Quinta da Lagoalva com selo Sustainable Winegrowing Portugal

A Quinta da Lagoalva foi certificada recentemente com o selo Sustainable Winegrowing Portugal, no âmbito do Referencial Nacional de Certificação de Sustentabilidade do Sector Vitivinícola, criado pelo Instituto da Vinha e do Vinho (IVV) e promovido pela ViniPortugal.

A Quinta da Lagoalva foi certificada recentemente com o selo Sustainable Winegrowing Portugal, no âmbito do Referencial Nacional de Certificação de Sustentabilidade do Sector Vitivinícola, criado pelo Instituto da Vinha e do Vinho (IVV) e promovido pela ViniPortugal. “Atualmente, é necessário ter uma certificação de sustentabilidade para aceder e permanecer em determinados mercados do norte […]

A Quinta da Lagoalva foi certificada recentemente com o selo Sustainable Winegrowing Portugal, no âmbito do Referencial Nacional de Certificação de Sustentabilidade do Sector Vitivinícola, criado pelo Instituto da Vinha e do Vinho (IVV) e promovido pela ViniPortugal.

“Atualmente, é necessário ter uma certificação de sustentabilidade para aceder e permanecer em determinados mercados do norte da Europa, Canadá e Estados Unidos, onde a Quinta da Lagoalva quer estar presente e continuar a crescer”, explica Pedro Pinhão, administrador e diretor de enologia da empresa.

Segundo Inês Campilho Chaves, responsável pela área de sustentabilidade do Grupo Lagoalva, “o processo de certificação foi desafiante”, porque exige um novo foco na contabilização, a definição dos parâmetros verdadeiramente materiais na área de negócio da empresa e capacidade para reformular processos, “para que se tornem mais eficazes e controlados”. “Mas fazemos isto certos de que é o caminho para, durante os próximos anos, afinarmos o nosso processo de sustentabilidade e melhorar sempre”, afirma.

A Quinta da Lagoalva está a entrar numa nova fase de inovação tecnológica, descarbonização e agricultura de precisão, auxiliada e sistematizada pelo investimento feito na sustentabilidade. A sua frota está a ser renovada para carros híbridos e há um reforço do investimento em energias renováveis para autoconsumo e alimentação dos sistemas de rega. Para além disso, a empresa tem também em desenvolvimento uma série de compromissos para o futuro, como a circularidade da água, a digitalização de processos e promoção da biodiversidade.

“O que fazemos tem, como objetivo, deixar algo melhor para gerações futuras”, afirma Inês Campilho Chaves. Através da melhoria contínua do que já foi implementado e da evolução das boas práticas, pretende que o planeamento seja feito, na sua empresa, com a sustentabilidade incorporada nas ações diárias. “Esperamos, assim, conseguir uma maior longevidade da fertilidade dos terrenos, postos de trabalho mais seguros, gastos mais controlados e menos emissões de carbono”, acrescenta a responsável.

Três séculos de Alorna

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Para celebrar 300 anos de vida, o produtor de vinhos da região do Tejo preparou especialmente 712 garrafas do vinho “Quinta da Alorna 1723 Grande Reserva tinto”, que será disponibilizado em edição limitada num belíssimo conjunto comemorativo, juntamente com o livro “Da Índia ao Tejo, do Tejo para o Mundo: 300 anos da Quinta da […]

Para celebrar 300 anos de vida, o produtor de vinhos da região do Tejo preparou especialmente 712 garrafas do vinho “Quinta da Alorna 1723 Grande Reserva tinto”, que será disponibilizado em edição limitada num belíssimo conjunto comemorativo, juntamente com o livro “Da Índia ao Tejo, do Tejo para o Mundo: 300 anos da Quinta da Alorna”, da autoria da jornalista Maria João de Almeida, com prefácio do Professor António Barreto.
A Quinta da Alorna foi fundada em 1723 por D. Pedro Miguel de Almeida e Portugal que, após ter conquistado a Praça Forte de Alorna, na Índia, regressou a Portugal e recebeu do Rei D. José I o título de Marquês de Alorna, concedendo à propriedade o nome que ainda hoje mantém. Poucos anos depois, em 1725, mandou construir o imponente Palácio, que sobrevive até aos nossos dias e cuja imagem está representada no logótipo da Quinta.
A Quinta da Alorna permanece na família Lopo de Carvalho desde há cinco gerações, após ter sido adquirida pelo Dr. Manuel Caroça em 1918 aos herdeiros do Visconde da Junqueira que, por sua vez, a havia adquirido, em finais do Século XIX, às filhas da 4.ª Marquesa da Alorna, D. Leonor de Almeida Portugal de Lorena e Lencastre. Foi uma das mulheres mais cultas da sua época e a primeira escritora pré-romântica em Portugal. Mulher de letras, muito ligada à cultura e à política, e com influência junto das Cortes portuguesa e europeias, deve-se à sua persistência junto da Rainha D. Maria I, a abertura da primeira escola feminina em Portugal. Empresta o seu título aos vinhos premium da Casa.

