Vesúvio: 200 anos de erupção

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A Quinta do Vesúvio tem uma situação geográfica única no Douro. Fica na margem Sul, perto de Numão, em frente a Carrazeda de Ansiães, na zona onde desagua a Ribeira da Teja. Tem uma enorme frente de rio, e foi uma quinta decisiva no avanço da Região Demarcada do Douro para o Douro Superior, área […]

A Quinta do Vesúvio tem uma situação geográfica única no Douro. Fica na margem Sul, perto de Numão, em frente a Carrazeda de Ansiães, na zona onde desagua a Ribeira da Teja. Tem uma enorme frente de rio, e foi uma quinta decisiva no avanço da Região Demarcada do Douro para o Douro Superior, área que anteriormente não era zona de vinho.

Rupert Symington, CEO da Symington Family Estates, explicou a história da quinta. Logo a abrir disse “2023 porquê? Porque nós queremos.” Realmente, a quinta já tinha registos desde 1565, e era conhecida pela produção de citrinos, amêndoas e figos. No Douro Superior praticamente não havia produção de vinho. Enormes maciços de granito dificultavam a construção dos terraços. Só no século XVIII começou a produção de vinho, graças à utilização de dinamite. Também a navegabilidade do rio foi construída a pulso, e os acessos ao Douro Superior transformaram-se decisivamente. Todos nos lembramos das imagens de barcos rabelos puxados em zonas rasas por carros de bois a partir da margem.
António Bernardo Ferreira, tio e sogro de D. Antónia “a Ferreirinha” comprou a quinta em 1823 e já com a visão e decisão de plantar vinha. Isto foi mesmo depois das invasões francesas e num período de grande instabilidade política. A revolução liberal ocorreu em 1820 e culminou em 1822 com a ratificação e implementação da primeira Constituição Portuguesa. Foi também em 1822 que foram retiradas algumas das limitações da Região Demarcada do Douro. António Bernardo Ferreira plantou em 1823 nada menos que 150ha de vinha, o que implicou a construção de milhares de muros. Em 1827 foi construída a casa, e em 1830 mudou o nome para Quinta do Vesúvio. A obra demorou 13 anos, e chegou a ter diariamente 500 trabalhadores envolvidos. Ainda não se chamavam “colaboradores.” Esta adega de 1827 permanece operacional e na essência igual à que foi construída. Mais tarde, D. Antónia construiu a escola expandiu a capela e a casa. O marido e primo de D. Antónia, António Bernardo Ferreira Filho, morreu em 1844 e ela assumiu a liderança. Durante a filoxera, para não ter de despedir os trabalhadores, ordenou a construção de um muro a toda a volta da propriedade, e plantou amendoais, laranjais e olivais. O Vesúvio foi das primeiras quintas a engarrafar Vinho do Porto com marca própria, em 1863. A estação de comboios foi inaugurada em 1887, facilitando a viagem, que era difícil e demorada.

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Rupert Symigton, CEO da Symington Family Estates, explicou a história da Quinta. Logo a abrir, disse: “2023 porquê? Porque nós queremos”.

Mais ou menos na mesma altura, 1890, a família Symington comprou uma quinta mesmo em frente ao Vesúvio, a Quinta da Senhora da Ribeira. A razão envolve o Vesúvio: havia a estação dos comboios a facilitar imenso a viagem desde o Porto, depois bastava atravessar o rio. Rupert Symington riu-se: “estivemos 100 anos a olhar o Vesúvio desde o outro lado do rio.” Os Symington têm a sua história bem documentada no seu website, que convido a visitar. Conta como Andrew James Symington chegou a Portugal em 1882, o que faz com que a actual administração seja a quarta geração à frente do grupo, com a quinta já a apontar-se para a sucessão. Mas através da herança da esposa de AJ, Beatrice Atkinson, são já 14 gerações que atravessam toda a história do Vinho do Porto, desde 1652. Os Symingtons acarinham este passado e também a sua ligação ao Douro e à terra. Os vários membros da família foram comprando quintas e casas no Douro. Quando, na sequência da II Guerra Mundial tiveram de vender a Quinta da Senhora da Ribeira, foi uma dor de alma, ferida que só foi curada em 1998, quando a recompraram para a Dow’s, uma das marcas do grupo. Entretanto, já tinham adquirido a Quinta do Vesúvio, em 1989. A venda do Vintage 1985 correu muito bem nos USA e no UK, e pela primeira vez em 30 anos havia alguma folga financeira.

