Casa Havaneza: Um lugar mítico com um produto mágico

É uma das mais antigas lojas de charutos do mundo. Estabelecida em 1864 por Henry Burnay, Conde Burnay, no Largo do Chiado, em Lisboa, num espaço criado uns anos antes por comerciantes de origem belga, comemora, este ano, 160 anos. São os mesmos que faz o vetusto Diário de Notícias, jornal diário que tem acompanhado

É uma das mais antigas lojas de charutos do mundo. Estabelecida em 1864 por Henry Burnay, Conde Burnay, no Largo do Chiado, em Lisboa, num espaço criado uns anos antes por comerciantes de origem belga, comemora, este ano, 160 anos. São os mesmos que faz o vetusto Diário de Notícias, jornal diário que tem acompanhado […]

É uma das mais antigas lojas de charutos do mundo. Estabelecida em 1864 por Henry Burnay, Conde Burnay, no Largo do Chiado, em Lisboa, num espaço criado uns anos antes por comerciantes de origem belga, comemora, este ano, 160 anos. São os mesmos que faz o vetusto Diário de Notícias, jornal diário que tem acompanhado a vida do país e de várias gerações de portugueses até aos dias de hoje.

Henry Burnay surgiu pela primeira vez na história da Casa Havaneza em 1864, enquanto arrendatário da tabacaria. Em 27 de Maio de 1865 foi assinada nova escritura, permitindo-lhe continuar o seu negócio até 31 de Dezembro de 1874. No ano seguinte, quando nasceu a firma Henry Burnay & Cª, o banqueiro decidiu, porque os negócios estavam a correr bem, alargar o espaço da Casa Havaneza, alugando os números 124, 126 e 128 da R. Garrett. O estabelecimento passou, assim, a abranger toda a área entre a praça do Loreto e a continuação da rua do Chiado.

Foi em 1877 que os dois belgas fundadores, François Caen e Charles Vanderin, assinaram a escritura de “transacção amigável” com a firma Henry Burnay & Cª, passando a gestão da tabacaria a ser da inteira responsabilidade do banqueiro e dos seus dois sócios: Eugénio Larrouy e Ernesto Empis, cunhado de Burnay. Na altura, a passagem pela Casa Havaneza era quase uma oferta extra à do Banco Burnay, já que os clientes podiam entrar na instituição para pedir um empréstimo e, à saída, comprar um charuto cubano já que, desde a sua fundação, este estabelecimento esteve sempre ligado ao epicurismo, à comercialização de charutos cubanos premium e acessórios para fumadores. Mas também bebidas e os cristais e outros artigos usados para as servir, por exemplo.

Lugar de encontro
A localização da Casa Havaneza na baixa, no coração da vida intelectual de Lisboa na época, perto do Teatro S. Carlos e da Livraria Bertrand, entre outros, e às portas do Bairro Alto, contribuiu para que esta loja fosse um dos lugares de encontro desde a sua fundação. Alguns anos mais tarde, no início do século XX, era o único terminal de Lisboa para os telegramas da Havas, a primeira agência de notícias do mundo, o que tornava o local ainda mais apelativo para políticos, jornalistas, escritores e artistas, que ali iam procurar novas da Europa e do mundo e ostentavam, à sua porta, os seus charutos, enquanto conversavam sobre as últimas intrigas da velha Lisboa. Também aqui se localizou a primeira estação de chamadas telefónicas, para uso dos lisboetas. No livro “Os Maias”, Eça de Queiroz faz uma descrição deste lugar, num dia daquele tempo, escrevendo que “um lindo Sol dourava o lajedo; batedores de chapéu à faia fustigavam as pilecas; três varinas, de canastra à cabeça, meneavam os quadris, fortes e ágeis na plena luz. A uma esquina, vadios em farrapos fumavam; e na esquina defronte, na Havanesa, fumavam também outros vadios, de sobrecasaca, politicando.” Ou seja, naquele lugar da baixa lisboeta, em frente à Havaneza, muitos se reuniam para fumar e conversar, desde a gente anónima aos mais conhecidos e ilustres daquele tempo. Era o caso de “Rafael Bordalo Pinheiro, que se auto-retratou de charuto na mão, que também foi presença assídua e interveniente mordaz nas tertúlias da Casa Havaneza, tal como o foram outros grandes vultos da nossa cultura, entre eles, Ramalho Ortigão, Eça de Queiroz e Guerra Junqueiro”, conta Pedro Rocha, CEO da Empor, empresa proprietária da Casa Havaneza, salientando que esta “sempre foi, e será, um espaço dedicado ao epicurismo, por excelência, e um lugar cheio de história política, social e cultural”.