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Martta Reis Simões, responsável de enologia.

A tradição vinícola da Quinta da Alorna remonta praticamente à data da sua fundação, tendo sido nessa altura que foram plantadas as primeiras vinhas, juntamente com pomares, jardins de amoreiras, florestas e oliveiras, adicionando pontes levadiças, lagos e buxos, copiando o modelo francês, tão em voga entre as elites europeias da altura.
No entanto, foi apenas no início do Século XX que a produção de vinho foi encarada de maneira mais profissional, embora sempre como fazendo parte do todo universal em que consiste a “Alorna”.
A “Alorna” é hoje 2600 hectares ao longo de 16 quilómetros de comprimento, dos quais 1900 hectares são de floresta, inclusive com árvores centenárias que datam da época de D. João, filho do primeiro Marquês de Alorna, 500 hectares de área agrícola onde são produzidos azeite, cereais e horto-frutícolas, e 180 hectares de vinha. A casa também se orgulha bastante do seu Centro Equestre, com cavalos puro sangue lusitano, e é, inquestionavelmente, uma parte integrante da história da região, das antigas casas aristocráticas do Ribatejo, com as explorações agrícolas ligadas à terra, às gentes, aos cavalos e à tradição.

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Pedro Lufinha, Director Geral da Quinta da Alorna.

Quando em finais do Século XVIII os Marqueses de Alorna se deslocavam até Almeirim faziam-no de barco, Tejo acima, demorando uma noite inteira desde Lisboa, onde à chegada uma carruagem da casa prontamente aguardava para os levar alameda acima até ao Palácio. No passado dia 26 de Outubro chegamos à Quinta da Alorna pela Estrada Nacional, mais rápido é certo, mas com menos glamour todavia, passamos o imponente portão e atravessamos a mesma alameda que nos conduziu ao Palácio, onde nos esperavam Pedro Lufinha e Martta Reis Simões, director geral e enóloga, respectivamente, da Quinta da Alorna.

 

 

 

 

Oferta muito consistente

A festa que assinalou o 300.º aniversário da Quinta da Alorna decorreu nos jardins do Palácio e juntou mais de 150 convidados, contando com a presença de figuras ilustres do sector que se reuniram para brindar ao legado, impacto e história da Quinta da Alorna. A maior parte das vinhas da Quinta da Alorna encontra-se em área de charneca, na margem esquerda (Sul) do Tejo, em zonas de planície e planalto, onde se percebem claramente os solos de calhau rolado e areia, nada homogéneos, passando a areia pobre em apenas poucos metros. As vinhas mais antigas encontram-se precisamente nestas zonas. No entanto, Martta Reis Simões, enóloga na Quinta da Alorna desde 2003 e directora de enologia desde 2010, decidiu também apostar recentemente nos solos de transição, localizados junto ao palácio.
Nos vinhedos da Alorna existem 19 castas, portuguesas e internacionais, sendo as mais emblemáticas e representativas a Castelão, a Touriga Nacional, a Cabernet Sauvignon, a Alicante Bouschet, Fernão Pires, Arinto, Chardonnay e Sauvignon Blanc. A produção anual da Quinta da Alorna é de dois milhões de garrafas das quais se exportam 50%, divididas por 23 países.
Os vinhos da Quinta da Alorna são muito consistentes e bem representativos do carácter da região, como bem tivemos oportunidade de comprovar durante o cocktail que precedeu a apresentação do tão aguardado “1723”. Foram servidos os Reserva Alorna Alvarinho/Viognier 2021 e Alorna Arinto/Chardonnay 2022 para uns tacos de peixe no forno, almendrados de brie e cremoso de pêra, brigadeiros de alheira com espinafres e sementes de sésamo, mini cones de queijo da serra, mel e figo, entre outras iguarias, e o Reserva Alorna Touriga Nacional/Cabernet Sauvignon 2019, em garrafas magnum, para uns croquetes de rabo de boi com maionaise trufada, tiborna de perdiz em escabeche, maçã e agrião e espetadinhas de cordeiro com molho tandoori.

