Produtores de vinho criam “Portuguese Wine Discovery”, à conquista do Oriente
[vc_row type=”in_container” full_screen_row_position=”middle” scene_position=”center” text_color=”dark” text_align=”left” overlay_strength=”0.3″ shape_divider_position=”bottom”][vc_column column_padding=”no-extra-padding” column_padding_position=”all” background_color_opacity=”1″ background_hover_color_opacity=”1″ column_shadow=”none” column_border_radius=”none” width=”1/1″ tablet_text_alignment=”default” phone_text_alignment=”default” column_border_width=”none” column_border_style=”solid”][vc_column_text]Sob o lema “juntos somos mais fortes”, três produtores portugueses de diferentes regiões e com vasta experiência na exportação — Herdade do Rocim (Alentejo), Casa Cadaval (Tejo) e Poças (Douro) — criaram a Portuguese Wine Discovery (PWD), […]
[vc_row type=”in_container” full_screen_row_position=”middle” scene_position=”center” text_color=”dark” text_align=”left” overlay_strength=”0.3″ shape_divider_position=”bottom”][vc_column column_padding=”no-extra-padding” column_padding_position=”all” background_color_opacity=”1″ background_hover_color_opacity=”1″ column_shadow=”none” column_border_radius=”none” width=”1/1″ tablet_text_alignment=”default” phone_text_alignment=”default” column_border_width=”none” column_border_style=”solid”][vc_column_text]Sob o lema “juntos somos mais fortes”, três produtores portugueses de diferentes regiões e com vasta experiência na exportação — Herdade do Rocim (Alentejo), Casa Cadaval (Tejo) e Poças (Douro) — criaram a Portuguese Wine Discovery (PWD), para se aproximarem dos consumidores asiáticos.
Esta “plataforma” terá sede permanente em Hong Kong, e acompanhará todo o mercado asiático com o apoio comercial de Gonçalo Frey-Ramos, “radicado no Oriente há mais de uma década e com um conhecimento profundo do sector e dos hábitos de consumo da região”, garante o grupo.
A Portuguese Wine Discovery é mais uma etapa da estratégia de consolidação das marcas, reforçando o investimento neste que é um mercado de grande potencial para os vinhos portugueses.[/vc_column_text][/vc_column][/vc_row][vc_row type=”in_container” full_screen_row_position=”middle” scene_position=”center” text_color=”dark” text_align=”left” overlay_strength=”0.3″ shape_divider_position=”bottom”][vc_column column_padding=”no-extra-padding” column_padding_position=”all” background_color_opacity=”1″ background_hover_color_opacity=”1″ column_shadow=”none” column_border_radius=”none” width=”1/1″ tablet_text_alignment=”default” phone_text_alignment=”default” column_border_width=”none” column_border_style=”solid”][divider line_type=”Full Width Line” line_thickness=”1″ divider_color=”default”][/vc_column][/vc_row][vc_row type=”in_container” full_screen_row_position=”middle” scene_position=”center” text_color=”dark” text_align=”left” overlay_strength=”0.3″ shape_divider_position=”bottom”][vc_column column_padding=”no-extra-padding” column_padding_position=”all” background_color_opacity=”1″ background_hover_color_opacity=”1″ column_shadow=”none” column_border_radius=”none” width=”1/2″ tablet_text_alignment=”default” phone_text_alignment=”default” column_border_width=”none” column_border_style=”solid”][vc_column_text]
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Vinhos de Portugal presentes na ProWine China 2020
Até dia 12 de Novembro de 2020, os vinhos portugueses estão a mostrar o melhor de si na ProWine China, o maior evento vitivinícola deste país e um dos mais importantes do Mundo. Portugal será representado por quatorze produtores portugueses no pavilhão “Wines of Portugal”, expressão estratégica da ViniPortugal na promoção dos vinhos portugueses em […]
Até dia 12 de Novembro de 2020, os vinhos portugueses estão a mostrar o melhor de si na ProWine China, o maior evento vitivinícola deste país e um dos mais importantes do Mundo.