Loja com história
Identificada, hoje, como uma das “Lojas com História” da cidade de Lisboa e monumento de interesse público, o espaço foi passando por várias remodelações na sua fachada e no seu interior, mas manteve sempre a sua função e o ambiente tradicional. Uma das primeiras decorreu ainda no início do século 20, quando saiu uma lei que obrigava as áreas financeiras dos estabelecimentos comerciais a separar-se das suas zonas de retalho. “Antes disso, na Casa Havaneza também se trocava dinheiro por ouro e faziam-se empréstimos”, conta Pedro Rocha, salientando que ali passou a funcionar também uma dependência bancária, dos mesmos proprietários. A última obra decorreu sob a supervisão de Nuno Corte Real e Alexandre Carvalho, na década de 80 do século passado e a sua estética leva, ainda hoje, turistas nacionais e estrangeiros à loja só para a apreciarem.

A Casa Havaneza do Chiado mantém, hoje, a sua essência, vendendo principalmente charutos cubanos, bebidas e acessórios para fumadores e escanções. Mas já não tem os artigos de decoração, incluindo os cristais que vinham de França e Itália noutros tempos. Ou seja, “mudou um pouco o estilo com o passar dos anos, mas a sua essência e o serviço aos clientes mantiveram-se”, afirma Pedro Rocha. E é isso que tem garantido o sucesso do seu negócio durante tanto tempo.

Casa Havaneza

Mudança inevitável
A mudança foi inevitável com a chegada da era dos grandes centros comerciais a Portugal, que passaram a ser um atractivo irresistível para os clientes nacionais. A tendência não deixou os gestores da Casa Havaneza indiferentes, que iniciaram a expansão da marca, na procura de se manterem perto dos seus clientes mais tradicionais. A Casa Havaneza do Centro Comercial das Amoreiras, em Lisboa, abriu as suas portas ao público em Setembro de 1985. A loja do Colombo desde 1998 e “finalmente, concretizou-se, em 2012 um sonho antigo, a abertura de uma Casa Havaneza no Porto, que fica perto da zona do Bessa”, conta Pedro Rocha, explicando que as lojas são frequentadas pelo mesmo tipo de clientes de sempre. Afinal, quem procura as lojas da Casa Havaneza são “os aficionados e as pessoas que querem entrar neste mundo do epicurismo e aprender mais um pouco, ou seja, aqueles que sabem que ali encontram o que querem, pessoas entre os 30 e os 90 anos, sobretudo das classes média e média/alta”, revela, acrescentando que, nas suas lojas, também encontram quem os possa aconselhar, “para os ajudar a encontrar aquilo que se adapta melhor ao seu gosto pessoal”. O principal produto da casa, ainda hoje, são os charutos cubanos, o que não é de estranhar, já que esta é uma marca do Grupo Habanos, empresa que faz a distribuição dos charutos da ilha para todo o mundo. Mas também podem ser encontradas marcas da República Dominicana, Nicarágua e Honduras, onde a empresa também os fabrica.

 

Casa Havaneza Quem é Pedro Rocha?

Nasceu em Ponta Delgada, na ilha açoriana de S. Miguel, porque o pai, oficial do exército, estava lá destacado em missão. Mas não viveu na lá e sim em Castelo Branco, na Beira Baixa, a região de origem do pai, e também nas Caldas da Rainha, a cidade de origem da mãe.

Frequentou os Pupilos do Exército, onde tirou Contabilidade e Administração, e a Universidade Moderna, onde se licenciou Organização e Gestão de Empresas. Trabalhou depois na Caixa Geral de Depósitos, muitos anos na Microsoft e depois na PT, onde lançou o Office 365. E foi numa ida ao Festival del Habano, evento que se realiza uma vez por ano, em Cuba, como aficionado, numa altura em que já conhecia o distribuidor da Habanos em Portugal, entre charutos, harmonizações e outras coisas, que lhe foi feito o convite para vir para mudar de ramo de negócio.

