Organizado todos os anos pela ViniPortugal, o Fórum Vinhos de Portugal teve mais uma edição no dia 22 de Novembro, em Leiria. No evento, no qual marcaram presença várias entidades do sector, esteve em destaque a apresentação das novas regras de rotulagem dos produtos vitivinícolas; foram comunicados, como habitualmente, os números e o balanço de performance do vinho português no mercado nacional e internacional entre os meses de Janeiro e Setembro de 2023; e foi, ainda, divulgado o Plano de Marketing e Promoção para 2024 da ViniPortugal — entidade responsável pelo desenvolvimento e execução de estratégias e planos de promoção dos Vinhos de Portugal em mercados internacionais — com a marca Wines of Portugal.

Nesta edição do Fórum Anual Vinhos de Portugal, o destaque foi para as novas regras de rotulagem de produtos vitivinícolas. A partir de 8 de Dezembro de 2023, será obrigatória a indicação na rotulagem da declaração nutricional, dos ingredientes e data de durabilidade mínima. Os vinhos e produtos vínicos que tenham sido produzidos antes dessa data podem continuar a ser colocados no mercado até ao seu esgotamento. O objectivo do legislador europeu é que esta informação sirva, sobretudo, a necessidade de os consumidores estarem mais bem informados para fazerem as suas escolhas. Através da proposta apresentada por Portugal, legislou-se no sentido de se disponibilizar a informação sobre a lista de ingredientes e a declaração nutricional, através de meios eletrónicos, por exemplo o Código QR.

Segundo Frederico Falcão, Presidente da ViniPortugal, “as novas regras de rotulagem são muito importantes para o consumidor estar na posse de todas as informações, para tomar melhores decisões em relação ao consumo de produtos vitivinícolas, na medida em que a informação presente contará com a declaração nutricional, como o valor energético, as quantidades de lípidos, ácidos gordos saturados, hidratos de carbono, açucares, proteínas, entre outros. Esta regra, já aplicada aos outros géneros alimentícios, vai-nos trazer mais informação sobre aquilo que consumimos e, assim, fazermos escolhas mais informadas”.

 

Fórum Vinhos Portugal rótulos

 

De acordo com os dados apresentados pelo IVV (Instituto da Vinha e do Vinho), em 2022, Portugal encontrava-se entre os 10 principais exportadores mundiais, ocupando o 8º lugar em volume e o 9º lugar em valor, sendo que os principais mercados foram Estados Unidos da América, Reino Unido e Alemanha. De Janeiro a Setembro de 2023, Portugal exportou 241 milhões de litros de vinho português, registando um valor de 682 milhões de euros, a um preço médio por litro de 2,83 euros. Quanto aos 5 maiores mercados de destino do vinho português, até Setembro deste ano, estes foram os EUA (77 milhões de euros), França (75 milhões), Reino Unido (68 milhões), Brasil (58 milhões) e Canadá (38 milhões).

Especificamente, o vinho tranquilo com DO/IG representou 110 milhões de litros exportados, um acréscimo de 1,6% face a 2022, e 327 milhões de euros, um aumento de 11 milhões de euros face a 2022, ou seja, 3,2%. O preço médio por litro também teve um ligeiro aumento, situando-se em 2,97 euros.

“Temos assistido a um crescimento significativo nas exportações dos vinhos portugueses de forma continua, ano após ano. Este aumento deve-se à excelente qualidade dos nossos vinhos e ao trabalho de promoção internacional que tem sido desenvolvido em conjunto com o sector, no sentido de dar a conhecer os nossos produtos. Para 2024, a ViniPortugal tem definido um programa de promoção com o objectivo de trabalhar a notoriedade de marca Wines of Portugal, desenvolver o posicionamento distintivo dos vinhos portugueses com vista a credibilizar a nossa oferta e afirmar Portugal como um ‘hot spot’ internacional do sector do vinho. Para o alcance destas metas teremos um investimento de 8,32 milhões de euros para trabalhar 22 mercados, sendo que 66% será fora da Europa”, adiantou Frederico Falcão.

