Grande Prova: Tintos do Tejo “On Fire”

O rio define a região de vinho a norte de Lisboa, que se estende Tejo acima até Tomar. Resultado de uma restruturação de nome em 2008, da qual resultou uma identidade centrada no rio e seu nome: é a Indicação de Proveniência Regulamentada Tejo e a Denominação de Origem Protegida DoTejo. Os seus 12 mil […]
O rio define a região de vinho a norte de Lisboa, que se estende Tejo acima até Tomar. Resultado de uma restruturação de nome em 2008, da qual resultou uma identidade centrada no rio e seu nome: é a Indicação de Proveniência Regulamentada Tejo e a Denominação de Origem Protegida DoTejo. Os seus 12 mil hectares de vinha produzem 65 milhões de litros de vinho, dos quais 30 milhões são certificados, 90% como Regionais e 10% como DOC.
Havia várias DOs na região, mas em 2008 passaram a ser admitidas como sub-regiões, que, na verdade, são raramente usadas ou comunicadas pelos produtores. São elas Almeirim, Cartaxo, Chamusca, Coruche, Santarém e Tomar. Na verdade, a CVR, liderada desde 2014 por Luís Castro, tem enfatizado os três terroirs mais marcantes da região: o Bairro, o Campo e a Charneca. A CVR encomendou estudos que levaram a que a zona de maior altitude, perto de Tomar, se vá tornar, em breve, na quarta subdivisão da região do Tejo.
Esta é a melhor prova de vinhos tintos do Tejo alguma vez feita.
Vinhos de grande nível
A grande batalha do Tejo nas últimas décadas tem sido a conversão da região para a produção de vinhos de qualidade. Luís Castro, como muitos outros na região, defendem que essa batalha está ganha há muitos anos, mas o consumidor não tem essa percepção. A CVR tem feito o seu papel, os produtores também, mas o consumidor não vê o Tejo com os mesmos bons olhos de outras regiões, e quer dali vinhos bons e baratos. Não estou necessariamente de acordo com essa visão. Penso que o Tejo deu passos em frente, mas depois estagnou durante alguns anos, e navegou com alguma complacência as águas da qualidade, quantidade e percepção. A aritmética da escola primária chega para perceber que se pode ganhar mais dinheiro com um vinho mais caro, e muito mais dinheiro com uma quantidade grande desse vinho. Mas isso já não importa, porque esta prova me mostrou que essas dúvidas foram resolvidas. Já há alguns anos que vejo os melhores tintos do Tejo a alcançar uma dimensão até há poucos anos impensável e, neste momento, vejo uma quantidade já significativa de produtores a contribuírem com vinhos de grande nível. Ou seja, bem-vindo, Tejo!
Nos vinhos brancos, a casta rainha é a Fernão Pires, com cerca de 80% do encepamento. Os enólogos foram percebendo melhor a casta e suas especificidades, e conceberam soluções para melhorar os vinhos, fosse em lotes com outras castas, fosse entendendo melhor e adaptando a produção a cada terroir. Nos tintos sempre houve mais variedade. A casta mais plantada é o Castelão, seguida da Trincadeira. Também há muita Touriga Nacional, Tinta Roriz, Alicante Bouschet e Syrah. Mas neste segmento dos topos de gama, o Castelão, e até a Trincadeira, aparecem apenas residualmente. Por outro lado, aparece com alguma frequência a Touriga Franca nos lotes. Também neste capítulo, o Tejo se redefine. Obviamente, para os topos de gama é usual o estágio em barricas de carvalho, novas ou usadas. Fiquei muito contente de verificar que eram poucos os vinhos com graus alcoólicos muito elevados. A região é muito quente, mas há já talento para controlar as maturações excessivas. Em geral, os vinhos mostraram muita qualidade e apelo, com vários a apresentar notas excelentes e muita adaptação à mesa.
Uma região precisa das suas estrelas, e são essas que puxam tudo para a frente.
