Quinta das Marias Dão com estilo desde 1991

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[vc_row type=”in_container” full_screen_row_position=”middle” scene_position=”center” text_color=”dark” text_align=”left” overlay_strength=”0.3″ shape_divider_position=”bottom”][vc_column column_padding=”no-extra-padding” column_padding_position=”all” background_color_opacity=”1″ background_hover_color_opacity=”1″ column_shadow=”none” column_border_radius=”none” width=”1/1″ tablet_text_alignment=”default” phone_text_alignment=”default” column_border_width=”none” column_border_style=”solid”][vc_column_text]
Peter Eckert é suíço e fez carreira em Portugal, no sector dos seguros. Quando pensou reformar-se optou pela compra de uma pequena propriedade no Dão, em Oliveira do Conde, perto de Carregal do Sal. Nunca se arrependeu da decisão e dos 2 hectares iniciais chegou aos 12. Hoje passa mais tempo entre nós do que na terra natal.
TEXTO João Paulo Martins
FOTOS Anabela Trindade[/vc_column_text][/vc_column][/vc_row][vc_row type=”in_container” full_screen_row_position=”middle” scene_position=”center” text_color=”dark” text_align=”left” overlay_strength=”0.3″ shape_divider_position=”bottom”][vc_column column_padding=”no-extra-padding” column_padding_position=”all” background_color_opacity=”1″ background_hover_color_opacity=”1″ column_shadow=”none” column_border_radius=”none” width=”1/2″ tablet_text_alignment=”default” phone_text_alignment=”default” column_border_width=”none” column_border_style=”solid”][vc_column_text]
Todos sabemos que nem sempre é fácil ser estrangeiro em terras do interior, mas também já aprendemos que a maior ou menor receptividade depende muito da atitude de quem vem de fora. Peter, com uma simpatia muito contagiante, não teve problemas, “gosto das pessoas e nunca senti qualquer animosidade, sempre me receberam muito bem; estou muito contente por estar aqui e sinto-me em família”. Isso mesmo foi evidente quando fomos almoçar a um pequeno restaurante não muito longe de Oliveira do Conde: recebido como cliente habitual, com a simpatia das gentes do interior, Peter retribui com aquele sentimento do “somos todos cá da terra”, a mesma terra que teve Aristides de Sousa Mendes como figura emblemática.
Passaram 12 anos desde a minha primeira visita à Quinta das Marias. Na altura foi em época de vindima e, se agora voltasse no mesmo período, muito provavelmente iria encontrar os mesmos personagens, amigos suíços que fazem questão de voltar sempre para a vindima. E o médico ginecologista que então me recebeu poderá estar lá de novo que, diz Peter, “faz questão de ser ele a limpar a prensa”. Por aqui é assim, há amigos, há cumplicidades que se prolongam no tempo e há também a boa colaboração de Luis Lopes, enólogo, que após deixar a Quinta da Pellada assumiu a enologia desta propriedade. Vizinhos são também quintas conhecidas: Quinta Mendes Pereira, Magnum Carlos Lucas e União Comercial da Beira.
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Aquando da visita, em fins de Junho, a vinha estava o que se pode chamar um “mimo”: verdejante, bem tratada, com boa carga de uvas, já com os excessos de folhagem cortados e sem sinais de problemas fitossanitários. Mas Peter e Luis sabem que é cedo para grandes conclusões; é preciso esperar, estar atento, acompanhar e, se for caso disso, intervir. Em frente ao portão principal da quinta, onde entre várias bandeiras hasteadas lá está também a da Suíça, fica uma propriedade que Peter adquiriu e onde tem sobretudo o Encruzado plantado. Conta-nos: “quando comecei, apesar de serem só 2 hectares, a CVR obrigou-me a plantar quatro castas brancas e quatro tintas, mas quando essa obrigatoriedade acabou fiquei só com Encruzado.” É verdade, mas não totalmente porque à volta da vinha de Encruzado que fica do lado de lá da rua, existem várias parcelas “alugadas” a um vizinho em regime de comodato, ou seja, o proprietário mantém a posse da terra, Peter não paga nada pelo aluguer e o proprietário se quiser e quando quiser pode vender a parcela. A vantagem é que tem a terra tratada em vez de abandonada. Aí, nessa vinha, Peter e Luis levaram a cabo um programa de re-enxertia por borbulha (aproveitando a cepa original e o competente sistema radicular) tendo então plantado Uva Cão, Barcelo, Bical e Gouveio.
E, do que plantou no início, concluiu que aquelas não eram terras para a Tinta Pinheira, “não dava nada, nem sequer cor ou aroma, só líquido” mas, ao contrário da ideia que Luis Lopes trazia da Pellada, a Roriz, de que Peter gosta bastante, dá-se aqui muito bem; Luis conclui que foi uma boa surpresa porque “a Roriz aqui não tem os taninos perros que tinha na Pellada”, e entra por isso sempre na Cuvée TT. Num ponto estão ambos de acordo: aqui é terra de Alfrocheiro, uma casta e tanto, que desde o primeiro momento – as primeiras plantações datam de 1991 – nunca foi uma decepção. Já as alterações climáticas e o aumento previsível da temperatura não auguram nada de bom nem para a Jaen (de que ambos são grandes adeptos) nem para a Bical. É provável que no futuro se tenham de fazer mudanças de castas.