Após séculos de lotes de diferentes sítios, o vinho do Porto explora agora o conceito de terroir. O do Vesúvio é único.

Os Symingtons tinham relativamente poucos terrenos próprios. Quando soube que o Vesúvio estava à venda, Ian disse à família “não podemos perder esta oportunidade, é a quinta com mais história do Douro.” Era a ocasião para garantir fornecimento de uvas de grande qualidade. O Vesúvio foi das primeiras quintas a ter plantação por castas e tinha uma adega de boa qualidade. Mas na época tinha 56 accionistas, foi preciso ganhar um leilão por carta fechada, na segunda ronda, e a assinatura dos documentos demorou mais de um longo dia. A adega ficou como estava, na vinha foram replantadas grandes parcelas. A vinha assegurou logo vinhos de nível superior para as marcas do grupo, Graham’s, Dow’s, etc. Logo em 1989 engarrafaram um Vintage de quinta, sendo assim um dos primeiros Single Quintas, em particular, um dos primeiros a serem lançados todos os anos, em vez de apenas nos anos “não-clássicos.”

UM ASSOMBRO DURIENSE

O Vesúvio produzia anualmente já na altura 20 a 30 mil caixas (de 12 garrafas, 9 litros) de vinho, mas só engarrafava 2 a 3 mil. Era assim possível todos os anos engarrafar um vinho da melhor qualidade, permitindo focar a produção no conceito de terroir, fortíssimo em outras grandes regiões vinícolas do mundo, mas não a primeira prioridade na DOP Porto, que preferia enfatizar a virtude dos lotes (várias localizações, por vezes vários anos). O terroir foi assim espreitando devagar nas motivações dos enólogos do vinho do Porto, e as duas frentes vão ainda hoje avançando lado a lado. Até 2007 foi sempre assim. Charles Symington, o actual enólogo, fez ali o seu primeiro vintage em 1995. Mais tarde introduziu a refrigeração nos lagares, depois o desengaçador, mas a pisa a pé foi mantida até hoje. Em 1989 havia 60 hectares de vinha, hoje são 128ha. A quinta tem no total 326ha. No fim dos anos 1990, o novo Douro apareceu em força, com as mesmas vinhas a produzir Porto e DOC Douro. As novas plantações procuraram lugares mais frescos, com maior altitude, para possibilitar a produção de DOC Douro. Depois de anos de experiência, em 2007 foram lançados o primeiro tinto Quinta do Vesúvio e o seu irmão Pombal do Vesúvio, há dois anos foi lançado o primeiro Comboio do Vesúvio, um tinto sem madeira, para beber mais jovem. O Vintage continuou sempre a ser produzido a não ser em anos mesmo trágicos em qualidade (1993 e 2002). Os primeiros vintages, dos anos 1990, mostram ainda hoje muita envolvência e encanto, tal como os primeiros tintos se mostram jovens e voluptuosos, filhos do seu sítio, maduros e poderosos, mas cheios de juventude e frescura. São vinhos para envelhecer e apreciar com calma.

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O enólogo Charles Symington fez, na Quinta do Vesúvio, o seu primeiro Vintage, em 1995.

O lançamento do Quinta do Vesúvio Douro tinto de 2021 foi pontuado por esta efeméride, 200 anos de produção de vinho na quinta. Aqui faz-se uma viticultura heróica, há muito pouca água, apesar do rio logo ali ao lado. O ano de 2021 ajudou do ponto de vista climático, os vinhos têm frescura, com aroma levantado, e o estágio na madeira foi feito de forma equilibrada, subtil, de forma a mostrar a propriedade, as castas, o Douro. As barricas foram de 400 litros, 80% madeira nova, incorporação cuidadosa. São vinhos ainda na sua infância, precisam de tempo e paciência.

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Emblemática propriedade que pertenceu a D. Antónia “Ferreirinha”, a Quinta do Vesúvio foi comprada pela família Symington em 1989 a 56 diferentes accionistas.