Afinado e sedutor
Falei com Pedro Pinhão, enólogo da Quinta da Lagoalva de Cima, que me explicou que o vinho na casa, como em muitas outras do Tejo, é apenas mais uma das múltiplas culturas. Eventualmente, isso atrasou a tal mudança da ênfase da quantidade para a qualidade. Hoje em dia há mais experiência, maior foco na vinha e nos vinhos, melhor divisão de tarefas e pessoal mais especializado. A Lagoalva esteve na primeira linha dos vinhos do Tejo logo a partir dos anos 1990, e mostra hoje este topo de gama muito afinado e sedutor.
Não se viu nesta prova, mas a minha experiência com os vinhos do Tejo mostra-me um salto em frente também nas entradas de gama. A região trabalhou para oferecer vinhos com boa relação qualidade preço em todas as gamas, e o tal déficit de percepção de qualidade, de que Luís Castro falou, foi combatido com uma abordagem mais focada na exportação, onde essa percepção não existia. Segundo ele, a CVR apoia também os seus produtores com aconselhamento de críticos internacionais, como Charles Metcalfe ou Dirceu Vianna, e ainda visitas a produtores concorrentes nas feiras internacionais.
Olhando os resultados da prova, vemos claramente essa qualidade marcada por preços bem acessíveis, mas vemos também vinhos cujo preço começa a subir bastante. Não vejo isso como negativo, mesmo que isso nos faça poder bebê-los menos vezes. Uma região precisa das suas estrelas, e são essas que puxam tudo para a frente. Vejo ainda, e por agora, independentemente dos diferentes lotes de várias castas, uma certa uniformidade de estilo neste topo da pirâmide da qualidade. Creio que isso faz parte da evolução de uma região, como o temos visto noutras, onde já nos habituámos a constatar qualidade de primeira água. Creio ainda que o próximo passo é vermos diferentes produtores, alguns deles mais pequenos e mais ousados, fazerem topos de gama mais especiais, mais diferenciados, onde o terroir vai ser explorado mais em profundidade, cada vinho mostrando individualidade. Em alguns desses casos o avanço vai dar-se para trás, ou seja, vai haver netos que regressam aos modos dos seus avós, mas com a sua visão mais moderna, mais apoiada na técnica e na ciência. Isto ou eu a adivinhar novos e excitantes caminhos para o Tejo. São bons tempos os que vivemos.
(Artigo publicado na edição de Abril de 2025)
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Adega de Penalva: Um exemplo diferenciador

Olhando para um passado com quase 65 anos cumpridos, a Adega de Penalva podia ser apenas mais uma das cooperativas surgidas com o eclodir do fenómeno, no final dos anos 50 do século passado. Fundada em 1960 por 43 associados, conta atualmente com mais de 950 sócios e uma capacidade de vinificar mais de 12 […]
Olhando para um passado com quase 65 anos cumpridos, a Adega de Penalva podia ser apenas mais uma das cooperativas surgidas com o eclodir do fenómeno, no final dos anos 50 do século passado. Fundada em 1960 por 43 associados, conta atualmente com mais de 950 sócios e uma capacidade de vinificar mais de 12 milhões de litros, processando, por ora e em média, sete milhões de quilos de uva por ano. O crescimento nos vinhos engarrafados ganha cada vez maior preponderância na economia desta Adega, correspondendo hoje a mais de dois milhões de garrafas/ano, com um crescimento anual de cerca de 10%, algo notável e em contraciclo com a realidade atual do setor. A única quebra sentida pela cooperativa nos anos mais recentes é no bag-in-box, crendo-se que por influência malévola da entrada em Portugal de vinhos oriundos da UE, especialmente de Espanha, a preços absolutamente incomportáveis para uma cooperativa que privilegia a qualidade no mercado.
Perante a dimensão destes números, podíamos ser tentados a imaginar que nesta Adega vale sobretudo o grande volume. Contudo, tal como nos produtores médios ou de menor dimensão, todo o processo inicia-se com um cuidado muito especial na vinha, sendo a sua permanente vigilância e peregrinação quase diária, prática perfeitamente enraizada no diretor de enologia da Adega, António Pina.
