Caves São Domingos levam evento “Espumante na Cidade” a Anadia

Após terem levado a Coimbra quase uma centena de apreciadores de espumante — entre convidados do sector da restauração, sommeliers, jornalistas e clientes — as Caves São Domingos preparam, para o dia 26 de Agosto de 2022, em Anadia, a 2ª edição do “Espumante na Cidade”, evento itinerante que tem o objectivo de levar os […]
Após terem levado a Coimbra quase uma centena de apreciadores de espumante — entre convidados do sector da restauração, sommeliers, jornalistas e clientes — as Caves São Domingos preparam, para o dia 26 de Agosto de 2022, em Anadia, a 2ª edição do “Espumante na Cidade”, evento itinerante que tem o objectivo de levar os espumantes desta casa às cidades portuguesas.
O local escolhido para esta acção de promoção e divulgação dos espumantes, da empresa de Ferreiros fundada em 1937, foi a recém-inaugurada Espumanteria do Parque, situada no novo Parque da Cidade, um espaço de arquitectura moderna, ladeado por um imenso jardim e que tem como atracção uma fonte “geiser”, evocando a abertura de uma garrafa de espumante. A Espumanteria do Parque, focando-se no espumante da Bairrada, privilegia uma cozinha distinta da tradicional na região, oferecendo a frescura do sushi, ostras, petiscos diversos e carnes maturadas premium.
Em prova neste Espumante na Cidade — naquela que é conhecida como a “capital do espumante” — estarão todas as referências das Caves São Domingos, num total de 14 espumantes, destacando-se os mais recentes lançamentos: o São Domingos Baga Bairrada Grande Reserva 2015, espumante com mais de 60 meses de estágio; e o espumante galardoado com Grande Medalha de Ouro no Concours Mondial de Bruxelles, no passado mês de Junho, o Quinta de S. Lourenço 2011, lote de Baga, Arinto e Maria Gomes, um dos mais exclusivos espumantes produzidos por esta casa.
O evento, que marcará o início das vindimas, realizar-se-á no período entre as 16 horas e as 21 horas, estando disponível ao público mediante o valor de prova de €20.
Quinta das Bágeiras Garrafeira: Um branco à frente do seu tempo

Nasceu em 2001 quando, em Portugal, ainda não se dava valor a brancos complexos e de guarda. Era, antes de existir, o branco que Mário Sérgio Nuno queria produzir, mas ainda não tinha. Hoje, 19 edições depois, é provavelmente o branco que todos queriam ter. Texto: Mariana Lopes Fotos: Anabela Trindade No início dos anos […]
Nasceu em 2001 quando, em Portugal, ainda não se dava valor a brancos complexos e de guarda. Era, antes de existir, o branco que Mário Sérgio Nuno queria produzir, mas ainda não tinha. Hoje, 19 edições depois, é provavelmente o branco que todos queriam ter.
Texto: Mariana Lopes
Fotos: Anabela Trindade
No início dos anos 2000, numa feira de vinhos em Lisboa, Mário Sérgio Nuno apresentou um branco, a medo, a David Lopes Ramos. Nesse mesmo evento, o jornalista e crítico de vinhos e gastronomia, orientou uma prova comentada de vinho com queijos e, igual a si próprio, fez algo que na altura era tudo menos convencional: deu a provar, mesmo no final da sessão e a uma sala cheia, um branco com queijo Nisa. Era o Quinta das Bágeiras Garrafeira branco 2001, a primeiríssima colheita. O produtor tinha estado durante toda a prova, no fundo da sala “à espera de levar porrada”, como o próprio diz, pois “não era um vinho compreendido pelas pessoas”. Mas todos os presentes adoraram. Era uma vez um branco proscrito e oprimido, 22 anos depois considerado com um dos melhores de Portugal.
Mário Sérgio Alves Nuno criou o projecto da Quinta das Bágeiras em 1989, pegando em todo o know-how aprendido com a sua família, que até então produzia vinho a granel para as caves da região. Juntando vinhas do seu avô paterno com outras do avô materno, perfazendo 12 hectares, fundou nesse ano, segundo o bairradino, a primeira empresa vinícola da Bairrada em mais de duas décadas.
