Symington com boas perspectivas para a vindima

Symington vindimas

Após uma sucessão de anos desafiantes no Douro, com vagas de calor prolongadas e baixas produções, a Symington Family Estates encontra-se bem posicionada para uma das vindimas com maior qualidade dos últimos tempos de acordo com o comunicado feito hoje à imprensa. De acordo com a Symington Enquanto uma grande parte do sul da Europa […]

Após uma sucessão de anos desafiantes no Douro, com vagas de calor prolongadas e baixas produções, a Symington Family Estates encontra-se bem posicionada para uma das vindimas com maior qualidade dos últimos tempos de acordo com o comunicado feito hoje à imprensa.

De acordo com a Symington Enquanto uma grande parte do sul da Europa sofreu neste verão ondas de calor intensas, Portugal foi, de um modo geral, poupado. As temperaturas registadas em Julho estiveram próximas do normal e, aliás, no Douro até um pouco abaixo da média. A região, bem como uma grande parte do país, beneficiou do anticiclone dos Açores que gerou ventos fortes do quadrante norte (a ‘Nortada’) ao longo do litoral, trazendo massas de ar mais frescas e condições de maior humidade. As temperaturas moderadas, aliadas a índices razoáveis de humidade nos solos – assegurados pelas chuvas do final da primavera –, proporcionaram bons níveis de acidez, maturações equilibradas e boa evolução fenólica.

A Symington iniciou a vindima no Douro com uvas brancas (Viosinho) no dia 21 de Agosto nas vinhas em cotas mais elevadas no Cima Corgo. No final do mês, começaram a vindimar
gradualmente uvas tintas (Sousão, Tinta Roriz e alguma Touriga Nacional) em parcelas selecionadas em algumas propriedades no Douro Superior (vale da Vilariça).

A época das vindimas já arrancou nas principais quintas da família Symington, que destaca a maturação final dos bagos possibilitada pelas chuvas de 2 e 3 de Setembro e as temperaturas máximas abaixo dos 30 graus, que se deverão manter ao longo das próximas semanas de Setembro.

 

Vindimas no Alentejo: 13 programas para participar na colheita de 2023

Alentejo vindimas

Rota dos Vinhos do Alentejo, Évora Na Rota dos Vinhos do Alentejo, um espaço com a assinatura da CVRA, é possível, não só fazer uma prova de seis vinhos distintos, como desenhar um roteiro à medida para conhecer a fundo a arte de fazer o vinho na região. Morada: Rua Cinco de Outubro no 88, […]

Rota dos Vinhos do Alentejo, Évora

Na Rota dos Vinhos do Alentejo, um espaço com a assinatura da CVRA, é possível, não só fazer uma prova de seis vinhos distintos, como desenhar um roteiro à medida para conhecer a fundo a arte de fazer o vinho na região.

Morada: Rua Cinco de Outubro no 88, 7000-854 Évora
Preço: €5 por prova
Sem necessidade de reserva

Fita Preta, Évora

A partir de 20 de agosto, a Fita Preta convida a vindimar com a máxima frescura, num programa que tem início bem cedo, ainda de madrugada. Para além da vindima, o convite inclui atividades de enologia na adega e um almoço no Paço Medieval com degustação de cinco vinhos.

Morada: Paço do Morgado de Oliveira, EM527 Km10, Nossa Senhora da Graça do Divor, 7000-016 Évora
Preço: A partir de €125 por pessoa (p.p.)
Reservas: enoturismo@fitapreta.com ou (+351) 918 266 993

Adega José de Sousa, Reguengos de Monsaraz

As atividades na Adega José de Sousa vão estender-se até 3 de setembro, com a possibilidade de escolher entre um programa com ou sem almoço. A visita à Adega Nova e à Adega dos Potes e a prova de três vinhos acompanhados de produtos regionais fazem parte do programa sem almoço. Já a refeição inclui gaspacho, empadas de galinha, queijos e outras iguarias alentejanas.

Morada: Rua de Mourão 1, 7200-291 Reguengos de Monsaraz
Preço: €28 (sem almoço) e €60 (com almoço) p.p.
Reservas: josedesousa@jmfonseca.pt ou (+351) 918 269 569

Tapada de Coelheiros, Arraiolos

De 17 de agosto a 18 de setembro será possível acompanhar e experimentar todas as fases da vindima na Tapada de Coelheiros. A visita inicia-se no campo para compreender os diferentes estados de maturação da uva e perceber quando estão perfeitas para ser colhidas e inclui um tour pela propriedade, onde se poderá observar parte da fauna e flora. Segue-se uma visita à adega e uma prova de cinco vinhos, harmonizada com uma tábua de petiscos e produtos típicos da região.

Morada: Tapada de Coelheiros 7040-202 Igrejinha, Arraiolos
Preço: €70 p.p.
Reservas: enoturismo@coelheiros.pt ou (+351) 266 470 000

Santa Vitória, Beja

Durante duas horas, o produtor de Beja, vai dar a conhecer os vinhos Santa Vitória. A alvorada é pelas 11h00, momento em que são entregues os kits vindima e se avança para um passeio pelas vinhas com direito a explicação e apanha da uva. Mais tarde, os participantes podem contar com uma visita à adega, dirigida pela enóloga Marta Maia e, antes de terminar a manhã, está planeada uma visita à cave das barricas e uma prova de vinhos acompanhada por petiscos regionais.

Morada: Sociedade Agro-Industrial, SA Herdade da Malhada 7800-730 Santa Vitória
Preço: A partir de €35 p.p.
Reservas: campo@vilagale.com ou (+351) 284 970 100

Herdade do Esporão, Reguengos de Monsaraz

Em ano de comemoração dos 50 anos, o Esporão celebra a vindima com um programa que inclui visitas, apanha de uvas, provas de vinho, almoço e kit vindima. A 1 de setembro, a Herdade do Esporão recebe os participantes a partir das 10 horas com um café de boas-vindas e entrega do kit vindima. Segue-se uma visita à vinha com apanha de uva e às adegas e cave. Posteriormente, os participantes têm direito a uma prova de vinhos acompanhada com queijos e enchidos regionais. O programa pode terminar ou continuar com um almoço no Wine Bar.

Morada: Herdade do Esporão 7200-207 Reguengos de Monsaraz
Preço: €60 p.p. (sem almoço) ou €115 p.p. (com almoço)
Reservas: reservas@esporao.com

Mainova, Arraiolos

“Moinante” é aquele que dorme durante o dia, porque esteve a noite toda na farra e é também o nome da experiência de vindima da adega Maionova. A Moinante Experience, disponível nos dias 25 de agosto, 1 e 8 de setembro, propõe uma vindima noturna, com um programa que começa às 22 horas com a receção aos convidados com um welcome drink e kit de boas-vindas. Segue-se uma visita à adega e a preparação dos participantes com coletes refletores, lanternas e tesouras de poda. A vindima dura até à 1 hora, momento em que é servida a ceia com degustação de vinhos.

Morada: Herdade da Fonte Santa Estrada Nacional372-1, 7040-669 Vimieiro, Arraiolos
Preço: €120 p.p.
Reservas: enoturismo@mainova.pt ou (+351) 910732526 (vagas limitadas)

Herdade do Rocim, Cuba

Na Herdade do Rocim há a possibilidade de optar por dois programas. O “Uma bucha na vindima do Rocim” que tem o custo de 35 euros, decorre de terça a sábado durante todo o mês de agosto, e leva o visitante a conhecer o processo de vindima, terminando com uma bucha variada composta por produtos locais. Ou o “Pisa a pé com Embalo” que decorre a 9 de setembro, tem o custo de 65 euros e início às 11 horas com uma prova de vinhos, acompanhados por queijos e enchidos alentejanos, seguindo-se uma visita à vinha para conhecer o processo de vindima. Este programa inclui ainda almoço e termina com a pisa a pé ao som de cante alentejano.

Morada: Estrada Nacional 387 Apartado 64, 7940-909 Cuba
Preço: A partir de €35 p.p.
Reservas: enoturismo@herdadedorocim.com

Torre de Palma, Monforte

Respeitando as raízes romanas em Torre de Palma, celebra-se o vinho na “Lusitânia”, tal como no período romano. A “vinalia rústica” marca o início das vindimas em meados de agosto, bem como o início do programa de vindimas e termina em finais de setembro, celebrando a “meditrinalia”, data em que o mosto é consagrado. O programa inclui as boas-vindas à Torre de Palma, entrega do kit vindima, visita às vinhas e colheita manual da uvas e seleção, prova de mostos, almoço ou jantar no Restaurante Palma com bebidas incluídas.