Portugal será representado por quatorze produtores portugueses no pavilhão “Wines of Portugal”, expressão estratégica da ViniPortugal na promoção dos vinhos portugueses em mercados internacionais: Encosta de Alqueva, Henriques & Henriques, Justino’s Madeira, Lavradores de Feitoria, Madeira Wine Company, Mouchão, Enoport, Pereira D’Oliveira, Quinta do Paral, Quinta do Silval, The Loyalty Wine Family, Vidigal Wines, Wine & Soul e Maritávora. O objectivo principal desta acção promocional é, segundo a ViniPortugal, “elevar a notoriedade e conhecimento dos vinhos portugueses junto de profissionais do mercado chinês”.
O Presidente da ViniPortugal, Frederico Falcão explica: “Em 2020, o sector vitivinícola tem vindo a sofrer meses de incertezas e perturbações. Enquanto nos esforçamos por construir um ‘novo normal’ no combate à pandemia, a “Wines of Portugal” está empenhada em ajudar a revigorar o mercado vinícola chinês. O apoio à ProWine 2020 é um desses esforços. Iremos certamente fazer mais e reforçar ainda mais a nossa dinâmica neste mercado”.
Em comunicado, a ViniPortugal dá também a conhecer a importância do mercado chinês para os vinhos portugueses: “A China é um dos mais relevantes mercados de diversificação da actividade promocional da marca “Wines of Portugal”. O valor das exportações de vinhos (excluindo Vinho do Porto e Madeira) ultrapassaram os 17 milhões de euros em 2019. Os dados de 2020 revelam que, entre Janeiro e Agosto, as exportações totais de vinho português para o mercado chinês atingiram os 7,0 milhões de euros, com o vinho IGP a ser a categoria em evidência em valor”.
Elefantes embebedam-se na China?
A foto abaixo, captada certamente por um drone, mostra dois elefantes a dormir no meio de uma plantação de chá. A situação ter-se-á passado no sul da China e, dizia-se em posts colocados em várias redes sociais, que os elefantes estavam bêbedos. De facto, a fazer fé num tweet de um determinado Li Jing, súbdito […]
A foto abaixo, captada certamente por um drone, mostra dois elefantes a dormir no meio de uma plantação de chá. A situação ter-se-á passado no sul da China e, dizia-se em posts colocados em várias redes sociais, que os elefantes estavam bêbedos. De facto, a fazer fé num tweet de um determinado Li Jing, súbdito chinês, um grupo de 14 elefantes terá vagueado até uma aldeia no sul da China. Provavelmente estavam à procura de comida e milho, muito plantado naquela região. Em vez disso, dizem os posts, deram com um depósito de 30 litros de uma bebida fermentada de milho (uns dizem vinho, outros um destilado) e beberam-no todo. Depois teriam ido curtir a bebedeira para uma plantação de chá, dormindo dois deles uma bela sesta. Os posts rapidamente tornaram-se virais mas a verdade parece ser outra. O grupo de elefantes de facto invadiu uma aldeia e comeu milho ai armazenado, provocando ainda muitos estragos. Um vídeo chinês do jornal The Paper mostra a reportagem do que se passou. Pode vê-lo aqui.
As autoridades locais dizem que a história da bebida é falsa.
Até pode ser, dizemos nós, mas a fazer fé no site da revista britânica Drinks Business, já existe um histórico de bebida, elefantes e bebedeira. Na África do Sul, por exemplo, não são raros os casos de elefantes vistos a intoxicarem-se com frutos de Marula em fermentação.