 

Destaques do Fórum Vinhos de Portugal 2023:

Niepoort lança segunda edição do Nat Cool Creative Contest

Nat Cool Creative Contest

[vc_row type=”in_container” full_screen_row_position=”middle” scene_position=”center” text_color=”dark” text_align=”left” overlay_strength=”0.3″ shape_divider_position=”bottom”][vc_column column_padding=”no-extra-padding” column_padding_position=”all” background_color_opacity=”1″ background_hover_color_opacity=”1″ column_shadow=”none” column_border_radius=”none” width=”1/1″ tablet_text_alignment=”default” phone_text_alignment=”default” column_border_width=”none” column_border_style=”solid”][vc_column_text]Chamada para todos os designers e aspirantes a tal: Recriar o rótulo do vinho Nat Cool, da Niepoort, é o desafio lançado pela empresa, agora pela segunda vez, um ano depois da primeira edição do Nat Cool […]

[vc_row type=”in_container” full_screen_row_position=”middle” scene_position=”center” text_color=”dark” text_align=”left” overlay_strength=”0.3″ shape_divider_position=”bottom”][vc_column column_padding=”no-extra-padding” column_padding_position=”all” background_color_opacity=”1″ background_hover_color_opacity=”1″ column_shadow=”none” column_border_radius=”none” width=”1/1″ tablet_text_alignment=”default” phone_text_alignment=”default” column_border_width=”none” column_border_style=”solid”][vc_column_text]Chamada para todos os designers e aspirantes a tal: Recriar o rótulo do vinho Nat Cool, da Niepoort, é o desafio lançado pela empresa, agora pela segunda vez, um ano depois da primeira edição do Nat Cool Creative Contest. Em 2020, a Niepoort recebeu 420 inscrições, de 22 países, o que levou o produtor a decidir abrir novamente as candidaturas. Os vencedores da primeira edição podem ser consultados AQUI.

As regras e o objectivo do Natcool Craative Contest mantêm-se: interpretar o rótulo de uma garrafa de Nat Cool, dando largas à criatividade individual e incorporando os valores de “leveza” e “descomplicação” destes vinhos Niepoort, que se assumem “sem elitismos”. Do rótulo original, do artista Francisco Providência, a barra e os olhos são o único elemento constante desta “tela em branco”, devendo permanecer na criação. O Júri é composto por Dirk Niepoort, presidente da empresa; Joana Emídio, designer da Niepoort; Tiago Dias da Silva; director-geral da Quinta Maria Izabel, no Douro; e por Le Brimet, co-fundador e diretor criativo da CLINK. Juntos decidirão os trabalhos que melhor representam o espírito “funky” e “cool” da marca.

“Acima de tudo, o que mais nos move neste concurso criativo da Nat Cool, é o entusiasmo ao perceber o envolvimento das pessoas com a marca”, explica Dirk Niepoort, da quinta geração à frente desta casa centenária. 

Os participantes devem enviar, até ao dia 11 de Junho, uma proposta de rótulo para o email natcoolcontest@niepoort.pt, através de imagem ou digitalização de fotografia, em dimensão A4. As regras encontram-se no site do concurso. Não é indispensável ter uma garrafa Nat Cool para submeter o rótulo a concurso, pois o rótulo está disponível para download. O vencedor receberá €500 em vinhos Niepoort, e verá o seu rótulo ganhar vida nas garrafeiras, quando do lançamento do próximo Nat Cool, em 2022. Além deste prémio, ganhará também uma hoodie da Nat Cool. O 2º lugar terá direito a €300 em vinho e uma t-shirt Nat Cool, e o 3º receberá €100 em vinho e uma tote bag Nat Cool.[/vc_column_text][/vc_column][/vc_row][vc_row type=”in_container” full_screen_row_position=”middle” scene_position=”center” text_color=”dark” text_align=”left” overlay_strength=”0.3″ shape_divider_position=”bottom”][vc_column column_padding=”no-extra-padding” column_padding_position=”all” background_color_opacity=”1″ background_hover_color_opacity=”1″ column_shadow=”none” column_border_radius=”none” width=”1/1″ tablet_text_alignment=”default” phone_text_alignment=”default” column_border_width=”none” column_border_style=”solid”][divider line_type=”Full Width Line” line_thickness=”1″ divider_color=”default”][/vc_column][/vc_row][vc_row type=”in_container” full_screen_row_position=”middle” scene_position=”center” text_color=”dark” text_align=”left” overlay_strength=”0.3″ shape_divider_position=”bottom”][vc_column column_padding=”no-extra-padding” column_padding_position=”all” background_color_opacity=”1″ background_hover_color_opacity=”1″ column_shadow=”none” column_border_radius=”none” width=”1/3″ tablet_text_alignment=”default” phone_text_alignment=”default” column_border_width=”none” column_border_style=”solid”][vc_column_text]

