Parlamento restaura a Casa do Douro e o modelo corporativo

TEXTO Luís Lopes Numa decisão política que apanhou de surpresa muitos agentes económicos durienses, a maioria de esquerda na Assembleia da República (liderada por PS, BE e PCP) aprovou, no passado dia 5 de Março, um pacote legislativo que restaura a Casa do Douro como associação pública e, entre outras medidas, obriga a nela se […]

TEXTO Luís Lopes

Numa decisão política que apanhou de surpresa muitos agentes económicos durienses, a maioria de esquerda na Assembleia da República (liderada por PS, BE e PCP) aprovou, no passado dia 5 de Março, um pacote legislativo que restaura a Casa do Douro como associação pública e, entre outras medidas, obriga a nela se inscreverem todos os viticultores da região que pretendam produzir Vinho do Porto ou Douro. Para além do regresso a um corporativismo que remete para o Estado Novo salazarista e contraria todos os modelos de gestão das regiões vinícolas europeias, a legislação agora aprovada coarta igualmente o direito à liberdade de associação dos viticultores, que até agora podiam inscrever-se ou associar-se sem constrangimentos.

Os viticultores durienses têm estado representados no Conselho Interprofissional do Instituto do Douro e do Porto (IVDP) pela Federação Renovação do Douro, a entidade privada (de inscrição facultativa) que venceu o concurso público lançado após a extinção da Casa do Douro.

A primeira entidade a reagir à alteração legislativa foi a Associação das Empresas do Vinho do Porto (AEVP) que, em comunicado, afirma que a lei agora aprovada “não se identifica nem com a região, nem com os viticultores, prejudicando-a enormemente” e adianta que “a perda de liberdade associativa será para os viticultores do Douro um regresso ao passado, impossível de aceitar”, reforçando que “os viticultores do Douro serão os únicos que no país não poderão optar por estar ou não associados.”

A AEVP relembra que hoje “há estabilidade representativa no Conselho Interprofissional do IVDP: os viticultores estão legitimamente representados e as profissões em conjunto têm sabido ultrapassar os desafios que têm sido colocados” e teme que “a estabilidade conseguida nestes últimos anos termine, politizando-se de novo a região e estabelecendo-se um clima de desconfiança institucional que não é de todo desejável.”

Nos últimos anos o Douro conseguiu trabalhar em conjunto, no entendimento de que todos (viticultores – grandes e pequenos -, produtores de vinho, engarrafadores e exportadores) são complementares e essenciais ao desenvolvimento da região. Esta medida legislativa pode contribuir para o radicalizar de posições no Douro, com todos os problemas que daí advirão para o futuro desta tão importante denominação de origem portuguesa.

Já tomaram posse os Órgãos Sociais da AEVP para triénio 19-21

FOTOS: Anabela Trindade No passado dia 22 de Março, realizou-se a tomada de posse dos novos Órgãos Sociais da Associação das Empresas de Vinho do Porto (AEVP), que teve lugar na respectiva sede. O presidente da Direcção agora empossada, António da Cunha Saraiva, disse em discurso solene: “A Direcção hoje empossada tem um plano de […]

FOTOS: Anabela Trindade

No passado dia 22 de Março, realizou-se a tomada de posse dos novos Órgãos Sociais da Associação das Empresas de Vinho do Porto (AEVP), que teve lugar na respectiva sede.
O presidente da Direcção agora empossada, António da Cunha Saraiva, disse em discurso solene:
“A Direcção hoje empossada tem um plano de acção proposto para os anos de 2019 a 2021, onde se destaca claramente a necessidade de criação de uma estratégia para todo o sector do Vinho do Douro e Porto, com claro apelo e incentivo na inversão do ciclo de quebra de vendas no Vinho do Porto e na manutenção das vendas crescentes no Vinho do Douro”.

António Saraiva

Mostrando preocupação, alertou:
“O Vinho do Porto é o vinho com denominação de origem que em Portugal tem a certificação mais cara por litro.
No entanto as taxas pagas não são, como deviam, revertidas em serviços prestados ao produto e à Região, pois sendo o IVDP um instituto publico sem autonomia financeira, está sujeito às regras aplicadas à despesa e contabilidade pública”.

E fez, ainda, um pedido:
“É urgente estabelecer uma forte campanha de promoção do consumo do Vinho do Porto em Portugal e no exterior, que vise: conseguir uma maior resiliência na comercialização em valor, explorando a receptividade do mercado às categorias especiais, conseguindo promover o rejuvenescimento do consumo de Vinho do Porto, conseguindo renovar consumidores e identificando o Vinho do Porto com novos modelos de vida e de consumo urbano, designadamente na população mais jovem”.

Os novos Órgãos Sociais da AEVP:

Assembleia Geral
− Presidente: J.H. ANDRESEN, SUCRS., LDA. – Carlos Albino Rezende Flores dos Santos
− Secretário: ADRIANO RAMOS-PINTO – VINHOS, S.A. – Jorge Chamis Rosas
− Secretário: SOCIEDADE DOS VINHOS BORGES, S.A. – Ana Catarina Macedo de Barros Coelho

Direcção
− Presidente: ROZÈS, S.A. – António Fernando da Cunha Saraiva
− Vogal: GRAN CRUZ PORTO – SOCIEDADE COMERCIAL DE VINHOS, LDA. – Jorge Manuel Morais Alves Dias
− Vogal: NIEPOORT VINHOS, S.A. – José Teles Dias da Silva
− Vogal: QUINTA & VINEYARD BOTTLERS – VINHOS, S.A. – Carlos Luis Nunes da Silva Sequeira Lopes
− Vogal: SOGEVINUS FINE WINES, S.A. – Sergio Marly Caminal
− Vogal: SOGRAPE VINHOS, S.A. – António José Simões de Oliveira Bessa
− Vogal: SYMIGTON FAMILY ESTATES – VINHOS, S.A. – António Jorge Marquez Filipe

Conselho Fiscal
− Presidente: QUINTA DO NOVAL – VINHOS, S.A. – Filipe Nelson Salgado Souto
− Vogal: MANOEL D. POÇAS JÚNIOR – VINHOS, S.A. – Pedro Santos Poças Pintão
− Vogal: REAL COMPANHIA VELHA – Pedro Manuel Ferreira de Lemos da Silva Reis