 

200 anos não é brincadeira, e durante dois dias viajei acima-abaixo no rio Douro, apreciando o Vesúvio a partir da água, como em outras ocasiões apreciei a exploração dos seus caminhos em terra. Visitar o Douro é sempre suster a respiração em assombro, e não me canso de apreciar cada detalhe: é um muro, é um mortório, um recanto inóspito do rio que a força humana ao longo de muitos anos conquistou e domou, é um tomate provado acabado de apanhar, em sua época perfeita, como mais tarde será uma laranja que hoje aparece ainda como uma bola de golfe pequena e compacta de verde. E são as pessoas, o brilho nos olhos quando falam da sua herança com um misto de orgulho, responsabilidade e determinação. Não é só terra, é a vinha, são os vinhos, são as quintas, são as marcas, são as pessoas, que passam gerações, preenchem posições, permanecem. Os visitantes, como eu, ganham também carinho por estes sítios, procuram a sombra, provam um canapé do sempre excelente Pedro Lemos, dão uma bicada nos novos vinhos, aparecem agora muitos brancos, pequenas experiências que prevejo desaguem em breve em novas marcas fortes. Tenho a sorte de ter acompanhado este projecto do Vesúvio desde o seu princípio, logo em 1989, e tenho um sereno orgulho alheio no que os bravos Symington conseguiram. Agora, venham mais 200…

(Artigo publicado na edição de Outubro de 2023)

Symington e Berry Bros. & Rudd adquirem casa de espumantes inglesa Hambledon

Symington Hambledon

É a primeira aquisição de uma empresa de vinho espumante inglês por parte de um produtor português, representando também o primeiro projecto de produção de vinho da família Symington fora de Portugal. A Hambledon Vineyard está a ser adquirida, em partes iguais, pela Symington Family Estates e pela Berry Bros. & Rudd, duas empresas familiares […]

É a primeira aquisição de uma empresa de vinho espumante inglês por parte de um produtor português, representando também o primeiro projecto de produção de vinho da família Symington fora de Portugal.

A Hambledon Vineyard está a ser adquirida, em partes iguais, pela Symington Family Estates e pela Berry Bros. & Rudd, duas empresas familiares multigeracionais do sector do vinho, sendo que esta última é a mais antiga comerciante e distribuidora de vinhos e espirituosas do Reino Unido. A oferta pública de aquisição reuniu aceitação por parte de 90% dos accionistas da Hambledon, e os dois parceiros podem agora avançar com a compra de 100% da empresa inglesa.

Hambledon foi a primeira vinha comercial plantada em Inglaterra, em 1952 (com ajuda da Pol Roger, casa de Champagne), e a propriedade, localizada no extremo sul de Inglaterra no condado de Hampshire, tem actualmente 80 hectares de vinha, cultivados em solos calcários. “É um dos poucos produtores de vinho espumante do Reino Unido com capacidade para produzir acima de 500 mil garrafas de espumante por ano, a partir de produção própria”, afirma a Symington, em comunicado.

Symington Hambledon

“Teria de ser algo muito especial que nos levasse a produzir vinho noutro país, depois de cinco gerações em Portugal na produção de vinhos do Porto e outros vinhos. Após uma cuidada análise da categoria dos espumantes ingleses, estamos empolgados por avançar com a compra de um dos principais produtores, em parceria com a Berry Bros. & Rudd”, comenta Johnny Symington, presidente da Symington Family Estates, que refere ainda que “A qualidade dos vinhos é absolutamente notável e espelha o fantástico terroir da Hambledon, com as castas clássicas de Champagne (Pinot Noir, Pinot Meunier e Chardonnay). A propriedade, localizada no sul de Inglaterra perto do Canal da Mancha, beneficia também de um micro-clima extremamente favorável. Acreditamos que temos aqui vinhos espumantes de classe mundial, que desempenharão um papel proeminente na afirmação global do espumante inglês”.

Por sua vez, a presidente da Berry Bros. & Rudd, Lizzy Rudd, acrescenta: “Somos duas empresas familiares que trabalham juntas há muitos anos e temos uma longa amizade. Partilhamos os mesmos valores e a mesma filosofia e estamos muito empolgados por esta parceria que irá trazer estabilidade e crescimento a este negócio num enquadramento muito positivo para os vinhos espumantes ingleses”.

Graham’s lança Porto LBV 2018 com imagem renovada

Graham's LBV

A Graham’s vai lançar o Porto Late Bottled Vintage (LBV) de 2018 numa nova garrafa, que se distingue pela estrutura elegante e troncocónica. A nova apresentação alinha-se assim com o design dos restantes Portos Ruby premium produzidos pela Graham’s. No âmbito do compromisso da marca com a redução das emissões de carbono, a nova garrafa […]

A Graham’s vai lançar o Porto Late Bottled Vintage (LBV) de 2018 numa nova garrafa, que se distingue pela estrutura elegante e troncocónica. A nova apresentação alinha-se assim com o design dos restantes Portos Ruby premium produzidos pela Graham’s. No âmbito do compromisso da marca com a redução das emissões de carbono, a nova garrafa pesa 450g e é 18% mais leve do que a anterior comercializada pela Graham’s.

