Azeite Oliveira Ramos 2018 chegou ao mercado

O azeite Oliveira Ramos Premium Virgem Extra 2018, já está disponível numa seleção de lojas um pouco por todo o país. Produzido por João Portugal Ramos, conhecido sobretudo pelos seus vinhos do Alentejo, mas com projectos também no Douro e na região dos Vinhos Verdes, o azeite é um produto que desde há alguns anos […]
O azeite Oliveira Ramos Premium Virgem Extra 2018, já está disponível numa seleção de lojas um pouco por todo o país.
Produzido por João Portugal Ramos, conhecido sobretudo pelos seus vinhos do Alentejo, mas com projectos também no Douro e na região dos Vinhos Verdes, o azeite é um produto que desde há alguns anos complementa o seu vasto portefólio de marcas.
Feito a partir de azeitonas das variedades Cobrançosa e Picual, o Oliveira Ramos Virgem Extra da safra de 2018 é um azeite complexo, fresco, harmonioso e medianamente frutado. Com notas marcadas de folha de oliveira, erva, casca de banana verde, alcachofra, e ainda sugestões de maçã, é ligeiramente amargo e picante, com um final de boca persistente e acentuado de frutos secos. O preço de loja deste azeite ronda os €10.
Vinhos de Portugal estiveram em grande no Brasil

Mais de 600 vinhos portugueses e cerca de 80 produtores estiveram no Rio de Janeiro (6ª edição) e em São Paulo (3ª edição), de 31 de Maio a 9 de Junho, em duas mostras que já solidificaram o seu nome por todo o Brasil. Patrocinados pela ViniPortugal, em parceria com o Público e a Globo, […]
Mais de 600 vinhos portugueses e cerca de 80 produtores estiveram no Rio de Janeiro (6ª edição) e em São Paulo (3ª edição), de 31 de Maio a 9 de Junho, em duas mostras que já solidificaram o seu nome por todo o Brasil. Patrocinados pela ViniPortugal, em parceria com o Público e a Globo, estes eventos tiveram, além de todos estes vinhos à prova, sessões de vinhos especiais, cursos e harmonizações, tudo orientado por especialistas de várias nacionalidades.
Uma das novidades deste ano, no Rio de Janeiro, foi a possibilidade que o público teve de provar o icónico Pêra-Manca, com a presença no enólogo Pedro Baptista, da Fundação Eugénio de Almeida, numa prova vertical de quatro vinhos orientada pelo brasileiro Jorge Lucki. Já em São Paulo, provou-se o Barca Velha, juntamente com o seu enólogo Luís Sottomayor, numa prova conduzida pelo jornalista Manuel Carvalho.
O programa de actividades incluiu, ainda, provas especiais guiadas por Dirceu Vianna Júnior, o único Master of Wine de língua portuguesa; o “Curso de Introdução aos Vinhos de Portugal”, ministrado por Luís Lopes, no Rio de Janeiro, e por Manuel Carvalho, em São Paulo; e as provas temáticas “Vinhos inesquecíveis do Alentejo”, “Vinhos de Talha” e “Grandes Vinhos do Douro”.

A promoção dos eventos “Vinhos Portugueses no Rio e em São Paulo” responde à aposta da ViniPortugal, materializada no Plano Sectorial de Marketing e Promoção para 2019, de apostar no mercado brasileiro, um dos principais destinos de exportação, bem como de dinamizar mais eventos para consumidores para dar a conhecer a qualidade e diversidade dos vinhos portugueses em mercados estratégicos para a marca “Wines of Portugal”. Em 2018 os vinhos portugueses tiveram um desempenho muito positivo neste mercado, com um crescimento de 16,4% em valor e um aumento de 10,7% no preço médio em 2018 face a 2017, o que consubstancia a melhor performance no top-10 dos principais mercados de destino dos vinhos portugueses. O Brasil, conjuntamente com os Estados Unidos da América, Canadá e China são apostas dos vinhos portugueses para 2019. Estes mercados representam 60% do valor destinado à promoção internacional, que totaliza 14 milhões de euros, dos quais cerca de 6,5 milhões de euros cabem à ViniPortugal.
Requinte e tradição de mãos dadas

Como é que se define um sítio onde as mordomias da tecnologia, os prazeres da mesa, o encanto das coisas simples e a Natureza em estado puro se conjugam numa experiência única? É fácil: Herdade da Malhadinha Nova. Fomos conhecer uma das unidades mais icónicas do enoturismo do Alentejo e do país, agora com uma […]
Como é que se define um sítio onde as mordomias da tecnologia, os prazeres da mesa, o encanto das coisas simples e a Natureza em estado puro se conjugam numa experiência única? É fácil: Herdade da Malhadinha Nova. Fomos conhecer uma das unidades mais icónicas do enoturismo do Alentejo e do país, agora com uma “extensão” em terras algarvias.
TEXTO Luís Francisco
FOTOS Ricardo Gomez
Em 1998, a família Soares, proprietária da rede de garrafeiras com o mesmo nome, decidiu dar um passo a montante na fileira do vinho e tornar-se produtora. Adquiriu a Herdade da Malhadinha Nova, em Albernoa, a sul de Beja, e começou a plantar vinha. O sucesso da aposta mede-se, duas décadas depois, pelo constante crescimento das suas marcas, pela excelência das infra-estruturas e pela aposta no enoturismo. A Malhadinha é uma referência. E uma escola.
Aos 35 hectares iniciais de vinha criados a partir de 2001 juntaram-se mais 20 em 2017, e outros 20 em 2018, a que podemos ainda acrescentar a aquisição de uma vinha velha (plantada em 1949) com quatro hectares, ali bem perto. Destas vetustas cepas saíram as edições inaugurais de Vale Travessos Vinhas Velhas, da vindima de 2016 – e, passe a publicidade (desnecessária, de resto, numa casa que sabe “vender” os seus vinhos como poucas), quem quiser conhecê-las terá de ser rápido: foram feitas apenas 670 garrafas de branco e 370 de tinto. Numa parceria com a família Pereira Coutinho, a equipa da Malhadinha Nova é agora também responsável pelos 12 hectares de vinha da Quinta de Mata-Mouros, em Silves, Algarve, e dos vinhos Convento do Paraíso que de lá saem.
Mas este crescimento na área plantada e no volume de vinhos produzido está prestes a ser eclipsado por outro investimento, numa área em que a Malhadinha faz também questão de estar no topo: o enoturismo. Quando chegar o Verão, aos dez alojamentos disponíveis no núcleo central do hotel rural (aberto em 2008) vão juntar-se outros 16 em quatro blocos espalhados pela propriedade e ainda mais quatro numa casa situada no centro de Albernoa, a Casa Amarela (que conta ainda com sala comum, cozinha, pátio interior e terraço panorâmico). E, já que falamos de pernoitas, uma palavra ainda para a villa no meio das vinhas disponível na Quinta de Mata-Mouros.
Turismo e vinho de mãos dadas, produção e distribuição a todo o gás, visão e capacidade de investimento. Sim, tudo isso, mas sempre com os pés na terra. Literalmente: o respeito pelo meio ambiente marca a gestão da casa, com a transição já feita para o modo de produção biológico – e a azáfama nas vinhas mostra bem como esta opção exige esforço e dedicação. Na Malhadinha Nova, trabalham a tempo inteiro mais de 50 pessoas – e esse contingente está neste momento substancialmente reforçado pela presença das equipas de construção civil, em tarefas de acabamento dos novos núcleos de alojamento, entre outras obras que decorrem na herdade.
