Vai haver uma maratona mundial de provas de vinho

O nome é Wine on Earth Taste-a-Thon e é uma iniciativa da Wine Origins Alliance. Esta maratona mundial de provas de vinho vai acontecer já amanhã, 17 de Junho de 2020, de forma virtual e atravessando 16 regiões vitivinícolas, de oito países, da Austrália aos Estados Unidos. Com o apoio de diversos produtores das regiões […]

O nome é Wine on Earth Taste-a-Thon e é uma iniciativa da Wine Origins Alliance. Esta maratona mundial de provas de vinho vai acontecer já amanhã, 17 de Junho de 2020, de forma virtual e atravessando 16 regiões vitivinícolas, de oito países, da Austrália aos Estados Unidos.

Com o apoio de diversos produtores das regiões envolvidas, em Portugal esta maratona terá a Sogevinus como “promotor”, através de duas provas: uma conjunta moderada pelo IVDP – Instituto dos Vinhos do Douro e do Porto (membro fundador da Wine Origins Alliance), divulgada via Facebook e Youtube; e uma prova da própria Sogevinus, intitulada “À descoberta dos vinhos do Douro: a mais antiga região demarcada e regulamentada do Mundo”, preparada para ser transmitida no canal de YouTube do Grupo a partir das 09h00 de amanhã. Em comunicado, a empresa explica ser “Uma introdução online que pretende iniciar todos aqueles que não conhecem o Douro, para descobrir o melhor do vinho do Porto e os vinhos tranquilos da região. Os enólogos Ricardo Macedo (responsável pelos vinhos Douro) e Carlos Alves (responsável pelos vinhos do Porto) irão acompanhá-lo pelos 250 hectares de vinha (…)”.

Valle Pradinhos: Um branco muito especial

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[vc_row type=”in_container” full_screen_row_position=”middle” scene_position=”center” text_color=”dark” text_align=”left” overlay_strength=”0.3″ shape_divider_position=”bottom”][vc_column column_padding=”no-extra-padding” column_padding_position=”all” background_color_opacity=”1″ background_hover_color_opacity=”1″ column_shadow=”none” column_border_radius=”none” width=”1/1″ tablet_text_alignment=”default” phone_text_alignment=”default” column_border_width=”none” column_border_style=”solid”][vc_column_text]Poucos produtores poderão gabar-se de vender os vinhos brancos mais caros que os tintos. Mas é mesmo isso que acontece aqui, em Macedo de Cavaleiros, na histórica casa do Valle Pradinhos, fundada há mais de um século em Trás-os-Montes.

TEXTO João Paulo Martins
FOTOS Valle Pradinhos

A casa, solarenga e imponente, será bem antiga, muito provavelmente do séc. XVIII mas foi em 1913 que a família Pinto de Azevedo a adquiriu e tomou conta dos mais de 500 hectares da propriedade. Hoje são 450 porque “o meu avô doou algumas parcelas a trabalhadores da casa” como nos lembra Maria Antónia Pinto de Azevedo, a actual proprietária e neta do fundador, aos comandos dos negócios da casa desde os inícios dos anos 90. Na zona vulgarizou-se o nome de Casal em vez de quinta ou herdade e é esse o nome que se conservou, Casal de Valle Pradinhos.
Estamos em zona de planalto, a uma altitude entre os 550 e 650 metros e na propriedade, além da vinha também há muitas oliveiras e sobreiros, as outras fontes de rendimento da empresa familiar. Valle Pradinhos foi durante décadas a única marca de referência de toda a região de Trás-os-Montes e, a partir dos anos 70 ganhou notoriedade com a chegada de João Nicolau de Almeida, então um jovem enólogo que estava a chegar dos estudos em Bordéus e que então dividia o seu trabalho entre a Ramos Pinto e esta propriedade que ele tanto admirava. Recordo as suas palavras quando dizia que “esta terra parece abençoada, tudo o que se planta produz bem e muito”. Na linguagem popular poderia traduzir-se assim: é como o cebolo, é preciso é pô-lo!