António Falcão
Das 32 regiões mais conhecidas na China, uma é portuguesa
[vc_row type=”in_container” full_screen_row_position=”middle” scene_position=”center” text_color=”dark” text_align=”left” overlay_strength=”0.3″ shape_divider_position=”bottom”][vc_column column_padding=”no-extra-padding” column_padding_position=”all” background_color_opacity=”1″ background_hover_color_opacity=”1″ column_shadow=”none” column_border_radius=”none” width=”1/1″ tablet_text_alignment=”default” phone_text_alignment=”default” column_border_width=”none” column_border_style=”solid”][vc_column_text]Um estudo da Wine Intelligence apurou, como refere o site vitisphere.com, as 32 regiões vitivinícolas mais conhecidas pelos chineses de classe média e alta, numa amostra de 2000 indivíduos. Precisamente no 32º lugar está uma região portuguesa, […]
[vc_row type=”in_container” full_screen_row_position=”middle” scene_position=”center” text_color=”dark” text_align=”left” overlay_strength=”0.3″ shape_divider_position=”bottom”][vc_column column_padding=”no-extra-padding” column_padding_position=”all” background_color_opacity=”1″ background_hover_color_opacity=”1″ column_shadow=”none” column_border_radius=”none” width=”1/1″ tablet_text_alignment=”default” phone_text_alignment=”default” column_border_width=”none” column_border_style=”solid”][vc_column_text]Um estudo da Wine Intelligence apurou, como refere o site vitisphere.com, as 32 regiões vitivinícolas mais conhecidas pelos chineses de classe média e alta, numa amostra de 2000 indivíduos. Precisamente no 32º lugar está uma região portuguesa, o Tejo, com 11% de notoriedade.
A França, por sua vez, representa metade da lista, com Bordéus a encabeçar a pesquisa:[/vc_column_text][/vc_column][/vc_row][vc_row type=”in_container” full_screen_row_position=”middle” scene_position=”center” text_color=”dark” text_align=”left” overlay_strength=”0.3″ shape_divider_position=”bottom”][vc_column column_padding=”no-extra-padding” column_padding_position=”all” background_color_opacity=”1″ background_hover_color_opacity=”1″ column_shadow=”none” column_border_radius=”none” width=”1/1″ tablet_text_alignment=”default” phone_text_alignment=”default” column_border_width=”none” column_border_style=”solid”][image_with_animation image_url=”31973″ alignment=”center” animation=”Fade In” border_radius=”none” box_shadow=”none” max_width=”100%” img_link=”https://infogram.com/les-32-origines-de-vins-les-plus-connues-en-chine-selon-le-sondage-wine-intelligence-1hnq41wrzmep63z”][/vc_column][/vc_row]
CHINA, O Império do vinho
[vc_row type=”in_container” full_screen_row_position=”middle” scene_position=”center” text_color=”dark” text_align=”left” overlay_strength=”0.3″ shape_divider_position=”bottom”][vc_column column_padding=”no-extra-padding” column_padding_position=”all” background_color_opacity=”1″ background_hover_color_opacity=”1″ column_shadow=”none” column_border_radius=”none” width=”1/1″ tablet_text_alignment=”default” phone_text_alignment=”default” column_border_width=”none” column_border_style=”solid”][vc_column_text]Na China está em curso uma autêntica revolução do vinho, com o número de consumidores e apreciadores a crescer a bom ritmo, estimulando assim o interesse comercial dos países exportadores tradicionais, entre eles Portugal. Isto apesar dos […]
[vc_row type=”in_container” full_screen_row_position=”middle” scene_position=”center” text_color=”dark” text_align=”left” overlay_strength=”0.3″ shape_divider_position=”bottom”][vc_column column_padding=”no-extra-padding” column_padding_position=”all” background_color_opacity=”1″ background_hover_color_opacity=”1″ column_shadow=”none” column_border_radius=”none” width=”1/1″ tablet_text_alignment=”default” phone_text_alignment=”default” column_border_width=”none” column_border_style=”solid”][vc_column_text]Na China está em curso uma autêntica revolução do vinho, com o número de consumidores e apreciadores a crescer a bom ritmo, estimulando assim o interesse comercial dos países exportadores tradicionais, entre eles Portugal. Isto apesar dos baixos preços praticados e das barreiras de um mercado geograficamente muito vasto, complexo e difícil. Por outro lado, além de importar vinho, a China já é um dos maiores produtores mundiais…
TEXTO: Paulo Narciso
FOTOS DR
“Os chineses interessam-se, cada vez mais, por vinho e sobretudo por vinho importado”, afirma Edward Ragg, professor universitário, crítico de vinhos e fundador da Dragon Phoenix Wine Consulting, uma das mais reputadas firmas de consultadoria de vinho na China. “Nos últimos dez anos assistimos a um crescimento sustentado de consumidores urbanos com um genuíno interesse pelo vinho”, acrescenta o consultor inglês que, desde 2007, ensina na universidade de Tsinghua (Pequim), “mas o mercado de vinho importado é ainda pequeno, na verdade não é muito maior do que o holandês. Quando se compara a dimensão geográfica e populacional entre a China e a Holanda é fácil concluir que ainda há muito para crescer no maior país asiático.”
