Vinhos de Lisboa: 2022 foi o melhor ano de sempre

Vinhos Lisboa

Com mais 5,5 milhões de garrafas colocadas no mercado, face ao ano anterior, os Vinhos de Lisboa atingiram números recorde em 2022, o que se traduz num crescimento de 9%, segundo dados partilhados pela Comissão Vitivinícola da Região de Lisboa (CVR Lisboa). Francisco Toscano Rico, presidente da CVR Lisboa, explica: “Este desempenho resultou do aumento […]

Com mais 5,5 milhões de garrafas colocadas no mercado, face ao ano anterior, os Vinhos de Lisboa atingiram números recorde em 2022, o que se traduz num crescimento de 9%, segundo dados partilhados pela Comissão Vitivinícola da Região de Lisboa (CVR Lisboa).

Francisco Toscano Rico, presidente da CVR Lisboa, explica: “Este desempenho resultou do aumento significativo das vendas de vinhos brancos de Lisboa em mais de 25%, do crescimento das exportações para quase 100 países (+5% em volume e +7% em valor), o que permitiu alcançar uma quota de 20% do total das exportações de vinhos certificados nacionais (total das DOP/IGP excepto Vinho do Porto) e ainda das vendas dos Vinhos de Lisboa na restauração nacional, onde registaram, em 2022, o seu melhor ano de sempre, com crescimentos acima dos 100%, em volume e em valor”.

Especificamente quanto ao papel da restauração, Francisco Toscano Rico comenta: “Vemos como muito positivo a crescente penetração dos Vinhos de Lisboa nas cartas dos restaurantes, é um segmento especialmente importante para os vinhos mais premium, de maior valor acrescentado, e isso é fundamental sobretudo para os pequenos e médios produtores que foram os mais impactados durante a pandemia (…)”.

O presidente da CVR Lisboa sublinha, ainda, a importância dos vinhos brancos para a região: “Destaco a afirmação de Lisboa como região de excelência para a produção de grandes vinhos brancos e a subida importante das DOP de Lisboa como Bucelas, Óbidos, Carcavelos, Colares e Lourinhã, a atingirem valores pré-pandemia, sustentados pela recuperação da restauração nacional”.

Exportações de vinho português caem no primeiro semestre de 2022

exportações vinho 2022

Depois de alguns anos em percurso ascendente, as exportações de vinho português caíram 1,28% no primeiro semestre de 2022, em comparação com o período homólogo de 2021. Segundo a ViniPortugal — associação interprofissional que visa promover mundialmente os vinhos portugueses — de Janeiro a Junho de 2022 registou-se um decréscimo 5,6 milhões de euros face […]

Depois de alguns anos em percurso ascendente, as exportações de vinho português caíram 1,28% no primeiro semestre de 2022, em comparação com o período homólogo de 2021.

Segundo a ViniPortugal — associação interprofissional que visa promover mundialmente os vinhos portugueses — de Janeiro a Junho de 2022 registou-se um decréscimo 5,6 milhões de euros face aos mesmos meses do ano que passou. Frederico Falcão, presidente da ViniPortugal, contextualiza o fenómeno: “As exportações de vinho estão a cair há alguns meses, números que começámos a prever desde o momento em que os produtores registaram falta de matéria-prima na sua produção e problemas na distribuição. A conjuntura internacional é a principal causa desta contração, tendência do sector que surge, felizmente, só agora e que foi evitada nos últimos meses (e anos) graças à resiliência e dinâmica dos produtores nacionais. Recordo que estivemos a crescer a dois dígitos em grande parte do ano de 2021 e também no arranque de 2022. Como tal, acreditamos, ainda assim, que podemos terminar 2022 com um balanço positivo”.

Em sentido contrário, estão as exportações para os mercados Angola (crescimento de 55,2%), Canadá (+4,1%) e Japão (+21,6%), inseridos num aumento geral de 2,2% em valor, para os Países Terceiros, apesar do desempenho negativo das exportações de vinho português para a China (-47,7%) e para a Rússia (-62,1%). Por sua vez, o mercado comunitário teve uma quebra de 5,1%, com destaque para a Alemanha (-12,8%) e Suécia (-16,8%). 

País Valor Dif 2021
França 55 762 418 € -682 231 €
Estados Unidos da América 55 712 070 € 988 902 €
Brasil 29 192 783 € -2 455 261 €
Canadá 26 765 018 € 1 227 308 €
Alemanha 25 025 374 € -3 663 603 €
Países Baixos 21 905 063 € -1 830 691 €
Bélgica 21 763 432 € -1 707 733 €
Suíça 17 803 140 € -498 833 €
Angola 17 777 380 € 6 319 836 €
Polónia 15 052 452 € -743 152 €
Suécia 13 050 687 € -2 625 037 €
Espanha 10 477 103 € 1 133 859 €
Dinamarca 8 263 500 € 690 759 €
Noruega 6 091 058 € -755 761 €
Japão 4 623 298 € 819 848 €
China 4 104 547 € -3 749 968 €
Coreia do Sul 3 166 803 € -193 880 €
Federação da Rússia 2 147 395 € -3 515 274 €
México 1 016 030 € 430 423 €
Ucrânia 809 019 € -682 258 €
Reino Unido 711 298 € -60 195 €