Curiosamente pouco se sabe exactamente sobre o que se plantava aqui em termos de castas quando se começou a produzir vinho. Na casa existe a mais antiga garrafa de branco, datada de 1940, mas a composição do vinho é incerta. Com os tintos passa-se um pouco a mesma coisa. Seguramente haveria Tinta Amarela e Tinta Roriz nos tintos, eventualmente, Bastardo. Rui Cunha, o actual enólogo que há 20 anos é responsável da enologia (hoje coadjuvado por Rui Pinto, enólogo residente) recorda-nos que numa velha parcela, muito anterior à época de João Nicolau de Almeida, havia Alicante Bouschet e Petit Bouschet “quem sabe para vender para o Douro para substituir a baga de sabugueiro como aumentador de cor…!”. Nos brancos o mais seguro seria haver Malvasia Fina mas quanto ao resto há lacunas nas fontes.
João Nicolau de Almeida chegou ainda nos anos 70 e resolveu plantar novas vinhas e esse plantio marcou indelevelmente os vinhos da casa. Fez campos experimentais das castas que pretendia e só ao fim de 4 ou 5 anos é que se tomou a decisão sobre o que plantar e em que quantidade. Assim, em terrenos marcados pelo xisto misturado com quartzo, juntou Cabernet Sauvignon à Tinta Amarela e à Tinta Roriz e, nos brancos, adicionou Gewürztraminer e Riesling à Malvasia Fina. O conceito, defendido por Nicolau de Almeida durante muito tempo era conseguir “castas melhoradoras” (o termo é dele) para equilibrar as nossas castas, então mal estudadas e pouco conhecidas. Naturalmente os conhecimentos actuais já dispensam as “melhorias” das castas de fora, mas a verdade é que os vinhos ganharam um perfil que agora há que manter. Há novos plantios, introduziu-se a Touriga Nacional, o Syrah em pequena parcela (gosto pessoal da proprietária) mas também Gouveio e Códega, correspondendo também a algum alargamento do portefólio: além das marcas-âncora (Valle Pradinhos Reserva em branco e tinto) existe o Grande Reserva, Lost Corner e Porta Velha (tintos). O branco é Reserva mas não existe um não Reserva, algo que é difícil de compreender. E, dizem-nos, fazer aprovar na Câmara de Provadores do IVDP (entidade certificadora da DOC Trás-os-Montes) um branco como Reserva e sem madeira não é nada fácil (Rui Cunha). Quanto a este tema, Maria Antónia defende que a diferença será mais evidente quando tiverem um branco Grande Reserva, algo que está na calha mas para isso há que alargar a área de vinha do branco e ir além dos actuais 12 ha. Todos se recordam também que a marca Planalto (Sogrape) também ostenta o nome Reserva e nunca houve outro e não tem qualquer madeira. Argumento a favor, portanto.[/vc_column_text][/vc_column][/vc_row][vc_row type=”in_container” full_screen_row_position=”middle” scene_position=”center” text_color=”dark” text_align=”left” overlay_strength=”0.3″ shape_divider_position=”bottom”][vc_column column_padding=”no-extra-padding” column_padding_position=”all” background_color_opacity=”1″ background_hover_color_opacity=”1″ column_shadow=”none” column_border_radius=”none” width=”1/1″ tablet_text_alignment=”default” phone_text_alignment=”default” column_border_width=”none” column_border_style=”solid”][vc_gallery type=”nectarslider_style” images=”45690,45689,45691,45688,45687,45686″ bullet_navigation_style=”scale” onclick=”link_no”][/vc_column][/vc_row][vc_row type=”in_container” full_screen_row_position=”middle” scene_position=”center” text_color=”dark” text_align=”left” overlay_strength=”0.3″ shape_divider_position=”bottom”][vc_column column_padding=”no-extra-padding” column_padding_position=”all” background_color_opacity=”1″ background_hover_color_opacity=”1″ column_shadow=”none” column_border_radius=”none” width=”1/1″ tablet_text_alignment=”default” phone_text_alignment=”default” column_border_width=”none” column_border_style=”solid”][vc_column_text]

Castas de fora a mostrarem o seu valor

Das opções então feitas por João Nicolau de Almeida ficou um legado e Rui Cunha aplaude: “as duas castas brancas estrangeiras revelaram-se muito regulares na produção, muito consistentes, apesar de não produzirem muito e por isso dão-nos uma grande margem de segurança. A área de vinha não permite variações: não se faz um varietal de Riesling ou Gewürztraminer porque não há uvas que permitam, depois, manter consistentemente a marca. E, apesar da tradição alsaciana de fazer Colheita Tardia com Gewürztraminer, aqui não há planos: “nem pensar, isso de fazer uma pequena quantidade é demasiado arriscado para quem tem poucas uvas à disposição”, lembra Rui. A casta Riesling aqui mostra um lado mais tropical e por isso não se enquadra na versão Mosela/Reno, sendo mais próxima da Alsácia. A levedura que usam para esta casta também ajuda a um lado um pouco mais terpénico; são usadas levaduras diferentes e há uns 10 anos chegaram a ter de usar leveduras de final de fermentação para compensar alguma falta de azoto no solo, algo que está já resolvido.