Boas novidades em Gaia

A enorme afluência de turistas está a dinamizar como nunca o mundo da oferta enoturística ligada ao Vinho do Porto. Durante o Verão surgiram várias novidades em Vila Nova de Gaia e nesta edição espreitámos duas delas. E aproveitámos, claro, para admirar a silhueta da Ribeira reflectida nas águas do Douro… TEXTO Luís Francisco FOTOS […]

A enorme afluência de turistas está a dinamizar como nunca o mundo da oferta enoturística ligada ao Vinho do Porto. Durante o Verão surgiram várias novidades em Vila Nova de Gaia e nesta edição espreitámos duas delas. E aproveitámos, claro, para admirar a silhueta da Ribeira reflectida nas águas do Douro…

TEXTO Luís Francisco
FOTOS Ricardo Palma Veiga

Se nos quisermos dedicar a divagações mais ou menos estéreis, podemos sempre questionar-nos sobre se foi o vinho a potenciar o turismo no Grande Porto ou se é a explosão do número de visitantes que está a alimentar o crescimento do enoturismo. Mas, mais do que especular sobre se foi o ovo ou a galinha a nascer primeiro, interessa olhar para a cada vez mais pujante actividade das casas de Vinho do Porto e o notável incremento de qualidade e variedade da oferta.
Em 2017, o Porto recebeu mais de 1,6 milhões de visitantes, qualquer coisa como oito vezes mais do que a população residente na cidade. Mas quem vai ao Porto vai a Gaia e, certamente, o grande chamariz da cidade ribeirinha na outra margem do Douro é o enoturismo. A tradição vem de longe nos tempos, mas os últimos anos têm visto chegar um conjunto de investimentos e novas ideias que transformaram por completo a paisagem física e humana na zona. Um processo imparável, que promete ter o seu ponto alto com a execução do projecto “Mundo do Vinho”, um investimento de 100 milhões de euros da Fladgate Partnership que deverá estar pronto em Junho de 2020.
Mas, por agora, centremo-nos em novidades menos avassaladoras. Este Verão viu surgir alguns novos espaços e apadrinhou a renovação de outros. A Real Companhia Velha inaugurou o espaço 17•56, com museu e enoteca, uma infra-estrutura de grande fôlego de que demos conta na nossa edição de Outubro. No âmbito das comemorações do seu centenário, a Poças abriu as portas do seu novo centro de visitas. E a Vasques de Carvalho, empresa recente e que não tem caves em Gaia, optou por criar uma Brand House. Fomos espreitar estes dois últimos projectos.

Para quem possa pensar que já não há nada para inventar neste mundo da oferta enoturística do Vinho do Porto, a Vasques de carvalho tem uma resposta: fazer das fraquezas forças, transformar as limitações em fonte de inspiração. Empresa jovem (foi fundada em 2015) e sem caves em Vila Nova de Gaia, a necessidade sentida de estar presente no Grande Porto obrigou a puxar pela imaginação. Replicar “artificialmente” a atmosfera vetusta que a concorrência pode oferecer não era opção. E assim nasceu a ideia de criar uma Brand House, assim uma espécie de wine-bar reservado a provas dos vinhos da casa.
Com esta filosofia bem vincada e diferente de tudo o que existia, a Vasques de Carvalho nem precisava de se instalar em Gaia. Podia ter sido no Porto. Mas o espaço ideal surgiu com a hipótese de aquisição das antigas instalações de uma oficina junto à igreja Paroquial de Santa Marinha. A fachada bem composta marca a diferença para os edifícios vizinhos, de dimensões bem mais generosas, mas sem uso. Não é um espaço imponente, mas marca pontos na decoração e na atmosfera criada nos seus múltiplos recantos. E era essa exactamente a ideia da empresa: abrir portas a uma experiência personalizada e tranquila, longe dos grandes grupos e da confusão da marginal ali a dois passos.
Há muitos turistas (o que nem sequer é notícia…) a circular pela zona ribeirinha, que nos últimos tempos se converteu em zona pedonal. Na frente de rio, o movimento é contínuo, mas aqui, a escassas dezenas de metros para o interior, há menos passantes. Ainda assim – e num ano que os responsáveis da Vasques de Carvalho classificam como “ano zero”, uma vez que ainda não estão operacionais parcerias com hotéis ou contactos com agências de turismo (a Brand House foi inaugurada apenas em Agosto) – a casa tem funcionado muito à conta dos espontâneos e dos que a procuram por recomendação de amigos.
O espaço de entrada funciona como loja e daí passamos a um corredor decorado com pequenas torneiras que nos leva a uma sala interior com um pequeno pátio adjacente. Paredes em pedra, plantas suspensas, som de água a pingar. Duas mesas, um banco de pedra com almofadas, alguns cadeirões. E, lá no alto, um quadrado de céu. Este foi, durante o Verão, o cantinho mais procurado. Mas há outros: um ali mesmo ao lado, com painéis de vidro que se podem correr para ligar com o pátio; outros dois no andar de cima, a que se acede pelas escadas situadas a meio do corredor inicial. Tudo junto, há espaço para 40 a 50 pessoas.
Por todo o lado há garrafas expostas e pormenores de decoração (como os aros de metal usados nas pipas pendurados nos candeeiros) que nos lembram sempre a primazia do vinho. Conforto, privacidade para nos instalarmos a dois ou em pequenos grupos, serviço atento, mas sem excesso de formalidades, vinhos de grande qualidade. Esta experiência não substitui uma visita às caves (e na Vasques de Carvalho fazem questão de as aconselhar a quem por ali passa), é algo de diferente, mais exclusivo e intimista.
Esta é uma experiência centrada no vinho. Mas a Vasques de Carvalho, que tem instalações na Régua e no Pinhão, não perdeu de vista todo o mercado de turistas que querem conhecer a atmosfera das caves. Em breve haverá novidades no Douro – a empresa tem planos para abrir a visitas os armazéns que adquiriu no Pinhão. São cerca de 1.400 metros quadrados de área e uma atracção muito especial: quatro tonéis de 50.000 litros cada um, os maiores da região. As aduelas têm 12cm de espessura e são mantidas no seu lugar por 20 aros de metal com 6mm de espessura… Mas isso fica para 2019.

