Dois Belos é a nova marca de gins e licores do Crato

Dois Belos

A Destilaria Dois Belos, projecto liderado pelo empresário Nuno Belo, foi criada em 2021 como resultado da procura de novos desafios profissionais e da inspiração na herança familiar e na natureza. Localizada em Vale do Peso, uma aldeia situada no concelho do Crato, distrito de Portalegre, esta destilaria assume-se como um projecto inovador e criativo. […]

A Destilaria Dois Belos, projecto liderado pelo empresário Nuno Belo, foi criada em 2021 como resultado da procura de novos desafios profissionais e da inspiração na herança familiar e na natureza.

Localizada em Vale do Peso, uma aldeia situada no concelho do Crato, distrito de Portalegre, esta destilaria assume-se como um projecto inovador e criativo. Exemplo disso é a imagem das garrafas, também ela diferenciadora e inspirada em antigos frascos de medicamentos, com rótulos e numeração colocados manualmente.

A Destilaria Dois Belos iniciou a produção com licor de ginja, seguido de mais quatro licores e uma aguardente, e, mais recentemente, criou dois tipos de gin: Dois Belos Gin do Vale e Dois Belos Gin Kratus. Todos os licores são produzidos com fruta fresca e processo tradicional, e os gins são destilados num alambique de cobre e enriquecidos com botânicos da propriedade da família Belo. O Dois Belos Gin do Vale é o primeiro gin totalmente produzido no concelho do Crato e é feito com 13 botânicos. Já o Dois Belos Gin Kratus é uma edição especial que replica a receita do Gin do Vale.

Mas a Destilaria Dois Belos também lança agora três tipos de licor: Licor de Ginja, Licor de Ginja Picante e Licor de Alfarroba. Já as aguardentes são duas, Dois Belos Aguardente de Medronho e Dois Belos Aguardente da Bica.

“Na Destilaria Dois Belos, mais do que produzir bebidas, recriamos sabores antigos e inventamos novos, enchemos garrafas que evocam memórias e transbordam sabores da natureza e cumprimos a tradição com os olhos postos no futuro”, afirma Nuno Belo.

Susana Esteban Tira o Véu do Vinyle Sem Vergonha… e Procura a vinha Centenária

Susana Esteban

Na procura por vinhas alentejanas que mostrassem potencial para reflectir os vinhos que pretendia fazer, Susana Esteban encontrou em Portalegre, concretamente na Serra de São Mamede, o “match” perfeito. Foi em 2011 — depois de já ter passado, enquanto enóloga, por vários produtores do Douro e do Alentejo — que assim iniciou o projecto em […]

Na procura por vinhas alentejanas que mostrassem potencial para reflectir os vinhos que pretendia fazer, Susana Esteban encontrou em Portalegre, concretamente na Serra de São Mamede, o “match” perfeito. Foi em 2011 — depois de já ter passado, enquanto enóloga, por vários produtores do Douro e do Alentejo — que assim iniciou o projecto em nome próprio, com base em duas vinhas: uma velha, em Salão Frio, com muitas castas misturadas e baixa produção, e outra com 25 anos (na altura), de Alicante Bouschet. Ao primeiro vinho, e em homenagem a este caminho, Susana Esteban chamou-lhe Procura.

Depois, veio o Aventura e, entretanto, surgiram também os Sem Vergonha, Cabriolet, Sidecar (vinho que a produtora faz sempre em parceria com um amigo convidado, na sua adega) e Tira o Véu. Hoje, Susana é reconhecida como uma das impulsionadoras desta “nova” Portalegre vínica, sub-região alentejana hoje muito valorizada, pela qualidade dos vinhos que lá nascem e carácter único dos terroirs nela inseridos, que se reflectem no líquido engarrafado.

Susana Esteban lançamento

Em Janeiro deste ano, Susana apresentou ao mercado novas colheitas dos já conhecidos Tira o Véu branco, Procura branco e tinto e Sem Vergonha tinto e, adicionalmente, as referências inéditas Vinyle, em branco, e os tintos A Centenária e Special Edition, todos sob a marca “umbrella” Susana Esteban. Quanto a estreias absolutas, o Susana Esteban Vinyle branco 2021 (1800 garrafas) vem de uma vinha centenária na serra e com mistura de castas tradicionais. Um terço dele fermentou e estagiou em duas barricas de 500 litros, onde já tinha vinificado o Sidecar 2020, que Susana fez com Emmanuel Lassaigne, produtor de Champagne. Emmanuel, “apaixonado por música e discos vinil” (inspiração para o nome do vinho) utilizava estas mesmas barricas para vinificar bases para os seus Champagne. O Susana Esteban A Centenária 2021, por sua vez, é o primeiro tinto da produtora feito exclusivamente de vinha velha, sem o “extra” de Alicante Bouschet. Tendo originado 2500 garrafas, estagiou em barricas de carvalho francês e resultou num vinho completamente luxuoso.

Já o Special Edition 2018 — com 60% de Alicante Bouschet, 20% de Touriga Nacional e o resto de “field blend” — é considerado por Susana como o “tinto mais especial” que produziu até hoje, com as suas “melhores uvas de Alicante Bouschet, de sempre”. Para o conseguir, seleccionou as 5 barricas que mais se destacaram, “pela enorme complexidade e capacidade de guarda”, diz. Antes do estágio de 3 anos em barricas usadas, o mosto vinificou em lagares. Depois, estagiou mais um ano em garrafa. Segundo Susana, não se sabe se o Special Edition voltará a existir. É, por isso, um vinho muito exclusivo. Além disso, originalmente existiam 1470 garrafas, e sobraram apenas 1300 de um “desgraçado acidente”, revela a produtora nascida em Tui.

Entre as referências já conhecidas de Susana Esteban, merece também destaque o branco Tira o Véu 2021 (2615 garrafas), aqui na sua segunda edição, feito com 30% de contacto com as películas (mantidas no vinho apenas até Dezembro), em ânforas revestidas a epoxy “com o objectivo de preservar a identidade da vinha”, diz Susana, que adianta ainda que “o contacto pelicular faz polimento do tanino”. O primeiro Tira o Véu foi de 2019, e chamou-se assim porque o vinho criou, acidentalmente, véu de flor na Primavera, daí o nome. O fenómeno passou a acontecer propositadamente, para se manter o conceito, e o branco estagia em ânfora até Julho. A vinha onde tem origem, por sua vez, tem cerca de 85 anos e várias castas misturadas, e está a 700 metros de altitude.