As produções são baixas. Na Riesling estamos com 4 a 5 toneladas por hectare, na Gewürztraminer entre 2 e 3 ton/ha e na Malvasia Fina entre 5 e 6 ton/ha. Globalmente falamos de 15 000 garrafas/ano, rapidamente absorvidas pelo mercado. É essa apetência voraz que leva a que apenas sejam deixadas para arquivo 40 por ano. Caixas? Indagámos. Não, garrafas! Claramente insuficiente ou “um desrespeito pelo património”, diriam vozes mais radicais…
A composição final do branco resulta assim de 65% de Malvasia Fina, 35% de Riesling e 5% de Gewürztraminer, praticamente todo ele absorvido no mercado interno. O alargamento da área de vinha com mais castas portuguesas aponta exactamente para uma aposta mais forte nos mercados externos onde, dizem, jogar com castas portuguesas é mais original e gera mais interesse.

Uma prova de brancos com carácter

A prova que fizemos contemplou quase 20 vinhos e três décadas da história da marca. Nos arquivos já não há de todos os anos, pela razão atrás exposta. Foram provados os vinhos das colheitas de 1987, 93, 94, 95, 97, 98, 2001 e 03. A partir da colheita de 2007 provámos todas as colheitas, incluindo uma pré-prova do 2019, ainda em cuba e longe de estar finalizado. Todos os brancos provados contemplam as três castas atrás referidas, com muito pequenas variações das percentagens de cada uma.
Primeira constatação após a vertical: todos os vinhos deram prova, com mais ou menos prazer mas nenhum estava impróprio. Cores carregadas a sugerirem muita oxidação mas acidez muito viva a permitir e autorizar a prova. Notas de frutos secos e chá a sobreporem-se à fruta mas sempre com alguma finura de conjunto. Classificações a balancearem entre 15,5 e 16. Foi assim até ao 1997 (16,5) que, surpreendentemente, nos fez lembrar um Alsácia de Colheita Tardia, terpénico, com fruta madura, avelãs e nozes no aroma que se revelou complexo e até mais interessante do que na prova de boca. De 1998 a 2003, surgiram-nos de novo vinhos com clara oxidação, carregados na cor, com notas evoluídas mas, de novo, com boa acidez que segurou o conjunto. No 2003 (16,5), no meio das notas dos frutos secos, alguma reminiscência de lichias e o vinho mostrou-se ainda muito gastronómico.