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Uma vertical de Touriga Nacional
Na visita à Quinta das Marias, escolhi alguns vinhos para fazer uma prova mais alargada. Peter optou pela Touriga Nacional, mas foi evidente, ao longo de toda a visita, que a Alfrocheiro é também uva da sua eleição e que, contrariando o que por vezes se ouve dizer, também nunca teve nada contra a Tinta Roriz. A prova de 7 vinhos de Touriga Nacional da Quinta das Marias revela que aqui a casta conserva as suas boas características, mesmo em anos diferentes, e a qualidade é também muito consistente. Iniciámos a avaliação pelo Touriga de 2002, evoluído na cor mas muito fino e elegante, um verdadeiro prazer (17,5); o 2005, mais jovem de aroma, mantém as notas de fruta em calda, com muita expressão e delicadeza apesar da boa garra (17,5); ainda cheio de cor mostrou-se o 2008, combinando as notas florais da Touriga com um toque vegetal de Alfrocheiro (tem 5% desta casta), intensamente gastronómico (17,5); o 2011 é o que mais se evidencia no momento, vigoroso, complexo e rico (18); muito jovem ainda, o 2014 conjuga o floral elegante, com um tom mais sério dado por taninos finos mas bem presentes (17,5); o 2015, afina pelo mesmo diapasão, fino mas estruturado e cheio de classe (17,5). Publicada à parte nestas páginas, a prova do 2016, agora no mercado, e que confirma a enorme consistência dos Touriga da Quinta das Marias.
[/vc_column_text][/vc_column][/vc_row][vc_row type=”in_container” full_screen_row_position=”middle” scene_position=”center” text_color=”dark” text_align=”left” overlay_strength=”0.3″ shape_divider_position=”bottom”][vc_column column_padding=”no-extra-padding” column_padding_position=”all” background_color_opacity=”1″ background_hover_color_opacity=”1″ column_shadow=”none” column_border_radius=”none” width=”1/1″ tablet_text_alignment=”default” phone_text_alignment=”default” column_border_width=”none” column_border_style=”solid”][vc_column_text]Conselhos vindos de longe
Na Primavera passada estiveram aqui durante três dias o casal Claude e Lydia Bourguignon, verdadeiros gurus da viticultura e especialistas dos solos, conselheiros de múltiplos produtores em todo o mundo. Vieram analisar o solo, perceber a relação entre os vários tipos de solo e os porta-enxertos usados, dar, em função disso, conselhos sobre podas e nutrição dos terrenos. Para isso fizerem doze buracos no terreno, espalhados em várias zonas da propriedade, em geral com 1,5 m de profundidade e depois da análise muito minuciosa de cada um foram feitas sugestões sobre o que fazer e o que mudar. Sobre as castas plantadas “não quiseram dar opinião, mas gostaram muito dos vinhos”, diz Peter, sobretudo Encruzado, Alfrocheiro e Touriga Nacional. Disseram que a terra era de grande qualidade para plantar vinha, mas que tinha muita areia na primeira parte do solo. Há também alguns problemas de excesso de humidade, e por isso aqui a vinha é de sequeiro. Diz-nos Luis, “temos em solos húmidos problemas de armilária, que é um fungo parasitário do carvalho que ficou na terra; nesses solos algumas cepas morreram e outras originam pouca produção. Há compensações a fazer e há erros que não se devem cometer, é para isso que serve um profundo conhecimento do solo que temos à disposição”.
A experiência foi boa conselheira e assim Peter, ao decidir ficar apenas com o Encruzado, arrancou o Borrado das Moscas (Bical), Malvasia Fina e Cercial. Curiosamente, voltou ao Bical nas re-enxertias do comodato. Nessa vinha havia castas como Semillon e Assaraky, um híbrido feito em Portugal de cruzamento de Assario com Sarak, uma casta que veio da Casa da Ínsua. Diz-nos Luis que “temos Uva Cão do Centro Estudos de Nelas e da Quinta da Passarela. Terrantez não plantámos porque não consegui arranjar varas. Falta-nos a Douradinha que é casta antiga e muito ácida que merece ser plantada”. Da vinha do comodato será posteriormente tirada a Tinta Roriz que lá está e em cujos pés se fez a enxertia. As varas de Touriga Nacional vieram também do Centro de Estudos de Nelas mas, como que a confirmar a tese clássica, “os resultados são muito diferentes conforme a localização e orientação da parcela e, claro, em função do subsolo”, lembra Peter. Se voltássemos aos anos 90, era seguro que as vindimas dos tintos só começavam depois de 5 de Outubro mas “actualmente começamos entre 20 e 25 de Setembro”. Coisas do clima, como é evidente. A produção ronda as 60.000 garrafas, das quais 40% se destinam ao mercado interno e o resto é exportado, sobretudo para o Canadá, Brasil e Macau.