“Bágeiras” era a vinha para onde o avô de Mário Sérgio, Fausto Nuno, costumava ir todos os dias trabalhar, montado na sua bicicleta “pasteleira”, hoje em exposição na adega que fica na aldeia da Fogueira, concelho de Anadia. “Lá vai o Fausto para a sua Quinta das Bágeiras”, dizia o povo, sem saber que viria, um dia, a dar o nome a um dos mais promissores produtores de vinho portugueses, no top da região da Bairrada.
Até hoje sempre com o apoio — na vinha, na adega e na vida — do seu pai Abel e mãe Maria do Céu, Mário Sérgio tem agora também ao seu lado o filho Frederico Nuno, de 25 anos, licenciado em Enologia pela Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro e com estágio em empresas de diferentes tamanhos e conceitos, como Lusovini, Susana Esteban, Sogrape, Anselmo Mendes ou Barão de Vilar. Também ele aprendeu muito com o pai e os avós enquanto cresceu, lições preciosas dadas diariamente no campo e na adega. Muito chegado à sua família e à sua terra, é no meio destas — e das galinhas, gansos e faisões que cria junto à adega — que Frederico se sente bem e prospera. Há vários anos que vai, todos os dias, tomar o pequeno-almoço a casa dos avós paternos, também ali ao lado e, sempre que pode, amassa o pão que a avó coze no forno de lenha, mostrando que há, de facto, uma geração que volta a ter amor pelas coisas da aldeia e da agricultura. E já não era sem tempo.

Um branco “como o avô fazia”
Antes de 2001, Mario Sérgio apenas fazia um vinho branco em inox, que considerava bom, mas que não lhe dava pica. Ainda não tinha um branco que lhe enchesse verdadeiramente as medidas, ao seu gosto, mais complexo e ambicioso. Entre desabafos, Rui Moura Alves, à data enólogo consultor da Quinta das Bágeiras — e figura muito importante para esta casa, sobretudo no início — chegou com a resposta: “fazemos um branco como o teu avô fazia, no tonel, e deixamo-lo mais tempo nas borras, o necessário até o vinho se mostrar pronto e estabilizar por ele próprio”.
O Garrafeira branco é um lote de Bical e Maria Gomes, de várias vinhas velhas, algumas centenárias, em solo argilo-calcário. A maioria são parcelas de castas tintas plantadas em “field blend” (misturadas na vinha), como ditou o encepamento dos anos 60 e 70 na região, com as brancas pelo meio, a forma que se arranjou na altura para conferir mais álcool e estrutura aos vinhos tintos.
Faz decantação por precipitação natural durante um dia ou um dia e meio, sensivelmente. De seguida, fermenta e estagia precisamente num tonel antigo já com centenas de usos — sempre o mesmo, o número 21, com 2500 litros de capacidade — de Setembro até Julho ou Agosto do ano seguinte, conforme a prontidão que o vinho mostra. “Com uma mangueira, tiramos o vinho do tonel para uma selha, daí para o inox e deste para as garrafas [cerca de 3 mil], onde fica um ano antes de sair para o mercado”, explica Mário Sérgio Nuno. “Fica sempre uma pequena quantidade no fundo do tonel, cerca de 50 litros, que utilizamos na produção de vinagre ou para atestos. O vinho é feito da mesma maneira desde a primeira colheita, só varia o ano”, desenvolve.
