Região dos Vinhos Verdes com novo site

Vinhos Verdes

Por ocasião do 117º aniversário da demarcação, constituída através da publicação da Carta de Lei de 18 de Setembro de 1908, a Região dos Vinhos Verdes apresenta o novo site institucional. A aposta reforçada na comunicação orientada para o consumidor estende-se desde a região à instituição, passando pela vinha, pelos vinhos e pelo enoturismo, tema […]

Por ocasião do 117º aniversário da demarcação, constituída através da publicação da Carta de Lei de 18 de Setembro de 1908, a Região dos Vinhos Verdes apresenta o novo site institucional. A aposta reforçada na comunicação orientada para o consumidor estende-se desde a região à instituição, passando pela vinha, pelos vinhos e pelo enoturismo, tema associado à oferta dinamizada pela Rota dos Vinhos Verdes. Sem esquecer os perfis dos vinhos produzidos neste território, as nove sub-regiões, as castas, as possibilidades de harmonização e receitas de Chefes conceituados, entre outras informações.

Mantém-se a matriz técnica e as funcionalidades pensadas para os operadores económicos da região, bem como as temáticas e os procedimentos associados à viticultura, a par com a informação acerca da certificação, a sustentabilidade, a formação da Academia dos Vinhos Verdes ou a actualização dos controlos de maturação para a vindima. Para explorar o site, basta aceder através do link www.vinhoverde.pt

Vinhos verdes

CVA: novos órgãos sociais

CVA

Sara Sofia Santos Soares Silva assume novamente o cargo de presidente da Comissão Vitivinícola do Algarve (CVA), desta vez, pelo período de 2025-2027. A informação decorre dos resultados do processo eleitoral, que contou, no dia 4 de Setembro, com a participação de membros do sector vitivinícola da região. No alinhamento desta eleição dos órgãos sociais […]

Sara Sofia Santos Soares Silva assume novamente o cargo de presidente da Comissão Vitivinícola do Algarve (CVA), desta vez, pelo período de 2025-2027. A informação decorre dos resultados do processo eleitoral, que contou, no dia 4 de Setembro, com a participação de membros do sector vitivinícola da região.

No alinhamento desta eleição dos órgãos sociais da CVA, os vogais eleitos são Edite Maria Alves, na Produção, e Manuel Lopo de Carvalho, no Comércio. Já o Conselho Geral, presidido por Francisco Miguel Sottomayor Pinto de Castelo-Branco, é composto pela CAP – Confederação dos Agricultores de Portugal, na Produção, bem como pela ACIRO – Associação Comercial, Industrial e Serviços da Região Oeste, e pela NERA – Associação Empresarial da Região do Algarve, no Comércio. Já o cargo de Fiscal Único foi atribuído a João Miguel Pinto Galvão, em representação da Sociedade de Revisores Galvão, Nunes, Tavares & Associados.

Segundo o comunicado da CVA, “com este novo ciclo de liderança, a Comissão Vitivinícola do Algarve reafirma o seu compromisso com a inovação e sustentabilidade, além de reforçar o papel da região como uma das principais produtoras de vinhos de qualidade em Portugal. O novo mandato tem como objetivo fortalecer a viticultura algarvia, promovendo a produção e a comercialização dos vinhos da região tanto no mercado nacional quanto internacional”.

CVA

QUINTA DO CRASTO: Vertical Vinha da Ponte

Quinta do Crasto

A Quinta do Crasto dispensa apresentações, sendo hoje um dos projetos mais consolidados e prestigiosos do Douro. Atualmente com uma gama de vinhos alargada, brancos, rosés e tintos, sem esquecer os Portos, a produção total ascende já a 1 milhão e meio de garrafas. Costumo dizer que na Quinta do Crasto tudo é bom, a […]

A Quinta do Crasto dispensa apresentações, sendo hoje um dos projetos mais consolidados e prestigiosos do Douro. Atualmente com uma gama de vinhos alargada, brancos, rosés e tintos, sem esquecer os Portos, a produção total ascende já a 1 milhão e meio de garrafas. Costumo dizer que na Quinta do Crasto tudo é bom, a vista da magnifica piscina, a comida do enoturismo e, claro está, os seus vinhos e até azeites!

A reputação recente desta casa duriense, sita em Gouvinhas na margem direita do Rio Douro, entre a Régua e o Pinhão, foi sendo construída há mais de 25 anos com base no porta-estandarte Crasto Vinhas Velhas, um neoclássico duriense com preço não especulativo que nunca para de surpreender a cada colheita. Essa reputação estava, evidentemente, assente no facto de a propriedade ser histórica, desde há muito ligada ao vinho do Porto. Entretanto, a quinta começa a ganhar contornos de celebridade com a fama a surgir do aparecimento, em 1998, de dois tintos magníficos. Falamos de dois “vinhos de vinha”, ou seja, provenientes de duas vinhas específicas sem que no lote de cada uma entrassem uvas de outras parcelas da mesma, ou de outra, propriedade. Ora, isto, há mais de 20 anos, não era comum encontrar no Douro. Falamos, claro está, dos tintos Vinha Maria Teresa e Vinha da Ponte, dois vinhos incontornáveis do Douro moderno que conquistaram uma legião de fãs que esgotam cada colheita. Aliás, existe é certo, sempre uma comparação (saudável, neste caso) entre os dois vinhos, comparação que, na generosa colheita de 2015 foi ‘desfeita’ com apresentação (única até à data) de um lote com vinhos das duas vinhas, o limitado e soberbo tinto Honore, engarrafado em 1615 garrafas todas elas em formato magnum.