Morada: Torre de Palma Wine Hotel – Monforte
Preço: €60 p.p.
Reservas: reservas@torredepalma.com ou (+351) 245 038 890

João Portugal Ramos, Estremoz

O Nature’ing with Wine começa com uma visita ao miradouro, onde se observa a extensa planície de vinhas, seguindo-se a ida para a vinha e a apanha da uva. Regressando à adega, o visitante é desafiado a experimentar a tradicional pisa a pé em lagares de mármore. O programa de quatro horas e meia continua com uma visita à adega e às caves e termina com um almoço de vindima com dois menus distintos, harmonizados com vinhos João Portugal Ramos.

Morada: Vila Santa, Estrada Nacional 4, 7100-149 Estremoz
Preço: €80 p.p. (Mínimo quatro pessoas)
Reservas: https://www.jportugalramos.com/pt/natureing-with-wine/

Adega de Vidigueira, Cuba e Alvito, Vidigueira

O programa de seis horas inclui a visita às vinhas dos associados e a descoberta da arte de vindimar. A meio da manhã está agendada uma pausa para a “bucha”, recheada de algumas iguarias da região, como o pão da Vidigueira, paio de porco preto, queijos, azeitonas e torresmos. Depois do petisco é hora de regressar à adega e conhecer de perto o processo de vinificação e a atividade termina com um almoço de degustação na Casa das Talhas.

Morada: Bairro Industrial 7960-305 Vidigueira
Preço: €60 p.p. (Mínimo quatro pessoas)
Reservas: https://adegavidigueira.pt

Adega Mayor, Campo Maior

De 13 de agosto a 18 de setembro, a Adega Mayor promove diferentes programas de enoturismo, dependentes de marcação prévia e com número limitado de 12 participantes por grupo. O programa “Vindima Mayor” tem o custo de 45 euros por pessoa e, além da visita à vinha e à adega, inclui prova de mosto e um workshop com prova de quatro vinhos do produtor.

Morada: Herdade da Argamassas, 7370-171 Campo Maior, Portugal
Preço: €45 p.p.
Reservas: enoturismo@adegamayor.pt

Quinta da Fonte Souto, Portalegre

A Quinta da Fonte Souto tem dois programas distintos. Os “Dias Abertos” que são gratuitos e decorrem nas manhãs de 19 de agosto, 17 de setembro e 22 de outubro. Estes dias com reservas limitadas oferecem a possibilidade de passear pelas vinhas e provar néctares da Quinta da Fonte Souto. Já os programas de vindimas completos, incluem uma visita guiada à quinta, um passeio na vinha, a prova de três vinhos e a participação nas atividades de vindima. O programa pode terminar por aqui e tem o custo de 20 euros ou incluir piquenique e aí terá o valor de 40 euros.

Morada: Estrada de Alegrete, Reguengo e São Julião, 7300-404
Preço: A partir de €20 p.p.
Reservas: reservas@fontesouto.com ou (+351) 910 104 292

Wine&Soul: Passe um dia na vinha e crie o seu blend

Wine&soul

Ambas as ofertas proporcionam experiências únicas, desde a criação de rótulos personalizados a passeios pelas vinhas com direito a um almoço exclusivo na quinta. Estas são sugestões  para uma escapadinha rumo ao Douro, na companhia de amigos e família. O programa “Wine Blending” convida todos enófilos a conhecerem mais sobre a arte de enologia. A […]

Ambas as ofertas proporcionam experiências únicas, desde a criação de rótulos personalizados a passeios pelas vinhas com direito a um almoço exclusivo na quinta. Estas são sugestões  para uma escapadinha rumo ao Douro, na companhia de amigos e família.

O programa “Wine Blending” convida todos enófilos a conhecerem mais sobre a arte de enologia. A experiência começa com uma visita à adega, onde é possível ficar a saber mais sobre o processo de vinificação. Posteriormente, aos visitantes é dada a oportunidade de colocar a teoria em prática e de serem enólogos por um par de horas para, assim, criar o próprio blend. No final, é possível personalizar o rótulo e levar a garrafa do vinho para casa.  A experiência pode ser acompanhada por um dos enólogos do projeto. Para participar é necessária uma inscrição de grupo, entre 8 a 12 pessoas, e marcação prévia. O programa tem o valor de 100€ p/pessoa e uma duração média de 3 horas.

O programa “Um Dia na Vinha” arranca com uma visita à adega. De seguida, os visitantes seguem de jeep para a Quinta de Manoella, onde têm a oportunidade de realizar um trilho pedestre. A caminhada, durante a qual é explicada a origem desta propriedade histórica, tem fim junto à casa, por baixo da ramada, onde é realizado um almoço acompanhado de uma prova de vinhos da gama Manoella. A experiência poderá também ser personalizada, através da presença de um dos enólogos, mediante disponibilidade e marcação. O programa tem o valor de 175€ p/pessoa, exigindo no mínimo 8 pessoas. Com uma duração de cerca de 5 horas.

Wine&soul

 

Localizada na margem esquerda do rio Pinhão, a Quinta da Manoella é uma das mais históricas e singulares propriedades do Douro. Com cerca de 60 hectares, está nas mãos da família Borges desde há 5 gerações, tendo sido adquirida em 2009 pelo casal Jorge Borges e Sandra Tavares da Silva, fundadores da Wine&Soul.

Todos os programas estão sujeitos a marcação prévia, e mediante disponibilidade, com um mínimo de 48h de antecedência. Para mais informações e reservas: enoturismo@wineandsoul.com | +351 910 433 683 | +351 254 738 486

Quinta da Vineadouro cria Programa de Vindimas

Quinta Vineadouro programa vindimas

[vc_row type=”in_container” full_screen_row_position=”middle” scene_position=”center” text_color=”dark” text_align=”left” overlay_strength=”0.3″ shape_divider_position=”bottom”][vc_column column_padding=”no-extra-padding” column_padding_position=”all” background_color_opacity=”1″ background_hover_color_opacity=”1″ column_shadow=”none” column_border_radius=”none” width=”1/1″ tablet_text_alignment=”default” phone_text_alignment=”default” column_border_width=”none” column_border_style=”solid”][vc_column_text]Localizada em Numão, Vila Nova de Foz Côa, no Douro Superior, a Quinta da Vineadouro lançou um Programa de Vindimas, actividade que vem juntar-se à oferta de enoturismo do produtor. Assim, o público terá a oportunidade de, […]

[vc_row type=”in_container” full_screen_row_position=”middle” scene_position=”center” text_color=”dark” text_align=”left” overlay_strength=”0.3″ shape_divider_position=”bottom”][vc_column column_padding=”no-extra-padding” column_padding_position=”all” background_color_opacity=”1″ background_hover_color_opacity=”1″ column_shadow=”none” column_border_radius=”none” width=”1/1″ tablet_text_alignment=”default” phone_text_alignment=”default” column_border_width=”none” column_border_style=”solid”][vc_column_text]Localizada em Numão, Vila Nova de Foz Côa, no Douro Superior, a Quinta da Vineadouro lançou um Programa de Vindimas, actividade que vem juntar-se à oferta de enoturismo do produtor. Assim, o público terá a oportunidade de, no sábado de 18 de Setembro, passar um dia na quinta, com visita, prova e almoço, numa das alturas mais interessantes e alegres do ano vitícola.

As inscrições no Programa de Vindimas da Quinta da Vineadouro (€40 por pessoa), devem ser submetidas até dia 11 de Setembro, através do e-mail geral@vineadouro.com ou do número 912 007 287. As vagas são limitadas, e o produtor lembra que será respeitada a ordem de chegada das inscrições. 

