CVR Lisboa institui Rota dos Vinhos de Lisboa

Paisagem vínica da região de Lisboa

No seguimento da aprovação dos seus novos estatutos, no passado dia 7 de Julho, o Conselho Geral da Comissão Vitivinícola da Região de Lisboa (CVR Lisboa) instituiu a Rota dos Vinhos de Lisboa como parte integrante da Comissão. Esta foi uma decisão tomada por unanimidade. Em comunicado, a CVR Lisboa refere que “É no enoturismo […]

No seguimento da aprovação dos seus novos estatutos, no passado dia 7 de Julho, o Conselho Geral da Comissão Vitivinícola da Região de Lisboa (CVR Lisboa) instituiu a Rota dos Vinhos de Lisboa como parte integrante da Comissão. Esta foi uma decisão tomada por unanimidade.

Em comunicado, a CVR Lisboa refere que “É no enoturismo que encontramos mais oportunidades para o setor crescer em valor e por isso vamos chamar a trabalhar connosco os Municípios, as enotecas, a restauração, hotelaria, turismo e animação turística, integrando o Conselho Estratégico da Rota”, e adianta: “Todo este trabalho está alicerçado num plano de investimento ambicioso, que será alavancado pelos fundos europeus do programa Centro 2020, que uma vez mais ajudarão a dar mais tração e músculo a este projecto”.

Neste momento, e segundo a CVR, a Região dos Vinhos de Lisboa conta com trinta projetos de enoturismo a funcionar em pleno e de forma estruturada, fornecendo um portfólio de serviços diversificado que vai desde uma prova de vinhos comentada pelo produtor com vista para as vinhas, até ao alojamento em espaço rural, passando pela possibilidade de casar nas vinhas e nas adegas, e também o hipismo ou as experiências ligadas às vindimas e a actividades nas adegas.

A Rota dos Vinhos de Lisboa trabalhará sobre os seguintes pontos estratégicos:

“Lisboa” elegeu os seus melhores vinhos em concurso

vencedores Concurso dos Vinhos de Lisboa 2019

Os três vinhos mais pontuados do Concurso dos Vinhos de Lisboa de 2019 são mono-varietais: trata-se de um Alvarinho, um colheita tardia de Semillon e um Syrah. Os três vinhos que levaram Medalha de Excelência partilham também outra coincidência: todos eles têm a mão do enólogo António Ventura. O conjunto dos jurados deu ainda pontuação […]

Os três vinhos mais pontuados do Concurso dos Vinhos de Lisboa de 2019 são mono-varietais: trata-se de um Alvarinho, um colheita tardia de Semillon e um Syrah. Os três vinhos que levaram Medalha de Excelência partilham também outra coincidência: todos eles têm a mão do enólogo António Ventura. O conjunto dos jurados deu ainda pontuação suficiente para se atribuírem 40 Medalhas de Ouro e 11 medalhas de Prata. Um resultado muito bom para a qualidade dos vinhos da região, como salientou em discurso Francisco Toscano Rico, presidente da Comissão Vitivinícola Regional. Que anunciou, aliás, que a região está a “bater recordes absolutos todos os meses”. Este ano poderá mesmo chegar a um número equivalente a 60 milhões de garrafas, inédito na região. A grande maioria (80%), note-se, vai para a exportação. Com a produção e as vendas de ‘vento em popa’, Toscano Rico quer agora dedicar-se a um novo desafio. Bom, já não é novo, mas será provavelmente agora a melhor altura para o enfrentar. Falamos da valorização dos vinhos de Lisboa, que têm ainda um preço médio muito baixo.

Francisco Toscano Rico
Francisco Toscano Rico, presidente da CVR de Lisboa.

Recorrendo a dados da Nielsen, empresa de estudos de mercado, Francisco Toscano Rico alertou os muitos produtores presentes que não recorram às usuais promoções das grandes superfícies: “estas promoções, não dão acréscimo de vendas”. Para ajudar à notoriedade da marca Lisboa, a CVR irá continuar com a promoção junto de líderes de opinião e de mercados internacionais. A reestruturação do site e mais trabalho nas redes sociais são outros objectivos da CVR Lisboa. Com tudo isto, e mais algumas coisas, Francisco Toscano Rico quer que a Lisboa seja em 2050 “a região mais competitiva do país”. José Sá Fernandes, que discursou a seguir, exprimiu novamente todo o apoio da Câmara Municipal (a maior do país) à região vitivinícola com que partilha o nome.
Outras iniciativas referidas pelo presidente da CVR Lisboa incluem a continuação de um seguro colectivo para a viticultura da região, que, neste momento, abrange um capital avaliado em 20 milhões de euros. Outro número interessante apresentado foi de que 80% dos viticultores de Lisboa são associados de algumas das várias cooperativas da região.
A entrega de prémios decorreu durante um jantar celebrado na Câmara Municipal de Lisboa.
Presentes estiveram José Sá Fernandes, o vereador mais entusiasta da vinha e do vinho (e dos espaços verdes da cidade), assim como Bernardo Gouvêa, presidente do IVV, entre outras individualidades.
Vamos ver agora os principais premiados, com a medalha de Excelência e de Ouro.