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O Meu VDG: personalize um rótulo com qualquer texto

O Meu VDG

[vc_row type=”in_container” full_screen_row_position=”middle” scene_position=”center” text_color=”dark” text_align=”left” overlay_strength=”0.3″ shape_divider_position=”bottom”][vc_column column_padding=”no-extra-padding” column_padding_position=”all” background_color_opacity=”1″ background_hover_color_opacity=”1″ column_shadow=”none” column_border_radius=”none” width=”1/1″ tablet_text_alignment=”default” phone_text_alignment=”default” column_border_width=”none” column_border_style=”solid”][vc_column_text]A Adega Cooperativa de Vidigueira, Cuba e Alvito (ACVCA) apresentou O Meu VDG, um vinho cujos rótulos podem ser personalizados com qualquer texto. Quer seja para oferecer como prenda, criar uma memória, fazer uma declaração, ou marcar […]

[vc_row type=”in_container” full_screen_row_position=”middle” scene_position=”center” text_color=”dark” text_align=”left” overlay_strength=”0.3″ shape_divider_position=”bottom”][vc_column column_padding=”no-extra-padding” column_padding_position=”all” background_color_opacity=”1″ background_hover_color_opacity=”1″ column_shadow=”none” column_border_radius=”none” width=”1/1″ tablet_text_alignment=”default” phone_text_alignment=”default” column_border_width=”none” column_border_style=”solid”][vc_column_text]A Adega Cooperativa de Vidigueira, Cuba e Alvito (ACVCA) apresentou O Meu VDG, um vinho cujos rótulos podem ser personalizados com qualquer texto.

Quer seja para oferecer como prenda, criar uma memória, fazer uma declaração, ou marcar um momento especial, a ACVCA trata de personalizar O Meu VDG branco ou tinto com uma frase ou apenas um nome, num rótulo que já por si é original e divertido.

O Meu VDG

O Meu VDG pode ser adquirido à unidade, com oferta de uma bolsa de tecido, ou numa caixa personalizada de 6 garrafas, onde se podem misturar os brancos com os tintos, e cada um com um rótulo diferente, por exemplo. O processo é muito simples e pode ser feito de uma de duas formas: ou na Loja da Adega, presencialmente, ou na loja online da ACVCA. Caso seja adquirido online, o tempo médio de produção e envio, para todo o país, é de uma semana. [/vc_column_text][/vc_column][/vc_row][vc_row type=”in_container” full_screen_row_position=”middle” scene_position=”center” text_color=”dark” text_align=”left” overlay_strength=”0.3″ shape_divider_position=”bottom”][vc_column column_padding=”no-extra-padding” column_padding_position=”all” background_color_opacity=”1″ background_hover_color_opacity=”1″ column_shadow=”none” column_border_radius=”none” width=”1/1″ tablet_text_alignment=”default” phone_text_alignment=”default” column_border_width=”none” column_border_style=”solid”][divider line_type=”Full Width Line” line_thickness=”1″ divider_color=”default”][/vc_column][/vc_row][vc_row type=”in_container” full_screen_row_position=”middle” scene_position=”center” text_color=”dark” text_align=”left” overlay_strength=”0.3″ shape_divider_position=”bottom”][vc_column column_padding=”no-extra-padding” column_padding_position=”all” background_color_opacity=”1″ background_hover_color_opacity=”1″ column_shadow=”none” column_border_radius=”none” width=”1/3″ tablet_text_alignment=”default” phone_text_alignment=”default” column_border_width=”none” column_border_style=”solid”][vc_column_text]

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Concurso para ilustrar vinho Nat Cool já tem vencedores