Quando as duas primeiras colheitas foram lançadas, o Garrafeira branco não tinha grande aceitação no mercado, e Mário Sérgio chegou a pensar que só ele é que gostava do vinho… ao ponto de decidir não produzir a colheita de 2003, a única que falta nesta prova vertical, por esse motivo. “A Câmara de Provadores da Bairrada tinha, inclusive, chumbado o 2002, e só à terceira é que o passou”, confessa Mário Sérgio. Mas, depois do sucesso da prova do David Lopes Ramos e ao ver a reacção positiva do público, o produtor resolveu apostar nele, sem interrupções, desde a colheita de 2004 até hoje. Agora lança a de 2020, a 19ª edição. Assim, David acabou por ser, depois do incentivo inicial de Rui Moura Alves, o grande encorajador do Quinta das Bágeiras Garrafeira branco. “Devo a existência deste vinho ao David Lopes Ramos, por me encorajar a continuar a fazê-lo”, afirma. Mário Sérgio bem disse, bastantes anos mais tarde nos Prémios Grandes Escolhas de 2018, no discurso após ter recebido o Troféu Singularidade, que “o verdadeiro segredo deste negócio é a teimosia, eu sou muito teimoso naquilo que faço”. E o Garrafeira branco foi também muito isso.
A Bairrada e os seus brancos
Há várias condições edafoclimáticas na Bairrada que fazem dela uma excelente região para produzir grandes vinhos brancos, apesar de ser bem mais conhecida, e valorizada, pelos tintos de Baga. “A minha ideia da Bairrada é que é uma região que pode produzir excelentes brancos e, além disso, é mais fácil fazer todos os anos um grande branco do que um grande tinto. A influência marítima, a acidez das uvas sempre altíssima, os solos argilo-calcários… tudo isto é ideal para os brancos na região”, explica Mário Sérgio.
O clima da Bairrada é atlântico temperado, com Invernos frios e chuvosos e Verões moderadamente quentes, pois são suavizados pelos ventos vindos do mar e pelas grandes amplitudes térmicas, sendo muito frequentes as noites frescas. É uma região sem barreiras orográficas a Oeste, o que facilita a referida influência marítima.
“Quando eu comecei no vinho, havia uma coisa que se dizia muito, que era ‘bebe-se branco quando não há tinto’. Os brancos sofreram muito, ao longo dos anos, deste preconceito. É uma questão cultural, o país, de modo geral, ainda dá mais importância aos vinhos tintos. Uma das razões por que, logo nos encepamentos iniciais, se plantaram mais castas tintas do que brancas. Eu, por exemplo, tenho vinhos brancos mais caros do que os tintos”, elucida o fundador da Quinta das Bágeiras.
“Há um nicho de consumidores para os brancos ambiciosos, sobretudo nestas quantidades mais baixas, que deve ser aproveitado”, continua. Em boa verdade, a Bairrada é uma região de minifúndio, de parcelas dispersas, com uma dimensão média de vinha que chega apenas no meio hectare. “O Garrafeira branco 2021 só venderemos em 2023, mas idealmente até seria só lançado em 2025. É nos brancos de guarda, para lançar mais tarde, ambiciosos e complexos que a Bairrada deve apostar”. E conclui: “Não temos dimensão para grande volume, e fazer brancos ‘fresquinhos e do ano’, embora perfeitamente legítimos, não é o futuro da região…”.