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Um vinho de celebração

E o momento mais importante da noite chegou com o Quinta da Alorna 1723 Grande Reserva tinto 2019. Este tinto comemorativo surge da chamada “Vinha do Planalto”, onde as castas Tinta Miúda, Castelão e Alicante Bouschet exibem a sua verdadeira essência, patente num vinho que sobressai pela sua elegância e carácter do princípio ao fim.
Foi feita vindima manual em caixas de 18 kg, seguindo-se selecção em mesa de escolha para tanques horizontais abertos de 500 Kg a simular lagares. A fermentação iniciou-se com cacho inteiro como se de uma maceração carbónica se tratasse, iniciando-se assim uma fermentação intracelular para promover a fruta. As uvas foram desengaçadas a 2/3 da fermentação, pisa a pé até final, seguindo para prensa vertical. Individualmente, o vinho de cada casta estagiou durante 10 meses em barricas de carvalho francês usadas anteriormente para o Marquesa de Alorna tinto 2016. O vinho foi engarrafado a 18 de Novembro de 2020.
Seguiu-se o jantar volante, onde começou por ser servido um creme de couve flor caramelizado com cogumelos e crocante de presunto, devidamente acompanhado pelo Quinta da Alorna Reserva das Pedras Branco 2018, um 100% Fernão Pires em solo de calhau rolado, que se apresentou delicado no nariz, com aromas de flores brancas, notas de limão e fruta de caroço, bom volume de boca, revelou desde logo o seu carácter gastronómico, com boa textura e bem suportada pela acidez, final de boca longo e marcadamente mineral.
Não poderia faltar os Marquesa de Alorna Grande Reserva, branco e tinto, servidos em garrafas magnum, o branco de 2021 acompanhando salmão selvagem com arroz negro, espinafres e molho de alcaparras, revelando enorme finesse, equilíbrio e frescura, enquanto que, a sua versão tinta, de 2019, acompanhou uma bochecha de vitela estufada com esmagada de batata, bacon, acelgas salteadas e cebola pérola, demonstrando um perfil sofisticado, exuberante e convidativo, mas sempre com grande requinte. Finalizou-se com um Colheita Tardia Tinto 2015 e um Abafado 5 anos, para acompanhar doçaria a condizer.
E assim, terminada a noite de celebração do tricentenário da Quinta da Alorna, voltámos a atravessar a alameda que nos havia conduzido ao Palácio, mas desta vez em sentido inverso, que nos conduziu de volta à Estrada Nacional… e de regresso a Lisboa.

(Artigo publicado na edição de Dezembro de 2023)

Certificação e exportação de vinhos do Tejo continuam a aumentar

Vinhos Tejo certificação

No panorama dos vinhos do Tejo, o primeiro semestre de 2023 volta a trazer boas notícias. A Comissão Vitivinícola Regional dos Vinhos do Tejo (CVR Tejo) anunciou um aumento significativo na certificação de vinhos da região, na ordem dos 11,5%, entre os meses de Janeiro e Junho deste ano. Isto traduz-se em 16,8 milhões de […]

No panorama dos vinhos do Tejo, o primeiro semestre de 2023 volta a trazer boas notícias. A Comissão Vitivinícola Regional dos Vinhos do Tejo (CVR Tejo) anunciou um aumento significativo na certificação de vinhos da região, na ordem dos 11,5%, entre os meses de Janeiro e Junho deste ano. Isto traduz-se em 16,8 milhões de litros de vinho certificados durante este período.

Uma análise mais detalhada da CVR Tejo revela, também, que desse volume certificado, 5 milhões de litros se destinaram à exportação, sobretudo para países da União Europeia, com destaque para a Suécia e a Polónia. Comparativamente a 2022, trata-se de um aumento de 50% na exportação dos vinhos do Tejo certificados.
Ainda segundo a CVR Tejo, quando se comparam os números do primeiro semestre de 2023 com os de 2018 — ano em que a certificação de Janeiro-Junho foi de 6,8 milhões de litros, menos 10 milhões do que este ano — regista-se um notável aumento de 149%.

Vinhos Tejo certificação
Luís de Castro, presidente da CVR Tejo.

Outra boa notícia é o aumento do consumo de vinhos do Tejo no canal HoReCa (Hotéis, Restaurantes e Cafés). “Uma maior apetência na restauração capitaliza em vinhos diferenciadores e de valor mais elevado, o que é uma mais-valia para a construção de marca e notoriedade da região”, declara a comissão vitivinícola.

Luís de Castro, presidente da CVR Tejo, considera que “a região vai continuar a crescer e a conquistar, cada vez mais, quota de mercado nacional e internacional. Estes resultados são fruto do grande trabalho feito pelos produtores, com o incentivo da CVR Tejo, no que toca à valorização do território, do produto e da marca Vinhos do Tejo”.

Quinta S. João Batista: Por terras do “Bairro”

são Joao batista

Estamos em terras cheias de história, com vinhas de boa dimensão e no centro de um “condomínio aberto” de cegonhas que sobrevoam os vinhedos a todo o momento. Poderíamos ter tido a sorte de ver lebres (parece que há muitas, mas não se dignaram aparecer) mas as perdizes mostraram que a guarda do ninho é […]

Estamos em terras cheias de história, com vinhas de boa dimensão e no centro de um “condomínio aberto” de cegonhas que sobrevoam os vinhedos a todo o momento. Poderíamos ter tido a sorte de ver lebres (parece que há muitas, mas não se dignaram aparecer) mas as perdizes mostraram que a guarda do ninho é levada muito sério, apesar do ruído do comboio, cuja linha do Norte atravessa a quinta. Estamos então nas cercanias de Torres Novas, onde fica a quinta de S. João Batista. As primeiras referências remontam ao séc. XV, mas a história mais recente, para o tema que nos interessa, começa no séc. XIX quando aqui se criavam cavalos, burros e bois para exportação, na então chamada Quinta de Caniços. Em 1898 João Batista de Macedo comprou a Quinta dos Caniços e rebaptizou-a com o nome que mantém até hoje. Com negócios em S. Tomé, construiu aqui casa de traça colonial (já usada para gravações de novelas) e jardim de palmeiras que lhe lembravam a África longínqua. Na divisão do património, após a morte de viúva, em 1939, uma das três filhas ficou com esta quinta, tendo outra propriedade adoptado o nome original de Quinta de Caniços.

