Prova Comentada – Vinhos de Luxo, para descobrir Portugal
A Academia Grandes Escolhas propõe-lhe a participação numa prova de vinhos muito especial. Seleccionámos 14 grandes vinhos produzidos por alguns dos mais prestigiados produtores e enólogos portugueses e convidamo-lo a vir prová-los connosco. Será uma prova orientada pelo critico de vinhos João Paulo Martins que o vai ajudar a descobrir as subtilezas dos aromas e […]
A Academia Grandes Escolhas propõe-lhe a participação numa prova de vinhos muito especial.
Seleccionámos 14 grandes vinhos produzidos por alguns dos mais prestigiados produtores e enólogos portugueses e convidamo-lo a vir prová-los connosco. Será uma prova orientada pelo critico de vinhos João Paulo Martins que o vai ajudar a descobrir as subtilezas dos aromas e sabores que se escondem atrás de cada grande vinho.
Dia 19 de Junho, das 18:30 às 20:30h, viaje connosco pelo melhor que Portugal tem a oferecer!
Uma prova de vinhos raros e pouco acessíveis, uma oportunidade imperdível para apreciadores com pouca ou muita experiência.
VINHOS EM PROVA:
VINHOS BRANCOS
Douro – Guru branco 2017
Bairrada – V.V Niepoort Bical/Maria Gomes branco 2016
Monção e Melgaço – Soalheiro Vinho Verde Alvarinho Reserva branco 2016
Dão – Villa Oliveira Encruzado branco 2015
Sem DO – Adega Mãe 221 Alvarinho branco 2015
Távora-Varosa – Murganheira Espumante Chardonnay Bruto 2010
VINHOS TINTOS
Douro – Quinta do Vallado Field Blend Reserva tinto 2015
Trás-os-Montes – Palácio dos Távoras Vinhas Velhas Alicante Bouschet tinto 2015
Tejo – 1836 Companhia das Lezirias Grande Reserva Alicante Bouschet tinto 2015
Lisboa – Quinta de Pancas Grande Reserva tinto 2013
Dão – Casa de Santar Vinha dos Amores Touriga Nacional tinto 2013
Península de Setúbal – Quinta da Bacalhôa Cabernet Sauvignon tinto 2015
Beira Atlântico – Quinta de Foz de Arouce Vinhas Velhas de Santa Maria tinto 2015
Alentejo/Portalegre – Terrenus Vinhas Velhas Reserva tinto 2013
Trafaria (Com)Prova 2019
TRAFARIA (COM)PROVA 2019 De 31 de Maio a 2 de Junho Local: Trafaria – Passeio Ribeirinho Provas livres; provas comentadas; concertos e animação de rua. A edição de 2018 contou com os mais de 13.500 visitantes, nacionais e estrangeiros e possibilitou a prova dos vinhos de mais de 30 produtores nacionais. Horário: • Dia 31 […]
TRAFARIA (COM)PROVA 2019
De 31 de Maio a 2 de Junho
Local: Trafaria – Passeio Ribeirinho
Provas livres; provas comentadas; concertos e animação de rua.
A edição de 2018 contou com os mais de 13.500 visitantes, nacionais e estrangeiros e possibilitou a prova dos vinhos de mais de 30 produtores nacionais.
Horário:
• Dia 31 de Maio (sexta-feira) e 1 de Junho (sábado) das 17h às 22h
• Dia 2 de Junho (domingo) das 15h às 20h
Veja o Programa em: https://grandesescolhas.com/eventos/trafaria-comprova-2019/
CONGRESSO BAGA: A CASTA, O VINHO, A REGIÃO
[vc_row type=”in_container” full_screen_row_position=”middle” scene_position=”center” text_color=”dark” text_align=”left” overlay_strength=”0.3″ shape_divider_position=”bottom”][vc_column column_padding=”no-extra-padding” column_padding_position=”all” background_color_opacity=”1″ background_hover_color_opacity=”1″ column_shadow=”none” column_border_radius=”none” width=”1/1″ tablet_text_alignment=”default” phone_text_alignment=”default” column_border_width=”none” column_border_style=”solid”][vc_column_text]Cantanhede foi anfitriã, no final de Novembro, de um congresso com uma protagonista muito especial: a Baga, rainha da Bairrada. TEXTO Mariana Lopes É a uva identitária da região, a estrela da longa-metragem que é a história […]
[vc_row type=”in_container” full_screen_row_position=”middle” scene_position=”center” text_color=”dark” text_align=”left” overlay_strength=”0.3″ shape_divider_position=”bottom”][vc_column column_padding=”no-extra-padding” column_padding_position=”all” background_color_opacity=”1″ background_hover_color_opacity=”1″ column_shadow=”none” column_border_radius=”none” width=”1/1″ tablet_text_alignment=”default” phone_text_alignment=”default” column_border_width=”none” column_border_style=”solid”][vc_column_text]Cantanhede foi anfitriã, no final de Novembro, de um congresso com uma protagonista muito especial: a Baga, rainha da Bairrada.
TEXTO Mariana Lopes
É a uva identitária da região, a estrela da longa-metragem que é a história da Bairrada. Não é, de todo, consensual, mas tem provado o que vale, sobretudo nas últimas duas décadas. Tintos e espumantes são as suas valências, mas agora é-lhe lançado um novo desafio: ser embaixadora, colonizar o mundo com Bairrada, o que já sabemos não ser tarefa fácil. Mas é possível, com uma boa estratégia, e a Baga não pode ficar fora dela.
Esta foi uma das situações abordadas no Congresso “Baga: a casta, o vinho, a região”, que começou na noite de 29 de Novembro com uma visita à Adega Cooperativa de Cantanhede. Fundada em 1954, e quase a completar 65 anos de existência, esta é uma das mais antigas do país, do seu género. Com 1200 associados, dos quais 550 estão activos, abastece-se de cerca de 1000 hectares de vinha, no total. Tendo em conta que se trata de uma região de minifúndio, estamos a falar de muitos pedaços de terra, pequenos jardins de videiras intervalados. Assim, é o maior produtor da região, representando 40% da produção da mesma. Este número de sócios activos também significa que há poucas famílias de Cantanhede que não estejam ligadas à Adega, o que reforça o facto de as adegas cooperativas, de todo o país, terem um papel social muito importante nas localidades onde se encontram.
A Adega Cooperativa começou a fazer espumante há 30 anos e hoje produz mais de um milhão de garrafas (apenas método clássico), de nove referências, com estágios dos nove aos 48 meses, o que perfaz 35% do seu volume de negócio. Os tintos e os brancos com preponderância de Baga e de Arinto, sob a marca Marquês de Marialva (também em espumante), a mais importante da casa, e outras como Foral de Cantanhede que completam a gama. O piso inferior da cave de estágio e armazenamento de espumantes foi, há 30 anos, um conjunto de cubas subterrâneas. O espaço onde estão agora as pupitres e as garrafas empilhadas esteve, outrora, submerso em vinho… poético, no mínimo.
O enólogo é Osvaldo Amado, que, incontestavelmente, domina a arte de, com uvas de 1000 hectares, fazer vinhos de franca qualidade em distintos segmentos de preço, numa gama transversal a todo o universo de consumidores, que não esquece a tipicidade do terroir. Para isso, inevitavelmente, a qualidade da matéria-prima tem de ser elevada e, de forma a que assim seja, a Adega de Cantanhede faz um trabalho específico junto dos associados e adequado a cada situação, oferecendo constantemente acções de formação para os seus viticultores.
Na manhã do dia das conferências, foi a vez da Quinta de Baixo, em Cordinhã, propriedade da Niepoort, mostrar o que faz e onde faz. Nos seus 20 hectares de vinha, 90% é Baga e o resto Bical, Cercial, Rabo de Ovelha e outras. Numa aproximação cada vez mais artesanal, produzem totalmente em biodinâmica e estão a diminuir gradualmente o uso da máquina, apesar de, segundo o enólogo Sérgio Silva, ser muito difícil arranjar mão-de-obra. “As vinhas é que fazem os nossos vinhos”, disse, explicando que só utilizam uma quantidade mínima de sulfuroso no engarrafamento e nenhum outro produto nem correcção. “Nesta zona, temos mais facilidade em amadurecer a Baga, mas também perdemos acidez com facilidade. Para contrariar isso, vindimamos mais cedo, o que resulta em vinhos mais leves, mais ácidos e com menos cor.” Entre as marcas Poeirinho, Lagar de Baixo, Gonçalves Faria, VV Vinhas Velhas, Drink Me Nat Cool, Niepoort e Água Viva, a Quinta de Baixo produz cerca de 100 mil garrafas.[/vc_column_text][/vc_column][/vc_row][vc_row type=”in_container” full_screen_row_position=”middle” scene_position=”center” text_color=”dark” text_align=”left” overlay_strength=”0.3″ shape_divider_position=”bottom”][vc_column column_padding=”no-extra-padding” column_padding_position=”all” background_color_opacity=”1″ background_hover_color_opacity=”1″ column_shadow=”none” column_border_radius=”none” width=”1/1″ tablet_text_alignment=”default” phone_text_alignment=”default” column_border_width=”none” column_border_style=”solid”][image_with_animation image_url=”34167″ alignment=”” animation=”Fade In” border_radius=”none” box_shadow=”none” max_width=”100%”][/vc_column][/vc_row][vc_row type=”in_container” full_screen_row_position=”middle” scene_position=”center” text_color=”dark” text_align=”left” overlay_strength=”0.3″ shape_divider_position=”bottom”][vc_column column_padding=”no-extra-padding” column_padding_position=”all” background_color_opacity=”1″ background_hover_color_opacity=”1″ column_shadow=”none” column_border_radius=”none” width=”1/1″ tablet_text_alignment=”default” phone_text_alignment=”default” column_border_width=”none” column_border_style=”solid”][vc_column_text]Baga, objecto de estudo
O congresso Baga teve lugar no BIOCANT, um moderno parque de investigação na área da biotecnologia, em Cantanhede, e o painel de oradores foi de luxo. Num auditório completamente esgotado, entre mesas redondas e comunicações individuais, ao longo de todo o dia 30, várias foram as ideias e conclusões que delas saíram, sempre com a mesma coisa em mente: Baga, Baga, Baga.