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Notas de Prova da Vertical:
18 B
Quinta das Bágeiras Garrafeira branco 2019
Apenas num ano de colheita de diferença, ganhou nuances de orvalho matinal, sílex, leve raspa de toranja e toque de pólvora. Muito envolvente, sem nunca perder o nervo inicial, está ainda super novo e pujante. O grau nem se acusa, dada a elevada frescura natural. (15,5%)
18 C
Quinta das Bágeiras Garrafeira branco 2018
Aqui, além da cremosidade e do querosene e pólvora expectáveis, tem já especiarias, como pimenta branca e açafrão, uma componente vegetal e sugestão de casca de laranja. Na boca mantém a acidez no topo e sobretudo uma enorme secura final, característica de quase todos os Bágeiras Garrafeira branco. (14%)
17,5 B
Quinta das Bágeiras Garrafeira branco 2017
Floral, grafite, limão maduro, ligeiramente menos preciso e mais difuso nos aromas. Na boca, apesar de não dar o estalo de acidez que os outros dão, tem enorme frescura e cremosidade, delicadeza num conjunto muito bonito. (14,5%)
17,5 B
Quinta das Bágeiras Garrafeira branco 2016
Bem delicado no aroma floral q.b., infusões tipo camomila e erva-príncipe, toranja madura. Na boca volta ao registo de óptima frescura ácida e precisão, nervo e juventude. Fica na boca e termina salino. (14%)
17,5 B
Quinta das Bágeiras Garrafeira branco 2015
Muito expressivo e a atacar na pedra raspada e no querosene, bastante pólvora e sugestão calcária, pimenta branca. Na boca traz uma percepção de acidez um pouco mais baixa do que os outros, mas é elegante e delicado. (14%)
17 A
Quinta das Bágeiras Garrafeira branco 2014
Floral e com fundo vegetal no nariz contido, com levíssima sugestão de pvc que lhe dá piada. Mais directo na boca e com menos corpo do que os anteriores, e ligeiramente mais diluído no conjunto. Provavelmente resultado das adversidades do ano 2014, que foi bastante chuvoso no momento em que não devia. (13,5%)
17,5 B
Quinta das Bágeiras Garrafeira branco 2013
Este vai na direcção do exotismo, com bastante especiaria, casca de laranja, lima e sugestão de cardamomo. Na boca está bem vivo e harmonioso. (13,5%)
19 B
Quinta das Bágeiras Garrafeira branco 2012
Pólvora, pederneira, muita flor e fruta, como nêspera e alperce, pimenta branca e leve caril de fundo, num nariz sublime. A untuosidade é impressionante, num conjunto de pendor vegetal, precisão superlativa e persistência quase infinita. O melhor da “nova geração” do Garrafeira branco. (14%)
18,5 B
Quinta das Bágeiras Garrafeira branco 2011
Aqui parece que o vinho chegou à maturidade, qual adulto consciente e sereno na vida. Consolidado, bastante complexo e profundo no aroma, sério, com tudo no sítio. Na boca tem grande volume, estrutura fenomenal, tudo em harmonia, super longo, com imenso carácter e presença. Prima pelo perfil de tensão, secura e untuosidade óptimas. (14%)
18,5 B
Quinta das Bágeiras Garrafeira branco 2010
Bastante flor do campo, ervas aromáticas, limão e pedra molhada no nariz muito bonito. Na boca é impactante porque parece um dos novos, com acidez no topo, imenso nervo e estrutura, sempre com cremosidade presente mas q.b. Impressionante também pelo equilíbrio e harmonia, sabor, secura e suculência. (13,5%)
18,5 B
Quinta das Bágeiras Garrafeira branco 2009
Enorme complexidade de nariz, envolvência e mistério. Na boca explode em corpo e estrutura, altamente sumarento na fruta cítrica e branca, tenso, consolidado, com muita classe. Espectacular. (14,5%)
18,5 B
Quinta das Bágeiras Garrafeira branco 2008
Querosene, grafite, pedra molhada, fruta de caroço madura, pimenta branca e folha de louro, no nariz complexo, para não variar. Com elevadíssima secura e elegância, e também nervo, é nele óbvia a longevidade em garrafa. (13,5%)
19,5 B
Quinta das Bágeiras Garrafeira branco 2007
Enormíssima complexidade no aroma expressivo de sílex, pedra molhada, pimenta branca, grafite, pederneira… Na boca é todo impressionante pela gigante frescura, equilíbrio em todos os pontos, vivacidade, firmeza, enorme amplitude, crocância e prolongamento. A suavidade é de luxo e o vinho poderoso em simultâneo, um branco que não acaba, de classe mundial. (14%)
18,5 B