NA ZONA DO “BAIRRO”

A quinta tem 145ha de área e 125 de vinha. A casa, de bonita traça, mas em avançado estado de degradação, vai requerer renovação profunda. Seja para futuras novelas seja para projectos mais completos de enoturismo. A propriedade fica localizada perto da Reserva Natural do Paúl do Boquilobo e do rio Almonda, o que condiciona o clima da zona. A quinta está inserida na sub-região do Bairro, ou seja, terras a norte do rio Tejo, onde dominam solos argilo-calcários. Nesta quinta existem também parcelas de solos arenosos e de calhau rolado. A diversidade permite, assim, a localização específica de cada variedade de uva.

Com solos ricos e clima ameno, estão criadas as condições que facilitam a produção de vinhos de qualidade. Dispõe também de uma impressionante nave de barricas para estágio de vinhos — construída a partir de 1902 — ainda que os que ali estagiam não sejam desta quinta. A propriedade foi adquirida pelas Caves Dom Teodósio (integrada no grupo Enoport) em 1989.

A vinha já existia, mas, como nos diz João Vicêncio, o responsável da viticultura que nos conduz na visita à vinha, “o Castelão que cá havia era de clones excessivamente produtivos que facilmente geravam 16 a 18 toneladas de uva por hectare. As reconversões iniciaram-se em 2000 e agora dispomos de Touriga Nacional, Cabernet Sauvignon, Alicante Bouschet, Syrah, Castelão.” Nos brancos há Fernão Pires, Chardonnay, Antão Vaz e Sauvignon Blanc e mantiveram-se algumas parcelas de vinhas velhas de Castelão, Trincadeira e Fernão Pires. O tiro na mouche, segundo João Vicêncio, “foi mesmo o Syrah, uma casta que se adaptou perfeitamente a estes solos e clima; o Fernão Pires, por exemplo, é aqui muito menos produtiva do que em Almeirim, é uva de bago pequeno e baixa produção, originando um branco diferente do habitual na região”.

Outra variedade que aqui mostrou boa adaptação foi a Alicante Bouschet que facilmente chega às 12 toneladas por hectare. Ao contrário do que é comum em quase todo o país, a casta Arinto parece menos bem-adaptada, é demasiado tardia. Já quanto ao Antão Vaz “ainda não temos opinião”, refere o viticólogo, “só agora vai começar a produzir; o Cabernet Sauvignon é muito bom mas curiosamente é o mais tardio em tudo (abrolhamento, pintor) mas o primeiro a ser vindimado. Até decisão em contrário, estas são as castas com que por aqui se vai continuar a trabalhar.” Quando, e se houver, alargamento da área de vinha, logo se verá, até porque a quinta ainda dispõe de uma pequena parcela de Marselan, casta introduzida em tempos pelo enólogo Osvaldo Amado.

AMIGA DO AMBIENTE

As práticas agrícolas são cada vez mais amigas do ambiente. Abandonaram os herbicidas, usam rega na vinha, só utilizam os produtos aconselhados numa reconversão para bio que vai agora no 2º ano. A zona é mais fustigada pelo míldio do que oídio e estão a usar também novas soluções (como óleo de laranja incorporado nos produtos para pulverizar a vinha) para combater afídios. A “intenção bio” choca, no entanto, com a legislação, uma vez que esta impede que uma empresa tenha parte em bio e parte em convencional, mesmo que em regiões diferentes. No caso da Enoport, e estando estas quintas muito longe entre si, não se pode ser bio em S. João Batista e convencional em Bucelas, por exemplo. Segundo a lei, num mesmo número de contribuinte ou é tudo bio ou não há certificação, não pode ser apenas parte. Vários produtores têm assim optado pela criação de novas empresas onde figurem apenas as parcelas bio.

A vindima é mecânica e o facto de a adega estar ao lado da vinha permite um ganho em termos de tempo de chegada das uvas à vinificação, além da possível vindima nocturna. Os terrenos planos desta zona do Tejo também ajudam.

Ainda que dispondo de algumas parcelas de vinhas velhas, não há uma comercialização de vinhos com aquela indicação, como nos diz Nuno Faria, o enólogo. Usam-se estes vinhos das vinhas mais antigas para completar os lotes. O futuro está em aberto, não só porque existem intenção de alargar a área da quinta com aquisições de parcelas contíguas, como o facto de terem castas que só agora se estão a começar a mostrar, haverá muito por escolher e decidir.