[vc_row type=”in_container” full_screen_row_position=”middle” scene_position=”center” text_color=”dark” text_align=”left” overlay_strength=”0.3″ shape_divider_position=”bottom”][vc_column column_padding=”no-extra-padding” column_padding_position=”all” background_color_opacity=”1″ background_hover_color_opacity=”1″ column_shadow=”none” column_border_radius=”none” width=”1/1″ tablet_text_alignment=”default” phone_text_alignment=”default” column_border_width=”none” column_border_style=”solid”][vc_column_text]A Niepoort lançou, no mês de Maio, o concurso internacional Nat Cool Art, com o objectivo de encontrar o melhor rótulo para o vinho Nat Cool. Superando as expectativas, o concurso recebeu 420 propostas, de 192 participantes […]

[vc_row type=”in_container” full_screen_row_position=”middle” scene_position=”center” text_color=”dark” text_align=”left” overlay_strength=”0.3″ shape_divider_position=”bottom”][vc_column column_padding=”no-extra-padding” column_padding_position=”all” background_color_opacity=”1″ background_hover_color_opacity=”1″ column_shadow=”none” column_border_radius=”none” width=”1/1″ tablet_text_alignment=”default” phone_text_alignment=”default” column_border_width=”none” column_border_style=”solid”][vc_column_text]A Niepoort lançou, no mês de Maio, o concurso internacional Nat Cool Art, com o objectivo de encontrar o melhor rótulo para o vinho Nat Cool. Superando as expectativas, o concurso recebeu 420 propostas, de 192 participantes de 22 países diferentes: Alemanha, Áustria, Brasil, Canada, Chile, China, Dinamarca, Eslovénia, Espanha, EUA, França, Itália, Japão, Lituânia, Moçambique, Polónia, Portugal, Rússia, Suécia, Suíça, Ucrânia e Zimbabué .

Como explicou a Niepoort em comunicado, o júri do concurso – composto por Daniel Niepoort (enólogo), Dirk Niepoort (director-geral da Casa Niepoort), Francisco Providência (designer), João Noutel (pintor) e Tiago Dias da Silva (marketeer) – reuniu-se na pequena praia de Vila Chã no dia 11 de Junho, para apurar os resultados do concurso e encontrar um vencedor. A qualidade, quantidade e diversidade das propostas exigiu um ponderado esforço de visualização e reflexão do júri que, para a atribuição do vencedor, assumiu o método da compilação e comparação de 10 obras seleccionadas por cada um dos cinco membros.

Dirk Niepoort ficou bastante contente com o impacto do concurso: “Fico sempre satisfeito quando percebo que há adesão e identificação face aos vinhos que fazemos. Ao ignorar todas as regras, para além da verdade, frescura, aroma e respeito por cada região vinícola, o espírito Nat Cool aproxima-se de uma nova geração junto da qual nós queremos estar”.

O primeiro lugar foi atribuído por unanimidade ao rótulo de Radion Sobolev, de nacionalidade ucraniana. Já o segundo lugar coube ao rótulo de Sérgio Guimas (Portugal). Foram ainda escolhidos quatro rótulos na qualidade de menção honrosa, todos de artistas portugueses.

Veja as obras dos vencedores:

[/vc_column_text][/vc_column][/vc_row][vc_row type=”in_container” full_screen_row_position=”middle” scene_position=”center” text_color=”dark” text_align=”left” overlay_strength=”0.3″ shape_divider_position=”bottom”][vc_column column_padding=”no-extra-padding” column_padding_position=”all” background_color_opacity=”1″ background_hover_color_opacity=”1″ column_shadow=”none” column_border_radius=”none” width=”1/1″ tablet_text_alignment=”default” phone_text_alignment=”default” column_border_width=”none” column_border_style=”solid”][vc_gallery type=”nectarslider_style” images=”45769,45770,45771,45772,45773,45774″ flexible_slider_height=”true” bullet_navigation_style=”see_through” onclick=”link_no” img_size=”full”][/vc_column][/vc_row]