O programa, em detalhe:

11:00 – Chegada à Quinta da Vineadouro
11:15 – Brinde de boas-vindas
11:30 – Breve Apresentação da Quinta
12:00 – Visita às vinhas
13:30 – Almoço com prova de vinhos

Além desta actividade pontual, a Quinta da Vineadouro tem ainda disponíveis diversas experiências — apenas ao fim-de-semana — como provas de vinhos e almoços vínicos na quinta; visita guiada ao Castelo de Numão, seguida de piquenique com prova de vinhos; ou passeio no Douro em barco Rabelo, com os vinhos e petiscos da região. É também possível solicitar ao produtor a realização de experiências totalmente personalizadas.[/vc_column_text][/vc_column][/vc_row][vc_row type=”in_container” full_screen_row_position=”middle” scene_position=”center” text_color=”dark” text_align=”left” overlay_strength=”0.3″ shape_divider_position=”bottom”][vc_column column_padding=”no-extra-padding” column_padding_position=”all” background_color_opacity=”1″ background_hover_color_opacity=”1″ column_shadow=”none” column_border_radius=”none” width=”1/1″ tablet_text_alignment=”default” phone_text_alignment=”default” column_border_width=”none” column_border_style=”solid”][divider line_type=”Full Width Line” line_thickness=”1″ divider_color=”default”][/vc_column][/vc_row][vc_row type=”in_container” full_screen_row_position=”middle” scene_position=”center” text_color=”dark” text_align=”left” overlay_strength=”0.3″ shape_divider_position=”bottom”][vc_column column_padding=”no-extra-padding” column_padding_position=”all” background_color_opacity=”1″ background_hover_color_opacity=”1″ column_shadow=”none” column_border_radius=”none” width=”1/3″ tablet_text_alignment=”default” phone_text_alignment=”default” column_border_width=”none” column_border_style=”solid”][vc_column_text]

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Um dia de viticultura na Bacalhôa

[vc_row type=”in_container” full_screen_row_position=”middle” scene_position=”center” text_color=”dark” text_align=”left” overlay_strength=”0.3″ shape_divider_position=”bottom”][vc_column column_padding=”no-extra-padding” column_padding_position=”all” background_color_opacity=”1″ background_hover_color_opacity=”1″ column_shadow=”none” column_border_radius=”none” width=”1/1″ tablet_text_alignment=”default” phone_text_alignment=”default” column_border_width=”none” column_border_style=”solid”][vc_column_text]O maior proprietário de vinha em Portugal deu-nos uma lição de viticultura. E os mestres não podiam ser melhores: João Canhoto, o director de viticultura da casa, e o novo administrador da Bacalhôa, Frederico Falcão. TEXTO António […]

[vc_row type=”in_container” full_screen_row_position=”middle” scene_position=”center” text_color=”dark” text_align=”left” overlay_strength=”0.3″ shape_divider_position=”bottom”][vc_column column_padding=”no-extra-padding” column_padding_position=”all” background_color_opacity=”1″ background_hover_color_opacity=”1″ column_shadow=”none” column_border_radius=”none” width=”1/1″ tablet_text_alignment=”default” phone_text_alignment=”default” column_border_width=”none” column_border_style=”solid”][vc_column_text]O maior proprietário de vinha em Portugal deu-nos uma lição de viticultura. E os mestres não podiam ser melhores: João Canhoto, o director de viticultura da casa, e o novo administrador da Bacalhôa, Frederico Falcão.

TEXTO António Falcão
FOTOS Ricardo Palma Veiga

Poucos enófilos imaginam o esforço e dedicação que estão dentro de uma garrafa de vinho. E nos vinhos de 2018 o esforço foi maior do que o normal. Primeiro pela seca de Inverno; depois pela tremenda pressão de doenças fúngicas devido à humidade cálida no final da Primavera; e finalmente por um curto período de intenso calor que, aliado a ventos quentes, ‘queimou’ muitas uvas por esse país fora. É em anos como este que a qualidade das equipas de viticultura assume todo o protagonismo e consegue transformar o que seria uma vindima sofrível numa colheita muitíssimo boa.
Um dos grandes heróis nacionais da viticultura é um quase desconhecido dos enófilos portugueses. Chama-se João Canhoto e é, desde 1990, o director de viticultura da Bacalhôa. É ainda, só por curiosidade, o empregado mais antigo: dos 66 anos de vida, 44 passou-os ao serviço desta empresa (e das suas antecessoras, claro), sempre a cuidar das vinhas. Neste momento, falamos de mais de 1.200 hectares, uma área que coloca destacadamente a Bacalhôa no topo nacional dos proprietários de vinha.
João não tem formação académica na área, mas aprendeu muito com António Avillez, engenheiro agrónomo e um homem com enorme prestígio na vitivinicultura portuguesa. O resto foi a inteligência de saber aprender, o jeito para a coisa do campo e a capacidade de gerir pessoal. A sua vida não é fácil. Com frequência vai às vinhas do Douro, Dão e Beira Interior e faz o percurso num só dia. “Levanto-me cedo e estou às 7h15 na Guarda ou Celorico da Beira, para apanhar o técnico local.” Depois vão ao Dão, a Vila Nova de Tázem. A seguir Douro, na Quinta dos Quatro Ventos. E ainda Figueira de Castelo Rodrigo. Sempre com visitas a vinhas. E finalmente o regresso, muitas vezes a chegar à zona de Azeitão, onde mora, às 21 horas ou, no Verão, bem mais tarde. E já com mais de mil quilómetros no “lombo”! Não surpreende por isso que João Canhoto faça cerca de 80.000 quilómetros por ano. Este é o custo de gerir uma vastidão de vinha e uma equipa com cerca de 60 pessoas![/vc_column_text][/vc_column][/vc_row][vc_row type=”in_container” full_screen_row_position=”middle” scene_position=”center” text_color=”dark” text_align=”left” overlay_strength=”0.3″ shape_divider_position=”bottom”][vc_column column_padding=”no-extra-padding” column_padding_position=”all” background_color_opacity=”1″ background_hover_color_opacity=”1″ column_shadow=”none” column_border_radius=”none” width=”1/1″ tablet_text_alignment=”default” phone_text_alignment=”default” column_border_width=”none” column_border_style=”solid”][image_with_animation image_url=”32699″ alignment=”” animation=”Fade In” border_radius=”none” box_shadow=”none” max_width=”100%”][/vc_column][/vc_row][vc_row type=”in_container” full_screen_row_position=”middle” scene_position=”center” text_color=”dark” text_align=”left” overlay_strength=”0.3″ shape_divider_position=”bottom”][vc_column column_padding=”no-extra-padding” column_padding_position=”all” background_color_opacity=”1″ background_hover_color_opacity=”1″ column_shadow=”none” column_border_radius=”none” width=”1/1″ tablet_text_alignment=”default” phone_text_alignment=”default” column_border_width=”none” column_border_style=”solid”][vc_column_text]Rumo ao campo
Uma equipa da Grandes Escolhas acompanhou durante um dia o trabalho de João Canhoto no campo. Fomos acompanhados pelo novo administrador da Bacalhôa, Frederico Falcão. Com formação e treino em enologia, Frederico não tem qualquer problema em seguir e complementar as explicações de João Canhoto. Pelo meio, muitas conversas sobre viticultura e a maneira de gerir plantas e pessoas.
Por questões logísticas, ficamo-nos pelas duas principais regiões onde a Bacalhôa produz vinho: Península de Setúbal e Alentejo. A primeira paragem foi exactamente na Quinta da Terrugem, ao pé de Borba. A segunda ali ao pé, na Quinta do Carmo, junto a Estremoz. As vindimas decorriam na Terrugem, à mão. Esta quinta é de viticultura difícil porque não tem rega. Mas as uvas mostravam um aspecto são e com poucos indícios de escaldão ou desidratação. Bons sinais. A passagem para a Quinta do Carmo confirma estas impressões. Aqui, quase toda a vindima é feita à máquina e não poderia ser de outra maneira, dada a vastidão de vinha que se estende até ao sopé da Serra da Ossa.
Muita uva tinta estava ainda por vindimar. Na adega, apenas alguma Trincadeira e Aragonez. Tal como no resto do país, as plantas atrasaram muito as maturações: “O grau tarda, mas está a chegar”, atira-nos João. Olhamos para vinha e vemos, mais uma vez, cachos de aspecto saudável. Plantas sadias. Então e os ataques de míldio? De oídio? João Canhoto nem hesita: “Nós conseguimos tratar qualquer vinha em dois dias, no máximo. E é assim aqui, como o é em Azeitão ou nos Loridos, ou em qualquer outra quinta da casa.” De facto, a Bacalhôa possui um vasto parque de máquinas de grande porte. Mas não serviriam para nada se os tratamentos não fossem realizados a tempo e horas. É por isso que João Canhoto tem em todas as quintas encarregados locais que monitorizam o que se passa na vinha e, ao menor indício, faz-se uma intervenção preventiva. Usufruindo do facto de ser um grande cliente, os produtos estão sempre em armazém.
E problemas de escaldão? Aqui é Frederico Falcão quem responde: “Tivemos problemas, mas mais na Península de Setúbal. E mais no Moscatel e no Alicante Bouschet.” João Canhoto acrescenta: “Tivemos um dia com 50 graus e, pior ainda, com vento. Houve plantas quase a morrer. A nossa salvação foi termos deixado muita vegetação e termos usado a rega.” No final, ambos os técnicos estimam que deverá ter existido apenas uma pequena quebra. Os prognósticos não acabam aqui. O tempo corria seco e João Canhoto considera-se satisfeito: “Acho que vamos ter um bom ano de vindima.” Frederico Falcão avisa: “João, olhe que ainda não acabou…” João reconhece os imprevistos da natureza e vira-se para nós: “Pois, é verdade: numa vinha (da Peninsula de Setúbal), uma granizada destruiu 300 toneladas de uvas em duas horas.”[/vc_column_text][/vc_column][/vc_row][vc_row type=”in_container” full_screen_row_position=”middle” scene_position=”center” text_color=”dark” text_align=”left” overlay_strength=”0.3″ shape_divider_position=”bottom”][vc_column column_padding=”no-extra-padding” column_padding_position=”all” background_color_opacity=”1″ background_hover_color_opacity=”1″ column_shadow=”none” column_border_radius=”none” width=”1/1″ tablet_text_alignment=”default” phone_text_alignment=”default” column_border_width=”none” column_border_style=”solid”][image_with_animation image_url=”32700″ alignment=”” animation=”Fade In” border_radius=”none” box_shadow=”none” max_width=”100%”][/vc_column][/vc_row][vc_row type=”in_container” full_screen_row_position=”middle” scene_position=”center” text_color=”dark” text_align=”left” overlay_strength=”0.3″ shape_divider_position=”bottom”][vc_column column_padding=”no-extra-padding” column_padding_position=”all” background_color_opacity=”1″ background_hover_color_opacity=”1″ column_shadow=”none” column_border_radius=”none” width=”1/1″ tablet_text_alignment=”default” phone_text_alignment=”default” column_border_width=”none” column_border_style=”solid”][vc_column_text]A questão da produtividade
A Bacalhôa produz anualmente cerca de 20 milhões de garrafas de vinho. Cerca de 80% do que lá está dentro é resultante de uva própria. O problema da produtividade é por isso muito importante, porque está ligado à competitividade da empresa. Frederico Falcão sabe-o muito bem e foi, aliás, um conhecido paladino desta questão quando era presidente da ViniPortugal. “Não é possível fazer vinhos com produções de 3 ou 4 toneladas por hectare e depois colocá-los nas prateleiras do supermercado a 2,5 euros. Este negócio tem que ser rentável.” João Canhoto concorda e acrescenta que só faz controlos de produção nas uvas que vão para os vinhos de quinta ou de média/alta gama (falamos de PVP’s de 5 a 6 euros, por exemplo).
Verdade seja dita que em muitos solos e climas, com as castas portuguesas, as produções são naturalmente baixas. Isto levanta o problema dos actuais clones e da respectiva (baixa) produtividade, algo que João Canhoto gostaria de ver resolvido: “Falta encontrar clones que consigam manter boa qualidade com produções mais altas.” A conversa é franca e aberta. Várias castas tintas portuguesas são muito sensíveis ao excesso de produção e, por exemplo, com 15 toneladas de uva, dão um vinho muito mau. Diz João Canhoto, que “é o caso do Aragonês”: “Mantemos no máximo nas 7/8 toneladas. A Trincadeira, com 6/7. E outras castas, como o Alfrocheiro, o Castelão/Periquita, também trabalham mal com produções mais elevadas.” Em contraponto, castas como Syrah ou Cabernet conseguem dar bons vinhos com produções de 12 ou mais toneladas. De qualquer forma, existe sempre um diálogo entre João Canhoto e os enólogos de cada região. E depois existem históricos de produção e normalmente sabe-se que uvas vão dar o quê.[/vc_column_text][/vc_column][/vc_row][vc_row type=”in_container” full_screen_row_position=”middle” scene_position=”center” text_color=”dark” text_align=”left” overlay_strength=”0.3″ shape_divider_position=”bottom”][vc_column column_padding=”no-extra-padding” column_padding_position=”all” background_color_opacity=”1″ background_hover_color_opacity=”1″ column_shadow=”none” column_border_radius=”none” width=”1/1″ tablet_text_alignment=”default” phone_text_alignment=”default” column_border_width=”none” column_border_style=”solid”][image_with_animation image_url=”32701″ alignment=”” animation=”Fade In” border_radius=”none” box_shadow=”none” max_width=”100%”][/vc_column][/vc_row][vc_row type=”in_container” full_screen_row_position=”middle” scene_position=”center” text_color=”dark” text_align=”left” overlay_strength=”0.3″ shape_divider_position=”bottom”][vc_column column_padding=”no-extra-padding” column_padding_position=”all” background_color_opacity=”1″ background_hover_color_opacity=”1″ column_shadow=”none” column_border_radius=”none” width=”1/1″ tablet_text_alignment=”default” phone_text_alignment=”default” column_border_width=”none” column_border_style=”solid”][vc_column_text]Cuidados com a natureza
Numa altura em que se fala tanto do biológico, aqui o pragmatismo impera. Nenhuma das vinhas está em regime biológico, ou sequer em produção integrada. Mas Frederico Falcão e João Canhoto consideram que existem os máximos cuidados nos produtos escolhidos e nos tratamentos. “Fazemos apenas o estritamento necessário, até porque os produtos são caros”, considera o responsável de viticultura. Frederico Falcão concorda: “Em termos de tratamento, andamos muito perto do que é preconizado na produção integrada, incluindo na existência de cadernos de campo.” Todas as quintas têm, inclusive, uma estação para lavagem das máquinas que fizeram tratamentos, onde a calda resultante é armazenada à parte, impedindo-a de ir para a natureza.
O dia chega ao fim e começamos a perceber o enorme investimento em tempo, conhecimento e dinheiro. Mas não há outro caminho a seguir. Para ser competitiva, uma empresa como a Bacalhôa tem de colocar produtos de boa relação qualidade/preço nas prateleiras das lojas e restaurantes, em Portugal e por esse mundo fora. João Canhoto e a sua equipa estão na base de todo o projecto. Sem o (bom) trabalho deles, o resto ficaria comprometido…

