Manuel Pinheiro torna-se chairman do grupo Global Wines

Manuel Pinheiro Global Wines

A Global Wines — grupo vitivinícola português fundado em 1990, no Dão — acaba de anunciar que Manuel Pinheiro, presidente cessante da Comissão de Viticultura da Região dos Vinhos Verdes, será o novo chairman do grupo e das empresas que este integra. Além de ter sido presidente da CVR dos Vinhos Verdes, Manuel Pinheiro — […]

A Global Wines — grupo vitivinícola português fundado em 1990, no Dão — acaba de anunciar que Manuel Pinheiro, presidente cessante da Comissão de Viticultura da Região dos Vinhos Verdes, será o novo chairman do grupo e das empresas que este integra.

Além de ter sido presidente da CVR dos Vinhos Verdes, Manuel Pinheiro — de 55 anos, licenciado em Direito e pós-graduado em Administração e Lobbying pelo College of Europe — foi também presidente da ANDOVI (Associação Nacional das Denominações de Origem Vitivinícola Portuguesas) e vice-presidente do Conselho Europeu Interprofissional do Vinho.

Manuel Pinheiro assumirá as suas funções na Global Wines a partir de Abril de 2022.

Manuel Pinheiro vai deixar CVR dos Vinhos Verdes

Manuel Pinheiro Vinhos Verdes

Texto: Luís Lopes É um dos mais conhecidos, carismáticos e, seguramente, o presidente de Comissão Vitivinícola Regional há mais tempo no cargo. Mas nas próximas eleições para a presidência da comissão executiva da Comissão de Viticultura da Região dos Vinhos Verdes (CVRVV), que deverão ocorrer no final do primeiro trimestre de 2022, Manuel Pinheiro não […]

Texto: Luís Lopes

É um dos mais conhecidos, carismáticos e, seguramente, o presidente de Comissão Vitivinícola Regional há mais tempo no cargo. Mas nas próximas eleições para a presidência da comissão executiva da Comissão de Viticultura da Região dos Vinhos Verdes (CVRVV), que deverão ocorrer no final do primeiro trimestre de 2022, Manuel Pinheiro não se irá recandidatar, como o próprio anunciou recentemente aos representantes das empresas e produtores da região. 

Manuel Pinheiro entrou na CVRVV muito jovem, em 1997, como vogal da Comissão de Viticultura, e 25 anos depois, a maior parte enquanto responsável pelo organismo que gere a região dos Vinhos Verdes e os seus produtos, deixa um legado considerável. Nestas duas décadas e meia a região sofreu profundas transformações, ao nível da viticultura, das adegas, dos recursos humanos, do sempre difícil equilíbrio entre as estratégias, modelos de negócio e ambições das empresas grandes e dos produtores mais pequenos. A sua invulgar capacidade de negociar e estabelecer pontes permitiu manter uma certa “paz interprofissional” dentro de uma região com algumas fragilidades estruturais, muito difícil de gerir e conciliar, a todos os níveis. Pelas suas mãos, entre muitos outros, passaram dossiers tão sensíveis quanto o “Acordo do Alvarinho”, que permitiu associar a casta à denominação de origem fora de Monção e Melgaço e, como contrapartida, lançou as bases para a promoção autónoma desta sub-região e, quem sabe, para uma futura DO. Nos últimos anos, o foco da CVRVV tem estado no evidenciar da região como produtora de vinhos muito diversos, na qualidade, no perfil e no preço. Um dos vários projectos de vulto actualmente em cima da mesa, ainda em apreciação pelo Conselho Geral da CVRVV, mas longe de ser consensual, tem precisamente a ver com a estratégia de valor para o Vinho Verde, que poderá passar pela estratificação dos vinhos produzidos em diferentes segmentos bem identificados. Ou seja, por outras palavras, visa deixar claro ao consumidor, através da rotulagem e das acções de comunicação, o que é o Verde leve, fresco, com gás e doçura e o que é o Verde ambicioso, longevo e gerador de maior valor.  

No seu discurso de despedida, perante o Conselho Geral da CVRVV, Manuel Pinheiro referiu a noção de ter dado o seu melhor e de sair com “um sentimento de missão cumprida”. Mas também que “é importante saber quando se deve sair, e que este é o momento certo”, adiantando que, “aos 55 anos, ou abraço outro projecto ou me reformo aqui”.