A marca renovou, também, o rótulo clássico (em forma de campânula) das garrafas de Porto LBV, inspirando-se nos tubos vibrantes de LBV já comercializados. Disponíveis nos tons de verde, laranja e roxo beringela da Graham’s, os três tubos são criados a partir de papel marmoreado trabalhado à mão, submerso em tinta para atingir padrões e texturas únicas e foram, também, alvo de pequenas alterações, nomeadamente a substituição da base de metal por uma base de cartão, de forma a simplificar o processo de reciclagem.

O Porto Graham’s LBV 2018 nasceu de um ano desafiante na região do Douro. O ciclo de crescimento ficou marcado por condições climáticas contrastantes: um inverno pautado pela seca, chuvas
torrenciais na primavera e ondas de calor em agosto, durante o período final de maturação. Felizmente, as temperaturas mais frescas durante a vindima possibilitaram vinhos equilibrados, com
bons níveis de acidez.

Depois de cinco anos de envelhecimento em balseiros de carvalho, nas Caves Graham’s, o Porto LBV 2018 foi engarrafado e disponibilizado para venda.

 

Symington com boas perspectivas para a vindima

Symington vindimas

Após uma sucessão de anos desafiantes no Douro, com vagas de calor prolongadas e baixas produções, a Symington Family Estates encontra-se bem posicionada para uma das vindimas com maior qualidade dos últimos tempos de acordo com o comunicado feito hoje à imprensa. De acordo com a Symington Enquanto uma grande parte do sul da Europa […]

Após uma sucessão de anos desafiantes no Douro, com vagas de calor prolongadas e baixas produções, a Symington Family Estates encontra-se bem posicionada para uma das vindimas com maior qualidade dos últimos tempos de acordo com o comunicado feito hoje à imprensa.

De acordo com a Symington Enquanto uma grande parte do sul da Europa sofreu neste verão ondas de calor intensas, Portugal foi, de um modo geral, poupado. As temperaturas registadas em Julho estiveram próximas do normal e, aliás, no Douro até um pouco abaixo da média. A região, bem como uma grande parte do país, beneficiou do anticiclone dos Açores que gerou ventos fortes do quadrante norte (a ‘Nortada’) ao longo do litoral, trazendo massas de ar mais frescas e condições de maior humidade. As temperaturas moderadas, aliadas a índices razoáveis de humidade nos solos – assegurados pelas chuvas do final da primavera –, proporcionaram bons níveis de acidez, maturações equilibradas e boa evolução fenólica.

A Symington iniciou a vindima no Douro com uvas brancas (Viosinho) no dia 21 de Agosto nas vinhas em cotas mais elevadas no Cima Corgo. No final do mês, começaram a vindimar
gradualmente uvas tintas (Sousão, Tinta Roriz e alguma Touriga Nacional) em parcelas selecionadas em algumas propriedades no Douro Superior (vale da Vilariça).

A época das vindimas já arrancou nas principais quintas da família Symington, que destaca a maturação final dos bagos possibilitada pelas chuvas de 2 e 3 de Setembro e as temperaturas máximas abaixo dos 30 graus, que se deverão manter ao longo das próximas semanas de Setembro.

 

Graham’s e restaurante Belos Aires organizam almoço exclusivo na Quinta dos Malvedos

Graham's Belos Aires Malvedos

Com apenas 50 lugares disponíveis, a experiência gastronómica “Manos Argentinas” volta à Quinta dos Malvedos, numa colaboração entre a Graham’s e o restaurante Belos Aires, marcada para 10 de Setembro, o “Dia do Vinho do Porto”. A experiência consiste num almoço composto por dez momentos, confeccionados por diferentes chefs argentinos convidados, que chegam de várias […]

Com apenas 50 lugares disponíveis, a experiência gastronómica “Manos Argentinas” volta à Quinta dos Malvedos, numa colaboração entre a Graham’s e o restaurante Belos Aires, marcada para 10 de Setembro, o “Dia do Vinho do Porto”.

