Grande Prova: Tintos do Alentejo

Grande Prova Alentejo

A história da região é longa, desde os fenícios e tartessos, gregos e romanos que deixaram o legado das ânforas e trouxeram técnicas agrárias e cultura da vinha e do vinho. Em 1898, a superfície de vinha no Alentejo era de 20.000 hectares, mas devido a conjunturas políticas e económicas desfavoráveis, a região só voltou […]

A história da região é longa, desde os fenícios e tartessos, gregos e romanos que deixaram o legado das ânforas e trouxeram técnicas agrárias e cultura da vinha e do vinho. Em 1898, a superfície de vinha no Alentejo era de 20.000 hectares, mas devido a conjunturas políticas e económicas desfavoráveis, a região só voltou a atingir esta dimensão 100 anos depois, no início dos anos 2000.
A partir dos meados do século passado surgem as adegas cooperativas de Granja-Amareleja, Portalegre, Borba, Redondo, Reguengos e Vidigueira que não só tiveram um papel fundamental no desenvolvimento da vinha e produção do vinho na época, mas conseguiram modernizar-se e estão bem presentes e activas nos tempos actuais.
O verdadeiro boom dos vinhos alentejanos ocorre por altura dos anos 80-90 com a demarcação da região em 1988. Surgem marcas como Cartuxa, na década dos 80 e Pêra Manca lançada em 1990, ambas da Fundação Eugénio de Almeida, que se juntam aos clássicos José de Sousa, Tapada do Chaves, Mouchão, Quinta do Carmo. Em 1985, realiza-se a primeira colheita sob a marca Esporão (que este ano ficou novamente reconhecida pela revista Drinks International como uma das 50 marcas de vinho mais admiradas do mundo).

Júlio Bastos assinala esta época com os seus famosos Garrafeiras da Quinta do Carmo (de 1985, 1986 e 1987), marca que hoje pertence à Bacalhôa. A partir de 2000 o produtor avança com um novo projecto – Dona Maria – que rapidamente se torna num novo ícone da região.
Os enólogos João Portugal Ramos, com projecto próprio a partir da década dos 90 e o australiano David Baverstock que entra na Esporão em 1992 foram os grandes promotores de mudança no estilo de vinhos, conta Mário Andrade, enólogo e profundo conhecedor da história vitivinícola do Alentejo. Introduziu-se madeira nova e meia barrica. Antigamente os vinhos ou não tinham madeira ou estagiavam em madeira usada de 500 litros ou toneis de maior capacidade. Usava-se sobretudo o carvalho português, por vezes até o castanho; o carvalho francês e americano chegaram nos finais dos anos 90.
Na primeira década de 2000 surgem projectos como Herdade do Rocim, Fita Preta de António Maçanita, Herdade da Malhadinha que hoje estão bem consolidados e reconhecidos.
As características da região e o seu sucesso junto do consumidor motiva produtores de outras regiões e até os empresários estrangeiros a investir no Alentejo. Torre de Palma é um projecto completo de hotel de charme, um restaurante e uma adega numa vila romana perto de Monforte. Esta grande aventura de um casal de farmacêuticos, Ana Isabel e Paulo Barradas Rebelo começou na segunda década de 2000.

Grande Prova Alentejo
Em 2015 o casal de brasileiros Alberto Weisser e Gabriela Mascioli adquiriram a histórica Tapada de Coelheiros, em Arraiolos, pela qual se apaixonaram numa viagem pelo Alentejo.
Em 2017 a Symington Family Estates alargou as suas operações para o Alentejo, iniciando o projecto de Quinta da Fonte Souto, em Portalegre, com 43 hectares de vinha instalada entre os 490 e os 550 metros de altitude.
A empresária Luísa Amorim, responsável pela Quinta Nova de Nossa Senhora do Carmo, no Douro e Taboadella, no Dão, num regresso às origens, em 2017 investiu num projecto pessoal com o seu marido, Francisco Rêgo, e fez renascer a Herdade da Aldeia de Cima, na Serra do Mendro, junto à Vidigueira, terras onde costumava passar às férias na sua infância.
No mesmo ano, o empresário alemão Dieter Morszeck adquiriu a propriedade Quinta do Paral, na Vidigueira, onde reabilitou e ampliou a vinha existente e adquiriu muitas parcelas de vinhas com mais de 70 anos, não aramadas, na zona de Vila de Frades.

Em 2018, pela Família Cardoso, foi construída de raiz a adega da Herdade de Lisboa (berço da clássica marca Paço dos Infantes), na Vidigueira e David Baverstock em parceria com o empresário Howard Bilton inaugurou a adega no projecto Howard’s Folly, em Estremoz.
E ainda mais recentemente foram lançadas as marcas Herdade Monte da Costa Boal Family Estates e Lobo de Vasconcellos Wines do conhecido enólogo do Douro Manuel Lobo.