Um dos muitos sinais de que tudo está a mudar no mercado chinês são as crescentes parcerias que alguns potentados ocidentais do vinho estão a estabelecer na China: Remy Martin, Pernod Ricard ou Moet&Chandon/LVMH são algumas das marcas presentes no mercado através de joint-ventures com companhias chinesas.
E Portugal? Que papel poderá ter um país pequeno – quando comparado com a vastidão geográfica da China – num mercado que conhecemos desde o século XVI? Tal como no século de quinhentos enviámos naus ao Império do Meio, também agora os produtores portugueses começam a enviar os seus vinhos sem se intimidarem com a forte concorrência de outras potências vinícolas europeias, como a França, Espanha ou Itália. É preciso conquistar terreno no complicado mercado chinês e saber encontrar a fórmula para agradar ao, cada vez mais, sofisticado paladar dos consumidores chineses das “novas” classes média e alta, que facilmente pagam 100 euros por uma garrafa de vinho.
“O mercado da China, por razões culturais essencialmente, é ainda um mercado de abordagem difícil, admito que para todos os países exportadores de vinho. Temos feito incursões que nos permitem melhorar o conhecimento sobre o mercado, consumidores e intervenientes no circuito”, afirma Jorge Monteiro, presidente da ViniPortugal. “Temos trabalhado a presença em feiras especializadas – Hong Kong Wine Fair, Prowine Xangai, por exemplo – e temos organizado anualmente Grandes Provas de Vinhos de Portugal.”
Com quase todas as previsões a afirmarem que a China ultrapassará, em 2020, as vendas de vinho da França e Inglaterra juntas e estando em jogo o valor de 21,7 mil milhões de dólares, é fácil perceber a atração que o mercado chinês exerce sobre os produtores portugueses. “Estudos recentes indicam que, até 2020, 75% do crescimento do consumo mundial de vinho em valor vai estar no mercado chinês, portanto é um mercado claramente a apostar. É um mercado onde já estamos bem presentes e queremos continuar a fomentar e fazer crescer essa presença”, afirma Vítor Santos, da Casa Ermelinda Freitas. Para a conquista do mercado chinês, a casa de Palmela aposta sobretudo no prestígio dos seus tintos. Salientando a dificuldade de comunicação e as exigências alfandegárias, que variam de porto para porto, como as principais dificuldades encontradas no mercado chinês, Vítor Santos sublinha “a dimensão e a grande apetência do mercado para vinho português devido à imagem de qualidade que Portugal tem na China”.
Para João Gomes da Silva, administrador de Marcas e Mercados da Sogrape, as principais dificuldades, quando se pensa no mercado chinês, são “a falta de conhecimento dos vinhos portugueses e a ausência de informação precisa sobre o mercado local”. Mas, por outro lado, salienta a oportunidade que aquele mercado oferece em termos de dimensão com os seus “mais de 300 milhões de potenciais consumidores se tivermos em conta (apenas!) 20% da população total” e também o facto de estarmos perante “uma economia em franco crescimento que se revela aberta ao prestígio dos vinhos importados”.