Rita Rivotti: A marca que cria marcas

[vc_row type=”in_container” full_screen_row_position=”middle” scene_position=”center” text_color=”dark” text_align=”left” overlay_strength=”0.3″ shape_divider_position=”bottom”][vc_column column_padding=”no-extra-padding” column_padding_position=”all” background_color_opacity=”1″ background_hover_color_opacity=”1″ column_shadow=”none” column_border_radius=”none” width=”1/1″ tablet_text_alignment=”default” phone_text_alignment=”default” column_border_width=”none” column_border_style=”solid”][vc_column_text]A arte é uma forma de comunicação e comunicar o vinho é hoje uma arte. Rita Rivotti é já um nome bem conhecido neste mundo, tendo dado imagem a mais marcas do que se imagina. TEXTO Mariana […]

[vc_row type=”in_container” full_screen_row_position=”middle” scene_position=”center” text_color=”dark” text_align=”left” overlay_strength=”0.3″ shape_divider_position=”bottom”][vc_column column_padding=”no-extra-padding” column_padding_position=”all” background_color_opacity=”1″ background_hover_color_opacity=”1″ column_shadow=”none” column_border_radius=”none” width=”1/1″ tablet_text_alignment=”default” phone_text_alignment=”default” column_border_width=”none” column_border_style=”solid”][vc_column_text]A arte é uma forma de comunicação e comunicar o vinho é hoje uma arte. Rita Rivotti é já um nome bem conhecido neste mundo, tendo dado imagem a mais marcas do que se imagina.