Como é que todos estes trabalhos podem coexistir com uma unidade hoteleira que apregoa a tranquilidade e a paz dos grandes espaços? A resposta, mais uma vez, é simples: a Herdade da Malhadinha Nova, que agora engloba outra propriedade comprada mais recentemente, tem 455 hectares. Há espaço para tudo. Se precisa de um bom exemplo, fixe este número: entre o núcleo de entrada (onde se situam o restaurante, a adega, a loja e o picadeiro) e o hotel temos de percorrer 1500 metros de estrada de terra batida. Isso mesmo: um quilómetro e meio! Passando de caminho por uma ribeira que pode galgar as margens quando chove muito. Sim, a aventura espreita.
Mas a nossa viagem começa mais a sul, na margem esquerda do rio Arade, junto a Silves. É aqui que encontramos a Quinta de Mata-Mouros, um apaziguante recanto de sossego e beleza natural, encaixado entre as encostas da serra e o plano de água que lhe corre mesmo aos pés. A propriedade tem 120 hectares e inclui, para além das vinhas, nos terrenos mais elevados, áreas de pomar, hortas e bosque. A água está por todo o lado, há cães e galinhas, mas quem manda é a passarada.
Ao longo da estrada ribeirinha, encontramos vários núcleos de construção. Antes de mais, o convento, edifício do século XVI devotado a Santa Rita e que é utilizado agora apenas para alojamento de convidados e funcionários – há planos para o abrir ao público. Depois, a zona visitável, com a loja (de planta circular – foi construída numa antiga eira – e onde é obrigatório prestar atenção ao extraordinário travejamento do tecto) e a adega (onde se destacam os lagares em pedra e as linhas agudas – quase nórdicas – do telhado em abas sucessivas). Árvores enormes compõem o espaço, o cheiro das laranjeiras em flor paira sobre as hortas e os terraços que vão dar ao rio. Por entre a folhagem, podemos perceber a silhueta do casario de Silves.
Mas, para apreciar verdadeiramente a paisagem, há que subir às vinhas. A pé, se a alma e as pernas estiverem fortes, ou de jipe. Lá em cima, Silves, na margem oposta, oferece-se à vista, as casas brancas e o rosado das muralhas do castelo fundidas num mosaico de grande beleza. No meio das vinhas, a surpresa de encontrarmos um heliporto e, depois, rodeada por algumas árvores, uma casa com piscina de horizonte infinito sobre o rio e a ondulação da serra algarvia. Está disponível para aluguer.
Ninguém imaginaria todo este espaço e tamanha variedade de paisagens no que parecia apenas um recanto entre o rio e a estrada nacional. Mas aqui há de tudo, incluindo, claro, a casa de família, mais ao fundo, mas fora do roteiro enoturístico. Que um tal oásis de sossego tenha este nome tão “bélico”, por assim dizer, é outra aparente incongruência. Mas só aparente… O topónimo Mata-Mouros não deriva da fama de algum cavaleiro cristão de espada afiada. Nada disso: era a mata dos mouros. E está tudo explicado.
A equipa da Malhadinha Nova começou a divulgar o enoturismo da quinta há apenas um ano e o movimento começa agora a ser mais regular, justificando a elaboração de programas próprios, que ainda não estavam disponíveis quando foi feito este trabalho. Tratando-se do Algarve, não surpreende que os estrangeiros sejam o contingente mais forte entre os visitantes do projecto Convento do Paraíso, mas o prazer não tem nacionalidade. E, já agora, os vinhos são uma bela surpresa.[/vc_column_text]
QUINTA DE MATA-MOUROS
Quinta de Mata Mouros, Silves
Tel: 911 933 949
Mail: info@conventodoparaíso.com
Web: www.conventodoparaiso.com
Actualmente, as visitas carecem de marcação antecipada e o alojamento na casa isolada junto às vinhas tem preço sob consulta. Mas todo o projecto enoturístico está a ser desenhado de raiz e, por isso, não é ainda possível avançar tabelas de preços nem menu de programas, visitas e provas. A actualização desta informação está prometida para breve, pelo que se aconselha consulta prévia na Internet.
Originalidade (máx. 2): 2
Atendimento (máx. 2): 2
Disponibilidade (máx. 2): 1,5
Prova de vinhos (máx. 3): 2
Venda directa (máx. 3): 2
Arquitectura (máx. 3): 2,5
Ligação à cultura (máx. 3): 3
Ambiente/Paisagem (máx. 2): 2
AVALIAÇÃO GLOBAL: 17
De Silves a Albernoa são pouco mais de 100 quilómetros, uma horinha de caminho que nos leva das serranias algarvias às suaves ondulações da planície alentejana. E um preço irrisório a pagar quando o objectivo é tão saboroso. Adjectivo adequado, porque começamos o programa da estadia com um belo jantar no restaurante da herdade, aberto ao público. Depois, rumamos ao hotel. É de noite quando chegamos, mas a falta de paisagem terrestre é amplamente compensada pela explosão silenciosa de estrelas no céu.
O dia seguinte começa novamente sob o signo da boa mesa. Os pequenos-almoços da Malhadinha são míticos e, por isso, talvez nem seja adequado vir aqui um confesso mau garfo matinal tecer grandes comentários… Uma coisa é certa: tudo o que lá está é bom e há de tudo. E o que não houver, é só pedir. Adiante, que temos muito para descobrir, dentro e fora de portas.
Os quartos, naturalmente, são excelentes, num equilíbrio perfeito entre o rústico e o sofisticado – vale a pena destacar a banheira de grandes dimensões, o tablet e as ofertas de fruta e vinho, a par do generoso espaço disponível e de pormenores de decoração de gosto inatacável. As salas comuns são acolhedoras e oferecem uma série de recantos que permitem alguma intimidade mesmo que haja muitos hóspedes. Mas é lá fora que está a essência da Malhadinha. Piscina, relvados com espreguiçadeiras e sofás, spa (jacuzzi, banho turco, salas de massagem), tanques com água, esplanadas, oliveiras vetustas e laranjeiras jovens, uma linha de ciprestes delimitando o espaço num dos flancos, vinhas a toda a volta.
Sim, porque o olhar depressa ganha profundidade de campo (nunca a expressão caiu tão bem como neste contexto). O hotel fica sobre uma plataforma elevada, reinando sobre a paisagem grandiosa. Prados, manchas de arvoredo (eucaliptos e sobreiros), colinas que escondem e mostram ao mesmo tempo. Há por aqui bicicletas e moto-4 para quem quiser percorrer esta imensidão. As surpresas aparecem por todo o lado.