Fumador de charutos desde os 17 anos, que diz serem a sua maior paixão, não resistiu à tentação e mudou-se para a Empor, empresa do Grupo Habanos que é proprietária da Casa Havaneza, em 2011. Esteve três anos como director comercial, antes de passar a director geral da empresa, e conta que o seu primeiro desafio foi perceber como é que se trabalhava e como funcionava um sector tão distinto daquele onde tinha trabalhado até àquela altura. “Foi essencial para perceber o que podia, ou não, mudar, e definir quais os investimentos a fazer para isso acontecer”, explica, acrescentando que a mudança teve o sucesso esperado com a ajuda de toda a equipa, o que contribuiu para a empresa se manter, até hoje como líder no seu ramo de actividade.

O que é um bom charuto?

Para Pedro Rocha, o CEO da Empor, é aquele que é feito com as melhores qualidades de folhas, produzidas nos melhores terroirs, obedecendo a todos os processos de cura, fermentação, envelhecimento. Se isto estiver tudo bem feito, um bom charuto é aquele que nos proporciona o melhor prazer possível.

A Havaneza e a literatura

Foram vários os escritores portugueses que citaram a Havaneza nos seus livros, já que este foi, principalmente entre os séculos XIX e XX, um lugar de encontro especial na Baixa Lisboeta. Eis alguns exemplos:

“Nos fins de Março de 1871 havia grande alvoroço na Casa Havanesa, ao Chiado, em Lisboa. Pessoas esbaforidas chegavam, rompiam pelos grupos que atulhavam a porta… Mas ninguém se mostrava mais exaltado que um guarda-livros do hotel, que do alto do degrau da Casa Havanesa brandia a bengala, aconselhando à França a restauração dos Bourbons.” – Eça de Queirós, em “O Crime do Padre Amaro”.

“Chiado, um cenário, um ritual de charuto a fumegar, à porta da Havaneza, Ramalho Ortigão assistiu à passagem por aqui du tout Lisbonne do seu tempo”  – José Cardoso Pires, em “Lisboa, Livro de Bordo”

Vamo-nos encostar à porta da Havaneza/E veja-se passar, essa burguesa,/Que vai de risco ao meio e vai de fato preto/ Ao sport de uma hora – à igreja do Loreto” – Guerra Junqueiro, em “No Chiado”

Lisboa adere à Associação de Municípios Portugueses do Vinho

O executivo da Câmara Municipal de Lisboa aprovou, por unanimidade, a proposta de adesão à Associação de Municípios Portugueses do Vinho (AMPV). Segundo José Arruda, secretário geral desta organização, “fazia todo o sentido ter, entre os nossos associados, o município de Lisboa, até porque é uma das poucas capitais do mundo com uma grande região […]

O executivo da Câmara Municipal de Lisboa aprovou, por unanimidade, a proposta de adesão à Associação de Municípios Portugueses do Vinho (AMPV). Segundo José Arruda, secretário geral desta organização, “fazia todo o sentido ter, entre os nossos associados, o município de Lisboa, até porque é uma das poucas capitais do mundo com uma grande região vitivinícola com o seu nome, que é uma das maiores do país em termos de área de vinha e de produção de vinho”. Para além disso, a cidade é cada vez mais ponto de partida para conhecer a diversidade dos vinhos da região e de um país que é um dos melhores destinos de enoturismo do mundo.

A cidade mantém, ainda hoje, alguma tradição de produção vinícola, centrada na Tapada da Ajuda, do Instituto Superior de Agronomia e, mais recentemente numa vinha situada junto ao aeroporto Humberto Delgado. Atualmente são exportadas, por ano, 50 milhões de garrafas para o mundo inteiro com a marca Vinhos de Lisboa.