Sobre o Vinha Maria Teresa já muito escrevemos. Quer dos seus impressionantes 4,7 hectares em socalcos tradicionais virados a nascente, quer das 54 castas que ali se encontram identificadas. E já relatámos que, por tudo o que esse vinho representa, a família Roquette, proprietária da quinta, tudo têm feito para a conhecer melhor, preservar e até multiplicar. Para tal, e depois da geo-referenciação diferencial (com precisão videira à videira), procedeu-se à classificação ampelográfica das videiras culminando na identificação visual das referidas 54 variedades. Por fim, e com base em todo este manancial de informação, foi criado um campo de multiplicação de genótipos na propriedade, uma verdadeira espécie de “viveiro reserva” onde todas estas castas estão representadas, perpetuando o encepamento integral da vinha. Em todo este processo, que começou em 2013, Tiago Nogueira, engenheiro agrícola e viticólogo, teve um papel fundamental, sendo mais recentemente coadjuvado pela sua colega Inês Cabral.

Num futuro próximo, a Quinta do Crasto espera extrapolar este trabalho para as restantes vinhas velhas da propriedade, nomeadamente a igualmente histórica Vinha da Ponte. Mas falemos então da Vinha da Ponte que é a estrela deste texto!

Quinta do Crasto

Uma vinha centenária

Igualmente centenária, e plantada na mesma altura do que a Vinha Maria Teresa, a Vinha da Ponte tem um encepamento bastante diferente, mais marcado por castas como Grand Noir e Tinta Roriz, e com menos Tinta Amarela do que a sua vinha irmã. Mais pequena em dimensão, também a orientação da vinha é diferente, essencialmente virada a Nascente – Sul, com uma maior parte da vinha exposta ao sol durante quase todo o dia, e dispõe de uma grande homogeneidade de altitude (180-220 metros). Quanto ao vinho, e após muitas provas ao longo dos anos, não temos dúvidas que o Vinha da Ponte, em comparação com o Vinha Maria Teresa, tem um perfil mais fechado e austero, com uma estrutura mais vincada. Longe de ser menos fresco, o Vinha da Ponte é muitas vezes mais vibrante e compacto, marcado por uma vertente mais silvestre e terrosa, fruto azul e negro em evidência e, arriscamos, denotando um perfil mais selvagem. Mais hermético e menos vivo nos primeiros anos de garrafa, mantém mais facilmente um perfil sério e não poucas vezes é mais longevo que o seu irmão Maria Teresa. Mas mais, atendendo ao perfil do trabalho das muitas (mais de 3000) barricas da Quinta do Crasto — trabalho luxuriantemente presente e marcante nos vinhos — a estrutura do Vinha do Ponte assenta-lhe particularmente bem. Enfim, não posso ser culpado do crime de não ter opinião…

Já na vinificação, e tirando particularidades sempre importantes, existe identidade nos dois topos de gama, ou seja, uvas integralmente (dependendo do ano, mas é essa a regra) pisadas em lagar, seguindo para cuba de inox e estágio de 20 meses em barrica de 225 litros, todas novas. Quanto aos tipos de madeira, aí sim, são diferentes consoante se trata de Vinha da Ponte ou Vinha Maria Teresa.

No que respeita à colheita de 2019 agora lançada, para o enólogo Manuel Lobo foi um ano excecional, caracterizado Primavera e Inverno bastante secos, e que beneficiou de temperaturas relativamente amenas nos meses de Verão e de uma chuva divina que chegou nos dias 21 e 22 de setembro para ajudar na maturação final das castas mais tardias. Depois de uma magnífica versão de 2019 do Vinha Maria Teresa, o Vinha da Ponte do mesmo ano mantém o nível elevadíssimo!

