cá fora à noite”.

A frescura adicional é benéfica para os brancos, espumantes, rosés e, claro, para os tintos. Contudo, estes ficam um pouco duros no início e é por esta razão que Sílvia e Jaime não têm pressa em os lançar para o mercado. Mesmo os colheita costumam ter dois ou três anos de garrafa. Este ano, Sílvia está a (re)lançar o Reserva 2011, de uma pequena quantidade que guardou. É uma nova experiência que acabou por demonstrar que, apesar dos seus oito anos, o vinho exibe ainda muita juventude, com bastante fruta, e se mostra muito distante da decadência.

“Parecem quase vinhos de montanha, como os do Douro ou do Dão”, declara Jaime. A altitude nem sequer é elevada: estamos aqui a cerca de 100 metros acima do nível do mar, que, em linha recta, dista apenas 40 quilómetros.

A região de Lisboa é vizinha e muito perto, mas, diz-nos Jaime, “os vinhos não têm nada a ver com estes”. Jaime não faz juízos de valor, apenas constata a diferença, provocada sobretudo pelo calor, que proporciona maturações mais rápidas e dá “vinhos maduros, mas com acidez”.

A vinha a crescer

A primeira plantação de vinha começou logo em 1990 e o total terá ficado pelos 30 hectares. Ao longo dos anos, foram ocorrendo várias mudanças: castas que não provaram bem deram lugar a outras que já tinham pergaminhos confirmados. E a área de vinha foi crescendo, até chegar hoje aos 72 hectares, uma área considerável que gera cerca umas centenas de milhar de litros de vinho. “Já não temos mais espaço para plantar vinha; agora para crescer temos que ir comprando terra aos nossos vizinhos”, diz-nos Sílvia. E assim tem acontecendo: nos últimos anos a família adquiriu 10 hectares. A vinha (e adega) está cargo de Jorge Ventura, jovem viticultor e enólogo residente. Aqui está-se em regime de Produção Integrada, e existe (e sempre existirá) arrelvamento na entrelinha: “não pode ser de outra maneira, porque sem o coberto vegetal, poderia haver erosão em altura de chuvas fortes”, explica Jaime. Aqui usa-se muito o estrume como fertilizante, que vem de outra quinta da família, onde se cria gado de leite. Não resisto e pergunto a Sílvia: “o negócio do vinho é capaz de ser melhor…” Sou respondido com uma sonora gargalhada.

Uma adega bem folgada

Passamos à cozinha do enoturismo e fazemos uma degustação de alguns vinhos. Jaime e Sílvia conduzem a prova, que, se ocorresse dentro de dois meses, seria realizada na nova sala de provas da nova adega. Esta já funcionou em 2019, mas alguns pormenores estão a ser ultimados, como a espectacular sala de provas, no piso mais alto dos 3 existentes. De resto, a adega tem tudo o que é necessário para fazer vinhos de topo, incluindo muito espaço. O piso inferior, para estágio de vinho e barricas, está subterrâneo.

Voltamos aos vinhos e um dos que mais impressiona é o Homenagem Reserva 2015. Diz Jaime: “este tinto passou 24 meses em barrica nova, 12 + 12”. “12+12”? pergunto. “Sim, ao fim de um ano saiu de barricas novas para entrar em outras barricas novas”. O vinho está excessivamente amadeirado? Nada disso. Teve estrutura para aguentar dois anos em dupla madeira nova sem ficar demasiado marcado. O tempo, é verdade, ajudou a suavizar tudo. Saber estas coisas da enologia é uma das facetas de Jaime, que faz muitos milhões de litros de vinho todos os anos, em vários produtores. E tanto faz vinho abaixo dos 2 euros a garrafa como assina néctares com preços muito elevados. Mas talvez a sua maior mais valia seja a compreensão do gosto dos consumidores, que ele avalia nos múltiplos eventos a que vai pelo mundo inteiro.

Aqui dá a sua opinião, claro, mas tem a ajuda preciosa de Sílvia, que também viaja com frequência por todo o mundo e ausculta as opiniões dos enófilos. A casa já tem clientes por esse mundo fora, embora a quota da exportação ainda não tenha chegado a metade do total. China, Alemanha e Bélgica são os maiores mercados. Curiosamente, no mercado nacional e por regiões, é a Madeira que leva a dianteira. E logo a seguir vem os Açores e depois o Algarve. Nenhuma garrafa vai para a moderna distribuição. O resto do país é feito com distribuição própria, mas Sílvia acha que este modelo terá de sofrer ajustamentos para acomodar os crescimentos previstos com as novas vinhas em produção. Ou seja, as quantidades envolvidas não só crescem todos os anos como também o portefólio, que hoje comporta mais de 20 referências, incluindo quatro espumantes e sete monocastas. Para breve serão lançados projectos especiais, como um branco especial ‘Fernão Pirão’ (com curtimenta), um clarete (mistura de tinto e branco), e um varietal de Castelão, feito à antiga. Projectos não faltam, e Sílvia nem nos revelou alguns que não chegaram a ver comercialmente a luz do dia. “Só engarrafamos o que vale a pena”, revela a gestora. O resto fica no segredo dos deuses.

A visita aproxima-se do fim e disparamos a última pergunta a Sílvia: valeu a pena largar a arquitectura para vir para o mundo do vinho? Sílvia nem hesita: “foi muito difícil ao início, especialmente na área comercial, até porque vinha de outra área. Mas é um mundo muito giro e não me arrependo de aqui ter entrado”.[/vc_column_text][/vc_column][/vc_row][vc_row type=”in_container” full_screen_row_position=”middle” scene_position=”center” text_color=”dark” text_align=”left” overlay_strength=”0.3″ shape_divider_position=”bottom”][vc_column column_padding=”no-extra-padding” column_padding_position=”all” background_color_opacity=”1″ background_hover_color_opacity=”1″ column_shadow=”none” column_border_radius=”none” width=”1/1″ tablet_text_alignment=”default” phone_text_alignment=”default” column_border_width=”none” column_border_style=”solid”][vc_column_text]

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Edição nº 33, Janeiro 2020

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Grupo SEAME cria garrafeira na Uber Eats e disponibiliza Soão na plataforma

O grupo criador de marcas como Sea Me – Peixaria Moderna, Meat Me ou Prego da Peixaria, cria agora uma adega virtual, com o nome Dionísio, disponível através da Uber Eats a partir de amanhã (28 de Março). Esta garrafeira na Uber Eats disponibilizará vinhos de produtores portugueses que o público se habituou a encontrar […]

O grupo criador de marcas como Sea Me – Peixaria Moderna, Meat Me ou Prego da Peixaria, cria agora uma adega virtual, com o nome Dionísio, disponível através da Uber Eats a partir de amanhã (28 de Março).

