Nasceu o Wine Hour at Home, com provas de vinho “live” no Instagram

O projecto Wine Hour at Home, uma parceria da Chefs Agency e da Martins Wine Advisor, pretende proporcionar momentos de apreciação de um bom copo de vinho em comunidade – com o bónus de contar com a presença do produtor. Esta ideia é posta em prática através do Instagram Live, transmissão ao vivo do perfil […]

O projecto Wine Hour at Home, uma parceria da Chefs Agency e da Martins Wine Advisor, pretende proporcionar momentos de apreciação de um bom copo de vinho em comunidade – com o bónus de contar com a presença do produtor. Esta ideia é posta em prática através do Instagram Live, transmissão ao vivo do perfil Wine Hour at Home, às 18h em datas a anunciar previamente no feed desta conta.

A periodicidade deste formato de convívio virtual, sempre com um produtor de vinhos diferente convidado, será de 2 a 3 vezes por semana. O produtor será convidado a abrir uma garrafa especial, a prová-la e a comentá-la, e o wine advisor Claúdio Martins e o sommelier Rodolfo Tristão darão os seus inputs – o primeiro com um ponto de vista mais próximo do consumidor final, o segundo com um know-how mais técnico. Os visualizadores poderão colocar as dúvidas que entenderem ao produtor e partilhar fotografias do que estão a beber.

O projecto nasceu de uma conversa entre Cláudio Martins e a directora de eventos da Chefs Agency, Adriana Fournier, no início da quarentena imposta a muitas famílias portuguesas face à pandemia da Covid-19. “Estávamos no início do período de quarentena do coronavírus, e comentámos que fazia falta um momento social, que poderia ser em torno do vinho, que unisse as pessoas e se focasse em aspectos mais pessoais de produtores, vinhos e enólogos, e não tanto em aspectos técnicos”, explica Cláudio Martins. “Um momento de wine after work fazia-nos todo o sentido. Até porque as garrafas de vinho partilhadas são as melhores, e porque estamos mais do que nunca a precisar de momentos de descontração para sobreviver à ansiedade social do momento”, complementa Adriana Fournier.

O primeiro Live aconteceu ontem, 18 de Março, com Rodolfo Tristão, Cláudio Martins e o produtor Dirk Niepoort.

Morreu Michael Broadbent, o primeiro grande crítico de vinhos

Luís Lopes No final dos anos 90, ainda antes de sonhar escrever sobre vinhos, eu lia devotamente todos os meses aquela que era para mim a bíblia do tema, a revista britânica Decanter. E a primeira coisa que procurava quando abria aquelas páginas era a coluna de notas de prova de Michael Broadbent. Impressionava-me a […]

Luís Lopes

No final dos anos 90, ainda antes de sonhar escrever sobre vinhos, eu lia devotamente todos os meses aquela que era para mim a bíblia do tema, a revista britânica Decanter. E a primeira coisa que procurava quando abria aquelas páginas era a coluna de notas de prova de Michael Broadbent. Impressionava-me a quantidade de vinhos que provava, a forma quase poética como descrevia cada vinho e a sua capacidade de resumir numa página toda uma região, produtor ou tendência de mercado.

Nascido em 1927, falecido no passado dia 17 de Março, Broadbent entrou no negócio do vinho em 1952, com 25 anos, num retalhista de Londres. A ideia era ser “somente” comerciante de vinhos, mas o tema tornou-se paixão e o seu especial talento levou-o a escrever uma primeira coluna numa revista de lifestyle em 1957. Nunca mais parou de o fazer, tendo publicado mensalmente na Decanter entre 1977 e 2012. Já agora, por curiosidade, a sua coluna de estreia na Decanter foi sobre Porto Vintage.

Crédito: Decanter

Paralelamente, tornou-se Master of Wine em 1960, escreveu vários livros de referência, realizou incontáveis masterclasses e trabalhou largas décadas (entre 1966 e 2009!) na leiloeira Christie’s, ali criando os primeiros leilões de vinhos raros e coleccionáveis.