Quinta do Crasto

18,5 B

Quinta do Crasto Vinha da Ponte tinto 2012

Cor impecável para a idade. Muito bem no aroma, revela-se expressivo e profundo, complexo com notas de fruto azul, alguma barrica ainda, mas já integrada, tabaco doce e paprika. Saboroso e amplo em boca, acidez média, taninos aveludados. Belíssima evolução, e ainda com muita vida pela frente. (14,5%)

 

18 B

Quinta do Crasto Vinha da Ponte tinto 2014

Muito boa cor apesar de denotar menor concentração do que a colheita de 2012. Aroma sumptuoso, com fruto encarnado à frente, secundado pela habitual fruta azul silvestre, num perfil fechado ainda. A boca confirma o registo, com tanino apertado, boa percepção de acidez, saboroso, com a barrica mais discreta do que no nariz, e final apimentado. (14,5%)

 

19,5 A

Quinta do Crasto Vinha da Ponte tinto 2015

Aroma fabuloso, nota clássica com fruta azul e negra, barrica presente e impecável a contribuir com especiarias doces (cardamomo), grafite e leve nota terrosa. Mantém o nível em boca, compacta, mas com bastante frescura, fantástica textura com cremosidade assinalável. Um enorme vinho em grande momento de forma! (14,5%)

 

18,5 B

Quinta do Crasto Vinha da Ponte tinto 2016

Cor denotando juventude e concentração. Aroma muito vivo e vinoso, profundo e latente, fechado até, com notas fruto azul, tinta-da-china, especiaria fina, chocolate negro e terra molhada. Na boca confirma o perfil, tanino vivo e barrica a pedirem garrafa, boa frescura geral, tem muita garra que só mais alguns anos irão domar. (14%)

 

19,5 C

Quinta do Crasto Vinha da Ponte tinto 2018

Cor opaca. Aroma muito jovem e fechado, os habituais fruto azul e negro mais em evidência nesta colheita, com a especiaria e o cacau em segundo plano. Muito poderoso em boca, taninos maduros massivos, novamente percepção de juventude, num perfil mais tenso, másculo e preciso do que outros anos. Termina intenso e apimentado. (14%)

 

 

(Artigo publicado na edição de Agosto de 2025)

 

ViniPortugal na ProWine de São Paulo

ViniPortugal

De 30 de Setembro a 2 de Outubro, a ViniPortugal volta a marcar presença na ProWine São Paulo, que terá lugar no Expo Center Norte, desta vez, com 35 produtores reunidos num espaço colectivo, com cerca de 260m². A participação neste certame faz parte do Plano de Promoção 2025 e tem como finalidade identificar novas […]

De 30 de Setembro a 2 de Outubro, a ViniPortugal volta a marcar presença na ProWine São Paulo, que terá lugar no Expo Center Norte, desta vez, com 35 produtores reunidos num espaço colectivo, com cerca de 260m². A participação neste certame faz parte do Plano de Promoção 2025 e tem como finalidade identificar novas oportunidades de negócio para os produtores com e sem distribuição no Brasil.

Ao longo dos três dias, haverá duas Masterclasses Vinhos de Portugal conduzidas por Dirceu Vianna Junior MW, o primeiro Master of Wine de língua portuguesa. A sessão de 30 de Setembro será dedicada ao tema “Grandes Vinhos de Portugal 2025 – Concurso Vinhos de Portugal”, com destaque para os vinhos distinguidos como Melhores do Ano e Grandes Ouro. No dia 1 de Outubro, a Masterclass “Tendências de Consumo e os Vinhos Portugueses” incidirá nas mudanças dos hábitos de consumo e o impacto no sector.

De acordo com o comunicado, Frederico Falcão, Presidente da ViniPortugal, esta participação nesta feira permite “reforçar a marca Vinhos de Portugal num mercado estratégico, como é o caso do Brasil, que em 2024 registou um crescimento de 7,5%, alcançando 85,8 milhões de euros em exportações”.

A ProWine São Paulo é exclusiva para os profissionais do sector vitivinícola e um dos principais pontos de encontro da indústria na América Latina. O objectivo consiste em fomentar a geração de negócios e o desenvolvimento do sector através de networking e partilha de conhecimento.

QUINTA DA BADULA: Onde o tempo “manda” no vinho

QUINTA DA BADULA

Os antigos contam que, há 100 anos, a agora chamada Quinta da Badula, localizada em Arrouquelas, no concelho de Rio Maior, tinha vinha e ali se faziam grandes vinhos. Com a passagem do tempo e as demandas do Homem, aquela acabou por extinguir-se. Os octogenários António Filipe e José Diogo são os guardiões desta vetusta […]

Os antigos contam que, há 100 anos, a agora chamada Quinta da Badula, localizada em Arrouquelas, no concelho de Rio Maior, tinha vinha e ali se faziam grandes vinhos. Com a passagem do tempo e as demandas do Homem, aquela acabou por extinguir-se. Os octogenários António Filipe e José Diogo são os guardiões desta vetusta memória outrora partilhada com o amigo José Marques, o detentor desta propriedade vitivinícola inserida na região dos Vinhos do Tejo.
A designação advém do proprietário daquela época, conhecido pela alcunha de Badula. “Como queríamos um nome que fosse fácil de dizer em todas as línguas, porque, desde logo, apostamos na exportação, descobrimos que se trata de uma família de flores. Uma vez que não se via o laranja nos rótulos, e queríamos usar uma cor que chamasse a atenção por sermos novos no mercado, usamos a flor laranja, que é um hibisco, a imagem de marca, e fazer a analogia entre a badula e a espécie de flores”, explica a filha, Élia Marques Vitorino, responsável pelos departamentos administrativo e comercial da Quinta da Badula, negócio familiar, com origem em Rio Maior, no qual, cabem ainda a mulher, Lurdes Marques, e o genro, Emanuel Vitorino.