Quinta das Bágeiras Garrafeira branco 2006
Muito mineral nas notas de sílex e querosene, flores brancas e sugestão de zest. Óptima cremosidade e estrutura ácida, super amplo e largo no palato, salino no final longo e nervoso. (14%)
18,5 B
Quinta das Bágeiras Garrafeira branco 2005
Nariz com imenso querosene, pólvora, sugestão aborrachada no fundo, também casca de tangerina. Altamente equilibrado, com acidez cítrica gigante, mostrando o perfil mais cítrico de todos. Enorme te(n)são. (14%)
19,5 B
Quinta das Bágeiras Garrafeira branco 2004
Chegamos mais uma vez ao topo dos Garrafeira branco. Este apresenta fruta cítrica cristalizada, pederneira, flores do campo, infusão de camomila, no nariz complexo e profundo. Na boca tem tensão enorme, é intenso nos sabores e tem salinidade no ponto, a deixar as glândulas salivares a pulsar de prazer. Espectacular, quase coage ao próximo copo, envolvente e muito, muito puro no conjunto. Não queremos sair dele, é monumental. (13%)
19 B
Quinta das Bágeiras Garrafeira branco 2002
Aqui as flores do campo juntam-se ao mel fumado e à madeira antiga, também amêndoa torrada. Enorme classe e mineralidade, fumo finíssimo no nariz e na boca, imenso sabor e suculência, super largo, fica para sempre na boca, acidez enorme e equilibradíssima com a untuosidade sedutora. Grande branco. (13,5%)
20 B
Quinta das Bágeiras Garrafeira branco 2001
Acabamos em grande, parece de propósito, mas não é. Extremamente sério e complexo no nariz mineral, sensual, sem exuberâncias histriónicas, mas com um certo “quê” que adivinha grandiosidade. Na boca envolve-nos numa dança de precisão, finesse e classe, fantástica personalidade e carácter, presença imponente, ainda muito vivo e para durar. Não se podem escrever as coisas que apetece fazer com este vinho. Estrondoso e a mostrar, pela sua juventude, que o Garrafeira branco é quase eterno. (13,5%)
(Artigo publicado na edição de Julho 2022)
75 anos de Rei

Texto: Luís Lopes 15 de Maio é data de aniversário no Rei dos Leitões, já que terá sido nesse mesmo dia, em 1947, que o primeiro leitão ali assado mudou o destino de uma humilde taberna da Mealhada. O resto é história, feita de muitas estórias que contam o percurso de um dos mais notáveis […]
Texto: Luís Lopes
15 de Maio é data de aniversário no Rei dos Leitões, já que terá sido nesse mesmo dia, em 1947, que o primeiro leitão ali assado mudou o destino de uma humilde taberna da Mealhada. O resto é história, feita de muitas estórias que contam o percurso de um dos mais notáveis restaurantes de Portugal. O Rei comemorou ontem 75 anos de idade e está mais jovem do que nunca.

A revolução encetada por Licínia Ferreira e Paulo Rodrigues a partir de 2011, alterando e desenvolvendo todo o conceito deste restaurante, nunca está dada por terminada. Há sempre algo para mudar, processos para afinar na cozinha, na decoração, na sala, no serviço, na origem do produto, no modelo de negócio. Talvez por isso, o Rei dos Leitões continua a estar, intocável, no “top of mind” dos apreciadores da boa mesa, como referência de primeira grandeza.
Na celebração do 75º aniversário, Licínia e Paulo terão certamente recebido muitas prendas. Acredito, porém, que as incontáveis estrelas que clientes e amigos sobre eles despejam em cada visita, serão sempre a prenda mais festejada.
Casa do Canto lança 3 Barricas, um Arinto de edição limitada

A Casa do Canto — fundada em 1860, na região da Bairrada — acaba de apresentar o branco 3 Barricas Garrafeira Particular Arinto 2018. Este é um vinho de edição super-limitada, de 800 garrafas, cujas uvas têm origem na Vinha da Espertina, a parcela mais emblemática da casa. Em simultâneo, o produtor lança também as […]
A Casa do Canto — fundada em 1860, na região da Bairrada — acaba de apresentar o branco 3 Barricas Garrafeira Particular Arinto 2018. Este é um vinho de edição super-limitada, de 800 garrafas, cujas uvas têm origem na Vinha da Espertina, a parcela mais emblemática da casa. Em simultâneo, o produtor lança também as novas edições dos Casa do Canto Grande Reserva tinto 2016, um blend de Baga (80%) e Touriga Nacional, e Grande Reserva Branco 2017, de Arinto (80%) e Bical.