Esta garrafeira na Uber Eats disponibilizará vinhos de produtores portugueses que o público se habituou a encontrar em restaurantes, mas que não costumam ocupar as prateleiras de venda a retalho. Com preços a variar entre os €7 e os €23 aquando do arranque, a Dionísio terá sempre cerca de 20 referências que irão variando, sendo as vendas feitas à unidade. Nos Vinhos Verdes encontramos o Azevedo Loureiro Alvarinho (€7), do Douro chega, por exemplo, o Grainha Reserva (€17), do Dão o Quinta dos Carvalhais Encruzado (€23); da Bairrada o FP, by Filipa Pato (11,5€), de Lisboa o Quinta Pinto Sauvignon Blanc (€15) e de Setúbal o Bacalhôa Verdelho (€12,5); nos vinhos da região do Alentejo podemos pedir o Esporão Reserva (€16,5) entre outros. Os pedidos são entregues numa média de 25 minutos depois de feitos na aplicação, no centro de Lisboa e na zona de Algés – Linda-a-Velha.

Já no que toca ao restaurante asiático Soão, da Avenida de Roma, este está agora disponível na Uber Eats com sete pratos. Nas entradas, há as Keema Samosa, as chamuças de cabra, caril e molho de iogurte e menta (€8) e, nas sopas, a Tom Yum Gai, com erva príncipe, lima kaffir, chili, cogumelos e frango (€13,5). Nos pratos principais, estão disponíveis o Pad Thai de camarão, (€19,5) e de frango (€18,5), o Caril Verme-lho Verde (ambos a €16,5), ambos de frango. Além destes, há ainda o Gua Bao, de porco desfiado, molho de feijão preto, coentros, pepino e amendoim (€8,5) e o imprescindível Arroz de Jasmim (€3) para acompanhar. Nas bebidas há chá frio (€3), mas também várias cervejas do oriente, como a Kirin Ichiban (€4,5), a Singha (€4) ou a Sapporo (€5), entre outras.

O projecto que marcou a diferença desde a sua abertura, em 2018, na zona em que se insere, continua bairrista: as entregas serão feitas apenas num raio de 4 km do restaurante, na zona de Alvalade.

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Caro leitor, O grave surto desta pandemia que nos caiu em cima virou de repente o nosso mundo de pernas para o ar. Como tantas outras empresas, também na revista Grandes Escolhas fomos forçados a fazer alterações drásticas nas nossas rotinas e ficámos muito limitados no nosso trabalho. Deixamos de poder ir a apresentações e […]

Caro leitor,

O grave surto desta pandemia que nos caiu em cima virou de repente o nosso mundo de pernas para o ar.

Como tantas outras empresas, também na revista Grandes Escolhas fomos forçados a fazer alterações drásticas nas nossas rotinas e ficámos muito limitados no nosso trabalho. Deixamos de poder ir a apresentações e lançamentos que foram cancelados, não podemos visitar produtores ou enoturismos, não faz sentido referenciar restaurantes, bares e garrafeiras que estão fechados por medida de protecção.

Mas apesar destes constrangimentos, não parámos e continuamos a trabalhar com afinco… mas à distancia. Continuamos a receber amostras de vinhos, a provar, a comunicar, a divulgar. Continuamos a falar todos os dias com os produtores por telefone ou videochamada e com milhares de consumidores através do site grandesescolhas.com. E continuamos a publicar a revista impressa. Num tempo em que os próprios produtores estão limitados na sua actividade comercial ou ensaiam novas formas de tentar chegar ao público e manter o contacto possível com os seus clientes, nós somos também a sua voz que se mantém activa e disponível.

Mas precisamente por isso, precisamos do vosso apoio, agora ainda mais do que nunca. Com parte da rede nacional dos pontos de venda encerrada, é provável que o leitor tenha agora mais dificuldade em encontrar a sua revista habitual nos locais habituais. Por isso apelamos que continue ligado connosco, fazendo uma assinatura digital da Grandes Escolhas. É fácil, é mais barato, mais cómodo e não perde nada da edição impressa, folheando a revista no seu computador ou tablet como como se fosse a edição em papel. Estão disponíveis as opções de 1 edição, 6 edições (com oferta de mais 3) e de 12 edições (com oferta de mais 6).

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António Maçanita cria loja online e reverte metade dos lucros para Cruz Vermelha

Já está online o site onde é possível comprar mais de 50 vinhos assinados pelo enólogo e produtor António Maçanita (entrega gratuita acima de quaisquer 6 garrafas) e, ainda, ajudar a Cruz Vermelha na batalha contra a COVID-19. Metade dos lucros vai para a campanha #euajudoquemajuda. “Perante esta situação difícil que vivemos, os meus esforços […]

Já está online o site onde é possível comprar mais de 50 vinhos assinados pelo enólogo e produtor António Maçanita (entrega gratuita acima de quaisquer 6 garrafas) e, ainda, ajudar a Cruz Vermelha na batalha contra a COVID-19. Metade dos lucros vai para a campanha #euajudoquemajuda.

“Perante esta situação difícil que vivemos, os meus esforços vão para, não só manter a minha empresa em funcionamento e a minha equipa saudável e protegida, como fazê-lo ajudando onde é mais preciso durante esta crise de saúde pública. Assim, criámos um site de venda dos nossos vinhos, com referências que até agora o cliente final só podia aceder através da restauração ou do pequeno retalho. No entanto, não faz sentido para mim, nem para a minha equipa, sermos ajudados sem ajudar os outros. Como tal, queremos participar nesta rede em cadeia doando metade dos lucros que faremos online à campanha #euajudoquemajuda, da Cruz Vermelha.” declarações do enólogo António Maçanita sobre as motivações que levaram a esta iniciativa.