 

 

 

 

Castas de ontem e de hoje

Não restam quaisquer dúvidas de que o Alentejo foi e é terra de grandes vinhos. O que muda com o tempo é o estilo, o perfil. Outrora, o elenco varietal era outro e toda a performance era diferente. No starring de antigamente entravam Castelão com fruta e Trincadeira com tanino, e o estrelato de hoje pertence a Alicante Bouschet, Touriga Nacional, Syrah e Aragonez. “Os vinhos eram elegantes, com taninos super macios” – refere com certa nostalgia Mário Andrade. “Com o tempo começou-se a preferir vinhos mais estruturados, fechados, com mais madeira”
Se olharmos às estatísticas do IVV do ano 2000, as principais castas do Alentejo eram Trincadeira com 16% e Castelão com 15% de plantação, logo a seguir vinha o Moreto com 8%, embora este produzisse muito e raramente se destinasse aos topos de gama. Os dados da CVR Alentejo mostram que hoje o protagonismo é da variedade Aragonez, que lidera as plantações com 22,6%, embora haja quem o considere um erro de casting por ter “taninos ordinários e grau com fartura”.

O Alicante Bouschet aumenta a sua presença de ano para ano e já atingiu 19,4%. A casta chegou a Portugal no final do século XIX de França, trazida pela família Reynolds e trazida para a Herdade do Mouchão. Contudo, o seu sucesso não foi imediato. Na Reynolds Winegrowers a casta faz parte da identidade dos vinhos. Hoje, é fácil encontrar grandes vinhos feitos desta casta e difícil encontrar topos de gama que não a tenham no lote. É uma casta tintureira – com antocianas concentradas também na polpa para além da película – com grande capacidade cromática, estrutura firme e personalidade forte. Gosta de clima quente e precisa de muitas horas de sol, o que faz do Alentejo uma boa casa para esta uva. Mas para amadurecer os seus taninos maciços, é preciso esquecer a moderação no teor de álcool. A Trincadeira ainda está no terceiro lugar em área plantada, com 13,9%, mas claramente não tem a popularidade de outrora e está em franco declínio, ainda que, muito recentemente, vários produtores a ela retornem, pela capacidade de suportar o calor e stress hídrico.

A Syrah parece ser uma paixão geral. Há apenas 30 anos ninguém sabia o que era e obviamente, não constava nas castas autorizadas da região. Entrou “incognitamente” nos encepamentos e nos vinhos alentejanos pela Herdade Cortes de Cima em 1991 e não deixou ninguém indiferente. Hoje ocupa o 4º lugar no ranking de castas mais plantadas no Alentejo, com 12,1%.
A Touriga Nacional, na sua marcha conquistadora pelo país, desceu das regiões do Norte e fica aqui em 5º lugar, com 8,3%. Há muitos argumentos a favor, começando pela maturação longa o que traz vantagens no Alentejo. Aguenta bem a seca, mantendo o bago túrgido. Aromaticamente agradável, mas às vezes no Alentejo não entrega qualidade todos os anos e com frequência torna-se um pouco enjoativa. Castelão, casta tipicamente alentejana dos tempos passados, literalmente, perde terreno e agora só conta com 4,9%. Cabernet Sauvignon tem 4,2% e mantém-se relativamente estável. Foi emblemática na Tapada de Coelheiros, quando em 1981 foi forte a aposta nas castas internacionais, considerada uma inovação. Os garfos até vieram de Margaux. A casta entra com bastante frequência em lotes, nem que seja como “sal e pimenta”, e até protagoniza alguns vinhos, como por exemplo o 100% Cabernet Sauvignon da Herdade de Lisboa.

 

Alentejo continua a ser o líder absoluto em termos de presença no mercado nacional, com 33,8% em volume, seguido do Minho (Vinho Verde) e Península de Setúbal com mais de 17% cada; e 35,5%, em valor, à frente das regiões Douro e Minho. A região comercializa 70% do vinho no mercado nacional, sendo que apenas 30% é exportado.

Outra casta do Norte que parece conquistar cada vez mais adeptos alentejanos, é a Touriga Franca – é de ciclo longo, agronomicamente adaptou-se bem, não perde folhas basais durante a seca e dá vinhos muito interessantes. Cresce em área plantada a olhos vistos e já ocupa 3,9% das plantações. Alfrocheiro com 2% tem uma certa tendência de diminuir a sua presença e Petit Verdot, com 1,9%, ao contrário, parece estar a crescer. O Moreto com 1,2% também não tem entrado nos vinhos de topo, a menos que seja das vinhas velhas ou para vinhos de talha.
Ao longo das décadas, na vinha também mudou muita coisa: os porta-enxertos (os que são usadas de hoje induzem uma maturação mais precoce o que não é propriamente uma vantagem para uma região quente); as formas de plantação e condução da vinha (antes eram em taça ou guyot que permitia melhor gestão de água e protegia do calor); as vinhas de sequeiro agora são raras e a água para rega é escassa. Aprendeu-se a controlar as produções, orientar a viticultura para a planta ser mais eficiente na sua capacidade fotossintética, escolheram-se clones menos produtivos, pratica-se monda de cachos, sobretudo para os topos de gama. O reverso da medalha, às vezes, é álcool a mais.