[/vc_column_text][vc_gallery type=”nectarslider_style” images=”40686,40687,40688,40689,40690″ bullet_navigation_style=”see_through” onclick=”link_no”][/vc_column][/vc_row][vc_row type=”in_container” full_screen_row_position=”middle” scene_position=”center” text_color=”dark” text_align=”left” overlay_strength=”0.3″ shape_divider_position=”bottom”][vc_column column_padding=”no-extra-padding” column_padding_position=”all” background_color_opacity=”1″ background_hover_color_opacity=”1″ column_shadow=”none” column_border_radius=”none” width=”1/1″ tablet_text_alignment=”default” phone_text_alignment=”default” column_border_width=”none” column_border_style=”solid”][vc_column_text]O estudo e a atenção
Segundo Peter Eckert, quando na Suíça perguntava a opinião sobre os vinhos portugueses, ouvia invariavelmente que faltava consistência de qualidade e oferta no mercado para o consumidor. Foi nesses dois pontos – qualidade e consistência – que procurou pegar para alterar essa imagem. A prova dos Touriga Nacional que fizemos mostra exactamente essa consistência. Mas isso não surge por acaso: a produção de vinho exige alguns cuidados que Peter faz questão de salientar: a higiene é factor primordial em todos os trabalhos ao longo do ano, a atenção a todos os pormenores exige estar sempre em cima do acontecimento, há que manter uma atitude de estudo e curiosidade sobre o que se passa. O enólogo afirma mesmo que “Peter é estudioso e está sempre interessado nas coisas que lhe digo e ele vai informar-se sobre qualquer assunto e, quando voltamos a falar, ele já sabe muito sobre a matéria”, por isso sente-se habilitado para todas as tarefas da adega.
A vinda de Luis Lopes pode também levar à procura de novos vinhos e novas experiências, como Peter refere: “quero conciliar a linha de continuidade com a produção anterior, mas vamos ter projectos que o Luis vai assumir com ensaios e coisas novas que podemos experimentar”. Coisas novas, lembra Luis, como por exemplo o uso de extracto de grainha como substituto do sulfuroso; “já usámos e vamos agora engarrafar o ensaio a ver como se comporta na garrafa; para já, não ganhou acidez volátil nem brett (fenóis voláteis) o que é bom sinal. Mas vamos ver e vamos aprender”. Peter e Luis afinam claramente pelo mesmo padrão, procurando manter um estilo e um histórico, mas sem enjeitar experimentação e novidades. 27 anos depois do seu nascimento, a Quinta das Marias continua em grande no Dão.
[/vc_column_text][/vc_column][/vc_row][vc_row type=”in_container” full_screen_row_position=”middle” scene_position=”center” text_color=”dark” text_align=”left” overlay_strength=”0.3″ shape_divider_position=”bottom”][vc_column column_padding=”no-extra-padding” column_padding_position=”all” background_color_opacity=”1″ background_hover_color_opacity=”1″ column_shadow=”none” column_border_radius=”none” width=”1/1″ tablet_text_alignment=”default” phone_text_alignment=”default” column_border_width=”none” column_border_style=”solid”][vc_text_separator title=”VINHOS EM PROVA”][divider line_type=”No Line” custom_height=”30″][vc_column_text]
Edição Nº28, Agosto 2019
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Borges renova imagem dos seus monovarietais

Os monovarietais da Sociedade de Vinhos Borges, Touriga Nacional (Dão) e Alvarinho (Vinho verde), chegam agora ao mercado com uma nova imagem. Seguindo a mesma linha das gamas Borges Reserva e Borges Grande Reserva, a empresa pretende aliar modernidade e tradição. “Esta nova imagem veio reforçar a linha de comunicação na qual a Sociedade dos […]
Os monovarietais da Sociedade de Vinhos Borges, Touriga Nacional (Dão) e Alvarinho (Vinho verde), chegam agora ao mercado com uma nova imagem. Seguindo a mesma linha das gamas Borges Reserva e Borges Grande Reserva, a empresa pretende aliar modernidade e tradição.
“Esta nova imagem veio reforçar a linha de comunicação na qual a Sociedade dos Vinhos Borges tem apostado no último ano. Queremos imprimir às nossas referências uma roupagem contemporânea, acompanhando as tendências do design actual, não esquecendo de reforçar a tradição e o know-how da marca em produzir vinhos de alta qualidade, que o nosso consumidor tão bem conhece”, refere Ana Montenegro, Gestora de Comunicação e Relações Públicas da Sociedade dos Vinhos Borges.
O Dão de Carlos Lucas, e a Quinta de Santa Maria

[vc_row type=”in_container” full_screen_row_position=”middle” scene_position=”center” text_color=”dark” text_align=”left” overlay_strength=”0.3″ shape_divider_position=”bottom”][vc_column column_padding=”no-extra-padding” column_padding_position=”all” background_color_opacity=”1″ background_hover_color_opacity=”1″ column_shadow=”none” column_border_radius=”none” width=”1/1″ tablet_text_alignment=”default” phone_text_alignment=”default” column_border_width=”none” column_border_style=”solid”][vc_column_text] Não é o mais antigo produtor do Dão, mas o vinho não escolhe idades. Com um portefólio diverso, de qualidade mais do que comprovada, Carlos Lucas continua a adquirir terreno e a alargar os horizontes da […]
[vc_row type=”in_container” full_screen_row_position=”middle” scene_position=”center” text_color=”dark” text_align=”left” overlay_strength=”0.3″ shape_divider_position=”bottom”][vc_column column_padding=”no-extra-padding” column_padding_position=”all” background_color_opacity=”1″ background_hover_color_opacity=”1″ column_shadow=”none” column_border_radius=”none” width=”1/1″ tablet_text_alignment=”default” phone_text_alignment=”default” column_border_width=”none” column_border_style=”solid”][vc_column_text]
Não é o mais antigo produtor do Dão, mas o vinho não escolhe idades. Com um portefólio diverso, de qualidade mais do que comprovada, Carlos Lucas continua a adquirir terreno e a alargar os horizontes da empresa.