Entre os vários vinhos disponíveis, estão novidades lançadas este mês de Março, como a gama Chão dos Eremitas, da Fita Preta, ou o Fita Preta Branco Ancestral. Além das novidades, também raridades e edições especiais, até agora pouco acessíveis, estarão disponíveis para venda ao público. É o caso do Fina Flor, um vinho que faz lembrar um xerez seco; Da Pedra se fez Espumante, um espumante dos Açores; ou Laranja Mecânica, o primeiro vinho laranja do enólogo.

As entregas demoram entre 24 e 48 horas para território nacional e entre 48 e 72 horas para o resto da Europa, mas para quem tem pressa de provar estes vinhos, pode fazê-lo na Grande Lisboa através da aplicação No Menu que tem, a partir de hoje, 31 vinhos das várias regiões onde o enólogo produz, disponíveis para entrega imediata. Esta parceria com a No Menu – que terá exclusivamente em armazém estes vinhos para venda – procura facilitar quem quer comprar menos quantidade de vinhos, mais rapidamente.

O que é que o Vale do Sousa tem?

[vc_row type=”in_container” full_screen_row_position=”middle” scene_position=”center” text_color=”dark” text_align=”left” overlay_strength=”0.3″ shape_divider_position=”bottom”][vc_column column_padding=”no-extra-padding” column_padding_position=”all” background_color_opacity=”1″ background_hover_color_opacity=”1″ column_shadow=”none” column_border_radius=”none” width=”1/1″ tablet_text_alignment=”default” phone_text_alignment=”default” column_border_width=”none” column_border_style=”solid”][vc_column_text]Estamos em Lousada onde, dizem-nos, existe uma das maiores concentrações de casas solarengas de toda a região do Vinho Verde. Terras de vinha onde reina a casta Arinto, também conhecida por Pedernã, muitas vezes acompanhada da Azal. […]

[vc_row type=”in_container” full_screen_row_position=”middle” scene_position=”center” text_color=”dark” text_align=”left” overlay_strength=”0.3″ shape_divider_position=”bottom”][vc_column column_padding=”no-extra-padding” column_padding_position=”all” background_color_opacity=”1″ background_hover_color_opacity=”1″ column_shadow=”none” column_border_radius=”none” width=”1/1″ tablet_text_alignment=”default” phone_text_alignment=”default” column_border_width=”none” column_border_style=”solid”][vc_column_text]Estamos em Lousada onde, dizem-nos, existe uma das maiores concentrações de casas solarengas de toda a região do Vinho Verde. Terras de vinha onde reina a casta Arinto, também conhecida por Pedernã, muitas vezes acompanhada da Azal. Conduzidos pelos produtores Rogério de Castro e João Camizão, fomos à descoberta do Vale do Sousa.

TEXTO João Paulo Martins
FOTOS Anabela Trindade

Quinta de Lourosa.

Quando se visita a Quinta de Lourosa do produtor Rogério de Castro, não estamos apenas a visitar uma propriedade, estamos a entrar num laboratório, num verdadeiro campo de ensaios. Não se estranha. Rogério de Castro é uma autoridade nacional e internacional no que diz respeito à viticultura, um académico que terá formado muitos dos actuais técnicos que trabalham nas vinhas e nas adegas. Como académico e cientista, Rogério gosta de experimentar, testar para então concluir. Outros preferem “achar” coisas e ter opiniões que não têm qualquer validação científica. Aqui testa-se quase tudo o que diga respeito à vinha: as castas e os seus clones, o sistema de condução, a poda, a vindima, os solos, as exposições, as produções por hectare. É assim que, com muito trabalho de campo, se podem tirar conclusões, é desta forma que se conseguem ter boas produções por hectare sem perda de qualidade. Se lhe ouvimos dizer que aqui se chega facilmente às vinte toneladas de uva por hectare, logo pensamos que se trata de um exagero, sobretudo se aquela quantidade for comparada com a região vizinha do Douro. “Aqui estamos em terra fértil, húmida e de vegetação abundante, por isso a produção é naturalmente mais elevada”, diz-nos. A filha Joana, agora responsável também pela vinha e adega e residente na zona, confirma que muitas das experiências do pai exigem presença permanente na vinha, “às vezes se não se intervém no dia certo podemos deitar tudo a perder”, lembra-nos. Apesar da paisagem luxuriante que sugere grande abundância de água, ficamos a saber que “temos falta de água no Verão e se não regarmos na altura certa perde-se tudo em termos aromáticos; por isso há rega instalada”.

Vinha da Arrochela & Camizão.

Também viticultor e produtor em Lousada, João Camizão, agora à frente do projecto dos vinhos Sem Igual, tem longa tradição familiar ligada ao vinho. Na família produz-se ainda a marca Casa de Oleiros. Quanto a este tema da rega João é claro quanto ao uso: “a rega é uma ferramenta e devemos usá-la bem. Aqui temos água de minas e nem sempre é preciso usá-la, mas em 2017 foi mesmo necessário, ao contrário de 2019 em que não regámos nada”. A sua aposta vai também para as castas Arinto e Azal. A presença da Alvarinho tem razão prática, “não queremos fazer vinhos Alvarinho, mas vendemos a uva que é, diga-se, paga a bom preço (75 cêntimos/quilo) bem mais que todas as outras que são pagas a 50 cêntimos”, diz.