O 2007, com rolha sintética, mostrou-se simples, com boa acidez mas com pouco corpo, açúcar residual evidente, mas depois recupera no final com algum prolongamento (15,5); o 2008 mostrou muita harmonia aroma/sabor, com um estilo maduro mas salvo por acidez ainda muito viva e que lhe mantém o carácter gastronómico (16). As colheitas de 2009 e 2010 revelaram traços comuns, aqui com aromas excelentes a mostrar o carácter das castas estrangeiras que lhe dão personalidade. Ambos com acidez perfeita, o 2009 também mais açucarado, tudo ainda com muita vida, o que surpreende (ambos com 17). Um pouco menos estruturado, mais citrino e leve, o 2011 deu boa prova (16,5) e o 2012 mostrou ainda juventude, muito boa definição do carácter terpénico das castas estrangeiras (17). O ponto alto da prova foi o 2013, com muito ligeira redução o que lhe acentuou o lado mais mineral e maior carácter de pedra raspada que associamos ao Riesling; encorpado (mais açúcar residual do que a maioria) mas fresco, boa estrutura de boca (17,5). O 2014 (16,5) acabou por funcionar como resposta ao 13, com carácter mais fechado, mais austero, menos aberto e falador, todo ele mais discreto mas a mostrar que evoluiu bem em cave e que ainda nos poderá vir a surpreender no futuro. Muito bem o 2015 (17) e 2016 (16,5), o primeiro mais terpénico a mostrar bem o carácter do Riesling e o segundo mais citrino, fino e elegante, muito macio e delicado na boca. Das colheitas mais recentes damos conta a seguir.
Nota final: não há que ter pressa em beber estes brancos porque alguns anos de cave fazem-lhes muito bem e trazem para primeiro plano o carácter das castas que aqui lhes dão a originalidade que João Nicolau de Almeida pensou e realizou, com Rui Cunha a manter agora o perfil que tanto sucesso tem junto do consumidor.
Ainda que não seja o objecto desta prova, não deixámos de notar e verbalizar que, até para dar valor às tradições regionais, falta neste portefólio um varietal de Tinta Amarela, a casta emblemática da região. E, quem sabe, de Malvasia Fina. Assunto a seguir com atenção.[/vc_column_text][/vc_column][/vc_row][vc_row type=”in_container” full_screen_row_position=”middle” scene_position=”center” text_color=”dark” text_align=”left” overlay_strength=”0.3″ shape_divider_position=”bottom”][vc_column column_padding=”no-extra-padding” column_padding_position=”all” background_color_opacity=”1″ background_hover_color_opacity=”1″ column_shadow=”none” column_border_radius=”none” width=”1/1″ tablet_text_alignment=”default” phone_text_alignment=”default” column_border_width=”none” column_border_style=”solid”][vc_column_text]

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Edição nº 35, Março de 2020

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Herdade de Pegos Claros: Um hino ao Castelão

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[vc_row type=”in_container” full_screen_row_position=”middle” scene_position=”center” text_color=”dark” text_align=”left” overlay_strength=”0.3″ shape_divider_position=”bottom”][vc_column column_padding=”no-extra-padding” column_padding_position=”all” background_color_opacity=”1″ background_hover_color_opacity=”1″ column_shadow=”none” column_border_radius=”none” width=”1/1″ tablet_text_alignment=”default” phone_text_alignment=”default” column_border_width=”none” column_border_style=”solid”][vc_column_text]Pegos Claros é um produtor clássico com uma gama completa – branco, rosé e três tintos – assente na variedade Castelão. É, todavia, no seu tinto Reserva que se concentra a melhor relação preço-qualidade, com um vinho de muito bom nível que mantém um inegável perfil regional.

TEXTO: Nuno de Oliveira Garcia
FOTOS: HPC – Herdade de Pegos Claros

Já em tempos me referi a Pegos Claros é um dos símbolos da casta Castelão. Falamos de uma vinha velha (facto agora orgulhosamente realçado em alguns dos rótulos da marca), com solos de areia pobre e sem rega, sita em Santo Isidro de Pegões, Palmela, quase em transição para o Alentejo. Ali se produz vinho pelo menos desde 1920, sendo que foi só no início da década de ’90 do século passado que o nome Pegos Claros ficou gravado no coração dos enófilos. A herdade, bastante extensa e maioritariamente florestal (como é apanágio na região), passou por vários proprietários nos últimos 30 anos, e só recentemente a adega começou a ter as condições que o enólogo Bernardo Cabral pretende. Actualmente, a herdade está numa fase de velocidade de cruzeiro, com uma produção total de 100 mil garrafas, podendo crescer entre 20% a 30% nos próximos 5 anos, em parte devido à reconversão de uma área de 6 hectares de vinha em 2013.