“Ainda por cima, fácil de pronunciar”, como disse o Master of Wine Dirceu Vianna Júnior. Esse é o primeiro “check” na lista de razões pelas quais esta casta deve ser a engrenagem que faz andar o comboio de diversidade que é a Bairrada. Cada carruagem, um terroir único para a uva rainha, numa composição feita de Cantanhede, Ancas, Óis do Bairro, Aguim, Vale de Cadoiços entre outros “spots” de excelência… se juntarmos isso à plasticidade da Baga, as possibilidades são imensas no que toca aos perfis que pode originar.
Na apresentação “Zonagem: os terroir da Bairrada”, os enólogos Francisco Antunes e João Soares relevaram a importância que a identificação de sub-regiões específicas tem ao nível da valorização do produto e da potenciação da melhor casta para cada local. As vinhas velhas, nomeadamente as plantadas antes de 1985, devem também ser identificadas e estudadas. Tendo em conta que os dois grandes tipos de solo da Bairrada são os argilo-calcários e os arenosos, os oradores esclareceram que argila e calcário é a base de solo indicada para a casta Baga, sendo a areia menos adequada e aconselhada para castas brancas ou outras variedades tintas. Apesar da importância da zonagem, “esta é difícil na Bairrada”, concluíram, precisamente por causa da plasticidade da casta e da heterogeneidade dos solos, muitas vezes no mesmo local.
Tudo isto foi ao encontro à tese de César Almeida, da Estação Vitivinícola da Bairrada, na comunicação “Viticultura: a Baga na Vinha”. César defendeu que, sendo a Baga apta para tintos e espumantes, o trabalho na vinha deve ter em conta o destino a dar às uvas. Reforçou, também, que é mais difícil obter boas uvas para tinto do que para espumante, sendo necessário possuir o terroir certo para originar a Baga de melhor qualidade, o que exige muito trabalho na vinha: a poda em verde, para limitar a produção, é essencial. Isto gera, naturalmente, custos de produção elevados, mas o potencial para gerar grandes vinhos é enorme, e isso tem de ser valorizado no mercado.
No momento “Investigação: o apuramento da casta”, por Antero Martins e Elsa Gonçalves, do Instituto Superior de Agronomia, o público ficou a saber que estão identificados cerca de 200 clones de Baga, com características muito distintas, sete deles já selecionados e homologados, que chegarão aos viveiristas no final do próximo ano. Posto isto, o par esclareceu que, qualquer que seja a opção do viticultor, é sempre desejável a variedade clonal na vinha, pelo que se deve plantar ou com material policlonal/seleção massal ou, quem plantar com os clones selecionados, deverá utilizar o máximo possível, idealmente os sete.
Ao ínicio da tarde, uma mesa redonda sobre “Enologia: interpretar a Baga na adega”, com Anselmo Mendes, Luís Pato, Mário Sérgio Nuno, Osvaldo Amado e Sérgio Silva. Aí ficou claro que o conceito, ou estilo de vinificação, é determinado pela dimensão do projecto vinícola e pela vontade do enólogo/produtor. Mas acima de tudo que a Baga pode ser elemento unificador entre os produtores da região, o que é essencial à boa promoção. No final, uma afirmação de peso: o bom vinho Baga, seja qual for o seu estilo ou perfil, não deverá ser barato.
Depois, Pedro Soares dissertou sobre o projecto Baga Bairrada. O presidente da Comissão Vitivinícola da Bairrada esteve envolvido na criação deste cluster que consiste em espumantes feitos de Baga, com regras específicas de produção e de estágio. Começou com cinco referências, hoje são 23. O objectivo foi criar valor para a região e a casta, tendo em conta de que a sua aptidão para espumantes únicos é elevada, aproveitando o know-how ímpar que a Bairrada tem na sua produção. Sinal de sucesso, desde o começo deste trabalho, é o facto de o valor pago ao viticultor pelas uvas Baga ter aumentado. Pedro Soares descortinou, também, que o próximo passo será estender, progressivamente, o tempo de estágio, como forma de valorizar ainda mais o produto na qualidade e no preço.
Dirceu Vianna Júnior frisou a importância da comunicação em “A Baga como factor de identidade regional”. Sem reservas, afirmou que a Baga já mostrou ser casta certa para a Bairrada: tem autenticidade, identidade, expressa o terroir e é uma casta completa, originando grandes vinhos sem necessitar da ajuda de outras. Por isso, apelou: “É preciso valorizar o vinho e com isso valorizar a terra. O custo da vinha na Bairrada é demasiado baixo para os vinhos que é capaz de originar!” Numa análise da região, referiu que a Bairrada enfrenta desafios de imagem e sublinhou a necessidade de profissionalização e mais massa crítica. Lançou uma provocação: “É necessário valorizar a terra e a uva, à imagem de outras denominações de origem do mundo. Em 1990, até a terra em Champagne valia muito menos, mas fez o seu caminho.”
O congresso acabou com Pedro Machado, presidente do Turismo do Centro, que lembrou que durante décadas Portugal esteve focado no turismo de praia e de sol, mas que agora vende cultura, história e gastronomia. Neste modelo turístico, a Bairrada é, sem dúvida, um produto com imenso potencial. “O vinho, quando contado pelo produtor, deixa marca duradoura”, disse, e destacou que é imperativa uma aproximação às novas tendências, nomeadamente online.[/vc_column_text][/vc_column][/vc_row][vc_row type=”in_container” full_screen_row_position=”middle” scene_position=”center” text_color=”dark” text_align=”left” overlay_strength=”0.3″ shape_divider_position=”bottom”][vc_column column_padding=”no-extra-padding” column_padding_position=”all” background_color_opacity=”1″ background_hover_color_opacity=”1″ column_shadow=”none” column_border_radius=”none” width=”1/1″ tablet_text_alignment=”default” phone_text_alignment=”default” column_border_width=”none” column_border_style=”solid”][image_with_animation image_url=”34166″ alignment=”” animation=”Fade In” border_radius=”none” box_shadow=”none” max_width=”100%”][/vc_column][/vc_row][vc_row type=”in_container” full_screen_row_position=”middle” scene_position=”center” text_color=”dark” text_align=”left” overlay_strength=”0.3″ shape_divider_position=”bottom”][vc_column column_padding=”no-extra-padding” column_padding_position=”all” background_color_opacity=”1″ background_hover_color_opacity=”1″ column_shadow=”none” column_border_radius=”none” width=”1/1″ tablet_text_alignment=”default” phone_text_alignment=”default” column_border_width=”none” column_border_style=”solid”][vc_column_text]Uma prova imperdível
No último dia de actividades, Luís Lopes, director da Grandes Escolhas, conduziu uma prova elucidativa, com treze tintos com Baga no lote ou a 100%, de toda a região. Foram nomes como Quinta do Encontro, Prior Lucas, Quinta de S. Lourenço, Foral de Cantanhede, Aliança, Messias, Kompassus, Quinta de Baixo, Aliás, Campolargo, Giz, Luís Pato e Quinta das Bágeiras. A ideia foi mostrar o terroir da região que, segundo Luís Lopes, pode ser algo abrangente ou mais específico, o de uma vinha, por exemplo. Falou sobre a origem da casta, contando ser uma uva pré-filoxérica que provavelmente nasceu no Dão mas que foi na Bairrada que assumiu a sua máxima qualidade. “A Baga produz muito, e é por isso que se torna uma casta difícil. É uma uva cara, porque requer muita atenção na vinha. Tem película tão fina que facilmente apodrece com a chuva. No entanto, é extremamente plástica e é, na minha opinião, a que mais contribui para a grandeza, identidade e longevidade dos vinhos da região”, explicou.
Para encerrar o evento, João Póvoa abriu a sua adega e contou sobre a Kompassus, o seu projecto actual. Para um cirurgião oftalmologista que cresceu com a agricultura, o vinho não é apenas um negócio, pois com ele mantém uma relação de extremo afecto. Além da inigualável jornada gastronómica bairradina, de sua autoria, que proporcionou aos jornalistas convidados, deu a provar os seus vinhos Baga de 1991, 1994, 1996 e 1997, entre outros mais jovens. “Isto é a Bairrada”, murmurei em silêncio, “só falta o mundo saber.”
Edição Nº21, Janeiro 2019
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Enoturismo aumentará vendas à porta da adega em 50%
O Projeto CV3 – Criação de Valor na Vinha e no Vinho, uma parceria da AESE Business School com a Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD), apurou recentemente alguns dados interessantes sobre economia do vinho, para a realização de um evento sobre o tema: o seminário “Enoturismo – Como crescer e competir?”, que se […]
O Projeto CV3 – Criação de Valor na Vinha e no Vinho, uma parceria da AESE Business School com a Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD), apurou recentemente alguns dados interessantes sobre economia do vinho, para a realização de um evento sobre o tema: o seminário “Enoturismo – Como crescer e competir?”, que se realizará dia 12 de Março na AESE, em Lisboa.
Nos próximos anos, o negócio do vinho crescerá por uma via inesperada: a porta das quintas e das adegas. Com o investimento que tem sido feito no enoturismo, pelo mundo fora, os estudos prevêem que as vendas à porta das instalações aumentem, em valor, entre 30% e 50% nos próximos cinco anos, em todos os mercados, incluindo Portugal. Esta subida dará às empresas do setor uma margem adicional significativa, para além de qualificar a imagem das respetivas marcas, o que é considerado “muito relevante” por 96% dos produtores portugueses.
Ramalho Fontes, presidente da AESE e mentor do Projecto CV3, explica: “O enoturismo posiciona-se como uma vertente importante da actividade da indústria do vinho e contribui para criar valor através de três pilares complementares, a afirmação de uma oferta turística diferenciada, o reforço da geração de valor no sector da vinha e do vinho e o fortalecimento de um motor de desenvolvimento económico e de ordenamento do território”. Segundo a Secretária de Estado do Turismo, Ana Mendes Godinho, em 2018 vieram a Portugal 2,5 milhões de turistas atraídos pelo Enoturismo (face a 2,2 milhões em 2016), sendo que “80% dos que nos visitaram afirmaram que a nossa gastronomia e os nossos vinhos os farão voltar”. Se Portugal acompanhar a evolução verificada noutras regiões do mundo, é previsível que nos próximos anos os turistas enófilos aumentem os seus consumos no enoturismo português em cerca de 20%.
O seminário “Enoturismo – Como Crescer e Competir?” terá como principais oradores Damià Serrano, da Universidade de Barcelona, que falará sobre “O Enoturismo 4.0”; o presidente da Visit Nappa Valley Organization, Clay Gregory, que discursará a partir da Califórnia (através de transmissão vídeo) sobre “A Região Vitivinícola a Trabalhar para Um Objetivo Comum”; e a francesa Catherine Leparmentier Dayot, diretora-executiva da Great Wine Capitals Global Network, que irá descrever “A Experiência Europeia do Enoturismo”.