 

 

Edição Nº19, Novembro 2018

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Afinal, afinal… vamos ter um ano de vinhos fantásticos?!

[vc_row type=”in_container” full_screen_row_position=”middle” scene_position=”center” text_color=”dark” text_align=”left” overlay_strength=”0.3″ shape_divider_position=”bottom”][vc_column column_padding=”no-extra-padding” column_padding_position=”all” background_color_opacity=”1″ background_hover_color_opacity=”1″ column_shadow=”none” column_border_radius=”none” width=”1/1″ tablet_text_alignment=”default” phone_text_alignment=”default” column_border_width=”none” column_border_style=”solid”][vc_column_text]Diz o povo vitícola que em anos de míldio o vinho é muito bom. Porque esta doença acaba por fazer uma espécie de monda natural e deixar menos cachos/uvas na videira. Ou seja, como a planta alimenta […]

[vc_row type=”in_container” full_screen_row_position=”middle” scene_position=”center” text_color=”dark” text_align=”left” overlay_strength=”0.3″ shape_divider_position=”bottom”][vc_column column_padding=”no-extra-padding” column_padding_position=”all” background_color_opacity=”1″ background_hover_color_opacity=”1″ column_shadow=”none” column_border_radius=”none” width=”1/1″ tablet_text_alignment=”default” phone_text_alignment=”default” column_border_width=”none” column_border_style=”solid”][vc_column_text]Diz o povo vitícola que em anos de míldio o vinho é muito bom. Porque esta doença acaba por fazer uma espécie de monda natural e deixar menos cachos/uvas na videira. Ou seja, como a planta alimenta menos ‘filhos’, os restantes têm tendência a crescer mais saudáveis, proporcionando vinhos mais concentrados nos seus aromas e sabores, assim como no corpo. Ou seja, música para os ouvidos dos enófilos.