TEXTO Mariana Lopes
FOTOS Ricardo Palma Veiga e cortesia Rita Rivotti

“We love what we do”, lê-se na instalação artística pendurada no tecto, palavras distribuídas por garrafas verdes penduradas em cascata. Num estúdio aconchegante e bem decorado, com mezzanine, todo em madeira, trabalha a dream team de quatro criadores artísticos sob o comando de Rita Rivotti. São estas cinco pessoas que criam e recriam muitas das marcas que tão bem conhecemos, e outras que deveríamos conhecer.
Grandes ou pequenas, não são poucas as empresas que recorrem a Rita, que já se tornou numa espécie de salvadora de negócio. Há quem lhe chame Sherlock Holmes do vinho, pela investigação em campo que faz, mas eu chamo-lhe Professor X, a fonte das ideias e gestora dos seus pequenos génios, cada um com a sua especialidade mas todos a convergir para o mesmo objectivo: a criação de um nome, de um rótulo, de um conceito.
O caminho de Rita foi tudo menos linear. Estudou Engenharia Agronómica na UTAD, em Vila Real, e sempre esteve ligada à produção agrícola e ao campo. No entanto, o fascínio pelas artes esteve sempre lá, mas… “Naquela altura não se ia para artes, era muito raro, e nem o meu pai considerava isso como curso.” O pai, figura mais importante da sua vida, era economista de profissão e entusiasta das artes e da cultura por paixão. Também era pintor, mas via-o como um hobby.
Quando terminou o curso, Rivotti teve nota máxima a uma disciplina chamada Planeamento, que era matemática financeira. Em virtude disso, a professora convidou-a a estagiar com ela no BPI, convite que aceitou, tendo mais tarde integrado o CAC, Centro de Análise de Crédito. “Foi muito interessante, mas não era a minha paixão”, confessou. Após nascer a sua filha mais velha, despediu-se e resolveu ser mãe a tempo inteiro. E assim fez durante sete anos, até a terceira e última ir para a escola.
Entretanto, Paul Myhre, que hoje em dia também faz o mesmo tipo de trabalho, desafiou-a a iniciar com ele um negócio do género, de imagem de vinhos. “Eu já gostava muito de vinhos, principalmente pelo meu pai, que sempre me ensinou tudo e que além de economista era historiador e um homem que se interessava por tudo, e por vinho também”, disse Rita, que ia com o progenitor visitar adegas e que sempre o acompanhou em tudo na vida. O seu trabalho reflecte, hoje, tudo isso e essas memórias são uma grande fonte de inspiração.
Foi assim que, há cerca de 14 anos, Rita e Paul foram pioneiros de uma revolução de imagem dos vinhos portugueses, numa altura em que Portugal começou a aparecer no panorama internacional e quando começaram as exportações em peso. “Os mercados internacionais não aceitavam as imagens que a maioria dos nossos produtores tinha para os vinhos, que eram altamente desactualizadas”, explicou. Depois foi fazer um mestrado em marketing e gestão de marcas e também o WSET. Três anos depois, Paul mudou de cidade e Rita assumiu a liderança de uma equipa, hoje totalmente renovada.[/vc_column_text][/vc_column][/vc_row][vc_row type=”in_container” full_screen_row_position=”middle” scene_position=”center” text_color=”dark” text_align=”left” overlay_strength=”0.3″ shape_divider_position=”bottom”][vc_column column_padding=”no-extra-padding” column_padding_position=”all” background_color_opacity=”1″ background_hover_color_opacity=”1″ column_shadow=”none” column_border_radius=”none” width=”1/2″ tablet_text_alignment=”default” phone_text_alignment=”default” column_border_width=”none” column_border_style=”solid”][vc_column_text]Equipa de sonho
Rita visita os clientes e faz muito trabalho de campo. João Saul, Sandra Costa, Sara Correia e Pedro Roque são os designers que ilustram os conceitos, mas que também fazem parte da concepção. Cada um acrescenta riqueza aos projectos, à sua maneira, e as competências são divididas conforme as especialidades e consoante o tipo de imagem de que cada um mais gosta, um mais cartoon, outros mais minimalista, outros mais complexo. “Há conceitos que pedem algo mais estridente, outros algo mais clássico”, revelou Sara.[/vc_column_text][/vc_column][vc_column column_padding=”no-extra-padding” column_padding_position=”all” background_color_opacity=”1″ background_hover_color_opacity=”1″ column_shadow=”none” column_border_radius=”none” width=”1/2″ tablet_text_alignment=”default” phone_text_alignment=”default” column_border_width=”none” column_border_style=”solid”][image_with_animation image_url=”34134″ alignment=”” animation=”Fade In” border_radius=”none” box_shadow=”none” max_width=”100%”][/vc_column][/vc_row][vc_row type=”in_container” full_screen_row_position=”middle” scene_position=”center” text_color=”dark” text_align=”left” overlay_strength=”0.3″ shape_divider_position=”bottom”][vc_column column_padding=”no-extra-padding” column_padding_position=”all” background_color_opacity=”1″ background_hover_color_opacity=”1″ column_shadow=”none” column_border_radius=”none” width=”1/1″ tablet_text_alignment=”default” phone_text_alignment=”default” column_border_width=”none” column_border_style=”solid”][vc_column_text]Vê-se bem a assinatura de cada um nas peças, Rita percebe e eles próprios também, porque comunicam todos através do trabalho artístico que fazem. “Wine branding e design” é o nome que dão ao ofício, porque foi com o vinho que o negócio cresceu. “O que nós fazemos é embalagens premium para produtos alimentares variados, mas 90% disso é vinho. Temos agora, por exemplo, um projecto nos Estados Unidos de mead, uma bebida de mel fermentado, geralmente aromatizada com bagos silvestres. É surpreendentemente bom”, esclareceu Rita.
Até hoje, já trataram de milhares de referências, quer sejam criações do zero, ou reformulações/rebranding. Quando se olha para as prateleiras com centenas de garrafas, no estúdio, parece tudo fácil, mas é quando se pega numa que nos apercebemos de toda a labuta que carrega aquele rótulo. É um trabalho complexo e ter a ideia certa não é, de todo, algo imediato. Rita alertou: “Não é tudo fácil, há aqui projectos que foram bem difíceis de concluir. Há ilustrações que são aceites à primeira, mas são poucas, e outras que andam para cá e para lá.”[/vc_column_text][/vc_column][/vc_row][vc_row type=”in_container” full_screen_row_position=”middle” scene_position=”center” text_color=”dark” text_align=”left” overlay_strength=”0.3″ shape_divider_position=”bottom”][vc_column column_padding=”no-extra-padding” column_padding_position=”all” background_color_opacity=”1″ background_hover_color_opacity=”1″ column_shadow=”none” column_border_radius=”none” width=”1/2″ tablet_text_alignment=”default” phone_text_alignment=”default” column_border_width=”none” column_border_style=”solid”][vc_column_text]Os favoritos