 

 


Medalhas de Excelência
Página Reg. Lisboa Alvarinho Escolha branco 2018 (Romana Vini)
Quinta do Convento de Nossa Senhora da Visitação Reg. Lisboa Semillon Colheita Tardia branco 2015 (Quinta do Convento de Nossa Senhora da Visitação)
Zavial Óbidos Syrah Reserva tinto 2015 (Vidigal Wines)

Medalhas de Ouro
Vinhos tintos
AdegaMãe Touriga Franca 2016 (Adegamãe)
Alteza 2017 (Casa Santos Lima)
Aproximar Syrah, Touriga Nacional 2017 (Adega Coop. de Dois Portos)
Confidencial Reserva 2014 (Casa Santos Lima)
CSL Cabernet Sauvignon 2016 (Casa Santos Lima)
Dory Reserva 2016 (Adegamãe)
Marquês de Olhão 2011 (Sociedade Agrí. Cunha e Folque)
Mundus Reserva 2013 (Adega Coop. da Vermelha)
Puro Caves Rendeiro Escolha Syrah 2015 (Caves Rendeiro)
Quinta da Folgorosa 2012 (Sociedade Agrí. Quinta da Folgorosa)
Quinta da Murnalha Syrah, Aragonez, Alicante Bouschet 2016 (Frutas Nobre)
Quinta de Pancas Reserva Cabernet-Sauvignon, Touriga Nacional, Syrah 2016 (Quinta Pancas Vinhos)
Quinta de São Bartolomeu 2015 (Sociedade Agrí. Cunha e Folque)
Únicos Reserva 2016 (João Pedro Machado Duarte)
Velharia Reserva Syrah 2014 (Adega Coop. da Labrugeira)
Vinhos brancos
5ª Lagar Novo 2017 (Luís Elias Gonçalves de Carvalho)
Capicua Colheita Tardia 2016 (Cerrado da Porta)
Empatia Vital 2017 (Adega Coop. da Labrugeira)
Mirante 2018 (Adega Coop. de Carvoeira)
Montes 2017 (Adega Coop. de Alcobaça)
Mundus Colheita Tardia 2017 (Adega Coop. da Vermelha)
Peripécia Chardonnay 2018 (Cerrado da Porta)
Quinta das Cerejeiras Grande Reserva 2017 (Companhia Agrí. do Sanguinhal)
Quinta de Pancas Arinto, Chardonnay, Vital 2018 (Quinta de Pancas)
Quinta de Vale Mourisco Fernão Pires, Chardonnay, Viognier 2016 (Quinta de Vale Mourisco)
Quinta do Convento de N.ª Sr.ª da Visitação Reserva 2018 (Quinta do Convento da Visitação)
Quinta do Gradil Alvarinho 2018 (Quinta do Gradil)
Quinta do Gradil Chardonnay 2018 (Quinta do Gradil)
Quinta do Monte d’Oiro – Lybra Arinto, Marsanne, Viognier 2018 (José Manuel F. Bento dos Santos)
Quinta do Pinto Reserva Arinto 2017 (Quinta do Pinto)
Quinta do Pinto Reserva Viognier & Chardonnay 2017 (Quinta do Pinto)
Quinta do Rendeiro Colheita Tardia 2017 (Caves Rendeiro)
Reserva dos Amigos Reserva Chardonnay 2017 (Vidigal Wines)
Sanguinhal Arinto & Chardonnay 2018 (Companhia Agrí. do Sanguinhal)
Solar da Marquesa branco leve Moscatel Graúdo 2018 (Casa Agr. Horácio Nicolau)
Velhos Tempos 2018 (Adega Coop. de Carvoeira)
Outros
Página Colheita Selecionada Touriga Nacional rosé 2018 (Romana Vini)
Quinta do Boição Licoroso 2003 (Enoport – produção de Bebidas)
Figurativa XO aguardente Lourinhã (Adega Coop. da Lourinhã)
Quinta do Rol XO aguardente Lourinhã (Sociedade Agr. Quinta do Rol)

Viticultores de Lisboa já têm seguro contra escaldão

A Região Demarcada dos Vinhos de Lisboa pretende ser a mais rentável do País em 2050 e o primeiro passo para atingir essa meta foi dado com o anúncio da contratualização com a CA Seguros – Crédito Agrícola, de uma apólice colectiva para a vinha que cobre os riscos associados aos fenómenos climáticos adversos, incluindo […]

A Região Demarcada dos Vinhos de Lisboa pretende ser a mais rentável do País em 2050 e o primeiro passo para atingir essa meta foi dado com o anúncio da contratualização com a CA Seguros – Crédito Agrícola, de uma apólice colectiva para a vinha que cobre os riscos associados aos fenómenos climáticos adversos, incluindo a queima de cachos – ou vulgarmente chamada de ‘escaldão’. A iniciativa foi da Comissão Vitivinícola da Região de Lisboa (CVR Lisboa), que quer assim mitigar os efeitos as alterações climáticas, promover a sustentabilidade e disponibilizar aos vitivinicultores os instrumentos necessários para a gestão de riscos, pois o escaldão do Verão de 2018 está ainda bem presente na memória de todos.