TEXTO António Falcão e Luis Lopes
FOTOS Ricardo Palma Veiga

Vamos resumir em poucas palavras o ano meteorológico. Inverno muito seco, Primavera e início de Verão muito húmidos, a encher os solos com água para os próximos meses, mas a provocar fortes ataques de doenças fúngicas, um pouco por todo o país. Ciclo da videira muito atrasado, em alguns sítios quase um mês em relação à média. Por aqui e por ali, como no Douro, algumas granizadas fizeram uma vindima precoce (e outros estragos nas videiras). Acontecimentos muito graves, sem dúvida, mas felizmente muito localizados.
Subitamente, no início de Agosto, as temperaturas amenas dão lugar a calores violentos, que apanharam de surpresa as videiras durante alguns dias. Resultam escaldões em cachos, um pouco por todo o país. Por diversas razões, em alguns sítios e/ou vinhas, este fenómeno foi importante, arruinando uma sensível percentagem de cachos. Felizmente as temperaturas voltam rapidamente ao normal do Verão, e permitem um final de maturação lento e seguro, até à vindima, que decorreu sem pressas. Junte-lhe a isso a disponibilidade de água no solo, graças às chuvas de Primavera, e as maturações ficaram com maior harmonia entre os fenóis e o álcool. Isto faz-nos pensar, de repente, na vindima de 2011…[/vc_column_text][/vc_column][/vc_row][vc_row type=”in_container” full_screen_row_position=”middle” scene_position=”center” text_color=”dark” text_align=”left” overlay_strength=”0.3″ shape_divider_position=”bottom”][vc_column column_padding=”no-extra-padding” column_padding_position=”all” background_color_opacity=”1″ background_hover_color_opacity=”1″ column_shadow=”none” column_border_radius=”none” width=”1/1″ tablet_text_alignment=”default” phone_text_alignment=”default” column_border_width=”none” column_border_style=”solid”][image_with_animation image_url=”32685″ alignment=”” animation=”Fade In” border_radius=”none” box_shadow=”none” max_width=”100%”][/vc_column][/vc_row][vc_row type=”in_container” full_screen_row_position=”middle” scene_position=”center” text_color=”dark” text_align=”left” overlay_strength=”0.3″ shape_divider_position=”bottom”][vc_column column_padding=”no-extra-padding” column_padding_position=”all” background_color_opacity=”1″ background_hover_color_opacity=”1″ column_shadow=”none” column_border_radius=”none” width=”1/1″ tablet_text_alignment=”default” phone_text_alignment=”default” column_border_width=”none” column_border_style=”solid”][vc_column_text]Um outro 2011?
Se olharmos para trás, para 2011, dois factores importantes aconteceram de forma muito semelhante a 2018: a enorme pressão de míldio e o escaldão nas uvas. Podemos juntar ainda um terceiro: a vindima sossegada, sem chuva, que deu tempo para tudo.
Ora, 2011 é unanimemente considerado um ano de grande qualidade, porventura o melhor deste século. Pois bem, 2018 poderá seguir um caminho semelhante, faltando confirmar a real qualidade dos vinhos. Apesar de a maior parte dos mostos já ter fermentado, é ainda cedo para avaliar a real qualidade dos vinhos resultantes.
Em termos de quantidades, este não foi um grande ano, pelas razões atrás explicadas. Se o enófilo jubila com uvas de melhor qualidade, a maioria dos viticultores quer sempre mais uva na sua vinha. Em termos globais, temos que compreender que existem muito mais viticultores a vender uva do que a produzir o seu próprio vinho. E com menos quilos a sair das vinhas, são menos euros a entrar no bolso. Mas parece inegável, considerando as muitas pessoas com quem falamos, que os viticultores com menos atenção, menos conhecimentos e menos capacidade económica foram os que mais sofreram. Alguns perderam tudo este ano, é verdade. E a esmagadora maioria é constituída por gente com pouca área de vinha e que vende as uvas a baixo preço. Em relação aos pequenos produtores, o gestor Paul Symington, do produtor com o mesmo nome e que é o maior proprietário de vinhas no Douro, diz que “é impossível ignorar a realidade da região: o Douro tem 16.890 lavradores com menos de 2ha de vinha, mas que ainda representam 23% das vinhas da região”.[/vc_column_text][/vc_column][/vc_row][vc_row type=”in_container” full_screen_row_position=”middle” scene_position=”center” text_color=”dark” text_align=”left” overlay_strength=”0.3″ shape_divider_position=”bottom”][vc_column column_padding=”no-extra-padding” column_padding_position=”all” background_color_opacity=”1″ background_hover_color_opacity=”1″ column_shadow=”none” column_border_radius=”none” width=”1/1″ tablet_text_alignment=”default” phone_text_alignment=”default” column_border_width=”none” column_border_style=”solid”][image_with_animation image_url=”32687″ alignment=”” animation=”Fade In” border_radius=”none” box_shadow=”none” max_width=”100%”][/vc_column][/vc_row][vc_row type=”in_container” full_screen_row_position=”middle” scene_position=”center” text_color=”dark” text_align=”left” overlay_strength=”0.3″ shape_divider_position=”bottom”][vc_column column_padding=”no-extra-padding” column_padding_position=”all” background_color_opacity=”1″ background_hover_color_opacity=”1″ column_shadow=”none” column_border_radius=”none” width=”1/1″ tablet_text_alignment=”default” phone_text_alignment=”default” column_border_width=”none” column_border_style=”solid”][vc_column_text]A importância do conhecimento
Nos maiores produtores e com maiores conhecimentos e capacidade económica, os desafios da Natureza foram atacados de forma mais rápida e eficaz, minimizando os prejuízos. Vários técnicos de viticultura e/ou produtores nos confirmaram isto. Luís Duarte, produtor no Alentejo mas ainda consultor enológico em outros projectos, dizia-nos: “Não percebo como é que tanta gente foi afectada pelo míldio: basta tratar a tempo e horas.”
José Canhoto, director de viticultura da Bacalhôa, com mais de mil hectares de vinhas em cinco regiões diferentes, confirmou-nos que os prejuízos com míldio e o escaldão foram diminutos. A Bacalhôa tem um formidável parque de máquinas pulverizadoras, tem stock próprio de produtos e as doenças eram detectadas e atacadas logo à nascença. E se houve poucos problemas com escaldão (salvo o Moscatel na Península de Setúbal), isso deveu-se ao facto de a equipa da Bacalhôa ter desfolhado pouco as videiras e regado na altura certa.[/vc_column_text][/vc_column][/vc_row][vc_row type=”in_container” full_screen_row_position=”middle” scene_position=”center” text_color=”dark” text_align=”left” overlay_strength=”0.3″ shape_divider_position=”bottom”][vc_column column_padding=”no-extra-padding” column_padding_position=”all” background_color_opacity=”1″ background_hover_color_opacity=”1″ column_shadow=”none” column_border_radius=”none” width=”1/2″ tablet_text_alignment=”default” phone_text_alignment=”default” column_border_width=”none” column_border_style=”solid”][vc_column_text]O Minho com sorrisos
Entre técnicos de viticultura e enólogos (com alguns produtores à mistura), a sensação era de alívio. Muito alívio. Toda a gente sofreu mais ou menos com o final de Primavera e o tórrido início do Verão, durante três ou quatro dias infernais. Mas as videiras, na sua maioria, recuperaram e acabaram por ir amadurecendo as uvas de forma muito lenta. O que é fantástico, desde que não venha de lá a temida chuva do equinócio. Afinal não veio.
Anselmo Mendes trabalha um pouco por toda a região dos Vinhos Verdes e começou por nos dizer que, “ao contrário do que se poderia supor, foi um muito bom ano para a região dos Vinhos Verdes”. Não existiram grandes problemas com as doenças fúngicas, até porque os viticultores da região “estão mais bem preparados do que quaisquer outros para lidar com este problema; por outro lado, os efeitos do escaldão foram ligeiros”.
Anselmo continua: “Dividiria a região em três grandes zonas: Monção e Melgaço, Lima e outras. Em Monção e Melgaço a pequena perda devida a míldio e escaldão até foi benéfica pois funcionou como uma ligeira monda. Foi essencial a vindima ter decorrido sem chuva.[/vc_column_text][/vc_column][vc_column column_padding=”no-extra-padding” column_padding_position=”all” background_color_opacity=”1″ background_hover_color_opacity=”1″ column_shadow=”none” column_border_radius=”none” width=”1/2″ tablet_text_alignment=”default” phone_text_alignment=”default” column_border_width=”none” column_border_style=”solid”][image_with_animation image_url=”32686″ alignment=”” animation=”Fade In” border_radius=”none” box_shadow=”none” max_width=”100%”][/vc_column][/vc_row][vc_row type=”in_container” full_screen_row_position=”middle” scene_position=”center” text_color=”dark” text_align=”left” overlay_strength=”0.3″ shape_divider_position=”bottom”][vc_column column_padding=”no-extra-padding” column_padding_position=”all” background_color_opacity=”1″ background_hover_color_opacity=”1″ column_shadow=”none” column_border_radius=”none” width=”1/1″ tablet_text_alignment=”default” phone_text_alignment=”default” column_border_width=”none” column_border_style=”solid”][vc_column_text]O equilíbrio de ácidos e açúcares esteve perfeito e havia reservas de água no solo, algo que não aconteceu em 2017. Estão a nascer grandes vinhos nesta sub-região.”