Dos vinhos que provámos há a salientar que o Grande Reserva branco está já esgotado na empresa e que a próxima edição será de 2020, a sair a todo o momento para o mercado. Também a nova edição do vinho de lote de Touriga Nacional/Cabernet Sauvignon espera pacientemente a decisão sobre o momento em que estará disponível para o público. O tinto Cabeça de Toiro, que já está engarrafado e até já foi premiado em concurso, irá para o mercado no final do Verão.

Um produto de grande tradição herdado do portefólio das Caves Dom Teodósio é a aguardente Fim de Século que continua a ser um destilado de sucesso que ainda corresponde a 70 000 garrafas/ano. As outras marcas que faziam parte do portefólio Dom Teodósio deixaram de ser usadas.

No Outono sairá uma edição especial que inclui um licoroso e uma aguardente velha de superior qualidade, da qual têm em stock 1900 litros certificados. A pensar no futuro deste produto de luxo foram enviados este ano 62 mil litros para destilar. Esperam receber cerca de 10 mil litros que depois envelhecerão longamente nas caves. Quando chegarem ao mercado, falaremos então com mais detalhe sobre estes dois novos produtos, mas a prova feita agora revelou-se bastante impressionante. Aguardemos pois.

(Artigo publicado na edição de Junho de 2023)

Os três primeiros vinhos com a insígnia “Campo do Tejo® Fernão Pires” já estão aí. A Comissão Vitivinícola Regional dos Vinhos do Tejo (CVR Tejo) elegeu o momento da instituição e celebração do Dia da Fernão Pires, a 20 de Junho, para apresentar o projecto de união e esforço colectivo “Campo do Tejo® Fernão Pires”. Este é mais um passo da CVR Tejo na promoção da casta branca rainha da região, dado com o apoio da Câmara Municipal de Almeirim.

“Campo do Tejo Fernão Pires” é um conjunto de vinhos brancos, com marca registada, feitos com uvas de Fernão Pires, na sua maioria provenientes da zona do Campo, um dos três principais terroirs da região (além do Bairro e da Charneca). O Campo abrange as áreas de vinha situadas ao longo das duas margens do rio Tejo, numa extensão de mais de 80 quilómetros, na área geográfica do Ribatejo. “Estas uvas beneficiam de um microclima com manhãs enevoadas, dias quentes e noites frescas e húmidas, o que confere frescura, acidez e grande vivacidade aos vinhos”, explica a CVR Tejo.

Campo Tejo Fernão Pires

Assim, “Campo do Tejo Fernão Pires” representa um perfil específico de brancos feitos com esta casta: leves, frescos e com pouco álcool (até 12%). “Brancos vibrantes, a evidenciar a frescura que carateriza os Vinhos do Tejo”, refere a Comissão Vitivinícola. São, ainda, vinhos acessíveis em termos de preço, cujo PVP pode variar entre os €4,00 e os €5,50. Com um estilo e espinha dorsal comum, cada produtor tem a liberdade de dar o seu cunho. Nesta primeira fase de lançamento, são três as empresas aderentes: Batista’s by Pitada Verde, Quinta do Casal Monteiro e Quinta da Lagoalva.

A identidade gráfica é também um dos elementos mais distintivos do projecto, realçando o traçado do rio Tejo. “O Tejo é a essência desta região, surgindo como um elo e âncora de quem nela habita. Não foi ao acaso que, em termos vitivinícolas, a Denominação de Origem passou de Ribatejo para Tejo. Assim, o rio Tejo assume preponderância nesta identidade, traduzido em ‘ouro líquido’ que serpenteia os campos agrícolas que modelam a paisagem de forma única, criando um puzzle muito característico, a revelar a abundância e riqueza da região”, desenvolve a CVR Tejo.

Campo Tejo Fernão Pires

A garrafa é também única para todos os vinhos, um modelo de vidro branco e bastante leve, sendo os rótulos de papel fabricado com 65% de fibra reciclada. Já a base da imagem foi obtida pós um concurso lançado pela CVR Tejo para a criação do rótulo, tendo a ideia vencedora vindo de um grupo de alunos de mestrado em Design, da Universidade de Aveiro. Posteriormente, foi alvo de alguns afinamentos pela dupla de empresas de design Amphora e Brand 75.

Em Portugal, os “Campo do Tejo Fernão Pires” estarão disponíveis através dos canais de cada produtor, sendo também possível adquiri-los na loja da Rota dos Vinhos do Tejo: física, em Almeirim, e online, em www.rotadosvinhosdotejo.pt.