Estive lá: Café de São Bento – O charme discreto de um clássico

Café são bento

Percebe-se, quando se transpõe a cortina, que a ideia é preservar uma certa intimidade num espaço que se pretende reservado e cuja decoração baseada nos vermelhos, madeira velha e latão, faze lembrar um vetusto clube inglês. Foi objecto de renovação recente quando mudou de mãos na viragem dos 40 anos de existência e passou a […]

Percebe-se, quando se transpõe a cortina, que a ideia é preservar uma certa intimidade num espaço que se pretende reservado e cuja decoração baseada nos vermelhos, madeira velha e latão, faze lembrar um vetusto clube inglês. Foi objecto de renovação recente quando mudou de mãos na viragem dos 40 anos de existência e passou a ter como proprietário Miguel Garcia, um velho cliente da casa com vasta experiência anterior no ramo da hotelaria e que nos recebe em pessoa nesta primeira visita.

Já com um flute de espumante na mão, dou comigo a pensar que é sempre bom sinal quando um cliente fiel toma conta de uma casa que se foi tornando sua com o tempo. E por isso tudo ali respeita a tradição e a memória. A começar pelos funcionários, fardados com o seu colete axadrezado e lacinho, alguns deles com dezenas de anos de casa e que são retratados como vedetas em fotos individualizadas expostas na escada de acesso ao 1º piso também ele remodelado. São eles a alma deste espaço e garantem a perenidade de um serviço profissional, atento, mas também discreto, que os clientes são muitas vezes figuras publicas e políticos vindos do parlamento ali em frente, e as suas conversas pedem recato.

Se a decoração respeita a tradição, que dizer então da ementa? Estão lá os clássicos todos que deram fama à casa, a começar pelo famoso Bife à Café de São Bento, amplamente publicitado como “o melhor de Lisboa”. Se o é ou não, teria de provar todos os outros antes de confirmar a sentença. Mas o que posso assegurar de experiência vivida que o lombo de corte alto se deixa cortar como manteiga derretida, imerso no sápido molho de natas inspirado na receita de Marrare, guloso quanto baste, com os palitos de batatas fritas crocantes. É o emblema da casa e consta que permanece inalterado há 40 anos.

Mas há outras opções, tanto nas carnes, como no bacalhau gratinado (outro clássico) e mesmo uma alternativa vegetariana que os novos tempos e tendências aconselharam a introduzir recentemente. A nós foi-nos servido como entrada uns belíssimos camarões “al ajillo” e não poderíamos ter começado melhor. O vinho da casa foi feito em parceria com a Ravasqueira e é suficientemente polivalente para casar bem com a maioria das propostas. Para fechar, os mais gulosos podem ainda tentar-se pela doçaria com propostas também elas clássicas, não sem antes limpar o palato com o sorvete de limão com vodka. Tenho para mim, no entanto, que não é só pela comida que a numerosa clientela é atraída diariamente ao Café de São Bento. A nostalgia pelo classicismo e a envolvência num ambiente que desperta memórias e saudades por um tempo que já se perdeu fazem valer os seus encantos.

café são bento

 

 

 

Café de São Bento
Rua de São Bento 212, 1200-821 Lisboa
Telefone: 913 658 343
Horário: segunda a sexta-feira – 12h30 às 14h30 e 19h00 às 2h00; sábado e domingo – só jantar

WINESTONE ENTRA NA REGIÃO DE LISBOA COM AQUISIÇÃO DA QUINTA DE PANCAS

A WineStone, plataforma de negócios do Grupo José de Mello dedicada ao setor dos vinhos, adquiriu a Quinta de Pancas, propriedade secular fundada em 1495, situada na região vitivinícola de Lisboa, concelho de Alenquer. A operação abrange a compra da Quinta de Pancas Vinhos e de todos os seus ativos, com destaque para os cerca […]

A WineStone, plataforma de negócios do Grupo José de Mello dedicada ao setor dos vinhos, adquiriu a Quinta de Pancas, propriedade secular fundada em 1495, situada na região vitivinícola de Lisboa, concelho de Alenquer.
A operação abrange a compra da Quinta de Pancas Vinhos e de todos os seus ativos, com destaque para os cerca de 75 hectares de terreno da empresa, onde se incluem 60 ha de vinhas plantadas num terroir marcado pela proximidade ao Atlântico e à Serra de Montejunto.