(Artigo publicado na edição de Fevereiro de 2023)

Portalegre – O apelo da Serra

Serra Portalegre

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[vc_row type=”in_container” full_screen_row_position=”middle” scene_position=”center” text_color=”dark” text_align=”left” overlay_strength=”0.3″ shape_divider_position=”bottom”][vc_column column_padding=”no-extra-padding” column_padding_position=”all” background_color_opacity=”1″ background_hover_color_opacity=”1″ column_shadow=”none” column_border_radius=”none” width=”1/1″ tablet_text_alignment=”default” phone_text_alignment=”default” column_border_width=”none” column_border_style=”solid”][vc_column_text]Integrada na denominação de origem Alentejo-Portalegre, a Serra de São Mamede possui características muito particulares que fazem dela um polo vitivinícola absolutamente diferenciador, mesmo dentro desta sub-região. Para perceber o carácter dos seus vinhos, visitámos quatro produtores com histórias, conceitos e abordagens distintas, mas com um denominador comum: a resposta apaixonada e entusiástica ao irresistível apelo da Serra.

Texto: Luis Lopes

 

ADEGA DE PORTALEGRE WINERY

A Adega Cooperativa de Portalegre foi fundada em 1954, mas apenas no início dos anos 90, com a demarcação do Alentejo vitivinícola, ganhou estatuto de primeira linha. Os mais antigos recordam o famoso “VQPRD” de 1991 e tantos outros que se seguiram, vencedores crónicos dos concursos locais e nacionais. Já na altura, a Adega recebia a esmagadora maioria da sua matéria prima de pequenos viticultores instalados nas cotas altas de Serra de São Mamede. Em 2005, a então ainda cooperativa terá dado um passo maior do que a perna, adquirindo à família Avillez a Quinta da Cabaça, propriedade de 22 hectares situada no Reguengo, entre 600 e 700 metros de altitude. Devido a conjunturas económicas desfavoráveis, os grandes empreendimentos (nova adega, enoturismo) previstos para a Cabaça acabariam por não se realizar, a Cooperativa entrou em dificuldades, e parte dos seus activos foram adquiridos em 2017 pela família Redondo, proprietária do Licor Beirão, que constituiu a Adega de Portalegre Winery (APW). Desde então, a família tem revitalizado e revolucionado o projecto, procurando tirar o máximo partido da singularidade daquele terroir de excelência.

Serra Portalegre
Miguel Sistelo e João Gabriel dão vida nova à Adega de Portalegre.

Para além da Quinta da Cabaça, seu principal património, a APW possui igualmente a vinha Serra da Penha, com oito hectares e diferentes castas plantadas em solos graníticos, que vão dos 450 aos 650 metros, e compra uva a um conjunto de lavradores locais, cerca de 60 antigos associados da Adega Cooperativa, 40 dos quais situados no Parque Natural da Serra de São Mamede, desde Urra até Marvão e Castelo de Vide. À antiga cooperativa, a APW arrendou as instalações de vinificação e engarrafamento. A consultoria enológica está a cargo de Nuno do Ó, com Miguel Sistelo como enólogo residente e João Gabriel  –  que veio do “grupo Licor Beirão” em 2018 – a assumir a direcção geral.

A Adega de Portalegre foi o primeiro avanço no mundo do vinho por parte da família Redondo, até então centrada nas bebidas espirituosas. Porquê Portalegre, pergunta-se. “Sentíamos que esta região, que na altura começava a mexer, era um diamante por lapidar”, refere João Gabriel, “um Alentejo de altitude, que permite perfis de vinho diferentes.”

A APW arrancou a sua actividade comercial com base nos stocks produzidos pela antiga cooperativa e a primeira vindima, já feita segundo o modelo e perfil pretendido aconteceu em 2017. Em 2020, estreou-se Miguel Sistelo, hoje com 31 anos, vindo da UTAD, com passagem pelos EUA, Nova Zelândia, Austrália e Bordéus. É pois uma equipa jovem mas experiente, e sobretudo motivada, que tem como missão recuperar a notoriedade da marca Adega de Portalegre.

Miguel Sistelo acompanha de perto os viticultores que entregam uvas na APW, dando-lhes apoio técnico no sentido de garantir que recebe a matéria prima correspondente ao pretendido. “Queremos acidez, frescura, capacidade de envelhecimento em garrafa”, diz Miguel Sistelo. Mas também “vinhos fáceis de beber, prontos a apreciar enquanto jovens e capazes de dar prazer passado muitos anos, refere.”

A Quinta da Cabaça é o coração da APW. Com uma parte dos 22 hectares em sequeiro e outra com rega, reúne uma grande variedade de castas regionais, incluindo parcelas plantadas em field blend e ainda um campo experimental com uma colecção de cerca de 30 variedades, uma linha de cada. Miguel Sistelo confessa-se surpreendido com a qualidade das uvas e carácter dos vinhos que a APW conseguiu obter na vindima de 2020. Quando indagado sobre as suas preferências, não hesita: “Para além das vinhas velhas, claro, castas como Trincadeira, Castelão, nos tintos, e Bical e Tamarez, nos brancos, fazem toda a diferença em Portalegre.”

Serra Portalegre
A Quinta da Cabaça tem uma fantástica coleção de castas tradicionais.

No total, a APW vinifica anualmente cerca de 500 mil litros, tendo recentemente efectuado uma parceria comercial com a Niepoort, que seleciona e elabora lotes ali produzidos para engarrafar com as suas marcas. No portefólio da APW, a o vinho bandeira continua a ser o sucessor do icónico “VQPRD”, simplesmente denominado Portalegre. Mas a linha Conventual e o histórico Morgado do Reguengo (marca outrora pertencente à família Avillez) continuam a merecer especial atenção. A ideia não é produzir mais, antes pelo contrário. “Queremos reduzir”, diz João Gabriel, “fazer menos vinho e criar mais valor.”