Na zona do Lima, pode dizer-se que correu tudo ao jeito do Loureiro, com a casta a amadurecer sem pressas, “resultando em vinhos aromáticos, elegantes e cheios de frescura, melhores que os de 2017; não podia ter sido melhor”. Globalmente, este técnico disse-nos que no resto da região terá havido quebras de produção na ordem dos 20% (a zona de Baião, junto ao Douro, foi a mais afectada pelo míldio), mas o bom tempo durante a vindima proporcionou uva em muito bom estado sanitário. Em resumo, diz Anselmo, “a região dos Vinhos Verdes vai ficar com boas memórias de 2018”.[/vc_column_text][/vc_column][/vc_row][vc_row type=”in_container” full_screen_row_position=”middle” scene_position=”center” text_color=”dark” text_align=”left” overlay_strength=”0.3″ shape_divider_position=”bottom”][vc_column column_padding=”no-extra-padding” column_padding_position=”all” background_color_opacity=”1″ background_hover_color_opacity=”1″ column_shadow=”none” column_border_radius=”none” width=”1/2″ tablet_text_alignment=”default” phone_text_alignment=”default” column_border_width=”none” column_border_style=”solid”][vc_column_text]Rumo ao interior
Domingos Alves de Sousa, produtor com várias quintas no Douro, não esconde que estava bastante apreensivo antes de começar a vindima. Porque, na verdade, só depois de as uvas chegarem à adega é que se pode ver na realidade o que o ano deu. Com a vindima quase terminada e mostos em fermentação, disse-nos que, afinal, “tudo correu muito melhor do que esperava”. Conseguiu colher uvas sãs e equilibradas. Jorge Alves, enólogo em vários produtores, como a Quinta Nova de Nossa Senhora do Carmo, traçou um cenário semelhante.
Domingos não falou da quantidade, mas adivinha-se que o Douro foi das regiões que mais sofreu: Anselmo Mendes, que conhece bem a região, disse-nos que “o Douro não sabe lidar com o míldio e o escaldão também fez muitos estragos”. Felizmente que o bom tempo e a disponibilidade de água no solo permitiram “fazer vinhos de muito boa qualidade”.
Pode ser um grande ano para o Vinho do Porto. Factor curioso no meio disto tudo: com a falta de uva, os preços do quilo para vinhos DOC Douro subiram imenso, dos 40/50 cêntimos o quilo para 80/90 cêntimos. Ou seja, este ano tinha compensado, e bem, vender uva.[/vc_column_text][/vc_column][vc_column column_padding=”no-extra-padding” column_padding_position=”all” background_color_opacity=”1″ background_hover_color_opacity=”1″ column_shadow=”none” column_border_radius=”none” width=”1/2″ tablet_text_alignment=”default” phone_text_alignment=”default” column_border_width=”none” column_border_style=”solid”][image_with_animation image_url=”32688″ alignment=”” animation=”Fade In” border_radius=”none” box_shadow=”none” max_width=”100%”][/vc_column][/vc_row][vc_row type=”in_container” full_screen_row_position=”middle” scene_position=”center” text_color=”dark” text_align=”left” overlay_strength=”0.3″ shape_divider_position=”bottom”][vc_column column_padding=”no-extra-padding” column_padding_position=”all” background_color_opacity=”1″ background_hover_color_opacity=”1″ column_shadow=”none” column_border_radius=”none” width=”1/1″ tablet_text_alignment=”default” phone_text_alignment=”default” column_border_width=”none” column_border_style=”solid”][vc_column_text]Mas, na realidade, e como dissemos atrás, muitos pequenos produtores ficaram com a vindima feita no final da Primavera. E Anselmo aproveita a deixa: “O Douro deveria aproveitar esta colheita para aumentar o preço médio dos seus vinhos no mercado, inaceitavelmente baixos.”
As histórias no Dão, Bairrada e Beira Interior sofreram destinos semelhantes. Os produtores de referência só se poderão queixar de alguma quebra na produção. No geral, havia uma sensação de euforia quanto à qualidade das uvas e aos mostos já fermentados.[/vc_column_text][/vc_column][/vc_row][vc_row type=”in_container” full_screen_row_position=”middle” bg_color=”#efefef” scene_position=”center” text_color=”dark” text_align=”left” overlay_strength=”0.3″ shape_divider_position=”bottom” shape_type=””][vc_column column_padding=”no-extra-padding” column_padding_position=”all” background_color_opacity=”1″ background_hover_color_opacity=”1″ column_shadow=”none” column_border_radius=”none” width=”1/1″ tablet_text_alignment=”default” phone_text_alignment=”default” column_border_width=”none” column_border_style=”solid”][vc_text_separator title=”O grave problema da falta de mão-de-obra” color=”black”][vc_column_text]Os sintomas já andavam por aí há algum tempo. Mas nunca assistimos a um tal desespero como em 2018: começa a existir uma trágica falta de mão-de-obra para as vindimas. Ouvimos queixas em todas as regiões, mas o maior prejudicado é, sem dúvida, o Douro. Mesmo com jornas de 60 euros, é quase impossível arranjar pessoal para vindimar e não é possível mecanizar, como se tem feito em vinhas mais planas, mais a sul. Paul Symington, com o espírito sempre arguto, tocou na ferida: “O Douro, a mais desafiante vinha de montanha do mundo, é a última grande região vitícola do mundo a ser vindimada inteiramente à mão, em virtude da orografia incrivelmente escarpada. Esta situação (falta de mão-de-obra) não é claramente sustentável e, se uma alternativa não for encontrada, as uvas serão deixadas nas vinhas.”[/vc_column_text][divider line_type=”Full Width Line” line_thickness=”1″ divider_color=”extra-color-1″][/vc_column][/vc_row][vc_row type=”in_container” full_screen_row_position=”middle” scene_position=”center” text_color=”dark” text_align=”left” overlay_strength=”0.3″ shape_divider_position=”bottom”][vc_column column_padding=”no-extra-padding” column_padding_position=”all” background_color_opacity=”1″ background_hover_color_opacity=”1″ column_shadow=”none” column_border_radius=”none” width=”1/1″ tablet_text_alignment=”default” phone_text_alignment=”default” column_border_width=”none” column_border_style=”solid”][vc_column_text]Mais para sul
Lisboa, Tejo, Península de Setúbal, Alentejo e Algarve não têm grandes razões de queixa. Do que ouvimos, apenas terá havido um caso mais grave, o do Moscatel, casta muito afectada pelo escaldão, especialmente os cachos da parte de cima da videira. De facto, em algumas zonas, os calores do início de Agosto chegaram a um ponto em que houve plantas a morrer. O motivo: altas temperaturas diurnas e nocturnas, com vento quente à mistura. Um cocktail explosivo. Outra casta que também sofreu bastante, em mais do que uma região, foi a tinta Alicante Bouschet. Curiosamente, não suportou nada bem o escaldão.
Susana Esteban, enóloga conhecedora do Alentejo e da sua periferia, disse-nos que este foi um bom ano, mas aconteceu um fenómeno que considera quase inédito: a maturação fenólica, responsável por aromas e sabores, esteve avançada face à maturação alcoólica. É sempre ao contrário, como diz Susana quase de forma irónica: “O normal é que, quando a maturação fenólica fica pronta, já as uvas têm 17 graus!” Ela observou este fenómeno desde a zona mais a norte do Alentejo, em Portalegre (onde faz vinhos), até à zona de Reguengos. Outros técnicos referiram este fenómeno estranho (mas bem-vindo, diga-se). Susana deixa, contudo, um aviso: “Estes extremos climáticos estão a provocar reacções pouco conhecidas ou mesmo inéditas nas videiras. Por isso penso que ainda vamos ter muitas surpresas no futuro….”
Luís Duarte vinifica muitas uvas de Estremoz e sobretudo da zona de Reguengos. E começa logo por dizer, meio a rir, que teve um ano de muita qualidade. “Vão julgar que eu estou a mentir, mas de facto não posso dizer outra coisa. Não me lembro de um ano assim. Porque, na verdade, calor a sério só houve uns três dias. A vinha sofreu algum escaldão, é verdade, mas apenas afectou algumas pontas e cabeceiras.”[/vc_column_text][/vc_column][/vc_row][vc_row type=”in_container” full_screen_row_position=”middle” scene_position=”center” text_color=”dark” text_align=”left” overlay_strength=”0.3″ shape_divider_position=”bottom”][vc_column column_padding=”no-extra-padding” column_padding_position=”all” background_color_opacity=”1″ background_hover_color_opacity=”1″ column_shadow=”none” column_border_radius=”none” width=”1/2″ tablet_text_alignment=”default” phone_text_alignment=”default” column_border_width=”none” column_border_style=”solid”][vc_column_text]Do outro lado do Atlântico
Se houve região onde tudo correu bem foi nos Açores e em especial na ilha mais vitícola, o Pico. Bernardo Cabral, enólogo da Adega Cooperativa do Pico, confirmou-nos que foi um ano em grande. A vindima mais precoce e mais seca de que há memória trouxe excelentes uvas, em quantidade e qualidade. Belas notícias para o maior produtor dos Açores, em fase de renovação de toda a sua gama e a avançar para produtos que quer colocar em segmentos de preço mais altos. António Maçanita e outros produtores da ilha disseram o mesmo: este deverá ser o melhor ano de sempre nos Açores.[/vc_column_text][vc_column_text]Conclusão
É ainda prematuro falar de valores da mais que provável quebra de produção. Teremos de deixar essa análise para o próximo mês (ou mesmo para 2019), à medida que as declarações de produção comecem a ser registadas pelos serviços oficiais. Quanto à qualidade, não temos grandes dúvidas: os vinhos de 2018 serão certamente bons, provavelmente muito bons, e, claro, existirão alguns excepcionais. Falta apenas saber as proporções de cada um deles…[/vc_column_text][vc_column_text]