Manuel Pinheiro deixa uma CVRVV que se tornou referência entre as suas congéneres pelo dinamismo e capacidade de intervenção, e também uma entidade economicamente bastante robusta, com um fundo social de quase 5 milhões de euros e um superavit estrutural. Como declarou na sua despedida, “Saio do Vinho Verde mas o Vinho Verde não sai de mim”. O que significa que, muito provavelmente, vamos continuar a vê-lo por aí…

Quinta de Gomariz, AB Valley e António Sousa destacam-se nos “Melhores Verdes”

Quinta de Gomariz: casa e vinha

O Concurso “Os Melhores Verdes”, promovido anualmente pela Comissão de Viticultura da Região dos Vinhos Verdes (CVRVV), já apresentou os 14 melhores Vinhos Verdes da Região em 12 categorias distintas. A grande novidade este ano foi a criação do prémio Grande Medalha de Ouro, que distingue o mais bem pontuado dos ‘Ouros’. O cobiçado prémio […]

O Concurso “Os Melhores Verdes”, promovido anualmente pela Comissão de Viticultura da Região dos Vinhos Verdes (CVRVV), já apresentou os 14 melhores Vinhos Verdes da Região em 12 categorias distintas. A grande novidade este ano foi a criação do prémio Grande Medalha de Ouro, que distingue o mais bem pontuado dos ‘Ouros’. O cobiçado prémio foi parar à Quinta de Gomariz, para o seu Colheita Seleccionada Avesso 2019, também premiado com Ouro na categoria Vinho Verde Avesso.

Quinta de Gomariz Colheita Seleccionada AvessoDestacou-se a empresa AB Valley Wines, com 5 das 14 medalhas de Ouro. Este produtor possui as marcas Opção e Abcdarium, ambas com orientação de António Sousa. O enólogo é ainda o responsável de mais dois ‘Ouros’.

Este ano, o concurso contou com 243 amostras em prova cega, avaliados por um conjunto de nove provadores. Para além dos 13 ‘Ouros’, o júri atribuiu 14 medalhas de Prata e 149 na de Honra, num total de 177 vinhos premiados. Para receber um ‘Honra’, o vinho terá de ter uma pontuação igual ou superior a 80 pontos (em 100).

Destaque ainda para o aumento de inscrições na categoria “Vinho Verde e Vinho Regional Minho com colheita igual ou inferior a 2017”. Neste momento, já é a segunda maior a seguir ao Vinho Verde branco. Esta parecer ser também a confirmação do cada vez maior potencial de guarda dos vinhos da Região, um facto, aliás, sublinhado por Manuel Pinheiro, Presidente da CVRVV. Pode consultar mais informações e a lista de premiados no site da CVRVV.
Veja a seguir a lista das Medalhas de Ouro, ordenados por categorias.

Os Melhores Verdes 2020
Grande Medalha de Ouro
Quinta de Gomariz Colheita Seleccionada Avesso branco 2019

Medalha de Ouro
Categoria | Nome do vinho

Vinho Verde Branco | Abcdarium Superior 2019
Vinho Verde Branco | Casal da Torre de Vilar Escolha 2019
Vinho Verde Rosado | Abcdarium Escolha 2019
Vinho Verde Tinto | Dom Diogo Colheita Seleccionada Vinhão 2019
Colheita < 2017 | Pluma Reserva Alvarinho 2017
Vinho Verde Alvarinho | Quinta de Alderiz Alvarinho 2019
Vinho Verde Arinto | Abcdarium Arinto 2019
Vinho Verde Avesso | Quinta de Gomariz Colheita Seleccionada Avesso 2019
Vinho Verde Loureiro | Opção Loureiro 2019
Vinho Verde de Casta | Quinta da Levada Azal 2019
Aguardente de Vinho Verde | Adega de Ponte da Barca Aguardente Vínica Velha XO
Espumante de Vinho Verde Branco | Valados de Melgaço Reserva Extra Bruto Alvarinho 2017
Vinho Regional Minho | Abcdarium Alvarinho 2019

Vinho Verde tem nova campanha para os media

‘Vinhos Verdes’ tem nova campanha

Já aí está a nova campanha de comunicação da Comissão de Viticultura da Região dos Vinhos Verdes (CVRVV). “O que combina com Verde?” dá o mote para uma mensagem alicerçada na Liberdade, Felicidade, Reencontro e Família como valores fundamentais para um desconfinamento que dá maior expressão aos produtos nacionais. A campanha está por isso direccionada […]

Já aí está a nova campanha de comunicação da Comissão de Viticultura da Região dos Vinhos Verdes (CVRVV). “O que combina com Verde?” dá o mote para uma mensagem alicerçada na Liberdade, Felicidade, Reencontro e Família como valores fundamentais para um desconfinamento que dá maior expressão aos produtos nacionais. A campanha está por isso direccionada para o mercado nacional e conta com um investimento de 300 mil euros.