Com experiência no mercado de Macau desde 2000, a DFJ exporta anualmente para aquele território cerca de 30.000 garrafas de vinho, na sua maioria tintos da região de Lisboa. “O mercado de Macau e províncias chinesas vizinhas está saturado de vinhos importados de todo o mundo e a preço muito baixo”, afirma Luís Gouveia, da direcção comercial e marketing da DFJ. Para a marca sediada no Cartaxo, Macau vale, em média, 20.000 a 30.000 garrafas por ano. “Os consumidores até aos 30-35 anos gostam de vinhos mais frutados, jovens e com açúcar residual ou uma percentagem de álcool elevada, por isso gostam dos vinhos do Alentejo e da região de Lisboa, onde a DFJ tem a maioria da sua produção”, salienta Luís Gouveia.[/vc_column_text][/vc_column][/vc_row][vc_row type=”in_container” full_screen_row_position=”middle” scene_position=”center” text_color=”dark” text_align=”left” overlay_strength=”0.3″ shape_divider_position=”bottom”][vc_column column_padding=”no-extra-padding” column_padding_position=”all” background_color_opacity=”1″ background_hover_color_opacity=”1″ column_shadow=”none” column_border_radius=”none” width=”1/1″ tablet_text_alignment=”default” phone_text_alignment=”default” column_border_width=”none” column_border_style=”solid”][vc_gallery type=”image_grid” images=”30656,30665,30654″ layout=”3″ gallery_style=”1″ load_in_animation=”none”][/vc_column][/vc_row][vc_row type=”in_container” full_screen_row_position=”middle” scene_position=”center” text_color=”dark” text_align=”left” overlay_strength=”0.3″ shape_divider_position=”bottom”][vc_column column_padding=”no-extra-padding” column_padding_position=”all” background_color_opacity=”1″ background_hover_color_opacity=”1″ column_shadow=”none” column_border_radius=”none” width=”1/1″ tablet_text_alignment=”default” phone_text_alignment=”default” column_border_width=”none” column_border_style=”solid”][vc_column_text]Produção a crescer
A revolução do vinho na China está a ter grandes repercussões não só no mercado da importação, mas também no da produção local. O aumento de consumo de vinho pelos chineses está a ter impacto na maneira como ele é produzido e a qualidade tem vindo a subir de ano para ano. A produção está concentrada em quatro grandes companhias, que dominam cerca de 60% do mercado: Great Wall (fundada em 1983), Dragon Seal (1987), Huandong (1985) e Changyu (a mais antiga, fundada em 1892). Abaixo destes colossos da produção, situam-se os médios e pequenos produtores chineses que tentam sobreviver num mercado inflacionado pela importação.
Ningxia, província situada a 1200 km de Pequim, é uma das mais recentes zonas de produção de vinho na China e uma das mais promissoras candidatas a região “premium”. Servida pelas águas do rio Amarelo, pelo ar seco do deserto próximo e situada a uma altitude de 1200 metros, Ningxia é uma espécie de ‘ground zero’ dos aspirantes a grandes produtores de vinho chinês. Hoje em dia contam-se 207 companhias ali situadas.
É aqui que encontramos uma das mais aclamadas e promissoras marcas de vinho chinês, a Silver Heights, fundada, em 2006, por Emma Gao (chinesa, enóloga, formada na região de Bordéus) e Thierry Courtade (francês, descendente de uma longa linha de produtores de vinho). O casal de enólogos trabalha com Cabernet Sauvignon, Merlot e Chardonnay para produzir vinhos ‘premium’, um pouco ao estilo dos da região de Bordéus.
Ema Gao, 40 anos, confirma o crescente interesse dos seus compatriotas pelo vinho: “Os chineses estão cada vez mais interessados em aprender, provar e apreciar vinhos. O vinho está a tornar-se uma bebida do dia-a-dia, em vez de ser consumido apenas em ocasiões especiais.” Mas num país habituado, há séculos, a beber cerveja, vinho de arroz e licores, a nova moda ainda não chegou a todos: “Há ainda grandes zonas do país onde não se bebe vinho e pouco ou nada se sabe sobre ele. Há mesmo quem não saiba que o vinho é feito a partir de uvas.”
