Palácio Condes de Anadia: Um “château” no Dão

Anadia Dão

Um magnífico palácio setecentista, localizado bem no centro de Mangualde, é a porta de entrada para um outro mundo. A história e a cultura, a arquitectura e a decoração, a vinha, os jardins e a mata, envolvem-nos, encantam-nos e fazem-nos recuar três séculos como se estivéssemos numa máquina do tempo. No topo deste requintado e […]

Um magnífico palácio setecentista, localizado bem no centro de Mangualde, é a porta de entrada para um outro mundo. A história e a cultura, a arquitectura e a decoração, a vinha, os jardins e a mata, envolvem-nos, encantam-nos e fazem-nos recuar três séculos como se estivéssemos numa máquina do tempo. No topo deste requintado e aristocrático bolo, os vinhos são a cereja resplandecente.

 Texto: Luís Lopes

Fotos: Anabela Trindade

Imagine um palácio, com tudo o que é expectável encontrar num palácio: grandiosidade, imponência, luxo, história, cultura. À sua volta, tente conceber 30 hectares rodeados por um muro, e lá dentro vinhas que são jardins (uns e outros confundem-se, na verdade) e uma mata densa, selvagem, com árvores muitas vezes centenárias e, aqui e ali, deliciosos recantos de pedra talhada onde, se fecharmos os olhos, visualizamos os folguedos das damas e cavalheiros de outrora. Agora, situe esse palácio + jardim + vinha + mata no centro (mesmo no centro!) de uma cidade. Em Portugal, só existe um assim, é o Palácio dos Condes de Anadia, em Mangualde, um extraordinário conjunto arquitectónico e paisagístico que é, ao mesmo tempo, uma casa de família. E que está aberto ao público, para visitas guiadas, desde 2018.

Anadia Dão
Cláudia Paiva e Luis Leocádio, gestora e enólogo, no átrio do Palácio Condes de Anadia.

O nome Anadia pode confundir os mais distraídos e levá-los até à cidade homónima, na Bairrada. A razão para Anadia aparecer por aqui, explicarei mais adiante. Mas é mesmo da Beira Alta, da região vinícola do Dão e da cidade de Mangualde que estamos a falar.

O território que corresponde ao actual concelho de Mangualde foi até ao século XIX conhecido por Azurara da Beira. Como muitas vezes acontece, os topónimos destas terras ancestrais assentam em lendas cuja base de verdade é difícil de apurar. No caso, terá sido o nome de Zurara, suposto governador de um eventual castelo muçulmano edificado no alto do monte da Senhora do Castelo (monte, esse sim, bem real) que terá estado na origem da Azurara da Beira. À localidade foi, em 1102, concedido foral pelo Conde D. Henrique e sua esposa D. Teresa, pais do primeiro rei de Portugal.

Para chegar onde queremos na história de Mangualde e do Palácio dos Condes de Anadia, saltemos para o século XVI. Segundo o Numeramento de 1527 (os primeiros censos realizados em Portugal) a população do território era, na época, de 5.838 habitantes. E em finais desse século a família Paes do Amaral era já o expoente máximo do poder económico e político local.  A Casa Paes do Amaral foi engrandecida a partir de 1644, quando Gaspar Paes do Amaral, Capitão-Mor de Mangualde, instituiu em vínculo a Capela que possuía nos termos da vila, localizada defronte do senado e consagrada a S. Bernardo.

O Palácio que hoje podemos admirar, tem as suas raízes no primeiro quartel do séc. XVIII, quando Simão Paes do Amaral, mandou reedificar a antiga residência de campo da família. As obras seriam continuadas por seu filho Miguel Paes do Amaral, Fidalgo da Casa Real, Cavaleiro da Ordem de Cristo, e Senhor Donatário da Vila de Abrunhosa, entre outros títulos nobiliárquicos. Estas obras monumentais prolongaram-se ao longo de quase um século, só sendo concluídas no início da década de 1800. A urbe, hoje cidade, foi desde então crescendo em torno do Palácio, dos jardins e da mata.

Anadia Dão
A visita guiada ao interior do Palácio é imperdível.

A família vivia em Lisboa, no Palácio Paes do Amaral, às Portas de Santo Antão e, como era habitual na época, rumava a Mangualde para passar o verão. Até princípios do século XIX, o Palácio de Mangualde era conhecido por Casa dos Paes do Amaral mas, pelo casamento de Manuel Paes do Amaral de Almeida e Vasconcelos Quifel Barbarino, 10.º Senhor da Casa de Mangualde, com sua sobrinha D. Maria Luiza de Sá Pereira de Menezes de Mello Sottomayor, 3.ª Condessa de Anadia, passou a ser conhecido por “Palácio Anadia”. E, agora, finalmente, está explicado o nome.