VASQUES DE CARVALHO
Rua de Santa Marinha, nº 19 | 4400-291 Vila Nova de Gaia
Tel: 223 710 445
Mail: smoreira@vasquesdecarvalho.com (reservas)
Web: www.vasquesdecarvalho.com
GPS: 41º 08’ 11’’ N / 8º 36’ 55’’W
A Brand House está aberta todos os dias, das 10h às 18h, excepto 1 de Janeiro, domingo de Páscoa e dia de Natal. É possível reservar mesas e espaços, bem como desenhar provas específicas. Mas o “cardápio” inclui quatro programas específicos: Starters (15 euros por pessoa), Movers (20 euros), Century (45 euros) e Flyers (55 euros). A prova Flyers inclui seis vinhos, as restantes quatro, e os preços variam consoante os vinhos que são servidos. Provas a copo a partir de cinco euros.

Originalidade (máx. 2): 1,5
Atendimento (máx. 2): 2
Disponibilidade (máx. 2): 2
Prova de vinhos (máx. 3): 2,5
Venda directa (máx. 3): 2,5
Arquitectura (máx. 3): 2,5
Ligação à cultura (máx. 3): 2
Ambiente/Paisagem (máx. 2): 2

AVALIAÇÃO GLOBAL: 17

De uma empresa jovem para uma que celebra em 2018 o seu centenário. A Poças foi fundada em 1918 e sempre optou por uma filosofia tranquila e discreta no seu posicionamento no mercado. Com instalações fora da frente ribeirinha, só foi “contagiada” pela febre do enoturismo em 2016, altura em que adaptou alguns espaços e abriu portas a visitas. Mas a enorme afluência (25.000 pessoas em 2017) mostrou que havia ali um enorme potencial, de receitas e promoção da marca, e estimulou novos investimentos no sector. Neste Verão, a empresa de cariz familiar juntou ao extenso e variado programa de comemorações do seu centenário a abertura de um novo centro de visitas.
O investimento de 650 mil euros permitiu recuperar dois armazéns adjacentes aos da empresa, criando um circuito de visitas, uma sala de provas, loja e um espaço para eventos particulares. De caminho, as barricas e tonéis ganharam nova casa, abrindo espaço nas instalações originais para os vinhos DOC Douro, que estão, como é tendência geral na região, a ganhar peso crescente nas contas da Poças. Tudo isto foi feito sem grandes alardes e com intervenções minimalistas nos edifícios, um reflexo da filosofia da empresa e da vontade de preservar a atmosfera do local.
São dois pavilhões paralelos e à entrada encontramos o balcão de recepção numa parede de madeira que se estende a toda a largura, mas deixa espaço em cima para apreciarmos a estrutura do telhado, recuperado, mas com a traça tradicional. Apetece de imediato descobrir o está por trás daquela fachada, mas a visita começa por uma porta lateral, que nos conduz ao outro grande armazém do complexo. É, tal como o anterior, um longo corpo de paredes em pedra e pé-direito generoso. Lá dentro, e depois de passarmos por um ecrã onde são exibidas fotos de eventos da empresa, alguns com décadas, apreciamos as linhas de barricas e tonéis.
Um corredor lateral permite-nos chegar ao cantinho onde funcionam os serviços de tanoaria, continuando pela ala principal vamos dar a uma sala de provas/refeições, com uma cozinha de apoio. No centro do espaço, limitado numa das paredes por painéis de vidro que mostram um muro antigo forrado a hera, domina uma enorme mesa de madeira, cujo tampo, de linhas anacronicamente curvas, foi feito com antigas aduelas de tonel. Grupos e empresas têm aqui um espaço para eventos.
Uma nova porta lateral e chegamos ao segundo armazém, onde se alinham mesas para provas, um balcão e os expositores da loja, com vinho, claro, mas também acessórios e algum “merchandising”. A decoração, minimalista, contempla algumas peças artísticas criadas no âmbito de um desafio lançado pela empresa em anos anteriores e acrescenta um toque de modernidade e elegância às linhas maciças do edifício.
Todo o percurso é plano, sem problemas de mobilidade, e a relativa simplicidade do “menu” – visita, prova, loja; sem artifícios tecnológicos ou actividades “paralelas” – reforça a sensação de facilidade e descontracção.
Uma lógica diferente, uma experiência diferente, descomplicada e directa. Que pode terminar com uma mensagem especial para alguém a quem queiramos oferecer um presente: no balcão da loja há uma colecção de carimbos que podem ser usados à discrição no papel de embrulho. Desde o logotipo da Poças até mensagens mais ou menos divertidas sobre a vida e o vinho, há muito por onde escolher.

POÇAS
Rua Visconde das Devesas, 168 | 4401 – 337 Vila Nova de Gaia
Tel: 223 203 257
Mail: visitors@pocas.pt
Web: www.pocas.pt
GPS: 41.12768, -8.619121
O centro de visitas está aberto todos os dias, das 10h às 17h entre Outubro e Abril e das 10h às 20h entre Maio e Setembro. A visita (com prova de dois Porto incluída) custa 6,50 euros por pessoa, mas há a possibilidade de optar por alguma das provas pré-definidas ou acertar os vinhos a servir (preço sob consulta). Também é possível marcar refeições. Oferta grande de vinhos a copo, com preços entre os 2,50 e os 10 euros (Douro) e entre os 3,50 e os 20 euros (Porto).

Originalidade (máx. 2): 1,5
Atendimento (máx. 2): 2
Disponibilidade (máx. 2): 2
Prova de vinhos (máx. 3): 2,5
Venda directa (máx. 3): 2,5
Arquitectura (máx. 3): 2,5
Ligação à cultura (máx. 3): 2,5
Ambiente/Paisagem (máx. 2): 2

AVALIAÇÃO GLOBAL: 17,5

Edição nº19, Novembro 2018

 

Dow’s lança novos Tawny

A Symington Family Estates apresenta, agora, uma nova gama de Tawny de 10, 20, 30 e 40 Anos, da marca Dow’s. A empresa, que detém um grande e valioso stock de vinho do Porto envelhecido em cascos muito antigos, alguns do século XIX, inspirou-se no mesmo para redefinir os Tawny Dow’s. Charles Symington, enólogo e […]