Gala Vinhos do Tejo premiou vinhos, pessoas e empresas

Gala Vinhos Tejo 2023

A Gala Vinhos do Tejo 2023, evento organizado pela Comissão Vitivinícola Regional do Tejo (CVR Tejo) e produzido pela Confraria Enófila de Nossa Senhora do Tejo, revelou, na noite de 3 de Junho, os vencedores do Concurso Vinhos do Tejo. Atingindo a categoria “Excelência”, o Detalhe Reserva branco 2021 — novidade da Adega do Cartaxo […]

A Gala Vinhos do Tejo 2023, evento organizado pela Comissão Vitivinícola Regional do Tejo (CVR Tejo) e produzido pela Confraria Enófila de Nossa Senhora do Tejo, revelou, na noite de 3 de Junho, os vencedores do Concurso Vinhos do Tejo. Atingindo a categoria “Excelência”, o Detalhe Reserva branco 2021 — novidade da Adega do Cartaxo – e o Quinta de Santo André Reserva tinto 2019 – do produtor de Coruche M. Veiga Teixeira – foram os melhores vinhos da competição.

Na 13ª edição do Concurso Vinhos do Tejo, participaram 220 vinhos, provados por 39 jurados (números mais altos de sempre) e foram atribuídas, além das duas medalhas de Excelência, 9 Grande Ouro, 36 de Ouro e 24 de Prata.

No seguimento da promoção conjunta da região, feita em torno da casta rainha do Tejo, a CVR Tejo decidiu ainda, a partir deste ano, eleger os melhores vinhos de Fernão Pires, em duas categorias: Melhor Fernão Pires do Concurso e Melhor Campo do Tejo Fernão Pires. “Campo do Tejo Fernão Pires” é a nova marca da região, que será oficialmente apresentada a 20 de Junho, Dia da Fernão Pires.

Os brancos eleitos foram, tal como o Detalhe, Quinta da Lagoalva Grande Reserva Fernão Pires 2021 (também vencedor de medalha de Ouro) e Campo do Tejo Fernão Pires by Quinta da Lagoalva 2022. Este produtor destacou-se ainda com o Melhor Branco da Colheita 2022, atribuído ao Lagoalva Reserva Arinto & Chardonnay (também vencedor de medalha de Grande Ouro) sendo o Melhor Rosé desta colheita o Quinta do Casal Monteiro (também vencedor de medalha de Ouro) do produtor com o mesmo nome.

Gala Vinhos Tejo 2023
Adega do Cartaxo, Empresa de Excelência.

Durante a Gala Vinhos do Tejo 2023 subiram também, ao palco, os vencedores dos Prémios Vinhos do Tejo, atribuídos a pessoas e empresas, galardoando David Ferreira, da Companhia das Lezírias, como Enólogo do Ano. O Prémio Carreira foi, por sua vez, entregue a duas pessoas: Teresa Schönborn, da Casa Cadaval, e José Lobo de Vasconcelos, do Casal Branco. A Adega do Cartaxo foi eleita como Empresa Excelência e a Fiuza Wines como Empresa Dinamismo.

Quinta do Casal Branco: Uma fábula para gente crescida

Casal Branco

De todos os recantos e pormenores que caracterizam a Quinta do Casal Branco em Almeirim, o mais impressionante são as vinhas centenárias. Ao dar o primeiro passo para dentro de uma delas — neste caso, a Vinha do Tojal, a primeira da visita — senti-me como a Ofélia a descobrir, pé ante pé, o Labirinto […]

De todos os recantos e pormenores que caracterizam a Quinta do Casal Branco em Almeirim, o mais impressionante são as vinhas centenárias. Ao dar o primeiro passo para dentro de uma delas — neste caso, a Vinha do Tojal, a primeira da visita — senti-me como a Ofélia a descobrir, pé ante pé, o Labirinto do Fauno. É certo que a movimentada estrada está mesmo junto à vinha, mas as videiras com mais de cem anos são aqui tão imponentes no tamanho, e surreais nas formas, que o ruído sonoro e visual que de lá advém é por elas abafado, como se o labirinto se fechasse atrás de nós após a entrada. Com 3,20 hectares, a Vinha do Tojal foi plantada ainda na primeira década do século XX, por D. Manuel Braamcamp Sobral. As cepas velhas (hoje bem afastadas em compasso), que desenham curvas e contracurvas retorcidas em todas as direcções, como que feitas com magia, escondem Castelão e Alicante Bouschet. Os maiores e mais largos braços, da maioria das videiras, acusam a passagem do tempo pela vontade que mostram em descansar no solo. Em comprimento, algumas devem aproximar-se dos dois metros, e as oliveiras presentes, também elas centenárias, parecem gostar da companhia. Tanto que há pelo menos uma cepa e uma oliveira que se abraçam, a primeira em jeito de trepadeira e a segunda firme e altiva, sem vacilar.
Plantada na mesma altura, e com características semelhantes, foi a Vinha Velha do Castelão, só desta casta tinta, com 2,70 hectares. Vinhas velhas há muitas, mas poucas são as que nos mesmerizam assim. E o resultado dentro da garrafa não é difícil de adivinhar, também tendo em conta que a enologia é chefiada por Manuel Lobo de Vasconcellos — reconhecido enólogo de projectos como Quinta do Crasto ou Roquette & Cazes, e agora no próprio, Lobo de Vasconcellos Wines — membro da família proprietária. Manuel Lobo entrou com esta função no Casal Branco, juntamente com a agora enóloga residente Joana Silva Lopes, em 2014.