TERRENUS

Com raízes na região do Tejo e vinhas herdadas de seu pai, em Almeirim, seria natural que o enólogo Rui Reguinga se tivesse estabelecido naquela região enquanto produtor. Mas, embora ali mantenha o seu projecto Tributo, foi no Alentejo e em Portalegre que veio instalar-se, sendo dos primeiros “de fora” a apostar nas vinhas velhas da Serra. “No início da minha carreira, em 1991, enquanto enólogo assistente de João Portugal Ramos, acompanhei vindimas na Tapada do Chaves e, sobretudo, na então Adega Cooperativa de Portalegre”, diz Rui. “Na Adega de Portalegre entrei em contacto directo com as vinhas velhas da Serra e percebi que era aquilo que, um dia, queria para mim. Fui alimentando o sonho com muitas visitas à região – passava as férias em Marvão – até que o sonho se tornou realidade em 2004, nascendo o Terrenus.”

Serra Portalegre
Rui Reguinga instalou o seu projecto na Serra de São Mamede em 2004.

Todas as vinhas do projecto Terrenus se encontram inseridas dentro do Parque Natural da Serra de São Mamede. Foram aquisições espalhadas no tempo, há medida da disponibilidade financeira, e as parcelas escolhidas por serem muito velhas, pela altitude entre os 600 e 760 metros e, em alguns casos, pela exposição a norte. De entre as vinhas Terrenus, três destacam-se claramente não apenas pela qualidade produzida, mas também pelo enquadramento paisagístico. A mais impressionante será, porventura, a Vinha Clos dos Muros, que dá origem ao vinho com o mesmo nome. É a vinha mais antiga de Rui, plantada em 1902, com dois terços de uvas tintas (destaque para a Grand Noir) em pouco mais de meio hectare. “O anterior proprietário contou-me que o seu avô ainda fez a vindima desta vinha antes de partir para a primeira Guerra Mundial”, diz o produtor. Mas não é só a idade que a torna tão especial. O muro de xisto que que a rodeia totalmente, feito com as pedras retiradas do terreno durante a plantação, confere-lhe uma beleza inédita. E a elevada densidade de plantação (mais de 8000 plantas/ha, dois terços de castas tintas) é outro factor singular.

Mas a Vinha da Serra, a primeira a ser adquirida para o Terrenus, não lhe fica atrás. Aqui, a 760 metros de altitude, este vinhedo centenário cultivado em modo orgânico evidencia-se pelo seu declive acentuado, tendo por isso sido plantado em patamares, como no Douro. Cerca de 80% são castas brancas, maioritariamente Bical, entre muitas outras.

Já a vinha da Ammaia, no concelho de Marvão, assim denominada por se encontrar muito próxima das ruínas da cidade romana homónima (séc. I), consiste em 0,6 hectares murados, com cepas de 80 anos de idade, brancas e tintas em igual proporção. Daqui saem as uvas para os vinhos Terrenus “de barro”, com fermentação em talhas antigas e estágio em ânforas novas.

Esta quase obsessão pelas vinhas velhas tem, para Rui Reguinga, inteira razão de ser: “As vinhas velhas fazem muita diferença. Originam vinhos mais complexos, mais minerais.” E para quem torce o nariz à expressão, tão usada e abusada, o produtor reforça: “Sim, a mineralidade nos vinhos existe! E quem tem dúvidas compare um vinho branco de vinhas velhas – e, no meu caso, vinha velha tem mais de 90 anos – e um vinho branco de uma vinha jovem.”

A idade das vinhas é um detalhe, sem dúvida importante. Mas mais importante ainda será o carácter da Serra. “Os vinhos que nascem aqui, a mais de 600 metros de altitude, são mais frescos, com uma acidez mais presente, e obviamente com um grande potencial de envelhecimento em garrafa”, diz Rui. “Além disso, a Serra de São Mamede tem um micro clima, com mais chuva anual – comparado com o resto do Alentejo – e uma grande amplitude térmica entre o dia e a noite, especialmente no verão, com lenta maturação das uvas, preservando acidez e aromas.”

Serra Portalegre
Todo o projecto Terrenus assenta em vinhas velhas da Serra.

Certamente por tudo isso, Rui Reguinga é dos que defende uma zonagem mais precisa dentro das 8 sub-regiões alentejanas, e particularmente em Portalegre. E aí tem mais um objectivo, ambicioso, a conquistar: “Gostaria de lançar as bases para uma associação dos produtores da Serra de São Mamede, para a promoção dos vinhos locais, com vista à criação futura, dentro da DOC Portalegre, da micro-região Serra de São Mamede.”

O projecto Terrenus abarca já cerca de 70.000 garrafas. Até agora, a vinificação tem sido feita em espaço de adega arrendado. Mas na vindima de 2021 foi cumprido mais um sonho: estreou-se a adega Terrenus, em Marvão, na Ponte dos Olhos de Água. Pequena, dimensionada para as diferentes vinhas, permite vinificar cada parcela em recipientes separados e variados: inox, ovo de cimento, balseiro de carvalho, talha antiga. O Terrenus ganhou, finalmente, casa própria.

SUSANA ESTEBAN

Espanhola de nascimento (ou melhor, galega, de Tui), Susana Esteban tem desde há muito Portugal como país de adopção. Foi por aqui que a enóloga construiu carreira, primeiro no Douro, a partir de 1999, depois no Alentejo, desde 2007, trabalhando em diferentes produtores e acumulando em cada vindima um enorme capital de prestígio, assente no seu conhecimento, capacidade de trabalho, segurança e talento. Como todos (ou quase todos) os enólogos que atingem um elevado nível profissional, também Susana sentiu, a dada altura, a necessidade de um projecto vitivinícola a que pudesse chamar seu. Dois anos andou à procura em várias regiões do Alentejo, por vinhas que fizessem sentido para os vinhos que queria fazer. E certamente por isso, quando finalmente encontrou o que buscava, em 2011, o vinho de estreia chamou-se Procura.

Na verdade, não foi uma, mas sim duas vinhas, situadas em Portalegre, que a fizeram dar a busca por concluída. A primeira, uma vinha velha em Salão Frio, pleno Parque Natural da Serra de São Mamede, com muitas castas misturadas e baixíssima produção. A outra, uma parcela de Alicante Bouschet, na altura com 25 anos. Aqui teve início a aventura (já agora, Aventura é o nome de outro vinho da enóloga/produtora).