Com a aquisição da Quinta de Pancas a WineStone, passa também a estar activa na Região de Lisboa. Hoje, para além da Ravasqueira, no Alentejo, que já estava na esfera da família Mello há 80 anos, o grupo possui as Quintas do Côtto e do Retiro Novo, na região do Douro, o Paço de Teixeiró, na região dos Vinhos Verdes, e a Krohn, empresa conhecida pelos seus Vinhos do Porto de excelência.

Segundo Pedro Pereira Gonçalves, presidente Executivo da holding, “a WineStone nasceu com uma visão de longo prazo e um horizonte de largo crescimento e de diversificação do seu portefólio de marcas, das regiões onde produz e dos mercados de exportação, com foco nos segmentos premium e luxury”. Acrescenta, ainda, que a aquisição da Quinta de Pancas é mais um passo dado para concretizar a missão da sua empresa, de “superar as expectativas dos consumidores, seja em Portugal, seja nos muitos e exigentes mercados internacionais onde estamos presentes”.

Adega de São Mamede da Ventosa assinala 65 anos com novo topo de gama

Adega São Mamede Ventosa

A Adega de São Mamede da Ventosa apresentou ontem, durante um jantar que decorreu no 138 Liberdade Hotel, em Lisboa, o seu Grande Reserva tinto de 2019. O novo topo de gama, produzido com uvas selecionadas das castas Touriga Nacional, Syrah e Caladoc, foi criado para comemorar os 65 anos desta adega da região de […]

A Adega de São Mamede da Ventosa apresentou ontem, durante um jantar que decorreu no 138 Liberdade Hotel, em Lisboa, o seu Grande Reserva tinto de 2019.

O novo topo de gama, produzido com uvas selecionadas das castas Touriga Nacional, Syrah e Caladoc, foi criado para comemorar os 65 anos desta adega da região de Lisboa, a maior cooperativa vitivinícola de Portugal, que transformou, este ano, 28 milhões de quilos de uva.

Leia o lançamento completo numa das próximas edições da revista Grandes Escolhas.

Marca Caves Velhas surge com novos vinhos e destilados

Caves Velhas

Num evento de lançamento no final de Outubro, no histórico edifício das Caves Velhas, em Bucelas, a marca assinalou o seu regresso com a apresentação de novos vinhos e destilados. Com mais de 80 anos, Caves Velhas é uma das marcas mais antigas da Enoport Wines, com o primeiro registo a datar de 1940. No […]

Num evento de lançamento no final de Outubro, no histórico edifício das Caves Velhas, em Bucelas, a marca assinalou o seu regresso com a apresentação de novos vinhos e destilados.

Com mais de 80 anos, Caves Velhas é uma das marcas mais antigas da Enoport Wines, com o primeiro registo a datar de 1940. No evento — que incluiu harmonização com pratos da autoria do chef Pedro Sommer — foram apresentados três vinhos, um por cada “terroir” onde a marca está presente: Caves Velhas Bucelas Arinto Garrafeira branco 2018, Caves Velhas Lisboa Garrafeira tinto 2018 e Caves Velhas Dão Garrafeira tinto 2018. Foi, ainda, lançada uma versão em juta deste último. Já os Caves Velhas Aguardente Bagaceira 2010, Caves Velhas Aguardente Bagaceira 2015 e Caves Velhas Brandy Velhíssima, foram os destilados em destaque.

“No final da campanha de 2018 percebemos que tínhamos em mãos uvas que dariam excelente vinho, com características de guarda. O caminho lógico seria reactivar a marca com mais ‘expertise’ nesta matéria”, declarou Nuno Santos, CEO da Enoport Wines.

Ainda para celebrar o acontecimento, as Caves Velhas associaram-se à BMW, com o lançamento do seu i5. Os convidados foram conduzidos até às Caves Velhas ao volante deste modelo, numa parceria com a Caetano Baviera.

Grandes Escolhas Vinhos & Sabores de volta à FIL em Outubro

Vinhos & Sabores FIL

É já em Outubro, entre os dias 14 e 16, que o grande evento de referência do sector vínico em Portugal, Grandes Escolhas | Vinhos & Sabores, regressa à Feira Internacional de Lisboa (FIL), no Parque das Nações, Pavilhão 1, num espaço com cerca de 7000m2. A abertura das portas ao público decorre a partir […]

É já em Outubro, entre os dias 14 e 16, que o grande evento de referência do sector vínico em Portugal, Grandes Escolhas | Vinhos & Sabores, regressa à Feira Internacional de Lisboa (FIL), no Parque das Nações, Pavilhão 1, num espaço com cerca de 7000m2.