Primeiro, a ribeira, que corre pela planura alentejana até que, de repente, atravessa um maciço rochoso, criando uma zona de penhascos na rocha xistosa. Estaremos no Douro? Não, talvez seja a serra algarvia, a julgar pelas giestas que povoam esta encosta aqui. A vista alarga-se: de um lado, Beja, a uns 20km; do outro, Castro Verde, a 25. Mas quando saímos do mato mediterrânico deparamos com novas vinhas, onde um grupo de mulheres vai fazendo a poda. E, logo a seguir, já confinando com uma curva da ribeira, verdes prados salpicados do castanho das vacas. Ribatejo?! Andamos pelo meio das simpáticas ruminantes e chegamos à água. Canoagem, pesca, caminhadas… há aqui um mundo de aventuras à espera dos mais activos. Isso ou sentarmo-nos à sombra de um sobreiro enquanto o tempo passa devagar.
Nestes cenários tão diversificados estão a nascer as novas suítes e villas exclusivas, em quatro núcleos separados. Todas as ruínas da propriedade estão a ser transformadas em alojamentos de luxo. Em breve, em vez de 10 alojamentos, haverá 26 disponíveis. É um crescimento assinalável, mas não é de crer que a atmosfera da Malhadinha Nova venha a sofrer alterações sensíveis. As cegonhas continuam a fazer ninhos nos pontos altos, as águas da ribeira vão galgar as margens sempre que a chuva caia com mais abundância, os cavalos e as vacas continuarão a pastar à vontade nas colinas sem fim.
Por cima, um céu incrível vai desvendar-se à noite. E, na terra, as vinhas vão florir e dar origem a belos vinhos. Brindemos com eles à beleza da vida no campo. Com todas as mordomias que a era moderna nos proporciona, já agora.
HERDADE DA MALHADINHA NOVA
Herdade da Malhadinha Nova, Albernoa
Tel: 284 965 432/429 (hotel); 284 965 210/211 (restaurante); 927 701 022 (visitas)
Mail: geral@malhadinhanova.pt; elisa.costa@malhadinhanova.pt; isa.maximo@malhadinhanova.pt
Web: www.malhadinhanova.pt
GPS: 37º49’50.60’’N | 7º59’20,91’’W
As visitas guiadas à propriedade e à adega realizam-se de segunda a sábado em três horários (11h, 12h, 15 ou 16h – de Outubro a Maio; 11h, 12h, 16 ou 17h – Junho a Setembro) e custam entre 10 e 35 euros por pessoa, conforme o leque de vinhos a provar. O acompanhamento com tábua de enchidos e queijos fica por mais 5 euros. Recomenda-se marcação prévia. A visita com prova de três vinhos é oferta para hóspedes do hotel e clientes do restaurante. Os quartos custam entre 300 (single) e 400 (suíte) euros por noite. As novas suítes e villas terão preços que vão dos 450 aos 1500 euros. O leque de experiências é vastíssimo, com passeios a pé, de canoa, cavalos, jipes, bicicletas, moto-4, charrete, mas também pesca, massagens, tiro com arco, yoga… E roteiros culturais, workshops de gastronomia, experiências enológicas, observação de aves. E muito mais.
Originalidade (máx. 2): 2
Atendimento (máx. 2): 2
Disponibilidade (máx. 2): 2
Prova de vinhos (máx. 3): 2,5
Venda directa (máx. 3): 2,5
Arquitectura (máx. 3): 3
Ligação à cultura (máx. 3): 3
Ambiente/Paisagem (máx. 2): 2
AVALIAÇÃO GLOBAL: 19
ESTAÇÃO DE SERVIÇO
Numa zona onde, espantosamente, assistimos a uma incrível concentração de unidades de enoturismo de grande nível, qualquer roteiro gastronómico não pode deixar de fora mesas como as da Malhadinha Nova, dos Grous ou do Vila Galé, mas aqui optamos por falar de restaurantes que estão fora desse circuito. Delicie-se com a comida tradicional alentejana do Campo do Caroço, em Albernoa, ou da Casa do Alentejo, em Castro Verde. E, já que demos um saltinho ao Algarve, deixe-se encantar pelos petiscos do Mato à Vista, em Cabanita, Paderne.
CAMPO DO CAROÇO – Largo da Liberdade, 7, Albernoa | 963 009 095
CASA DO ALENTEJO – Largo da Feira, Castro Verde | 286 327 132
MATO À VISTA – Cabanita, Paderne (37º11’39’’N | 08º13’20’’W) | 289 367 101 / 967 036 016
Edição nº25, Maio 2019
2017 também é Vintage para Quinta de La Rosa

Acabado de chegar ao mercado, nacional e internacional, o Quinta de La Rosa Vintage 2017 comprova a declaração anunciada por parte da propriedade vitivinícola com o mesmo nome, situada a dois passos do Pinhão, em pleno Douro Vinhateiro. De acordo com a dupla Sophia Bergqvist e Jorge Moreira – proprietária e enólogo, respectivamente – o […]
Acabado de chegar ao mercado, nacional e internacional, o Quinta de La Rosa Vintage 2017 comprova a declaração anunciada por parte da propriedade vitivinícola com o mesmo nome, situada a dois passos do Pinhão, em pleno Douro Vinhateiro. De acordo com a dupla Sophia Bergqvist e Jorge Moreira – proprietária e enólogo, respectivamente – o Vintage 2017 está pronto a rivalizar com a mítica colheita de 2011. O seu lançamento faz-se em garrafas de 375 e 750 ml.
Vinhas Velhas, Touriga Nacional, Touriga Franca e algum Sousão, castas autóctones do Douro, dão origem a este Quinta de La Rosa Vintage 2017. Todas elas foram vindimadas nos mais antigos patamares da propriedade e, uma vez mais, “o enólogo Jorge Moreira teve o cuidado na escolha da fruta e do início da colheita”.
Apesar do seu elevado potencial de envelhecimento, este Vintage pode ser apreciado enquanto jovem, como digestivo ou a acompanhar queijo ou chocolate.
Para o centenário, o Gatão mudou o “pelo”

Depois de passar por um rebranding completo, o icónico Gatão apresenta-se agora com novas cores e formas. A empresa escolhida para assinar a revolução na imagem do felino mais famoso dos vinhos portugueses foi o Atelier Rita Rivotti, e o resultado está à vista: uma lavagem completa que tem tudo de cool e atractivo. Na verdade, […]
Depois de passar por um rebranding completo, o icónico Gatão apresenta-se agora com novas cores e formas. A empresa escolhida para assinar a revolução na imagem do felino mais famoso dos vinhos portugueses foi o Atelier Rita Rivotti, e o resultado está à vista: uma lavagem completa que tem tudo de cool e atractivo. Na verdade, esta é uma mudança histórica para este vinho, que fez a sua última renovação na viragem do milénio.
“Com um carácter diferenciador e arrojado, transversal à sua longa vida, o Gatão tem um novo carisma. Artístico e urbano, sem fronteiras nem barreiras, quer conquistar novos consumidores, aproximar públicos mais jovens e potenciar afinidades com os clientes. É assim um marco e um novo ciclo que vai de encontro a este vinho: jovem e fresco”, afirma Ana Montenegro, Gestora de Comunicação e Relações Públicas da Sociedade dos Vinhos Borges.
Para além do Vinho Verde Branco, houve também a aposta no rebranding de todas as outras referências da marca Gatão.