Serra Portalegre
Susana Esteban aposta na mistura de castas existente nas vinhas antigas.

“Quando encontrei Portalegre, deparei-me com um Alentejo que não parecia Alentejo”, diz Susana Esteban. “Ainda que erradamente, associamos sempre Alentejo a planície, quando há muitos Alentejos. Mas Portalegre foi para mim uma enorme surpresa, pela altitude, pelo granito, pelas castas tradicionais. Vi desde logo que era, para mim, a região perfeita, com as vinhas perfeitas”, acrescenta.

A frescura que a região de Portalegre, e em particular a Serra de São Mamede, imprime aos vinhos foi algo que desde logo a fascinou. “A altitude, a maior humidade, o granito, fazem com que um tinto com 14,5% de álcool tenha uma enorme frescura natural”, realça. “A vinha, aqui, é completa. Podemos interpretá-la de uma forma ou de outra, mas ela dá-nos tudo o que precisamos para fazer o vinho que queremos.”

Granito. Outro factor que Susana não dispensa. Todas as vinhas que trabalha hoje em Portalegre estão plantadas em solos de granito, embora também exista bastante xisto na sub-região. “O granito oferece vinhos muito mais directos, francos, minerais”, defende. A quase obsessão pelo granito não veio pré-concebida, no entanto. Desde 2011 que Susana Esteban experimenta e vinifica uvas de diferentes origens em Portalegre e, a dada altura, tomou consciência de que o granito era o denominador comum aos vinhos que mais gostava.

Numa dezena de anos, o portefólio de Susana Esteban, que representa hoje 35 mil garrafas por vindima, entende-se já por 10 referências diferentes. A “culpa”, mais uma vez, é das vinhas, pois cada um destes vinhos tem uma origem concreta, uma parcela, um terroir. As fontes de matéria prima distribuem-se por distintas áreas de Portalegre e resultam de contratos com lavradores locais. Quatro pequenas parcelas estão na localidade de Salão Frio, todas com vinhas velhas, entre 80 e 90 anos de idade, a cerca de 700 metros de altitude e viradas a norte. Ali, as castas brancas dominam em 60%. Susana compra igualmente uvas de uma parcela maior, em Castelo de Vide, com 2 hectares, cepas com 45 anos e uma mistura de uvas brancas e tintas que utiliza na linha de vinhos Aventura. Em Marvão, a produtora arrendou recentemente duas parcelas de vinha velha, das quais em breve irão sair novos vinhos. Finalmente, Alicante Bouschet e o Castelão têm origem em vinhas mais recentes (cerca de 35 de anos) e a vinha de Touriga Nacional tem à volta de 25 anos.

Todas estas vinhas estão sob contratos de arrendamento ou de compra de uvas. A única excepção é a mais recente paixão de Susana, a Quinta das Sesmarias, que adquiriu em Alegrete, com vista para o castelo. Com 24 hectares, 15 deles de montado de sobro, plantou ali este ano 5 hectares de bacelo, em sequeiro, bacelo esse que será enxertado em 2022 com varas das melhores cepas das vinhas velhas que utiliza. A ideia é reproduzir o encepamento e o carácter das vinhas tradicionais. “Vou fazer ali uma vinha à antiga, para durar 100 anos!”, diz Susana Esteban com um brilho nos olhos.

Serra Portalegre
A bacelada da Quinta das Sesmarias, em Alegrete, vai ser enxertada no próximo ano com varas das vinhas velhas.

Mas afinal, o que procura nas vinhas velhas? “Antes de mais, uma vinha não é boa por ser velha. E já fiz excelentes vinhos com vinhas jovens. Mas a verdade é que os melhores vinhos que consigo fazer aqui, na Serra de São Mamede, têm por base as vinhas velhas. E acredito que a razão para isso está na mistura de castas, e na complexidade que isso traz. Mas não sou fundamentalista de vinhas velhas. Estou certa, aliás, que a vinha que estou a fazer em Alegrete, em field blend, vai em poucos anos atingir a riqueza de uma vinha velha pois, além da mistura de castas, não tem água, terá de lutar para viver. Por isso, para mim, a vinha velha é mais um conceito do que uma idade concreta.”

Até agora, Susana Esteban tem vinificado os seus vinhos num espaço arrendado em Mora, onde montou uma pequena adega. Como fica fora da DOC Alentejo-Portalegre não tem tido, por isso, direito à denominação de origem, com os vinhos a serem comercializados como Regional Alentejano. Um problema que fica resolvido a partir desta vindima de 2021. A vinificação foi feita em aluguer de serviços na Herdade do Porto da Bouga, bem dentro da sub-região, e os vinhos serão depois estagiados na sala de barricas já montada em “casa” de Susana, a Quinta das Sesmarias, em Alegrete, onde mais tarde nascerá também uma adega.

QUINTA DA FONTE SOUTO

A aquisição, em 2017, da Quinta da Fonte Souto a João Lourenço (fundador do projecto Altas Quintas) por parte da família Symington, apanhou quase toda a gente de surpresa. Não apenas porque estávamos a falar de uma das maiores e mais imponentes propriedades da Serra de São Mamede, com 207 hectares no total, dos quais 42 hectares de vinha, como também por serem os compradores quem eram. Profundamente enraizada no vinho do Porto e no Douro desde há 135 anos e 5 gerações, com todos os seus investimentos empresariais e pessoais naquela região, poucos imaginavam a família Symington a sair da sua “zona de conforto”, que conhece como poucos, para se lançar numa região que até então desconhecia.

Serra Portalegre
Charles e Rupert Symington acreditam que o primeiro investimento da família, fora do Douro, tem tudo para dar certo.

“Já tínhamos há algum tempo a ideia de diversificar investimentos, fora do Douro”, diz Rupert Symington, administrador do grupo familiar. “E a partir de muita pesquisa e muitas conversas com diferentes pessoas, chegámos à conclusão de que Portalegre, e em especial a Serra de São Mamede, seria o local ideal para encontrar a qualidade e perfil de vinhos que buscávamos”, acrescenta. Mas o “mapa” para o tesouro escondido em Portalegre veio também com um aviso: “Fomos alertados de que a generalidade dos investimentos feitos na produção de vinho do Alentejo, por parte de empresas de fora da região, tiveram dificuldades de afirmação. Mas avançámos mesmo assim, conhecendo os riscos – desde logo, não sabíamos se os vinhos iam atingir o nível que esperávamos – , mas também o potencial. O resto é história…”, refere Rupert.