Esta nova fase de comunicação relembra que “Há um Verde para cada momento”, pelo que o Vinho Verde assinala o “recomeço”, tentando crianr um vínculo emocional positivo com os consumidores que chega através das redes sociais, em meios exteriores como mupis e outdoors em toda a região e na imprensa.
A reforçar a campanha, os Vinhos Verdes estarão brevemente com acções promocionais na grande distribuição, com iniciativas para potenciar as vendas. Adicionalmente, será lançado um programa de incentivo a visitas à Rota dos Vinhos Verdes, durante o período de férias em território nacional, que permite descobrir a beleza natural e patrimonial da região.

A CVRVV readaptou o Plano de Promoção dos Vinhos Verdes para 2020 e reforça a comunicação de diversidade de estilos dos Vinhos Verdes, distinguindo os vinhos jovens, leves e frescos, dos mais intensos, complexos e estruturados. Os estilos são diferentes, os momentos de consumo também o podem ser, assim poderão ser diversas as harmonizações com gastronomias.

“Neste longo confinamento, estivemos a trabalhar no sentido de ajustar a marca à nova realidade, tanto a nível nacional como internacional (…). Eventos como festivais de Vinho Verde agendados para Berlim ou Nova Iorque, ou acções para promoção de negócios entre produtores e compradores internacionais ficaram suspensos até que se reúnam as condições de segurança necessárias à sua execução. Mas outras acções personalizadas, junto de profissionais e consumidores, estão a ser trabalhadas. Por isso, é tempo de fazer chegar a mensagem de liberdade e esperança que o Vinho Verde pode transmitir”, refere Carla Cunha, Directora de Marketing da CVRVV.

Manuel Pinheiro
Manuel Pinheiro, Presidente da CVRVV

Para Manuel Pinheiro, Presidente da CVRVV, “é preciso continuar também a comunicar a diversidade de vinhos que a Região dos Vinhos Verdes produz e a levá-los à mesa das famílias em Portugal e no mundo. Todos ambicionamos mais liberdade, todos desejamos conviver mais, e estes são os valores que os Vinhos Verdes representam. Portugal e os Portugueses mostraram o seu melhor durante a fase mais crítica destes tempos extraordinários. É chegado o momento de brindar com um Verde a um regresso cor de esperança”, destaca.

Viticultores do Minho mais protegidos com novo seguro

Região dos Vinhos Verdes - foto genérica

A Comissão de Viticultura da Região dos Vinhos Verdes (CVRVV) garante que é o “maior seguro agrícola do País” e de facto abrange 15 mil agricultores na Região! Estamos a falar de uma apólice de Seguro de Colheitas que garante uma indemnização de trinta cêntimos por cada kg de uva perdido caso se verifique um […]

A Comissão de Viticultura da Região dos Vinhos Verdes (CVRVV) garante que é o “maior seguro agrícola do País” e de facto abrange 15 mil agricultores na Região! Estamos a falar de uma apólice de Seguro de Colheitas que garante uma indemnização de trinta cêntimos por cada kg de uva perdido caso se verifique um acidente climático como queda de raio, escaldão, geada, granizo, queda de neve, tornado ou tromba de água.

O seguro já existia, mas estava limitado a 17 cêntimos por quilo. Melhor ainda, com esta actualização deixa de haver franquia em caso de sinistro. A CVRVV permite ainda que o produtor valorize a sua uva num de vários escalões até 1 euro por kg (o preço da uva de Alvarinho, por exemplo), o que se traduz em indemnizações mais elevadas em caso de sinistro e beneficia a valorização de mercado.

“Estamos a atravessar um momento de grande incerteza em que a agricultura assume um papel de particular importância na gestão futura da nossa economia. Garantir um apoio efectivo e eficaz aos agricultores e, em concreto, aos nossos viticultores é uma prioridade da CVRVV e um garante de maior estabilidade num sector que continua a produzir e que carece de mais incentivos”, refere Manuel Pinheiro, Presidente da CVRVV.

‘Vinhos verdes’ celebra os seus prémios em jantar de gala

troféus do concurso Vinhos Verdes 2019

A Sala do Arquivo na Alfândega do Porto recebeu, a 18 de Abril, a Gala anual do Concurso “Os Melhores Verdes” promovida pela Comissão de Viticultura da Região dos Vinhos Verdes (CVRVV), que elegeu 12 referências da Região na categoria Ouro, entre 291 amostras a concurso, agrupadas em grandes categorias: Vinhos Verdes Brancos, Rosados, Tintos, […]

A Sala do Arquivo na Alfândega do Porto recebeu, a 18 de Abril, a Gala anual do Concurso “Os Melhores Verdes” promovida pela Comissão de Viticultura da Região dos Vinhos Verdes (CVRVV), que elegeu 12 referências da Região na categoria Ouro, entre 291 amostras a concurso, agrupadas em grandes categorias: Vinhos Verdes Brancos, Rosados, Tintos, de Casta, Colheita Igual ou Inferior a 2016, Espumantes de Vinho Verde, Aguardentes de Vinho Verde e Vinho Regional Minho. No evento foram ainda anunciados os vencedores da prova “Best Of Vinho Verde”, realizada por provadores estrangeiros, e ainda os vencedores de prémio de viticultura.