Diferentes histórias, compromissos idênticos

A Quinta de Lourosa era pertença do tio-avô do nosso anfitrião, que deixou 13 herdeiros. A falta de vocação para as lides da terra levou os descendentes a quererem vender a quinta. Quando a venda já estava com data marcada, Rogério de Castro resolveu in extremis ficar com ela. Criou-se assim uma empresa familiar de quatro sócios, os pais e dois filhos. Casa quase em ruínas e vinha a precisar de muito trabalho foi o que herdou, mas hoje funciona ali um turismo rural e a vinha tem 27 hectares. Sente-se algum orgulho quando lhe ouvimos que “isto não é uma quinta, é um laboratório!”
A paisagem espelha bem o nome da região. Ao visitar a quinta (e tivemos sorte com o tempo…) percebemos que o verde é a cor dominante da paisagem, agora que praticamente todas as cepas estão despidas de folhagem e só aqui e ali ainda se encontram folhas com as magníficas cores outonais. São várias as parcelas, não estamos num contínuo de vinhas. Existem vinhas com Alvarinho numa encosta bem exposta e por aqui acredita-se na casta que, diz, “está condenada a ser uma grande casta em qualquer lugar, mas sabemos que é em Monção e Melgaço que ela melhor se expressa”.
Já João Camizão não estava talhado para produtor de vinhos, era na área das tecnologias de comunicação que trabalhava e foi isso que o levou a Macau e à India. A sua mulher, hoje também ela dedicada ao projecto e a fazer formação em vinhos, nasceu em Angola mas viveu grande parte da vida em Macau. O apelo da terra fez com que regressasse e deixasse o apartamento do Porto para se vir instalar nas terras da família.
Os vinhos Sem Igual nasceram com a colheita de 2011. João é também defensor dos vinhos de lote, “são eles que expressam melhor as características deste vale, um terroir que ainda estou a tentar compreender. Espero também a ajuda do meu professor Rogério de Castro que conheci na pós-graduação que fiz nesta área”. Algumas vinhas velhas em ramada foram preservadas e originam um dos vinhos da casa e “se soubesse o que sei hoje talvez tivesse conservado mais cepas mas foi a pressão do VITIS (um programa de apoio à reconversão da vinha) que nos fez arrancar muita vinha”, disse.

Joana e Rogério de Castro.

Sousa com Arinto e Azal

A Quinta de Lourosa está integrada na sub-região do Vale do Sousa e aqui cabem empresas gigantes, como a Aveleda ou a Adega de Felgueiras, mas também alguns pequenos produtores, como a Quinta da Tapada, Casa de Juste, Quinta da Raza, A &D Wines e João Camizão.
Assim como a zona de Ponte de Lima é considerada a pátria da casta Loureiro, o vale do Sousa pode ser o solar minhoto do Arinto. Nesta zona dos Vinhos Verdes a casta que melhor espelha as características do solo franco-arenoso e do clima é, segundo Rogério de Castro, a Arinto, logo seguida da Azal. Esta opinião não é partilhada por todos os produtores e, dizem-nos, nem mesmo a Aveleda lhe confere esse estatuto. Mas Rogério é grande apreciador da casta, “é a variedade mais plástica que temos no país, mas exige uma poda correcta para poder, por exemplo, ser vindimada à máquina”. À máquina? “sim, 50% da nossa vindima é feita à máquina; conseguimos assim vindimar 5 hectares num dia e fomos dos primeiros da região a vindimar com máquina. Custa cerca de €400 por hectare, mas vale a pena. É que aqui, em tempos, chegámos a ter 26 dias de vindima, era um sufoco”, diz-nos. Na sua quinta Rogério de Castro também tem Loureiro, mas escolheu os melhores clones; a diferença em relação ao vale do Lima é que “lá, mesmo sem clones seleccionados conseguem-se bons mostos enquanto que aqui há clones que não se dão bem e por isso temos de ser mais cuidadosos”. Eis um bom exemplo para explicar o conceito de terroir, dizemos nós.
Os aspectos específicos da viticultura e do clima nesta zona do país levam a que a incidência de doenças e pragas seja maior, tornando extremamente difícil, por exemplo, praticar uma agricultura biológica; a pressão do míldio é muito forte e os tratamentos sucedem-se. “Fazemos de 8 a 10 tratamentos por ano e há mesmo um pesticida que é obrigatório ser usado por todos, bios ou não, contra a flavescência dourada. A esse não se pode fugir. Temos também muitos problemas de esca, uma doença do lenho que obriga ao arranque e queima da planta para evitar contaminações”, diz Joana. É também por esta razão que Rogério de Castro não é um apaixonado pelas vinhas velhas e também não nutre grande simpatia pela ideia das castas misturadas na vinha (field blend) nesta região, em virtude da grande diferença de momento óptimo de maturação e consequente vindima de cada casta. Também João Camizão tem consciência das dificuldades: “ainda fazemos uma agricultura tradicional, com muita consciência e com vontade de diminuir tratamentos, mas as alternativas não são fantásticas”; pouca mobilização do solo, uso do intercepas são algumas práticas essenciais.
João, que trabalha com o enólogo Jorge Sousa Pinto, assume que a forma como se trabalha, o que se corta e o que deixa, como se poda e como se vinifica, tudo está dependente do conceito de vinho que se tem e dos objectivos que se pretendem. Por isso “para fazer isto eu tinha de estar por perto e tinha de saber o que estava a fazer; agora a minha mulher também está a aprofundar os conhecimentos, mas hoje sei que se não tivesse passado pela Índia não tinha vindo para aqui; foi lá que percebi que este poderia ser um projecto de vida”.
O desafio da região é conseguir aumentar a quantidade produzida sem perda de qualidade, algo que contradiz algum a ideia instalada de que produzir menos resulta sempre em melhor vinho. Mas tanto João como Rogério sabem que os projectos para vingarem têm de ser viáveis e conseguir uma boa produção com boas uvas é essencial. Os terrenos são fertéis mas “se houver umas ovelhas na vinha conseguem-se excelentes resultados, são as melhores amigas da viticultura, limpam as ervas, fazem a pré-poda e fertilizam o solo”, diz Rogério de Castro. Mas aos projectos não chega serem bons, essa qualidade tem de ser reconhecida por quem consome e isso só se consegue com uma boa comunicação, “é preciso estar no frontline e saber apresentar o nosso projecto, porque temos de saber explicar o que é o Sem Igual, onde está a nossa originalidade. A viagem começa na vinha e só acaba na comunicação e venda” assume João. Conseguir posicionar-se num nível de preço superior também leva o seu tempo. Apesar da pressão para fazer uma gama mais barata, “não é esse o nosso caminho”, refere produtor do Sem Igual, “os nossos vinhos vão dos 12 até aos 24 euros nas lojas e isso exige trabalho de comunicação; em algumas situações estamos associados com outros produtores para uma acção conjunta, como a Quinta de Santiago, Vale dos Ares e Cazas Novas; vamos à Prowein e já exportamos 60% da produção para vários destinos. Ao todo o projecto corresponde a 13 000 garrafas”, diz. João assume o lema do seu projecto: “Temos obrigação de fazer dos vinhos mais frescos e elegantes de Portugal!”