A Symington Family Estates apresenta, agora, uma nova gama de Tawny de 10, 20, 30 e 40 Anos, da marca Dow’s.
A empresa, que detém um grande e valioso stock de vinho do Porto envelhecido em cascos muito antigos, alguns do século XIX, inspirou-se no mesmo para redefinir os Tawny Dow’s. Charles Symington, enólogo e provador da quarta geração da família, manteve o cunho da marca, mas fez pequenos ajustes para conferir a estes Tawny “uma concentração adicional e uma estrutura mais apurada”. Charles Symington desvendou: “ Com a crescente procura dos Porto Tawny, passei muitos meses a trabalhar na redefinição dos nossos Porto Dow’s. Seleccionei vinhos provenientes de duas das nossas melhores vinhas: a Quinta do Bomfim e a Quinta da Senhora da Ribeira e, num desvio à prática tradicional, utilizei vinhos do Porto envelhecidos em balseiros de porte médio, para além dos envelhecidos nas tradicionais pipas de 550 litros.
Os novos Tawny Dow’s custam desde €22,50, para o 10 Anos, até €200, para o 40 Anos, e podem ser encontrados em garrafeiras especializadas e na maioria das grandes superfícies.

Notáveis Vintage Taylor’s em colecção exclusiva

A Heritage Wines vai distribuir, em exclusivo, a colecção especial de seis Porto Vintage da Taylor’s: 1985, 1994, 1997, 2003, 2007 e 2009. É um objecto de culto de apenas 50 exemplares, com o qual a Taylor’s pretende acordar os coleccionadores para a a descoberta dos seus vinhos mais célebres e raros, desafiando também para […]

A Heritage Wines vai distribuir, em exclusivo, a colecção especial de seis Porto Vintage da Taylor’s: 1985, 1994, 1997, 2003, 2007 e 2009.
É um objecto de culto de apenas 50 exemplares, com o qual a Taylor’s pretende acordar os coleccionadores para a a descoberta dos seus vinhos mais célebres e raros, desafiando também para sentir, através dos mesmos, a passagem do tempo. Também a peça de mobiliário que se vê na imagem acompanha a colecção, tendo o conjunto o valor de €1000. Adrian Bridge, director geral da empresa, explica: “A nossa história tem confirmado que estes vinhos são capazes de evoluir ao longo de anos, ou décadas, para aquilo a que chamamos de “quintessência” de um grande vinho do Porto”.
Os vinhos do Porto Vintage da Taylor’s são elaborados a partir de lotes dos melhores vinhos de três propriedades do produtor: Quinta de Vargellas, Quinta da Terra Feita e Quinta do Junco.

Colheita, um Porto de celebração

[vc_row type=”in_container” full_screen_row_position=”middle” scene_position=”center” text_color=”dark” text_align=”left” overlay_strength=”0.3″ shape_divider_position=”bottom”][vc_column column_padding=”no-extra-padding” column_padding_position=”all” background_color_opacity=”1″ background_hover_color_opacity=”1″ column_shadow=”none” column_border_radius=”none” width=”1/1″ tablet_text_alignment=”default” phone_text_alignment=”default” column_border_width=”none” column_border_style=”solid”][vc_column_text]Quando se entra numa loja que vende Vinho do Porto são inúmeras as garrafas que têm data de colheita e que a ostentam bem destacada no rótulo. Outrora negócio de nicho, hoje é um segmento que interessa […]

[vc_row type=”in_container” full_screen_row_position=”middle” scene_position=”center” text_color=”dark” text_align=”left” overlay_strength=”0.3″ shape_divider_position=”bottom”][vc_column column_padding=”no-extra-padding” column_padding_position=”all” background_color_opacity=”1″ background_hover_color_opacity=”1″ column_shadow=”none” column_border_radius=”none” width=”1/1″ tablet_text_alignment=”default” phone_text_alignment=”default” column_border_width=”none” column_border_style=”solid”][vc_column_text]Quando se entra numa loja que vende Vinho do Porto são inúmeras as garrafas que têm data de colheita e que a ostentam bem destacada no rótulo. Outrora negócio de nicho, hoje é um segmento que interessa a quase todas as empresas. Principal razão: a procura de Colheita está a crescer muito entre os apreciadores, sobretudo como forma de celebrar uma data especial.