TEXTO Mariana Lopes NOTAS DE PROVA Luís Lopes e Mariana Lopes FOTOS Anabela Trindade

Há vinhos que se associam a um homem e um não faz sentido sem o outro. Condição sine qua non. É o caso do Ribeiro Santo e de Carlos Lucas, dois nomes que juntamos desde o ano 2000, data do primeiro vinho assim baptizado. Localizada em Oliveira do Conde, Carregal do Sal, a Magnum Carlos Lucas Vinhos materializa-se numa adega bonita e discreta, mas moderna e prática, bem ao estilo pragmático do seu mentor. Mas é aqui que esta palavra se torna plural: mentores. Sempre ao lado de Carlos Lucas está Carlos Rodrigues e, juntos, estes dois enólogos criam vinhos no Dão e também além das suas fronteiras, essencialmente no Douro (com os vinhos Baton) e no Alentejo (origem dos Maria Mora).
Carlos Lucas iniciou a sua carreira em enologia em 1992, na Adega Cooperativa de Nelas, após ter concluído a formação em Montpellier. Um par de anos mais tarde, dedicou-se à fundação e administração de outros projectos, uma era que culminou na criação da empresa que tem o seu nome, em 2011, e à qual acoplou a marca Ribeiro Santo. Enquanto tudo isto, várias consultorias tomaram lugar e também a responsabilidade pelo projecto Quinta da Ala¬meda de Santar, que partilha com o amigo Luís Abrantes. Carlos Rodrigues, por sua vez, é bairradino e foi nessa região começou a actividade enológica, sob a orientação de Mário Pato, um dos primeiros enólogos a ensinar o ofício em Portugal. Provavelmente foi essa vivência que o fez ligar-se tanto à investigação e participar em vários estudos científicos. Apesar de ter feito vinhos em várias regiões do país, foi na Bairrada que se afirmou como “mestre” em espumantes, experiência que hoje aplica na Magnum Vinhos.
A QUINTA DO RIBEIRO SANTO
Conta a história que nesta quinta havia um ribeiro que nunca parava de correr, nem nos anos mais secos. Tendo outrora sido quinta de fidalguia, foi depois adquirida por um padre, que crismou esse ribeiro e o tornou “santo”. Mais tarde, em 1994, a Quinta do Ribeiro Santo tornou-se propriedade da família de Carlos Lucas, que encetou a reconversão das vinhas. Plantadas, no solo de granito pobre, estão as uvas tradicionais do Dão, as tintas Touriga Nacional, Alfrocheiro e Tinto Cão e a branca Encruzado. Além do vinho homónimo, é desta quinta que saem nomes como Automático, Envelope e o icónico E.T. (nome que vem de Encruzado e Touriga Nacional), entre outros.
A produção anual já vai nos 200 mil litros, mas Carlos Lucas revelou que vão “duplicar a capacidade das cubas de inox até ao Verão”, o que significa que esse número continuará a crescer. Para fora de Portugal vai 60% dessa produção, principalmente para o Brasil, que é o melhor mercado da Magnum Carlos Lucas Vinhos. No entanto, “as vendas crescem cada vez mais nos países da Europa e nos Estados Unidos”, disse o enólogo.
APOSTANDO NA REGIÃO, E NÃO SÓ…

Foi com as aprendizes e jovens enólogas Natália Korycka e Nádia Rodrigues que Carlos Lucas nos levou à Quinta de Santa Maria, propriedade adquirida por si em Maio de 2018. São dez hectares em Cabanas de Viriato, uma vila com um encanto muito próprio, daquele que só as pequenas localidades do Dão comportam, com as casas em pedra onde o sol reflecte e reluz ao amanhecer. Com muita história, Cabanas de Viriato é o berço de Aristides de Sousa Mendes, cuja casa ainda lá figura.
O primeiro impacto ao pôr os pés no terreno é a deslumbrante vista para a Serra da Estrela, em plano de fundo. A quinta, murada em todo o seu redor, tem vinhedos com 18 anos e esteve abandonada durante cinco, antes de passar para as mãos da Magnum Vinhos. Era posse de uma família de Nelas que lá tinha raízes e Carlos já conhecia bem o potencial daquelas parcelas, tendo sido ele a plantá-las quando do seu anterior projecto. Rodeadas por oliveiras e retalhos de bosque, as uvas são 30% brancas e 70% tintas, com Encruzado, Touriga Nacional, Alfrocheiro, Jaen e Tinto Cão a crescer no solo típico da região, pobre, granítico e arenoso, de raízes superficiais. Mas ainda há planos para plantar mais Encruzado nos espaços livres, deixando sempre as manchas de pinheiros bravos. “A partir de agora, tudo o que eu puder plantar será branco”, revelou Carlos Lucas.