“A Casa assenta na convicção que a Bairrada é uma região particularmente apta a criar, em todas as colheitas, grandes vinhos brancos. Foi com base nessa premissa que desafiou a equipa de enologia liderada por Pedro Andrade a criar um branco de antologia, que exprimisse a potencialidade das uvas da Vinha da Espertina, a jóia da coroa dos cerca de 40 hectares de vinhas que a Casa do Canto possui”, justifica o produtor bairradino.
O Casa do Canto 3 Barricas Garrafeira Particular Arinto 2018 — que tem um p.v.p. de €65 e cuja imagem é da autoria da M&A Creative Agency — fez maceração pelicular pré-fermentativa e estagiou 12 meses em barricas de carvalho francês, das quais, no final deste estágio, se escolheram em prova cega as 3 melhores barricas, antes do novo estágio em garrafa, de pelo menos 12 meses.
Aqui Na Bairrada 2022 terá provas de vinhos raros e baptismo de balão

O evento Aqui Na Bairrada 2022 — organizado pela Comissão Vitivinícola da Bairrada, com a Rota da Bairrada e o Município de Anadia — vai ter lugar no fim-de-semana de 7 e 8 de Maio, no Pavilhão de Desportos de Anadia, e agora apresenta novidades para a edição deste ano. O Aqui na Bairrada é […]
O evento Aqui Na Bairrada 2022 — organizado pela Comissão Vitivinícola da Bairrada, com a Rota da Bairrada e o Município de Anadia — vai ter lugar no fim-de-semana de 7 e 8 de Maio, no Pavilhão de Desportos de Anadia, e agora apresenta novidades para a edição deste ano.
O Aqui na Bairrada é a maior mostra de vinhos e sabores da região. Desta vez, conta com 35 produtores de vinho e 12 espaços dedicados às iguarias regionais, das salgadas às doces. Há também um espaço com mesas, mas a maioria dos produtos pode ser adquirida e levada para casa. À semelhança da edição anterior, haverá um espaço dedicado aos mais novos, onde estes poderão vestir a “pele” de exploradores da Bairrada. O acesso ao evento e ao espaço infantil é livre, sendo que os adultos que quiserem provar vinhos têm que adquirir o copo oficial do evento, no valor de €3.
Uma das grandes novidades deste ano é o Bairrada em Privado, espaço nobre do Aqui na Bairrada 2022, onde os enófilos vão ter o privilégio de provar vinhos raros. Com hora marcada, sommelier de serviço e por apenas €15, os visitantes podem degustar três vinhos em ambiente intimista, para uma prova focada, com duração de 15 a 20 minutos. A cada dia, vão estar disponíveis nove vinhos, distribuídos por três horários e duas rondas. A inscrição é obrigatória e feita na recepção do evento, até uma hora antes de cada prova.
Em paralelo, e com lugar no Museu do Vinho Bairrada, paredes-meias com as instalações da Comissão Vitivinícola da Bairrada, a organização do Aqui na Bairrada vai promover duas Provas Comentadas. Sob o mote “10 Anos, 10 Vinhos”, uma de brancos e espumantes (no dia 7, às 17h30) e outra de rosados e tintos (dia 8), estes dois momentos assinalam o 10º aniversário da actual direção da CVB, desde então liderada por Pedro Soares. Caberá ao crítico de vinhos, e director editorial da Grandes Escolhas, Luís Ramos Lopes, fazer uma retrospetiva vínica e uma pequena resenha histórica. Cada prova custa €25 e a compra do acesso é feita no evento, até uma hora antes do seu início. Vai haver transporte do Pavilhão de Desportos para o Museu e vice-versa, mediante inscrição (gratuita) e disponibilidade.