A família de João Camizão está toda envolvida no projecto.

Qualidade e longevidade

Em ambos os produtores visitados, tivemos oportunidade de provar os vinhos mais recentes mas também diversas colheitas antigas. Na Quinta de Lourosa, fomos surpreendidos pelo Alvarinho/Arinto de 2011, ainda citrino na cor, com notas de pólvora, notando-se pouco as castas, mas o tom austero fica-lhe bem. Boa mineralidade na boca, nota de querosene, tudo sustentado por uma acidez perfeita (17 valores). A sair sempre mais tarde para o mercado o Vinha do Avô, a segunda edição de um vinho de lote de vários anos, exclusivamente em magnum, neste caso das colheitas de 2017, 18 e 19. É um varietal de Arinto, fermentado e estagiado em madeira. Provámos a primeira edição, mistura das colheitas de 2014, 15 e 16, onde se sentia um ambiente oxidativo e resinoso, mas sempre com a boa acidez a dar vida ao conjunto. A quinta produz uma gama de entrada – Lourosa – que vende à porta e um espumante, nas versões branco, rosé e tinto, que é muito procurado pelos turistas que visitam e usam o turismo rural.
Com João Camizão, fizemos uma prova vertical de todos os Sem Igual produzidos. O lote normal corresponde a Arinto (70%) e Azal. O primeiro Sem Igual é da colheita de 2012, mostra agora um tom oxidativo bem evidente, mas servido ainda por boa acidez, com 13,5% de álcool. O estilo do produtor mudou e agora pretende fazer vinhos mais frescos e com menor graduação. Na colheita de 2013 surge-nos um vinho ainda austero onde as notas de pólvora marcam presença e apesar da mesma graduação este mostra-se ainda bem fresco, com boa fruta e traços minerais. Apresenta-se em excelente forma, um grande salto em relação à edição anterior. (16,5). O afinamento chegou com as edições seguintes, o 2014, com fruta madura, bons toques minerais, sem qualquer sinal de oxidação, muito apelativo (17); o 2015 mostra-se muito vivo, com bom volume e boa acidez, toque austero bem conseguido, leve nota de pólvora (17); e o 2016, com a acidez em evidência, a fruta muito delicada e a dar elegância ao conjunto (17).
Estas provas evidenciaram bem as características especificas do terroir e também do perfil que cada produtor procura. São vinhos bem distintos no estilo, mas com um denominador comum: o excelente equilíbrio entre fruta, estrutura e acidez, conferindo-lhes elegância e um grande potencial de longevidade. Coisas do Vale do Sousa…[/vc_column_text][/vc_column][/vc_row][vc_row type=”in_container” full_screen_row_position=”middle” scene_position=”center” text_color=”dark” text_align=”left” overlay_strength=”0.3″ shape_divider_position=”bottom”][vc_column column_padding=”no-extra-padding” column_padding_position=”all” background_color_opacity=”1″ background_hover_color_opacity=”1″ column_shadow=”none” column_border_radius=”none” width=”1/1″ tablet_text_alignment=”default” phone_text_alignment=”default” column_border_width=”none” column_border_style=”solid”][vc_column_text]

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Edição nº 33, Janeiro 2020

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Quinta do Vale Meão: 20 anos e 2 séculos mais tarde

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É difícil de imaginar outra propriedade no Douro com uma história tão rica e gloriosa. Idealizada e construída de raíz por Dona Antónia, mais tarde gerida pela Casa Ferreirinha, dando origem ao mítico Barca Velha, a Quinta do Vale Meão tem o brilho e mérito próprio nas mãos dos descendentes da sua primeira genial proprietária.

TEXTO Valéria Zeferino
FOTOS Anabela Trindade

Este ano a empresa F. Olazabal e Filhos comemorou 20 anos desde a sua criação em 1999, sendo este também o ano que assinalou os primeiros vinhos com o nome da Quinta do Vale Meão. Francisco Xavier de Olazabal (conhecido no meio como Vito) e os seus filhos Francisco (Xito), Jaime e Luísa unem esforços neste projecto familiar, contribuindo cada um com conhecimento e paixão.
Quando felicitei Xito pelos 20 anos, ele modestamente respondeu que isto não é nada, comparativamente com as empresas que fazem 200 anos… Sim, é verdade, a história mais recente desta casa tem apenas duas décadas, mas é justo recordar que a história da Quinta começou no século XIX com a decisão visionária de Dona Antónia Adelaide Ferreira de adquirir um terreno e plantar vinha naquela zona mais agreste e afastada do Douro Superior.

O século XIX – Património de Dona Antónia

O monte Meão sempre foi uma zona com muita arborização, tipicamente mediterrânica. Os habitantes de Vila Nova de Foz Côa e de Seixo de Ansiães iam lá buscar azinheiras para lenha, dividindo o monte a meias, o que, talvez, tenha originado o seu nome.
À procura de terras livres de filoxera, não olhando o afastamento geográfico e dificuldades logísticas da altura, Dona Antónia adquiriu 300 hectares de terreno em 1877. Nem todos acreditavam que este empreendimento seria proveitoso, mas Dona Antónia avançou, sempre firme e confiante. A primeira vinha foi plantada em 1888. Uma barca velha que por perto fazia travessia entre as margens, deu nome a esta vinha, à primeira adega, concluída em 1892 e, mais tarde, ao vinho mítico do Douro.
Como uma adega só não chegava para o volume de produção, em 1895 foi construída outra maior, chamada Adega dos Novos, que é utilizada, com algumas modificações, até à data. O conceito de gravidade, popular nas adegas modernas, foi aplicado naquela altura para facilitar o trabalho face à falta de electricidade.
Na pequena capela junto à casa, ainda hoje vêem-se as paredes salpicadas com mosto nas missas para dar graças – testemunhas das primeiras vindimas na Quinta.