A experiência consiste num almoço composto por dez momentos, confeccionados por diferentes chefs argentinos convidados, que chegam de várias partes do mundo, juntando-se a Mauricio António Ghiglione, chef do restaurante Belos Aires.

Os dez momentos gastronómicos planeados para este dia são de inspiração portuguesa, com o tema “Terra e Mar”, e têm a particularidade de serem preparados no fogo, e harmonizados com vários vinhos do portefólio da Symington Family Estates.

O programa inicia-se no restaurante Vinum, nas caves Graham’s, em Vila Nova de Gaia, de onde parte, às 10h30, o transfer que levará os comensais até à Quinta dos Malvedos. Já no Douro, serão recebidos com um “welcome drink” e aperitivos. Seguem-se os momentos à mesa, a partir das 14h00. O regresso será também assegurado pela Symington, às 18h30.

A participação na experiência “Manos Argentinas” tem o valor de 150 euros por pessoa (com transfer incluído) e pode ser reservada através da página online do evento, ou através dos contactos telefónicos 965 699 225 e 915 144 630.

Symington abre Rebel Port Club, um bar pop-up que não é para avozinhos

Rebel Port Club

O bar pop-up Rebel Port Club acaba de abrir na baixa do Porto, e a sua criadora Symington Family Estates promete que este não é “your grandfather’s Port club” (“o clube de vinho do Porto do teu avô”). O bar estará aberto, durante todo o Verão, na loja LOT – Labels of Tomorrow, numa pequena […]

O bar pop-up Rebel Port Club acaba de abrir na baixa do Porto, e a sua criadora Symington Family Estates promete que este não é “your grandfather’s Port club” (“o clube de vinho do Porto do teu avô”). O bar estará aberto, durante todo o Verão, na loja LOT – Labels of Tomorrow, numa pequena capela localizada no jardim que é uma extensão deste espaço conceptual.

Rebel Port Club

Com cocktails que custam dos 9 aos 12 euros, criados em colaboração com o bar e restaurante Eleven Lab, o Rebel Port Club foi desenvolvido pela geração mais jovem da família Symington, que pretende, segundo a própria, “através de uma variedade de Portos disruptivos – como a Blend Series da Graham’s, ou os Tails of the Unexpected da Cockburn’s – chegar a um público para o qual o vinho do Porto nem sempre é uma escolha óbvia”. Não faltarão, também, vários eventos especiais, incluindo sessões de cinema ao ar livre, noites de bingo e workshops de cocktails de vinho do Porto.

Rebel Port Club

Charlotte Symington, gestora de marketing da Symington Family Estates, lembra que, tradicionalmente, o vinho do Porto é associado a contextos de maior formalidade: “O objectivo do Rebel Port Club é pegar nesta associação e virá-la de pernas para o ar. Queremos proporcionar um ambiente diferente e acolhedor para explorar a diversidade de Portos que existe”. E acrescenta, “ao longo dos últimos anos, temos assistido a uma onda de entusiasmo pelo vinho do Porto. É com grande satisfação que, através do Rebel Port Club, podemos continuar a apresentá-lo a uma nova geração de amantes de vinho”.

O Rebel Port Club — localizado na Rua José Falcão — abre portas de quarta a sexta-feira, entre as 16h00 e as 20h00; aos sábados, das 14h00 às 20h00; e aos domingos, das 14h00 às 19h00.

Graham’s: Os Terraços de Pedra

Graham´s

A Quinta de Malvedos fica localizada no Cima Corgo, perto do rio Tua e já muito próximo do limite da sub-região, ou seja, já a chegar ao Douro Superior. A quinta dispõe de adega própria, com lagares robóticos onde são vinificadas as uvas desta e da quinta do Tua que lhe fica bem perto. A […]

A Quinta de Malvedos fica localizada no Cima Corgo, perto do rio Tua e já muito próximo do limite da sub-região, ou seja, já a chegar ao Douro Superior. A quinta dispõe de adega própria, com lagares robóticos onde são vinificadas as uvas desta e da quinta do Tua que lhe fica bem perto. A proximidade entre a vinha e a adega é uma excelente oportunidade para poder vindimar exactamente quando se pretende e ter assim a certeza de que as uvas chegam à adega em minutos. Muitos enólogos continuam a defender a vantagem da pisa a pé sobre os lagares robóticos, mas não é o caso de Charles Symington que está muito satisfeito com os resultados e, inclusivamente, nos diz que “nem percebo como é que não há mais quintas a adoptar este método”.