TEXTO João Paulo Martins
FOTOS Ricardo Palma Veiga

A produção deste tipo de Vinho do Porto esteve durante muito tempo associada com as casas portuguesas do sector. Durante anos e anos foi a marcas como Messias, Barros, Kopke, Burmester, Wiese & Krohn e Niepoort que os apreciadores recorriam para comprar um Porto Colheita. No outro lado estavam as empresas inglesas, sempre mais vocacionadas paras os vintages e L.B.V., como a Taylor’s, Fonseca, Cockburn, Croft e todo o grupo Symington (Graham’s, Warre, Dow’s, etc.)
Na última década, o interesse neste tipo de vinho começou também a motivar as empresas inglesas e o jogo mudou de figura. É um negócio importante porque acrescenta muito valor e porque “é uma resposta à apetência do mercado”, como nos disse José Alvares Ribeiro, responsável do mercado interno do grupo Symington. A apetência vem, como nos disse, “pelo renovado interesse pelos tawnies velhos, vinhos mais fáceis de tratar e de gerir, quer em casa quer na restauração”. A tendência actual para vinhos que possam ser consumidos refrescados também veio ajudar ao negócio dos Colheita, embora o grupo Symington não faça, por enquanto edições anuais de Porto Colheita – “Vamos lançar um Graham 1963 que se mostrou excelente só por si.”
A antiga tradição que muitas casas portuguesas mantêm é exactamente de engarrafar todos os anos uma pequena parte do stock e fazer depois engarrafamentos à medida das vendas. É a pensar nessa estratégia que a Sogevinus reserva todos os anos cerca de 400.000 litros para Porto Colheita. “É em Janeiro, no ano a seguir à colheita, que se decide para que marca vai o vinho, sendo certo que a Kopke absorve por norma 150.000 daquela quantidade, já que é o nome mais forte do grupo em Porto Colheita e, pela razão oposta, à Cálem caberão entre 10 a 15.000 litros”, afirma Carlos Alves, enólogo da Sogevinus. Tudo é devidamente controlado pelo IVDP que aceita o registo de determinada quantidade destinada a Porto Colheita e que faz depois o controlo periódico desse stock, havendo contas-correntes de todos os vinhos armazenados.[/vc_column_text][/vc_column][/vc_row][vc_row type=”in_container” full_screen_row_position=”middle” scene_position=”center” text_color=”dark” text_align=”left” overlay_strength=”0.3″ shape_divider_position=”bottom”][vc_column column_padding=”no-extra-padding” column_padding_position=”all” background_color_opacity=”1″ background_hover_color_opacity=”1″ column_shadow=”none” column_border_radius=”none” width=”1/1″ tablet_text_alignment=”default” phone_text_alignment=”default” column_border_width=”none” column_border_style=”solid”][image_with_animation image_url=”32022″ alignment=”” animation=”Fade In” border_radius=”none” box_shadow=”none” max_width=”100%”][/vc_column][/vc_row][vc_row type=”in_container” full_screen_row_position=”middle” scene_position=”center” text_color=”dark” text_align=”left” overlay_strength=”0.3″ shape_divider_position=”bottom”][vc_column column_padding=”no-extra-padding” column_padding_position=”all” background_color_opacity=”1″ background_hover_color_opacity=”1″ column_shadow=”none” column_border_radius=”none” width=”1/1″ tablet_text_alignment=”default” phone_text_alignment=”default” column_border_width=”none” column_border_style=”solid”][vc_column_text]CONTROVÉRSIAS À VOLTA DE UM ESTILO
Nunca houve no sector uma “unanimidade aprovativa” do Porto Colheita. Do lado da crítica choviam argumentos contra: com muitos anos de casco, a data da colheita já pouco interfere no produto final; para não perder qualidades o vinho tem de ir sendo rectificado e refrescado, o que ajuda à perda de identidade. Assim, o Colheita era olhado de lado por várias empresas, como a Sogrape e a Ramos Pinto, que há muitos anos deixou de produzir este tipo de vinho. Os dois argumentos aduzidos têm razão de ser, mas Álvaro van Zeller, enólogo da Barão de Vilar e da Andresen, argumenta que o IVDP, através da análise periódica que faz aos vinhos em armazém, pode detectar qualquer mudança de estilo, de cor, de teor de açúcar, e por isso “não se pode mudar substancialmente o que se tem em cave”; e a própria rectificação de aguardente não pode exceder os 2% ao ano, para uma evaporação que pode chegar aos 3%/ano. Na verdade, cada ano que passa há um pouco menos de vinho nos cascos, mas por uma boa causa. “Não me importo de perder vinho todos os anos”, diz-nos Álvaro.
Para manter a frescura do vinho requer-se também que existam passagens a limpo, ou seja, mudar o vinho de casco. Este processo é mais frequente nos vinhos novos, fazendo-se de três em três anos, e aí o objectivo é limpar o vinho das borras; já nos vinhos mais velhos a passagem a limpo pode ser feita de cinco em cinco anos, sendo que nesse caso o único objectivo é o arejamento. O tipo de vinho que temos e o que queremos dele, irá determinar, por exemplo, a quantidade colocada em cada pipa. “Se for para oxidar mais e evoluir mais depressa, deixo a barrica a meio, mas por norma, na Andresen, deixo 50 litros em vazio numa barrica de 500 litros”, refere Álvaro van Zeller.
Assunto controverso e não resolvido é a característica diferente que este tipo de vinho adquire, conforme tenha sido estagiado em Gaia ou no Douro. Dois factores intervêm neste tema: a temperatura e a humidade, ambos importantes mas, como nos confirmou Van Zeller e o que observámos na adega da Nogueira (Fonseca Guimaraens), em S. João da Pesqueira, a humidade pode mesmo ser o factor diferenciador. Na Nogueira foram instalados aspersores que permanentemente estão a colocar ar húmido na atmosfera do armazém, com clara diminuição da evaporação, e Van Zeller confirmou que em Gaia, mesmo num armazém mais quente, a evaporação é sempre mais contida do que no Douro, onde os vinhos, por força da conjugação temperatura/ar seco, tendem a ganhar aromas mais pesados, mais torrados e por vezes aborrachados, a que os ingleses chamam baked e que um nariz mais apurado detecta imediatamente em prova cega.[/vc_column_text][/vc_column][/vc_row][vc_row type=”in_container” full_screen_row_position=”middle” scene_position=”center” text_color=”dark” text_align=”left” overlay_strength=”0.3″ shape_divider_position=”bottom”][vc_column column_padding=”no-extra-padding” column_padding_position=”all” background_color_opacity=”1″ background_hover_color_opacity=”1″ column_shadow=”none” column_border_radius=”none” width=”1/1″ tablet_text_alignment=”default” phone_text_alignment=”default” column_border_width=”none” column_border_style=”solid”][image_with_animation image_url=”32023″ alignment=”” animation=”Fade In” border_radius=”none” box_shadow=”none” max_width=”100%”][/vc_column][/vc_row][vc_row type=”in_container” full_screen_row_position=”middle” scene_position=”center” text_color=”dark” text_align=”left” overlay_strength=”0.3″ shape_divider_position=”bottom”][vc_column column_padding=”no-extra-padding” column_padding_position=”all” background_color_opacity=”1″ background_hover_color_opacity=”1″ column_shadow=”none” column_border_radius=”none” width=”1/1″ tablet_text_alignment=”default” phone_text_alignment=”default” column_border_width=”none” column_border_style=”solid”][vc_column_text]INTERESSE RENOVADO
No consumidor pode ficar sempre a dúvida: qual será a diferença entre o Tawny com indicação de idade 40 Anos e um Colheita que tenha estado 40 anos em casco? José A. Ribeiro confirma que “pode não ser fácil mas é o mesmo tipo de dificuldade que existe com outros tipo de Vinho do Porto que têm muitos pontos de contacto, com os Ruby Reserva e os L.B.V., por exemplo; o 40 Anos é um vinho de blend, é uma criação de loteamento sucessivo, enquanto o Colheita pode aparecer como um vinho não tão polido, onde as características do ano ainda podem estar presentes”. O conceito é confirmado também por Charles Symington, enólogo da empresa, que acha que “um ano mais quente ou mais fresco, um vinho com fruta mais ou menos madura, tudo isso se pode reflectir depois no Colheita, mas se forem muitos os anos de casco é de facto difícil perceber o ano.”
Mas no caso das marcas da família Symington, os Colheita vieram para ficar e a empresa pretende estar mais presente no mercado com este tipo de vinho. Não no caso Graham (onde haverá lançamentos especiais e engarrafado todo o stock do ano de uma vez só) mas nas outras marcas, tais com a Warre Otima ou a Dow’s, por exemplo. “Creio que fizemos bem em entrar neste novo negócio porque tínhamos e temos excelentes vinhos velhos em casco e, em muitos casos, em quantidade que justificava a colocação no mercado”, refere Charles.