O Século XX – o Barca Velha

Nos meados do século XX, Fernando Nicolau de Almeida, o enólogo da Casa Ferreirinha e o futuro sogro de Vito, alocou todo o seu esforço para produzir um inédito vinho de mesa na região do Vinho do Porto. Escolheu as melhores vinhas do Vale Meão e algumas da zona mais alta de Mêda para conseguir o perfil idealizado. Em 1956 foi lançado o primeiro vinho da colheita de 1952 que teve um grande reconhecimento. Não adoptou o nome da Quinta porque as uvas não eram desta na totalidade, mas batizou o seu vinho como “Barca Velha” para marcar a ligação ao local.
Francisco Javier de Olazabal entrou na Casa Ferreirinha em 1966 e em 1982 sucedeu ao seu pai como Presidente do Conselho de Administração da empresa. Mesmo, quando em 1987, a Sogrape adquiriu a Casa Ferreirinha, manteve a sua posição e mais tarde integrou o Concelho de Administração da Sogrape.
Entretanto, o apego que sentiu à Quinta do Vale Meão, juntamente com os seus filhos, e a vulnerabilidade da posição minoritária na sua posse, motivou-o a reunir as partes indivisas pertencentes aos seus 16 parentes (8 do ramo Olazabal e 8 do ramo Sequeira). Neste processo, contou com ajuda dos primos, que em 1994 venderam as suas partes aos três filhos de Vito.
Na realidade, das mais de 20 quintas pertencentes a Dona Antónia, apenas duas se mantêm inteiramente na posse e sob gestão dos seus descententes – a Quinta do Vale Meão e a Quinta do Vallado.
Assegurando a propriedade total da Quinta, com a qualidade comprovada das vinhas, e sendo o filho Francisco formado em enologia, reuniram-se as condições para construir uma nova história na Quinta do Vale Meão.

Xito, Jaime e Luísa Olazabal.

O Século XXI – a fazer história

O facto de serem descendentes de uma figura lendária na região, não é um mérito por si só. O legado familiar até pode ajudar no arranque, mas não garante o futuro. O verdadeiro mérito da nova geração está no resultado do seu trabalho sem cair na tentação de imitar o que foi feito antes. Uma nova história escreve-se com vinhos de personalidade própria feitos ao longo dos últimos 20 anos.
O impulcionador do projecto foi Xito. Licenciado em Enologia pela UTAD em 1992, inicialmente trabalhou como enólogo na Quinta do Vallado, mas ambicionava fazer algo mais. Tinha as suas ideias claras e uma determinação em avançar com o projecto familiar.
O pai, eticamente, não podia conciliar dois projectos de natureza idêntica. Embora a decisão não tenha sido fácil, ao atingir os 60 anos, optou por apostar na Quinta do Vale Meão e em 1998 rescindir a sua relação profissional com a Sogrape. Abdicou de posição prestigiante numa grande e estável empresa, onde criou muitos laços de amizade, para se tornar num pequeno e desconhecido (no início) produtor de vinhos com todos os riscos associados. Apesar das dúvidas, aceitou o desafio, inspirado pela confiança do filho.
Lembra-se hoje que nem perguntou quais eram as vinhas usadas para o Barca Velha. Mas também não havia um objectivo em perseguir a sua fama, o que se pretendia era produzir vinhos com carácter da Quinta.
Optou-se pelo modelo bordalês, onde o primeiro vinho ostenta o nome da propriedade e o segundo remete para uma marca com ligação forte à sua origem. Assim, do meandro do rio Douro nasceu o segundo vinho da casa. A semelhança fonética entre o Meandro e o Vale Meão é evidente e a sua situação geográfica transparece no mapa.
As uvas da primeira vindima em 1999 foram vinificadas na Quinta do Vallado, porque a Casa Ferreirinha ainda não tinha finalizado a construção de uma nova adega na Quinta da Leda e teve que utilizar a adega da Quinta do Vale Meão. Na vindima de 2000 a Adega dos Novos também foi partilhada: numa parte vinificava a Casa Ferreirinha e noutra a Quinta do Vale Meão.
O ano 2001 tornou-se o momento crucial, pois o mercado aguardava as primeiras colheitas (1999) do Vale Meão e do Meandro. A ansiedade de Vito era grande. Confessa que acordava à noite sem sono e ia provar as amostras, que claro, nestas condições, não lhe sabiam bem e apresentavam todos os defeitos imagináveis. Xito, pelo contrário, manteve-se calmo e confiante.
Os dois vinhos foram lançados na mesma altura. Foi um êxito. A excelente aceitação pela crítica nacional e internacional foi entusiasmante e deu a necessária visibilidade ao projecto.
O grande ano de 2000 no Douro, ajudou a fixar o nível de qualidade no lançamento seguinte. Este também foi o ano do primeiro Vinho do Porto Vintage do Vale Meão.
Naqueles tempos ainda não havia muitos vinhos de mesa no Douro. Tirando o Barca Velha, já existiam os da Quinta do Côtto, Duas Quintas (Ramos Pinto), Quinta da Gaivosa, Niepoort, Quinta do Crasto e pouco mais. Por um lado, era mais fácil destacar-se, por outro, o próprio conceito dos vinhos Douro DOC ainda não tinha muita notoriedade.
Também por isto, em 2002 com base na amizade juntaram-se 5 produtores – Niepoort, Quinta do Crasto, Quinta do Vallado, Quinta Vale D. Maria e Quinta do Vale Meão – e criaram uma união com o descontraído nome de “Douro Boys”, aliando os esforços na promoção da região e dos seus vinhos a nível internacional.
Em 2003 e depois novamente em 2013 os rótulos sofreram uma alteração de imagem. Também em 2013 juntaram ao portefólio o Meandro branco (13 mil garrafas actualmente), feito de Arinto e Rabigato, que veio fazer companhia ao Meandro tinto (207 mil garrafas) e o ícone Quinta do Vale Meão (27 mil garrafas).
Em 2005, Luísa juntou-se ao projecto familiar. Formada em Relações internacionais já tinha trabalhado no Grupo Vranken-Pommery (do qual Rozès e Quinta do Grifo também fazem parte) e foi uma mais valia para a empresa.
Jaime, que trabalhou na banca, juntou-se aos irmãos há 2 anos para abraçar o mercado nacional e enoturismo. A razão principal é a sensação gratificante, em vez de criar um valor momentâneo, de estar a construir algo realmente bom, intemporal, da terra e da família, que fique para gerações vindouras.
Este ano a Quinta do Vale Meão abriu as portas ao enoturismo. Apesar de não ser o core buisiness da quinta, permitiu proporcionar uma experiência única aos enófilos que procuram conhecer melhor a sua impressionante história.
Nos dias de hoje, a casa de traço antigo e muitas memórias, continua a ter vida. No verão enche-se de netos que adoram cá vir; no outono sente-se a azáfama das vindimas. No inverno a lareira espalha o calor para infrentar o frio do clima continental do Douro Superior. A família junta-se à volta da mesa e do vinho. Conversa-se sobre vivências e experiências, onde o vinho está quase sempre presente, a par de histórias, curiosidades e troca de opiniões.
O futuro da quinta e da empresa estará nas mãos dos netos e deverá dar muita satisfação à família e ao Xito, particularmente, ver a sua filha Leonor a estudar engenharia agrónoma no ISA.