 

The Stone Terraces identifica as parcelas da quinta que estão implantadas em terraços, cuja origem remonta ao séc. XVIII e que foram reconstruídos na era pós-filoxera. Uma delas, chamada de Port Arthur é constituída por duas parcelas, uma orientada a nascente e outra a poente e a vinha dos Cardenhos, virada a norte. Ao todo as duas parcelas ocupam 3ha. Na edição de 2021 este vinho representou apenas 2% da produção da quinta. Charles diz-nos que, enquanto lavrador, bem gostaria de produzir mais, mas a vinha “não dá” e isto apesar de, acrescenta, terem sido incorporadas este ano uvas de três novas castas ali plantadas: Alicante Bouschet, Sousão e Touriga Francesa. O plantio mais antigo nestes terraços remonta aos anos 90 do século passado.
Em todas as declarações do Vintage The Stone Terraces, a opção da empresa tem sido por colocar no mercado apenas uma quantidade relativamente pequena. Da edição de 2021 fizeram-se 4800 garrafas. Do 2017 foram produzidas 6360 garrafas, Portugal absorveu 32% desta quantidade. Em 2016 fizeram-se 4200 garrafas e em 2015 4800. Na primeira edição, em 2011, foram produzidas apenas 3000 garrafas. O mercado nacional é um muito importante “cliente” deste que é o mais exclusivo e caro Vintage da família Symington.
O entusiasmo em torno desta prova era grande, já que, como nos disse Charles, “nunca se fez uma vertical deste The Stone Terraces e cremos que, com 10 anos de vida, já dá para ficar com uma ideia clara do perfil destes vinhos” e, em jeito de conclusão não teve dúvidas em afirmar que “este vinho é a celebração de tudo o que é Malvedos, funciona como uma espécie de homenagem ao Douro de antigamente”.
O ano de 2021 não foi declarado com Vintage clássico pela Graham’s porque, como disse Charles, “não conseguimos na generalidade das quintas a qualidade e concentração que se exigem e um ano clássico”.
No que à prova vertical do Graham’s The Stone Terraces respeita, ficámos com uma noção clara da singularidade e qualidade desta vinha. Assim, o 2011 mostrou à evidência o ano em que nasceu, concentrado, cheio de força, um Vintage de longa duração, pleno de carácter (19); já o 2015 revelou fruta madura, tanino fino, enorme frescura ácida, dá imenso prazer a beber desde já (19); bem diferente o 2016, químico, austero, repleto de fruta negra e chocolate amargo, sisudo, ainda por desenvolver (19); finalmente, o penúltimo a chegar ao mercado, 2017, revelou-se denso na fruta, groselha preta e amoras, austero e químico, algo fechado, a revelar uma estrutura de taninos muito firme dizendo que ganhará muito em cave. Com o 2021 que apresentamos em separado, estes Vintage formam um quinteto de excelência, que faz justiça ao honroso nome da Graham’s e da Quinta de Malvedos.

(Artigo publicado na edição de Junho de 2023)

Caves Graham’s entram no Top 50 World’s Best Vineyards

Graham's World's Best Vineyards

Numa quarta conquista neste ranking para a Symington Family Estates, as caves Graham’s foram incluídas na edição mais recente do “Top 50 World’s Best Vineyards”, ocupando o 40º lugar. O anúncio foi feito recentemente, durante a cerimónia realizada em Rioja, região vitivinícola espanhola de renome. “Para os interessados em experienciar a magnificência do vale do […]

Numa quarta conquista neste ranking para a Symington Family Estates, as caves Graham’s foram incluídas na edição mais recente do “Top 50 World’s Best Vineyards”, ocupando o 40º lugar.

O anúncio foi feito recentemente, durante a cerimónia realizada em Rioja, região vitivinícola espanhola de renome. “Para os interessados em experienciar a magnificência do vale do Douro e dos seus vinhos, as caves Graham’s oferecem uma apresentação inesquecível que levará qualquer um a apaixonar-se por este destino mágico”, destacou a organização da competição.

Em 2019, 2021 e 2022, a Quinta do Bomfim — também propriedade da Symington há cinco gerações — localizada no Pinhão, já havia sido incluída no ranking. Em 2022, por exemplo, esta quinta situou-se no 37º lugar.