A dimensão média das propriedades por associado rondará os cinco e sete hectares, havendo, entre destes, alguns com mais de 15 ou 20 hectares. Não descurando ninguém, a Adega também recebe uva daqueles que não possuem mais de três ou quatro mil metros quadrados. Na campanha de 2024 foram cerca de 650 os associados que entregaram uva, estando muitos em processo de renovação das vinhas.
No total, a Adega recebe uva de uma área correspondente a 1100 hectares de vinha, estendidas entre os municípios de Penalva do Castelo, Satão e Mangualde.
De todo o modo, mais de 80% das vinhas situam-se no concelho de Penalva do Castelo. Em Satão, em parcelas de maior altitude e, consequentemente, mais frescas, predominam as castas brancas, com principal destaque para o Encruzado, que beneficia da composição dos solos mais graníticos, alcançando ali uma maior acidez e frescura. No concelho de Mangualde já não predomina tanto o granito. Os solos caracterizam-se por serem mais vermelhos, maioritariamente argilosos, ideais para tintos robustos e concentrados, nomeadamente de Touriga Nacional, que ali encontra condições para uma maior maturação.
QUINTA DA VINHA VELHA
Com cerca de 12 hectares, a Quinta da Vinha Velha bem pode ser apresentada como o “andar modelo” das propriedades com que trabalha a Adega. É nela que existe uma das mais significativas áreas de vinhas velhas, muitas delas com mais de 50 anos, tendo as parcelas mais recentes já cerca de 40 anos. O notável, nesta belíssima propriedade, foi mesmo o modo como se segmentaram, há mais de cinco décadas, as parcelas por castas, plantando-se cada uma delas tendo em conta a composição do solo, a maior ou menor exposição e, naturalmente, a sua aptidão para mais precoces ou tardias maturações. A exposição é encantadora, com toda a vinha a beneficiar dos dias soalheiros do nascer ao pôr do sol.
É aqui e nas áreas limítrofes, numa zona que forma um anfiteatro voltado a Sul, para a serra da Estrela, que se encontra o coração das vinhas que abastecem a Adega de Penalva, numa manta de retalhos e parcelas monovarietais rodeadas de florestas e mato, elemento da paisagem que confere, aos vinhos, uma marca de identidade muito própria, muito Dão no seu estado mais puro.
AS CASTAS DE PENALVA
Neste lado do Dão, Jaen e Tinta Roriz levam a dianteira na área de vinha, logo seguidas da Touriga Nacional, Tinta Pinheira e Alfrocheiro, esta com tendência a diminuir.
A Touriga Nacional é a casta que mais cresce no plantio na região do Dão. Nas vinhas da região e nas propriedades dos associados da Adega, as tintas ainda são quem mais ordena, superando com larga vantagem as uvas brancas, cabendo, às primeiras, 80% do encepamento e apenas 20% às brancas. Nas preferências de vinificação, pela sua enorme identidade varietal e expressão da região, surgem a Tinta Pinheira e o Alfrocheiro, curiosamente as mais sensíveis à podridão e, por isso, nem todos os anos possuem a qualidade que se exige à coleção dos monovarietais da Adega. As brancas são escassas. O mercado pede-as cada vez mais, e há necessidade de incentivar a produção, aumentando-a, pelo menos, em 10%, como refere José Clemente, presidente da Adega e ele próprio viticultor, cuja experiência e conhecimento muito têm beneficiado a cooperativa.
O classicismo, e até algum conservadorismo da região, provoca o receio nos produtores de plantar mais uva branca, presumindo que a tendência que hoje se verifica possa ser tão-somente uma moda e, como todas as modas, meramente passageira. Como o Encruzado não é uma casta muito produtiva e, por isso, não muito apetecível para o agricultor, a Adega bonifica a uva, pagando um valor mais elevado ao quilo. Nas tintas há também uma maior bonificação da Tinta Pinheira, Alfrocheiro e Touriga Nacional, desde que atinjam os níveis de cor desejados e grau alcoólico. A Adega regozija-se de pagar a uva a preços acima da média, como refere José Clemente com justificado orgulho e, em contrapartida, os associados tratam a vinha com denodo, entregando a matéria-prima de qualidade que permite criar os vinhos mais diferenciados da Adega, como são os monovarietais brancos e tintos.