Os portugueses estão a beber mais Porto Colheita e, na opinião de Jaime Vaz, da Garrafeira Nacional, em Lisboa, estão mesmo a comprar mais Tawny do que Vintage, a não ser nos anos clássicos. Com uma curiosidade: “Ao contrário dos vintages, o meu consumidor pede Colheita, não pelo nome do produtor mas pelo ano e com frequência, quando há escolha do mesmo Colheita, pedem engarrafamentos mais antigos. É um negócio que poderá andar entre as 15 e 20.000 garrafas/ano.” Luís Cândido da Silva, da Garrafeira Tio Pepe, no Porto, também não tem dúvidas: “Este é o segmento de Vinho do Porto que mais tem crescido e os nossos clientes pedem (talvez 50%) pelo ano que querem e não pela marca. Mas também estou certo de que foi o aparecimento de colheitas antigas de marcas prestigiadas que veio trazer um renovado interesse por este tipo de Porto”, confirmou.[/vc_column_text][/vc_column][/vc_row][vc_row type=”in_container” full_screen_row_position=”middle” bg_color=”#efefef” scene_position=”center” text_color=”dark” text_align=”left” overlay_strength=”0.3″ shape_divider_position=”bottom” shape_type=””][vc_column column_padding=”no-extra-padding” column_padding_position=”all” background_color_opacity=”1″ background_hover_color_opacity=”1″ column_shadow=”none” column_border_radius=”none” width=”1/1″ tablet_text_alignment=”default” phone_text_alignment=”default” column_border_width=”none” column_border_style=”solid”][vc_text_separator title=”Colheita, modo de usar” color=”custom” accent_color=”#888888″][vc_column_text]A primeira ideia que nos surge quando pensamos na integração do Porto Colheita num menu é considerá-lo como vinho de sobremesa, servido por isso no final da refeição. A ideia está correctíssima e é mesmo como corolário da refeição que, por norma, entendemos o Colheita. No entanto é possível ter neste assunto uma atitude mais aberta e atenta. Assim, creio que um Colheita muito velho não deverá ter a mesma ligação com a sobremesa que reservaríamos a um Colheita novo, com 10 ou 12 anos. Para mim um Colheita muito velho é sempre o protagonista, quando não o solista do final do concerto: bebe-se sozinho, sem qualquer acompanhamento. Já um Colheita de meia-idade – entre 20 e 30 anos, por exemplo – pode merecer um tratamento diferente e ser grande parceiro, servido como entrada, com um foie-gras mit cuit. Pode ser servido nos copos de Porto ou, caso os possua, nos modelos especiais para colheitas tardias que algumas empresas de copos têm no portefólio. Um Colheita mais novo pode ser bem apreciado no início da refeição com amêndoas torradas ou, como as servem no Douro, fritas em azeite e temperadas com sal; mas também no final da refeição com sobremesas de ovos desde que não muito doces, como leite-creme, por exemplo, mas também a tarte tatin ou outro tipo de tartes de maçã.
[/vc_column_text][divider line_type=”Full Width Line” line_thickness=”1″ divider_color=”extra-color-1″][/vc_column][/vc_row][vc_row type=”in_container” full_screen_row_position=”middle” scene_position=”center” text_color=”dark” text_align=”left” overlay_strength=”0.3″ shape_divider_position=”bottom”][vc_column column_padding=”no-extra-padding” column_padding_position=”all” background_color_opacity=”1″ background_hover_color_opacity=”1″ column_shadow=”none” column_border_radius=”none” width=”1/1″ tablet_text_alignment=”default” phone_text_alignment=”default” column_border_width=”none” column_border_style=”solid”][vc_column_text]UM PORTO COM REGRAS?
Diz-se, e com razão, que nos assuntos do vinho não devem existir demasiadas regras, para que o prazer do consumo não vire uma actividade sujeita a demasiados normativos. No entanto, no caso do Porto Colheita, é verdade que convém o consumidor estar por dentro de alguns segredos que este tipo de vinho encerra. Na origem estamos a falar de um Porto envelhecido em casco e, por via disso, entra na categoria de Vinho do Porto Tawny. Vamos então ver as características específicas que este Tawny apresenta e que deveremos ter em conta, quer no acto da compra quer no do consumo.
1. Por lei, um Colheita só pode ser engarrafado após sete anos de estágio em casco. Mas não tem de ser engarrafado todo de uma vez. Por norma, seguida por quase todas as casas, os Colheita vão sendo engarrafados à medida das solicitações do mercado. Faz-se um engarrafamento quando é preciso, normalmente uma vez por ano, nas quantidades que o mercado irá absorver.
2. Os Colheita podem ser, na origem, vinhos brancos ou tintos. Actualmente já se faz a distinção ente Colheita branco e tinto, algo recente no sector do Vinho do Porto. No caso dos Colheita brancos, essa indicação vem no rótulo.
3. Algumas empresas optam por colocar os Colheita à venda apenas quando já têm 10 anos de casco. A idade de 7 anos é apenas a indicação oficial, a partir do qual o Colheita pode ser vendido. Fica assim ao critério de cada empresa a idade a partir da qual começa a vender o seu Colheita.
4. Esta regra do engarrafamento faseado, leva a que o tempo de estágio possa ser muito diferente, dependendo do tempo que esteve em casco. Exemplo: há várias empresas que ainda têm o Colheita 1937 em casco e estão a engarrafá-lo aos poucos, desde os anos 40. Assim, um 37 comprado agora e engarrafado recentemente, terá muito mais anos de casco do que o seu equivalente engarrafado há 40 ou 50 anos. E, diz-nos também a prática, o que tiver sido engarrafado há menos tempo estará muito mais vivo e fresco. Fica então a primeira sugestão: antes de adquirir um Porto Colheita verifique a data de engarrafamento presente no rótulo ou contra-rótulo. Do que atrás se disse não se conclui que só os engarrafamentos recentes são de considerar; um Colheita engarrafado há muito tempo pode continuar a mostrar imensa saúde e adquirir mesmo o famoso “cheiro de garrafa”, algo difícil de definir mas corresponde a uma nota vidrada que nos indica que o vinho estará engarrafado há muito. A ideia é que, perante uma opção de compra entre dois Colheitas do mesmo ano e do mesmo produtor, será preferível escolher o que tiver menos tempo de garrafa.
5. Os Colheita são sempre filtrados antes do engarrafamento. Não requerem assim decantação prévia. No entanto, caso tenha já muitos anos de garrafa, é possível que apresente algum depósito. Há então que ter alguns cuidados no manuseamento da garrafa para que o Porto seja servido limpo e límpido.
6. Caso exista depósito e tenha de ser decantado, o vinho tanto pode ser servido num decanter (de cristal, de preferência) como na própria garrafa. Nesse caso decante o vinho, lave bem a garrafa e volte a colocar o vinho na garrafa original.
7. Tal como todos os Porto Tawny, os Colheita devem ser conservados ao alto na garrafeira; o facto de se tratar de um vinho já oxidado não obriga a que a garrafa seja conservada deitada.
8. Ao contrário dos Vintage, os Colheita podem ser consumidos tranquilamente durante alguns meses sem perda de qualidade na garrafa depois de aberta. Mas aqui há que não exagerar e, ao final de um ano, o vinho terá perdido frescura. Há assim que prestar atenção ao tempo que decorre entre a abertura e o final do consumo da garrafa.
9. O Colheita beneficia em ser servido ligeiramente fresco, fica bem mais elegante e ganha muita vivacidade. A garrafa deverá ser colocada no frio um par de horas antes do serviço, mas, se necessário, não há que hesitar em usar um balde de gelo para que o Colheita não fique prejudicado com a temperatura.
10. O Colheita não ganha com o tempo de garrafa. Alguns aromas podem modificar-se mas, no essencial, a evolução fez-se antes do engarrafamento. Conservar um Colheita em casa por muitos anos à espera de melhorias significativas pode revelar-se contraproducente.[/vc_column_text][/vc_column][/vc_row][vc_row type=”in_container” full_screen_row_position=”middle” scene_position=”center” text_color=”dark” text_align=”left” overlay_strength=”0.3″ shape_divider_position=”bottom”][vc_column column_padding=”no-extra-padding” column_padding_position=”all” background_color_opacity=”1″ background_hover_color_opacity=”1″ column_shadow=”none” column_border_radius=”none” width=”1/1″ tablet_text_alignment=”default” phone_text_alignment=”default” column_border_width=”none” column_border_style=”solid”][nectar_animated_title heading_tag=”h6″ style=”color-strip-reveal” color=”Accent-Color” text=”Em prova”][vc_column_text]