Produzindo cerca de 60.000 garrafas/ano, Ema Gao aposta em quatro variedades de vinho e a mais prestigiada – Emma’s Reserve – recebeu 91 pontos do incontornável Robert Parker e rasgados elogios de Jancis Robinson (com uma classificação de 17/20). As vendas ficam quase todas entre Pequim, Xangai e Hong Kong. A próxima meta é exportar para o vasto mercado asiático vizinho e mais tarde, quem sabe, chegar ao Velho Mundo. Ao contrário de muitos dos seus colegas produtores, Ema Gao não teme os vinhos importados: “Um dos factores que tem ajudado os produtores chineses tem sido a crescente oferta de bons vinhos importados e colocados no mercado a um preço acessível. Isto obrigou-nos a aumentar drasticamente a qualidade dos nossos vinhos.”
Há pouco mais de um ano, Ema esteve em Portugal e aproveitou para provar vinhos portugueses: “São magníficos. Uma das castas – Touriga Nacional – é incrível. Que tamanha concentração de sabores e uma variedade tão grande de aromas. Espero um dia levar esta casta para a China.”
Os últimos anos têm revelado muitas e grandes novidades no mercado chinês do vinho. E como será o futuro? Será a China uma aposta sólida para os produtores portugueses?[/vc_column_text][/vc_column][/vc_row][vc_row type=”in_container” full_screen_row_position=”middle” scene_position=”center” text_color=”dark” text_align=”left” overlay_strength=”0.3″ shape_divider_position=”bottom”][vc_column column_padding=”no-extra-padding” column_padding_position=”all” background_color_opacity=”1″ background_hover_color_opacity=”1″ column_shadow=”none” column_border_radius=”none” width=”1/1″ tablet_text_alignment=”default” phone_text_alignment=”default” column_border_width=”none” column_border_style=”solid”][vc_gallery type=”image_grid” images=”30658,30666,30669″ layout=”3″ gallery_style=”1″ load_in_animation=”none”][/vc_column][/vc_row][vc_row type=”in_container” full_screen_row_position=”middle” scene_position=”center” text_color=”dark” text_align=”left” overlay_strength=”0.3″ shape_divider_position=”bottom”][vc_column column_padding=”no-extra-padding” column_padding_position=”all” background_color_opacity=”1″ background_hover_color_opacity=”1″ column_shadow=”none” column_border_radius=”none” width=”1/1″ tablet_text_alignment=”default” phone_text_alignment=”default” column_border_width=”none” column_border_style=”solid”][vc_column_text]Moderar entusiasmo
Para Jorge Monteiro, presidente da ViniPortugal, o mercado chinês “deve ser encarado com entusiasmo moderado porque há manifestamente uma procura de grandes volumes, para os quais Portugal não tem uma grande capacidade de resposta; e, por outro lado, uma procura de vinhos baratos, para os quais não conseguimos ter preço”.
No entanto, Jorge Monteiro não deixa de acreditar nas potencialidades do mercado chinês: “Julgo que pode vir a ser um mercado com interesse para vinhos diferentes, como os nossos, mas isso levará tempo. A China apresenta taxas de crescimento elevadas, tendo a exportação de vinhos portugueses crescido 24,1% em valor. Trata-se de uma boa taxa de crescimento, mas quando, ao mesmo tempo, dispomos de mercados mais próximos, com cultura de vinho, em que a língua não é uma barreira, disponíveis para pagar mais – e refiro-me por exemplo ao Luxemburgo, Suíça ou mesmo a Rússia – vale a pena questionar a oportunidade de se trabalhar um mercado longínquo, extenso, com elevadas barreiras culturais e linguísticas.”
João Gomes da Silva, da Sogrape, assume-se mais optimista e prevê um crescimento global do volume de vinho importado na China e “uma crescente ‘premiuminização’, fruto da pressão de consumidores cada vez mais bem informados, que irão conhecendo melhor as virtualidades dos vinhos portugueses”.
Para Luís Gouveia, da DFJ, a evolução do mercado na China dependerá “muito da protecção que o Governo chinês entender dar ao vinho da China, hoje um dos maiores produtores mundiais e cuja qualidade vem subindo em cada nova colheita”. E profetiza: “A procura de vinhos por um euro continuará e o consumo de vinhos muito caros de Bordéus e Borgonha aumentará.”