Churchill’s declara 2017 ano Vintage

Apesar de alguma hesitação inicial em declarar duas vindimas seguidas, para Johnny Graham, fundador e chefe de provadores da Churchill’s, nunca houve dúvida relativamente à grande qualidade dos vinhos do Porto de 2017: “O Churchill’s Vintage Port 2017 mostra-se vibrante e intenso, combinando pureza de fruta com um veio de acidez natural, que oferece ao […]
Apesar de alguma hesitação inicial em declarar duas vindimas seguidas, para Johnny Graham, fundador e chefe de provadores da Churchill’s, nunca houve dúvida relativamente à grande qualidade dos vinhos do Porto de 2017: “O Churchill’s Vintage Port 2017 mostra-se vibrante e intenso, combinando pureza de fruta com um veio de acidez natural, que oferece ao vinho um excelente potencial de envelhecimento”, disse Johnny.
À semelhança de 2016, as produções voltaram a ser muito reduzidas no Douro. O ano vitícola de 2016-2017 foi excepcionalmente quente e seco, com valores de precipitação 30 a 46% mais baixos em relação à média nas sub-regiões do Cima Corgo e Douro Superior, levando a um crescimento vegetativo muito mais rápido das videiras. Esse facto levou a que a Churchill’s tivesse a vindima mais precoce de sempre, com as primeiras parcelas de vinha a entrarem na adega da Quinta da Gricha em meados de Agosto. Assim, o ano climático originou mostos com elevada concentração e intensidade de fruta e taninos.
Como é tradição na Churchill’s, engarrafou-se também uma pequena quantidade do Single Quinta Vintage Port, Churchill’s Quinta da Gricha Vintage 2017, do qual se irão alocar pequenas quantidades.
Vinhos Quinta Vale D’Aldeia distribuídos pela Vinalda

A partir já deste mês, a Vinalda começa a distribuir exclusivamente, no mercado nacional, dos vinhos da Quinta Vale D’Aldeia, produtor da Mêda, no Douro Superior. As marcas, Quinta Vale D’Aldeia, Vale D’Aldeia e Infiel, nascem numa propriedade com cerca de 120 hectares de vinha e 200 no total, e a sua produção anual está […]
A partir já deste mês, a Vinalda começa a distribuir exclusivamente, no mercado nacional, dos vinhos da Quinta Vale D’Aldeia, produtor da Mêda, no Douro Superior.
As marcas, Quinta Vale D’Aldeia, Vale D’Aldeia e Infiel, nascem numa propriedade com cerca de 120 hectares de vinha e 200 no total, e a sua produção anual está entre os 700 e os 800 mil litros. Este projecto familiar aposta em parcerias estáveis com clientes, na distribuição moderna e no canal HoReCa, destinando-se a consumidores e ocasiões de diversos tipos.
Para José Reverendo Conceição, Director-Geral e enólogo da Quinta Vale D’Aldeia “esta parceria com a Vinalda representa um importante reforço de todo o trabalho que desenvolvemos até aqui, para podermos continuar a crescer no mercado nacional, uma vez que partilhamos os mesmos valores e desígnios”.
O enólogo da QVA explica que “o objectivo é fazermos vinhos de qualidade com algum volume”, e considera que “os nossos factores diferenciadores passam pela qualidade e estabilidade da produção – devido à área de vinhas próprias –, bem como pelo perfil diferente dos vinhos: Douro Superior de vinhas de altitude”.
José Espírito Santo, Diretor-Geral da Vinalda, afirma que “ao estabelecermos esta parceria com a Quinta Vale D’Aldeia, a Vinalda pretende não só alargar o seu portfólio no Douro, mas apostar num projecto familiar com forte ligação à terra, que alia a inovação a uma consistente visão de mercado, produzindo vinhos com carácter e frescura”.
Salvar o vinho e, já agora, o Planeta! – versão completa
Foram dois dias intensos, no passado mês de Março. O evento Climate Change Leadership, que começou com a conferência Solutions for the Wine Industry e culminou com o Porto Summit, e com a comunicação de Al Gore, deu um banho de realidade ao sector e expôs importantes e urgentes soluções de combate às alterações climáticas. […]
Foram dois dias intensos, no passado mês de Março. O evento Climate Change Leadership, que começou com a conferência Solutions for the Wine Industry e culminou com o Porto Summit, e com a comunicação de Al Gore, deu um banho de realidade ao sector e expôs importantes e urgentes soluções de combate às alterações climáticas. Esta é a versão completa da reportagem do evento.
TEXTO Mariana Lopes • FOTOS cortesia da organização
Na cerimónia de abertura, o anfitrião Adrian Bridge foi claro nas palavras: “Quando me pediram para patrocinar este evento, eu disse que só o faria se não nos focássemos no problema das alterações climáticas, mas sim nas soluções”. E assim aconteceu. O evento organizado pela Taylor’s, de 5 a 7 de Março, teve cerca de 50 oradores de peso provenientes de 38 países, de especialistas nas questões ambientais a produtores de vinho e gestores de negócios com práticas sustentáveis, investigadores e activistas. Todos eles com um objectivo em comum, a busca constante pela reversão dos efeitos da acção imprudente do Homem no planeta. Consequentemente, a indústria do vinho sofreu bastante e ainda sofre com estes problemas, ao ponto de não ser certa a sobrevivência de algumas reconhecidas regiões, vitivinícolas e não só, do mundo. Conseguiremos nós imaginar um Douro sem vinhas? Ou uma Índia inabitável durante o Verão? Apesar de caricatos, estes são dois cenários possíveis, até prováveis se nada ou pouco for feito, ainda neste século. As alterações climáticas não são apenas uma teoria, mas uma realidade com factos irrefutáveis que a sustentam. Já não é tempo de aceitar esses factos, esse tempo era ontem. Hoje é o tempo de consolidar as práticas e de aprender mais e mais com o exemplo do vizinho que está um passo à frente. E muito se aprendeu no Climate Change Leadership. “Fico feliz por ver que muitas empresas estão já a tomar medidas”, afirmou Adrian Bridge, “a indústria do vinho deverá ter uma posição de liderança, pois é um negócio onde se pensa muito nas gerações futuras”. Aqui ficam os momentos-chave do evento.
Sessão 1: Respostas de empresas de vinho às alterações climáticas
A conferência começou em grande com Miguel Torres a tomar o púlpito. O presidente da espanhola Torres foi irrepreensível na sua comunicação, começando por apresentar uma ilustração onde se vê a evolução do estado da Terra, desde o período Pleistoceno (entre 2,588 milhões e 11,7 mil anos atrás), com menos 5 graus de temperatura média, até ao século XXII, com mais cinco graus de temperatura média. Na imagem, via-se a quantidade de gelo, área desértica, área de bosque, oceano com vida e oceano desértico. A diferença é abismal e, com mais cinco graus, é esperada quase uma quantidade nula de gelo na Terra e uma grande parte desertificada, tanto em terra como no oceano. A ilustração sobre o estado actual é o que mais impressiona: já estamos a meio caminho deste último cenário, e a velocidade a que isto ocorre é exponencial. Em 20 mil anos, a temperatura média aumentou em seis graus celsius mas, nos últimos 50 anos, subiu um grau em Portugal e bem mais na região Árctica. No que toca às emissões de Dióxido de Carbono, estas cresceram muito desde 1990 até 2012.