O edifício é um dos mais importantes palácios barrocos em Portugal, caracterizando-se por uma marcante fachada ocidental, por uma fachada sul ao estilo italiano e por uma fachada nascente acastelada. No interior, o mobiliário de época, os azulejos setecentistas e as obras de arte encantam os visitantes. De tal forma que, com apenas dois anos de abertura ao público, sob a curadoria activa e empenhada de D. Maria Mafalda Paes do Amaral, é já uma das atracções turísticas de referência na zona centro do país, tendo alcançado em 2019 e 2020 o prémio excelência do Trip Advisor, acumulando com a distinção Travellers Choice 2020.

Anadia Dão
O Palácio dos Condes de Anadia, no centro da cidade de Mangualde.

Uma casa agrícola beirã

Um Palácio pode continuar a sê-lo, sendo ao mesmo tempo uma casa agrícola. A transformação de Casa em Palácio e residência de veraneio, com os seus espectáculos, festas e bailes, não tentou esconder a sua ancestral vocação agrícola. Contíguos à extensa mata de 20 hectares murados, que foi no século XVIII território de caça da casa senhorial, os magníficos jardins com os seus lagos, fontes, estátuas, são também hortas, pomares, espaços de floricultura e de criação de aves, vinhas, tudo organizado e arrumado entre sebes de buxo. A vinha e o vinho sempre existiram na propriedade (a adega com os antigos lagares ali estão para o confirmar) mas esta componente foi ainda mais reforçada na segunda metade do século XX. D. Manuel Maria de Sá Paes do Amaral (falecido em junho do corrente ano) era um grande apaixonado pela casa de Mangualde e pelo negócio agrícola, especialmente a componente vitícola. Foi ele que reactivou a produção de vinho com a plantação, nos anos 60, de uma pequena vinha, a “Vinha do Conde”, sem outro propósito que não fosse produzir um vinho ao seu gosto, para consumir na sua casa com os seus amigos. Este modelo manteve-se até 2010, quando o seu filho Miguel Paes do Amaral, iniciou a plantação de cerca de 10 hectares de vinhedos nos solos graníticos da propriedade, fazendo da vinha o elemento central dos jardins do Palácio. Com base nesta vinha, situada a 550 metros de altitude e plantada com as castas Touriga Nacional (50%), Alfrocheiro (40%) e Jaen (10%), foram lançados a partir de 2015 os primeiros vinhos engarrafados, os Casa Anadia rosé, tinto e reserva tinto e o tinto Palácio Anadia. Integrados nos jardins, com vista para a serra da Estrela, os vários talhões da vinha estão separados por sebes de buxo e rodeados pela floresta de pinheiros, cedros, carvalhos, num enquadramento paisagístico ao mesmo tempo invulgar e de grande impacto visual, mas que também impõe condições vitícolas particulares e desafiantes.

Desafios, no entanto, não têm faltado a esta casa. Em 2018, Miguel Paes do Amaral resolveu iniciar um novo ciclo, com objetivos bastante ambiciosos para a propriedade: abrir ao público o Palácio, os jardins e a mata da família e tornar o turismo cultural ali praticado uma referência no centro do país – missão, diga-se, já alcançada com sucesso; e relançar o projecto dos vinhos de quinta num conceito de “Château” do Dão, criando produtos de valor, reconhecidos no mercado nacional e internacional, objectivo que, independentemente do potencial do terroir ou dos talentos envolvidos, leva sempre mais algum tempo a realizar.

Anadia Dão
As parcelas de vinha estão separadas por sebes de buxo.

Coube a Cláudia Paiva liderar os dois projectos, turístico e vitivinícola, e para este último trouxe com ela uma nova estratégia e novos protagonistas, com destaque para o enólogo Luis Leocádio. Apesar de só terem passado dois anos, esta equipa já mudou muita coisa em diversas vertentes, desde as marcas e comunicação até ao perfil dos vinhos passando, necessariamente, pelo local onde tudo começa e onde os resultados mais tardam em aparecer: a vinha.

Aqui, a intervenção ocorreu a vários níveis. Num terreno relativamente fértil e com disponibilidade de água, é muito fácil produzir quantidade. Mas como o propósito é obter qualidade, a vinha tem vindo a ser trabalhada no sentido de baixar acentuadamente a produção para colher apenas matéria prima de excelência. Do mesmo modo, a menos que o terroir o impeça, nos dias de hoje, e sobretudo no Dão, não faz sentido uma vinha só de tintos. Já em 2015 se tinha iniciado o processo de reenxertia de alguns talhões em branco, com as castas Encruzado, Gouveio, Cerceal-Branco e Uva Cão. Este processo é para continuar, aumentando assim progressivamente a área de uvas brancas. Quanto ao perfil dos vinhos, Luis Leocádio tem apontado para um estilo moderno e sumarento nos Colheita, buscando um Dão mais austero e “clássico” nos Reserva. Nesse sentido, o peso da barrica também diminuiu nos vinhos mais recentes, utilizando-se madeiras finas, com menos tosta e de maior capacidade (500 litros). A vinificação continua a ser feita numa adega alugada nas proximidades, sendo o estágio efectuado na propriedade.