Provas Especiais: Doze momentos inesquecíveis
O luxo de Napa Valley Representados em Portugal pela Garcias, os vinhos Opus One têm, na origem, uma bonita história de amizade entre o barão de Rothschild e Robert Mondavi. O primeiro era proprietário do Château Mouton Rothschild, em Pauillac (Bordéus), e o segundo um apaixonado por vinhos que criou um império na Califórnia, sempre […]
O luxo de Napa Valley
Representados em Portugal pela Garcias, os vinhos Opus One têm, na origem, uma bonita história de amizade entre o barão de Rothschild e Robert Mondavi. O primeiro era proprietário do Château Mouton Rothschild, em Pauillac (Bordéus), e o segundo um apaixonado por vinhos que criou um império na Califórnia, sempre com o intuito de conseguir por lá fazer vinhos com a qualidade dos que conhecia em Bordéus. Do cruzamento da amizade com o sentido do negócio nasceu a ideia (em 1978) de se fazer um tinto que fosse uma referência em termos de qualidade e que continuasse o prestígio que cada um já tinha nas suas regiões. Nasceu assim em 1979 o primeiro Opus One, um tinto que chega actualmente às 250.000 garrafas e que por cá se vende a €395, preço Garcias. Um colosso. A prova contemplou quatro vinhos: começou-se pela segunda marca, Overture, que se lançou pela primeira vez em 1993 (€200) – é um tinto sem data, lote de duas a três colheitas (de que se faz um imenso segredo, não sendo comunicado quais são as escolhidas) –, e mais três tintos Opus One. A função foi orientada por Charlie Matthews, responsável pelo mercado europeu, e provaram-se os tintos de 2005, 2010 e 2015. Os vinhos são lançados três anos após a data da colheita e sempre no dia 1 de Setembro. De perfil concentrado, muito rico, escuro e marcado pela madeira, dominado pelo Cabernet Sauvignon em quase 90%, é claramente um tinto do Novo Mundo. E é isso mesmo que deve ser. À Califórnia o que é da Califórnia e a Bordéus o que é de Bordéus!
J.P.M.
A joia dos Vinhos do Douro pelo prisma do tempo
Foi uma prova inédita numa perspectiva vertical que atravessa três decadas. O responsável de enologia da Casa Ferreirinha, Luís Sottomaior, não considera o Reserva Especial uma desclassificação do Barca Velha. A linha que separa um do outro é finíssima. Aliás, alguns Reservas Especiais, se fossem avaliados mais tarde do que o habitual, podiam ter sido Barca Velha, como acontece nos casos do 1986, 1989 ou 2007. A prova evidenciou a evolução de vários aspectos que marcaram a produção do vinho, como a viticultura, o equipamento enológico e a substituição de carvalho português pelo carvalho francês. O perfil do vinho também foi evoluindo, mas preservando sempre os valores fundamentais de um clássico desta grandeza. Comparar estes vinhos é, de facto, como comparar jóias ou obras de arte – todos apresentam um nível estratosférico, a diferença está apenas nos pormenores. O 1986 mostrou uma fantástica evolução; o 1989 – mais potência; o 1990 – está mais reservado; o 1992, feito 100% de Touriga Nacional, evidencia o seu lado mais feminino; o 1994 é mais carnudo; o 1996 apresenta fruta mais fresca; o 1997 alia potência a elegância; o 2001 mostra muita finesse; o 2003 é cheio e redondo; o 2007 está impecável, seguido do mais robusto 2009.
V.Z.
Os vinhos que reflectem de onde vêm
Segundo o enólogo da Casa de Saima, Paulo Nunes, “os vinhos não têm que ser perfeitos, têm que refletir de onde vêm”. E os brancos e tintos desta casa barradina, provenientes dos 20 hectares da vinha maioritariamente velha, cumprem esta missão. Antigamente em Portugal a maior parte dos vinhos eram tintos. Os brancos muitas vezes foram deixados à mercê do destino, sem muito cuidado e sem proteção do oxigénio. Mas não há dúvidas de que a Bairrada possui um terroir perfeito para vinhos brancos e Paulo Nunes não hesitou em afirmar que “de uma forma consistente, a Bairrada ganha a todos em Portugal em termos de longevidade” e que “só uma região com boa matéria-prima pode funcionar desta forma”. Duas belíssimas colheitas brancas – de 1993 e 1997 – foram testemunhas destas afirmações. Eles de certa forma inspiraram a produção de Garrafeira branco, que até agora não era tradição nesta casa. Nos tintos, para além dos fantásticos Garrafeiras da década dos 90 e do início deste século, foram apresentados os vinhos de uma abordagem “menos clássica”. São mais leves e abertos; e não precisam de esperar 20 anos para serem bebidos com prazer. É o caso dos Casa de Saima Baga 2013 e 2017.
V.Z.
Verdes com alma
João Pedro Araújo e a mulher, Teresa, estão à frente dos destinos da Casa de Cello, onde se produz o vinho Quinta de Sanjoanne, em pleno Minho, na zona de Amarante. Ali, em finais dos anos 80, encetaram uma reorganização dos vinhedos, implantados em terrenos graníticos e que beneficiam de micro-clima especial pela disposição orográfica da zona. Esqueceram as recomendações oficiais de plantio de Azal e Pedernã e optaram por Arinto e Avesso e pela menos usada na região Malvasia Fina, além da Alvarinho. Em 2018 completaram a 29ª vindima e a esta prova trouxeram vinhos de três famílias: Terroir Mineral, Escolha e Superior. O primeiro resulta da combinação de Avesso e Loureiro, o segundo de Avesso e Arinto e o terceiro de Alvarinho e Malvasia Fina. Da marca Terroir Mineral provámos o 2016 e o 2006 (este em forma excelente); do Escolha – que é um vinho especialmente gastronómico – provámos quatro colheitas, com o 1998 a mostrar-se muito terpénico e bem interessante, ainda que carecendo de mais corpo. Do Superior, que é o topo de gama da casa e cujo PVP ronda os €25, provámos cinco colheitas, com o 2005 (o mais antigo) a mostrar uma finesse e vivacidade que faziam rapidamente esquecer a idade. Ainda por memória provou-se o primeiro vinho ali feito, o Leiras Mancas 1996, este sim, ainda feito com as castas recomendadas para a região, Azal e Pedernã. Se agora ainda mostrava uma enorme acidez, dá para imaginar o que seria na altura…! Uma bela prova, a mostrar aos incrédulos a valia dos vinhos desta região e a resistência que têm em cave.
J.P.M.
Blandy’s interpretada pelas castas e pelo tempo
Foi uma autêntica viagem virtual até à Ilha da Madeira, conduzida por Francisco Albuquerque, responsável de produção da Madeira Wine Company e uma figura incontornável no que toca a Vinho da Madeira. Atravessámos estilos diferentes, como o seco de Sercial, o meio seco de Verdelho, o meio doce de Bual/Boal e o doce de Malvasia/Malmsey, e ainda o estilo próprio da casta rara Terrantez. Primeiro foram os Colheitas Sercial 2002, Verdelho 2000, Bual 2003 e Malmsey 1999, que, de acordo com o regulamento, envelhecem em madeira pelo menos 5 anos – no caso da Blandy’s este envelhecimento ultrapassa o tempo estabelecido pelo IVBAM (Instituto do Vinho, do Bordado e do Artesanato da Madeira, a entidade reguladora), enriquecendo mais os vinhos e transmitindo-lhes mais complexidade. A seguir recuámos mais no tempo para conhecer as mesmas castas na versão Frasqueira, cujo envelhecimento contínuo deve decorrer no mínimo 20 anos em madeira. E novamente na Blandy’s os Frasqueiras estão sujeitos a um envelhecimento mais longo. Terrantez 1980, Verdelho 1979, Malmsey 1977, Sercial 1968 e Bual 1957 impressionam pela sua expressão, intensidade gustativa e facilidade com que vencem o tempo.
V.Z.
Um mundo mágico de diferença e complexidade
A sala estava a abarrotar e a plateia sabia para o que ia. Ou pensava que sabia. O que Luís Lopes trazia na manga era magia, a Magia das Vinhas Velhas em forma de vinho. “O conceito ‘vinhas velhas’ foi trazido para Portugal por Luís Pato, em 1988”, introduziu, como quem iria começar a contar uma estória. No entanto, a prova não teve nada de contos e fantasias. Mas então, o que é isto de uma vinha velha? O orador expôs a sua visão: “Não há uma lei que defina a idade mínima para a vinha ser velha, mas, na minha opinião, 35 ou 40 anos será a idade aceitável para lhe podermos chamar isso. Além disso, depende de região para região.” Na verdade, quando falamos de um vinho de vinhas velhas não nos estamos a referir apenas à antiguidade das mesmas e, por isso, Luís Lopes explicou outros factores de diferenciação. “Não deve ser uma vinha regada, por exemplo. Uma vinha que está ali há muitos anos já se adaptou à terra, as suas raízes já chegaram a uma grande profundidade.” No Douro e no Dão, e pontualmente noutras regiões, as vinhas velhas têm também a característica de ter várias (por vezes muitas) castas plantadas em field blend, e isso não é por acaso: “Os antigos plantavam as vinhas com castas misturadas para que as uvas estivessem sempre em diferentes estados do ciclo e não serem todas afectadas por adversidades.” E nos vinhos, qual é o efeito das vinhas velhas? “A vinha velha introduz diferença e complexidade, e isso é muito importante”, afirmou Luís Lopes e, perante um público bastante interventivo, mostrou 16 vinhos capazes de enfeitiçar qualquer um, como os brancos Falcoaria Fernão Pires 2016, Procura 2016 ou Quinta da Pellada Primus 2015, e os tintos Quinta dos Termos 2015, Luís Pato Vinha Barrosa 2015, Abandonado 2013 ou Quinta do Crasto Vinha Maria Teresa 2015, entre outros.
M.L.