“Não faço a menor ideia” – é assim que Edward Ragg perspectiva a evolução do vinho na China. “É um mercado que muda muito rapidamente. Não vejo a China a exportar grandes quantidades de vinho, mas apenas quantidades limitadas de alguns ‘super-premium’. A China não é o país mais indicado para produzir vinho por muitas razões, incluindo as climáticas. Resumindo: não vejo a China a ter um papel muito significante na exportação de vinho.”
Se há coisa que os chineses têm demonstrado, ao longo da história, é a sua grande capacidade de adaptação e aprendizagem (que alguns apelidam de “cópia”). Enquanto vai abrindo o seu mercado ao vinho do Velho Mundo, a China continua a aprender com os melhores. Até onde isso a levará no mundo do vinho? Talvez a resposta esteja num dos muitos provérbios chineses: “O segredo de andar sobre as águas é saber onde estão as pedras!”[/vc_column_text][/vc_column][/vc_row][vc_row type=”in_container” full_screen_row_position=”middle” scene_position=”center” text_color=”dark” text_align=”left” overlay_strength=”0.3″ shape_divider_position=”bottom”][vc_column column_padding=”no-extra-padding” column_padding_position=”all” background_color_opacity=”1″ background_hover_color_opacity=”1″ column_shadow=”none” column_border_radius=”none” width=”1/1″ tablet_text_alignment=”default” phone_text_alignment=”default” column_border_width=”none” column_border_style=”solid”][vc_gallery type=”image_grid” images=”30663,30660,30667″ layout=”3″ gallery_style=”1″ load_in_animation=”none”][/vc_column][/vc_row][vc_row type=”in_container” full_screen_row_position=”middle” bg_color=”#efefef” scene_position=”center” text_color=”dark” text_align=”left” overlay_strength=”0.3″ shape_divider_position=”bottom” shape_type=””][vc_column column_padding=”no-extra-padding” column_padding_position=”all” background_color_opacity=”1″ background_hover_color_opacity=”1″ column_shadow=”none” column_border_radius=”none” width=”1/1″ tablet_text_alignment=”default” phone_text_alignment=”default” column_border_width=”none” column_border_style=”solid”][vc_text_separator title=”O “gosto chinês””][vc_column_text]Ouve-se muitas vezes falar de um tal gosto chinês como sendo diferente do gosto ocidental. Mas para o consultor e professor da Universidade da Agricultura de Pequim, Demei Li, não existe um “gosto chinês” – os gostos variam em função de hábitos gastonómicos e estes variam em função da região. Por exemplo, no norte e leste da China come-se comida salgada, mas nas regiões a oeste os habitantes gostam da comida picante e no sul da China mais picante ainda. Na costa leste, as preferências gastronómicas recaem sobre o peixe e marisco, mas algures lá no meio disto sobressai o gosto pelos sabores doces. O vinho ideal para acompanhar toda esta enorme variedade gastronómica não pode ser sempre o mesmo. Outra consideração é a cor do vinho. Os chineses bebem 75% de vinho tinto, 15% de branco e apenas 5% de rosé e 5% de espumantes. O vinho tinto é considerado superior em qualidade ao vinho branco, logo não podem ser vendidos pelo mesmo preço. Mas nas regiões ao longo da costa o consumo de vinho branco tem vindo a crescer.