 

História

Fundada em 1755, a propriedade conhecida como Quinta do Casal Branco — que foi coutada real durante quatro séculos — totaliza 1100 hectares e, como é tradicional nas propriedades da região desta dimensão, sempre foi local de várias culturas agrícolas e de dedicação ao cavalo, com a Coudelaria do Casal Branco a remontar ao século XIX e ao 2º Conde de Sobral, D. Luis de Mello Breyner, cujo trabalho foi continuado pelos seus sucessores, até hoje. Através de várias gerações Braamcamp Sobral e Lobo de Vasconcelos, o Casal Branco manteve-se sempre na mesma família, que acabou por se dedicar de forma mais afincada à vinha e ao vinho, face aos outros projectos agrícolas, tendo já celebrado 200 anos de produção vitivinícola. Muito recentemente, como resultado de um processo de partilhas do património agrícola familiar, o negócio de vinhos da empresa “Casal Branco, Sociedade de Vinhos” passou a ser unicamente detido por José Lobo de Vasconcelos, neto de D. Manuel Braamcamp Sobral, que já geria esta parte, traduzida em cerca de 400 hectares, 118 dos quais de vinha. Na verdade, o Casal Branco foi, de acordo com José Lobo de Vasconcelos, o primeiro produtor do Tejo a certificar um vinho, da colheita 1989 e marca Falcoaria, em 1990, ano que marca o nascimento do projecto de vinho engarrafado. Esta marca, que hoje representa o segmento dos topos de gama no portefólio da casa, é inspirada na prática da falcoaria, cujo único testemunho actual na propriedade é um pombal secular, destinado outrora ao treino dos falcões.
A primeira adega do Casal Branco data de 1817 e já sofreu algumas intervenções, uma das mais importantes e profundas no século XX, por parte de D. Manuel Braamcamp Sobral, transformando-se na primeira adega industrial a vapor da região. A vinificação é ainda realizada nesta adega, que teve uma remodelação total em 2004, e a produção anual bate sensivelmente nos 900 mil litros de vinho, 90% da qual é exportada para mais de 20 mercados. Para José Lobo de Vasconcelos, a região do Tejo ainda sofre de muito preconceito em Portugal, uma das razões para um peso tão grande da percentagem de exportação.

Vinhas e terroir

Estamos na zona da Charneca (um dos três grandes terroirs da região, juntamente com o Bairro e o Campo) — na margem esquerda do Tejo, a Sul e Sudeste — com solos pobres franco-arenosos e, segundo Manuel Lobo, “quatro zonas de transição com barro e calhau rolado”. É uma zona mais seca e quente do que as outras duas, o que, juntamente com a componente arenosa e a pobreza geral dos solos, gera condições de rendimento controlado que favorecem especialmente o Castelão. Isto em oposição, sobretudo, à zona do Campo, de solo bem fértil e hidratado, pela proximidade ao rio. A Charneca é, assim, uma zona que acaba por ser ideal para a generalidade dos tintos e óptima para alguns brancos, com destaque para a Fernão Pires, casta bandeira da região, ao lado da tinta Castelão.
A área de vinha do Casal Branco passou, em grosso modo, por três fases determinantes. A primeira foi a plantação das vinhas centenárias já referidas, do Tojal e a Velha do Castelão. Depois, nos anos 50/60 do século XX, o pai de José Lobo de Vasconcelos, o engenheiro agrónomo Francisco Xavier Lobo de Vasconcellos, foi responsável pela plantação da também já bem velha Vinha do Tanxual, 7,5 hectares de Fernão Pires agora com 70 anos. É esta que origina o branco Falcoaria Vinhas Velhas. Este plantou, ainda, a Vinha dos Sertões, com 15,3 hectares de Fernão Pires e 11 de Castelão, tendo importado também Cabernet Sauvignon e Merlot de França (onde estudou), que representam a Vinha do Bico, com dois hectares.
Já na actual geração, entre 1999 e 2000, apostou-se nas castas tintas Syrah, Petit Verdot, Alicante Bouschet e Touriga Nacional, e mais tarde nas brancas Gouveio, Viognier, Alvarinho e Sauvignon Blanc. Em 2018, já com a presença da dupla actual de enólogos, iniciou-se a restruturação da Vinha dos Sertões, tendo sido arrancado parte do Castelão e plantado Moscatel, Touriga Franca e Sousão. Em 2022, plantou-se mais Touriga Franca, Touriga Nacional e Syrah, na mesma vinha. “Para 2023 está planeado continuar a fase de expansão da vinha, com a plantação total de 11 ha das castas Arinto, Sousão e Alicante Bouschet. “O plano estratégico passará sempre por manter as vinhas centenárias e potenciar ao máximo a sua qualidade, também reconverter parcelas cujo resultado é menos interessante do ponto de vista qualitativo, e introduzir castas que aportem aos nossos vinhos características melhoradoras, adaptadas ao terroir e à realidade das alterações climáticas”, explica Joana Silva Lopes.