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Edição Nº18, Outubro 2018

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Cockburn’s celebra Dia Internacional do Vinho do Porto

No dia 27 de Janeiro assinala-se o Dia Internacional do Vinho do Porto e a Cockburn’s, marca da Symington Family Estates, vai celebrá-lo com a mais recente novidade do seu Centro de Visitas: piqueniques no espaço do Centro. Quem reservar piquenique terá a oportunidade de provar os vinhos Douro e Porto e também sabores regionais […]

No dia 27 de Janeiro assinala-se o Dia Internacional do Vinho do Porto e a Cockburn’s, marca da Symington Family Estates, vai celebrá-lo com a mais recente novidade do seu Centro de Visitas: piqueniques no espaço do Centro. Quem reservar piquenique terá a oportunidade de provar os vinhos Douro e Porto e também sabores regionais sendo que, no dia 27, tem oferta de visita e prova do Cockburn’s 10 Anos.
O menu do piquenique está disponível para uma ou duas pessoas (19 e 32 euros, respetivamente) e inclui pão rústico, enchidos, queijo, azeitonas, paté de bacalhau, batatas fritas, tomates cherry, fruta da época, chocolate com Vinho do Porto Special Reserve, um copo de Altano e outro de Cockburn’s Special Reserve. Também os menus infantil (12 euros) e vegetariano (19 euros) são uma opção.
A pré-reserva pode ser feita através do e-mail cockburnslodge@cockburns.com ou do número 913007950.

Croft: Uma casa com 430 anos!

[vc_row type=”in_container” full_screen_row_position=”middle” scene_position=”center” text_color=”dark” text_align=”left” overlay_strength=”0.3″ shape_divider_position=”bottom”][vc_column column_padding=”no-extra-padding” column_padding_position=”all” background_color_opacity=”1″ background_hover_color_opacity=”1″ column_shadow=”none” column_border_radius=”none” width=”1/1″ tablet_text_alignment=”default” phone_text_alignment=”default” column_border_width=”none” column_border_style=”solid”][vc_column_text]Um produtor com um passado da dimensão do Vinho do Porto. Um Vintage de sonho produzido a partir de uvas de uma quinta mítica. Uma celebração inesquecível. TEXTO Nuno de Oliveira Garcia FOTOS Anabela Trindade Existem colheitas […]

[vc_row type=”in_container” full_screen_row_position=”middle” scene_position=”center” text_color=”dark” text_align=”left” overlay_strength=”0.3″ shape_divider_position=”bottom”][vc_column column_padding=”no-extra-padding” column_padding_position=”all” background_color_opacity=”1″ background_hover_color_opacity=”1″ column_shadow=”none” column_border_radius=”none” width=”1/1″ tablet_text_alignment=”default” phone_text_alignment=”default” column_border_width=”none” column_border_style=”solid”][vc_column_text]Um produtor com um passado da dimensão do Vinho do Porto. Um Vintage de sonho produzido a partir de uvas de uma quinta mítica. Uma celebração inesquecível.