Anadia Dão
A mata é a parte selvagem, mas por todo o lado encontramos recantos acolhedores.

Nas marcas e comunicação, mudou praticamente tudo. Cláudia Paiva, tal como muitos apreciadores, tinha a percepção de que o nome Casa Anadia poderia remeter para vinhos da Bairrada. Assim, esta marca acabou nos vinhos (manteve-se nos azeites que a família produz em Alferrarede) e nasceu a referência Condes de Anadia, com a palavra Dão em lugar de destaque na rotulagem. Foi também uma forma de homenagear D. Manuel Paes do Amaral, 7º Conde de Anadia, com quem a actual equipa teve ainda oportunidade de privar e dele recolher o conhecimento e as histórias deste terroir. O portefólio centra-se assim, exclusivamente, na marca Condes de Anadia, em vários segmentos de qualidade e preço. A ideia de Claúdia é solidificar e reforçar esta marca e só depois começar a diversificar. Para o dia em que for lançado o vinho icónico da casa, está já reservada a marca Palácio dos Condes de Anadia.

Entre as novidades agora apresentadas existe um espumante, que surge como a concretização de uma ideia já iniciada há alguns anos. Feito de Touriga Nacional vinificada em branco, para o vinho base utilizou-se uma “assemblage” de três colheitas, 2014, 2015 e 2016. Na vindima de 2018, nasceu outro produto novo, um branco também de Touriga Nacional, uma espécie de “dois em um”, pois resulta num vinho diferenciador enquanto “branco de tintas” e, ao mesmo tempo, atenua a escassez de uvas brancas na vinha da propriedade. Com os Colheita e Reserva Conde de Anadia (com destaque para o notável Grande Reserva branco), o portefólio evidencia-se pela consistência qualitativa e, sobretudo, pela sua genuinidade, com o carácter Dão bem vincado.

Ao elevado nível dos vinhos associa-se, de forma indelével, à excelência do conjunto patrimonial. Como diz Cláudia Paiva: “Com apenas dez hectares de vinha temos de fazer diferente. Nós não vendemos vinho. O que disponibilizamos ao apreciador é um ‘pacote’ absolutamente único, constituído por vinho, palácio, jardins, mata. No fundo, vendemos cultura e história.”

(Artigo publicado na Edição de Dezembro 2020)

 

Fundação Eugénio de Almeida terá novo “Dia Aberto”

Eugénio Almeida Dia Aberto

Será nos dias 1, 2 e 3 de Outubro que a Fundação Eugénio de Almeida receberá os cidadãos e visitantes da cidade de Évora no seu “Dia Aberto”, já na nona edição, convidando-os para um programa de actividades gratuitas concebidas para dar a conhecer os espaços, as equipas e os projectos educativos, culturais e de […]

Será nos dias 1, 2 e 3 de Outubro que a Fundação Eugénio de Almeida receberá os cidadãos e visitantes da cidade de Évora no seu “Dia Aberto”, já na nona edição, convidando-os para um programa de actividades gratuitas concebidas para dar a conhecer os espaços, as equipas e os projectos educativos, culturais e de desenvolvimento social que a fundação promove. Esta iniciativa — que terá como palcos o Enoturismo Cartuxa, Mosteiro de Santa Maria Scala Coeli, Centro de Arte e Cultura, Páteo de São Miguel, Centro de Inovação Social e a “natureza” —  enquadra-se no Dia Europeu de Fundações e Doadores, que se celebra no dia 1 de Outubro.

O “Dia Aberto” é “um momento especial de proximidade e de partilha com a comunidade, que permite aprofundar o conhecimento sobre o projecto singular criado por Vasco Maria Eugénio de Almeida, há 58 anos, um projecto institucional de filantropia, de serviço à comunidade que continua vivo e activo, profundamente comprometido com a promoção do bem comum”, refere Francisco José Senra Coelho, presidente do Concelho de Administração da Fundação Eugénio de Almeida.

Devido ao actual contexto pandémico, a Fundação Eugénio de Almeida garante que as medidas preventivas de higiene, segurança e distanciamento social serão asseguradas em todas as actividades, sendo por isso necessária inscrição prévia, excepto para as visitas livres ao património e equipamentos culturais.

Consulte o programa completo do “Dia Aberto” da Fundação Eugénio de Almeida AQUI.

Quinta Vale D. Maria: O Sabor do Douro Superior

sabor douro superior

A Quinta Vale D. Maria expandiu recentemente o seu portfólio para o Douro Superior, com vinhos oriundos da Quinta Vale do Sabor, junto a Torre de Moncorvo. Um branco e dois tintos, agora no mercado. Texto: Mariana Lopes Antes de adquirir a Quinta Vale D. Maria à família Van Zeller, em 2017, a Aveleda já […]

A Quinta Vale D. Maria expandiu recentemente o seu portfólio para o Douro Superior, com vinhos oriundos da Quinta Vale do Sabor, junto a Torre de Moncorvo. Um branco e dois tintos, agora no mercado.