380 anos, uma história maior
Uma história maior, pois a Kopke, parte do universo Sogevinus, orgulha-se de ser a primeira casa de Vinho do Porto, fundada em 1638. Depois de uma apresentação completa da Quinta de São Luiz, o berço onde nascem as uvas que irão produzir os vinhos Kopke, foi tempo de uma didática prova centrada nas diferenças de Portos Brancos e Tawny, 10, 20, 30 e 40 Anos, acompanhados ainda por chocolates. Liderou a prova Carlos Alves, enólogo principal da Sogevinus para os Vinhos do Porto e que já conta com significativa experiência no ramo e na empresa. Destaque para o facto de o estilo Kokpe estar presente de forma transversal nos vários estilos e idades, sempre num perfil fresco e por vezes até austero. Em vários momentos, os Brancos tinham mais perceção de acidez do que os Tawny (apesar de a análise laboratorial por vezes indicar o contrário), aspeto que se tornou, todavia, menos evidente ao provarmos os vinhos de lotes mais envelhecidos. Todos os vinhos estiveram ao mais alto nível, como seria de esperar desta casa, sendo de salientar que os 30 Anos se revelaram, uma vez mais, a nossa predileção, pelo equilíbrio entre evolução e vivacidade, se bem que o Branco 40 Anos quase ‘roubou a prova’, pela excelência que mostrou no copo. Grande prova!
N.O.G.
O Dão “entre amigos”
Foi num ambiente de grande descontracção que Carlos Lucas deu início à prova. Através dos seus vinhos, o enólogo do Dão expôs aquilo que é a sua interpretação da região. “Estamos aqui entre amigos, num domingo à tarde”, começou por dizer, antes de avançar com o espumante Ribeiro Santo. Depois foi a vez de provar o Automático branco, que Carlos Lucas indicou como sendo “o nosso vinho mais natural, no sentido em que se faz quase todo sozinho” – “Um Encruzado sem madeira, simples, com leveduras naturais, feito como antigamente.” De seguida, o branco Pedro e Inês, um vinho que a Magnum Vinhos produz para a Quinta das Lágrimas. O Envelope branco, de Encruzado de vinhas velhas, estagia em barricas durante 6 meses e em cave por mais 6 e, assim, “contraria-se a ideia da rapidez cosmopolita e aplica-se uma outra filosofia, lembrando que a carta demora a chegar ao destino”. Seguiram-se o Ribeiro Santo Vinha da Neve branco e o primeiro tinto, o Quinta da Alameda Jaen. Esta quinta é propriedade de um grande amigo seu, para quem Carlos “constrói” os vinhos. Ainda da Quinta da Alameda, surgiu a primeira edição do Pinot Noir. Já o Quinta da Alameda Reserva Especial chamou a atenção por mais do que a qualidade do vinho: “É de vinhas velhas com field blend, onde há uma casta chamada Benfica; para mim representa a classe do Dão, é delicioso!” Os Envelope e Vinha da Neve tintos não ficaram atrás, antes do ícone da casa E.T., de Encruzado e Touriga Nacional. A prova terminou com o vinho Carlos Lucas Família. “A Cristina, a Carolina e o Diogo são muito entusiásticos na hora de abrir garrafas, então convidei-os a fazer um lote comigo.” É uma edição super-limitada, em magnum e dupla magnum.
M.L.
A nova vida de uma marca clássica
O enófilo mais exigente conhece bem o nome Tapada do Chaves. Um grande clássico do Alentejo assente numa propriedade de 60 hectares junto a Portalegre, com 32ha de vinha, alguma dela muito velha (centenária mesmo). Ultimamente, a Tapada do Chaves fazia parte do grupo Murganheira, tendo sido, recentemente, adquirida pela Fundação Eugénio de Almeida (FEA). A prova foi, por isso, conduzida por Pedro Batista, enólogo e administrador da FEA, que não hesitou, para felicidade dos presentes que enchiam a sala, em trazer a Lisboa uma prova vertical de brancos e tintos. O tema foi a transição dos anos 80 até ao novo milénio, pelo que marcaram presença vinhos desde 1978, 1982 e 1985 até aos mais atuais. Todos os vinhos revelaram-se em ótimo momento, o que atesta a longevidade destes néctares do norte do Alentejo. Destaque para o branco Frangoneiro Reserva branco de 1985 e para o tinto Frangoneiro de 1978 (ano que não primou pela qualidade geral dos vinhos), ambos absolutamente gloriosos, vivos e cheios de frescura. Muito bem também estiveram os vinhos mais recentes – de 2002 e 2010, ambos vinhas velhas –, injustiçados pela crítica e pelos consumidores aquando do seu lançamento, mas que, nesta fase, dão uma excelente prova, numa vertente essencialmente gastronómica. Memorável.
N.O.G.
Tradição e classe com muito sabor
“Murganheira” e “espumante” são duas palavras indissociáveis. A primeira não faz sentido sem a segunda e, quando falamos de Portugal, vice-versa. “A Murganheira é uma empresa que começou a ‘champanhizar’ nos anos 40”, começou por dizer o enólogo e administrador Orlando Lourenço, que orientou a prova com Marta Lourenço, também enóloga da casa. Juntos apresentaram 12 espumantes, uns já conhecidos e outros nem por isso. Os dois primeiros foram um Cerceal de 2008 e um rosé Touriga Nacional de 2013, ambos curiosos por uma razão: foram feitos pelo chamado “método ancestral”, o mais antigo, em que ocorre apenas uma fermentação, interrompida pelo frio, e que acaba dentro da garrafa sob acção das leveduras ainda activas do vinho base. Antigamente, isto acontecia até por acaso, durante a produção de um vinho tranquilo. Hoje, com a devida supervisão, estes dois espumantes da Murganheira mostraram-se muito bem, finos e com um final de boca impressionante. Depois veio um Malvasia de 2007, brut nature por “engano” e devido a um erro da máquina. O público agradeceu este engano, porque estava sublime e firme. Logo a seguir a um Touriga Nacional de 2009 e a um Chardonnay de 2008, surgiu uma mini-vertical de Murganheira Vintage (2000, 2004, 2006 e 2007), mas o grand finale ainda estava para vir. Dois Grande Reserva, 1990 e 1999, feitos com Touriga Nacional, Malvasia-Fina e Cerceal, e um rosé Pinot Noir de 1995, para mostrar que a classe e a sofisticação dos espumantes Murganheira não têm só história, mas também longevidade. “Queremos dar uma volta à maneira como se fazem espumantes em Portugal, e até no mundo”, afirmou Orlando Lourenço.
M.L.
Desfile de topos de gama que resistem ao tempo
Como é habitual nos nossos encontros, replicámos a prova dos tintos com 10 anos que a revista publicou no início de 2018. João Paulo Martins (JPM), com nossa colaboração, organizou e deu à prova alguns dos melhores vinhos tintos de 2008. Um ano de excelência, topos de gama de várias regiões, os comentários e lições de JPM… enfim, um festim para todos os presentes (e foram muitos). Numa prova que ultrapassou as duas horas de duração, descreveu-se o ano agrícola, contaram-se estórias menos conhecidas, tudo num clima de cumplicidade e boa disposição, como é habitual em JPM. Do Douro desfilaram os vinhos em maior número, com Quinta do Vale Meão (um dos melhores da prova), Batuta, Poeira, Quinta do Noval. Do Dão chegaram-nos o Quinta da Pellada e o Quinta dos Roques Garrafeira e da vizinha Bairrada provou-se o Quinta das Bageiras Garrafeira (último vinho em prova pela sua jovialidade). O Palácio da Bacalhôa e o Hexagon vieram da Península de Setúbal para provar que também esta região sabe envelhecer, e o Tributo do Tejo não quis ficar atrás (a dar uma prova muito fina e elegante). Do Alentejo chegaram-nos três embaixadores clássicos, o Cortes de Cima Reserva (no seu habitual estilo generoso), o Mouchão Tonel 3/4 e o Marquês de Borba Reserva (ambos a poderem ainda evoluir em garrafa). Um verdadeiro desfile de topos de gama a encerrar da melhor maneira o terceiro dia de evento. De notar que todos os vinhos revelaram ótima evolução, com a sua maioria a poder ainda melhorar em garrafa.
N.O.G.
Bacalhôa em grande forma
Uma prova de moscatéis é sempre um grande momento vínico. Os vinhos generosos têm esse condão de nos motivar pela doçura, pela complexidade, pela riqueza e pela incrível longevidade. Difícil mesmo é não nos deixarmos envolver naquele perfil macio e glicerinado, sustentado depois por boa e cativante acidez. Os moscatéis da Bacalhôa, sobretudo os de referência, têm alguns traços distintivos: têm todos origem nos terrenos argilo-calcários da serra da Arrábida, o que os distingue dos outros das terras arenosas de Palmela, e estagiam em pipas anteriormente usadas para whisky. As pipas (de cerca de 200 litros de capacidade) estão numa estufa sujeita a grandes variações térmicas ao longo do ano. O resultado é brilhante e os vinhos agora apresentados – por Filipa Tomaz da Costa e Vasco Penha Garcia –, quer de Moscatel de Setúbal, nas variantes normal e Superior, quer de Moscatel Roxo de Setúbal, mostraram-se com enorme qualidade e sobretudo os que têm indicação de idade, quer no modelo 10, 20 e 30 Anos, quer com indicação de data de colheita. Vinhos de luxo a preços muito cordatos e facilmente acessíveis em termos de disponibilidade no mercado. Só factores a nosso favor. Há agora que não os esquecer.
J.P.M.
Edição Nº20, Dezembro 2018
Bairrada de Excelência, em Lisboa
[vc_row type=”in_container” full_screen_row_position=”middle” scene_position=”center” text_color=”dark” text_align=”left” overlay_strength=”0.3″ shape_divider_position=”bottom”][vc_column column_padding=”no-extra-padding” column_padding_position=”all” background_color_opacity=”1″ background_hover_color_opacity=”1″ column_shadow=”none” column_border_radius=”none” width=”1/1″ tablet_text_alignment=”default” phone_text_alignment=”default” column_border_width=”none” column_border_style=”solid”][vc_column_text]Lisboa recebeu um evento da região da Bairrada que deu a mostrar um belo leque de vinhos desta região. Foi apenas para profissionais, mas correu muito bem. TEXTO António Falcão FOTOS Ricardo Palma Veiga Bairrada de Excelência […]
[vc_row type=”in_container” full_screen_row_position=”middle” scene_position=”center” text_color=”dark” text_align=”left” overlay_strength=”0.3″ shape_divider_position=”bottom”][vc_column column_padding=”no-extra-padding” column_padding_position=”all” background_color_opacity=”1″ background_hover_color_opacity=”1″ column_shadow=”none” column_border_radius=”none” width=”1/1″ tablet_text_alignment=”default” phone_text_alignment=”default” column_border_width=”none” column_border_style=”solid”][vc_column_text]Lisboa recebeu um evento da região da Bairrada que deu a mostrar um belo leque de vinhos desta região. Foi apenas para profissionais, mas correu muito bem.