Posto isto, Torres esclareceu que a assimilação deste gás é muito maior no oceano do que na atmosfera, pois o CO2 dá-se melhor em temperaturas mais baixas. Depois, outros slides se seguiram com respostas à pergunta “porque é que as temperaturas mudam?”, com a criação de gado em confinamento a representar uma das grandes causas, principalmente o bovino, devido à pegada carbónica da indústria e à quantidade de água que gasta. Miguel Torres destacou também a acção Torres&Earth, implementada em 2007 pela sua empresa, que aplicou quase 16 milhões de euros na investigação, investimento em energias renováveis e optimização das terras. Algumas das suas medidas incluem a preservação das espécies autóctones, reflorestação, recolha e tratamento de águas pluviais e da montanha, recuperação de variedades de uva ancestrais, redução do consumo eléctrico, substituição da frota a diesel por soluções híbridas, plantação de vinhas em altitude e adaptação das adegas para modelos auto-sustentáveis. Tudo isto teve já um impacto directo nas emissões de CO2, que diminuíram 26,8% por garrafa, sendo o objectivo chegar aos 30% em 2020. E aqui coloca-se uma questão fracturante: qual é o papel da agricultura orgânica? Embora tenha valores e características bastante positivas, o efeito não é linear, como demonstrou Miguel num quadro comparativo, ao qual chamou “O Paradoxo da Viticultura Orgânica”. Os dados da CIRCE – Centro de Investigação de Fontes e Consumo de Energia, revelam que as emissões de CO2 são mais elevadas no método orgânico do que no tradicional, com uma média de 1020 quilogramas emitidos por ano pelo primeiro e 770 pelo segundo. Estas conclusões não surpreendem visto que, com menos tratamentos tradicionais, as idas à vinha são bastante mais frequentes, e isso implica mais combustível para maquinaria, mais fertilizantes e respectivo transporte, mais fitossanitários (como o sulfato de cobre, que permanece no solo durante muitos anos), entre outros. “Vamos fazer do vinho um símbolo da mitigação das alterações climáticas, “descarbonizando” as empresas”, foi o desafio lançado por Miguel Torres a todos os presentes.
Seguiu-se Cristina Mariani-May, CEO da Banfi, empresa produtora de vinho em Itália e nos EUA, que apelou à protecção da terra e dos recursos, falando do que a sua família tem feito em Montalcino: dos 2830 hectares, 850 são de vinha e os restantes de floresta e outras culturas que a empresa protege de modo a que se assegure a biodiversidade da região. “A Banfi está muito empenhada na pesquisa e no estudo das variedades e dos clones” afirmou Cristina, revelando que por eles foram já editados vários livros sobre a investigação feita “em casa”, para que outros possam seguir o exemplo.
Já Margareth Henriquez, presidente da Moët Hennessy Estate & Wines e da The House of Krug, contou que nas suas propriedades alteraram todo o sistema de irrigação, cortando em 50% a utilização de água. Para conseguir a proeza, estas empresas mudaram a orientação das vinhas, uma medida que, em vez de corrigir, previne. Estas e outras acções sustentáveis, como a adopção de packaging mais consciente, valeram ao grupo a distinção Butterfly Mark.
Sessão 2: Respostas da vinha pelo mundo fora
Aqui foi a vez de Kimberly Nicholas, investigadora americana, partilhar a sua “Visão para uma indústria de vinho compatível com mais 1,5ºC até 2035”. Kimberly reforçou que tem de haver uma estratégia de adaptação ao clima, partindo do pressuposto que mais de 80% da produção mundial de vinho usa menos de 1% da diversidade de uvas disponível. “É necessário usar mais a diversidade para aumentar a resiliência”, afirmou, revelando que apenas doze variedades constituem a maior parte do vinho produzido em todo o mundo, sendo estas Cabernet Sauvignon, Chardonnay, Merlot, Pinot Noir, Syrah, Sauvignon Blanc, Riesling, Moscatel de Alexandria, Gewurztraminer,
Viognier, Pinot Blanc, e Pinot Gris. O que Kimberly pretendeu transmitir foi que há todo um leque de castas diferentes, pelo mundo, com maior capacidade adaptativa a temperaturas mais altas e a grandes oscilações, numa lógica em que distintos períodos de maturação são compatíveis com condições meteorológicas específicas. As variedades autóctones, algumas até caídas em desuso, podem ser a resposta na respectiva região.
A investigadora revelou, também, as quatro principais causas globais de poluição, começando nos veículos motorizados, passando pela energia do lar, o consumo secundário e acabando na mais poluidora, as viagens aéreas. Para estes problemas há soluções que, segundo Kimberly, passam por usar transportes alternativos ao combustível e o carro eléctrico, as energias renováveis nas casas, uma dieta mais “verde” e “voar muito menos”. Quanto a esta última parte, Nicholas sugeriu, às empresas de vinho, a substituição do transporte comercial aéreo pela via marítima e ferroviária, com níveis menores de combustível fóssil.
Também António Graça, director de investigação da Sogrape, teve lugar nesta sessão, tocando num ponto fulcral: com as alterações climáticas, vêm acontecimentos que ameaçam a definição de terroir, principalmente no que toca a identidade. Tal como Kimberly, sublinhou que “é preciso definir as áreas, no mundo, com condições ideais para produzir cada casta”. Para encarar o desafio climatérico, António Graça revelou que o principal aliado é a vinha, se houver um bom estudo dos genótipos e da sua integração resiliente nos diferentes terroirs. Quanto ao que a Sogrape tem implementado nas últimas duas décadas, o investigador referiu uma agricultura livre de herbicidas, aproveitamento da água pluvial (68% da água usada no grupo), a produção integrada e certificada e a monitorização dos efeitos de fenómenos como a seca na qualidade das uvas. “Tem de ser um esforço colectivo, não só porque quem fica sozinho desaparece, mas também porque puxa os outros para baixo”, concluiu.
A fechar a segunda sessão, o chileno Gerard Casaubon, director de investigação da Concha Y Toro, apresentou os números milionários do plano estratégico da empresa até 2020: cinco milhões de dólares de investimento, metade desses com destino à investigação e desenvolvimento. Números grandes, que se adequam aos mais de 10 mil hectares que a Concha Y Toro tem no Chile. Mas o destaque da exposição de Casaubon vai para a plataforma digital criada pelo grupo: um local online com previsão dos acontecimentos climáticos naquele país, por região/área. A plataforma é muito útil, pois está ao dispor de todas as empresas que a queiram usar, ajudando-as a decidir, por exemplo, onde adquirir/plantar a próxima vinha.