Outra novidade é o Baptismo de Balão, que vai estar instalado na parte exterior do edifício para deleite do mais pequenos e dos adultos, entre as 18h00 e as 21h00. A inscrição é feita no local, e está sujeita a disponibilidade. Custa €2 por adulto, e é grátis para crianças até aos 12 anos.
O programa completo do Aqui Na Bairrada 2022:
AQUI NA BAIRRADA – Beber e Saborear – 2022
Local: Pavilhão de Desportos de Anadia, em Montouro, 3780-243 Anadia
Datas e Horários: 7 e 8 de Maio de 2022, das 15h00 às 21h00
Entrada: Livre
Copo Oficial: €3
Programa (igual ao Sábado e Domingo):
15h00 – Abertura
Mostra de vinhos e sabores da região (até às 21h00)
Espaço infantil (até às 21h00)
16h00 – Bairrada em Privado – Prova de Vinhos Raros – Seleção A
16h30 – Bairrada em Privado – Prova de Vinhos Raros – Seleção B
17h30 – Bairrada em Privado – Prova de Vinhos Raros – Seleção C
17h30 – Prova Comentada ‘10 Anos, 10 Vinhos: Espumantes e Brancos’ (Sábado)
Prova Comentada ‘10 Anos, 10 Vinhos: Rosados e Tintos’ (Domingo)
Estas provas acontecem no Museu do Vinho Bairrada
18h00 – Batismos de balão, na zona exterior do Pavilhão (até às 21h00)
18h30 – Bairrada em Privado – Prova de Vinhos Raros – Seleção A
19h00 – Bairrada em Privado – Prova de Vinhos Raros – Seleção B
19h30 – Bairrada em Privado – Prova de Vinhos Raros – Seleção C
21h00 – Encerramento
Bacalhôa celebra 100 anos

Ao longo do ano de 2022, a Bacalhôa Vinhos de Portugal irá realizar um conjunto de iniciativas direccionadas a profissionais e consumidores, celebrando o 100 º aniversário daquela que é uma das maiores e mais dinâmicas empresas do sector do vinho em Portugal. A história da Bacalhôa Vinhos de Portugal iniciou-se em 1922, com a […]
Ao longo do ano de 2022, a Bacalhôa Vinhos de Portugal irá realizar um conjunto de iniciativas direccionadas a profissionais e consumidores, celebrando o 100 º aniversário daquela que é uma das maiores e mais dinâmicas empresas do sector do vinho em Portugal.
A história da Bacalhôa Vinhos de Portugal iniciou-se em 1922, com a fundação da firma João Pires & Filhos, empresa vocacionada para a comercialização a granel de vinhos por si produzidos a partir de uvas compradas na Península de Setúbal.
No final dos anos 70, a empresa deu início a uma nova fase da sua história, marcada pela aposta na vinha e nas marcas próprias e, sobretudo, pelo extraordinário dinamismo e pioneirismo, com a produção de vinhos assentes em conceitos, perfis e técnicas nunca antes experimentados no nosso país. Assim nasceram marcas de grande singularidade e notoriedade, como Quinta da Bacalhôa, Catarina, Cova da Ursa Chardonnay ou JP, entre muitas outras.
Um novo ciclo de crescimento e consolidação teve lugar a partir de 1998, com a compra da empresa por parte da família Berardo e, nos anos seguintes, a aquisição das emblemáticas Quinta da Bacalhôa, em Azeitão, Quinta do Carmo, em Estremoz, e Aliança, em Sangalhos, integradas depois no grupo Bacalhôa-Vinhos de Portugal, assim designado a partir de 2005.

Este ciclo ficou igualmente marcado por uma aposta no enoturismo. O Bacalhôa Buddha Eden, no Bombarral, o Aliança Underground Museum, em Sangalhos, o Palácio da Bacalhôa e a Adega Museu, em Azeitão, a Quinta do Carmo e o Museu Berardo Estremoz, nesta cidade alentejana, são referências nesta área.
Segundo comunicado da empresa, no ano em que celebra o seu centenário e inicia um novo ciclo, “o principal desafio é a implementação e consolidação do Projecto de Produção Sustentável iniciado em 2020. Acreditamos firmemente na enorme mais-valia da sustentabilidade, de forma transversal à nossa actividade.”