As vinhas e os vinhos

A plena confiança de Xito nas suas capacidades como enólogo e produtor não tem nada a ver com a arrogância. Tem a humildade de assumir que ao fim de 20 anos ainda continua a aprender sobre as castas e os terroirs da própria quinta. Experimenta, tira as conclusões e avança. Replanta quando acha que outra casta no mesmo sítio daria melhor fruto; rega, quando é necessário; substitui barricas novas pelas usadas se gosta mais do resultado final. Defende as suas convicções e não se deixa influenciar pela opinião dos outros. É determinado e movido pela busca da perfeição, tal como fazia a sua tetravó.
Francisco aponta três factores que mudaram muito nas últimas duas décadas: viticultura, condições de engarrafamento e de armazenamento. No início, não tendo a própria linha de enchimento, tinham de alugar uma. Os erros nesta fase podem comprometer a evolução de um grande vinho, tal como durante o seu armazenamento. Isto também explica uma certa variabilidade de garrafas das primeiras colheitas.
A vinha, sem dúvida, é um dos alicerces do sucesso. A primeira replantação começou no início dos anos 70. As novas vinhas foram plantadas em talhões por casta com enfoque na Touriga Nacional pelas suas qualidades enológicas e pela boa adaptação aos verões secos e ao stress hídrico do Douro Superior. Mais tarde, entre 1989 e 1994 Xito geriu a replantação de algumas vinhas da Quinta e posteriormente plantações novas em 2007, 2008 e 2011. Com isto e através da aquisição de um terreno adjacente à quinta com cerca de 10 ha, a área de vinha cresceu de 62 para 100 hectares ocupados na sua maioria pelas das duas Tourigas e Tinta Roriz, mas também com Tinta Amarela, Tinta Barroca, Tinto Cão, Alicante Bouschet, Sousão e até castas antigas menos conhecidas e estudadas, como Tinta Francisca e Cornifesto.
Exploraram-se áreas novas, como por exemplo, vinhas viradas a norte ou de altitude, onde se preserva mais a frescura. É o caso da Vinha da Salgueira, de castas misturadas numa cota de 300 metros, plantadas à maneira antiga com densidade de 8 mil pés/ha numa ilha de xisto rodeada de granito. Como se vê, a conquista do Monte Meão, iniciada por Ferreirinha, continua até hoje.
A composição de solos na Quinta do Vale Meão é influenciada pela sua topografia. A falha de Vilariça divide o terreno em duas partes: granito nas encostas do Monte Meão e xisto à nascente, enquanto junto ao rio existem zonas aluviais e de calhau rolado.
Não há dois sítios da vinha com condições iguais e Francisco está convencido que as generalizações no Douro, e mesmo no Douro Superior, são limitativas e não correspondem à realidade. Diferentes exposições e altitudes, multiplicadas pela diversidade de solos e castas plantadas, podem originar combinações quase infinitas. Por isto as vinhas no Vale Meão são vistas mais na óptica de parcelas e não tanto de castas.
Vinifica-se tudo em separado: casta por casta, talhão por talhão. As dezenas de cubas de tamanhos a variar de 3, a 10,5 mil litros permitem fazer vinificações de precisão, estudar cada faceta do seu terroir. Cada vindima origina mais de 100 lotes e foi assim que nasceram vinhos monovarietais das vinhas mais expressivas, os Monte Meão.
O primeiro Monte Meão foi feito em 2009. Touriga Nacional com 25 anos de 3 hectares da Vinha dos Novos plantada no granito, marcava sempre muito o lote. Decidiram dar-lhe maior protagonismo. No início com metade dos bagos inteiros e metade esmagados fica em lagar, onde é pisada a pé para permitir uma extração suave antes de formação de alcóol. As colheitas de 2013 e 2014 fermentaram em barricas, as de 2016 e 2017 em balseiros. Todas depois estagiam em barricas usadas de 225 litros entre 15 e 18 meses. Originam uma Touriga de grande estilo e finesse de que se fazem 8 mil garrafas.
A Tinta Roriz da vinha do Cabeço Vermelho destacava-se sempre de outras parcelas pela maior presença da fruta. É uma vinha com mais de 50 anos plantada nas terraças de aluvião junto ao rio. Desde 2011 tem a possibilidade de se expressar num vinho monovarietal. Este não passa por lagar para evitar demasiada rusticidade, fermenta em cubas de madeira usada e depois estágia cerca de um ano e meio em barricas usadas de 225 litros para amaciar o tanino robusto. Fazem-se 4 mil garrafas/ano.
Em 2013 fizeram o primeiro (e até agora único no Douro) monovarietal de Baga que por cá chama-se Tinta da Bairrada. Da Bairrada não tem quase nada, assumindo um perfil diferente e que lhe fica bem. Sendo uma casta de maturação tardia, plantada num solo de granito do clima mais continental apresenta um comportamento diferente e amadurece muito mais cedo – final de Agosto, início de Setembro e sem ganhar muito grau. Em 2013 foi desengaçada, mas a partir de 2015 fermenta com 50% de bagos inteiros (para extrair menos e suavizar o sabor) e 50% de engaço (para dar estrutura) com pouca maceração e posterior estágio cerca de um ano em barricas usadas de 500 litros. Resulta em vinhos suculentos, elegantes, plenos de sabor e frescura de que enchem apenas 2 mil garrafas por edição.
O Vinho do Porto é uma grande aposta da casa, já pensada em tempos. Há 10 anos deixaram de vender o Vinho do Porto a granel e actualmente dispõem de 450 mil litros de stock a envelhecer na adega da Barca Velha. O Porto representa já quase 10% das vendas anuais. Para o próximo ano preparam-se duas novidades: um Colheita de 1999 e um tawny 10 anos. E nada resume melhor um capítulo de duas décadas do que um brinde com os vinhos da primeira colheita. O Meandro 1999 está ainda muito vivo ao fim de 20 anos, com frescura e tanino ainda bem presente (17); o Vale Meão 1999 em magnum é um autêntico tigre domesticado. Afinação de nariz e largura de boca impressionante, potência com delicadeza aristocrática, tanino ajuizado pelo tempo e uma frescura fantástica (19). A Quinta do Vale Meão é assim.