Em provas recentes efectuadas, foram vários os vinhos dos anos ’90 que me marcaram – 1993, 1995 e 1996, todos da autoria de João Portugal Ramos, então enólogo consultor da propriedade – e, já nos anos mais recentes, o mesmo sucedeu com o Garrafeira 2005 elaborado por João Corrêa (ao serviço da Companhia das Quintas que tinha passado a gerir a herdade). Com a passagem, em 2010, da gestão da propriedade para a ‘Terra Team’ e mais concretamente para o veículo constituído para o efeito – ‘HPC’ –, a marca consolida-se e o portefólio expande-se.[/vc_column_text][/vc_column][/vc_row][vc_row type=”in_container” full_screen_row_position=”middle” scene_position=”center” text_color=”dark” text_align=”left” overlay_strength=”0.3″ shape_divider_position=”bottom”][vc_column column_padding=”no-extra-padding” column_padding_position=”all” background_color_opacity=”1″ background_hover_color_opacity=”1″ column_shadow=”none” column_border_radius=”none” width=”1/1″ tablet_text_alignment=”default” phone_text_alignment=”default” column_border_width=”none” column_border_style=”solid”][vc_gallery type=”nectarslider_style” images=”45662,45663,45677,45675,45680,45665,45678,45679,45664,45676,45666″ bullet_navigation_style=”scale” onclick=”link_no”][/vc_column][/vc_row][vc_row type=”in_container” full_screen_row_position=”middle” scene_position=”center” text_color=”dark” text_align=”left” overlay_strength=”0.3″ shape_divider_position=”bottom”][vc_column column_padding=”no-extra-padding” column_padding_position=”all” background_color_opacity=”1″ background_hover_color_opacity=”1″ column_shadow=”none” column_border_radius=”none” width=”1/1″ tablet_text_alignment=”default” phone_text_alignment=”default” column_border_width=”none” column_border_style=”solid”][vc_column_text]

Vinha mesmo muito velha

À frente da HPC encontra-se José Miguel Gomes Aires e a enologia, conforme referido, está a cargo de Bernardo Cabral. A par de um rosé e de um Castelão vinificado em branco, e bem assim de um novo topo de gama denominado Primo, o projeto alicerça-se nos tintos Reserva e Grande Escolha. Toda a vinha da propriedade é muito velha, sendo o Grande Escolha produzido a partir de uvas de cepas com mais de 90 anos, e o Reserva com as uvas de vinhas com “apenas” 70 anos… Ambos os vinhos são feitos de forma tradicional, com recurso a lagar e uma pequena percentagem de engaço, e um prolongado estágio em garrafa.

O Reserva é, e pretende continuar a ser cada vez mais, o porta-estandarte do projecto. Com o centenário de Pegos Claros à porta (1920-2020), a imagem do vinho foi sujeita a um restyling, mantendo o rótulo negro, mas agora com nuances e margens douradas, destacando-se ainda a referência expressa a “Vinhas 70 anos”. Dir-se-á que a imagem está hoje mais consentânea com a qualidade do vinho, que é muita, e só o preço – a cerca de 10€ por garrafa – é que parece destoar, demasiado acessível (mas mais vale assim, dirá o consumidor…). O vinho disponível no mercado é o da colheita 2015, pronto a beber, mas podendo evoluir muito bem em garrafa.

Um vinho que perdura…

Para o comprovar, provámos algumas colheitas anteriores, todas em grande forma, com fruto muito vivo, álcool a não ultrapassar os 13,5%, e incrivelmente jovens! As colheitas de 2011 a 2014, foram todas já engarrafadas sob a supervisão de Bernardo Cabral, sendo que o lote de 2011 (ano em que não se produziu Grande Escolha) foi elaborado por Frederico Falcão, na data enólogo da propriedade. Muito bem o 2011, balsâmico e especiado, fruto maduro, perfil sério e gastronómico (17 pontos). Belíssimo o 2012, com fruto encarnado vivo, chá preto e casca de árvore, complexo e muito ágil e leve em boca (17,5). Muita qualidade também no 2013, com perfil mais exuberante e fresco, toque a verniz e ligeira barrica (17). Finalmente, provámos o 2014 (ano em que não houve Grande Escolha), com fruto ainda jovem, nota a alcaçuz, balsâmico; bom corpo em boca tendo em consideração o ano chuvoso e muito sabor no final (17). No conjunto, estes vinhos reforçam a consistência de qualidade e perfil da marca Pegos Claros, e evidenciam a complexidade e carácter que as vinhas velhas de Castelão implantadas em solos de areia imprimem. Elegância, frescura, longevidade, belos vinhos que honram a região que os viu nascer.[/vc_column_text][/vc_column][/vc_row][vc_row type=”in_container” full_screen_row_position=”middle” scene_position=”center” text_color=”dark” text_align=”left” overlay_strength=”0.3″ shape_divider_position=”bottom”][vc_column column_padding=”no-extra-padding” column_padding_position=”all” background_color_opacity=”1″ background_hover_color_opacity=”1″ column_shadow=”none” column_border_radius=”none” width=”1/1″ tablet_text_alignment=”default” phone_text_alignment=”default” column_border_width=”none” column_border_style=”solid”][vc_column_text]