No início, eram tintos

Mas o que faz o proprietário de uma pequena fábrica de artefactos de cimento, situada em Rio Maior, no mundo do vinho? A pergunta é desmistificada de imediato por José Marques. A paixão pelo vinho foi o ponto de partida para muitas viagens pelo país, nomeadamente pelas regiões do Douro e do Alentejo, o que lhe permitiu reunir conhecimento acerca desta matéria. Tamanha curiosidade determinou ainda as múltiplas idas a Espanha e França, sempre com o objetivo de provar mais e mais vinho.
Destas rotas didáticas cá dentro e d’além fronteiras, resultou a compra gradual da atual propriedade em Arrouquelas, explorada, desde 1999, por José Marques, que ali tinha instalado uma central de lavagem de areia. Contudo, houve a necessidade de corrigir a orografia do terreno, para facilitar o trabalho de campo e, apesar do solo arenoso e consequentemente pobre, típico da zona da charneca da região do Tejo, decidiu avançar, em 2007, com a plantação de quatro variedades de uva tintas: Castelão, Touriga Nacional, Alicante Bouschet e Syrah. “As castas foram escolhidas por mim. Lia as revistas dos vinhos e via de onde saiam os grandes vinhos”, justifica o nosso anfitrião.

Mas quando, em 2009, a época da vindima estava quase à porta, não havia adega nem enólogo. Foi através de um amigo que conseguiu o contacto do enólogo António Ventura, que inicialmente, mostrou alguma relutância, mas quis conhecer o projeto in loco. “Quando passou aqui, provou as uvas e observou o terreno, que, apesar de pobre, denotava potencial para a colheita de matéria-prima de qualidade”, conta o proprietário da Quinta da Badula.
O Quinta da Badula Reserva tinto 2009, feito a partir de Touriga Nacional, Syrah e Alicante Bouschet, foi produzido em lagares, ainda em Rio Maior, e marcou a estreia no portefólio desta empresa familiar. Entra no mercado a 8 de março de 2012, ao mesmo tempo que é apresentado o Quinta da Badula Colheita Selecionada tinto 2010, elaborado com as castas Castelão, Touriga Nacional e Alicante Bouschet, na primeira adega, instalada no espaço agora ocupado pela oficina da propriedade. Conta Élia Marques Vitorino que este último é distinguido, em maio de 2012, com uma medalha de ouro no Concurso Mundial de Bruxelas. “Foi uma notícia inacreditável!” O prémio deu alento à família, para prosseguir com o projeto, à época, com cinco anos.
Em 2012, chegou a vez da seleção das castas brancas, lista preenchida por Arinto, Fernão Pires, Moscatel Graúdo, Alvarinho e Gouveio. Esta nova etapa da Quinta da Badula obrigou o proprietário a avançar para as provas de vinho branco, vinho que não apreciava por aí além… “Neste caso, a escolha foi do engenheiro António Ventura”, confessa José Marques. Dois anos mais tarde, deu-se início ao portefólio de vinhos brancos, com o Quinta da Badula Reserva, feito a partir das variedades Alvarinho e Arinto. Em 2015, ocorreu a estreia do Badula rosé, com Touriga Nacional e Syrah.

A Cabernet Sauvignon e a Chardonnay, respetivamente, tinta e branca, foram as eleitas da última plantação, em 2018. “Quando plantar mais vinha, irei plantar mais Castelão”, garante José Marques, que, ao longo destes 18 anos, contabilizados desde a plantação da vinha, tem vindo a absorver o saber-fazer com o mestre da enologia da casa. No entanto, é António Ventura quem determina o dia da vindima, com base nas análises feitas às uvas em laboratório e prova das uvas no terreno.
Hoje, a vinha ocupa uma área de 25 hectares, estendendo-se numa encosta suave e rodeada maioritariamente por floresta. A parte voltada a nascente ficou reservada às castas tintas, “porque os tintos precisam de mais grau e de mais estrutura”; as videiras das variedades de uva branca estão expostas a norte, uma vez que, segundo o nosso anfitrião, “os brancos não precisam de tanto grau”.

Entreajuda nas vindimas

José Marques marca presença assídua na vinha e faz questão de, entre outros trabalhos, coordenar e colaborar na monda, que entra em ação na fase do pintor. “Chego a tirar 20 cachos de cepa”, diz, e deixa apenas um quando se tratam das parcelas de uvas tintas com potencial para os vinhos Reserva e Grande Reserva.
A minúcia com que se dedica a esta atividade traduz-se numa ação morosa. Esta seleção tem como finalidade diminuir a produção de uva por hectare, para garantir a qualidade da matéria-prima. Caso contrário, “não temos grau, não temos estrutura, não temos nada”, elucida o proprietário da Quinta da Badula, dando como exemplo o comportamento da casta Castelão. Paralelamente, a fertilidade baixa causada pelo solo arenoso, permite, por si só, que esta variedade de uva produza em quantidades reduzidas.