Caminhando pela propriedade adentro, chega-se a uma adega antiga, ainda intocada, que será remodelada, mantendo o seu carácter tradicional. Depois, uma casa que parece descansar ali há muito tempo… Virando a sua esqui¬na, somos surpreendidos por uma pérgola de granito coberta por musgos, condição própria de um habitat que está quase sempre à sombra da casa. O interior está “romanticamente” abandonado, com algum mobiliário velho e esquecido, e algumas garrafas de vinho, de outro tempo, partidas no chão. E é quando passamos para a frente desta que entendemos tudo: aquele local tem um grande potencial para enoturismo e Carlos Lucas sabe disso. Toda essa zona, protegida por árvores, convida a um almoço “on site” descontraído a olhar para as videiras, harmonizado com os vinhos Magnum. “Vamos remodelar a casa e construir mais quartos no meio da vinha, para que o visitante possa ter aqui a experiência completa”, adiantou Carlos Lucas. Mas esta quinta tem um objectivo maior: fazer um vinho de topo, um Vinha Santa Maria. Por enquanto, temos de esperar por ele.
A expansão, no entanto, não acaba aqui. Foi em jeito de notícia em primeira mão que o enólogo nos contou que 109 hectares, no Douro, já são seus, dez desses de vinha. “Eu não quero ser a maior empresa, quero ter credibilidade, bons vinhos e uma equipa feliz”, confessou. Daquilo que apurámos, parece que tudo se confirma.
[/vc_column_text][/vc_column][/vc_row][vc_row type=”in_container” full_screen_row_position=”middle” scene_position=”center” text_color=”dark” text_align=”left” overlay_strength=”0.3″ shape_divider_position=”bottom”][vc_column column_padding=”no-extra-padding” column_padding_position=”all” background_color_opacity=”1″ background_hover_color_opacity=”1″ column_shadow=”none” column_border_radius=”none” width=”1/1″ tablet_text_alignment=”default” phone_text_alignment=”default” column_border_width=”none” column_border_style=”solid”][vc_column_text]
Edição Nº25, Maio 2019
Caminhos Cruzados promove Concurso de Fotografia

A Caminhos Cruzados, produtora de vinhos do Dão, apela, com o apoio das Casas do Lupo, à criatividade e desafia os amantes de vinho a registá-lo, em fotografia, sob o mote “A Caminhos Cruzados desafia a descobrir… O que é o vinho? É uva? Vinha? Adega? Copo? É tudo isso e mais ainda”. Entre os […]
A Caminhos Cruzados, produtora de vinhos do Dão, apela, com o apoio das Casas do Lupo, à criatividade e desafia os amantes de vinho a registá-lo, em fotografia, sob o mote “A Caminhos Cruzados desafia a descobrir… O que é o vinho? É uva? Vinha? Adega? Copo? É tudo isso e mais ainda”.
Entre os dias 1 e 31 de Julho, os apaixonados pela arte da fotografia e do vinho podem participar e habilitar-se a ganhar um fim-de-semana (2 noites) nas Casas do Lupo, para 2 adultos (até 15 de Dezembro de 2019, excepto no mês de Setembro), um programa completo de Enoturismo na Caminhos Cruzados e ainda a uma garrafa do vinho topo de gama Teixuga Branco 2014.
Para seleccionar as melhores imagens fotográficas, Caminhos Cruzados contará com jurados de renome: Isabel Saldanha, fotógrafa; Mariana Lopes, editora de imagem da revista Grandes Escolhas; Ricardo Garrido, fotógrafo e editor de imagem e Bernardo Torres, Director das Casas do Lupo.
O vencedor será anunciado no dia 6 de Setembro, na Adega da Caminhos Cruzados. As 5 imagens finalistas estarão em exposição na Adega da Caminhos Cruzados e na Feira do Vinho do Dão, em Nelas, entre os dias 6 e 8 de Setembro.
Os participantes deverão enviar as suas fotografias para o e-mail geral@caminhoscruzados.net.
O regulamento pode ser consultado no Facebook do produtor ou no site da Caminhos Cruzados.
Já são conhecidos Os Melhores Vinhos do Dão

A 10ª gala “Os Melhores Vinhos do Dão”, organizada pela Comissão Vitivinícola Regional do Dão, que se realizou dia 12 de Julho, premiou os melhores vinhos produzidos na região. Este ano, foi o vinho tinto Tesouro da Sé 2015, produzido pela UDACA (União das Adegas Cooperativas do Dão), a arrecadar o galardão mais esperado da […]

A 10ª gala “Os Melhores Vinhos do Dão”, organizada pela Comissão Vitivinícola Regional do Dão, que se realizou dia 12 de Julho, premiou os melhores vinhos produzidos na região. Este ano, foi o vinho tinto Tesouro da Sé 2015, produzido pela UDACA (União das Adegas Cooperativas do Dão), a arrecadar o galardão mais esperado da noite: Melhor Vinho a Concurso. Durante o evento de entrega de prémios resultantes do concurso Os Melhores Vinhos do Dão, foram ainda distinguidos 37 vinhos: 1 Prata, 31 Ouro e 5 Platina.
O concurso realizou-se no passado dia 2 de Julho, no Salão Nobre do Solar do Vinho do Dão, tendo sido presidido por Beatriz Machado, Directora de Vinhos do hotel “The Yeatman”. O painel de jurados ibérico reuniu 28 elementos – entre enólogos, sommeliers, críticos de vinho da imprensa especializada, membros de Câmaras de Provadores e empresas ligadas à distribuição de vinhos – que provou 137 amostras de vinho do Dão, provenientes de 33 produtores. As amostras foram agrupadas nas seguintes categorias: vinhos brancos; vinhos tintos; vinhos rosados; vinhos monovarietais e espumantes naturais (brancos, tintos e rosés).