A Baga é um curioso caso no universo da Adega de Penalva. De casta mais plantada no Dão no século XIX, tornou-se cada vez mais rara na região, sendo hoje residual e surgindo somente nas vinhas muito velhas, algumas centenárias. O cadastro das vinhas inicia-se a partir de 1930. E é a partir desses registos que se constata que, à data, a Baga compunha cerca de 20% de todo o encepamento do Dão. O seu arranque foi uma inevitabilidade provocada pela alteração do critério de pagamento ao viticultor. Se antes era pela quantidade e, aí, a Baga mostrava-se apetecível porque era muito produtiva, aquando da alteração para o pagamento por teor alcoólico, deixou de ser tão atrativa porque apresentava sérios problemas de maturação quando era deixada uma carga muito elevada na videira. É nessa altura que se dá o despontar da Touriga Nacional, antes conhecida como Tourigo ou Touriga Antiga, muito mais atraente às boas maturações e produções substanciais, sobretudo a partir da sua seleção clonal, ocorrida nos anos 80. A partir daí a Baga começa a ser arrancada e substituída por castas tintas de maturação equilibrada para vindima mais precoce. Não está fora das cogitações da Adega fomentar o plantio da Baga, não obstante a sua fragilidade à podridão, equacionando-a na elaboração de espumantes, uma vez que a Malvasia Fina, com que são elaborados os topos de gama em Método Clássico da Adega, começa a sofrer de uma constante e gradual perda significativa de acidez, razão pela qual os mais recentes espumantes já beneficiam da introdução do Encruzado e Uva-Cão.
Outra casta que está a merecer especial atenção da enologia é o Cerceal-Branco, que traz uma frescura muito surpreendente, revelando um comportamento que, quase sempre, se superlativiza em relação ao Encruzado. Do mesmo modo, assiste-se a um renascimento do Bical, no Dão conhecida como Borrado das Moscas, cuja potenciação é realizada através de novos conceitos de vindima e vinificação. Esta é, já hoje, vindimada em duas fases: uma mais precoce, com cerca de 11% de teor alcoólico provável e, mais tarde, uma segunda vindima com índices de maturação mais elevados, criando-se, a partir daí, um blend que beneficia da frescura incisiva do mosto da primeira vindima e da exuberância aromática e doçura da segunda, encontrando o vinho o melhor de dois mundos.
ESTUDAR CASTAS AUTÓCTONES
A vertente do estudo profundo das castas é uma prática deixada pelo antecessor de António Pina, o Prof. Virgílio Loureiro, que criou, no seu pupilo, essa vontade de elevar o conhecimento. Pina é natural de Penalva do Castelo, tendo realizado o seu primeiro estágio na Adega em 2008. Seguiu-se depois a passagem por projetos de menor dimensão e, já em 2017, é convidado a regressar à Adega. A par dos vinhos de maior envergadura que constituem o grosso da produção da Adega, é seduzido pelo exaustivo estudo dos solos, parcelas e castas, numa constante busca pela afirmação de cada uma delas, gostando de as trabalhar isolada e parcelarmente, de modo a descobrir o local mais perfeito para a maturação qualitativa de cada uma. A mesma casta tem, em solos distintos e altitudes diferentes, um comportamento diferente. Encontrar o local ideal para cada uma demorou vários anos e há sempre novas descobertas e conclusões vindima após vindima.
O projeto dos monovarietais Adega de Penalva nasce em 2016. E, desde aí, tem-se desenvolvido e ampliado, com diferentes castas a surgirem em novas referências.