A vinha, situada a cerca de 20 quilómetros do mar, em linha reta e desenhada com base no sistema de condução bilateral, tem cerca de 1,5 metros de altura. O excesso de folhagem é propositado, acima de tudo, no topo e no lado em que a exposição solar é direta. Serve para proteger os cachos, sobretudo à hora em que o termómetro mostra maior risco de calor.
“Gostamos de ver aqui os ninhos dos passarinhos, as lebres, os coelhos e as perdizes, e os meus netos andam por aqui sem qualquer perigo. Por isso, não usamos herbicidas”, assegura. Sem seguir os parâmetros da viticultura biológica, José Marques prefere optar por “produtos menos ofensivos”. É o caso da calda bordalesa e enxofre. “O enxofre é usado contra o oídio e a calda bordalesa é para o míldio”, descreve.

A humidade não é um problema, graças ao vento, que ajuda a secar as videiras, e a exposição favorável a norte. Mesmo assim, há a necessidade de recorrer ao sistema de rega gota a gota, suportada pela charca da propriedade, para manter a humidade do solo durante o verão. “Quando está muito sol, o sol incide nos seixos, vai espelhar e, consequentemente, queimar os cachos. Portanto, a água mantém a humidade, o que impede a acumulação de calor no solo. É dispendioso e dá trabalho, mas compensa na qualidade das uvas.”
Em contrapartida, as noites frescas permitem que os vinhos sejam mais frescos e tenham acidez, característica enaltecida por José Marques. “Foi por isso que escolhemos este terreno, para plantar vinha.” Além disso, são um bom pretexto para iniciar a vindima mais cedo, pelas seis da manhã, de modo a colher as uvas a baixa temperatura.

Uma parte da vindima é feita com o auxílio de uma máquina vinda de França. Os cachos destinados aos Grande Reserva e Reserva tinto, bem como para o Reserva branco e o espumante, são colhidos à mão, mas “como não conseguimos apanhar tudo de noite, colocamos em caixas, dentro do frio, e as uvas só são processadas quando estiverem mesmo frias. Se esmagarmos as uvas quentes, perdemos parte dos aromas que precisamos no vinho”, esclarece José Marques. “O nosso objetivo é produzir vinhos de grande qualidade. Para o efeito, temos de controlar as uvas”, acrescenta Élia Marques Vitorino.
Todos os anos, esta fase da cultura da vinha e do vinho é apoiada pela população de Arrouquelas, que faz questão de participar na colheita das uvas. Entre crianças, jovens e mais velhos, há um enorme espírito de entreajuda, e até há uma espécie de horta comunitária, com uma variedade considerável de hortícolas e fruta. E, claro, os amigos António Filipe e José Diogo não faltam!

QUINTA DA BADULA

 

José Marques mostra as madeiras de maior qualidade das tanoarias francesa Seguin Moreau e portuguesa J.M.Gonçalves

 

Tanoaria de topo

Sobre as duas últimas castas plantada na propriedade, aguarda-se a estreia do vinho, cujo lote incluirá a Cabernet Sauvignon, visto que os monovarietais não têm lugar cativo no portefólio da Quinta da Badula. “Talvez um dia…” Já a Chardonnay foi plantada com o pretexto de se fazer espumantes, cuja estreia aconteceu em 2020, com o Quinta da Badula Espumante Reserva Brut Nature. Esta primeira edição inclui 10% de Arinto, enquanto na segunda, de 2022, a percentagem desta casta branca subiu para os 20%. “Só fazemos espumante quando temos uvas de muita qualidade. É feito de uma forma muito especial, em que o cacho vai inteiro para a prensa pneumática, daí que tenha de estar em perfeitas condições”, afirma José Marques.

O proprietário da Quinta da Badula compara a produção do espumante, em que o dégorgement é feito por uma empresa externa, com o vinho maior do portefólio, o Quinta da Badula Grande Reserva tinto, com o registo de apenas três colheitas: 2014, 2015 e 2017. “Temos colheitas de 2017 a 2024. São vinhos de grande qualidade, alguns ainda estão em barrica, mas ainda não decidimos o que vai para Grande Reserva”, revela o nosso anfitrião, ou não fosse a enologia comandada pelo tempo. Some-se o contentor com aproximadamente 600 garrafas de Quinta da Badula Reserva 2016 colocado, em 2021, na charca, o qual gera expectativa aos proprietários.