Grande Prova Alentejo

Futuro: adaptável e sustentável

As provas verticais proporcionadas por alguns produtores, funcionam como uma máquina do tempo, permitindo sentir as mudanças de castas e estilos. Os mais antigos geralmente com menos corpo e pujança, alguma rusticidade e o teor de álcool à volta dos 13%.
A mudança é imparável, acontece em todas as regiões mundiais devido às alterações, actualizações, modas e melhorias. É preciso não entrar em exagero e manter o equilíbrio.
O futuro das castas no Alentejo, provavelmente, é destinado a aquelas que aguentam melhor o calor e a falta de água. Um certo movimento revivalista vai, com todo o propósito, preservar vinhas velhas de sequeiro e desencantar algumas castas minoritárias. Também me parece que para além da escolha de casta mais fundamentada em múltiplos ensaios, o grande cuidado será aplicado na selecção dos clones (material policlonal), porta-enxertos, locais de plantação e métodos de condução apropriados para cada casta. Chamaria isto escolha de precisão e adaptabilidade mútua.
Voltando à questão do potencial e do investimento, é de notar que as empresas importantes e bem instaladas na região, investem também no conhecimento que pode não gerar lucros a curto-médio prazo, mas gera valor acrescentado a longo prazo e para toda a região.

A Sogrape na Quinta de Peso fez um investimento em plantação de várias parcelas num total de 42 hectares de vinha com castas Syrah, Cabernet Sauvignon, Aragonez, Tinta Miúda, Tinto Cão, Touriga Franca, Gran Noir etc. Uma parte foi plantada em vaso (gobelet), com fruta mais à sombra e melhor gestão de água. É mais trabalhoso, requer mais mão-de-obra, obviamente, – explicou numa conversa o enólogo Luís Cabral de Almeida. Fizeram também o estudo de solos e mediante estes resultados, irão plantar a vinha apenas nos solos apropriados para o efeito.
A Herdade do Esporão está envolvida no projecto WineClimAdapt com o INIAV e outras entidades com o objectivo de selecção e caracterização das castas melhor adaptadas a cenários de alterações climáticas. Nos 10ha de campo ampelográfico encontram-se em estudo 189 castas (alentejanas, nacionais de outras regiões e estrangeiras).

A aposta na sustentabilidade (o Programa de Sustentabilidade dos Vinhos do Alentejo, criado, implementado e certificado localmente é um modelo para o país e para o mundo) é hoje um dado adquirido e um desígnio para todos os agentes económicos locais. Os resultados estão á vista. Se provamos os vinhos antigos do Alentejo com certa nostalgia, e muitos vinhos de hoje com orgulho, acho que, no futuro, ainda iremos ser bem surpreendidos pela positiva. na edição

(Artigo publicado na edição de Novembro de 2023)

A Escolha do Mestre: A arte do lote

A criação de um bom lote é obtida através da sobreposição de componentes com atributos únicos usados para melhorar aspectos como cor, frescura, estrutura ou adicionar características específicas de frutas ou especiarias com a finalidade de realçar sabor, ganhar complexidade, aperfeiçoar o equilíbrio e dar ao vinho melhor qualidade. Fazer o ‘lote’ ou ‘blend’ é […]

A criação de um bom lote é obtida através da sobreposição de componentes com atributos únicos usados para melhorar aspectos como cor, frescura, estrutura ou adicionar características específicas de frutas ou especiarias com a finalidade de realçar sabor, ganhar complexidade, aperfeiçoar o equilíbrio e dar ao vinho melhor qualidade. Fazer o ‘lote’ ou ‘blend’ é simplesmente o acto de misturar diferentes vinhos com o objectivo de obter um produto cuja soma das partes é superior às partes individuais.
Em épocas distantes, diferentes castas eram misturadas na mesma parcela como uma espécie de seguro contra pragas, doenças, guerra ou desafios da natureza, com o objetivo de proporcionar um rendimento regular. Através desse método, ainda utilizado hoje, uvas provenientes de vinhedos mistos, conhecidas como “field blends”, são colhidas, esmagadas e fermentadas em conjunto. Os resultados são menos previsíveis e precisos, mas a combinação dos diferentes estágios de maturação ajuda proporcionar equilíbrio e complexidade.
De certa forma, é possível considerar a maioria dos vinhos como vinhos de lote, pois mesmo no caso de um ‘Single Vineyard’ a fruta é oriunda de diferentes partes do vinhedo cujo microclima específico irá adicionar nuances ao resultado final.
Exceptuando alguns casos específicos, como o vinho do Porto, antes do século XX, quando as leis que supostamente governavam a produção de vinhos raramente eram respeitadas, o acto de fazer lote em vinhos tranquilos tinha pouco a ver com qualidade, chegando mesmo a ser utilizado para fins comerciais ilícitos. Fazer um lote era algo visto como suspeito, quase uma falsificação. Actualmente, o acto de fazer um lote é frequentemente utilizado como uma ferramenta para oferecer um produto de qualidade superior.
Os vinhos de lote elaborados hoje foram lapidados ao longo dos anos e o método de eleboração sobreviveu ao teste do tempo pelo facto de ter produzido bons resultados. O interesse dos consumidores por vinhos distintos tem incentivado os produtores portugueses a lançar vinhos monovarietais, o que tem ajudado viticultores e enólogos a compreender o extraordinário potencial de castas menos conhecidas. A herança histórica, experiência e o extraordinário número de variedades encontradas no território português oferecem um número invejável de componentes que permitem aos produtores demonstrar criatividade e gerar alguns dos melhores e mais interessantes vinhos de lote do mundo. Alguns desses vinhos são misturas regionais clássicas bem estabelecidas, outros são vinhos incomuns, exóticos, capazes de surpreender os paladares mais exigentes.