A abertura das portas ao público decorre a partir das 15h00 de Sábado, dia 14. Aqui, os visitantes terão a possibilidade de interagir com os produtores e, provar em primeira mão, vinhos e sabores únicos, bem como assistir a provas comentadas de excelência e showcooking com conhecidos chefs de cozinha num evento para o público e profissionais.

A edição deste ano conta com Vítor Adão como chef residente, que fará preparações e petiscos variados disponíveis durante todo o horário da feira. O apoio do Turismo de Portugal decorre da aposta no Enoturismo como o tema central do evento, com exposição no local das rotas de vinhos de várias regiões do país e com a realização de um colóquio profissional sobre o tema, na segunda-feira dia 16 de Outubro. A Ministra da Agricultura e da Alimentação, Maria do Céu Antunes, irá estar presente na inauguração oficial da feira, no dia 14 de Outubro, pelas 17h00.

“A feira Vinhos & Sabores posiciona-se como o evento mais importante do sector vínico em Portugal, que congrega produtores de todas as regiões do país, que durante o mesmo apresentam as suas últimas colheitas e as grandes novidades do ano. Não menos importante é a enorme qualidade do programa das Provas Especiais, assim como o aumento do número de produtores, jornalistas, sommeliers e compradores estrangeiros presentes no evento, razões excelentes para não faltar a esta edição”, acrescenta Luís Lopes, director da revista Grandes Escolhas.

Num esforço de internacionalização, a organização da feira convidou, nesta edição de 2023, um número significativo de importadores e jornalistas de alguns dos principais mercados de exportação para os vinhos portugueses: 18 representantes estrangeiros oriundos do Reino Unido, Bélgica, Países Baixos, Luxemburgo e países nórdicos. Estes visitantes terão um programa próprio de provas e visitas, estabelecendo contactos com muitos dos produtores presentes.

Vinhos & Sabores FIL

“O ano de 2023 traz-nos a 6ª edição do evento, que tem vindo a atrair cada vez mais visitantes, ano após ano, sejam
eles particulares ou profissionais, o que faz com que o desafio seja mais exigente, mas, por outro lado, também gratificante. A feira Vinhos & Sabores possibilita que os responsáveis de compras de muitas garrafeiras, restaurantes e hotéis, compradores da moderna distribuição, sommeliers, wine bars, e outros profissionais, possam provar as novidades antecipadamente e decidir — no dia 16 de Outubro, exclusivamente para os visitantes profissionais — as suas compras futuras”, reforça João Geirinhas, director de negócio da Grandes Escolhas.

No espaço Vinhos com Gosto, prestigiados chefs de cozinha levarão a cabo apresentações culinárias, nas quais, para além da apresentação de propostas gastronómicas irresistíveis, se ensaiam harmonizações desafiantes com vinhos de todos os estilos e regiões, numa colaboração com as Edições do Gosto.

Para o público em geral e de acesso gratuito, haverá, como habitual, sessões “Prove Connosco”, à disposição de todos os expositores para curtas apresentações e provas de vinhos. Aqui, qualquer produtor que participe na feira poderá reservar uma sessão de 20 minutos para dar a conhecer dois vinhos e orientar a sua prova.

PROVAS ESPECIAIS

As Provas Especiais, que este ano decorrem no espaço FIL Meeting Center, mesmo ao lado do Pavilhão 1, são dos momentos mais procurados do evento. Para os apreciadores mais exigentes, estas provas comentadas, com duração de 1h30 cada, são ocasiões imperdíveis para provar grandes vinhos, muitos deles autênticas raridades, colheitas históricas e que há muito não estão disponíveis no mercado. O acesso a estas provas faz-se por inscrição prévia, através da Ticketline, e tem um custo de €50 cada.