TEXTO António Falcão FOTOS Ricardo Palma Veiga
Bairrada de Excelência foi o nome dado a este evento, que ocupou uma só tarde e decorreu no Centro Cultural de Belém, em Lisboa. A iniciativa foi da Comissão Vitivinícola da Bairrada, presidida por Pedro Soares, e teve a produção da Grandes Escolhas. O evento reuniu um invejável conjunto de produtores da região e teve a presença de algumas centenas de profissionais da restauração e do retalho de vinhos, incluindo muitas garrafeiras da capital (e não só).
Para além dos vinhos digamos, normais, este tipo de eventos, de âmbito mais limitado, dá a oportunidade aos produtores de trazerem vinhos ‘especiais’, sejam eles experiências ou colheitas de tiragem muito limitada. Um chefe de sala de um reputado restaurante lisboeta deliciava-se exactamente com estes vinhos, porque lhe dava a oportunidade de provar vinhos ‘fora da caixa’. Na mesa ao lado, um escanção de um restaurante nos arredores de Lisboa realçava a prova de vinhos já com uns bons anos em cima. E, como se sabe, os néctares da Bairrada costumam envelhecer muito bem… Parece que tanto um como outro estariam ali em horário de trabalho, pelo que pediram anonimato.
Outra voz confirma-nos isto e mais: pela experiência deste gestor de garrafeira (de várias décadas no ramo), “os vinhos da Bairrada estão cada vez melhores”. Nada de novo, diremos nós a concordar: das conversas que fomos tendo, é mais do que consensual que a região tem feito um enorme progresso na qualidade média dos vinhos nos últimos anos. É verdade que a Bairrada sempre teve grandes vinhos, mas o que se destaca hoje já não é só o produtor x ou y, com décadas de histórico e de grandes vinhos, a puxar a região para cima. Hoje, todos se podem orgulhar dos vinhos que apresentam, em todos os estilos e feitios, do mais consensual e moderno ao mais, digamos, ‘radical’[/vc_column_text][/vc_column][/vc_row][vc_row type=”in_container” full_screen_row_position=”middle” scene_position=”center” text_color=”dark” text_align=”left” overlay_strength=”0.3″ shape_divider_position=”bottom”][vc_column column_padding=”no-extra-padding” column_padding_position=”all” background_color_opacity=”1″ background_hover_color_opacity=”1″ column_shadow=”none” column_border_radius=”none” width=”1/1″ tablet_text_alignment=”default” phone_text_alignment=”default” column_border_width=”none” column_border_style=”solid”][vc_gallery type=”image_grid” images=”28041,28043,28042″ layout=”3″ gallery_style=”1″ load_in_animation=”none”][/vc_column][/vc_row][vc_row type=”in_container” full_screen_row_position=”middle” scene_position=”center” text_color=”dark” text_align=”left” overlay_strength=”0.3″ shape_divider_position=”bottom”][vc_column column_padding=”no-extra-padding” column_padding_position=”all” background_color_opacity=”1″ background_hover_color_opacity=”1″ column_shadow=”none” column_border_radius=”none” width=”1/1″ tablet_text_alignment=”default” phone_text_alignment=”default” column_border_width=”none” column_border_style=”solid”][vc_column_text]
Conhecer a região
Do evento constaram ainda duas master classes, orientadas por Luís Lopes, director desta revista e conhecedor profundo da região. Numa delas, Luís Lopes falou de vinhos da Bairrada, orientando a prelecção sobre vinhos com boa relação qualidade/preço. De facto, a Bairrada tem de tudo um pouco, desde o vinho não-generoso mais caro de Portugal (sabia?) a um bom conjunto de néctares que oferece muito pelo preço. Tanto nos tintos como nos brancos, e ainda, porque não, nos rosés. A outra masterclass foi dirigida aos espumantes, a grande especialidade da região, campeã nacional na categoria em termos de vendas. E não deverá andar também longe na relação qualidade/preço. Luís Lopes não esqueceu a nova categoria Baga Bairrada, criada há poucos anos para englobar os espumantes feitos predominantemente com a casta Baga, e que tão boa conta tem dado de si.
No final, a opinião geral era de que o evento foi curto na duração, mas intenso na divulgação. E permitiu a muitos profissionais da capital terem acesso a vinhos que, de outra forma, poderiam ter escapado à prova. Para a Bairrada, esta foi sem dúvida uma mais-valia. Afastada da ribalta das grandes quotas de mercado (até pela sua dimensão, mas excluindo os espumantes), a Bairrada sempre tem a ganhar quando se provam os seus vinhos. E se esquecem assim quaisquer preconceitos que possam existir…
[/vc_column_text][/vc_column][/vc_row][vc_row type=”in_container” full_screen_row_position=”middle” scene_position=”center” text_color=”dark” text_align=”left” overlay_strength=”0.3″ shape_divider_position=”bottom”][vc_column column_padding=”no-extra-padding” column_padding_position=”all” background_color_opacity=”1″ background_hover_color_opacity=”1″ column_shadow=”none” column_border_radius=”none” width=”1/1″ tablet_text_alignment=”default” phone_text_alignment=”default” column_border_width=”none” column_border_style=”solid”][vc_column_text]
Edição Nº15, Julho 2018
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Trafaria: um sucesso comprovado
A companhia certa, bons vinhos, animação cultural e um panorama espantoso das colinas de Lisboa. O Trafaria (Com)Prova tem tudo o que é preciso para garantir uma experiência muito especial. E esta terceira edição foi tudo isso e muito mais. TEXTO Luís Francisco FOTOS Ricardo Palma Veiga Há aqui uma senhora com um problema. “Preciso […]
A companhia certa, bons vinhos, animação cultural e um panorama espantoso das colinas de Lisboa. O Trafaria (Com)Prova tem tudo o que é preciso para garantir uma experiência muito especial. E esta terceira edição foi tudo isso e muito mais.
TEXTO Luís Francisco
FOTOS Ricardo Palma Veiga
Há aqui uma senhora com um problema. “Preciso daquela coisa de Setúbal…”, lança para o grupo de familiares que a acompanha. “Choco frito?”, desconversa o filho. “Não, pá, o vinho. Aquele docinho…” Por entre gargalhadas, o jovem lá se dirige a uma das bancas e regressa com o cobiçado Moscatel de Setúbal. E foi assim no passeio marítimo da Trafaria, nos dias 1, 2 e 3 de Junho, durante o Trafaria (Com)Prova, evento organizado pela Câmara Municipal de Almada e com produção da Grandes Escolhas. Muita gente, belos vinhos e boa disposição.
Durante três dias, e mesmo com a meteorologia a mostrar-se pouco de acordo com o calendário, mais de 13.500 pessoas deslocaram-se ao recinto da feira de vinhos e petiscos, onde três dezenas de produtores deram a provar os seus néctares. Reforçando uma tendência cada vez mais evidente neste tipo de eventos, o público (com presença cada vez mais notória de turistas estrangeiros) confirmou o interesse nos vinhos adquirindo garrafas directamente nos stands – fosse para levar para casa, fosse para abrir e degustar ali mesmo, com amigos e família, numa das mesas instaladas no local.
Foi isso mesmo que fez Helena Rodrigues, 42 anos, profissional de seguros, “apanhada” a sair do balcão da Herdade das Servas com uma garrafa… “Fizemos umas provas, agora decidimos comprar uma garrafa para podermos petiscar à vontade.” Helena estava “atenta” e confirmou no Facebook as datas para regressar a um evento onde já tinha marcado presença no ano passado. E mais não disse, porque as amigas, já sentadas, reclamavam a sua presença. E do vinho, suspeitamos.
Entretidos nas provas estavam Diogo e Katrine, ele de 26 e ela de 23 anos, que se estreavam no Trafaria (Com)Prova. Ela é de Portimão, ele de Leiria, viviam em Lisboa até há pouco tempo, desde Janeiro estão na Costa de Caparica. Avisados por amigos, foram à descoberta. E não estavam desiludidos: “Muito giro, é um bom evento.”
O vento soprava fresco, na tarde de sábado, mas com um casaquinho pelas costas ninguém arredava pé. À medida que a tarde avançava, mais gente ia chegando e o recinto enchia-se de brindes e conversas cruzadas. “Diz ali WC 50 cêntimos!”, admirava-se uma jovem. “Olha, dá-me dois”, disparou um dos elementos do grupo que a acompanhava. Há reencontros que são surpresas – “Olha-me este miúdo… Estás tão grande!” – e outros que nem por isso: “Eh pá, só te apanho nestas coisas!”
Vinho, cultura e entretenimento
Ao fim da tarde, os andarilhos que por ali pairam em fato de banho arcaico às risquinhas amarelas – bóias debaixo do braço e ele ostentando uma bigodaça bem característica dos tempos em que a Trafaria surgiu como destino de praia de muitos lisboetas (na viragem do século XIX para o XX, como se pode apreciar na exposição patente no edifício do presídio) – já mal conseguem passar pelo meio da multidão. Sempre que têm ocasião, interpelam as pessoas para diálogos bem-humorados. Há miúdos que nem querem acreditar naquela visão de gigantes desengonçados.
A coisa torna-se ainda mais animada sempre que passa por ali a Almada Street Band, que vai interpretando clássicos pop-rock em ambiente dixieland. A certa altura, cansados decerto de andarem de trás para a frente, e sem cederem ao conforto do palco instalado num dos extremos do recinto, os músicos formam uma roda e abancam mesmo ali no meio. Há quem dance de copo na mão.
Saindo desta animação, um percurso de menos de 100 metros leva-nos ao antigo Presídio Militar da Trafaria, onde se realizaram as provas comentadas e estão patentes algumas exposições. Antes de lá chegar, porém, há miúdos e graúdos que se entretêm com antigos jogos populares ao longo do caminho. Nas paredes, painéis falam do vinho e das vinhas em Almada. No século XIX ainda eram uma actividade pujante; depois, a filoxera, a mudanças nos mercados e a pressão urbanística ditaram o seu declínio.
Entramos no presídio e, por entre dragoeiros e árvores-da-borracha, sabe bem o silêncio, que convida à fruição das mensagens artísticas por ali semeadas, a começar por uma exposição de fotografias de Luís Ramos. Lá dentro, nas celas e corredores marcados por um passado cheio de histórias, ouvem-se testemunhos de antigos presos, incluindo o “capitão de Abril” Vasco Lourenço. Na capela, que é também sala de provas, as imagens que dão corpo à exposição “Ir a banhos” mostram como era a zona e a sua frequência há mais de um século, quando as paróquias de Lisboa levavam as crianças pobres da cidade a banhos. Na Trafaria, pois então.