A verdade é que, para quem está acostumado a vinhos Porto e Douro de primeira grandeza, a vindima de estreia na Quinta da Fonte Souto foi uma enorme surpresa. “O branco, de 2017, foi logo uma revelação, pelo seu brilho e personalidade, qualidades que se vieram a confirmar nas colheitas seguintes”, lembra Charles Symington, director de enologia da casa. “Do mesmo modo, o topo de gama tinto, Vinha do Souto 2017, embora fechado no início, como por vezes acontece num grande vinho, evidenciou rapidamente toda a sua classe”, reforça. “Até fazer os vinhos, nunca sabemos se demos o passo certo numa nova propriedade. Mas aqui, não podíamos ter começado da melhor forma.”

Ainda assim, a dimensão e diversidade da Quinta obrigou a um estudo profundo das suas características, para suprir carências nos vinhedos e orientá-los no sentido pretendido. O enólogo José Daniel, que trabalha com a família Symington desde 2010, foi logo em 2017 “deslocado” para Portalegre. “Viemos para cá sem quaisquer preconceitos, antes de tudo queríamos conhecer a vinha e aprender com ela”, assume. Para a sua primeira vindima, realizada na adega existente na quinta (entretanto bastante reformulada) trouxeram com eles pequenas cubas para experimentar diferentes castas em distintas fases de maturação, o que desde logo lhes trouxe novos conhecimentos. E nada é deixado ao acaso, quando se trata de tomar decisões com efeitos de longo prazo, como reestruturar uma vinha: pequenas quantidades de uvas de vinhas da serra têm sido compradas localmente e microvinificadas, para “perceber o terroir”. “Não estamos amarrados ao que sabemos do Douro, nem sequer ao que é o vinho ‘clássico’ de Portalegre”, diz José Daniel, “pretendemos fazer o melhor que pudermos e soubermos”.

Plantada entre os 490 e 550 metros de altitude, em solos de xisto e granito, a vinha de 42 hectares que encontraram em 2017, com cerca de 20 anos de idade,  já não é exactamente a mesma, com mudanças quer ao nível das práticas vitícolas (nutrição, podas, etc.) quer das variedades. Isto, apesar de, como faz questão de vincar Charles Symington, “o encepamento inicial estava, globalmente, muito bem escolhido.” Assim, e sempre através de sobreenxertias (técnica que permite mudar castas conservando um vinhedo maduro), foi reforçada a aposta nos brancos, Arinto e Verdelho (Gouveio, no caso), eliminado o Cabernet Sauvignon, reduzido o Aragonez, e introduzido o Grand Noir (casta tradicional de Portalegre) e a Touriga Nacional (já com alguma presença na região). Para além destas, a propriedade conta igualmente com Syrah, Alicante Bouschet (as duas castas que, com 5 vindimas feitas, Charles coloca no patamar mais alto de consistência qualitativa), Tinta Amarela, Alfrocheiro, e ainda 2,5 hectares de vinha velha em field blend.

Serra Portalegre
Sala de barricas, na Quinta da Fonte Souto.

Que estilo de vinho pretende a família Symington para Fonte Souto? “Queremos vinhos, brancos e tintos, com grande potencial de envelhecimento, mas também com muito boa fruta, sem precisarem de esperar muito tempo para serem bebidos”, esclarece Charles Symington. “E, acima de tudo, estamos focados em vinhos que, além da superior qualidade, evidenciem o carácter da Quinta da Fonte Souto e da Serra de São Mamede.”

A Quinta da Fonte Souto é um “work in progress” permanente. “Desde que chegámos que ainda não parámos de fazer obras”, diz Rupert Symington. O enoturismo vai, por isso, ser uma ambição concretizada a breve prazo. “Fonte Souto tem dimensão, com floresta, montado, vinha, castanheiros, e um potencial tremendo em termos de turismo de natureza. Juntando a isso os maravilhosos vinhos que aqui produzimos, temos tudo o que ambicionámos.”

(Artigo publicado na edição de Outubro de 2021)

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Quinta da Fonte Souto tem novo Centro de Visitas

Fonte Souto centro visitas

[vc_row type=”in_container” full_screen_row_position=”middle” scene_position=”center” text_color=”dark” text_align=”left” overlay_strength=”0.3″ shape_divider_position=”bottom”][vc_column column_padding=”no-extra-padding” column_padding_position=”all” background_color_opacity=”1″ background_hover_color_opacity=”1″ column_shadow=”none” column_border_radius=”none” width=”1/1″ tablet_text_alignment=”default” phone_text_alignment=”default” column_border_width=”none” column_border_style=”solid”][vc_column_text]Situada em Portalegre, no terroir único da Serra de São Mamede, a propriedade alentejana da Symington Family Estates, Quinta da Fonte Souto, já abriu o seu novo Centro de Visitas. Sob o mote “um outro vagar”, este […]

[vc_row type=”in_container” full_screen_row_position=”middle” scene_position=”center” text_color=”dark” text_align=”left” overlay_strength=”0.3″ shape_divider_position=”bottom”][vc_column column_padding=”no-extra-padding” column_padding_position=”all” background_color_opacity=”1″ background_hover_color_opacity=”1″ column_shadow=”none” column_border_radius=”none” width=”1/1″ tablet_text_alignment=”default” phone_text_alignment=”default” column_border_width=”none” column_border_style=”solid”][vc_column_text]Situada em Portalegre, no terroir único da Serra de São Mamede, a propriedade alentejana da Symington Family Estates, Quinta da Fonte Souto, já abriu o seu novo Centro de Visitas.

Sob o mote “um outro vagar”, este Centro de Visitas integra várias experiências de enoturismo, como visitas guiadas, provas de vinhos, passeios, petiscos, piqueniques, entre outras. Os visitantes têm ainda a oportunidade de descobrir particularidades sobre a sub-região de Portalegre, preservação do território e da natureza, o cuidado com as vinhas e ainda compreender o processo de vinificação e produção a partir da data da vindima. No armazém, é explicado o processo de estágio, o tipo de barricas utilizado e a evolução do vinho.