Concurso “Os Melhores Verdes”
A edição de 2019 fica marcada pelo aumento de vinhos em prova e, em particular, pelo acréscimo de 33% de inscrições nas colheitas anteriores ou do ano de 2016, a sublinhar o crescente potencial de guarda dos vinhos da Região. As categorias Ouro e Prata totalizam 26 vinhos escolhidos em prova cega pelo painel de provadores nacionais, atribuídos ao primeiro e segundo classificados em cada categoria e os prémios Honra aos restantes concorrentes com pontuação igual ou superior a 80 pontos.

“Os Melhores Verdes 2019” com medalha de Ouro (categoria)
Quinta dos Encados Grande Escolha 2018 (Vinho Verde Branco)
Desfiado Reserva 2018 (Vinho Verde Rosado)
Quinta da Samoça Vinhão 2018 (Vinho Verde Tinto)
Dom Ponciano Colheita Seleccionada Alvarinho 2013 (Colheita <2016)
Encosta dos Castelos Alvarinho 2018 (Vinho Verde Alvarinho)
Ardina Colheita Seleccionada Arinto 2018 (Vinho Verde Arinto)
Quinta de Linhares Avesso 2018 (Vinho Verde Avesso)
Vale do Homem Loureiro 2018 (Vinho Verde Loureiro)
Opção Azal 2018 (Vinho Verde de Casta)
Alvarinha (Aguardente de Vinhos Verde)
Muralhas de Monção Branco Reserva Bruto Alvarinho 2015 (Espumante de Vinho Verde)
Quinta de Gomariz Colheita Seleccionada Alvarinho 2018 (Vinho Regional Minho)

O “Best Of Vinho Verde”
A CVRVV convidou ainda críticos e provadores de sete países, selecionados nos principais mercados de exportação do Vinho Verde, para avaliar e eleger os “Best Of Vinho Verde” do ano. Resultante da votação de um júri composto por Jo Wessels (Alemanha), Ricardo Castilho (Brasil), Karyne Duplessis Piché (Canadá), Søren Frank (Dinamarca), MW Roger Bohmrich (Estados Unidos), Yoshiko Takahashi (Japão) e Evguény Shamov (Rússia), o “Best Of 2019” escolheu cinco vinhos destinados à promoção nos mercados externos que são uma vitória unânime da casta Alvarinho da sub-Região de Monção e Melgaço. De facto, foram estes os vencedores:
Valados de Melgaço Reserva Alvarinho 2017
Encosta dos Castelos Alvarinho 2018
Dom Ponciano Colheita Seleccionada Alvarinho 2013
Vinha Antiga Escolha Alvarinho 2017
Portal do Fidalgo Alvarinho 2018

Prémios de Viticultura
Na Cerimónia foram também anunciados os prémios “A melhor Vinha 2019”, atribuindo três prémios Ouro à Quinta da Calça (Esposende), à Quinta de Ornellas (Amares) e ao Solar das Bouças (Amares) entre 15 vinhas inscritas. O prémio de “Melhor Viticultor do ano” foi entregue a João Tomás (Quinta da Calça) e a Quinta de Santiago foi reconhecida com o prémio “Vinha e Ambiente”.

“A Região tem feito uma aposta crescente na promoção da marca Vinho Verde com um posicionamento que remete para vinhos de gama premium. Acabámos de lançar uma campanha que pretende conquistar o consumidor que valoriza vinhos mais estruturados, mais encorpados, mais complexos e com potencial de guarda, como verificamos nesta edição do Concurso, que regista um aumento da inscrição de referências iguais ou anteriores a 2016”, refere Carla Cunha, Directora de Marketing da CVRVV.
“Um enorme orgulho pelos vinhos aqui premiados. O último ano foi muito difícil, pois ninguém esquece o calor tremendo que tivemos no início de Agosto e que muito afectou as colheitas. Porém, a Região foi capaz de apresentar grandes vinhos. Uma referência especial para uma categoria que se afirma, a dos Vinhos com mais de dois anos de estágio, que vem confirmar que os grandes Vinhos Verdes não precisam de ser bebidos no ano de produção; aliás, só ganham com algum tempo de estágio”, destaca Manuel Pinheiro, Presidente da CVRVV.