A banhos, ninguém terá ido lá fora, que o início de Junho não facilitou, mas havia miúdos a jogar à bola no areal, por entre as embarcações de pesca artesanal, e adultos que se aventuravam em breves caminhadas junto à linha de água, arisca devido à ondulação levantada pelo vento. O sol caminhava para a linha do horizonte e o panorama de Lisboa em contra-luz, na outra margem, era sublime.
Já no caminho para o cais de embarque da Transtejo, para apanhar o barco de regresso, ouve-se outro desabafo: “Ó pá, foi bem fixe! Devia haver mais feiras de vinho.” Pela nossa parte, totalmente de acordo.
Esta foi a primeira edição do Trafaria (Com)Prova sob a tutela do novo executivo camarário, liderado por Inês de Medeiros. A aposta no evento manteve-se e sai reforçada com o balanço “bastante positivo” que a autarquia faz do que viu e sentiu nos dias 1, 2 e 3 de Junho.
“A feira já começa a ter alguma implantação, as pessoas vão passando palavra. E as alterações na organização que pusemos em prática, nomeadamente a redução do horário, foram do agrado dos produtores, que esgotaram, em provas e vendas, os stocks que tinham levado para o evento. Notámos uma presença cada vez mais notória de turistas estrangeiros e sábado foi o dia de todos os recordes.” Paulo Pardelha, director do Departamento de Planeamento Urbanístico e Desenvolvimento Económico da Câmara Municipal de Almada, realça as virtudes mais óbvias da terceira edição do Trafaria (Com)Prova, mas faz questão de salientar os efeitos estruturais da iniciativa: “Esta consolidação do evento está a afirmar a Trafaria como sítio de visita e a atrair gente e investimento. Há cada vez mais edifícios reabilitados ou em processo de reabilitação, os proprietários dos restaurantes estão muito satisfeitos e a feira afirma-se com um perfil global, não apenas uma iniciativa ligada ao vinho, mas também à cultura e ao lazer – no sábado, por exemplo, o Dia Mundial da Criança serviu de pretexto para instalarmos jogos tradicionais.”
Inaugurada pela presidente da Câmara Municipal de Almada, Inês de Medeiros, e com afluência recorde de público, a terceira edição do Trafaria (Com)Prova já deixa saudades em todos os que nela participaram.
Edição Nº15, Julho 2018
Ode aos vinhos do Douro Superior
[vc_row type=”in_container” full_screen_row_position=”middle” scene_position=”center” text_color=”dark” text_align=”left” overlay_strength=”0.3″ shape_divider_position=”bottom”][vc_column column_padding=”no-extra-padding” column_padding_position=”all” background_color_opacity=”1″ background_hover_color_opacity=”1″ column_shadow=”none” column_border_radius=”none” width=”1/1″ tablet_text_alignment=”default” phone_text_alignment=”default” column_border_width=”none” column_border_style=”solid”][vc_column_text]A sétima edição do Festival do Vinho do Douro Superior, uma iniciativa do município de Vila Nova de Foz Côa, saldou-se por mais um sucesso. Esta é a sub-região mais a leste do rio, a mais rústica […]
[vc_row type=”in_container” full_screen_row_position=”middle” scene_position=”center” text_color=”dark” text_align=”left” overlay_strength=”0.3″ shape_divider_position=”bottom”][vc_column column_padding=”no-extra-padding” column_padding_position=”all” background_color_opacity=”1″ background_hover_color_opacity=”1″ column_shadow=”none” column_border_radius=”none” width=”1/1″ tablet_text_alignment=”default” phone_text_alignment=”default” column_border_width=”none” column_border_style=”solid”][vc_column_text]A sétima edição do Festival do Vinho do Douro Superior, uma iniciativa do município de Vila Nova de Foz Côa, saldou-se por mais um sucesso. Esta é a sub-região mais a leste do rio, a mais rústica e selvagem, mas que continua a demonstrar ter excepcionais condições para a produção de vinhos de alta qualidade.
TEXTO António Falcão, Mariana Lopes e João Paulo Martins
FOTOS Ricardo Palma Veiga
Esta edição, produzida mais uma vez pela equipa da Grandes Escolhas para a Câmara de Foz Côa, bateu uma série de recordes face à última, não só em número de stands, como em número de visitantes. Foram mais mais de 9.000 pessoas, cerca de 15% a mais do que na anterior edição, a ter acesso a quase 400 néctares presentes na mostra. O evento de 2018, que se celebrou de 25 a 27 de Maio, no excelente centro de exposições ExpoCôa, contou ainda com 80 expositores e foi aberto por várias individualidades, incluindo Carlos Daniel, secretário de Estado das Autarquias Locais.
Os números são muito encorajadores para um município que tenta travar a desertificação do território, ao mesmo tempo que procura puxar mais investimento para a região (com cerca de 7.000 habitantes, a nível de concelho) e fixar, por isso, os seus filhos, evitando que saiam para estudar e não voltem. Esta é uma intenção de Gustavo Duarte, o presidente da Câmara de Vila Nova de Foz Côa e o grande mentor do evento. De facto, a vinha e o vinho são dois dos factores produtivos mais importantes da região e as sucessivas edições do certame têm solidificado a posição desta cidade como a capital dos vinhos do Douro Superior.
O número crescente de visitantes pode explicar-se pela afluência de mais pessoas vindas de fora. Especialmente dos grandes centros urbanos, como de Lisboa. Jorge Ferreira, consultor ligado a novas tecnologias e residente em Lisboa, foi um deles: “Soube desta feira pelas redes sociais de outros amigos enófilos. Este ano decidi agarrar na família e viemos todos até aqui. É uma região que desconhecia e que nos está a fascinar. Gostei sobretudo dos vinhos que pude provar, mas estou ainda a aproveitar a visita a algumas paisagens, a provar a gastronomia local e a conhecer o museu de Foz Côa.” Jorge e muitos outros visitantes deliraram também com o concerto da fadista Carminho, celebrado no final da sessão de sábado. Refira-se que todos os eventos tinham entrada gratuita (na feira só se pagava o copo de prova), incluindo o concerto.
A edição de 2018 contou ainda com um convidado especial, o único Master of Wine de língua portuguesa, Dirceu Vianna Júnior, que contactou com muitos dos produtores presentes e teve oportunidade de provar muitas dezenas de vinhos, tendo ficado impressionado com a qualidade geral exibida e com o forte dinamismo do Douro Superior.[/vc_column_text][/vc_column][/vc_row][vc_row type=”in_container” full_screen_row_position=”middle” scene_position=”center” text_color=”dark” text_align=”left” overlay_strength=”0.3″ shape_divider_position=”bottom”][vc_column column_padding=”no-extra-padding” column_padding_position=”all” background_color_opacity=”1″ background_hover_color_opacity=”1″ column_shadow=”none” column_border_radius=”none” width=”1/1″ tablet_text_alignment=”default” phone_text_alignment=”default” column_border_width=”none” column_border_style=”solid”][vc_gallery type=”image_grid” images=”28001,28003,28004″ layout=”3″ gallery_style=”1″ load_in_animation=”none”][/vc_column][/vc_row][vc_row type=”in_container” full_screen_row_position=”middle” scene_position=”center” text_color=”dark” text_align=”left” overlay_strength=”0.3″ shape_divider_position=”bottom”][vc_column column_padding=”no-extra-padding” column_padding_position=”all” background_color_opacity=”1″ background_hover_color_opacity=”1″ column_shadow=”none” column_border_radius=”none” width=”1/1″ tablet_text_alignment=”default” phone_text_alignment=”default” column_border_width=”none” column_border_style=”solid”][vc_column_text]Actividades paralelas
Nem só de provas de vinhos na feira (e de gastronomia local) se tratou no 7º Festival do Vinho do Douro Superior. O evento contou ainda com vários outros motivos de interesse, como o animado colóquio, que este ano versou sobre o tema “O Douro e a história: Vale com passado, Vinha com futuro”, orientado e moderado por Fernando Melo, jornalista e crítico da Grandes Escolhas. Como nos disse o animador do colóquio, “o tema era ambicioso”, mas, graças ao acolhimento que encontrou junto de todo o sector vinhateiro duriense, foi dos mais participados e profícuos de sempre. Sobre os pilares fundamentais da família, empreendedorismo e inovação, foi uma manhã intensa e com pistas apontadas para o futuro.
A família Nicolau de Almeida, nas pessoas de João Nicolau de Almeida e seu filho Mateus, demonstrou como é importante o legado familiar para o desenvolvimento do vinho e da vinha, especialmente no Douro Superior, onde o futuro esteve na mira desde a primeira hora. Mateus exprimiu o desejo de que o Vinho do Porto, por exemplo, conheça rapidamente novas realidades, dando asas à criatividade e ideias novas. Espaço outrora berço do famoso Barca Velha, foi sempre cenário de experimentação graças aos solos diversificados e de transição e à ciência de Fernando Nicolau de Almeida, várias vezes evocado no colóquio.
Sublinhou-se a entrada de novos empreendedores no sector e em particular no Douro Superior, o assunto da comunicação de Bernardo Alegria, da Casa de Arrochella/Grandes Quintas, que mereceu o maior interesse de todos, pelo quanto chamou a atenção para o desenvolvimento local, para a fixação de nova população e para que haja sustentabilidade social em torno do “boom” das vinhas e vinhos.