Quanto a provas de vinho, há duas: A Prova Clássica (15€) dá a conhecer três vinhos produzidos na propriedade: Florão Branco, Florão Tinto e Quinta da Fonte Souto Tinto. Já a Prova Premium (25€) inclui uma seleção mais alargada, colocando em degustação os vinhos Florão Branco e Tinto, o Quinta da Fonte Souto, também Branco e Tinto, e ainda o Vinha do Souto Tinto. Há também uma carta de vinhos a copo que podem ser acompanhados com vários petiscos, como tábua de queijos ou enchidos, azeitonas ou amêndoas torradas.

Para quem quiser contactar ainda mais com a natureza da Quinta da Fonte Souto, há passeios pelas vinhas. Nesta primeira fase de abertura, os visitantes podem usufruir apenas de um percurso pré-definido, mas em breve serão três os roteiros, que dão a conhecer alguns dos recantos da propriedade de 207 hectares.

A Quinta da Fonte Souto sugere ainda um piquenique com produtos regionais para encerrar esta experiência no Centro de Visitas. O menu, pensado para duas pessoas, inclui iguarias como pão rústico, chutney de cogumelos e coentros, queijo curado alentejano, paio do cachaço de porco preto, azeitonas, broas de bolota e ainda fruta da época. O piquenique inclui água e uma garrafa de Florão Branco. Há ainda a possibilidade de ser adicionado um menu de criança (por 12€) que inclui pão rústico, fruta da época, doce de castanha e erva-doce, um snack de batatas fritas ou frutos secos, água e um sumo de laranja. Esta experiência deve ser reservada com 48 horas de antecedência e tem o custo de 40 euros.

A Symington lembra que o Centro de Visitas da Quinta da Fonte Souto pode ser visitado todos os dias da semana, das 10h00 às 19h00. Nesta primeira fase do projecto, as experiências do enoturismo estarão disponíveis até 31 de Outubro, regressando depois na Primavera de 2022.[/vc_column_text][/vc_column][/vc_row][vc_row type=”in_container” full_screen_row_position=”middle” scene_position=”center” text_color=”dark” text_align=”left” overlay_strength=”0.3″ shape_divider_position=”bottom”][vc_column column_padding=”no-extra-padding” column_padding_position=”all” background_color_opacity=”1″ background_hover_color_opacity=”1″ column_shadow=”none” column_border_radius=”none” width=”1/1″ tablet_text_alignment=”default” phone_text_alignment=”default” column_border_width=”none” column_border_style=”solid”][divider line_type=”Full Width Line” line_thickness=”1″ divider_color=”default”][/vc_column][/vc_row][vc_row type=”in_container” full_screen_row_position=”middle” scene_position=”center” text_color=”dark” text_align=”left” overlay_strength=”0.3″ shape_divider_position=”bottom”][vc_column column_padding=”no-extra-padding” column_padding_position=”all” background_color_opacity=”1″ background_hover_color_opacity=”1″ column_shadow=”none” column_border_radius=”none” width=”1/3″ tablet_text_alignment=”default” phone_text_alignment=”default” column_border_width=”none” column_border_style=”solid”][vc_column_text]

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Série Ímpar Retorto, nova edição deste projecto especial da Sogrape

Série Ímpar Retorto

[vc_row type=”in_container” full_screen_row_position=”middle” scene_position=”center” text_color=”dark” text_align=”left” overlay_strength=”0.3″ shape_divider_position=”bottom”][vc_column column_padding=”no-extra-padding” column_padding_position=”all” background_color_opacity=”1″ background_hover_color_opacity=”1″ column_shadow=”none” column_border_radius=”none” width=”1/1″ tablet_text_alignment=”default” phone_text_alignment=”default” column_border_width=”none” column_border_style=”solid”][vc_column_text]Menos de dois anos depois do lançamento da primeira edição da Série Ímpar — um Sercialinho de 2017 — a Sogrape revela um novo vinho deste projecto muito especial, Série Ímpar Retorto branco 2018. Esta Série é […]

[vc_row type=”in_container” full_screen_row_position=”middle” scene_position=”center” text_color=”dark” text_align=”left” overlay_strength=”0.3″ shape_divider_position=”bottom”][vc_column column_padding=”no-extra-padding” column_padding_position=”all” background_color_opacity=”1″ background_hover_color_opacity=”1″ column_shadow=”none” column_border_radius=”none” width=”1/1″ tablet_text_alignment=”default” phone_text_alignment=”default” column_border_width=”none” column_border_style=”solid”][vc_column_text]Menos de dois anos depois do lançamento da primeira edição da Série Ímpar — um Sercialinho de 2017 — a Sogrape revela um novo vinho deste projecto muito especial, Série Ímpar Retorto branco 2018. Esta Série é um desafio lançado, aos enólogos da empresa, para a criação de vinhos originais e de qualidade superior.

Assinado pelo enólogo responsável pelos vinhos do Alentejo da Sogrape, Luís Cabral de Almeida, o Série Ímpar Retorto tem origem em vinhas velhas da Serra de São Mamede, em Portalegre, onde predominam Arinto, Roupeiro, Bical, Fernão Pires e Tamarez. O nome “Retorto” é uma referência às vinhas muito velhas, retorcidas pelos anos, a 640 metros de altitude, conduzidas em forma de vaso (Goblet).

Série Ímpar RetortoLuís Cabral de Almeida explica a génese do Série Ímpar Retorto: “Tenho um grande fascínio pelo Alentejo e Portalegre é uma região com condições naturais que me trouxe desafios novos. Aqui comecei a trabalhar castas diferentes e pude fazer um trabalho de ourives com vinhas velhas, que são um tesouro para qualquer profissional do vinho”.

Já Fernando Cunha Guedes, presidente da Sogrape, refere: “O desafio é lançado aos nossos enólogos, mas neste cenário ganhamos todos, contribuindo para a história de uma empresa que sempre se alicerçou, afinal, na capacidade de inovar, surpreender e ser audaz”.