Escolha do lote

Estilos e segmentos

A arte do lote é vital tanto na produção dos vinhos mais ambiciosos quanto na criação de vinhos para o dia à dia. Para vinhos mais simples, o lote pode ajudar mitigar imperfeições e suavizar diferenças entre as vindimas, conferindo consistência. Eis porque, na maioria dos países europeus, a legislação permite a adição de até 15% de uma colheita, casta ou origem diferente da que está especificada no rótulo. Carlos Lucas, enólogo e CEO da Empresa Magnum, acredita que fazer um lote para um vinho de entrada de gama pode muitas vezes ser um grande desafio, no sentido em que se torna importante adicionar um elemento vital na equação, ou seja, volume. Não basta apenas ir ao encontro do vinho pretendido, mas é preciso levar em consideração as respectivas quantidades disponíveis e avaliar o que é possível fazer. A exigência de quantidade e consistência que existe no segmento dos vinhos dos primeiros escalões de preço pode tornar o processo de execução de lote desafiante e envolvente.
Para Pedro Correia, enólogo chefe dos vinhos Douro da Symington, fazer lotes para vinhos de entrada de gama significa demonstrar preocupação em manter certo estilo ou perfil pré-determinado da marca, levando em consideração as características do público-alvo. Por outro lado, vinhos premium exigem, além de harmonia, tipicidade e alta qualidade, a capacidade reflectir as características da colheita e do terroir. Como refere Luís Sottomayor, director de enologia da Sogrape no Douro, o lote de um vinho de alta qualidade precisará de componentes com mais amplitude e complexidade e, como tal, vai necessitar uma gama de aromas e sabores mais diversos.

Os desafios do lote

São vários os desafios na hora de fazer um lote, desde limitações de componentes, fatores logísticos, espaço e estabilidade química, dentre outros. Carlos Lucas descreve o lote como a combinação de três factores: inspiração, habilidade técnica e experiência. Todos são cruciais para se obterem vinhos equilibrados e elegantes. Explicado de forma simples, Luís Sottomayor acredita que manter o equilíbrio entre as distintas variedades de uva e, ao mesmo tempo, permitir que as mesmas expressem seus aromas e demonstrem as suas características, são os principais desafios. Na opinião de Pedro Correia o aspecto mais desafiante é tentar encontrar uma combinação perfeita entre os diferentes componentes, de modo que, o resultado seja melhor do que as partes individuais. Além disso, caso haja um perfil organoléptico a manter, o desafio é chegar ao mesmo resultado partindo de um conjunto de componentes diferentes ano após ano. Dependendo do estilo do vinho, existem parâmetros que se tornam mais relevantes na hora de executar o lote. De acordo com Carlos Lucas, a cor é algo importante a considerar independentemente do estilo, mas quando se trata de um vinho tinto é crucial pensar também na estrutura e taninos da mesma forma que quando se trata de um branco, espumante e rosé é importante considerar o perfil aromático e acidez acima de tudo. Fazer um lote para espumantes, para Carlos Lucas, constitui uma arte bastante mais especifica (e, também, especializada). O objectivo é iniciar com uma base neutra e isso requer do enólogo experiência e capacidade de previsão, visto que o vinho ainda deve passar pela segunda fermentação, período de envelhecimento, seguido pelo ‘degorgement’ e adição do ‘licor de expedição’; tudo isso vai alterar o vinho radicalmente antes de ele chegar ao mercado.
Já para Pedro Correia, é importante ter em conta se o vinho tem data de colheita, caso em que o blend deve reflectir as características do ano; ou caso se trate de uma mistura de anos (como acontece num Porto tawny, por exemplo), será fundamental manter inalterado, em cada engarrafamento, o estilo e perfil da marca ou produtor.