O enólogo Carlos Magalhães apresentou um cenário desassombrado em relação às castas e património vitícola que conhece por todo o país e o quanto disso pode de facto trazer riqueza e diversidade para o Douro. Foi bem complementado pela visão de Luciano Madureira, da Rozès, que reconhece o muito que se pode ainda fazer com o que já existe. Devemos e podemos esperar muito do Douro Superior, pelo muito que tem para dar. O momento de debate que encerrou o colóquio foi particularmente animado, com a presença do presidente do Município de Foz Côa.[/vc_column_text][/vc_column][/vc_row][vc_row type=”in_container” full_screen_row_position=”middle” scene_position=”center” text_color=”dark” text_align=”left” overlay_strength=”0.3″ shape_divider_position=”bottom”][vc_column column_padding=”no-extra-padding” column_padding_position=”all” background_color_opacity=”1″ background_hover_color_opacity=”1″ column_shadow=”none” column_border_radius=”none” width=”1/1″ tablet_text_alignment=”default” phone_text_alignment=”default” column_border_width=”none” column_border_style=”solid”][image_with_animation image_url=”28005″ alignment=”center” animation=”Fade In” border_radius=”none” box_shadow=”none” max_width=”100%”][/vc_column][/vc_row][vc_row type=”in_container” full_screen_row_position=”middle” bg_color=”#f2f2f2″ scene_position=”center” text_color=”dark” text_align=”left” overlay_strength=”0.3″ shape_divider_position=”bottom” shape_type=””][vc_column column_padding=”no-extra-padding” column_padding_position=”all” background_color_opacity=”1″ background_hover_color_opacity=”1″ column_shadow=”none” column_border_radius=”none” width=”1/1″ tablet_text_alignment=”default” phone_text_alignment=”default” column_border_width=”none” column_border_style=”solid”][divider line_type=”No Line” custom_height=”15″][vc_text_separator title=”Um animado programa de visitas”][vc_column_text]
Como habitualmente, o Festival foi também visitado por algumas dezenas de jornalistas e compradores profissionais, que, participando como jurados no concurso, tiveram ainda a oportunidade de conhecer de perto alguns dos projectos da região. E, de facto, houve muito material de interesse a conhecer. Vamos a isso, de forma resumida.
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5 Bagos (Palato do Côa)
Bem perto de Foz Côa situa-se a quinta onde está também instalada a adega da empresa 5 Bagos. O rosto da empresa – Carlos Magalhães – é um dos cinco sócios e é responsável por todas as fazes da produção, desde a vinha, passando pela adega e não deixando de lado todo o processo de comercialização dos vinhos. Carlos, que insiste dever sempre ser chamado Carloto, foi o anfitrião do encontro dos que se deslocaram à quinta. A visita à adega serviu sobretudo para o enólogo salientar um argumento de peso, que lhe aliviou o peso das despesas: “Esta adega não é uma peça artística, é um espaço funcional que cumpre todos os requisitos técnicos e que, facto da maior relevância, já está paga.” O argumento não deixa de ser também um recado para outros produtores da região. Registámos. A vinha está à volta da adega, está bem situada num dos pontos altos da propriedade e tudo ali é simples e rápido no processamento das uvas. A vinha espraia-se por orientações solares e altitudes diferentes, permitindo a feitura de lotes com diferentes perfis. O estágio é feito na cave própria e os vinhos aí estão a atestar a qualidade do trabalho aqui feito. Carlos Magalhães, sempre ‘a mil à hora’, a tudo está atento e ainda lhe sobra para chegar ao Porto a horas de ir jogar ténis, o seu vício de que não abdica. E, tal como nos vinhos, o objectivo não é empatar ou dividir louros, é mesmo vencer. O almoço foi um grande momento de convívio e, como diria o nosso saudoso amigo jornalista Santos Mota, agora a usufruir de merecida reforma: “Há aqui grandes vinhos!” Boa frase, que assinamos por baixo. (J.P.M.)
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Barão de Vilar
Álvaro Van Zeller, o seu irmão Fernando e Rui Carvalho são os três sócios desta empresa. O centro das operações da casa está no Pocinho, onde a empresa possui um enorme armazém, especialmente ocupado com Vinho do Porto, a estagiar. Por ali repousa um número considerável de litros (perto do milhão!), quase tudo em pipas. Álvaro é adepto de adquirir cascos de vetusta idade a várias empresas da região, que têm sido recuperados pouco a pouco por um tanoeiro contratado para o efeito. De facto, a Barão de Vilar assenta na estratégia de adquirir vinhos (especialmente Porto) a produtores/lavradores locais e estagiá-los, antes de engarrafar e vender. Mas a empresa possui as suas próprias vinhas, cerca de 11 hectares na recém-adquirida Quinta do Saião (100 hectares no total), localizada frente à famosa Quinta do Vale Meão. O enólogo Manuel Vieira disse-nos que é “das quintas mais bonitas do Douro”. Manuel Vieira estava presente porque tem intervenção em alguns vinhos da casa (ver um dos destaques dos Vinhos do Mês, nesta revista) e é amigo de longa data de Álvaro Van Zeller. As uvas desta quinta (e outras) vão para a adega da casa, em Santa Comba da Vilariça, sob supervisão da enóloga residente, Mafalda Machado. Mafalda confessou-nos que gosta sobretudo de jogar com as várias proveniências da uva para fazer os lotes finais. Alguns dos vinhos foram provados em jantar num restaurante local e a nota que ficou é que esta é uma equipa que trabalha muito bem, juntando a experiência com a irreverência da juventude. Que o diga o Zom Grande Reserva Touriga Nacional 2011 – uma das marcas da casa –, que tinha acabado de ganhar o concurso deste ano do Festival do Vinho do Douro Superior, na categoria de tintos. A maioria da produção tem como destino a exportação, mas existem vários distribuidores nacionais. (A.F.)
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Gerações de Xisto
Este é o projecto que surgiu da união de duas casas agrícolas familiares: Chousas Nostras e Vales Dona Amélia. Frederico Lobão e Paulo Grandão são descendentes de duas famílias transmontanas que sempre estiveram ligadas ao que cresce na terra, desde a romã ao figo, passando pela amêndoa, a azeitona e, agora com esta “joint venture”, o azeite e o vinho. A aldeia de Muxagata é onde está a origem, mas a exploração divide-se por propriedades dispersas pelo Douro Superior, desde a Ribeira de Piscos até Foz Côa, e foi num dos pontos mais altos da periferia desta última, junto a um marco geodésico e com uma vista privilegiada, que ouvimos Frederico apresentar os cantos à casa. São 30 hectares de vinha, velha e nova, e 11ha de olival. Numa vinha nova, plantaram Rabigato e Touriga Franca, essencialmente porque “numa vinha mais antiga, de 1990, estão plantadas essas castas nas mesmas condições de altitude e com exposições solares diferentes, e queremos jogar com isso”, referiu Paulo. Ainda noutra plantação mais recente, inseriram Touriga Nacional. Os olivais, esses são centenários, e originam azeite com o nome Chousas Nostras. Mais tarde, num piquenique recheado de cousas boas, entre muros de xisto e com o Douro a pintar a paisagem, conhecemos os vinhos. Vales Dona Amélia e Gerações de Xisto são as referências, tendo o primeiro de todos sido produzido pela primeira vez em 2012, até hoje sempre em tinto. Este mês sai para o mercado o primeiro branco, Gerações de Xisto 2017, 2.000 garrafas de um lote inusitado: Rabigato (90%) e Arinto. O enólogo, Rui Carrelo, explicou que “o objectivo foi fazer um vinho leve e aromático, com qualidade”. Uma sessão de música e “Poesia Vinificada” encerrou um tempo muito bem passado… (M.L.)
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Provas comentadas 7 Festival do Vinho do Douro Superior Maio 2018 (447)_01.jpg
Outra iniciativa recorrente tem a ver com provas comentadas, acessíveis apenas a quem se inscreveu. No primeiro dia, Fernando Melo apresentou “Grandes brancos do Douro Superior”, escolhendo variados perfis, estilos e anos que encantaram a audiência. No dia seguinte foi a vez de João Paulo Martins, jornalista e crítico da Grandes Escolhas, falar sobre o Vinho do Porto, escolhendo também um portefólio alargado, entre LBV’s, Vintages, Colheitas e Tawnies. Os anos oscilaram entre 1995 e 2015.
As sessões de domingo começaram não com vinho, mas com azeite, mais concretamente com “Azeites do Douro Superior e Trás-os-Montes”. O apresentador foi um dos grandes especialistas nacionais, Francisco Pavão, director da Associação dos Olivicultores de Trás-os-Montes e Alto Douro. Uma prova bastante interessante e onde os participantes se puderam aperceber das muitas nuances que separam os azeites, como as diferentes variedades e regiões de cultivo. Finalmente, Luís Lopes, Director editorial da Vinho Grandes Escolhas, apresentou no último dia do certame um belo conjunto de “Grandes tintos do Douro Superior”. Por lá passaram grandes marcas da região, de vários anos e de vários estilos, desde vinhos de lote a monocastas (como Tinto Cão e Tinta Barroca).
Todas as três provas comentadas estiveram completamente cheias, com um público interessado e muito participante. Belas sessões, sem dúvida, para partilha de conhecimento e aprendizagem.[/vc_column_text][/vc_column][/vc_row][vc_row type=”in_container” full_screen_row_position=”middle” scene_position=”center” text_color=”dark” text_align=”left” overlay_strength=”0.3″ shape_divider_position=”bottom”][vc_column column_padding=”no-extra-padding” column_padding_position=”all” background_color_opacity=”1″ background_hover_color_opacity=”1″ column_shadow=”none” column_border_radius=”none” width=”1/1″ tablet_text_alignment=”default” phone_text_alignment=”default” column_border_width=”none” column_border_style=”solid”][image_with_animation image_url=”28007″ alignment=”center” animation=”Fade In” border_radius=”none” box_shadow=”none” max_width=”100%”][/vc_column][/vc_row][vc_row type=”in_container” full_screen_row_position=”middle” scene_position=”center” text_color=”dark” text_align=”left” overlay_strength=”0.3″ shape_divider_position=”bottom”][vc_column column_padding=”no-extra-padding” column_padding_position=”all” background_color_opacity=”1″ background_hover_color_opacity=”1″ column_shadow=”none” column_border_radius=”none” width=”1/1″ tablet_text_alignment=”default” phone_text_alignment=”default” column_border_width=”none” column_border_style=”solid”][vc_column_text]Concurso bate recordes
Outra iniciativa clássica, presente desde a primeira edição, é o “Concurso de Vinhos do Douro Superior”. Como o nome indica, só são aceites neste concurso vinhos da sub-região do Douro Superior. Esta edição bateu todos os recordes, com 184 referências vínicas inscritas, uma excelente amostra do que se faz nesta região. Entraram 55 brancos, 113 tintos e 16 vinhos do Porto, dos 80 produtores que marcaram presença no recinto da feira. Refira-se desde já que, salvo raras excepções, os produtores enviaram a concurso os seus melhores vinhos, pelo que o nível foi extremamente elevado, enriquecendo o trabalho dos 29 elementos do júri – jornalistas, responsáveis de compras de garrafeiras, sommeliers e bloggers especializados.