Texto: Mariana Lopes

Antes de adquirir a Quinta Vale D. Maria à família Van Zeller, em 2017, a Aveleda já tinha, em 2016, comprado um conjunto de várias quintas contíguas no Douro Superior, que formam hoje a Quinta Vale do Sabor. Localizada junto à foz do rio que lhe dá nome — o rio Sabor, em Torre de Moncorvo — esta quinta é a segunda da marca Vale D. Maria. Juntas representam, para António Guedes, administrador da Aveleda e descendente da quinta geração da família fundadora da empresa, “a oportunidade de fazer vinhos premium no Douro, de diferentes perfis”.

A nível orográfico, a Quinta Vale do Sabor é, no mínimo, original, perfazendo, numa perspectiva longitudinal, a forma de um “W”, que seria ainda mais visível se se fizesse um corte na vertical e se pudesse contemplar todo o solo e subsolo. Estendendo-se por 43 hectares de vinha (cerca de 140 mil plantas), esta propriedade comporta uma grande diversidade de exposições e tipos de solo, indo dos 170 aos 300 metros de altitude. A maior parte das vinhas contempla idades a partir dos 10 anos, mas há também doze hectares com videiras que já levam 35 anos. Quem nos contou foi a dupla Manuel Soares, director de enologia do grupo Aveleda, e Pedro Barbosa, director de viticultura, que nos acompanhou numa caminhada de reconhecimento do terreno, juntamente com Cristiano Van Zeller, enólogo e administrador da Quinta Vale D. Maria, e António Guedes. “Numa parte do vale a reenxertia já está concluída, e na outra está em curso”, descortinou Pedro. O encepamento inclui castas como as tintas Touriga Francesa, Touriga Nacional, Tinta Roriz, Alicante Bouschet e Baga; ou as brancas Rabigato, Viosinho, Arinto, entre outras. Parte da Touriga Nacional veio das vinhas da Aveleda na Bairrada e em Nelas: “Achámos interessante complementar a Touriga Nacional que está agora no mercado vitícola com uns clones mais antigos…”, explicou António Guedes. E Pedro Barbosa referiu o porquê da ausência de Sousão: “Não gostamos dele aqui. Por sua vez, o Alicante Bouschet dá-se aqui melhor. Mesmo a Touriga Francesa porta-se melhor do que a Nacional nesta quinta, por causa da severidade do calor”. Adicionalmente, a Baga veio da Bairrada, “para complementar os lotes”. Quanto à água para as vinhas, utilizam a da chuva, que é recuperada para dois reservatórios durante o Inverno, e a rega é feita por gravidade. “O respeito pelo terroir e pela sustentabilidade dizem-nos muito. Todos os projetos que temos vindo a desenvolver são pensados numa ótica de longo prazo”, expõe António Guedes.

sabor douro superior

Já o edifício principal, é uma mistura entre pragmatismo e organização, nas zonas de trabalho enológico, e deslumbre e contemplação, na área dedicada às provas, refeições e lazer, com uma varanda invejável para o vale. A adega tem três lagares, já construídos depois de 2016, vinte e sete cubas de armazenagem e 18 de fermentação, de diferentes dimensões. No centro da zona das cubas está uma praça de barricas para fermentação. A cave de estágio, por sua vez, alberga dezenas de barricas de 250, 300 e 500 litros, e também três balseiros para Touriga Nacional e Francesa. “Estamos a apostar cada vez mais nos balseiros, que conferem muita elegância à Touriga Nacional”, adiantou Manuel Soares.

Os vinhos que agora surgem no mercado revelam todo este cuidado. O tinto Vale D. Maria Douro Superior 2018 tem no lote Touriga Nacional, Touriga Francesa, Tinta Roriz, e outras em quantidade residual. Tendo fermentado em inox, estagiou em barricas de carvalho francês de 2º e 3º ano, durante seis meses, e depois voltou a cubas de inox para estagiar mais 13 meses. O Vale D. Maria Vinhas do Sabor tinto 2018 já é composto por Touriga Francesa, Touriga Nacional, Tinta Roriz, Alicante Bouschet e Baga, que fermentam e são pisadas em lagar de granito. O vinho faz maloláctica e estagia depois vinte e um meses em barricas usadas, sendo depois feita uma selecção das melhores barricas. A colheita de 2017 deste vinho está ainda no mercado, a mostrar o potencial de evolução. Já o Vale D. Maria Vinhas do Sabor branco 2019 é um blend de Rabigato, Viosinho e Arinto, que fermenta e estagia nove meses em barrica.