Escolha do lote

 

Exercendo controlo

Para assegurar sucesso é importante que o enólogo tenha o objetivo claro antes da fruta chegar na adega e que desde o início esteja no controle do processo. Luís Sottomayor considera mais vantajoso fazer o lote o mais cedo possível para que o vinho já nasça com seus componentes ligados, o que pode acontecer mesmo na cuba onde irá fermentar, salvo algumas excepções, pois acredita que sua harmonia será melhor, mais natural e equilibrada. Pedro Correia prefere manter os componentes separados ou fazer uma junção parcial e acompanhar a evolução do lote por cerca de 12 meses dando tempo para uma melhor consolidação da matriz para então fazer nova avaliação antes de definir o blend final, evitando engarrafar demasiadamente cedo. Carlos Lucas recomenda abstrair-se de uma prova muito técnica e prefere pensar em como agradar o consumidor final. Para Pedro Correia, o segredo é nunca ter pressa, ponderar decisões, dar tempo de modo a não tomar decisões precipitadas. Luís Sottomayor diz que “seguir a intuição” é um dos melhores conselhos que já lhe foi dado.

As mudanças climáticas

Melhor análise de parâmetros enológicos e novas tecnologias laboratoriais tem resultado em vinhos de lote de maior precisão e qualidade. Luís Sottomayor complementa dizendo que a grande evolução que aconteceu nos últimos anos está relacionada com a experiência pessoal que torna os enólogos mais aptos e confiantes no seu trabalho, o que consequentemente gera maior índice de sucesso. Para Pedro Correia o aprofundamento do conhecimento das castas, de como evoluem e a capacidade de integração de cada uma delas tem contribuído significantemente para elaboração de vinhos cada vez melhores e mais profundos. Já Carlos Lucas defende que, actualmente, é possível fazer lotes com mais convicção e com características que permitem ao vinho manter-se na garrafa durante mais tempo.
Entretanto, as mudanças climáticas que estamos observando nos últimos anos vão requerer capacidade de adaptação. Além de mudança no perfil da fruta, devemos esperar, também, colheitas irregulares, e que as castas mais frágeis desapareçam. Carlos Lucas prevê que castas capazes de suportar as ameaças climatéricas, e oferecer rendimento adequado, ganharão muito maior expressão, tanto a nível varietal como em lotes. Isso vai exigir mais investigações das castas autóctones, muitas delas ainda não devidamente estudadas. Os lotes serão dominados por castas mais resistentes ao calor, não tanto por estilo, mas por necessidade. Luís Sottomayor concorda que será imprescindível conhecer melhor as castas, suas características e principalmente como respondem às diferentes condições climatéricas, mas acrescenta que Portugal, devido ao seu terroir tão heterogéneo, terá a possibilidade de misturar uvas oriundas de locais com exposições e altitudes distintas para obter o resultado esperado.

Escolha do lote

Portugal e os lotes do futuro

A arte de fazer vinhos de lote teve origem há seculos desde quando vinhas plantadas com muitas castas, brancas e tintas, serviam como uma garantia contra desastres naturais e calamidades. Crescente investigação, desenvolvimento das técnicas de viticultura e métodos de vinificação modernos proporcionam hoje aos produtores melhor controle e mais precisão na hora de fazer o lote. Os produtores portugueses, grandes mestres na arte de fazer lote, contam com invejável número de castas para demostrar a sua criatividade e gerar vinhos únicos, o que em muitos casos pode significar uma vantagem comercial formidável. Para consumidores que buscam algo diferente e autêntico, é inegável que os vinhos portugueses oferecem excelentes alternativas. No entanto, os desafios impostos pelas mudanças climáticas certamente exigirão adaptações por parte dos produtores para conseguir manter o estilo, qualidade e a consistência dos vinhos no futuro. Para que isso aconteça é crucial investir tempo, energia e recursos agora. É preciso aprimorar ainda mais a compreensão sobre o comportamento das castas para que no futuro os produtores portugueses continuem sendo os mestres da arte do lote.

(Artigo publicado na edição de Novembro de 2023)

 

Chocapalha: Uma família, uma quinta, uma adega

Chocapalha família quinta

A paisagem é convidativa, montes e vales em ligeira ondulação, serras ao fundo, mar não muito longe, terrenos apropriados, vento quanto baste e javalis também por perto. Tudo assim se conjugou para o desenvolvimento de um projecto de família, que assentou arraiais numa quinta em tempos pertença de um inglês e, posteriormente, na posse da […]