O várias vezes galardoado trabalho feito para a gama de vinhos Lés-a-Lés foi, por sua vez, muito rápido. Este projecto do enólogo Jorge Rosa Santos assenta na recuperação de castas antigas de algumas regiões portuguesas, sendo “cada rótulo um bilhete para a descoberta dum património esquecido”. O concurso internacional Pentawards deu à equipa Rita Rivotti, em 2018, a Medalha de Ouro na Categoria Vinhos, pela imagem do Lés-a-Lés. “É o concurso de packaging mais importante, e nós fomos o rótulo de vinhos mais bonito do mundo. Competimos com as maiores agências do globo, que têm até orçamentos muito maiores do que os nossos. Ainda nem processámos bem a informação”, disse Rita. Quando questionados sobre a liberdade que os clientes lhes dão na criação, a resposta foi: “Em todos os projectos que ganharam prémios, tivemos liberdade total. Achamos que isso diz alguma coisa…”
Ravasqueira foi uma marca onde fizeram um grande rebranding: “Tirámos o brasão de armas do rótulo e incluímos o azulão, substituindo o dourado. Hoje em dia, entra-se numa loja ou num grande estabelecimento comercial e vê-se logo a Ravasqueira.”
Muito sui generis é o caso do vinho Tyto Alba, um caso que é muito querido à equipa de Rivotti. “A Companhia das Lezírias não era uma empresa com muito boa imagem, a juntar ao facto de ser do Estado, o que também não lhe dava muita piada…”, introduziu Rita. “Tem cerca de 20 mil hectares e é uma das poucas empresas públicas que dá lucro. Era preciso transmitir isso.” Assim, estudando todas as causas que a Companhia apoia, Rita deparou-se com uma que lhe chamou a atenção: a coruja-das-torres está em extinção em todo o mundo e a Companhia criou a maior comunidade do planeta através da distribuição de caixas de ninho por toda a herdade.
Assim nasceu o Tyto Alba, nome em latim que é dado à espécie no Velho Mundo. Escreveu, também, no rótulo “Vinhas Protegidas”, pois os biólogos da empresa explicaram que esta coruja se alimenta dos roedores que estragam a vinha. Além disso, esta coruja é indicadora de qualidade ambiental, porque não existe em locais poluídos. Quão cool é isso? Fiquei convencida. E os Pentawards também, tendo-lhe atribuído a Medalha de Prata em 2015.
Depois há o Vicentino, da Costa Alentejana. Sunrise, Sunset e Foggy não são nomes dos vinhos, mas sim referências internas dos rótulos, alusivas ao local das vinhas de Ole Martin Siem, um norueguês que se dedica, há mais tempo do que ao vinho, ao cultivo de produtos hortícolas. Também é um dos favoritos.
Da “conta” Casal Sta. Maria, destaca-se o Mar de Rosas, o mais recente rosé, inspirado no jardim de 5 mil rosas, junto ao mar, que o barão Bodo von Bruemmer plantou em homenagem à sua esposa.[/vc_column_text][/vc_column][vc_column column_padding=”no-extra-padding” column_padding_position=”all” background_color_opacity=”1″ background_hover_color_opacity=”1″ column_shadow=”none” column_border_radius=”none” width=”1/2″ tablet_text_alignment=”default” phone_text_alignment=”default” column_border_width=”none” column_border_style=”solid”][image_with_animation image_url=”34137″ alignment=”” animation=”Fade In” border_radius=”none” box_shadow=”none” max_width=”100%”][divider line_type=”No Line” custom_height=”20″][image_with_animation image_url=”34138″ alignment=”” animation=”Fade In” border_radius=”none” box_shadow=”none” max_width=”100%”][/vc_column][/vc_row][vc_row type=”in_container” full_screen_row_position=”middle” scene_position=”center” text_color=”dark” text_align=”left” overlay_strength=”0.3″ shape_divider_position=”bottom”][vc_column column_padding=”no-extra-padding” column_padding_position=”all” background_color_opacity=”1″ background_hover_color_opacity=”1″ column_shadow=”none” column_border_radius=”none” width=”1/1″ tablet_text_alignment=”default” phone_text_alignment=”default” column_border_width=”none” column_border_style=”solid”][vc_column_text]No meio dos vários milhares de marcas, há pequenas especialidades e outras bem conhecidas, como Cartuxa, Duorum, Papa Figos, Quinta do Côtto ou Trinca Bolotas. “O mais importante é o que está dentro da garrafa e nós temos de arranjar uma história para contar a origem. Essa história não tem de ser só bonita, mas relevante, única e verdadeira”, dissertou Rivotti. Para a equipa, estas são as três premissas que devem estar por trás de cada projecto. “Relevante porque tem de ajudar o consumidor a entender o vinho. Único porque o mercado está cheio de vinhos e interessa estar sempre à frente do que já existe, ser diferente num universo de semelhanças. Verdadeiro porque temos de encontrar uma linguagem vínica credível, a comunicação do vinho não pode sair dessa linguagem, e porque a história contada tem de ter verdade. No caso do Crochet, por exemplo, não há uma vinha, são elas as duas, a Sandra Tavares da Silva e a Susana Esteban, que gostam de se juntar para ‘fazer crochet’. Esse é o conceito da marca.”
E assim vão fazendo pequenas revoluções pelo país, que têm impacto directo nas vendas. Agora, já se estão a preparar para a internacionalização e a ambição que Rita Rivotti emana mostra que tudo isto foi só o início. “Temos o know-how e a experiência para estar lá fora e competir com os grandes. Vamos fazer isso.”[/vc_column_text][/vc_column][/vc_row][vc_row type=”in_container” full_screen_row_position=”middle” scene_position=”center” text_color=”dark” text_align=”left” overlay_strength=”0.3″ shape_divider_position=”bottom”][vc_column column_padding=”no-extra-padding” column_padding_position=”all” background_color_opacity=”1″ background_hover_color_opacity=”1″ column_shadow=”none” column_border_radius=”none” width=”1/1″ tablet_text_alignment=”default” phone_text_alignment=”default” column_border_width=”none” column_border_style=”solid”][vc_gallery type=”image_grid” images=”34146,34147,34148″ layout=”3″ gallery_style=”1″ load_in_animation=”none”][/vc_column][/vc_row][vc_row type=”in_container” full_screen_row_position=”middle” scene_position=”center” text_color=”dark” text_align=”left” overlay_strength=”0.3″ shape_divider_position=”bottom”][vc_column column_padding=”no-extra-padding” column_padding_position=”all” background_color_opacity=”1″ background_hover_color_opacity=”1″ column_shadow=”none” column_border_radius=”none” width=”1/1″ tablet_text_alignment=”default” phone_text_alignment=”default” column_border_width=”none” column_border_style=”solid”][vc_column_text]