Com o centro de visitas das caves Graham’s em destaque na edição de 2023, a Symington Family Estates soma, assim, quatro distinções por parte do júri do World’s Best Vineyards que, anualmente, elege os melhores locais enoturísticos do Mundo.

Adicionalmente, Portugal viu, ainda este ano, mais três propriedades a integrar o Top 50, todas no Douro: Quinta do Crasto, em 15º lugar; Quinta do Noval, na 16ª posição; e Quinta do Seixo (Sandeman), em 42º lugar.

ViniPortugal certifica Symington pelo Referencial Nacional de Sustentabilidade

ViniPortugal sustentabilidade

A ViniPortugal anunciou a Symington Family Estates como a primeira empresa a obter certificação pelo Referencial Nacional de Sustentabilidade do Sector Vitivinícola. A família Symington é uma das maiores proprietárias de vinha no Douro, e esta certificação permitirá que a empresa utilize o selo correspondente na sua comunicação e em todos os seus produtos, incluindo […]

A ViniPortugal anunciou a Symington Family Estates como a primeira empresa a obter certificação pelo Referencial Nacional de Sustentabilidade do Sector Vitivinícola. A família Symington é uma das maiores proprietárias de vinha no Douro, e esta certificação permitirá que a empresa utilize o selo correspondente na sua comunicação e em todos os seus produtos, incluindo os rótulos.

A certificação foi concedida após a avaliação da Symington Family Estates em relação à sustentabilidade das suas actividades, em todas as regiões vitivinícolas portuguesas onde opera, de acordo com o Referencial Nacional de Certificação de Sustentabilidade, criado recentemente pela ViniPortugal. Segundo a mesma, este processo de certificação é transparente e independente, e envolve auditorias realizadas por organismos de certificação credenciados.

Frederico Falcão, presidente da ViniPortugal, destaca a importância da resposta proactiva do sector às crescentes exigências dos mercados internacionais em relação à sustentabilidade, e enfatiza que a criação deste referencial proporcionou um caminho acessível a todas as empresas do sector vitivinícola português, encorajando a responsabilidade e o foco neste tema. “Importa olhar para a sustentabilidade e, em particular, para esta Certificação, como uma forma de criar valor económico, social e ambiental. Estamos convictos de que a Symington Family Estates é a primeira de muitas empresas a receber este selo”, conclui Frederico Falcão.

Saiba mais sobre o Referencial Nacional de Certificação de Sustentabilidade em winesofportugal.com.

Dow’s abre concurso de fotografia em parceria com a Leica

A Dow’s, casa de vinho do Porto da Symington Family Estates, lança a segunda edição da “Black & White Photography Competition”, um concurso de fotografia a preto e branco, em parceria com a Leica. O grande vencedor desta competição receberá um voucher Leica de 2 mil euros, bem como uma garrafa de Dow’s Porto Vintage de […]

A Dow’s, casa de vinho do Porto da Symington Family Estates, lança a segunda edição da “Black & White Photography Competition”, um concurso de fotografia a preto e branco, em parceria com a Leica. O grande vencedor desta competição receberá um voucher Leica de 2 mil euros, bem como uma garrafa de Dow’s Porto Vintage de 1983.

Com o tema “A Moment In Time”, o concurso da Dow’s pretende “desafiar os participantes a interpretar esta expressão, demonstrando-a através da fotografia. As imagens devem interpretar um momento que capte a essência de uma história, sendo acompanhadas de uma explicação do seu significado”, explica a Symington Family Estates.

Além dos prémios que serão atribuídos ao primeiro classificado, haverá ainda compensação para o segundo, terceiro e quarto lugar: uma garrafa de Dow’s Porto Vintage de 1994 e o livro “Ninety-Nine Years”, da Leica, para o segundo classificado, e dois livros da Leica — o “Ninety-Nine Years” e o “Anos Leica”, por Alfredo Cunha — para o terceiro e quarto.

Mas para participar na competição não basta tirar uma fotografia a preto e branco com o tema “referido. Os participantes devem seguir os perfis @dows_port e @leica_camera_portugal no Instagram. A imagem a concurso, por sua vez, pode ser submetida de duas formas: ou publicada no Instagram, com identificação da conta @dows_port e utilização da hashtag #dowsblackandwhite, ou enviada para o email dowsblackandwhite@symington.com. O concurso decorre entre 12 de Junho e 15 de Setembro de 2023, e o vencedor será anunciado a 29 de Setembro.