Sessão 3: Expectativas do consumidor e marketing sensível
Este momento teve um formato diferente, uma conversa aberta e apelativa entre Paul Willgloss, director de Food Technology da retalhista Marks & Spencer, e António Amorim, presidente da corticeira Amorim. Moderada pelo co-fundador da Wine Intelligence, Richard Halstead, e num estilo mais informal, baseou-se a adaptação das marcas às novas exigências de produção ambientalmente sustentáveis, e o modo como essas adaptações são percebidas e assimiladas pelo consumidor. “As regras do consumo de plástico também se aplicam às rolhas de plástico nos vinhos!”, afirmou António Amorim, antes de dizer que, em 10 anos, a Amorim reciclou mais de 500 milhões de rolhas e plantou cerca de 800 mil árvores. Um ponto importante tocado por Paul Willgloss foi a comum assumpção de que se perde muito dinheiro com as medidas sustentáveis: “A ideia de que se tem de pagar um preço mais alto por aquilo que é sustentável, não faz sentido nenhum. Não podemos transformar a sustentabilidade em nicho, é preciso saber fazer as coisas.”, disse. O exemplo que deu foi irrefutável, contando que, nas suas lojas, o saco reutilizável custa cinco libras, o que é um preço alto para um simples saco, mas o consumidor, com essas cinco libras, está também a comprar um serviço ilimitado: a substituição gratuita desse mesmo saco, sempre que achar pertinente, sendo o antigo reconvertido. Este modelo gera lucro e ajuda o ambiente, em simultâneo. “A sustentabilidade não é inimiga da rentabilidade”, concordou António Amorim. Depois, falou da importância dos millennials (pessoas nascidas entre o início da década de 80 e o início dos 2000), referindo que “estão sedentos de informação e querem saber sobre vinho, consumi-lo cada vez mais, e trazem uma atitude mais sustentável porque já nasceram num mundo onde esta conversa já estava a ser tida. Os millennials querem associar-se a marcas com melhores valores e isso não deve ser ignorado”. E fez a ponte para o vinho orgânico: “Não se pode ter um vinho orgânico com uma cápsula de plástico ou um ‘plastic stopper’! Há-que ser transparente e não ser biológico só porque é uma moda”. Paul Willgloss concluiu, advertindo que os retalhistas têm a missão de tornar tudo isto interessante para o consumidor, de inspirar e de o ajudar a fazer melhores escolhas.
Sessão 4: Adegas do futuro
Aqui, o exclusivo foi de Roger Boulton, cientista e professor de Enologia e Engenharia Química na Universidade da Califórnia Davis, que apresentou uma tese sobre adegas “carbono zero”. Boulton trouxe o exemplo do projeto da sua nova adega auto-sustentável LEED Platinum para mostrar como o design destas novas adegas é importante para melhorar a eficiência energética do processo de produção. Para o cientista americano, a indústria vitivinícola deve caminhar a passos largos para um modelo de emissões negativas de carbono, focando a sua investigação no aperfeiçoamento da rede energética, da rede de água e da captura e armazenamento de CO2. Algumas medidas concretas, defendidas neste último tópico, são o apoio a esquemas de comércio internacional de carbono, a projectos de investigação, à escala mundial, focados na captação de CO2 por via da fermentação, bem como a reportação dos números das emissões a um programa internacional fiável de medição dos poluentes da fermentação, como a Carbon Trust ou a Global Reporting Initiative.
Sessão 5: Desenvolvimentos da vinha
Na quinta sessão, falaram Alejandro Fuentes Espinoza, Gilles Descôtes e José Vouillamoz, que se focaram nas abordagens, a médio e longo prazo, que optimizam a prática agrícola nas vinhas: porta-enxertos, mitigação de pragas e doenças, selecção de variedades de uva e de planta, entre outras. O destaque vai para Descôtes, da casa francesa Bollinger, que declarou usar zero herbicidas desde 2016, recorrendo apenas a fertilizante orgânico e a métodos naturais como o da confusão sexual. Analisou, também, a relação entre o aumento médio da temperatura em 1,2 graus, entre 1961 e 2017, com a antecipação média das colheitas em 18 dias, um fenómeno que afecta muitos produtores. Chamou, ainda, atenção para a necessidade de optimização dos solos e da recuperação de técnicas antigas de cultivo menos impactantes no meio ambiente.
Sessão 6: Relatório da ADVICLIM
O ADVICLIM é um projecto europeu para o desenvolvimento de estratégias de adaptação e mitigação das alterações climáticas, de aplicação nas vinhas. A sua missão é ajudar os produtores na prossecução de práticas sustentáveis, desde a medição dos seus impactos à simulação de diferentes cenários de cultivo. Carlos Miranda, Chriss Foss e Jöel Rochard, três indivíduos associados ao projecto, vindos de entidades diferentes, contribuíram para a sessão. Este último, relevou que os estudos climáticos globais não são suficientes, terão de ser também feitos à escala local, para que se possa actuar com eficácia. Já Carlos Miranda sublinhou a importância das variedades de uva autóctones e da possibilidade de novas castas, bem como de novas localizações para as vinhas, tudo em prol da adaptabilidade. Deu o exemplo da plantação em altitude, para que se aproveite a frescura das cotas mais altas.
Sessão 7: Gestão de recursos hídricos
A questão da água e da irrigação das vinhas “daria outro almoço”, como se costuma dizer. Há quem defenda que não se deve regar de todo, e há quem diga que regar somente quando necessário não é a fonte do problema.
Linda Johnson-Bell, escritora e investigadora do Instituto do Vinho e das Alterações Climáticas de Oxford, foi peremptória neste assunto, dizendo que a agricultura de sequeiro deve ser assumida como paradigma mundial e que “se não formos nós a assumi-lo, a natureza fá-lo-á por nós”. Entre outros argumentos, afirmou que a irrigação provoca a salinização dos solos e aumenta os custos associados ao uso de água, revelando que 80% da produção vitivinícola global ainda é irrigada. Mais para a frente, Linda foi arrojada nas suas palavras, afirmando categoricamente que “a irrigação destrói o conceito de terroir”, “resulta em vinhos com elevado grau alcoólico” e que “os locais onde a vinha tem de ser regada não são aptos para a produção de vinho”. Se a coisa é assim tão linear? Temos dúvidas. Se se deve reduzir ao máximo a utilização de água e regar apenas com a quantidade mínima necessária, em regime deficitário, e somente enquanto e onde a vinha pedir? Absolutamente. Claro que a gestão da rega de uma vinha não dispensa o conhecimento e estudo profundo do balanço hídrico do terroir em questão, para que a eficiência seja escrutinada ao máximo.
Já André Roux foi mais ponderado do que Linda, discursando na qualidade de director de Sustentabilidade no Departamento de Agricultura da região de Western Cape, e coordenador do projecto FruitLook. Assente numa tecnologia de satélite, o FruitLook permite uma monitorização semanal do crescimento das culturas, do uso real de água nas plantações e a sua eficiência. Entre 2011 e 2016, o FruitLook passou de 4.300 para 21.554 hectares de área abrangida e permitiu poupar entre 10% a 30% de água aos produtores que utilizaram esta tecnologia pioneira.
Sessão 8: Questões energéticas
Dois grandes produtores mundiais de cariz familiar, Gramona e Jackson Family Wines, expuseram o seu compromisso ambiental e as iniciativas tomadas por cada um. Jaume Gramona, CEO da empresa desde 1995, colocou ênfase na arquitectura bioclimática e no seu novo conceito de cobertura de adega, captadora de energia. Referiu ainda a utilização de energia geotérmica, que permite climatizar as adegas com a temperatura do sub-solo; o fabrico próprio de um composto natural para fertilização; instalação de painéis fotovoltaicos responsáveis por 15,9% do consumo energético da empresa; entre outros. Isto gera uma dependência em 59% de energias renováveis, que se reflecte numa poupança de 41% no consumo energético.