Valéria Zeferino[/vc_column_text][divider line_type=”Full Width Line” line_thickness=”1″ divider_color=”default”][/vc_column][/vc_row][vc_row type=”in_container” full_screen_row_position=”middle” scene_position=”center” text_color=”dark” text_align=”left” overlay_strength=”0.3″ shape_divider_position=”bottom”][vc_column column_padding=”no-extra-padding” column_padding_position=”all” background_color_opacity=”1″ background_hover_color_opacity=”1″ column_shadow=”none” column_border_radius=”none” width=”1/1″ tablet_text_alignment=”default” phone_text_alignment=”default” column_border_width=”none” column_border_style=”solid”][vc_column_text]
Edição Nº17, Setembro 2018
[/vc_column_text][/vc_column][/vc_row]
Chineses vão beber mais espumante
Na maior parte dos mercados ocidentais, o espumante representa cerca de 10% do consumo de vinho. Na China é de apenas 1%! Mas a situação está a mudar, diz um relatório da Wine Intelligence – Sparkling Wine in the Chinese Market – acabado de publicar. A empresa de estudos de mercado indica que uma nova […]
Na maior parte dos mercados ocidentais, o espumante representa cerca de 10% do consumo de vinho. Na China é de apenas 1%! Mas a situação está a mudar, diz um relatório da Wine Intelligence – Sparkling Wine in the Chinese Market – acabado de publicar. A empresa de estudos de mercado indica que uma nova geração de consumidores – especialmente os jovens com formação superior – estão a explorar outros caminhos no consumo de vinho, indo além do tradicional vinho tinto. Ao mesmo tempo, a chegada ao mercado chinês de um conjunto de espumantes de baixo preço permitiu a muitos consumidores provarem este tipo de vinho, o que antes lhes seria economicamente inacessível.
O espumante, recorde-se, não tem na China a conotação de bebida festiva e de brinde como existe no mundo ocidental.
O relatório indica ainda qual o tipo de perfil de espumante que deverá ter o maior potencial no mercado chinês: “doce, mas não demasiado, só o suficiente para equilibrar a acidez do espumante; ligeiramente gasoso (como um frisante) e bastante frutado.
O estudo custa 1.800 euros e pode ser encomendado através do site da Wine Intelligence.
Prémios para Portugal no China Wine & Spirits Awards
O vinho tinto Gáudio Clássico 2014 foi o maior vencedor da delegação portuguesa ao concurso China Wine & Spirits Awards (CWSA). Este vinho do produtor Ribafreixo (da Vidigueira) ganhou não só uma Dupla Medalha de Ouro (Double Gold) como o troféu CWSA Portuguese Wine of the Year, indicando que foi o mais pontuado entre os […]
O vinho tinto Gáudio Clássico 2014 foi o maior vencedor da delegação portuguesa ao concurso China Wine & Spirits Awards (CWSA). Este vinho do produtor Ribafreixo (da Vidigueira) ganhou não só uma Dupla Medalha de Ouro (Double Gold) como o troféu CWSA Portuguese Wine of the Year, indicando que foi o mais pontuado entre os vinhos portugueses. O Gáudio sucede assim ao vencedor do ano passado, o Grand ‘Arte Alvarinho 2015, da DFJ Vinhos
Na edição de 2017, o júri deu ainda pontuações para mais oito Dupla Medalha de Ouro. Os vinhos portugueses obtiveram ainda 57 medalhas de Ouro, 11 de Prata e 8 de Bronze. A organização não divulgou quantos vinhos entraram, nem a sua divisão por nacionalidades e prémios, mas foram certamente alguns milhares de amostras. A maioria de vinho, mas o concurso também inclui toda a espécie de bebidas, incluindo licores e destilados. Resultados completos e informações em: http://www.cwsa.org.
Este evento, que teve lugar recentemente em Hong Kong, é “o maior e mais prestigiado concurso de vinhos & bebidas da China”, garante a organização. A maior diferença face a concursos internacionais (especialmente os europeus) é que o júri será seleccionado entre especialistas que conhecem bem o mercado chinês e os seus consumidores. Falamos de compradores, importadores, retalhistas e escanções.
Principais prémios para vinhos portugueses:
CWSA Portuguese Wine of the Year e Double Gold
Gáudio Clássico 2014 (Ribafreixo Wines)
Double Gold
Casa Ermelinda Freitas Cabernet Sauvignon Reserva tinto 2013 (Casa Ermelinda Freitas)
Dona Ermelinda branco 2015 (Casa Ermelinda Freitas)
Vila Santa Reserva tinto 2014 (J. Portugal Ramos)
Pouca Roupa tinto 2015 (J. Portugal Ramos)
Convés tinto 2012 (Enolea – Sociedade Agrícola)
Maynard’s LBV 2013 (Barão de Vilar)
Maynard’s Tawny 40 anos (Barão de Vilar)
Barão de Vilar Tawny 20 anos (Barão de Vilar)