(Artigo publicado na edição de Novembro 2020)

Quinta de Ventozelo: Um pedaço do paraíso

Quinta de Ventozelo, pedaço de paraíso

Ocupando 400 hectares de área, Ventozelo é uma das maiores quintas do Douro. Conhecida desde há muito pelos vinhos de superior qualidade, associa-lhes hoje um outro produto de excelência: o turismo. A localização e beleza natural da propriedade, o conceito e oferta turística disponibilizados, aliam-se a um portefólio vínico de respeito, fazendo da Quinta de […]

Quinta de Ventozelo, um pedaço de paraíso
Na margem esquerda do Douro, a Quinta de Ventozelo estende-se ao longo de três quilómetros de frente de rio.

Ocupando 400 hectares de área, Ventozelo é uma das maiores quintas do Douro. Conhecida desde há muito pelos vinhos de superior qualidade, associa-lhes hoje um outro produto de excelência: o turismo. A localização e beleza natural da propriedade, o conceito e oferta turística disponibilizados, aliam-se a um portefólio vínico de respeito, fazendo da Quinta de Ventozelo um destino obrigatório para quem quer sentir verdadeiramente o Douro.

 TEXTO Luís Lopes

“Ventozelo é um daqueles sítios especiais, mágicos, difíceis de descrever”. As palavras de Jorge Dias, que abrem um bonito livro sobre a quinta, reflectem por inteiro o impacto daquele local em quem o visita, mas não dizem da extraordinária dedicação pessoal que o director-geral da Gran Cruz colocou em todo o processo que levou ao renascimento de uma das mais emblemáticas propriedades durienses. Profundo conhecedor do Douro, desde a aquisição de Ventozelo pelo Grupo Gran Cruz no final de 2014, Jorge Dias tem liderado de forma empenhada e apaixonada a requalificação da propriedade em todas as suas vertentes, vinha, vinho, cultura, turismo.

Na margem esquerda do Douro, a Quinta de Ventozelo estende-se ao longo de três quilómetros de frente de rio, uma localização privilegiada tanto nos dias de hoje quanto nos primórdios da sua existência, no início do século XVI. Na verdade, a menção ao lugar de Ventozelo é bem anterior, vem do século XIII, mas só a partir de 1500 a quinta aparece registada como fazendo parte do extenso património do mosteiro de São Pedro das Águias, que por emprazamento a entregou aos fidalgos da Casa do Poço, de Lamego.

Na freguesia de Ervedosa do Douro (S. João da Pesqueira), Ventozelo desenvolve-se numa espécie de anfiteatro virado para o rio, desde a margem até aos 600 metros de altitude. A água trazida pela Ribeira de Ervedosa, que atravessa a quinta, foi no passado essencial para a manutenção de uma actividade agrícola importante, centrada no olival, nas hortas, e na plantação de cereais e sumagre, para além da exploração da caça, abundante nas matas que ainda hoje ocupam grande parte da propriedade.

Na história da Quinta de Ventozelo, o vinho só viria a ter relevância de primeira ordem a partir de finais do século XVIII, com vastas áreas de vinha plantadas nos três núcleos em que está subdividida: Ventozelo Velho, Ventozelo Novo e Quinta Nova. A quinta permaneceu na posse dos descendentes da Casa do Poço até às crises do oídio e filoxera, passando no final do século XIX para as mãos da Companhia Vitícola, Vinícola e Agrícola de Ventozelo. O vinho do Porto continuava a ser a principal fonte de riqueza, mas procurou-se a diversificação, com grandes investimentos em uva de mesa, fruta, azeite, cereais e floresta. No século XX a quinta mudou várias vezes de mãos.

Como marco relevante, o início do engarrafamento de Vinho do Porto na propriedade, nos anos 80. Em 1999, Ventozelo foi comprada pela empresa espanhola Proinsa, que ali fez enormes investimentos na vinha (a área plantada mais do que duplicou, chegando aos actuais 200 hectares) e na comercialização de vinhos do Douro e do Porto. Não obtendo o retorno esperado, a Proinsa procurou parcerias, em modelos diversos, primeiro com a Real Companhia Velha, em 2008, depois com a Gran Cruz, em 2011, passando este grupo (ligado à francesa La Martiniquaise, de Jean-Pierre Cayard) a vinificar os vinhos de Ventozelo. O conhecimento da quinta e dos seus vinhos terá certamente pesado na decisão que levou à compra de Ventozelo em dezembro de 2014. A Gran Cruz, exportador líder de Vinho do Porto, avançava assim para a produção própria no Douro.

Quinta de Ventozelo, pedaço de paraíso
Em termos de alojamento, Ventozelo é uma pequena aldeia, com 29 quartos distribuídos por sete edificações distintas.

O Douro numa quinta

O tamanho, localização e características de Ventozelo permitiram a Jorge Dias integrar a quinta no projecto estratégico que já estava a ser desenvolvido na Gran Cruz e dotar a propriedade de outro alcance e valências, sob o lema “O Douro numa Quinta”. Mas sem nunca perder de vista que, antes de tudo, Ventozelo produz uva e vinho. E 200 hectares de vinha, com diferentes altitudes, tipologia de solos, exposição e castas, são um verdadeiro puzzle cujas peças o responsável de viticultura, Tiago Maia, vai pacientemente estudando para encaixar no sítio certo.