Katie Jackson trouxe a máxima que rege a filosofia da empresa e do pai, o fundador: “Tomem conta da terra e a terra tomará conta de nós”. A JFW tem vinhas na Califórnia, em Itália, França, África do Sul e Austrália, sabendo bem o que significa lidar com períodos prolongados de seca extrema. Desde 2008 que a Jackson já diminuiu o consumo de água em 41%, e já ultrapassou a sua meta para 2020 de emissão de gases de efeito de estufa, estando já numa redução de 33%.
Reforçando, como referiu Katie, que “Medidas de sustentabilidade ambiental nem sempre se traduzem num aumento dos custos para as empresas”, a JFW já poupou mais de um milhão de dólares depois de implementar vários modelos de redução de CO2, como o do uso de garrafas mais leves, a remoção de resíduos de aterro, a intensificação do uso de energias renováveis, e o aproveitamento dos seus 60% de terra disponíveis para plantar outras espécies autóctones.
Sessão 9: Sustentabilidade, biodiversidade e gestão de solos
O moderador desta sessão, João Barroso, faz parte de um projecto muito especial: o primeiro programa de sustentabilidade de uma região portuguesa, o Programa de Sustentabilidade dos Vinhos do Alentejo. Desde que foi implementado, em 2015, este projecto viu aumentar o número de associados de 94 para 326, representando 46% da área dos vinhos do Alentejo e 60% do volume de produção. Impulsionado pela Comissão Vitivinícola Regional Alentejana, o PSVA tem como principais objectivos a monitorização do consumo de água, utilização de embalagens, rótulos e outros produtos certificados pelo FSC, monitorização do consumo energético, instalação de caixas-ninho ou poleiros para aves de rapina e morcegos, criação de um grupo dedicado a desenvolver e ajudar a implementação de práticas sustentáveis, prevenção de erosão dos solos, uso de compostos naturais como fertilizantes e a formação profissional. Também premeia os produtores exemplares nestes campos, com selos do programa. Em www.sustentabilidade.vinhosdoalentejo.pt, é possível encontrar toda a informação.
Gérard Bertrand, CEO da Gérard Bertrand Wines, confessou que a prática biodinâmica mudou a sua vida porque “porque não só eliminámos o uso de produtos químicos, como isso se traduziu na qualidade dos nossos vinhos e no reforço da mensagem de preservação da biodiversidade que queremos passar”. O produtor, que tem 200 hectares, neste sistema, no sul de França, expressou ainda uma indignação pertinente: “Temos registadas 7000 variedades de uva e o consumidor conhece menos de dez. Há que despertar a consciência do público e sensibilizá-lo para esta diversidade”.
A chilena Olga Barbosa, fundadora da Wine Climate Change, fez uma muito boa apresentação sobre biodiversidade, baseada na ideia de que a solução não está em mudar as vinhas, mas sim em conservar a natureza circundante, que confere protecção aos vinhedos. Partindo do princípio de que a consciencialização e transferência de conhecimento é essencial, criou uma iniciativa muito engraçada: junto dos produtores, fazem exercícios nos quais se colocam no ponto de vista de cada espécie presente nas respectivas propriedades. Segundo Olga, “isso cria perspectiva junto das equipas de trabalhadores e faz com que compreendam porque fazemos o que fazemos”.
O cientista sul-africano Heinrich Schloms alertou para o facto de a região de Western Cape estar a ser atingida por secas recordes nos últimos anos. “Estamos a começar a ficar sem água”, advertiu. “Escolher o local e a exposição correcta para plantar a vinha pode ser a decisão mais importante de todo o processo. Aspectos como a altitude, a inclinação, a radiação solar, a curvatura da vinha, a duração dos dias, distância em relação aos cursos de água têm de ser considerados nessa escolha”.
Sessão 10: Packaging e transporte
Voltando ao produto nacional, Tiago Moreira da Silva apresentou, em nome da BA Vidros, os benefícios dos suportes em vidro. “Os recipientes de vidro são feitos somente a partir de três matérias diferentes: areia, calcário e carbonato de sódio. É um elemento 100% reciclável e que pode ser usado na produção de novas garrafas sem qualquer desperdício”, demonstrou. Na verdade, 74% do vidro é reciclado na União Europeia. A BA tem, também, metas para 2030, como aumentar a dependência de energias renováveis pelo menos em 70% e reduzir a utilização de água em 75%.
Depois, Pierre Corvisier, director de New Services da JF Hillebrand Group, empresa líder global na distribuição e transporte de bebidas, apontou o transporte marítimo como o mais eficiente e sustentável, libertando apenas 3% dos gases de efeito de estufa. Em contrapartida, o terrestre e o aéreo são muito mais poluentes.
Vicente Sanchez-Migallón, fundador e director técnico da World Bulk Wine Exhibiton, sublinhou as vantagens no transporte de vinho a granel, exemplificando que “Enquanto o armazenamento de garrafas por contentor se situa entre 12 a 13 mil exemplares, um flexitank (contentor específico de armazenamento de líquidos) pode transportar o equivalente a 32 mil garrafas sem necessidade de aumentar o espaço de armazenamento”.
Estes números mostram que por cada viagem é possível transportar mais litros de vinho a granel do que vinho engarrafado e que isso representa uma considerável vantagem climática, de redução de custos e eficiência logística, originando uma redução da pegada de carbono de 40%.
A directora executiva do Food Packaging Forum, Jane Muncke, fez uma apresentação convincente sobre os perigos do plástico nos pacotes de comida e a contaminação cruzada. Que o plástico polui, mata espécies animais e intoxica o oceano, já sabemos, mas pouca é a importância que damos à contaminação dos alimentos por esse material e respectivos compostos químicos. Jane advertiu: “Para além de muitas partículas tóxicas migrarem para a comida, é real o risco que representa o plástico conseguir absorver propriedades tóxicas do meio exterior. Ao mesmo tempo que os nutrientes da comida e das bebidas são absorvidos pelo plástico, há uma constante migração de elementos do exterior para a embalagem e, consequentemente, para os alimentos. O risco aumenta com a exposição do plástico a temperaturas elevadas, com períodos longos de retenção em embalagem, com o tamanho da embalagem e com o tipo de alimentos que elas contêm”. Um exemplo do dia a dia é o aquecimento de comida em “tupperwares” plásticos no microondas. Assim, defendeu que o plástico não é viável como embalagem e alertou para o facto de a reciclagem não ser solução, pois muitos desses plásticos, precisamente por causa dessas partículas, não podem ser reciclados. A solução é evitar o seu uso.
Sessão 11: Eficiência e economia – apelo à acção
“Para o infinito e mais além”, foi a referência à personagem do filme Toy Story, Buzz Lightyear, que Mike Veseth usou para chamar a atenção do público. “O sector do vinho parece compreender que algo tem de ser feito, mas isso não basta”, afirmou o moderador da sessão, “temos de ir mais além”.
A relação entre a sustentabilidade e os lucros da actividade económica representa um desafio para as empresas e é aqui que Stephen Rannekleiv entra, a representar o banco holandês Rabobank. Esta instituição foca-se em “ajudar a gerar e promover oportunidades valiosas para os clientes e para a indústria”, em projectos de cariz sustentável. Ajudam, portanto, negócios inovadores, e nascidos da emergência ambiental, a chegar ao mercado.