Com o propósito de aprofundar a diferença entre os tintos, no que ao tempo de estágios diz respeito, José Marques revela que o Grande Reserva permanece por 21 meses em barricas novas e o Reserva é submetido a 12 meses em madeira de segundo ano, enquanto o Colheita Selecionada está nove meses. A par com a aposta em descansos longevos nestes vinhos, o nosso anfitrião enfatiza a importância da pisa a pé, em lagar, nas uvas tintas, “para que o vinho tenha mais extração e estrutura”. A “qualidade de excelência” realçada por Élia Marques Vitorino tem como marco o prémio “Excelência”, na categoria dos tintos, atribuído ao Quinta da Badula Grande Reserva tinto 2017, por ocasião do XV Concurso dos Vinhos do Tejo. “Esteve dois anos em barrica, de onde tiramos, para ir decantando, porque não fazemos colagens nos vinhos, daí que mantenhamos os vinhos por mais tempo na adega. Fazemos uma ligeira filtração de placa aberta, para evitar a passagem de impurezas, mas é o menos filtrado possível, para que não haja interferência na cor e na estrutura do vinho”, fundamenta José Marques.

Nos brancos, o topo de gama é o Quinta da Badula Reserva, com um tempo de estágio de seis meses em barricas novas. Mas nem sempre há colheitas desta referência. Quando não acontece, fica a garantia da produção de um Quinta da Badula Colheita Selecionada, submetido a três meses em madeira usada. Nos dois casos, o vinho estagia em barricas de madeira “topo de gama”.
Na adega da propriedade, concebida em 2012 para trabalhar por gravidade, onde está instalada, a 10 metros de profundidade, a cave das atuais 300 barricas, José Marques mostra as madeiras de maior qualidade das tanoarias francesa Seguin Moreau e portuguesa J.M. Gonçalves. “Cada uma é usada em 50%”, afirma o nosso anfitrião, que distingue ambas da seguinte forma: “a tanoaria portuguesa dá mais estrutura aos vinhos, enquanto a francesa, dá mais elegância.”

Quer nas barricas, quer nos depósitos de inox, os vinhos estão separados por castas. O lote, que difere de ano para ano, é feito no final. Posteriormente, é colocado nas cubas destinadas para o efeito e engarrafado na máquina, também preparada para a rotulagem. “Nós fazemos todo o trabalho internamente. Se corre alguma coisa mal, a responsabilidade é nossa, mas a se a máquina for de fora, nunca saberemos de onde veio o problema”, remata José Marques.
A capacidade de produção anual ultrapassa os 100.000 litros e destina-se às lojas gourmet, garrafeiras e restaurantes. No âmbito da exportação, constam os Países Baixos, considerado o melhor mercado no universo da Quinta da Badula, bem como a Bélgica, a Suíça, a Alemanha, o Brasil e, “esperamos nós”, novamente a China, mercado outrora importante na casa.

Nota: A autora escreve segundo o novo acordo ortográfico.

 

 

Vinhos do Alentejo e ASAE controlam autenticidade das uvas

Vinhos do Alentejo e ASAE

A Comissão Vitivinícola Regional Alentejana (CVRA) e a Autoridade de Segurança Alimentar e Económica (ASAE) celebraram um Protocolo de Cooperação, com o objectivo de reforçar a fiscalização da produção vitivinícola, assegurando a autenticidade e a conformidade dos vinhos com Denominação de Origem (DOC) e Indicação Geográfica (IG) do Alentejo. A articulação reforçada entre ambas as […]

A Comissão Vitivinícola Regional Alentejana (CVRA) e a Autoridade de Segurança Alimentar e Económica (ASAE) celebraram um Protocolo de Cooperação, com o objectivo de reforçar a fiscalização da produção vitivinícola, assegurando a autenticidade e a conformidade dos vinhos com Denominação de Origem (DOC) e Indicação Geográfica (IG) do Alentejo.

A articulação reforçada entre ambas as entidades incidem na realização de ações conjuntas de controlo, sobretudo no período das vindimas, no sentido de proteger a origem das uvas e enfatizar a confiança no selo “Alentejo”. Em suma, “a colaboração com a ASAE reforça a credibilidade do setor e a proteção da região vitivinícola”, afirma Luís Sequeira, Presidente da CVRA.

A CVRA foi criada em 1989, é responsável pela certificação e controlo da origem e qualidade, promoção e fomento da sustentabilidade, bem como pela proteção e defesa da DOC Alentejo e da Indicação Geográfica Alentejano, e detém uma iniciativa pioneira, o “Programa de Sustentabilidade dos Vinhos do Alentejo”. Este território vitivinícola abrange uma área de vinha de 23,3 mil de hectares e é uma das duas únicas regiões do mundo que produz Vinho de Talha há mais de dois mil anos.

VICENTINO: Vinhas e hortas à beira-mar

Vicentino

As vinhas, ainda que ocupando 60 hectares, parecem ser um parceiro muito discreto neste gigante universo agrícola, muito vocacionado para exportar quase toda a produção. Dizemos discreto, porque a vinha está ali, sossegada no concelho de Odemira, na Costa Vicentina, enquanto o frenesi de chegada e partida de carregamentos em camiões TIR impressiona o visitante. […]

As vinhas, ainda que ocupando 60 hectares, parecem ser um parceiro muito discreto neste gigante universo agrícola, muito vocacionado para exportar quase toda a produção. Dizemos discreto, porque a vinha está ali, sossegada no concelho de Odemira, na Costa Vicentina, enquanto o frenesi de chegada e partida de carregamentos em camiões TIR impressiona o visitante. Falamos da FRUPOR, empresa responsável por alguns alimentos frescos que encontramos no supermercado e muitas das verduras das floristas.