Do Série Ímpar Retorto branco 2018 foram produzidas 2965 garrafas, cada uma com p.v.p. recomendado de €60.[/vc_column_text][/vc_column][/vc_row][vc_row type=”in_container” full_screen_row_position=”middle” scene_position=”center” text_color=”dark” text_align=”left” overlay_strength=”0.3″ shape_divider_position=”bottom”][vc_column column_padding=”no-extra-padding” column_padding_position=”all” background_color_opacity=”1″ background_hover_color_opacity=”1″ column_shadow=”none” column_border_radius=”none” width=”1/1″ tablet_text_alignment=”default” phone_text_alignment=”default” column_border_width=”none” column_border_style=”solid”][divider line_type=”Full Width Line” line_thickness=”1″ divider_color=”default”][/vc_column][/vc_row][vc_row type=”in_container” full_screen_row_position=”middle” scene_position=”center” text_color=”dark” text_align=”left” overlay_strength=”0.3″ shape_divider_position=”bottom”][vc_column column_padding=”no-extra-padding” column_padding_position=”all” background_color_opacity=”1″ background_hover_color_opacity=”1″ column_shadow=”none” column_border_radius=”none” width=”1/3″ tablet_text_alignment=”default” phone_text_alignment=”default” column_border_width=”none” column_border_style=”solid”][vc_column_text]

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Tapada do Chaves lança nova colheita, de vinhas com 120 anos

[vc_row type=”in_container” full_screen_row_position=”middle” scene_position=”center” text_color=”dark” text_align=”left” overlay_strength=”0.3″ shape_divider_position=”bottom”][vc_column column_padding=”no-extra-padding” column_padding_position=”all” background_color_opacity=”1″ background_hover_color_opacity=”1″ column_shadow=”none” column_border_radius=”none” width=”1/1″ tablet_text_alignment=”default” phone_text_alignment=”default” column_border_width=”none” column_border_style=”solid”][vc_column_text]São das vinhas mais velhas da região do Alentejo, plantadas na sub-região de Portalegre há 120 anos. É delas que vêm as uvas de Trincadeira e Grand Noir do Tapada do Chaves Vinhas Velhas tinto, agora lançado […]

[vc_row type=”in_container” full_screen_row_position=”middle” scene_position=”center” text_color=”dark” text_align=”left” overlay_strength=”0.3″ shape_divider_position=”bottom”][vc_column column_padding=”no-extra-padding” column_padding_position=”all” background_color_opacity=”1″ background_hover_color_opacity=”1″ column_shadow=”none” column_border_radius=”none” width=”1/1″ tablet_text_alignment=”default” phone_text_alignment=”default” column_border_width=”none” column_border_style=”solid”][vc_column_text]São das vinhas mais velhas da região do Alentejo, plantadas na sub-região de Portalegre há 120 anos. É delas que vêm as uvas de Trincadeira e Grand Noir do Tapada do Chaves Vinhas Velhas tinto, agora lançado na colheita de 2013. 

A vinificação deste vinho muito especial passa por uma fermentação alcoólica com as leveduras indígenas da uva, em cuba de inox, antes de uma maceração de 30 dias, que precede o estágio de 18 meses em barricas de carvalho português e francês, e outro de 24 meses em garrafa. 

A Fundação Eugénio de Almeida, que adquiriu a Tapada do Chaves em 2017, explica que o ano vitícola de 2013 se caracterizou “por um Inverno e Primavera com elevada pluviosidade, o que permitiu repor parte das reservas de água no solo, mas também por ondas de calor que condicionaram o ciclo vegetativo das videiras. Tal refletiu-se em maturações lentas, mas de elevado potencial qualitativo”.

O Tapada do Chaves Vinhas Velhas tinto 2013 está disponível em garrafeiras, restaurantes habituais e na loja online da marca, com um preço recomendado de 110 euros. [/vc_column_text][/vc_column][/vc_row][vc_row type=”in_container” full_screen_row_position=”middle” scene_position=”center” text_color=”dark” text_align=”left” overlay_strength=”0.3″ shape_divider_position=”bottom”][vc_column column_padding=”no-extra-padding” column_padding_position=”all” background_color_opacity=”1″ background_hover_color_opacity=”1″ column_shadow=”none” column_border_radius=”none” width=”1/1″ tablet_text_alignment=”default” phone_text_alignment=”default” column_border_width=”none” column_border_style=”solid”][divider line_type=”Full Width Line” line_thickness=”1″ divider_color=”default”][/vc_column][/vc_row][vc_row type=”in_container” full_screen_row_position=”middle” scene_position=”center” text_color=”dark” text_align=”left” overlay_strength=”0.3″ shape_divider_position=”bottom”][vc_column column_padding=”no-extra-padding” column_padding_position=”all” background_color_opacity=”1″ background_hover_color_opacity=”1″ column_shadow=”none” column_border_radius=”none” width=”1/2″ tablet_text_alignment=”default” phone_text_alignment=”default” column_border_width=”none” column_border_style=”solid”][vc_column_text]

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O Alentejo de Susana

[vc_row type=”in_container” full_screen_row_position=”middle” scene_position=”center” text_color=”dark” text_align=”left” overlay_strength=”0.3″ shape_divider_position=”bottom”][vc_column column_padding=”no-extra-padding” column_padding_position=”all” background_color_opacity=”1″ background_hover_color_opacity=”1″ column_shadow=”none” column_border_radius=”none” width=”1/1″ tablet_text_alignment=”default” phone_text_alignment=”default” column_border_width=”none” column_border_style=”solid”][vc_column_text]De Tui para Portalegre, Susana Esteban fez do Alentejo a Aventura da sua vida. Quando o descobriu, ninguém a parou, e hoje a máquina continua a andar, com sete novos vinhos. TEXTO Mariana Lopes NOTAS DE PROVA […]

[vc_row type=”in_container” full_screen_row_position=”middle” scene_position=”center” text_color=”dark” text_align=”left” overlay_strength=”0.3″ shape_divider_position=”bottom”][vc_column column_padding=”no-extra-padding” column_padding_position=”all” background_color_opacity=”1″ background_hover_color_opacity=”1″ column_shadow=”none” column_border_radius=”none” width=”1/1″ tablet_text_alignment=”default” phone_text_alignment=”default” column_border_width=”none” column_border_style=”solid”][vc_column_text]De Tui para Portalegre, Susana Esteban fez do Alentejo a Aventura da sua vida. Quando o descobriu, ninguém a parou, e hoje a máquina continua a andar, com sete novos vinhos.