Mais de 40 hectares foram, entretanto, reestruturados, para corrigir alguns erros de plantações anteriores e elevar o potencial qualitativo da quinta. Nas novas plantações foram abandonados os patamares de duas linhas, adoptando-se a linha única. O conceito vitícola actual assume especial relevo na parcela do Chorão, onde em 4 hectares de terraços pós-filoxéricos se plantaram em field blend 21 variedades clássicas do Douro que já deram a primeira produção em 2019.  Mantiveram-se e cuidaram-se outras parcelas plantadas nos anos 50, bem como a notável colecção ampelográfica de 54 castas criada em 2005.  A sustentabilidade do solo é uma preocupação constante, com um coberto vegetal nos vinhedos proporcionado por vegetação espontânea ou sementeira de leguminosas e gramíneas. Esta vegetação, controlada através de cortes mecânicos, protege da erosão, ajuda a conservar água e fomenta a biodiversidade.

No global, a vinha de Ventozelo está organizada em 17 parcelas, subdivididas em 135 talhões. As castas tintas representam 90% do total, com Touriga Franca, Tinta Roriz e Touriga Nacional como mais representativas. Nas variedades brancas, destaca-se a Viosinho, seguida de Malvasia Fina e Rabigato.

Os vinhos são elaborados na moderníssima adega Gran Cruz em Alijó, um centro de vinificação de excelência que custou 20 milhões de euros, construído sob a supervisão do director de enologia José Manuel Sousa Soares e que iniciou a laboração na vindima de 2013. Mas apesar de todas as condições existentes em Alijó, a equipa da Gran Cruz tem em mente reactivar os belíssimos lagares tradicionais de Ventozelo. Algo que o crescente peso do enoturismo na propriedade pode até tornar imperativo…

O portefólio de Ventozelo é vasto (cerca de 20 referências) e de grande consistência qualitativa. Na oferta vínica, que se inicia com o blend Azul de Ventozelo, avultam sete varietais (oito, se contarmos que o Syrah aparece em duas versões, com e sem madeira), para além de vários blends, culminando no Essência de Ventozelo, elaborado a partir do lote dos melhores vinhos de cada ano, independentemente do talhão/parcela que lhes deu origem. A ideia passa por colocar dentro da garrafa o “espírito” da quinta, com todas as suas expressões e diversidade. Também há Porto, claro, LBV e Vintage. E fora do âmbito estritamente vínico, mas com enorme sucesso junto dos visitantes e hóspedes da quinta, o Gin de Ventozelo, obtido a partir de um blend botânico de ervas aromáticas da quinta maceradas em álcool vínico destilado de vinhos da propriedade. E depois, o azeite, como não podia deixar de ser.

Quinta de Ventozelo, pedaço de paraíso
O restaurante Cantina encontra-se no núcleo principal da quinta.

O turismo, pois então

Aqui chegado, é imperativo falar do enoturismo de Ventozelo. O turismo, associado à cultura e à experiência sensorial, sempre foi encarado por Jorge Dias como indissociável do mundo do vinho. A Gran Cruz, aliás, tem sido pioneira na forma de abordar o turismo vínico de forma diferenciadora. O Espaço Porto Cruz, inaugurado em 2012 no centro histórico de Gaia, com a sua expressão multidisciplinar e multissensorial do vinho do Porto, é um perfeito exemplo disso mesmo. Em 2018 foi a vez do hotel Gran Cruz House, na praça da Ribeira, no Porto.

A gastronomia acompanha a experiência vínica, e a parceria com o chefe Miguel Castro Silva, activada em Gaia e na Ribeira, estendeu-se ao restaurante de Ventozelo, apropriadamente chamado Cantina, e onde os sabores do Douro, Trás-os-Montes e Beira Alta estão em evidência, privilegiando sempre os produtos cultivados nas hortas da quinta ou de fornecedores de proximidade.

Em termos de alojamento, Ventozelo é uma pequena aldeia, com 29 quartos distribuídos por sete edificações distintas. Casas e construções agrícolas que já existiam e que foram recuperadas com originalidade, bom gosto e a preocupação de integração na paisagem, com pedra à vista, pedra caiada, reboco caiado e madeira pintada. A Casa do Feitor, deu lugar a cinco quartos duplos e uma suite, incluindo uma sala de estar comum com lareira e varanda com vistas de rio.