A paisagem é convidativa, montes e vales em ligeira ondulação, serras ao fundo, mar não muito longe, terrenos apropriados, vento quanto baste e javalis também por perto. Tudo assim se conjugou para o desenvolvimento de um projecto de família, que assentou arraiais numa quinta em tempos pertença de um inglês e, posteriormente, na posse da família de João Portugal Ramos. Foi em resultado da conjugação feliz de vários factores que a família Tavares da Silva tomou posse da quinta nos finais dos anos 80. E não faltou muito para que Sandra, uma das filhas, já então ligada à enologia, desafiasse o pai para fazer um vinho. Assim começou a história dos vinhos Chocapalha, inicialmente numa adega de garagem (que ainda conheci), e mais tarde apostando numa adega de raiz que comemora agora 10 anos. Motivo mais que suficiente para mostrar o que se tem feito e o que está para vir. À nossa espera estavam os pais de Sandra, Paulo e Alice, a irmã Andrea (economista e directora executiva da casa) bem como toda a equipa da adega e quinta.
Logo no projecto inicial houve castas que marcaram território – Arinto, Castelão e Touriga Nacional, esta última com garfos que se foram buscar ao Dão. O Castelão, dizem-nos agora, “era difícil de vender porque tinha pouca cor. Mas com a mudança do gosto, agora o ter pouca cor é uma vantagem. É incrível como tudo muda tão depressa»”, refere Sandra. A aposta no Arinto revelou-se muito acertada e a área de vinha irá alargar-se. Sandra Tavares da Silva não esconde que «” Arinto é a casta de eleição do meu pai; ele é o verdadeiro guardião das vinhas, às vezes sai de casa fora de horas para ir ver como está tudo”. Com sorte, dizemos nós, ainda se cruza com um javali, dos muitos que há na zona e que se escondem nos arvoredos que proliferam na propriedade. Apontamos para uma parcela vazia, sem nada plantado e indagamos o que se vai plantar ali; a resposta é desconcertante: nada, aquele terreno vai ficar em pousio por 3 ou 4 anos, dizem-nos! Para que conste…

 

Chocapalha família quinta

A Arinto é a casta de eleição de Paulo Tavares da Silva; ele é o verdadeiro guardião das vinhas, às vezes sai de casa fora de horas para ir ver como está tudo.

 

Adega nova, problemas antigos

Foi para comemorar os 10 anos da nova adega que se juntaram na quinta a família e a comunicação social. Passados estes anos, está a acontecer o que era previsível: a adega já não comporta tudo o que é preciso e já se suspira por um espaço que possa albergar mais cubas e mais barricas. Porquê? Porque a filosofia da casa, a saber, conservar os vinhos mais tempo em cave antes de os colocar no mercado, obriga a mais espaço. São as dores do crescimento numa empresa familiar que, de repente, percebeu que já tem 15 referências no portefólio. A quinta produz mais do que comercializa, “ainda vendemos muitas uvas, infelizmente pagas a muito baixo preço”, como Paulo Tavares da Silva (oficial de marinha, convertido em agricultor) nos confidenciou, e a produção actual – situada nas 180.000 garrafas -, poderia alagar-se mais. Mas a ideia de conservar os vinhos em cave por longo tempo acaba por impedir esse crescimento. Para termos uma ideia, somos informados que ainda têm em cave as colheitas de 2019, 20 e 21 engarrafadas e a de 22 em barrica, tudo à espera de um dia ir para o mercado. Internamente são distribuídos pela Decante e só vendem no canal Horeca, com a excepção do Corte Inglès e do Supermercado Apolónia, no Algarve. Exportam boa parte da produção e, no caso do Quinta de Chocapalha tinto, as vendas lá fora atingem mesmo 65% do engarrafado.
A casta Arinto é a menina dos olhos de Paulo Tavares da Silva. Ele é, de resto, o verdadeiro guia do processo, apaixonado pela terra e pela vinha, sempre atento e vigilante. Foi do Centro de Estudos de Nelas que trouxe as primeiras varas de Touriga Nacional que aqui plantaram e que depois alargaram a outras castas, como a Viosinho, Sauvignon Blanc, Chardonnay, Alicante Bouschet e Castelão, por exemplo. Na adega estão a dar cada vez mais uso às barricas usadas e, mesmo comprando apenas 25 a 30 barricas novas por ano, a verdade é que adega das barricas começa a ficar sobrecarregada.

 

A filosofia da casa, a saber, conservar os vinhos mais tempo em cave antes de os colocar no mercado, obriga a mais espaço. São as dores do crescimento numa empresa familiar que, de repente, percebeu que já tem 15 referências no portefólio.

Chocapalha família quinta

Fizemos uma prova alargada dos vinhos da casa e ao almoço provámos apenas vinhos da colheita de 2013, a colheita que, tal como a adega, comemora agora 10 anos de vida. Foi uma prova e tanto, com os vinhos a mostrarem que 10 anos não é tempo demais para eles, com o Arinto a dar cartas, terpénico e num registo que se poderia confundir, tanto com Alvarinho como com Riesling. Parentescos, quem sabe…
Toda a família presente, pais, irmãs e equipa de enologia e viticultura que mantém o projecto bem vivo. Nos vinhos há novas edições de marcas já consagradas, como Vinha Mãe, os Reserva e o CH (Confederação Helvética) que “é um tributo à minha mãe que é suíça”, diz Sandra. Alice Tavares da Silva, nascida no cantão alemão, o tal que fala uma língua que ninguém entende mas, como nos confidenciou “vou várias vezes por ano à Suíça e acabo por falar a minha língua natal”.
Nas novas edições, destaca-se o Arinto Antigo, um branco de curtimenta que tem longa espera antes de ser comercializado e o Guarita, um varietal de Alicante Bouschet, uma casta bem difícil porque, como lembrou Sandra “é preciso muita paciência porque só nos dá uma pequena janela para fazermos a vindima no ponto certo; se deixarmos passar esses dias fica tudo em passa; e só quando a vinha atingiu os 30 anos é que entendemos que as uvas tinham qualidade suficiente para o vinho ser comercializado como varietal”.
Em final de vindima estavam os lagares com pisa mecânica a trabalhar e na adega a azáfama era a habitual – mangueiras por um lado, água em abundância para tudo lavar, bombas a trasfegar e aquele cheiro característico das adegas onde fermentam as uvas. Tudo normal, portanto…