A destacar: prova “Quinta do Regueiro, Alvarinho com Classe” (dia 14/10, 15h30-17h00, sala 1); prova “Grandes Tintos de 2013” (dia 14/10, 17h30-19h00, sala 1); “Esporão, os Primeiros 50 Anos” (dia 14/10, 19h30-21h00, sala 1). Na sala 2, ainda no dia 14 de Outubro, destacam-se as para as provas “Júlio B. Bastos, Alicante Bouschet na sua origem” (16h00-17h30) e “Quinta da Lêda, Essência do Douro Superior” (18h00-19h30). O dia 15 de Outubro, domingo, está reservado para as provas a decorrer na sala 1 de “Dirk Niepoort: Os Vinhos da Minha Vida” (15h30-17h00); “Vinho do Porto Graham’s: Quintas, Adegas e Vinhos (17h30-19h00) e “Cartuxa, Um Clássico do Alentejo na Celebração dos 60 Anos da Fundação Eugénio de Almeida” (19h30-21h00). A sala 2 irá acolher, ainda, as provas “Luís Pato, Desde 1980 a Falar de Bairrada” (16h00-17h30) e “Nicolau de Almeida, Uma Família, A Mesma Paixão Pelo Douro” (18h00-19h00).

Vinhos & Sabores FIL

Ainda no âmbito deste evento, decorreu, a 19 de Setembro, o concurso “Escolha da Imprensa”, organizado pela Grandes Escolhas, uma competição sui generis na qual uma publicação especializada convida colegas de outros órgãos da comunicação social — da imprensa escrita, à rádio, televisão, plataformas digitais e redes sociais — a provar uma amostra significativa do melhor que se faz na produção de vinhos em Portugal. A divulgação e entrega dos prémios aos vencedores será feita logo na abertura da feira, dia 14, às 15h00.

As Provas Especiais, com lugares limitados, já se encontram à venda na Ticketline, bem como o bilhete diário para o público, que tem o valor de €15 (com direito a um copo), ou de €20 pelos dois dias. Qualquer ingresso para a feira pode ser adquirido também no local.

Companhia Agrícola do Sanguinhal renova imagem da emblemática marca Cerejeiras



Cerejeiras imagem

A Companhia Agrícola do Sanguinhal apresentou a nova imagem de uma das suas marcas emblemáticas, Cerejeiras, nas três versões: branco, rosé e tinto. Trata-se de uma marca presente, sobretudo, em grandes superfícies, com preços que podem variar (conforme as promoções) entre €3,49 e €3,99. Este rebranding prescindiu, ainda, dos anteriores designativos, como o Colheita Seleccionada […]

A Companhia Agrícola do Sanguinhal apresentou a nova imagem de uma das suas marcas emblemáticas, Cerejeiras, nas três versões: branco, rosé e tinto. Trata-se de uma marca presente, sobretudo, em grandes superfícies, com preços que podem variar (conforme as promoções) entre €3,49 e €3,99.

Este rebranding prescindiu, ainda, dos anteriores designativos, como o Colheita Seleccionada que agora, em garrafa borgonhesa, apenas se chama Cerejeiras. É uma marca que, no conjunto dos três vinhos, faz cerca de 250 mil garrafas, como disse Carlos João Pereira da Fonseca na apresentação da nova imagem, CEO da empresa e descendente directo de Abel Pereira da Fonseca, uma das figuras de referência dos vinhos portugueses na primeira metade do século passado.

Os vinhos agora lançados, todos da colheita de 2022, incluem as castas Arinto, Sauvignon Blanc, Fernão Pires e Vital (em branco), Castelão, Touriga Nacional, Aragonez e Syrah na versão rosé, e o tinto, além de incorporar as mesmas castas do rosé, ainda tem Cabernet Sauvignon.

A Companhia Agrícola do Sanguinhal, com sede no Bombarral e importante símbolo da Denominação de Origem Óbidos, é também conhecida pelos seus licorosos, aguardentes velhas e a sua marca ícone, Quinta das Cerejeiras, que começou apenas na versão tinto mas que, actualmente, integra também branco e rosé. Além dos vinhos, o enoturismo desta empresa ganha cada vez mais preponderância com a visita às antigas adegas, onde existem as prensas gigantes que tanto impressionam os visitantes.