Tal como nos outros anos, a prova foi “às cegas” e com uma ficha de pontuações de 0 a 20 valores. Os três vinhos mais pontuados em cada categoria – brancos, tintos e Vinho do Porto – foram depois a uma finalíssima, onde todos os jurados votaram e decidiram qual seria o respectivo vencedor. No final da manhã, os resultados estavam apurados e resultaram 66 prémios, entre os melhores em cada categoria (três) e as medalhas de ouro (22 – 6 para brancos, 12 para tintos e 4 para Vinho do Porto) e prata (41 – 12 para brancos, 25 para tintos e 4 para Vinho do Porto).
Os resultados foram muito bons e podemos dizer que os vencedores absolutos ganharam por pouca margem (décimas, apenas) face a muita outra concorrência. Ou seja, o nível médio foi altíssimo. Os prémios foram depois entregues nessa mesma tarde, já com diplomas e tudo, no recinto da feira. Veja todos os premiados no texto anexo.[/vc_column_text][/vc_column][/vc_row][vc_row type=”in_container” full_screen_row_position=”middle” scene_position=”center” text_color=”dark” text_align=”left” overlay_strength=”0.3″ shape_divider_position=”bottom”][vc_column column_padding=”no-extra-padding” column_padding_position=”all” background_color_opacity=”1″ background_hover_color_opacity=”1″ column_shadow=”none” column_border_radius=”none” width=”1/1″ tablet_text_alignment=”default” phone_text_alignment=”default” column_border_width=”none” column_border_style=”solid”][image_with_animation image_url=”28008″ alignment=”center” animation=”Fade In” border_radius=”none” box_shadow=”none” max_width=”100%”][/vc_column][/vc_row][vc_row type=”in_container” full_screen_row_position=”middle” scene_position=”center” text_color=”dark” text_align=”left” overlay_strength=”0.3″ shape_divider_position=”bottom” title=”OPINIÃO” add_icon=”” i_type=”fontawesome” i_icon_fontawesome=”fa fa-adjust” i_icon_openiconic=”vc-oi vc-oi-dial” i_icon_typicons=”typcn typcn-adjust-brightness” i_icon_entypo=”entypo-icon entypo-icon-note” i_icon_linecons=”vc_li vc_li-heart” i_color=”blue” i_background_style=”” i_background_color=”grey” i_size=”md” title_align=”separator_align_left” align=”align_center” color=”custom” style=”” border_width=”” el_width=”” layout=”separator_with_text” accent_color=”#888888″ i_custom_color=”” i_custom_background_color=”” el_id=”” el_class=”” css=””][vc_column column_padding=”no-extra-padding” column_padding_position=”all” background_color_opacity=”1″ background_hover_color_opacity=”1″ column_shadow=”none” column_border_radius=”none” width=”1/1″ tablet_text_alignment=”default” phone_text_alignment=”default” column_border_width=”none” column_border_style=”solid”][vc_text_separator title=”Os vencedores do concurso ” color=”custom” accent_color=”#888888″][/vc_column][/vc_row][vc_row type=”in_container” full_screen_row_position=”middle” scene_position=”center” text_color=”dark” text_align=”left” overlay_strength=”0.3″ shape_divider_position=”bottom”][vc_column column_padding=”no-extra-padding” column_padding_position=”all” background_color_opacity=”1″ background_hover_color_opacity=”1″ column_shadow=”none” column_border_radius=”none” width=”1/3″ tablet_text_alignment=”default” phone_text_alignment=”default” column_border_width=”none” column_border_style=”solid”][vc_column_text]
MELHOR VINHO BRANCO
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Duas Quintas Reserva branco 2016 (Adriano Ramos Pinto Vinhos)
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MELHOR VINHO TINTO
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Zom Grande Reserva Touriga Nacional tinto 2011 (Barão de Vilar – Vinhos)
[/vc_column_text][/vc_column][vc_column column_padding=”no-extra-padding” column_padding_position=”all” background_color_opacity=”1″ background_hover_color_opacity=”1″ column_shadow=”none” column_border_radius=”none” width=”1/3″ tablet_text_alignment=”default” phone_text_alignment=”default” column_border_width=”none” column_border_style=”solid”][vc_column_text]
MELHOR VINHO DO PORTO
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Duorum Vintage 2011 (Duorum Vinhos)
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Brancos Ouro
Colinas do Douro Reserva 2017 (Colinas do Douro Sociedade Agrícola)
Cortes do Tua Reserva 2016 (Cortes do Tua Wines)
Mapa Vinha dos Pais 2016 (Pedro Mário Batista Garcias)
Palato do Côa Reserva 2015 (5 Bagos Sociedade Agrícola)
Quinta Vale d’Aldeia Alvarinho 2017 (Quinta Vale d’Aldeia)
Terras do Grifo Grande Reserva 2016 (Rozès)
Brancos Prata
Burmester 2017 (Sogevinus Fine Wines)
Crasto Superior 2016 (Quinta do Crasto)
Duorum 2015 (Duorum Vinhos)
Gerações de Xisto 2017 (Gerações de Xisto)
Golpe Reserva 2016 (Manuel Carvalho Martins)
Holminhos 2016 (Quinta Holminhos)
Montes Ermos Códega do Larinho 2017 (Adega Cooperativa de Freixo de Espada à Cinta)
Palato do Côa Reserva 2016 (5 Bagos Sociedade Agrícola)
Quinta da Pedra Escrita Reserva 2016 (Rui Roboredo Madeira Vinhos)
Quinta da Sequeira Reserva 2016 (Mário Jorge Eugénio Monteiro Cardoso)
Quinta dos Castelares Reserva 2016 (Casa Agrícola Manuel Joaquim Caldeira)
Salgados 2017 (Mário José Pinto Salgado e Maria de Lurdes P. M. Salgado)
Tintos Ouro
Cadão PM Vinhas Velhas 2011 (Mateus e Sequeira Vinhos)
Crasto Superior 2015 (Quinta do Crasto)
Dona Berta Vinha Centenária Reserva 2011 (Hernâni A. Verdelho)
Duorum Vinhas Velhas Reserva 2015 (Duorum Vinhos)
Flor do Côa Reserva Especial 2011 (Costa Boal Family Estates)
Fronteira Reserva 2015 (Casa Agrícola Manuel Joaquim Caldeira)
Iter 2014 (Duplo PR – Serviços de Enologia)
Quinta da Extrema Cabernet Sauvignon 2015 (Colinas do Douro Sociedade Agrícola)
Quinta da Leda 2015 (Sogrape Vinhos)
Quinta da Touriga Chã 2015 (Jorge Rosas Vinhos)
Quinta do Couquinho Reserva 2015 (Quinta do Couquinho – Soc. Agrícola)
Terra de Homens 2010 (Sociedade Agrícola Vale da Vilariça)
Tintos Prata
Adão António Aguiar Grande Reserva Touriga Nacional 2015 (Adão e Filhos)
As Tourigas 2007 (Quinta de Vale de Pios)
Castello D’Alba Limited Edition 2015 (Rui Roboredo Madeira Vinhos)
D. Graça Touriga Nacional Reserva 2014 (Vinilourenço)
Duas Quintas Reserva 2015 (Adriano Ramos Pinto Vinhos)
Duvalley Grande Reserva 2012 (Quinta Picos do Couto)
Filão da Grixa Reserva 2014 (Polibago)
Gerações de Xisto 2014 (Gerações de Xisto)
Lupucinus Selection 2016 (Quinta de Lubazim)
Mapa Reserva Especial 2014 (Pedro Mário Batista Garcias)
Moinhos de Côa Reserva 2015 (Artur Adriano Proença Rodrigues)
Muxagat 2014 (Muxagat Vinhos)
Pai Horácio Grande Reserva 2015 (Vinilourenço)
Palato do Côa Reserva 2015 (5 Bagos Sociedade Agrícola)
Quinta da Bulfata 2015 (Quinta da Bulfata)
Quinta da Extrema (Edição I) 2015 (Colinas do Douro Sociedade Agrícola)
Quinta da Sequeira Grande Reserva 2013 (Mário Jorge Eugénio Monteiro Cardoso)
Quinta do Vesúvio 2015 (Symington Family Estates)
Quinta Vale d’Aldeia Grande Reserva 2014 (Quinta Vale d’Aldeia)
Terras do Grifo Vinhas Velhas 2014 (Rozès)
Terrincha Reserva 2014 (Quinta da Terrincha)
Vale do Malhô 2015 (Sebastião Augusto Oliveira)
Vales Dona Amélia 2012 (Casa Agrícola Vales Dona Amélia)
Vallado Superior Vinhas Orgânicas 2015 (Quinta do Vallado – Sociedade Agrícola)
Valle do Nídeo Reserva 2015 (Miguel Abrantes Vinhos)
Vinhos do Porto Ouro
Amável Costa Tawny 20 anos (Agostinho Amável Costa)
Ferreira Dona Antónia Tawny 20 anos (Sogrape Vinhos)
Maynard’s Vintage Bio 2015 (Barão de Vilar – Vinhos)
Quinta da Ervamoira Vintage 2004 (Adriano Ramos Pinto Vinhos)
Vinhos do Porto Prata
Burmester Tawny 10 anos (Sogevinus Fine Wines)
Quinta da Silveira Tawny 10 anos (Sociedade Agrícola Vale da Vilariça)
Quinta do Grifo Vintage 2015 (Rozès)
Quinta do Vesúvio Vintage 1995 (Symington Family Estates)
[/vc_column_text][/vc_column][/vc_row][vc_row type=”in_container” full_screen_row_position=”middle” scene_position=”center” text_color=”dark” text_align=”left” overlay_strength=”0.3″ shape_divider_position=”bottom”][vc_column column_padding=”no-extra-padding” column_padding_position=”all” background_color_opacity=”1″ background_hover_color_opacity=”1″ column_shadow=”none” column_border_radius=”none” width=”1/1″ tablet_text_alignment=”default” phone_text_alignment=”default” column_border_width=”none” column_border_style=”solid”][divider line_type=”Full Width Line” line_thickness=”1″ divider_color=”default”][/vc_column][/vc_row][vc_row type=”in_container” full_screen_row_position=”middle” scene_position=”center” text_color=”dark” text_align=”left” overlay_strength=”0.3″ shape_divider_position=”bottom”][vc_column column_padding=”no-extra-padding” column_padding_position=”all” background_color_opacity=”1″ background_hover_color_opacity=”1″ column_shadow=”none” column_border_radius=”none” width=”1/1″ tablet_text_alignment=”default” phone_text_alignment=”default” column_border_width=”none” column_border_style=”solid”][vc_column_text]
Edição Nº15, Julho 2018
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