O gosto do vinho era antigo e o norueguês Ole Martin Siem, o proprietário, começou a interessar-se pelas potencialidades daquela zona localizada perto do mar, para gerar vinhos de grande qualidade. Mas, tal como nos confirmou, mais importante do que começar por fazer uma adega state of art, era ter boas uvas e boa maneira de as fazer chegar nas melhores condições à adega. Durante vários anos, tiveram de recorrer a adega alugada (Perescuma), mas, finalmente, a nova adega está a funcionar, “sem ousadias arquitectónicas, uma vez que o mais importante é a câmara de frio para arrefecer as uvas, as boas condições da adega, com cubas de inox e cimento, barricas quantas as necessárias. Tudo funcional”, relembra-nos o produtor. É secundado por Bernardo Cabral, o enólogo responsável pelos vinhos e líder de uma equipa, da qual faz parte Ana Rita Bouça, enóloga, que também assegura os comandos do laboratório e com quem já tinha trabalhado com ele nos Açores, além de Jorge Martins, na viticultura, e Pedro Cavaleiro, na área comercial.

Vicentino
Ole Martin Siem

Contrariamente ao que é habitual, a adega está sobredimensionada, porque há ainda o objectivo de fazer prestação de serviços para terceiros. Não tem um restaurante associado, mas, na loja, podem servir-se petiscos regionais, para acompanhar os vinhos servidos aos visitantes. Foi aí exactamente que fizemos as provas. Ter a adega no meio da vinha tem enormes vantagens. Bernardo Cabral recorda: “como temos boas câmaras de frio podemos ir programando a vindima paulatinamente, parcela por parcela.” A vindima estende-se, assim, por um mês e meio, sem pressas.

Nesta zona de forte influência marítima, os brancos ganham uma enorme importância, nomeadamente os que são feitos a partir da casta Sauvignon Blanc. As neblinas que trazem a maresia para terra fazem toda a diferença, “e quando elas não vêm, os vinhos ficam diferentes e menos ricos”, explica o enólogo. A Sauvignon Blanc tornou-se assim a casta-emblema da casa, produzida pela primeira vez em que 2014, logo seguida, em 2015, pela Pinot Noir, a tal casta difícil, grande apreciadora de climas mais frescos. Era também inevitável que a Alvarinho aportasse, agora que se tornou uma variedade a que todos querem chegar. Para complementar este ramalhete, destacam-se a Chardonnay, variedade procurada por todos, na tentativa de fazer um branco de carácter borgonhês.

O projecto pode ser viável, até porque existe uma amizade pessoal entre o produtor do Vicentino e Henri Boilot, conhecido e famoso produtor da Borgonha. Da sua propriedade foram trazidas varas daquela casta, bem como barricas de segunda utilização, para aqui se fazer um Vicentino de perfil “afrancesado”. O projecto está em curso, o vinho já existe, mas não o incluímos nas notas de prova, uma vez que sugere precisar de tempo em garrafa para afinar; a prova fica para mais tarde. A curiosidade foi Henri Boilot, que marcou presença e provou o vinho produzido com a casta Sauvignon Blanc, ter afirmado: “finalmente, provei um bom Sauvignon Blanc!” À frase é preciso descontar o pouco valor que em França se dá aos vinhos de outra região que não a própria… Fica o comentário elogioso, sem dúvida.

 

A casta Sauvignon Blanc tornou-se a marca-emblema da casa, o vinho foi produzido pela primeira vez em 2014, logo seguido, em 2015, pelo Pinot Noir

 

Sauvignon em destaque

O vinho de Sauvignon Blanc produzido pela Vicentino integra-se na família das Sauvignon de perfil aromático pleno de vegetais verdes, com notas apimentadas, no qual estão ausentes as notas de fruta tropical mais habituais nos vinhos mais gordos e mais maduros, mais característicos do interior do que da costa. A influência do mar, da neblina e a temperatura mais amena são determinantes para o perfil da casta. Os estafados descritores relacionados com o sal podem ser usados com propriedade, já que estamos a escassas centenas de metros do mar, em arribas selvagens e inóspitas, mas, também por isso, tão atractivas.