*Tabela fornecida pela ViniPortugal

Início de 2022 mostra crescimento nas exportações de vinho português

exportações vinho 2022

Em comparação com o período homólogo de 2021, o primeiro trimestre de 2022 já se mostra positivo para as exportações de vinho português. Segundo os dados partilhados pela ViniPortugal, houve um aumento de 2,48% em valor e 4,07% no preço médio, de Janeiro a Março de 2022, ultrapassando-se os 212 milhões de euros em vinho […]

Em comparação com o período homólogo de 2021, o primeiro trimestre de 2022 já se mostra positivo para as exportações de vinho português. Segundo os dados partilhados pela ViniPortugal, houve um aumento de 2,48% em valor e 4,07% no preço médio, de Janeiro a Março de 2022, ultrapassando-se os 212 milhões de euros em vinho português exportado.

Neste intervalo de tempo, é de destacar o crescimento das exportações nos mercados do Canadá (+32,02%), Angola (+46,27%) e Suíça (+11,71%). As exportações com destino ao mercado comunitário registaram uma quebra em volume (-4,80%) e em valor (-3,00%). No entanto, registou-se um aumento do preço médio (+1,89%).

Relativamente a Países Terceiros, as exportações subiram 1,39% em volume, 7,64% em valor e 6,17% no preço médio, em comparação com o primeiro trimestre de 2021.

Frederico Falcão, Presidente da ViniPortugal, comenta: “Portugal prossegue nos mercados externos a apresentar vinhos de qualidade, facto que nos tem permitido aumentar o preço médio. Na linha da nossa estratégia de aumento de valor, é com satisfação que vemos estes resultados do primeiro trimestre de 2022, mas, sobretudo, é incrível observar a resiliência do sector, a excelência da produção nacional, que inova ano após ano e demonstra, uma vez mais, a sua determinação em vender bom vinho nacional além-fronteiras”.

Vinhos do Tejo crescem dois dígitos em certificação e exportação

Vinhos Tejo exportação

A Comissão Vitivinícola Regional do Tejo divulgou recentemente os dados relativos ao primeiro semestre de 2021 — Janeiro a Junho — respeitantes à certificação e exportação dos vinhos do Tejo. Em ambos os campos, verificou-se um crescimento de dois dígitos em percentagem, face ao período homólogo do ano anterior. A certificação de vinhos do Tejo […]

A Comissão Vitivinícola Regional do Tejo divulgou recentemente os dados relativos ao primeiro semestre de 2021 — Janeiro a Junho — respeitantes à certificação e exportação dos vinhos do Tejo.

Em ambos os campos, verificou-se um crescimento de dois dígitos em percentagem, face ao período homólogo do ano anterior. A certificação de vinhos do Tejo aumentou 14,33%, com mais de dezassete milhões de litros de vinho a obter certificação pela CVR Tejo, dos quais 1.249.609 litros como DOC do Tejo e 15.902.457 litros como IG Tejo. No que toca à exportação de vinhos do Tejo, a Comissão registou um crescimento de 36,76% em volume. No primeiro semestre de 2021, os principais mercados foram, por ordem de importância, a Suécia, o Brasil, a Polónia, a França, os Estados Unidos da América e a China, um ranking que, segundo a CVR Tejo, poderá sofrer alterações até ao final do ano, com o Brasil a voltar ao pódio: “Está já a notar-se uma boa retoma deste mercado, com forte afinidade para os vinhos portugueses e, em especial, para os vinhos da região Tejo”.

A CVR Tejo lembra também que “as exportações dos vinhos portugueses tiveram, no primeiro semestre de 2021, um comportamento muito positivo, registando um assinalável acréscimo, tanto em valor como em quantidade, quando comparado com o período homólogo de 2020: 14,5% em volume, 19,3% em valor e 4,2% no preço médio. Entre Janeiro e Junho, as exportações de vinho português fixaram-se assim em 435,6 milhões de euros, mais 70,5 milhões de euros do que o ano passado”.

Primeiro trimestre de 2020 foi estrondoso para exportações de vinho, em alguns mercados

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As exportações dos vinhos portugueses atingiram os 185 milhões de euros, entre Janeiro e Março de 2020. Isto significou um aumento de 2.1% em valor e, no mesmo período, de 4.4% em volume. Estes são os mais recentes números partilhados pela ViniPortugal, associação interprofissional para a promoção internacional dos Vinhos de Portugal. Quanto aos mercados […]

As exportações dos vinhos portugueses atingiram os 185 milhões de euros, entre Janeiro e Março de 2020. Isto significou um aumento de 2.1% em valor e, no mesmo período, de 4.4% em volume. Estes são os mais recentes números partilhados pela ViniPortugal, associação interprofissional para a promoção internacional dos Vinhos de Portugal.