TEXTO Mariana Lopes
NOTAS DE PROVA Luís Lopes
FOTOS Cortesia do produtor e DR

A história profissional de Susana Esteban fez-se de paixões imprevistas por recantos de Portugal. Licenciada em Ciências Químicas pela Universidade de Santiago de Compostela e Mestre em Viticultura e Enologia pela Universidade de La Rioja, a galega contou que tudo começou com uma viagem de mestrado ao Douro, orientada pelo seu professor de Viticultura. “Nós [alunos] não sabíamos sequer que o Douro existia, na altura”, confessa. A verdade é que depois dessa descoberta, e de acabar os estudos, Susana pediu uma bolsa para estagiar numa empresa de Vinho do Porto, tendo entrado na Sandeman com esse fim.
Imediatamente percebeu que era no Douro que queria ficar e começar a construir a sua carreira e, assim, em 1999, integrou a enologia da Quinta do Côtto. Mais tarde, de 2002 a 2007, esteve na Quinta do Crasto, onde trabalhou com a pessoa que disse ser a mais importante da sua carreira, Daniel Llose, reputado enólogo do Château Lynch-Bages e consultor no Crasto.
No final dessa fase profissional, mudou-se para Lisboa por razões pessoais, mas manteve-se ligada ao Douro com o vinho Crochet, um projecto a quatro mãos com a enóloga Sandra Tavares da Silva, que viria a alargar-se com a introdução de outro vinho, o Tricot. Entretanto, ainda em 2007, a indagar-se sobre onde iria pousar a pasta mais uma vez, Susana Esteban acabou por se decidir com base num factor aleatório: “O Alentejo estava relativamente perto”, geograficamente.[/vc_column_text][/vc_column][/vc_row][vc_row type=”in_container” full_screen_row_position=”middle” scene_position=”center” text_color=”dark” text_align=”left” overlay_strength=”0.3″ shape_divider_position=”bottom”][vc_column column_padding=”no-extra-padding” column_padding_position=”all” background_color_opacity=”1″ background_hover_color_opacity=”1″ column_shadow=”none” column_border_radius=”none” width=”1/1″ tablet_text_alignment=”default” phone_text_alignment=”default” column_border_width=”none” column_border_style=”solid”][image_with_animation image_url=”32161″ alignment=”” animation=”Fade In” border_radius=”none” box_shadow=”none” max_width=”100%”][/vc_column][/vc_row][vc_row type=”in_container” full_screen_row_position=”middle” scene_position=”center” text_color=”dark” text_align=”left” overlay_strength=”0.3″ shape_divider_position=”bottom”][vc_column column_padding=”no-extra-padding” column_padding_position=”all” background_color_opacity=”1″ background_hover_color_opacity=”1″ column_shadow=”none” column_border_radius=”none” width=”1/1″ tablet_text_alignment=”default” phone_text_alignment=”default” column_border_width=”none” column_border_style=”solid”][vc_column_text]Por essa altura, a enóloga, como muitos profissionais do Douro, mantinha algum preconceito relativo ao Alentejo vitivinícola… “Achava que nunca mais iria fazer um vinho de jeito”, admite. É caso para dizer, quem a viu e quem a vê. Começou pelo Solar dos Lobos e, rapidamente, a confiança nos vinhos daquele pedaço de terra do Sul foi aumentando. Como enóloga consultora colaborou ou colabora com várias outras casas, como Perescuma, Tiago Cabaço Wines, Herdade do Barrocal, entre outros, antes de embarcar no projecto pessoal, em 2011, e também Monte da Raposinha, já depois disso. “Quando vi que se podiam fazer excelentes coisas no Alentejo, entusiasmei-me…”, explica, adiantando que quando chegou a Portalegre ficou encantada: “Tinha vinhas velhas como no Douro, mas a 700 metros de altitude!”, exclama. Iniciou-se com os vinhos Procura e Aventura, nomes que se prendem com todo este processo de criação em nome próprio, procurando as melhores vinhas e aventurando-se pelo Alentejo.
Até ao dia de hoje, Susana Esteban já adicionou ao seu portfólio o Sidecar, um vinho já com várias edições que é sempre produzido em parceria, tendo já participado produtores como Dirk Niepoort, Filipa Pato e, em jeito de novidade, Jorge Lucki, jornalista de vinhos brasileiro, na colheita de 2017 para a qual utilizaram um impressionante foudre da Alsácia, de 1961. Também nasceu, entretanto, o Sem Vergonha, um tinto feito também com Dirk Niepoort.
Já são 35.000 garrafas e o objectivo de Susana, para breve, são as 50.000, crescendo nos Sem Vergonha e nos Sidecar, mas adverte: “Não quero crescer demasiado. Há coisas que eu consigo fazer por ter esta dimensão mais ou menos pequena, coisas boas para os meus vinhos que, tendo um projecto maior, nunca conseguiria. Gosto de levar o meu tempo, há detalhes de que não abdico, e acho que isso faz toda a diferença.”[/vc_column_text][/vc_column][/vc_row][vc_row type=”in_container” full_screen_row_position=”middle” scene_position=”center” text_color=”dark” text_align=”left” overlay_strength=”0.3″ shape_divider_position=”bottom”][vc_column column_padding=”no-extra-padding” column_padding_position=”all” background_color_opacity=”1″ background_hover_color_opacity=”1″ column_shadow=”none” column_border_radius=”none” width=”1/1″ tablet_text_alignment=”default” phone_text_alignment=”default” column_border_width=”none” column_border_style=”solid”][nectar_animated_title heading_tag=”h6″ style=”color-strip-reveal” color=”Accent-Color” text=”Em prova”][vc_column_text]

[/vc_column_text][/vc_column][/vc_row][vc_row type=”in_container” full_screen_row_position=”middle” scene_position=”center” text_color=”dark” text_align=”left” overlay_strength=”0.3″ shape_divider_position=”bottom”][vc_column column_padding=”no-extra-padding” column_padding_position=”all” background_color_opacity=”1″ background_hover_color_opacity=”1″ column_shadow=”none” column_border_radius=”none” width=”1/1″ tablet_text_alignment=”default” phone_text_alignment=”default” column_border_width=”none” column_border_style=”solid”][vc_column_text]

Edição Nº18, Outubro 2018

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