Tive um dia o privilégio de conhecer pessoalmente o notável Senhor do vinho que há tanto tempo admirava. Foi num evento promovido pela Decanter, em Londres, em ano que não sei precisar, 2000 ou 2001, acho. E Michael Broadbent revelou-se tudo aquilo que eu esperava dele: afável, conversador, educadíssimo e impecável no seu fato e gravata ao melhor estilo britânico. Apenas faltava a bicicleta em que habitualmente pedalava nas ruas de Londres. Quando me apresentei, humildemente, Broadbent disse-me que já conhecia o meu trabalho (na altura fazíamos uma versão trimestral em inglês, distribuída pelo antigo ICEP) e que nele aprendia muito sobre vinhos portugueses. Pensei que fosse uma mentira piedosa, simples palavras de cortesia, mas a verdade é que o desenrolar da conversa mostrou que falava a sério. Regressei a Portugal inchado de orgulho: o grande Michael Broadbent lia o que eu escrevia!

Encontrei-o mais uma vez, de passagem, num outro evento internacional, mas aí já não houve ocasião para conversas. As suas famosas notas de prova, entretanto, também deixaram de ser publicadas. Fica a memória do grande mestre, verdadeiro pai fundador da profissão de crítico de vinhos.

Nota do Director: Os dias do coronavírus

luis lopes editorial

A edição de Abril da Grandes Escolhas que no início do próximo mês chegará às bancas foi planeada, escrita, fotografada e produzida semanas antes da pandemia do coronavírus (COVID-19) atingir Portugal com todo o seu impacto. É certamente a última revista “normal” que iremos editar, até ao momento em que, esperemos, uma relativa normalidade seja […]

A edição de Abril da Grandes Escolhas que no início do próximo mês chegará às bancas foi planeada, escrita, fotografada e produzida semanas antes da pandemia do coronavírus (COVID-19) atingir Portugal com todo o seu impacto. É certamente a última revista “normal” que iremos editar, até ao momento em que, esperemos, uma relativa normalidade seja reposta. As medidas, absolutamente necessárias, que foram decretadas pelo Governo, têm profundas implicações na vida pessoal e profissional de todos nós.

A equipa da Grandes Escolhas está, como deve ser, a trabalhar em casa. Mas, mesmo assim, é um trabalho muito condicionado: não é possível visitar produtores, é mais difícil receber e provar vinhos, os enoturismos e restaurantes estão fechados. Os eventos de vinhos e gastronomia (feiras, conferências, acções de formação) cujo sucesso e qualidade muito tem contribuído para solidificar a nossa imagem de marca, estão em suspenso, sem sabermos quando poderão ser realizados.

É hoje impossível prever o futuro com um mínimo de segurança. E mesmo depois da tempestade, quando vier a bonança (que virá, não podemos duvidar), nada será como dantes.

De momento, as palavras de ordem são prevenir e resistir. Prevenir, tomando todos os cuidados e seguindo todas as recomendações da DGS, pela saúde das nossas famílias, dos nossos amigos, dos nossos vizinhos, dos nossos concidadãos. Resistir, para que o trabalho que fazemos desde há mais de três décadas, disponibilizando informação séria e credível aos apreciadores de vinhos de qualidade e organizando eventos vínicos e gastronómicos de referência, possa continuar a ser feito. Estamos aqui e estamos convosco.

Hoje, são os dias do coronavírus. Outros e melhores dias virão, certamente.

Luís Lopes

Vinho do Porto e Madeira mencionados em popular publicação de dietas de 1863

Letter on Corpulence, Addressed to the Public (1863), foi um dos primeiros e mais populares livros sobre dietas, escrito pelo londrino William Banting (1797-1878). William era um agente funerário pertencente à classe média-alta, cuja família teve os direitos de enterro da família real britânica durante cinco gerações, até 1928. Além disto, foi também o primeiro a […]

Letter on Corpulence, Addressed to the Public (1863), foi um dos primeiros e mais populares livros sobre dietas, escrito pelo londrino William Banting (1797-1878).

William era um agente funerário pertencente à classe média-alta, cuja família teve os direitos de enterro da família real britânica durante cinco gerações, até 1928. Além disto, foi também o primeiro a popularizar uma dieta baixa em hidratos de carbono e elevada em gorduras, que acabou por ser a base de muitas dietas da época moderna.