Não faltam, sem dúvida, motivos para comemorar 100 anos de uma vida empresarial associada a uma história feita de pioneirismo, criatividade e sucesso comercial. A Bacalhôa-Vinhos de Portugal anunciou que, ao longo de 2022, irá “celebrar o seu centenário com profissionais e apreciadores, através de diversos eventos e iniciativas, onde a cultura, a arte, a paixão e o vinho terão sempre lugar de destaque”.
Caves São João adquiridas por novos sócios

No passado mês de Fevereiro de 2022, a Caves São João – Sociedade dos Vinhos Irmãos Unidos, Lda — uma das mais antigas empresas da Bairrada, e a casa de espumantes mais antiga ainda em actividade, da região — foi adquirida por novos sócios: Fernando Sapinho, Nuno Ramos, Mário Mateus, Mário Vigário, Enrique Castiblanco e […]
No passado mês de Fevereiro de 2022, a Caves São João – Sociedade dos Vinhos Irmãos Unidos, Lda — uma das mais antigas empresas da Bairrada, e a casa de espumantes mais antiga ainda em actividade, da região — foi adquirida por novos sócios: Fernando Sapinho, Nuno Ramos, Mário Mateus, Mário Vigário, Enrique Castiblanco e Paulo Morgado. Da família fundadora, mantém-se uma parte representada por Rita Palma e por José Palma.
Segundo o comunicado enviado à imprensa pelas Caves São João, os novos sócios formam “um conjunto de amigos e empresários que partilham uma grande paixão pelo mundo dos vinhos e pela Bairrada”. O comunicado refere, ainda: “Todos nós acreditamos, proprietários novos e históricos, que a Bairrada será cada vez mais uma referência nas regiões vitivinícolas, quer a nível nacional, quer a nível internacional”.
Na estratégia para esta nova fase das Caves São João, serão mantidos os corpos gerentes, com destaque para Célia Aves, e os consultores de enologia e viticultura, José Carvalheira e António Selas, respectivamente. Também a restante equipa se manterá no projecto, integrando a aposta “nos vinhos antigos, nos espumantes, na Quinta do Poço do Lobo e nas marcas de referência Frei João (Bairrada) e Porta dos Cavaleiros (Dão)”, diz a São João.
Evento “Aqui na Bairrada” regressa em Maio

Em linha com a retoma dos eventos presenciais, a Comissão Vitivinícola da Bairrada traz de volta, a 7 e 8 de Maio deste ano, o “Aqui na Bairrada”. Depois de dois anos de interregno, a segunda edição deste evento com entrada livre promete “celebrar os vinhos, a gastronomia e a cultura bairradina”, em Anadia, no […]
Em linha com a retoma dos eventos presenciais, a Comissão Vitivinícola da Bairrada traz de volta, a 7 e 8 de Maio deste ano, o “Aqui na Bairrada”. Depois de dois anos de interregno, a segunda edição deste evento com entrada livre promete “celebrar os vinhos, a gastronomia e a cultura bairradina”, em Anadia, no Pavilhão de Desportos.
Assim, a Comissão Vitivinícola da Bairrada desafia, de novo, os produtores da região demarcada a pôr à prova os seus vinhos, desde grandes referências aos seus mais recentes rótulos. Entre espumantes, brancos, rosés e tintos – todos com certificação de Denominação de Origem Bairrada ou IG Beira Atlântico – o visitante poderá degustar livremente os vinhos presentes, adquirindo o copo Bairrada, por 3 euros. Haverá também destaque para a gastronomia regional, onde o leitão será rei, acompanhado do famoso pão da Mealhada e de outras iguarias, algumas doces.
Além da Comissão Vitivinícola, o “Aqui na Bairrada” é organizado pela Rota da Bairrada e pelo Município de Anadia, com o apoio do Turismo do Centro de Portugal e do Instituto da Vinha e do Vinho.