Para o presidente da CVR do Dão, Arlindo Cunha, este concurso é uma oportunidade de “Premiar os produtores e atribuir mérito ao trabalho desenvolvido nas áreas de viticultura e da enologia e, por outro lado, é também uma forma de estimular a produção de vinhos de qualidade e valorizar o nível técnico e comercial dos vinhos da região”.
A lista completa dos premiados:
MELHOR VINHO:
– Tesouro da Sé (tinto, 2015), UDACA – União das Adegas Cooperativas do Dão
PLATINA:
– Tesouro da Sé (tinto, 2015), UDACA – União das Adegas Cooperativas do Dão
– Maria João (branco, 2013), Quinta do Solar do Arcediago – AgroTurismo, Lda
– Quinta das Camélias (rosé, 2018), Jaime de Almeida Barros, Lda
– Adro da Sé (branco, 2017), UDACA – União das Adegas Cooperativas do Dão
– Vinha dos Amores (branco, 2014), Sociedade Agrícola de Santar, SA
OURO:
– Julia Kemper (branco, 2016), Julia Kemper Wines, SA
– Casa da Passarella, A Descoberta (branco, 2018), O Abrigo da Passarela, Lda
– Casa da Ínsua (branco, 2018), Empreendimentos Turísticos Montebelo – Sociedade de Turismo e Recreio
– Paço dos Cunhas Vinha do Contador (branco, 2014) Paço de Santar Vinhos do Dão, SA
– Invulgar (tinto, 2015), UDACA – União das Adegas Cooperativas do Dão
– Pedra do Gato Premium (tinto, 2015), Passarela – Sociedade do Dão, Lda
– Cabriz Reserva (tinto, 2014), Global Wines, SA
– Cabriz (25 anos, tinto 2011), Global Wines, SA
– Quinta da Ponte Pedrinha Vinhas Velhas (tinto, 2015), Maria de Lourdes Mendes Oliva Nunes Albuquerque Osório
– Pedra D’Orca Reserva (tinto, 2015), Adega Cooperativa de Vila Nova de Tazem
– Morgado de Silgueiros Reserva (tinto, 2014), Adega Cooperativa de Silgueiros
– Adega de Penalva Reserva (tinto, 2013), Adega Cooperativa de Penalva do Castelo
– Quinta dos Carvalhais Reserva (tinto, 2016), Sogrape Vinhos
– Casa de Santar (tinto, 2016), Sociedade Agrícola de Santar, SA
– Casa da Passarella Villa Oliveira (tinto, 2014), O Abrigo da Passarela, Lda
– Foral D. Henrique 25 anos (tinto, 2015), Adega Cooperativa de Mangualde
– Elpenor Reserva (tinto, 2014), Julia Kemper Wines, SA
– Titular (tinto, 2015), Caminhos Cruzados, Lda
– Chão da Quinta (tinto, 2015), Chão de São Francisco – Sociedade de Vitivinicultura e Turismo Rural, Lda
– Adega de Penalva (tinto, 2017), Adega Cooperativa de Penalva do Castelo
– Julia Kemper (tinto, 2012), Julia Kemper Wines, SA
– Castelo de Azurara (branco, 2011), Adega Cooperativa de Mangualde
– Morgado de Silgueiros (tinto, 2014), Adega Cooperativa de Silgueiros
– Titular Reserva (branco, 2017), Caminhos Cruzados
– Castelo de Azurara (branco, 2016), Adega Cooperativa de Mangualde
– Adega de Penalva (branco, 2017), Adega Cooperativa de Penalva do Castelo
– Adega de Penalva (jaen, tinto, 2017), Adega Cooperativa de Penalva do Castelo
– Adega de Penalva (tinta-roriz, tinto, 2017), Adega Cooperativa de Penalva do Castelo
– Anselmo Mendes (tinto, 2015), Anselmo Mendes Vinhos, Lda
– Cabriz Reserva (branco, 2018), Global Wines, SA
– Ladeira da Santa Grande Reserva (tinto, 2016), Ladeira da Santa, SA
PRATA:
– Quinta da Ramalhosa (branco, 2017), Paulo Jorge Batista Ferreira
Quinta de Lemos abre loja ao público

A Quinta de Lemos, em Passos de Silgueiros, no Dão, abriu uma loja ao público no primeiro piso da sua adega. Lá, pode ser adquirida toda a gama de vinhos da casa, bem como peças decorativas, em cerâmica, feitas por Geraldine de Lemos, filha de Celso de Lemos, o proprietário. Há também outro tipo de […]
A Quinta de Lemos, em Passos de Silgueiros, no Dão, abriu uma loja ao público no primeiro piso da sua adega. Lá, pode ser adquirida toda a gama de vinhos da casa, bem como peças decorativas, em cerâmica, feitas por Geraldine de Lemos, filha de Celso de Lemos, o proprietário. Há também outro tipo de artigos, como chapéus de palha, bonés, t-shirts ou mochilas, tudo com a temática Quinta de Lemos. A degustação de vinho a copo está também disponível na loja que, segundo Pierre de Lemos, director-geral, “Corresponde a um pedido antigo de muitas pessoas, que gostavam de ter um ponto de encontro que lhes permitisse também desfrutar da Quinta de Lemos. O facto de aqui poderem apreciar um bom copo de vinho, ao sábado ou depois do trabalho, é outra boa razão para virem à nova loja”.