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Edição nº 35, Março de 2020

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Top 20 Vinhos “Boa Escolha”, de todas as cores

Porque um arco-íris pode ser pintado ao gosto de cada um… Branco, rosé ou tinto – O nosso Top 20 de BOAS ESCOLHAS (vinhos com melhor relação qualidade/preço, com o nosso selo Boa Escolha) de todas as cores e sabores. *provas realizadas até Abril de 2020 (dispostos sem critério de ordem) Clique em cada vinho para […]

Porque um arco-íris pode ser pintado ao gosto de cada um…

Branco, rosé ou tinto – O nosso Top 20 de BOAS ESCOLHAS (vinhos com melhor relação qualidade/preço, com o nosso selo Boa Escolha) de todas as cores e sabores.

*provas realizadas até Abril de 2020 (dispostos sem critério de ordem)
Clique em cada vinho para ver a nota de prova.

Veja mais em Pesquisa de Vinhos

Taylor’s já reabriu as suas caves para visita

E se lhe dissessem que, além de visitar uma cave de vinho do Porto, em Vila Nova de Gaia, poderia relaxar num jardim de rosas no final dessa visita? É isso, e muito mais, que a Taylor’s tem para oferecer, depois de o seu jardim ter florido durante o período de isolamento, revelando-se mais bonito […]

E se lhe dissessem que, além de visitar uma cave de vinho do Porto, em Vila Nova de Gaia, poderia relaxar num jardim de rosas no final dessa visita? É isso, e muito mais, que a Taylor’s tem para oferecer, depois de o seu jardim ter florido durante o período de isolamento, revelando-se mais bonito do que nunca.

O centro de visitas Taylor’s, totalmente renovado em 2016, voltou a abrir com selo Clean & Safe e uma nova missão: dar a conhecer e provar os seus 328 anos de história, através do seu sistema de áudio-guia em 12 línguas diferentes, para o que a empresa diz ser “uma experiência segura e autónoma, ao ritmo da curiosidade de cada visitante”.

O itinerário da visita passa pelos armazéns do século VXIII, onde estagiam os emblemáticos vinhos da casa, e permite conhecer a história do vinho do Porto, os processos de vinificação e as diferenças entre os vários estilos de vinho. No percurso, revela a Taylor’s, “há algumas curiosidades como o túnel revestido a céu estrelado, que reproduz o céu da Quinta de Vargellas, berço dos vinhos Taylor’s no Douro”. No final, é possível provar as referências da casa, ou na sala de provas, ou no Jardim das Rosas.

Com o valor de €15 por pessoa, a visita inclui a áudio-tour e a prova de dois vinhos: Taylor´s Chip Dry Branco Extra Seco e Taylor’s Late Bottled Vintage. Mas é possível prolongar a prova, escolhendo à carta. Crianças também são bem-vindas, mediante compra de um bilhete de €6, que inclui sumo de uva e bolachas.

Comissão Vitivinícola do Algarve dá impulso extra aos seus produtores

Em resposta aos desafios que a pandemia trouxe, a Comissão Vitivinícola do Algarve (CVA) aproveitou para impulsionar os seus agentes económicos de novas formas. Sara Silva, presidente da CVA, explica: “Num momento em que todos os apelos nos levavam ao afastamento, decidimos transformar esse desafio numa oportunidade para nos aproximarmos ainda mais dos nossos produtores. […]

Em resposta aos desafios que a pandemia trouxe, a Comissão Vitivinícola do Algarve (CVA) aproveitou para impulsionar os seus agentes económicos de novas formas. Sara Silva, presidente da CVA, explica: “Num momento em que todos os apelos nos levavam ao afastamento, decidimos transformar esse desafio numa oportunidade para nos aproximarmos ainda mais dos nossos produtores. Usando os meios digitais como nossos aliados, começámos a preparar formas alternativas de fazer chegar a mensagem a esses públicos, mas também aos consumidores finais, peças chave no aumento da notoriedade dos nossos vinhos”.

Assim, a CVA criou uma iniciativa que passa por um conjunto de reportagens, onde cada produtor relata a sua história, conta pormenores sobre as suas propriedades e fala sobre os seus vinhos. Esta rúbrica, que vai para “o ar” todas as quintas-feiras, acontece nas páginas de Facebook e Instagram da CVA, com o nome “5ªs à Quinta”.