 

Vinhos e espumantes

A Quinta do Casal Branco completou agora 30 anos de produção do seu espumante Monge, de Castelão, “o primeiro espumante com certificação na região”, marco que celebrou com o lançamento do Monge Blanc de Noirs Castelão Reserva 2015. Ambos produzidos pelo método clássico, de segunda fermentação em garrafa, distinguem-se pela utilização de leveduras encapsuladas no Monge Colheita, e livres no Reserva, que “trabalharam” na garrafa durante os cinco anos de estágio em cave. Ambos foram provados nesta reportagem. Em prova estão também os “entrada de gama” Terras de Lobos — branco, rosé e tinto — Quinta do Casal Branco — nas edições Alvarinho, Sauvignon Blanc, Syrah e Red Blend — e os “topos” Falcoaria Vinhas Velhas branco, tinto e Grande Reserva tinto. Em jeito de micro-vertical, provaram-se também duas colheitas anteriores do Falcoaria Vinhas Velhas branco e outra do Grande Reserva tinto. O Vinhas Velhas branco 2018 já mostra bem a excelente capacidade de evolução em garrafa deste vinho, com muita pólvora no nariz e alguma redução mas a revelar toda a sua finesse, elegância e complexidade na boca (18,5). O 2016, por sua vez, confirma mesmo isso, a trazer uma amplitude excelente, gigante complexidade e frescura natural de luxo (19). O Falcoaria Grande Reserva tinto 2015, tal como a edição que está no mercado, invoca fruta madura, componente mentolada e resinoso, resultando exótico, com cedro, sândalo, cera de abelha e tabaco tipo cigarrilha. Com muito “para andar” (18,5). Mas todos estes vinhos vêm reforçar sobretudo uma coisa: que o preconceito (sobretudo nacional, como desabafou José Lobo de Vasconcelos) sobre o Tejo já é só mesmo isso, e está na altura de ser largado.

(Artigo publicado na edição de Fevereiro de 2023)

Rota dos Vinhos do Tejo inaugura lojas física e online, com novo site

Vinhos Tejo loja online

Com o lançamento de um novo website — em www.rotadosvinhosdotejo.pt — a Rota dos Vinhos do Tejo anunciou a inauguração de uma loja online, notícia que não veio só: a associação abriu também uma loja física, em Almeirim, nas instalações da Comissão Vitivinícola Regional do Tejo. A loja online terá à venda, de acordo com […]

Com o lançamento de um novo website — em www.rotadosvinhosdotejo.pt — a Rota dos Vinhos do Tejo anunciou a inauguração de uma loja online, notícia que não veio só: a associação abriu também uma loja física, em Almeirim, nas instalações da Comissão Vitivinícola Regional do Tejo.

A loja online terá à venda, de acordo com a associação, “Vinhos do Tejo, alguns outros produtos da região e pacotes com ofertas de enoturismo, tendo sempre em conta o universo dos associados da Rota”.

O espaço físico da Rota dos Vinhos do Tejo, por sua vez, tem morada no piso 0 das instalações da Comissão Vitivinícola da mesma região, situada na Rua de Coruche 85, em Almeirim, estando aberto de segunda a sexta-feira, das 09h às 13h e das 14h às 18h. Tal como a loja online, comercializa, além dos vinhos, outros produtos de cariz gastronómico, como azeite da Companhia das Lezírias, doces da Quinta do Côro; picante Mondega; produtos da Loja do Sal (como sal, flor de sal, flor de sal com vinho tinto, tempero para carne e tempero para peixe), e também merchandising dos Vinhos do Tejo. “No futuro, o espaço da Rota vai ser palco de pequenos eventos, como provas comentadas, lançamento de vinhos, entre outras iniciativas”, é referido em comunicado.

O novo website é também um meio para descobrir a região, através de terras, locais e pontos de interesse, como sítios onde dormir, comer e provar vinho. Na plataforma, é também possível ficar a conhecer a Tejo Wine Route 118, produto de enoturismo criado em 2021 e que se traduz numa rota desenhada em torno dos cerca de 150km da Estrada Nacional 118 que atravessam a região dos Vinhos do Tejo, pela margem esquerda, ao longo de sete concelhos: Abrantes, Constância, Chamusca, Alpiarça, Almeirim, Salvaterra de Magos e Benavente. São 14 os produtores com portas abertas, para todos os que os queiram visitar e realizar provas de vinhos, visitas a adegas e experiências de enoturismo.