(Artigo publicado na edição de Novembro de 2023)

The Macallan revela colaboração inovadora com Stella e Mary McCartney

The Macallan colaboração

The Macallan anunciou uma colaboração com Stella e Mary McCartney. Unidos pela curiosidade, respeito e admiração pela natureza, a fotografa e a estilista uniram-se à marca de Whisky Escocês para a co-criação de uma linha de artigos de decoração e da terceira edição da The Harmony Collection – um lançamento anual de edição limitada que […]

The Macallan anunciou uma colaboração com Stella e Mary McCartney. Unidos pela curiosidade, respeito e admiração pela natureza, a fotografa e a estilista uniram-se à marca de Whisky Escocês para a co-criação de uma linha de artigos de decoração e da terceira edição da The Harmony Collection – um lançamento anual de edição limitada que tem como génese o tema da sustentabilidade. The Macallan Harmony Collection Amber Meadow, a terceira edição desta trilogia, tem um sabor inspirado no amor das irmãs McCartney pela Escócia e o objectivo comum por um mundo mais sustentável.

A Collection for The Macallan by Stella and Mary McCartney, apresenta uma colecção de edição limitada de onze peças de lifestyle concebidas pelas irmãs e habilmente realizadas por mestres artesão. O amor das irmãs McCartney pela Escócia já é antigo, significando um lugar de conforto e nostalgia, um regresso a casa. O trabalho em parceria com The Macallan é inspirado pelas memórias da sua casa escocesa na costa ocidental e do tempo passado em The Macallan Estate, transportando os amantes de Whisky para a beleza natural da Escócia. As suas criações são inspiradas nas florestas, no mar e na beleza e força do rio Spey. Esta colaboração celebra os valores partilhados por The Macallan e The McCartney, com o amor e o respeito pela natureza em primeiro plano.

Para assinalar esta profunda ligação com a terra, as caixas de transporte e os rótulos das garrafas desta edição limitada, foram feitos a partir dos restos dos prados ceifados na Escócia, destacando a reutilização de materiais naturais para criar beleza a partir de recursos em fim de vida. Para adornar as caixas de transporte, fotografias de The Macallan Estate, captadas por Mary McCartney, encontram-se nas laterais das mesmas.

The Macallan colaboração

A Colecção é inspirada na natureza: os tons verdes representam a The Macallan Estate, os tons âmbar foram inspirados na cor natural do whisky, e a cor vermelha, que é sinónimo de The Macallan, honra o profundo respeito da marca pela tradição e pelo artesanato.

The Macallan Harmony Collection Amber Meadow tem um PVP de 199,99€ e está à venda em garrafeiras especializadas em Portugal continental, como também em restaurantes de fine dinning seleccionados.

 

Joana Santiago, proprietária e enóloga da Quinta de Santiago, é a nova presidente de Direcção da Associação de Produtores de Alvarinho de Monção e Melgaço (APA).

Ao ser eleita, Joana Santiago assume a presidência da Associação de Produtores de Alvarinho de Monção e Melgaço juntamente com os vice-presidentes Sara Covas e Paulo Cerdeira. Segundo a comunicação da associação, a produtora “partilha uma visão comum aos dois ex-presidentes Anselmo Mendes e Miguel Queimado, que se associam a esta nova direção, respectivamente, encabeçando a presidência do Conselho Fiscal e presidência da Assembleia Geral”.

Pelos dados da APA, em 2023 e até ao final do mês de Outubro, a sub-região de Monção e Melgaço produziu cerca de 6.430.000 litros de vinho certificado como “Monção e Melgaço”, representando mais de 70% do vinho certificado na Região dos Vinhos Verdes com Indicação de Sub-Região. Neste sentido, Joana Santiago comenta que, para si, é claro “o valor, reconhecimento e importância que o território reveste para os produtores de Monção e Melgaço, os quais privilegiam e fazem questão da aposição do nome do seu território nos vinhos produzidos e comercializados”.

A sub-região tem, desde 2017, um selo de certificação exclusivo “Monção e Melgaço”, que sublinha “a afirmação do território, da autenticidade, origem e qualidade dos seus vinhos”, lembra a Associação de Produtores de Alvarinho de Monção e Melgaço. “Este selo afirma um segmento de maior valorização na Região Demarcada dos Vinhos Verdes e assegura um posicionamento Premium nos mercados externos”, adianta a APA.