Também Robert Swaak, da PwC, demonstrou como as alterações climáticas impactam a indústria do vinho, economicamente e não só: “As projecções climáticas para Portugal incluem um cada vez maior aquecimento e seca durante o período de desenvolvimento das uvas, resultando em modificações na fenologia, crescimento, características do vinho e tipologia; o sector do vinho terá de avaliar os potenciais efeitos da seca e fazer planos de contingência; a aptidão de certas regiões vitivinícolas pode desaparecer; e os custos de mão de obra para a vinha podem aumentar, pois com as condições adversas de trabalho nos vinhedos causará escassez desse recurso”. Na verdade, este é já um problema em várias regiões portuguesas.
Antes do início do Porto Summit, Adrian Bridge prestou algumas declarações, confessando a excedência das suas expectativas. “O mais importante foi termos tomado conhecimento da quantidade impressionante de trabalhos que já estão a ser feitos na indústria do vinho, trabalho esse que temos de continuar a desenvolver e fazer chegar aos nossos consumidores”, disse.
Porto Summit 2019
“Quando as gerações futuras perguntarem o que é que fizemos para ajudar a combater o clima, vamos ser capazes de olhá-las nos olhos e dizer que não ficámos de braços cruzados e que fizemos a nossa parte para assegurar o futuro deste planeta”, introduziu o administrador da Taylor’s.
O Porto Summit 2019 começou com uma comunicação capaz de deixar os presentes com lágrimas nos olhos. Afroz Shah, jovem advogado indiano e Champion of the Earth 2016 pela ONU, demonstrou o seu compromisso com o oceano. A Date with the Ocean, foi o nome da apresentação. Afroz revisitou, humildemente, o processo de limpeza da praia de Versova, em Bombaim, de onde retirou, com a ajuda de milhares de voluntários, mais de 5 milhões de toneladas de lixo do areal em 86 semanas, acção que se estende agora a muitas outras praias. Para mostrar o quão natural deveria ser esta preocupação com o meio ambiente, Shah perguntou à plateia “Quantos de vocês é que receberam prémios por limparem as vossas casas?” e frisou que o jogo de atribuição de culpas em que entrámos deixa-nos estagnados, repetindo, com pesar “It’s me, it’s me, it’s me”. “Ninguém quer viver num planeta que seja incompatível com a vida humana”, lembrou. Explicando a frase “a date with de ocean” (um encontro com o oceano), disse que “quando estamos num encontro com alguém, estamos no nosso melhor e por vezes juramos cuidar até que a morte nos separe”, contando que foi esse o laço que decidiu criar com o mar. Uma apresentação muito inspiradora.
A comunicação que se seguiu foi da primeira cadeia de fast food “climate positive”, a sueca Max Burgers. Kaj Törok, CRO da multinacional, inteirou a audiência, dizendo que em 2008 “percebemos que éramos parte do problema das alterações climáticas e assumimos que tínhamos que fazer parte da solução”. Num plano onde a pegada ecológica foi medida “desde a terra do agricultor até à mão dos consumidores”, foram implementadas medidas como a inclusão da informação da pegada de carbono em cada menu vendido, “para que os clientes pudessem basear as suas escolhas também nesses dados”, a utilização de embalagens 90% renováveis e o estabelecimento de metas concretas para inverter a pegada. Desta maneira, a Max Burgers gerou um saldo negativo para a sua pegada carbónica, que se fixou agora nos -110%, para a qual ajudou a plantação de 1,5 milhões de árvores em África. Kaj “vendeu”, ainda, o seu burguer (sem “ham”) mais ecológico nas emissões, o CrispyNoChicken, que não tem carne mas é um sucesso de vendas da cadeia, pelo seu “delicioso sabor”.
Ester Asin, da World Wide Fund for Nature (WWF), mostrou factos impossíveis de ignorar: “Os últimos cinco anos foram os anos mais quentes do planeta, sendo que onze dos anos que apresentaram recordes de temperatura ocorreram desde 2001!”.
Numa entrada divertida, em que se via, num vídeo, João Matos Fernandes a entrar na conferência num carro eléctrico e automatizado, o Ministro do Ambiente português fez uma análise do papel de Portugal na vanguarda da economia verde. Sociedade descarbonizada, valorização do território e promoção de uma economia circular foram os pilares que salientou para concretizar um plano ambicioso em termos energéticos. O ano de 2050 será aquele em que o país quer assumir o compromisso de zero carbono, dependendo em 80% de energia limpa (solar e eólica). O sector dos transportes, da agricultura, da construção e a mudança de hábitos alimentares estão na base desta transição ecológica e sustentável.
O momento mais aguardado, por muitos, do evento, chegou a encerrar o ciclo de conferências. Era Al Gore, o político ecologista norte-americano mais famoso do globo. Vice-presidente dos EUA, entre 93 e 2001, e senador do Tennessee de 85 a 93, Al Gore começou por lançar um alerta, “Estamos perante uma emergência global”. Sem piedade, acusou os combustíveis fósseis de serem “de longe” a maior fonte de poluição humana. As explicações pareceram óbvias: “Quando quadruplicamos a população da Terra e equipamos essa quantidade de gente com tecnologia poderosa, é óbvio que a relação do ser humano com o ecossistema irá mudar” e “Durante 150 anos, assumimos que os sistemas naturais da terra tinham uma capacidade de renovação sem limites. Falso!” e gritou esta última palavra. Não há dúvidas de que o Prémio Nobel da Paz 2007 tem o dom da palavra e, ao longo da sua vida, escolheu utilizá-lo para sensibilizar o ser humano para os problemas ambientais. “Perdemos um campo de futebol de árvores a cada minuto”, e aos poucos foi deixando todos de boa aberta, exaltando-se de quando em quando. Foi ele que deu a verdade mais dolorosa para o sector do vinho, afirmando que “Continuando assim, algumas regiões de vinho do mundo podem deixar de o ser, ainda a meio do século, como o Douro, por exemplo”. Uma realidade difícil de imaginar. Muito mais foi dito e demonstrado em relação aos efeitos adversos da acção do homem no Planeta, mas Al Gore, vegan há oito anos, mudou o tom do discurso antes de terminar, confessando achar que ainda há esperança e que essa passa, em grande parte, pela aposta em energias renováveis. “A liderança assumida em Portugal é um exemplo para todo o mundo”, referindo-se, por exemplo, ao facto de Portugal ser o terceiro país da EU que mais usa energia renovável, apenas atrás da Suécia e da Áustria. A produção de energia eléctrica renovável do país ultrapassou, pela primeira vez em Março do ano passado, as necessidades de consumo. Falando do The Porto Protocol, o compromisso criado por Adrian Bridge e assinado por várias empresas que as vincula aos princípios e medidas estabelecidas nestas conferências, Al Gore brincou, antes de terminar, e disse ser uma plataforma liderada por “um louco instável” que “fornece ferramentas extraordinárias para uma cooperação internacional séria, informada e comprometida com as gerações futuras”.
E se o leitor não tiver uma empresa onde aplicar todas estas resoluções e estiver aqui simplesmente porque gosta de um bom copo de vinho e de boas leituras, faça o que estiver ao alcance, reduza o consumo de plástico e de água, recicle, reutilize, plante uma árvore, conheça o que come, vá a pé… repita. Repita. E repita. O futuro do Planeta depende disso.