Tudo começou quando Banting – homem de estatura baixa que aos 66 anos pesava quase 100 kg – notou que estava a ter graves problemas na sua visão e audição. Depois de procurar opinião e tratamento junto de vários médicos, o agente funerário encontrou um cirurgião auditivo que relacionou a falência de audição com o excesso de gordura de William. Assim, o cirurgião prescreveu-lhe uma dieta que cortava em pão, manteiga, leite, açúcar, cerveja e batatas, e obrigava a fazer quatro refeições por dia, compostas por carne, vegetais, fruta e vinho (seco). Resultado: a dieta funcionou, em apenas alguns meses Banting perdeu cerca de 20 kg e, no total, quase 40 kg, tendo a sua audição melhorado drasticamente. Entusiasmado com o método, William Banting decidiu, em 1863, publicar o seu testemunho, uma espécie de fascículo intitulado Letter on Corpulence, Adressed to the Public, onde documentou a sua alimentação durante o período de restrição e algumas das suas típicas refeições. Num excerto desta publicação, pode ler-se:

“Para jantar, 150 gramas de qualquer peixe excepto salmão, ou qualquer carne excepto porco, qualquer vegetal excepto batata, uma torrada seca, fruta, qualquer tipo de ave, e dois ou três copos de um bom vinho clarete [que para um inglês clássico significa Bordéus], Xerez ou Madeira. Champagne, vinho do Porto e cerveja são proibidos”.

Será seguro assumir que o vinho português é parte importante de uma dieta saudável, desde o século XIX? Aqui anuímos, até prova em contrário.

Mariana Lopes

Plateform encerrou todos os restaurantes ao público

Rui Sanches, CEO da Plateform

São 150 restaurantes em todo o país que foram encerrados ao público. Incluindo o icónico restaurante Tavares, em Lisboa. Todos do grupo Plateform, de Rui Sanches (antes chamado de grupo Multifood), o maior grupo de restauração em Portugal. A noticia vem em consequência da crise de saúde pública devido ao surto da COVID-19. O encerramento […]

São 150 restaurantes em todo o país que foram encerrados ao público. Incluindo o icónico restaurante Tavares, em Lisboa. Todos do grupo Plateform, de Rui Sanches (antes chamado de grupo Multifood), o maior grupo de restauração em Portugal.

A noticia vem em consequência da crise de saúde pública devido ao surto da COVID-19. O encerramento é por tempo indeterminado. A medida teve efeito esta segunda-feira, dia 16 de março, a partir das 22h, e incluiu todos os restaurantes de rua e de shopping.

“Esta não foi uma decisão fácil. Precisámos de tempo para ponderar tudo o que estava em causa, a começar pelo bem-estar dos nossos quase 2 mil colaboradores e de todos os compromissos que assumimos para com eles, fornecedores e parceiros sem nunca imaginar uma crise desta magnitude”, comunica o CEO do grupo, Rui Sanches (na foto). “Só assim”, acrescenta, “conseguimos garantir a total segurança de clientes, colaboradores e fornecedores, algo que, neste momento, é a nossa única prioridade.”

O grupo decidiu ainda, “por uma questão de equidade entre todos os trabalhadores”, não ter qualquer equipa alocada ao serviço de entrega ao domicílio.

O comunicado indica ainda que a Plateform quer garantir a continuidade da empresa e dos postos de trabalho, mantendo a confiança que “este desafio será ultrapassado com resiliência e espírito de união”.

COVID-19: Grupos de take-away e entregas ao domicílio surgem nas redes sociais

Para grandes males, grandes (e geniais) remédios. Com a pandemia da COVID-19 a manter as pessoas em casa e a limitar o funcionamento do sector da restauração, e com o stock dos supermercados a ser racionado, foram já muitos os restaurantes que se chegaram à frente com a opção de take-away e entrega ao domicílio. […]

Para grandes males, grandes (e geniais) remédios. Com a pandemia da COVID-19 a manter as pessoas em casa e a limitar o funcionamento do sector da restauração, e com o stock dos supermercados a ser racionado, foram já muitos os restaurantes que se chegaram à frente com a opção de take-away e entrega ao domicílio. E há quem já tenha tornado a tarefa de os encontrar bem mais fácil. É o caso de Manuel Pinheiro, presidente da Comissão de Viticultura da Região dos Vinhos Verdes, que criou um grupo no Facebook intitulado “Take-aways no Porto”  onde começou por partilhar o restaurantes que sabia terem este tipo de serviços disponível. O grupo foi criado a 13 de Março e, à data e hora da redacção desta notícia, já tinha mais de 2500 membros, que pelo seu exemplo começaram eles próprios a partilhar restaurantes abertos e que fazem comida para fora. Apesar da ligação profissional de Manuel Pinheiro ser ao vinho, teve a iniciativa por querer “ajudar os amigos da restauração e também os clientes que estão à procura disso”. Assim, todos os dias, no seu tempo livre ao serão, categoriza as publicações dos membros por tópicos alusivos a zonas, para que as pessoas possam encontrar os restaurantes das suas áreas de forma mais céleres. São exemplos de tópicos: Porto, Matosinhos, V N Gaia, Vila do Conde,, Guimarães, Maia, Póvoa de Varzim, Gondomar, Famalicão, entre outros. Manuel Pinheiro lembra que “muitos destes restaurantes também entregam os vinhos que têm disponíveis nas suas cartas”.