Um antigo celeiro foi reconvertido na Casa do Laranjal, com cinco quartos duplos e pátio individual com vista para o laranjal. Um armazém de alfaias é agora uma suite romântica. O edifício dos Cardanhos (camaratas dos trabalhadores agrícolas) transformou-se em sete quartos duplos. Talvez o alojamento mais original sejam os dois balões de cimento, onde se armazenavam grandes volumes de vinho, e que hoje albergam duas amplas suites. Afastado deste “núcleo urbano” (que integra uma magnífica piscina exterior e uma Mercearia, com produtos da quinta e da região) está o alojamento mais imponente, a Casa Grande, que dispõe de seis quartos duplos, biblioteca, sala de jantar, cozinha e ainda uma exclusiva piscina infinita sobre o Douro. Mais junto à água (Ventozelo tem cais privativo e proporciona passeios de barco), a Casa do Rio, com dois quartos duplos, sala, cozinha e terraço.

Mas no Douro não basta fornecer alojamento e alimentação de qualidade. É preciso dar que fazer aos visitantes. E no Ventozelo não faltam motivos para sair do quarto. Desde logo, o Centro Interpretativo, uma espécie de museu vivo e interactivo criado pela museóloga Natalia Fauvrelle e que oferece uma espectacular experiência sensorial (incluindo efeitos visuais, sons e aromas) na descoberta de Ventozelo e da sua história.

Quinta de Ventozelo, pedaço de paraíso
No Centro Interpretativo, Ventozelo mostra-se aos nossos sentidos.

Um passeio a pé mais descansado pode incluir uma visita à capela dedicada a Nossa Senhora dos Prazeres, aos lagares e adega, alambique, hortas biológicas, pomares e jardim das aromáticas, culminando com a prova de vinhos. Áudio-guias estão disponíveis nos passeios em viatura todo o terreno, ajudando assim a interpretar a paisagem vitícola. Mas o melhor mesmo é usufruir da diversidade paisagística e biológica e ao mesmo tempo fazer exercício, puxando pelas pernas e aventurando-se num dos sete percursos pedestres sinalizados, com diferentes níveis de dificuldade. E se quisermos elevar essa experiência ao seu pináculo, basta acertar com o hotel e, no ponto escolhido, estará à nossa espera uma cesta com tudo o que precisamos para retemperar forças e ficar mais algum tempo em contemplação deste mundo mágico de Ventozelo.

Quinta de Ventozelo, pedaço de paraíso
A colecção ampelográfica tem 54 castas.

(Artigo publicado na edição de Outubro de 2020.)

Hotel The Yeatman retoma eventos vínicos

The Yeatman eventos

Com uma nova directora de vinhos, Elisabete Fernandes, o The Yeatman retoma agora os seus eventos vínicos. Além dos habituais jantares vínicos de quinta-feira, o hotel de luxo de Vila Nova de Gaia tem um novo evento, “Meet the Winemaker”, que convida a provar uma selecção de vinhos do produtor convidado, acompanhada de uma tábua […]

Com uma nova directora de vinhos, Elisabete Fernandes, o The Yeatman retoma agora os seus eventos vínicos.

Além dos habituais jantares vínicos de quinta-feira, o hotel de luxo de Vila Nova de Gaia tem um novo evento, “Meet the Winemaker”, que convida a provar uma selecção de vinhos do produtor convidado, acompanhada de uma tábua de queijos e enchidos, num ambiente de “masterclass”, com vista panorâmica sobre o rio Douro e a cidade do Porto. Garantindo o distanciamento físico e as regras de higiene e segurança, a prova é limitada a 20 participantes e tem o custo de 50 euros por pessoa.

O calendário dos jantares vínicos terá como próximos anfitriões a Poças (8 de Julho), Niepoort (15 de Julho), Churchill’s (29 de Julho), Picowines (5 de Agosto) e Valados de Melgaço (12 de Agosto). O menu, de quatro pratos, é desenhado em exclusivo para cada jantar pelo Chefe Ricardo Costa (2 Estrelas Michelin), de acordo com a selecção de vinhos apresentada por cada produtor, entre novos lançamentos e colheitas antigas, que ajudam a contar a história singular de cada marca. Os jantares têm o custo de 80 euros por pessoa, com vinhos incluídos. 

The Yeatman eventos
Elisabete Fernandes, nova directora de vinhos do The Yeatman.

Elisabete Fernandes refere: “O The Yeatman tem, desde o início, assumido a sua missão enquanto embaixada de vinhos portugueses, dando a conhecer a diversidade de regiões, perfis e projectos que compõem o mapa vitivinícola nacional. Nestes eventos, estes são dados a conhecer, na primeira pessoa, por quem lhes dá corpo e alma”.

Adicionalmente, existem no The Yeatman ainda vários formatos de provas, desde wine flights e provas de vinhos para diferentes níveis, incluindo as masterclasses clássicas, leccionadas por um membro da equipa de vinhos e cujas informações podem encontrar-se online no site do The Yeatman, na secção sobre vinho.

As reservas para os eventos vínicos (os jantares vínicos e os Meet the Winemaker) podem ser feitas directamente, através do site dedicado a eventos ou através do e-mail winecellar@theyeatman.com.