Quanto aos mercados em concreto, foi nos chamados países terceiros que se verificou um grande aumento de 22.8% em valor, para cerca de 99 milhões de euros, em contraste com a queda na União Europeia de 14.4%. No período em análise, os países que apresentaram crescimento de dois dígitos, como destinatários dos vinhos de Portugal, foram a Coreia do Sul (44.2%), México (34.7%), EUA (18.8%), Japão (15.4%) e Canadá (12%). Na União Europeia, foi a Suécia que se destacou positivamente, com um crescimento de 26% em valor. As maiores quedas verificaram-se, no entanto, na Dinamarca (-23.4%), China (-29.7%), Macau (-52.1%) e Rússia (-36.6%).

Já no que toca ao preço médio, a campeã é a Coreia do Sul, que importa vinhos portugueses a uma média de €6.21. Segue-se Hong Kong (€5.82), a Dinamarca (€4.59) e Macau (€2.92).

Ainda sobre a queda na União Europeia, esta verificou-se menos na categoria Espumante, que apenas caíram -5.1% em valor. Para contrastar, as “bolhinhas” tiveram um crescimento muito elevado nos países terceiros, de 57.2%. Destaque, nos mercados de exportação de espumantes, para Angola (573 mil euros), EUA (154 mil euros) e Brasil (136 mil euros). Os crescimentos mais significativos no primeiro trimestre do ano, face ao mesmo período em 2019, ocorreram em Angola (+473%), Noruega (+110%) e Suíça (+84,8%).

Participe no estudo sobre o consumo de vinho na Europa

O professor de Economia João Fernandes Rebelo, que lecciona na UTAD, Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro, está a participar num estudo sobre o comportamento e atitudes dos consumidores europeus de vinho. Diz o professor que “Na Europa e, em especial, em Portugal, o setor vitivinícola tem importância económica, social e cultural relevante. A exemplo […]

O professor de Economia João Fernandes Rebelo, que lecciona na UTAD, Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro, está a participar num estudo sobre o comportamento e atitudes dos consumidores europeus de vinho.

Diz o professor que “Na Europa e, em especial, em Portugal, o setor vitivinícola tem importância económica, social e cultural relevante. A exemplo de outras atividades, também esta está a sofrer os efeitos da Covid-19.

Cientes desta situação, o board da European Association of Wine Economists (EuAWE) – https://www.euawe.com/about-us/ – e a INSEEC – School of Business and Economics, Universidade de Bordéus, entenderam ser de interesse, académico e para a tomada de decisões empresariais e de política económica, realizar um estudo sobre o comportamento e atitudes dos consumidores europeus de vinho”.
De modo a conseguirem uma amostra aleatória e o mais ampla possível, abrangendo todos os segmentos de consumidores, os investigadores decidiram lançar um inquérito on-line com divulgação e efeito em “bola de neve”, sendo os resultados finais publicitados a breve prazo no site da EuAWE.

O inquérito, dizem, é “muito simples e não demora mais de 5 minutos a preencher”. Poderá fazê-lo aqui.

Península de Setúbal cresce em quota de mercado e na produção em 2019

A Comissão Vitivinícola Regional da Península de Setúbal (CVRPS) registou, em 2019, um aumento global de produção de 5% face a 2018, aproximando a produção total da região dos 50 milhões de litros. A nível de consumo no mercado nacional, os Vinhos da Península de Setúbal registaram um aumento de 2% na quota de vinhos […]

A Comissão Vitivinícola Regional da Península de Setúbal (CVRPS) registou, em 2019, um aumento global de produção de 5% face a 2018, aproximando a produção total da região dos 50 milhões de litros. A nível de consumo no mercado nacional, os Vinhos da Península de Setúbal registaram um aumento de 2% na quota de vinhos certificados, sendo considerada pela consultora Nielsen a região mais dinâmica neste período homólogo de crescimento, face a 2018.

Para Henrique Soares, Presidente da Comissão Vitivinícola Regional da Península de Setúbal, o ano de 2019 foi “mais um ano de crescimento para a região, quer na quota de mercado, quer ao nível da produção e das exportações”.

A região fechou o ano de 2019 também com um crescimento de 14% no volume de certificação dos vinhos com Denominação de Origem Setúbal (Moscatel de Setúbal e Moscatel Roxo de Setúbal) e Palmela, bem como nos Vinhos Regionais da Península de Setúbal, a que correspondeu a certificação de um volume superior a 55 milhões de garrafas, vendidas no mercado nacional e nos seus muitos mercados de exportação, onde se destacam Brasil, Canadá, E.U.A., China, Angola e vários países da União Europeia.

Os dados são da consultora Nielsen e colocam os Vinhos da Península de Setúbal na terceira posição entre os vinhos certificados mais consumidos no mercado nacional, com uma quota de mercado de 16,5%, em volume, entre os vinhos com Denominação de Origem e/ou Indicação Geográfica das várias regiões portuguesas. Os Vinhos da Península de Setúbal foram os que mais subiram em termos de vendas em volume (1,6%), tendo também o valor aumentado em 2.3%, face ao mesmo período de 2018. O preço médio dos vinhos da região subiu 0.19 euros por litro, tendo ultrapassado os 56 M€ (56 274 134 €) de vendas globais no mercado nacional, nos três primeiros trimestres de 2019.