ViniPortugal traz Masters of Wine a três regiões portuguesas

[vc_row type=”in_container” full_screen_row_position=”middle” scene_position=”center” text_color=”dark” text_align=”left” overlay_strength=”0.3″ shape_divider_position=”bottom”][vc_column column_padding=”no-extra-padding” column_padding_position=”all” background_color_opacity=”1″ background_hover_color_opacity=”1″ column_shadow=”none” column_border_radius=”none” width=”1/1″ tablet_text_alignment=”default” phone_text_alignment=”default” column_border_width=”none” column_border_style=”solid”][vc_column_text] Quinze Masters of Wine (MW) de todo o Mundo estiveram, na última semana de Março, em tour pelo Alentejo, Dão e Bairrada. Numa parceria entre a ViniPortugal e o The Institute of Masters of Wine, este […]
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Quinze Masters of Wine (MW) de todo o Mundo estiveram, na última semana de Março, em tour pelo Alentejo, Dão e Bairrada. Numa parceria entre a ViniPortugal e o The Institute of Masters of Wine, este grupo de elite do vinho, proveniente de nove países diferentes, reforçou o seu conhecimento sobre castas, regiões e produtores portugueses, tomando contacto com o panorama vinícola nacional e as suas características distintivas.
O grupo de MW, coordenado por Dirceu Vianna Junior, o primeiro MW de língua portuguesa, radicado em Inglaterra, integrou especialistas de renome internacional: Alison Eisermann Ctercteko (Australia), Elsa Macdonald (Canadá), James Lawther (França), Joanna Locke (Reino Unido), Joel Butler (EUA), Matthew Forster (Reino Unido), Olga Karapanou Crawford (EUA), Robin Kick (Suíça), Rupert Wollheim (Reino Unido), Simon Nash (Nova Zelândia), Susan McCraith (Reino Unido), Tim Jackson (Reino Unido), Yiannis Karakasis (Grécia) e Ying Tan MW (Singapura).
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Além de visitas a produtores, estes MW assistiram a várias masterclasses, orientadas pelos colaboradores da Grandes Escolhas Nuno Oliveira Garcia e Dirceu Vianna Junior, e por Luís Lopes, director da publicação. Também palestras de enquadramento global do perfil de cada uma das três regiões vitivinícolas fizeram parte do programa, que seguidas de um debate sobre viticultura.
Foram várias as empresas que colaboraram nesta óptima iniciativa da ViniPortugal, entre elas a Herdade do Esporão, Dona Maria Vinhos, Fundação Eugénio de Almeida, Adega Mouchão, Symington Family Estates, Magnum Vinhos, Julia Kemper Wines, Paços dos Cunhas de Santar/Global Wines, Quinta da Pellada, Casa da Passarela, Quinta dos Carvalhais/Sogrape, Quinta dos Roques, Caves Aliança, Luís Pato e Baga Friends (Quinta das Bágeiras, Sidónio de Sousa, Quinta da Vacariça, Niepoort e Palace Hotel do Buçaco), CVR Dão e CVR Bairrada.
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Um Dão do avô, das origens e da terra

[vc_row type=”in_container” full_screen_row_position=”middle” scene_position=”center” text_color=”dark” text_align=”left” overlay_strength=”0.3″ shape_divider_position=”bottom”][vc_column column_padding=”no-extra-padding” column_padding_position=”all” background_color_opacity=”1″ background_hover_color_opacity=”1″ column_shadow=”none” column_border_radius=”none” width=”1/1″ tablet_text_alignment=”default” phone_text_alignment=”default” column_border_width=”none” column_border_style=”solid”][vc_column_text]Um empresário advogado (ou vice-versa) decide aproximar-se das suas origens, no Dão, e comprar terra, plantar uma vinha e, claro, fazer vinho. O avô Manuel Vicente foi figura inspiradora e dá por isso o nome aos vinhos. […]
[vc_row type=”in_container” full_screen_row_position=”middle” scene_position=”center” text_color=”dark” text_align=”left” overlay_strength=”0.3″ shape_divider_position=”bottom”][vc_column column_padding=”no-extra-padding” column_padding_position=”all” background_color_opacity=”1″ background_hover_color_opacity=”1″ column_shadow=”none” column_border_radius=”none” width=”1/1″ tablet_text_alignment=”default” phone_text_alignment=”default” column_border_width=”none” column_border_style=”solid”][vc_column_text]Um empresário advogado (ou vice-versa) decide aproximar-se das suas origens, no Dão, e comprar terra, plantar uma vinha e, claro, fazer vinho. O avô Manuel Vicente foi figura inspiradora e dá por isso o nome aos vinhos.