Adega de Borba reabriu o seu enoturismo

Adega de Borba enoturismo

Foi no dia 1 de Junho que a Adega de Borba regressou ao enoturismo, reabrindo as suas portas para visitas às instalações e provas de vinho e azeite, com novas ofertas. Além dos pacotes já disponíveis, que sofreram uma remodelação para atender às medidas de segurança exigidas, os enoturistas podem agora harmonizar os vinhos da […]

Foi no dia 1 de Junho que a Adega de Borba regressou ao enoturismo, reabrindo as suas portas para visitas às instalações e provas de vinho e azeite, com novas ofertas.

Além dos pacotes já disponíveis, que sofreram uma remodelação para atender às medidas de segurança exigidas, os enoturistas podem agora harmonizar os vinhos da Adega de Borba com alguns dos sabores tradicionais da região. As visitas, por sua vez, decorrem diariamente entre as 10h00 e as 16h00, sendo necessária marcação prévia, através dos contactos +351 268 891 673 ou e-mail: enoturismo@adegaborba.pt.

Para além dos roteiros de visita, a Adega de Borba dispõe ainda de uma ampla sala de provas, de um auditório com capacidade para 60 pessoas, e de uma sala para 150 pessoas, vocacionados para a organização de eventos. A Wine Shop, junto às instalações da Adega é o local adequado e adquirir os vinhos da gama. 

Com a abertura do Restaurante Adega de Borba, em Fevereiro de 2019, a oferta de enoturismo ficou ainda mais enriquecida. Situado junto à Wine Shop, em Borba, o Restaurante Adega de Borba é promete oferecer pratos representativos da cozinha tradicional alentejana, em perfeita harmonização com os vinhos da casa. 

Adega José de Sousa com programa familiar em Maio

Adega José de Sousa programa

“Maio em Família” é o novo programa especial de enoturismo da Adega José de Sousa, localizada em Reguengos de Monsaraz. Aproveitando o Dia Internacional da Família, celebrado a 15 de Maio, a adega alentejana da José Maria da Fonseca criou, para esse mês, um conjunto de actividades que inclui uma visita guiada à adega, uma […]

“Maio em Família” é o novo programa especial de enoturismo da Adega José de Sousa, localizada em Reguengos de Monsaraz. Aproveitando o Dia Internacional da Família, celebrado a 15 de Maio, a adega alentejana da José Maria da Fonseca criou, para esse mês, um conjunto de actividades que inclui uma visita guiada à adega, uma caça ao tesouro para os mais novos — com direito a uma surpresa no final e uma prova de dois vinhos para os adultos (e dois sumos para as crianças), acompanhada de produtos regionais.

A visita guiada à adega tem dois momentos: a adega moderna, plena de tecnologia e inovação; e a Adega dos Potes, com uma impressionante colecção de talhas de barro. A Caça ao Tesouro, para os mais pequenos, é feita no terraço da adega, com oferta de uma surpresa final. O programa acaba com uma prova, que não deixa ninguém de parte.

Disponível de 1 a 31 de Maio, o programa “Maio em Família” da Adega José de Sousa está limitado a seis adultos e seis criança por actividade. Custa 45 euros, para um grupo de dois adultos e duas crianças, sendo que o valor para cada adulto extra é de 12 euros, e para cada criança adicional (3 a 17 anos) é de 10 euros. A inscrição prévia é mandatória e deve ser feita através do e-mail josedesousa@jmfonseca.pt ou dos números +351 266 502 729 e +351 918 269 569.

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CVR Beira Interior lança Pós-Graduação em Enoturismo

Beira Interior Pós-Graduação enoturismo

Numa parceria com o Instituto Politécnico da Guarda, a Comissão Vitivinícola Regional da Beira Interior acaba de lançar uma Pós-Graduação em Enoturismo com início das aulas previsto para Junho de 2021. A pós-graduação terá a duração de oito meses (com interrupção para férias de Verão e vindima) e foi criada com o objectivo de preparar […]

Numa parceria com o Instituto Politécnico da Guarda, a Comissão Vitivinícola Regional da Beira Interior acaba de lançar uma Pós-Graduação em Enoturismo com início das aulas previsto para Junho de 2021.

A pós-graduação terá a duração de oito meses (com interrupção para férias de Verão e vindima) e foi criada com o objectivo de preparar profissionais, ou outros interessados, em temas afectos à gestão e ao marketing, aplicados ao enoturismo e ao património gastronómico. O painel de formadores, por sua vez, será de luxo, com profissionais de topo do sector do vinho e do enoturismo a juntarem-se a professores do Instituto Politécnico da Guarda. As aulas, que serão à sexta-feira e ao sábado, terão lugar neste instituto e nas instalações da Comissão Vitivinícola Regional da Beira Interior. 

Mais informações, como o valor da propina, podem ser consultadas AQUI, ou através deste e-mail. Há apenas 25 vagas e, para garantir o lugar na Pós-Graduação em Enoturismo, será necessário preencher, até ao dia 28 de Maio de 2021, o Formulário de Candidatura.