À semelhança do presidente da CVRVV, também Miguel Ferreira, autor da magazine digital vínica “A Lei do Vinho”, criou no grupo de Facebook com o mesmo nome, que administra, uma publicação editável com os restaurantes que prestam estes serviços, localizados entre Aveiro e Coimbra. Esta publicação tem o título “RESTAURAÇÃO – TAKE-AWAY E ENTREGAS NO DOMICÍLIO”, e incentiva a que todos a actualizem com novos estabelecimentos. “(…) elencaremos os restaurantes por ordem alfabética, complementando à medida que vão surgindo mais opções. Àqueles que nos seguem, agradecemos todos os contributos para tornarmos esta listagem o mais abrangente possível”, apela Miguel Ferreira no corpo do texto.

Como estes grupos, é provável que surjam mais e abrangendo outras zonas do país. A Grandes Escolhas continuará a partilhá-los com os seus leitores, assim que tome conhecimento.

COVID-19: “Sector do turismo vai estar na linha da frente na recuperação económica e social do país”, diz presidente da TPNP

A Entidade Regional de Turismo do Porto e Norte de Portugal (TPNP), reuniu na passada sexta-feira com associações representativas dos sectores do turismo, hotelaria e restauração, para avaliar o impacto do COVID-19 nestas actividades. No final do encontro, que decorreu no Porto, o presidente da TPNP, Luís Pedro Martins, elucidou: “Quisemos ouvir as preocupações de […]

A Entidade Regional de Turismo do Porto e Norte de Portugal (TPNP), reuniu na passada sexta-feira com associações representativas dos sectores do turismo, hotelaria e restauração, para avaliar o impacto do COVID-19 nestas actividades. No final do encontro, que decorreu no Porto, o presidente da TPNP, Luís Pedro Martins, elucidou: “Quisemos ouvir as preocupações de quem trabalha neste sector para, no âmbito daquilo que nos compete, levá-las à Secretaria de Estado do Turismo e ao senhor ministro da Economia”. E sublinhou, ainda, “a importância de uma actuação articulada, com partilha de informação relevante, envolvendo, nomeadamente, as entidades regionais, o Turismo de Portugal, as associações do sector e os municípios para, em conjunto, serem tomadas as melhores medidas de actuação em duas frentes”. “Por um lado, fazer o que Portugal já está a realizar, ou seja, tentar mitigar o impacto que o COVID-19 está a ter nas empresas do sector do turismo. Por outro, começar a preparar, desde já, o dia seguinte, porque ele vai acontecer”, advertiu.

Mas o presidente da TPNP salientou, a propósito, a convicção de que “vamos vencer esta batalha e, mais uma vez, o sector do turismo vai dar uma resposta em força e vai estar na linha da frente na recuperação económica e social do País”.

Na reunião de sexta-feira passada, além da TPNP, participaram as associações Federação Portuguesa de Turismo Rural; Associação de Hotéis Rurais de Portugal; ALEP – Associação do Alojamento Local em Portugal; Associação Fórum Turismo; Associação de Bares da Zona Histórica do Porto; APECATE – Associação Portuguesa de Empresas de Congressos, Animação Turística e Eventos; PRO.VAR – Promover e Inovar a Restauração Nacional e AETUR – Associação dos Empresários Turísticos do Douro e Trás-os-Montes. A TPNP afirma, também, manter um acompanhamento próximo e diário com a AHRESP – Associação da Hotelaria, Restauração e Similares de Portugal e com a AHPORT – Associação Portuguesa de Hotelaria, Restauração e Turismo.

Concurso Brancos de Portugal adiado para Maio

foto para ilustrar Brancos de Portugal – A Escolha do Mercado

A Grandes Escolhas, organizadora do concurso de vinhos BRANCOS DE PORTUGAL – ESCOLHA DO MERCADO, já anunciou que a prova foi adiada. Segundo a organização, “devido à situação que estamos a viver e às recomendações governamentais de condicionamento das deslocações e reunião de pessoas, fomos forçados a adiar as datas das provas do concurso de […]

A Grandes Escolhas, organizadora do concurso de vinhos BRANCOS DE PORTUGAL – ESCOLHA DO MERCADO, já anunciou que a prova foi adiada. Segundo a organização, “devido à situação que estamos a viver e às recomendações governamentais de condicionamento das deslocações e reunião de pessoas, fomos forçados a adiar as datas das provas do concurso de vinhos BRANCOS DE PORTUGAL – ESCOLHA DO MERCADO”.