“Houve viticultores que tiveram perdas totais em Agosto passado e tínhamos de encontrar um mecanismo de defesa e protecção de investimentos e rendimentos dos viticultores”, afirma Francisco Toscano Rico, presidente da CVR Lisboa.

Em comunicado é realçado que “a região atravessa um momento virtuoso de grande investimento nas vinhas e com grande notoriedade e reconhecimento internacional, com as vendas a crescer cerca de 20% face ao ano anterior, tanto na exportação como no mercado nacional”.

“Estamos a trabalhar para a melhoria da competitividade da região e este é o primeiro passo para que, em 2050, a viticultura da região seja a mais rentável em Portugal”, reforça o líder da CVR Lisboa.

A Comissão diz ter consciência que os fenómenos climáticos extremos serão cada vez mais frequentes e que o território nacional está no epicentro desta problemática e, como tal, está a preparar a adesão ao Porto Protocol – Climate Change Leadership, sinónimo do seu empenho no propósito da sustentabilidade.

Toscano Rico vai assumir presidência da CVR Lisboa

Francisco Toscano Rico, até agora vice-presidente do Instituto da Vinha e do Vinho, vai assumir as funções de presidente da Comissão Vitivinícola Regional de Lisboa. Toscano Rico vai assumir em Janeiro as novas funções em Torres Vedras, local onde está a sede da CVR Lisboa. Com ele estarão os directores Carlos João Pereira da Fonseca (representante […]

Francisco Toscano Rico, até agora vice-presidente do Instituto da Vinha e do Vinho, vai assumir as funções de presidente da Comissão Vitivinícola Regional de Lisboa. Toscano Rico vai assumir em Janeiro as novas funções em Torres Vedras, local onde está a sede da CVR Lisboa. Com ele estarão os directores Carlos João Pereira da Fonseca (representante do Comércio) e José Bernardo Nunes (da Produção).
Curiosamente, o anterior presidente da CVR Lisboa, Bernardo Gouvêa, fez o percurso inverso, assumindo recentemente a presidência do Instituto da Vinha e do Vinho.

 

CVR de Lisboa abriu loja no Mercado da Ribeira

Loja de vinho da CVR Lisboa no Mercado da Ribeira

O Mercado da Ribeira, em Lisboa, é o local onde foi instalada a primeira loja exclusivamente dedicada aos vinhos da região de Lisboa. A iniciativa foi da Comissão Vitivinícola Regional de Lisboa, mas teve o apoio do município da capital. A loja tem mais de 300 referências de vinhos, entre espumantes, brancos, colheitas tardias, rosés, tintos […]

O Mercado da Ribeira, em Lisboa, é o local onde foi instalada a primeira loja exclusivamente dedicada aos vinhos da região de Lisboa. A iniciativa foi da Comissão Vitivinícola Regional de Lisboa, mas teve o apoio do município da capital. A loja tem mais de 300 referências de vinhos, entre espumantes, brancos, colheitas tardias, rosés, tintos e licorosos, incluindo Carcavelos, Colares e mesmo aos raríssimos vinhos Medievais de Ourém. Apesar da loja não ser propriamente nova  a inauguraçãosó orreu dia 17 de Setembro, com a presença de várias individualidades, incluindo Bernardo Gouvêa, presidente da CVR de Lisboa, e de José Sá Fernandes, vereador da Câmara Municipal de Lisboa, um grande apoiante dos vinhos da região (e não só) e uma das peças fulcrais na ‘transformação verde’ da capital.

A CVR Lisboa é quem assume a gestão da loja, que conta com uma equipa de 5 pessoas. A grande maioria dos visitantes é estrangeira e, como nos disse Maria Miguel, a gestora da loja, “muita gente vem aqui à procura de Vinho do Porto ou Vinho Verde, mas acaba por levar um Carcavelos ou dos vinhos da região, como os chamados vinhos leves”. A explicação

É fácil: no geral, os estrangeiros não conhecem os vinhos de Lisboa nem a região vitivinícola. O pessoal que atende tem assim hipótese de explicar com auxílio de um mapa e depois dar a provar um dos oito vinhos colocados num sistema de vinho a copo. As provas são grátis (e a dose pequena) e estes vinhos vão rodando, mas procura-se ter sempre em prova um Arinto e um Carcavelos. Curiosamente, os vinhos que mais vendem são o branco Prova Régia (Arinto) e o generoso Carcavelos Villa Oeiras, da Câmara de Oeiras. Refira-se que os preços dos vinhos são bastante convidativos e que a loja está aberta todos os dias, das 13 até às 22 horas.