Uma vertical de Monte Meão

Tive oportunidade de fazer uma prova vertical da marca mais recente da casa, os monovarietais Monte Meão. O resultado mostra bem a diversidade de parcelas e castas (terroirs), no fundo, da quinta. Começando pelo Monte Meão Baga, da Vinha da Cantina: o 2013 revela cor aberta e aroma intenso, macio, suculento e muito fresco (17); mais maduro e pouco falador o 2015, denso e de tanino duro, seco e sério (16,5); no 2016 evidencia-se a fruta doce e sumarenta, também pimenta e chá preto, suculento e longo (17,5). A Vinha dos Novos é a “casa” do Touriga Nacional. Muito bem o 2013, com esteva, mentol, acidez presente e tanino firme, longo e saboroso (17,5); mais austero no nariz e mais fresco na boca o 2014, com tanino mais rebelde muito carácter (17,5); bem distinto o 2016, muito aromático, delicado e elegante, chá preto com bergamota, violetas e fruta carnuda, sedoso, suculento, muito sedutor (18). Finalmente, a Vinha do Cabeço vermelho, onde nasce a Tinta Roriz. Gostei muito do 2013, um tinto em tons de outono, notas de carne, vegetal seco, tanino poderoso envolto em textura aveludada (17,5); mais amigável o 2014, fruta vermelha escondida, toque de especiaria e algo terroso (17); o 2015 está robusto e estruturado, com tanino bruto e esmagador a necessitar polimento pelo tempo (16,5).

 

 

 

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Edição nº 33, Janeiro 2020

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Vai haver um Mercado de Vinhos Digital este fim-de-semana

A equipa do TintoCao.com – Tomás Caldeira Cabral, Rodrigo Quina e Francisco Alvim – vai dinamizar, juntamente produtores, sommeliers, chefs e enófilos, o Mercado de Vinhos Digital, nos dias 28 e 29 de Março. Pela impossibilidade actual de se partilhar momentos vínicos presencialmente, a TintoCao.com decidiu substituí-los “por um Mercado de Vinhos Digital, onde haverá […]

A equipa do TintoCao.com – Tomás Caldeira Cabral, Rodrigo Quina e Francisco Alvim – vai dinamizar, juntamente produtores, sommeliers, chefs e enófilos, o Mercado de Vinhos Digital, nos dias 28 e 29 de Março.

Pela impossibilidade actual de se partilhar momentos vínicos presencialmente, a TintoCao.com decidiu substituí-los “por um Mercado de Vinhos Digital, onde haverá dezenas de produtores a falar dos seus projectos e vinhos e a responder a questões, sommeliers com provas comentadas e muito mais”. Também será possível adquirir os vinhos dos produtores predilectos e depois receber em casa, com segurança.

O evento irá decorrer na respectiva página de Facebook e na página de Instagram.

Algumas das presenças confirmadas:

 

Sommeliers

Gabriela Marques – Sommelier do Varanda – Ritz

André Figuinha – Head Sommelier do Restaurante Feitoria

Pedro Nogueira – Sommelier do Restaurante Feitoria

Pedro Ramos – Head Sommelier do Restaurante Alma – Henrique Sá Pessoa

João Pichetti – Sommelier do Restaurante Marlene Vieira

Ricardo Morais – Sommelier do Restaurante JNCQUOI Ásia

Diogo Yebra – Sommelier do Restaurante JNCQUOI

Diego Apolinario – Sommelier do Restaurante ENEKO LISBOA – Penha Longa

Pedro Martin – Sommelier e Produtor

Diogo Frade – Sommelier Freelancer

João Chambel – Sommelier Mr. Santos

Os Sommeliers entrarão em directo ao longos dos 2 dias, várias vezes, interagindo com o público e com os produtores.

 

Produtores

Diana Silva Wines – ILHA – Madeira

Herdade de Pegos Claros – Palmela

Caves São João – Bairrada

Casa de Paços – Vinho Verde

Herdade do Cebolal – Península de Setúbal

Quinta da Côrte – Douro

Quinta dos Três Maninhos – Dão

Adega Camolas – Setúbal

Quinta do Cume – Douro

Quinta do Olival da Murta – Lisboa

Martin Boutique Wines – Dão e Bairrada

Os produtores irão receber os visualizadores em directo e estarão a apresentar os seus vinhos e a responder às questões do público e dos sommeliers.

 

Mais informação aqui.

Covid-19: Gin alentejano fornece álcool para 3 meses ao Hospital de Évora

Como revelou o site Tribuna Alentejo, o empresário António Cuco, produtor do Sharish Gin – empresa com sede em Reguengos de Monsaraz – vai assegurar o stock de álcool do Hospital de Évora para os próximos 3 meses, o que se traduz numa necessidade de 1200 litros do produto. A informação foi inicialmente avançada pelo próprio […]

Como revelou o site Tribuna Alentejo, o empresário António Cuco, produtor do Sharish Gin – empresa com sede em Reguengos de Monsaraz – vai assegurar o stock de álcool do Hospital de Évora para os próximos 3 meses, o que se traduz numa necessidade de 1200 litros do produto.

A informação foi inicialmente avançada pelo próprio e por José Calixto, presidente da Comunidade Intermunicipal do Alentejo Central.

Foto: Gin Foundry