TEXTO António Falcão
NOTAS DE PROVA João Paulo Martins
FOTOS Ricardo Palma Veiga e cortesia Artemis
António Vicente Marques é um advogado com escritório próprio em Lisboa, Luanda e Maputo. Formado em Direito pela Universidade de Coimbra, tem vários mestrados e especializações em áreas como Direito Societário, Ciências Jurídico-Forenses, Direito Administrativo e Aduaneiro, Energia, Mercado de Capitais, Trabalho e Telecomunicações, entre outras.
É, pois, também, um empresário, com muitas viagens anuais para destinos de quatro continentes, centenas de reuniões e uma vida seguramente stressante. “Mas tinha um vazio”, reconhece ele à Grandes Escolhas: “Queria deixar um legado aos meus descendentes.” A escolha pela terra, material que já não se fabrica, foi mais do que natural para o advogado. Afinal cresceu ao pé do avô, Manuel Vicente, “pedreiro e agricultor, homem sempre com um sorriso na boca”. Mesmo quando colhiam uvas na altura da vindima ou apanhavam a azeitona nos dias duros e frios do Dão. Foi esta energia positiva que sempre cativou António Vicente Marques e por isso resultou que a marca dos vinhos exista em homenagem ao avô, Vicente. Essas bonitas recordações ao seu lado, na terra, acompanham-no desde sempre. E a localização foi a mesma, na Oliveirinha, concelho de Carregal do Sal. Por estas zonas António adquiriu duas quintas, que hoje têm 26 hectares de vinha. E arrendou outra, com vinha velha: mais 14 hectares.
Com terra ao dispor, António começou a pensar em contratar técnicos para colocar o projecto em marcha. É aqui que entra António Narciso, que não faz apenas figura de enólogo. Será quase uma espécie de director-geral. Mas não foi o único. Na plantação de vinha foram fulcrais outros técnicos da região. Entraram assim as castas típicas, mas também outras, como a Syrah, a Chardonnay e a Sauvignon Blanc, raras no Dão. Um capricho do proprietário, que não só gosta como quer ver como se portam nestes solos de pendor granítico. Ao mesmo tempo, está em construção uma nova adega.
Tudo foi feito com autofinanciamento, sem se recorrer a créditos. António tinha essa disponibilidade e as coisas andam assim mais depressa. Já o tinha feito, aliás, na aquisição de uma quinta com cerca de 6 hectares, a centenas de quilómetros a sul do Dão, em pleno Algarve, entre Luz de Tavira e Livramento. Também aqui foi plantada uma vinha, que, diz o gestor, “está a ultrapassar as expectativas”. Curiosamente, a casta Baga está a portar-se muito bem…
A empresa produtora chama-se Artemis, Projectos e Desenvolvimento Agrário, e já tem aí as primeiras colheitas. A apresentação decorreu no restaurante Cantinho do Avillez, em Lisboa, e do que provámos e sentimos, esta é um projecto que ainda vai dar muito que falar.[/vc_column_text][/vc_column][/vc_row][vc_row type=”in_container” full_screen_row_position=”middle” scene_position=”center” text_color=”dark” text_align=”left” overlay_strength=”0.3″ shape_divider_position=”bottom”][vc_column column_padding=”no-extra-padding” column_padding_position=”all” background_color_opacity=”1″ background_hover_color_opacity=”1″ column_shadow=”none” column_border_radius=”none” width=”1/1″ tablet_text_alignment=”default” phone_text_alignment=”default” column_border_width=”none” column_border_style=”solid”][image_with_animation image_url=”34128″ alignment=”” animation=”Fade In” border_radius=”none” box_shadow=”none” max_width=”100%”][/vc_column][/vc_row][vc_row type=”in_container” full_screen_row_position=”middle” scene_position=”center” text_color=”dark” text_align=”left” overlay_strength=”0.3″ shape_divider_position=”bottom”][vc_column column_padding=”no-extra-padding” column_padding_position=”all” background_color_opacity=”1″ background_hover_color_opacity=”1″ column_shadow=”none” column_border_radius=”none” width=”1/1″ tablet_text_alignment=”default” phone_text_alignment=”default” column_border_width=”none” column_border_style=”solid”][vc_column_text]Um futuro que promete
António Marques Vicente não quer parar por aqui: “Nos próximos dez anos pretendemos continuar a desenvolver anualmente, pelo menos, mais dez por cento da área que já temos.” Ou seja, mais e, certamente, melhor vinho. E, quem sabe, o melhor azeite. “Uma parte da minha vida tem sido fazer o improvável e é esta ambição que eu desejo para o projecto Dom Vicente.”
O empresário advogado acha que o avô Vicente e a avó Amélia iriam ficar orgulhosos: “Que pena eu tenho que não possam cá estar, para conhecer e se orgulharem deste projecto.”[/vc_column_text][/vc_column][/vc_row][vc_row type=”in_container” full_screen_row_position=”middle” scene_position=”center” text_color=”dark” text_align=”left” overlay_strength=”0.3″ shape_divider_position=”bottom”][vc_column column_padding=”no-extra-padding” column_padding_position=”all” background_color_opacity=”1″ background_hover_color_opacity=”1″ column_shadow=”none” column_border_radius=”none” width=”1/1″ tablet_text_alignment=”default” phone_text_alignment=”default” column_border_width=”none” column_border_style=”solid”][nectar_animated_title heading_tag=”h6″ style=”color-strip-reveal” color=”Accent-Color” text=”Em prova”][vc_column_text]
Edição Nº21, Janeiro 2019
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