Também o site da CVA foi reforçado com informação sobre cada um dos produtores e formas de adquirir os seus vinhos sem sair de casa. Já a “app” dos Vinhos do Algarve tem relançamento marcado para breve, com total renovação. Esta é uma aplicação móvel onde é possível consultar a localização geográfica dos produtores, saber quais os pontos de venda e restaurantes onde os vinhos estão disponíveis, bem como encontrar notícias e eventos relacionados com esta região.

Ainda em curso nos meses de Junho e Julho está a parceria da CVA com a Nutrifresco – um dos mais famosos distribuidores de pescado do Algarve – que oferece garrafas de Vinho do Algarve na compra do cabaz de peixe e marisco “Cabaz das Rias”, um produto da sua mais recente marca “Peixe à Porta”.

Sónia Martins assume liderança da Lusovini

Desde o passado mês de Maio, a directora de enologia da Lusovini, Sónia Martins, passou a acumular essa função com a presidência desta empresa sediada em Nelas e criada em 2009. Sócia-fundadora da Lusovini, Sónia Martins vai continuar a partilhar a gestão com o accionista principal, Casimiro Gomes, e os restantes sócios administradores. Esta alteração […]

Desde o passado mês de Maio, a directora de enologia da Lusovini, Sónia Martins, passou a acumular essa função com a presidência desta empresa sediada em Nelas e criada em 2009. Sócia-fundadora da Lusovini, Sónia Martins vai continuar a partilhar a gestão com o accionista principal, Casimiro Gomes, e os restantes sócios administradores.

Esta alteração ficou a dever-se à necessidade de reforçar as componentes da vinha e do vinho na primeira linha de decisão da empresa. Casimiro Gomes, que tem sido até agora a “cara” da Lusovini, continuará a ser o grande esteio da casa que criou, mas aumentará a sua intervenção na viticultura, área de formação e paixão deste conhecido profissional do sector. Paralelamente, esta mudança permite-lhe concentrar mais tempo no desenvolvimento do projecto Regateiro, marca da Bairrada criada pela sua família e que integra o portefólio Lusovini.

A componente vitícola tem vindo sempre a crescer na Lusovini, contabilizando hoje cerca de 106 hectares com uma vasta dispersão geográfica: da serra de S. Mamede, em Portalegre (Alentejo), até S. João da Pesqueira (Douro), passando por Anadia e Aguada de Cima (Bairrada) e, sobretudo, pela região do Dão, com vinhedos em Viseu, Mangualde, Nelas e Carregal do Sal. E é precisamente em Carregal do Sal que se encontra o mais recente investimento vitícola da empresa, a Vinha da Fidalga, propriedade de 25 hectares, com 15 de vinha plantada, e que se constitui como a base do Pedra Cancela, a marca bandeira da Lusovini.

Criados em 2000 por João Paulo Gouveia, também ele sócio da empresa, os vinhos Pedra Cancela comemoram este ano o seu 20º aniversário e Sónia Martins anunciou já que serão realizadas no segundo semestre diversas acções alusivas à marca, culminando com o lançamento de um vinho muito especial.

Fotografia: Bebes.Comes

Plataforma de incentivo a compra online, da ViniPortugal, continua a crescer

A ViniPortugal – que já tinha lançado, há algumas semanas, um desafio aos produtores de vinho portugueses para integrar a sua plataforma informativa sobre venda online – conta já com 232 produtores, de Norte a Sul do país. Trata-se de uma página onde é possível consultar quais as empresas (e onde) que estão a vender […]

A ViniPortugal – que já tinha lançado, há algumas semanas, um desafio aos produtores de vinho portugueses para integrar a sua plataforma informativa sobre venda online – conta já com 232 produtores, de Norte a Sul do país.

Trata-se de uma página onde é possível consultar quais as empresas (e onde) que estão a vender os seus vinhos online, ou que aceitam encomendas via telefone. Esta é uma das respostas da ViniPortugal ao actual contexto de pandemia, que pretende facilitar o processo e incentivar a compra de vinho, como diz esta associação interprofissional para promoção dos Vinhos de Portugal: “Esta iniciativa é um contributo da ViniPortugal para ajudar os produtores nacionais nos seus esforços de venda num momento mais difícil para o sector. Ao criar na sua página de internet uma área dedicada para pesquisa de produtores por região vitivinícola, com informação sistematizada de campanhas promocionais em curso e os contactos mais directos, a ViniPortugal pretende apoiar os produtores, reforçar o incentivo junto dos consumidores à compra de produtos nacionais e valorizar a qualidade dos vinhos portugueses”.