TEXTO Nuno de Oliveira Garcia

FOTOS Anabela Trindade

Existem colheitas que produziram Vintages de que ninguém se esquece. Colheitas que viraram lendas, e anos que rimam com perfeição. A par da colheita de 1963, talvez só a de 1945 adquiriu esse estatuto, e perspetiva-se que 2011 possa, com o teste dos anos vindouros, vir a ser também dessa índole. Pois bem, da colheita de 1945 é unânime que um dos melhores Vintage desse ano foi o da Croft. Provado recentemente no evento que comemorou os 430 anos da empresa, resta-nos dizer sobre ele que qualquer adjetivo peca por defeito.
Melhor do que isso só poder confirmar, numa prova vertical muito especial em homenagem ao 430º aniversário, que também anos como 1948, 1955, 1963, 1966 e 1970 permitiram à Croft fazer alguns dos melhores Vintage que já provámos, e não estamos a exagerar. E a verdade é que a marca Croft, apesar de ter transitado de proprietários algumas vezes, sempre se manteve presente nas escolhas dos consumidores portugueses e ingleses, sendo uma referência muito relevante no universo Porto. Talvez o caso mais evidente, a par dos Vintages, tenha sido o Croft’s Invalid Port, um produto de enorme sucesso, tido por um tónico com propriedades medicinais e que chegou a expor no respetivo rótulo uma sugestiva cruz vermelha…
Com tanto sucesso e história (no Vinho do Porto e no Sherry), em 2001, e após algumas tentativas anteriores não sucedidas, a então Taylor Fladgate & Yeatman (atual The Fladgate Partnership) adquiriu o negócio do Vinho do Porto da Croft (do negócio ficou fora a área do Sherry). Mas, para além de uma marca intemporal, dos stocks e instalações, a razão da aquisição era bem clara, e consubstanciava um sonho antigo – voltar a possuir a Quinta da Roêda, inicialmente comprada pela Croft em 1889.
Trata-se de uma propriedade extensa junto ao Pinhão, em pleno Cima-Corgo, na margem norte, fácil de identificar pela curva majestosa que o rio Douro desenha nesse mesmo local. A exposição das vinhas é virada a sul, com uma altitude que não ultrapassa os 300 metros, o que explica que a vindima aconteça, por vezes, mais cedo do que em propriedades rio acima. Os vinhos aqui produzidos também revelam essa exposição e terroir, com um perfil muito aromático, cheio de fruto robusto, e nota florestal. Os primeiros registos de plantações datam de 1811, sendo que a casa principal, e demais edifícios agrícolas, terão sido edificados por volta do ano 1920.
Com a aquisição pela Taylor Fladgate & Yeatman, coube ao reputado e experiente António Magalhães a liderança da replantação de mais de 5 hectares por ano, reservando intocáveis apenas as melhores vinhas velhas. Atualmente a quinta comporta 75ha de vinha, sendo que as parcelas mais velhas, pouco mais de 10ha, foram plantadas a seguir à filoxera. As primeiras replantações tiveram, curiosamente, como objetivo arrancar alguma vinha plantada nas décadas de 60 e 70 do século passado, que não se adequavam à qualidade que se pretende na propriedade. Mais recentemente, viria a surgir uma adega quase nova, novos lagares e robots mecânicos de pisa, e a ambição não mais parou.
David Guimaraens, responsável máximo pela enologia, é perentório ao afirmar que não irá descansar enquanto os Vintages da Croft não alcançarem o estatuto que já tiveram, e enquanto não tiverem a mesma reputação das duas restantes marcas do grupo – Taylor’s e Fonseca.[/vc_column_text][/vc_column][/vc_row][vc_row type=”in_container” full_screen_row_position=”middle” equal_height=”yes” scene_position=”center” text_color=”dark” text_align=”left” overlay_strength=”0.3″ shape_divider_position=”bottom” shape_type=””][vc_column column_padding=”no-extra-padding” column_padding_position=”all” background_color_opacity=”1″ background_hover_color_opacity=”1″ column_shadow=”none” column_border_radius=”none” width=”1/2″ tablet_text_alignment=”default” phone_text_alignment=”default” column_border_width=”none” column_border_style=”solid”][vc_column_text]Provados os vinhos da nova era, já sob a propriedade da The Fladgate Partnership, somos da opinião que esse exigente desígnio é alcançável a curto e médio prazos, com destaque para os belíssimos 2003 e 2011 a convencerem-nos disso.
Para comemorar a fantástica efeméride de 430 anos, a marca lançou um vinho dedicado à fundação da Croft, em 1588, por Henry Thompson, precisamente no ano da invasão pela Invencível Armada, um Reserve Ruby de muito bom nível, cheio de fruto como é apanágio da marca.[/vc_column_text][/vc_column][vc_column column_padding=”no-extra-padding” column_padding_position=”all” background_color_opacity=”1″ background_hover_color_opacity=”1″ column_shadow=”none” column_border_radius=”none” width=”1/2″ tablet_text_alignment=”default” phone_text_alignment=”default” column_border_width=”none” column_border_style=”solid”][image_with_animation image_url=”28116″ alignment=”” animation=”Fade In” img_link_target=”_blank” border_radius=”none” box_shadow=”none” max_width=”100%” img_link=”https://grandesescolhas.com/vinho/croft-430th-anniversary-celebration-edition”][/vc_column][/vc_row][vc_row type=”in_container” full_screen_row_position=”middle” scene_position=”center” text_color=”dark” text_align=”left” overlay_strength=”0.3″ shape_divider_position=”bottom”][vc_column column_padding=”no-extra-padding” column_padding_position=”all” background_color_opacity=”1″ background_hover_color_opacity=”1″ column_shadow=”none” column_border_radius=”none” width=”1/1″ tablet_text_alignment=”default” phone_text_alignment=”default” column_border_width=”none” column_border_style=”solid”][divider line_type=”No Line” custom_height=”30″][vc_column_text]

Edição Nº15, Julho 2018

[/vc_column_text][/vc_column][/vc_row][vc_row type=”in_container” full_screen_row_position=”middle” scene_position=”center” text_color=”dark” text_align=”left” overlay_strength=”0.3″ shape_divider_position=”bottom”][vc_column column_padding=”no-extra-padding” column_padding_position=”all” background_color_opacity=”1″ background_hover_color_opacity=”1″ column_shadow=”none” column_border_radius=”none” width=”1/1″ tablet_text_alignment=”default” phone_text_alignment=”default” column_border_width=”none” column_border_style=”solid”][image_with_animation alignment=”” animation=”Fade In” border_radius=”none” box_shadow=”none” max_width=”100%”][/vc_column][/vc_row]