Curso de introdução ao Master of Wine chega a Portugal em Fevereiro

Curso Master of Wine

Numa parceria com a Martins Wine Advisor, chega em Fevereiro de 2024, a Vila Nova de Gaia, o curso introdutório do The Institute of Masters of Wine (IMW), que permitirá aos profissionais do vinho iniciarem o percurso para se tornarem Master of Wine, prometendo dar a conhecer as competências de escrita e de prova necessárias. […]

Numa parceria com a Martins Wine Advisor, chega em Fevereiro de 2024, a Vila Nova de Gaia, o curso introdutório do The Institute of Masters of Wine (IMW), que permitirá aos profissionais do vinho iniciarem o percurso para se tornarem Master of Wine, prometendo dar a conhecer as competências de escrita e de prova necessárias.

Com apenas 25 vagas disponíveis, este programa de estudos introdutório terá lugar no The Lodge Hotel, nos dias 26 e 27 de Fevereiro, e terá um custo total de €750, incluindo os almoços dos dois dias e o jantar do dia 26.

Tiago Macena, aluno português do Master of Wine, comenta que “a oportunidade de estar com o IMW em Portugal, nesta masterclass, será um momento de aprendizagem fantástico. A prova de vinhos neste ambiente vai revelar o foco e o objectivo de cada momento com o copo. Vamos aprender na prática e perceber o porquê de cada observação, bem como o nível de pormenor comprovado. Se não sabemos, não podemos ter uma opinião. Será certamente a pedra basilar do início de um percurso com o IMW”.

O título de Master of Wine é atribuído pelo The Institute of Masters of Wine desde 1953 e representa um dos maiores reconhecimentos na indústria do vinho. Actualmente, existem 413 Masters of Wine, localizados em 31 países.

Adega de São Mamede da Ventosa assinala 65 anos com novo topo de gama

Adega São Mamede Ventosa

A Adega de São Mamede da Ventosa apresentou ontem, durante um jantar que decorreu no 138 Liberdade Hotel, em Lisboa, o seu Grande Reserva tinto de 2019. O novo topo de gama, produzido com uvas selecionadas das castas Touriga Nacional, Syrah e Caladoc, foi criado para comemorar os 65 anos desta adega da região de […]

A Adega de São Mamede da Ventosa apresentou ontem, durante um jantar que decorreu no 138 Liberdade Hotel, em Lisboa, o seu Grande Reserva tinto de 2019.

O novo topo de gama, produzido com uvas selecionadas das castas Touriga Nacional, Syrah e Caladoc, foi criado para comemorar os 65 anos desta adega da região de Lisboa, a maior cooperativa vitivinícola de Portugal, que transformou, este ano, 28 milhões de quilos de uva.

Leia o lançamento completo numa das próximas edições da revista Grandes Escolhas.

Vinhos da WineStone serão distribuídos pela José Maria da Fonseca Distribuição

WineStone José Maria Fonseca

A WineStone, empresa do Grupo José de Mello dedicada ao sector dos vinhos, confiou a distribuição nacional das novas marcas do seu portefólio — Quinta do Côtto (Douro) e Paço de Teixeiró (Vinhos Verdes) — à José Maria da Fonseca Distribuição, empresa que já assegurava a comercialização dos vinhos da Ravasqueira (Alentejo). “Com o objectivo […]

A WineStone, empresa do Grupo José de Mello dedicada ao sector dos vinhos, confiou a distribuição nacional das novas marcas do seu portefólio — Quinta do Côtto (Douro) e Paço de Teixeiró (Vinhos Verdes) — à José Maria da Fonseca Distribuição, empresa que já assegurava a comercialização dos vinhos da Ravasqueira (Alentejo).

Com o objectivo de relançar duas marcas clássicas portuguesas, a WineStone decidiu apostar na consolidação com a José Maria da Fonseca Distribuição. Parceiros que nos têm dado provas de consistência e capacidade de valorização das marcas que trabalham. Estamos confiantes que as marcas Quinta do Côtto e Paço de Teixeiró estão prontas para um novo ciclo com grande ambição, que começa já em Janeiro.”, refere Pedro Pereira Gonçalves, CEO da WineStone. “A nossa ambição de crescimento só pode ser concretizada se tivermos connosco parceiros com o mesmo foco, comprometidos em criar valor, gerar notoriedade e potenciar o prestígio dos nossos vinhos no mercado nacional”, sublinha.

Paulo Costa, director geral da José Maria da Fonseca Distribuição, afirma: “A renovação e reforço da nossa parceria são prova do trabalho efectuado desde 2018 com a Ravasqueira, e agregam valor à nossa oferta comercial com vinhos de inegável reputação e excelente qualidade, que complementam estrategicamente o nosso portefólio”.
A José Maria da Fonseca Distribuição, criada em 2015, assegura a comercialização em território nacional de vinhos de produtores de referência como José Maria da Fonseca, Lima&Smith ou Quinta da Lagoalva, para além da Ravasqueira. Ao portefólio, juntam-se ainda os Champagnes Henriot e a cachaça Ypioca.