Edição Nº19, Novembro 2018

[/vc_column_text][/vc_column][vc_column column_padding=”no-extra-padding” column_padding_position=”all” background_color_opacity=”1″ background_hover_color_opacity=”1″ column_shadow=”none” column_border_radius=”none” width=”1/2″ tablet_text_alignment=”default” phone_text_alignment=”default” column_border_width=”none” column_border_style=”solid”][image_with_animation image_url=”32689″ alignment=”” animation=”Fade In” border_radius=”none” box_shadow=”none” max_width=”100%”][/vc_column][/vc_row]

Maturação da Uva

As vindimas chegaram. Colhem-se uvas maduras para a produção de diferentes tipos de vinho. Cada viticultor deve escolher o seu momento óptimo de maturação e vindima. TEXTO João Afonso A Maturação Inicia-se depois de a uva tomar cor (fim do pintor) e tem duração variável. Depende muito do clima da região, ou do ano, e […]

As vindimas chegaram. Colhem-se uvas maduras para a produção de diferentes tipos de vinho. Cada viticultor deve escolher o seu momento óptimo de maturação e vindima.

TEXTO João Afonso

A Maturação
Inicia-se depois de a uva tomar cor (fim do pintor) e tem duração variável. Depende muito do clima da região, ou do ano, e do tipo de vinho que se pretende fazer ou ainda da filosofia enológica do produtor. Durante a maturação o bago aumenta de volume, aumenta a sua concentração de açúcares e perde acidez e taninos. No caso da uva tinta, a quantidade de matéria corante também aumenta durante a maturação.

A Maturação e o Vinho
A prioridade dos vários itens de maturação varia com o clima. Em regiões frias de difícil maturação, a acumulação de açúcares é determinante para decidir a vindima. Pelo contrário, em regiões quentes, um bom nível de acidez – que decai por vezes repentinamente na parte final da maturação – pode ser determinante para decidir o dia da colheita. No caso dos vinhos tintos a maturação fenólica, ou seja, a procura de taninos maduros e macios, pode condicionar o dia de vindima.

A Sobrematuração
Nas regiões mais quentes, e principalmente com a ocorrência de noites tropicais (mais de 20ºC), pode passar-se muito rapidamente da fase de maturação para a fase de sobrematuração, com as uvas a perderem rapidamente acidez e aromas e a ganharem açúcar e grau provável. É necessário estar atento!

Quando hoje se fala de vindimar as uvas com maturação fenólica perfeita, os meus ouvidos ouvem “vindimar uvas sobremaduras”. As vinhas modernas produzem primeiro o álcool e depois a maturação “fenólica”… por isso na enologia moderna esta maturação é tão importante e o enólogo tem que esperar por ela, observando a acidez a cair a pique e o álcool a subir dramaticamente. Toda a viticultura moderna parece estar fixada em produzir muito e muito grau, o que nos nossos tempos não faz sentido nenhum.
Sempre gostei de vinhas velhas, há um certo equilíbrio entre o “tirar” e o “dar”. Nestas vinhas a maturação surge primeiro e só depois o grau. É possível fazer vinhos leves com 11% Vol. com boa maturação e boa acidez.
A acidez (boa acidez, natural, equilibrada) é a coluna vertebral de qualquer vinho. Procuro vinhas que tenham uma maturação lenta e uma acidez natural boa, e procuro vindimar na altura certa uvas maduras mas ainda com boa acidez. A prova das uvas é fundamental, é ela que decide, as análises só ajudam.
IN VINO VERITAS. Viva a frescura. The incredible lightness of being…

Edição Nº18, Outubro 2018

 

2018, um ano de muitos desafios na vinha

[vc_row type=”in_container” full_screen_row_position=”middle” scene_position=”center” text_color=”dark” text_align=”left” overlay_strength=”0.3″ shape_divider_position=”bottom”][vc_column column_padding=”no-extra-padding” column_padding_position=”all” background_color_opacity=”1″ background_hover_color_opacity=”1″ column_shadow=”none” column_border_radius=”none” width=”1/1″ tablet_text_alignment=”default” phone_text_alignment=”default” column_border_width=”none” column_border_style=”solid”][vc_column_text]O ano agrícola começou com a seca do final de 2017, início de 2018, continuou com um final de Primavera e início de Verão com muita humidade e, logo a seguir, um curto período de calor infernal. […]

[vc_row type=”in_container” full_screen_row_position=”middle” scene_position=”center” text_color=”dark” text_align=”left” overlay_strength=”0.3″ shape_divider_position=”bottom”][vc_column column_padding=”no-extra-padding” column_padding_position=”all” background_color_opacity=”1″ background_hover_color_opacity=”1″ column_shadow=”none” column_border_radius=”none” width=”1/1″ tablet_text_alignment=”default” phone_text_alignment=”default” column_border_width=”none” column_border_style=”solid”][vc_column_text]O ano agrícola começou com a seca do final de 2017, início de 2018, continuou com um final de Primavera e início de Verão com muita humidade e, logo a seguir, um curto período de calor infernal. No fundo, extremos climáticos que puxaram pelas capacidades das videiras e pelo conhecimento de viticultura dos seus proprietários. Para não falarmos de capacidade económica para tratar das vinhas…