Também está disponível uma plataforma “gémea”, desta feita em língua inglesa, onde é disponibilizada informação de produtores que asseguram entregas de vinhos fora do território nacional, aqui.

Anna Jorgensen assume chefia na enologia e na gestão de Cortes de Cima

O pai é dinamarquês e a mãe americana, mas Anna Jorgensen já nasceu em Portugal, depois dos pais assumirem as suas planícies alentejanas como base para formar família e erguer um projecto de grande valor, Cortes de Cima, na Vidigueira. Tendo viajado pelo mundo do vinho – Austrália, EUA, França e Nova Zelândia – para […]

O pai é dinamarquês e a mãe americana, mas Anna Jorgensen já nasceu em Portugal, depois dos pais assumirem as suas planícies alentejanas como base para formar família e erguer um projecto de grande valor, Cortes de Cima, na Vidigueira. Tendo viajado pelo mundo do vinho – Austrália, EUA, França e Nova Zelândia – para adquirir experiência e conhecimento, ganhou uma paixão especial pelo conceito de terroir e pela sustentabilidade, valores que agora aplicará na sua nova aventura: a direcção geral, de enologia e de viticultura da empresa que a viu crescer.

Em comunicado, a Cortes de Cima assume que foi “uma transição natural e há muito programada, onde saem reforçados os valores e pilares da família Jorgensen”.

Já Anna declara que o seu “intuito será sempre respeitar a natureza, trabalhar com ela e nunca contra ela. Criar e cultivar um ecossistema resiliente e equilibrado deve ser feito através da promoção da biodiversidade e da policultura”. Anna trabalhará com uma equipa experiente, com muito anos de experiência de casa.

No que toca ao futuro próximo, a Cortes de Cima pretende, num projecto liderado e impulsionado por Anna, converter toda a vinha para modo de produção biológico, algo “que já está em curso e numa fase bastante adiantada”.

Depois de 20 anos sob a liderança da dupla Carrie e Hans Jorgensen, pais de Anna, é a enóloga que agora se “chega à frente”, naquele que representa o início de uma nova era de Cortes de Cima.

Mariana Lopes

Falua abraça novo desafio e entra em Monção e Melgaço

A Falua, renomada empresa produtora de vinho na região do Tejo, já tinha sido adquirida em 2017 pelo grupo francês Roullier, que a escolheu para o arranque do seu projecto de vinhos em Portugal. Na verdade, a Falua, com mais de 25 anos de idade, é o primeiro investimento do grupo no sector do vinho, […]

A Falua, renomada empresa produtora de vinho na região do Tejo, já tinha sido adquirida em 2017 pelo grupo francês Roullier, que a escolheu para o arranque do seu projecto de vinhos em Portugal.

Na verdade, a Falua, com mais de 25 anos de idade, é o primeiro investimento do grupo no sector do vinho, grupo este que está presente noutras áreas de actividade em 131 países, e que conta com mais de 8 mil colaboradores em todo o mundo e um volume de negócios superior a 2 mil milhões de euros.

Agora, a Falua incursa num novo desafio, com a entrada em Monção e Melgaço, sub-região dos Vinhos Verdes. A compra de uma adega aí sediada, confirma a fama e o proveito do berço da casta Alvarinho como origem de vinhos brancos de qualidade superior.

“Uma aposta séria e ambiciosa no sector dos vinhos em Portugal levou o Grupo Roullier a formar uma nova equipa de gestão, com a missão de criar e desenvolver um projecto de vinhos sólido e de sucesso em Portugal e no Mundo: Rui Rosa, Administrador da filial do Grupo Roullier em Portugal há mais de 20 anos, acumula desde 2017 a Administração do Grupo para o sector vitivinícola”, é explicado em comunicado. Antonina Barbosa, ligada ao sector dos vinhos há 20 anos e à Falua desde 2004, assumiu em 2019 a Direção Geral do projecto de vinhos, acumulando com a Direção de Enologia.