Recordemos que a prova cega do Júri estava prevista para o dia 23 de Março e o anúncio dos resultados, com a prova livre dos vinhos premiados, para 6 de Abril.

Novas datas foram, entretanto, agendadas: para os dia 4 de Maio (prova do Júri) e 25 de Maio (anúncio dos resultados e prova livre). A organização fez saber que “continua atenta e preparada para tomar as medidas que a situação aconselhar, tendo sempre como prioridade a segurança de todos os intervenientes”.

Numa nota bem mais positiva, a Grandes Escolhas informou que “a adesão ao concurso superou as nossas melhoras expectativas”. De facto, já foram inscritos quase 500 vinhos, o que torna desde já este concurso um caso único nos vinhos brancos portugueses. Diz ainda a organização que “esperamos que em breve possamos corresponder à expectativa e confiança depositada na Grandes Escolhas”.

País vínico e gastronómico protege-se contra COVID-19

O mundo vínico e gastronómico não está imune ao que se tem passado no resto do país e do mundo. E já se começou a tomar medidas, um pouco por todo o lado, para diminuir as fontes de contágio do Covid-19 e, assim, contribuir para resolver mais rapidamente este enorme problema. No mundo do enoturismo, […]

O mundo vínico e gastronómico não está imune ao que se tem passado no resto do país e do mundo. E já se começou a tomar medidas, um pouco por todo o lado, para diminuir as fontes de contágio do Covid-19 e, assim, contribuir para resolver mais rapidamente este enorme problema. No mundo do enoturismo, várias operações já cancelaram as marcações e encerraram as instalações até data a anunciar. Dois casos paradigmáticos foram a José Maria da Fonseca e a Herdade da Malhadinha Nova, mas muitos outros já o fizeram ou deverão fazê-lo em breve.

O Grupo Amorim Luxury, proprietário de vários restaurantes e lojas, já anunciou também que encerrou as suas operações nos restaurantes JNcQUOI Avenida, JNcQUOI ASIA (na foto), Ladurée, o JNcQUOI CLUB, bem como as suas lojas Fashion Clinic e Gucci situadas em Lisboa, no Porto e no Algarve.

Muitas notícias que chegam à redacção nas últimas horas confirmam também o adiamento e/ou cancelamento de eventos. Quanto a restaurantes e outros estabelecimentos, alguns mantêm-se abertos, com limitações.

COVID-19: Vinhos Verdes usam novos procedimentos para evitar contágios

A Comissão de Viticultura da Região dos Vinhos Verdes (CVRVV) já está a usar os CTT para o envio de amostras para análise e para o envio de selos de garantia. A solução proposta visa facilitar os procedimentos habitualmente efectuados presencialmente e evitar os contactos directos para a resolução de necessidades quotidianas dos Agentes Económicos da […]

A Comissão de Viticultura da Região dos Vinhos Verdes (CVRVV) já está a usar os CTT para o envio de amostras para análise e para o envio de selos de garantia. A solução proposta visa facilitar os procedimentos habitualmente efectuados presencialmente e evitar os contactos directos para a resolução de necessidades quotidianas dos Agentes Económicos da Região. As amostras para análise laboratorial são preparadas previamente pelo produtor, que solicita a recolha no site da CVRVV, que será depois recolhida por estafeta e entregue na CVRVV no prazo máximo de 24 horas.

Manuel Pinheiro, Presidente da CVRVV, sublinha que “Os selos de garantia são igualmente passíveis de requisição através do site já que, uma vez concluído com sucesso o processo de certificação, os selos para o engarrafamento são enviados directamente para a adega do produtor em 24 horas. Entendemos que devemos encontrar soluções para evitar o problema que marca a actualidade e, neste caso, fazemo-lo com base na promoção da eficácia dos procedimentos, comodidade dos nossos produtores e a prevenção adequada em matéria de saúde pública”. Manuel Pinheiro, fala, claro está, de medidas de prevenção contra a disseminação do coronavírus. Quantos menos contactos pessoais houverem, menos probabilidade de contágios.

Recorde-se que a CVRVV é a entidade responsável pela certificação e promoção do Vinho Verde, registando uma recepção de cerca de cinco mil amostras por ano para análise laboratorial.