TEXTO António Falcão

Muita coisa radical aconteceu neste ano agrícola de 2017/2018. Em primeiro lugar, a seca extrema que já vinha de 2017 e que deixava muita gente em pânico já no início do ano. Algumas barragens mostraram os seus fundos como há décadas não se viam; poços e furos secaram; e lençóis freáticos mostraram níveis assustadoramente baixos. O medo subsistiu quase todo o Inverno, um dos mais secos de que há memória. Só no final da estação, já em Março, começou a chover. E, diga-se de passagem, com fartura e em todo o país.
Segundo dados do Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA), no território português, o mês de Março está aquase todo pintado de cor-de-rosa, a cor que significa 400% em relação à média (quatro vezes mais!) em termos de pluviosidade! Abril continuou com chuva acima da média. Passou-se quase subitamente da seca extrema para um quase dilúvio. Era raro termos um dia sem chuva neste período. Este fenómeno estendeu-se a praticamente todo o território nacional, com uma regularidade impressionante. Em Maio a chuva abrandou um pouco, mas a precipitação acima da média continuou em Junho.
Ou seja, o Portugal vitícola esteve durante meses sujeito às condições ideais para o ataque das doenças fúngicas, como o míldio e o oídio. A pressão foi tremenda, como há muito não se via nas vinhas portuguesas. Alguns produtos químicos esgotaram. E um famoso técnico do Dão começou mesmo a duvidar da eficácia dos químicos para combater estas doenças. Porque os testou, lado a lado.
A pressão foi tão grande que um atraso de um dia nos tratamentos poderia significar prejuízos de monta. Isso pressupunha que o viticultor saberia quando e como fazer o tratamento. E depois que o conseguisse fazer em tempo útil. E ainda que tivesse dinheiro ou capacidade financeira para os fazer: os tratamentos são caros em mão-de-obra, máquinas e produtos. Se a vinha é de um produtor que engarrafa e tem marca própria, e ganha dinheiro com isso, o problema é resolúvel. Para um viticultor que vende a uva a preços ‘muito à pele’, o custo dos tratamentos não se justifica. É tão simples como isso. E vários produtores por esse país fora ficaram com a vindima já feita…[/vc_column_text][/vc_column][/vc_row][vc_row type=”in_container” full_screen_row_position=”middle” scene_position=”center” text_color=”dark” text_align=”left” overlay_strength=”0.3″ shape_divider_position=”bottom”][vc_column column_padding=”no-extra-padding” column_padding_position=”all” background_color_opacity=”1″ background_hover_color_opacity=”1″ column_shadow=”none” column_border_radius=”none” width=”1/1″ tablet_text_alignment=”default” phone_text_alignment=”default” column_border_width=”none” column_border_style=”solid”][image_with_animation image_url=”32054″ alignment=”” animation=”Fade In” border_radius=”none” box_shadow=”none” max_width=”100%”][/vc_column][/vc_row][vc_row type=”in_container” full_screen_row_position=”middle” scene_position=”center” text_color=”dark” text_align=”left” overlay_strength=”0.3″ shape_divider_position=”bottom”][vc_column column_padding=”no-extra-padding” column_padding_position=”all” background_color_opacity=”1″ background_hover_color_opacity=”1″ column_shadow=”none” column_border_radius=”none” width=”1/1″ tablet_text_alignment=”default” phone_text_alignment=”default” column_border_width=”none” column_border_style=”solid”][vc_column_text]Do ‘Inverno’ para o ‘Inferno’
Mas continuemos com notícias menos boas. Primeiro, com o excesso de precipitação e temperaturas mais amenas do que o normal, todo o ciclo da videira se atrasou: nuns sítios duas semanas, noutros três, em alguns um mês inteiro. E depois outro fenómeno: durante a luta titânica contra as doenças fúngicas, que durou largas semanas, alguns viticultores optam por desfolhar as videiras, expondo os cachos ao vento para assim secarem mais depressa, atrasando ou mitigando o ataque dos fungos, esses bichos avessos à secura. Infelizmente, o período de chuva terminou quase abruptamente na primeira semana de Agosto, para dar lugar a um inferno de calor, mais uma vez por todo o país. Com temperaturas a bater recordes históricos em várias zonas, muitos cachos expostos ficaram ‘escaldados’ ou desidratados. Vimos por esse país fora cachos completamente em passa, muito antes de estarem maduros.
Os estragos ocorreram em quase todo o país, mas a pressão foi bem mais intensa nas regiões atlânticas, as mais frescas e menos habituadas a calores extremos. E foi sobretudo crítica nas vinhas em terras de areia (com maior reflexo dos raios solares) e videiras com os cachos mais baixos, mais perto da fonte de calor do solo. Na região de Lisboa, por exemplo, os prejuízos foram consideráveis, como nos confirmou Bernardo Gouvêa, o presidente da CVR de Lisboa. Na Península de Setúbal, ocorreram grandes estragos no Moscatel e, em menor volume, no Castelão. A 7 de Agosto, a Associação de Viticultores do Concelho de Palmela estimava prejuízos de 30 a 35%. Nos solos mais secos e pobres, salvou-se quem tinha rega e a usou. A água foi aqui determinante.[/vc_column_text][/vc_column][/vc_row][vc_row type=”in_container” full_screen_row_position=”middle” scene_position=”center” text_color=”dark” text_align=”left” overlay_strength=”0.3″ shape_divider_position=”bottom”][vc_column column_padding=”no-extra-padding” column_padding_position=”all” background_color_opacity=”1″ background_hover_color_opacity=”1″ column_shadow=”none” column_border_radius=”none” width=”1/1″ tablet_text_alignment=”default” phone_text_alignment=”default” column_border_width=”none” column_border_style=”solid”][vc_column_text]Mais atrasos na maturação
Como se isto já não fosse maldade suficiente, o calor extremo obrigou as videiras a ‘parar’, fechando os estomas. O que provocou mais atrasos nas maturações. Note-se que o facto de as maturações estarem atrasadas não é, por si só, preocupante. Só passa a ser mau quando provoca uvas desequilibradas (bagos verdes e maduros no mesmo cacho, por exemplo) e sobretudo quando a vindima é apanhada pelas chuvas de Setembro e Outubro. Coisa que, felizmente, não se verificou até ao fecho desta reportagem (finais de Setembro).
De facto, o resto de Verão foi quase todo quente e seco. O mês de Agosto, por exemplo, teve temperaturas máximas muito acima da média de 1971-2000 (entre 2,5 graus e 3,5 graus!) e Setembro não andou longe. Mesmo as mínimas foram acima da média: ou seja, faltaram noites frescas durante a maior parte do Verão. Estas noites são bem-vindas para a manutenção de bons teores de ácidos na uva, que asseguram vinhos frescos, gastronómicos e com capacidade para durarem vários anos.[/vc_column_text][/vc_column][/vc_row][vc_row type=”in_container” full_screen_row_position=”middle” scene_position=”center” text_color=”dark” text_align=”left” overlay_strength=”0.3″ shape_divider_position=”bottom”][vc_column column_padding=”no-extra-padding” column_padding_position=”all” background_color_opacity=”1″ background_hover_color_opacity=”1″ column_shadow=”none” column_border_radius=”none” width=”1/1″ tablet_text_alignment=”default” phone_text_alignment=”default” column_border_width=”none” column_border_style=”solid”][image_with_animation image_url=”32055″ alignment=”” animation=”Fade In” border_radius=”none” box_shadow=”none” max_width=”100%”][/vc_column][/vc_row][vc_row type=”in_container” full_screen_row_position=”middle” scene_position=”center” text_color=”dark” text_align=”left” overlay_strength=”0.3″ shape_divider_position=”bottom”][vc_column column_padding=”no-extra-padding” column_padding_position=”all” background_color_opacity=”1″ background_hover_color_opacity=”1″ column_shadow=”none” column_border_radius=”none” width=”1/1″ tablet_text_alignment=”default” phone_text_alignment=”default” column_border_width=”none” column_border_style=”solid”][vc_column_text]Um ano para profissionais
Pelo que se disse atrás, parece que 2018 foi um ano vitícola muito fraco. E na verdade não foi. Porque felizmente existem cada vez mais e melhores profissionais nas vinhas. Todos os anos dizemos isto, mas a verdade é que, quanto mais duras forem as ameaças à vinha, mais importante se torna a aplicação dos bons conhecimentos e da capacidade de resposta das empresas.
Todos os profissionais por nós visitados/consultados nos confirmaram os perigos que a Natureza lhes lançou este ano agrícola. A diferença esteve fundamentalmente na atempada detecção das ameaças e na rapidez com que foram resolvidas. Quem tem meios para saber, decidir e reagir, sofreu muito menos. Por exemplo, vimos várias vinhas com graves prejuízos de míldio e outras, ali perto, com quase nada. O mesmo aconteceu com o escaldão do início de Agosto. A sorte também fez parte desta equação, mas está na proporção inversa das capacidades de conhecimento e de intervenção.[/vc_column_text][/vc_column][/vc_row][vc_row type=”in_container” full_screen_row_position=”middle” scene_position=”center” text_color=”dark” text_align=”left” overlay_strength=”0.3″ shape_divider_position=”bottom”][vc_column column_padding=”no-extra-padding” column_padding_position=”all” background_color_opacity=”1″ background_hover_color_opacity=”1″ column_shadow=”none” column_border_radius=”none” width=”1/1″ tablet_text_alignment=”default” phone_text_alignment=”default” column_border_width=”none” column_border_style=”solid”][vc_column_text]Um grande ano nos Açores
A maior excepção a este panorama ocorreu nos Açores, com um ano extraordinariamente seco, batendo recordes de há mais de um século. Isso mesmo nos disse Paulo Machado, ex-presidente da CVR dos Açores e produtor na ilha mais vitícola dos Açores, o Pico. A vindima das castas brancas – Verdelho, Terrantez e Arinto, por exemplo – estava terminada antes de Setembro, coisa nunca vista. Os enólogos António Maçanita e Bernardo Cabral, que controlam vastas áreas de vinha no Pico, confirmam isto. Excelentes uvas, com excelentes vinhos em perspectiva.
No continente, quando escrevemos este artigo, só uma parte das castas brancas tinha sido vindimada e vinificada, especialmente nas regiões mais quentes do país, como o Douro Superior e o sul. As uvas tintas estão muito atrasadas e só no fecho desta edição começavam a chegar às adegas. É por isso muito prematuro falar de qualidade e quantidade, seja nos brancos, seja nos tintos. Deixaremos isso para a próxima edição, quando deverão existir já muitas uvas colhidas e vários mostos fermentados.[/vc_column_text][/vc_column][/vc_row][vc_row type=”in_container” full_screen_row_position=”middle” scene_position=”center” text_color=”dark” text_align=”left” overlay_strength=”0.3″ shape_divider_position=”bottom”][vc_column column_padding=”no-extra-padding” column_padding_position=”all” background_color_opacity=”1″ background_hover_color_opacity=”1″ column_shadow=”none” column_border_radius=”none” width=”1/1″ tablet_text_alignment=”default” phone_text_alignment=”default” column_border_width=”none” column_border_style=”solid”][vc_column_text]

Edição Nº18, Outubro 2018

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