Edição Nº21, Janeiro 2019

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Um novo artista nos rótulos do Esporão

As garrafas das novas colheitas dos vinhos Esporão Reserva e Private Selection, nas versões branco e tinto, passam a ostentar um rótulo concebido e executado pelo artista Albuquerque Mendes, com a colaboração do Estúdio Eduardo Aires. O primeiro vinho a sair com este visual renovado é o Esporão Reserva branco 2017, seguindo-se o Esporão Reserva […]

As garrafas das novas colheitas dos vinhos Esporão Reserva e Private Selection, nas versões branco e tinto, passam a ostentar um rótulo concebido e executado pelo artista Albuquerque Mendes, com a colaboração do Estúdio Eduardo Aires. O primeiro vinho a sair com este visual renovado é o Esporão Reserva branco 2017, seguindo-se o Esporão Reserva tinto 2016 e os Esporão Private Selection branco 2017 e tinto 2015.

A relação do Esporão com a arte remonta a 1985, ano em que o Esporão lançou o primeiro vinho, e desde então já “passaram” pelos rótulos da casa 31 artistas portugueses (entre os quais nomes incontornáveis como Manuel Cargaleiro, Júlio Resende, Júlio Pomar, José de Guimarães, Julião Sarmento, Pedro Cabrita Reis, José Pedro Croft ou Joana Vasconcelos), dois angolanos e um brasileiro.

Albuquerque Mendes nasceu em Trancoso, em 1953, e vive e trabalha em Leça da Palmeira. Frequentou o Círculo de Artes Plásticas de Coimbra (CAPC), entre 1970 e 1975, e aí realizou a sua primeira exposição individual, em 1971. Em 1974 fez a sua primeira performance/ritual. Ganhou visibilidade internacional através das suas performances, tendo participado em alguns dos mais importantes festivais do género, em vários países.