Aquando da nossa visita, a vinha estava em plena “explosão” vegetativa, com um crescimento “que se vê dia-a-dia”, como nos disse Jorge Martins, também muito satisfeito com o trabalho de reenxertia de algumas castas, a qual se optou por abandonar, como a Fernão Pires. Estar perto do mar tem vantagens, mas é uma dor de cabeça permanente em virtude da propagação das doenças da vinha, como o míldio e o oídio. Optou-se por uma atitude racional e não fundamentalista: quando é preciso intervém-se, com o objectivo último de salvar a produção. As vinhas mais novas têm herbicida nas linhas, porque o entre-cêpas acaba por cortar tudo a eito e a dimensão da vinha não permite um trabalho manual. Já nos espaços entre as filas de videiras, houve o cuidado de permitir o desenvolvimento vegetativo, que possa enriquecer, arejar e vivificar o solo, permitindo uma competição (moderada) com a cêpa.

Se o gosto do consumidor for para vinhos tintos muito estruturados, concentrados e muito ricos, com forte presença de madeira e taninos em evidência, então este não é destino certo. Favorecidos pelo mar, o conceito é outro, mais elegante, mais fino, menos denso. Para sorte (ou não) de Ole Martin Siem, esta é a tendência actual. Provavelmente por isso, as exportações têm cada vez mais significado, quer para a Europa Central, quer para os Estados Unidos e o Brasil. A sorte, como sabemos, dá imenso trabalho e esse, por aqui, não falta.

Da Borgonha trouxeram-se varas e barricas para fazer aqui um Chardonnay de inspiração francesa

 

500 hectares em produção

A vinha onde se colhem as uvas utilizadas na produção do vinho Vicentino está inserida num complexo agrícola de grandes dimensões. É aqui, bem perto da Zambujeira do Mar e a poucas centenas de metros da falésia, onde encontramos a casa outrora pertença de Amália Rodrigues, que ficam os campos agrícolas e as estufas de Ole Martin Siem, há quatro décadas em Portugal. O proprietário recorda-nos: “quando aqui cheguei, eu era o único estrangeiro. Hoje, temos trabalhadores de 15 nacionalidades no nosso projecto”.

A actividade agrícola estende-se desde a produção de couve chinesa e cenouras baby, até fetos, eucaliptos ornamentais e verduras para os ramos de flores que compramos nas floristas. Falamos então de 500 hectares de terra e 400 trabalhadores. A alimentação de tanta gente é assegurada, quer pela cantina fixa, quer pelas cantinas móveis, que se dirigem às zonas mais afastadas onde estão os funcionários da empresa. A actividade e circulação de pessoas é intensa e são diários os camiões TIR que ali carregam caixas com legumes ou verduras, posteriormente exportadas para os Países Baixos e de lá distribuídas para toda a Europa. Ao fim da tarde, chegam vários autocarros de passageiros, que levarão de volta os trabalhadores aos seus aposentos. O complexo funciona de uma forma muito “oleado” e inclui um espaço de turismo rural. Em breve, este alojamento será alargado a um hotel. A vinha ocupa 60 hectares e a selecção de castas foi muito abrangente, incluindo nacionais e de fora. Assim, temos Alvarinho, Arinto, Viosinho, Sauvignon Blanc e Chardonnay, nos brancos e, nos tintos, Touriga Nacional, Aragonez, Pinot Noir, Syrah, Alicante Bouschet e Merlot. Actualmente, são 16 as referências que constam no portfolio, as quais são distribuídas por cinco gamas: Poente, Nascente, Neblina, Luar e Naked (gama de vinhos sem madeira).

(Artigo publicado na edição de Agosto de 2025)

 

José Maria da Fonseca dá cartas no enoturismo

José Maria da Fonseca

A Casa-Museu José Maria da Fonseca, em Vila Nogueira de Azeitão, no território vitivinícola da Península de Setúbal, e a Adega José de Sousa, em Reguengos de Monsaraz, na região do Alentejo, foram distinguidas com o prémio Travellers’ Choice Awards do Tripadvisor. Além da produção vitivinícola, ambas fazem parte da oferta enoturística da José Maria […]

A Casa-Museu José Maria da Fonseca, em Vila Nogueira de Azeitão, no território vitivinícola da Península de Setúbal, e a Adega José de Sousa, em Reguengos de Monsaraz, na região do Alentejo, foram distinguidas com o prémio Travellers’ Choice Awards do Tripadvisor. Além da produção vitivinícola, ambas fazem parte da oferta enoturística da José Maria da Fonseca, que, neste contexto, vê a primeira a conquistar este prémio pelo 11º ano consecutivo e a segunda a repetir a mesma proeza pela terceira vez. A classificação é igual: 4,5 estrelas.

A dupla distinção “demonstra a consistência do nosso trabalho e a confiança que os visitantes depositam nas experiências que oferecemos”, nas palavras de Sofia Soares Franco, responsável pelo enoturismo desta empresa familiar. As portas permanecem abertas a visitantes nacionais e internacionais de Abril a Outubro, entre as 10h00 e as 17h30m, e de Novembro a Março, das 10h00 às 16h30m, na Casa-Museu José Maria da Fonseca. Na Adega José de Sousa, as visitas tem hora marcada às 11h00, 15h00 e 17h00, de Abril a Outubro, enquanto de Novembro a Março, ocorrem às 11h00 e às 15h00.