Essencial para a produção de uva de qualidade e elaborar os vinhos monovarietais que tanta notoriedade têm trazido à Adega, é a equipa de monitorização. É aqui que também surgem reticências de alguns viticultores, avessos a novas tendências e ao controlo, por parte de terceiros, do modo como promovem os cuidados e tratamentos das suas vinhas. Mas a maioria dos viticultores já está recetiva a seguir as demandas da Adega, consciente que o resultado de um maior acompanhamento técnico, e de base mais científica, é benéfico para alcançar a produção de uva mais sã. Tem sido fundamental a colaboração de proximidade, até a nível da própria sustentabilidade, eliminando-se tudo o que é nocivo para os solos. Naturalmente, isso tem custos acrescidos e a Adega cumpre essa responsabilidade ambiental com a valorização dessa uva. Dentro dos associados já há cerca de 60 hectares em produção biológica, outra das bandeiras hasteadas por José Clemente e António Pina.
O dia-a-dia da Adega de Penalva também é feito de novidades! Tinta Amarela e Tinta Carvalha são as mais recentes descobertas no encepamento da Quinta da Vinha Velha e já estão em curso experiências de vinificação, podendo sair delas novas e boas surpresas. Provado foi ainda um rosado de Malvasia Roxa, casta existente em ínfimas quantidades nas vinhas velhas que possui, como característica, uma uva de cor roxa esbatida. Dá origem a mostos naturalmente rosados, mesmo após prensagem e maceração. Um aturado e exaustivo processo de pesquisa deu também origem a uma curiosidade traduzida em 1000 litros de vinho, vinificado ao longo de quatro anos. É isto que, hoje, melhor caracteriza uma Adega que se desprendeu de um passado monolítico para se afirmar numa contemporaneidade que deve ser um exemplo nacional.
Nota: o autor escreve segundo o novo acordo ortográfico.
(Artigo publicado na edição de Abril de 2025)
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25 Anos de Herdade do Sobroso

Adquirida em 2000 pelo arquitecto portuense António Ginestal Machado, a Herdade do Sobroso, situada entre as margens do rio Guadiana e a Serra do Mendro, no Alentejo, assinala 25 anos de história em 2025. Com 1600 hectares de montado, floresta e vinha, e uma adega que respeita a arquitetura da região, desenhada por António Ginestal […]
Adquirida em 2000 pelo arquitecto portuense António Ginestal Machado, a Herdade do Sobroso, situada entre as margens do rio Guadiana e a Serra do Mendro, no Alentejo, assinala 25 anos de história em 2025.
Com 1600 hectares de montado, floresta e vinha, e uma adega que respeita a arquitetura da região, desenhada por António Ginestal Machado, é hoje um exemplo da integração tradicional alentejana entre natureza, enologia e hospitalidade. O projeto é liderado actualmente pela sua filha, Sofia Ginestal Machado, e pelo seu genro, o enólogo Filipe Teixeira Pinto, que salienta que “estes primeiros 25 anos de Sobroso foram de criação e descoberta, um período fantástico de desenvolvimento permanente e de preparação do futuro”, com base “num conhecimento crescente das micro-parcelas e do comportamento das diferentes variedades” para produzir os seus vinhos.
Para além dos 60 hectares de vinha, a Herdade do Sobroso é também um destino de enoturismo, com uma oferta que vai dos quartos com acesso à piscina, à gastronomia de uma cozinha liderada pela carismática Dona Josefa e a experiências como passeios de balão, piqueniques junto ao rio ou safaris fotográficos pela propriedade. Para Sofia Ginestal Machado, “a Herdade do Sobroso é a expressão máxima da autenticidade e da calma, um legado que queremos transmitir às próximas gerações”.
Para celebrar os 25 anos, a empresa está a preparar alguns eventos especiais para os próximos meses, e uma surpresa que anunciará mais tarde.
Millèsime: A grande festa dos espumantes

A Câmara Municipal de Anadia, como organizadora do Millèsime, que mais uma vez contou com a colaboração da Grandes Escolhas, está de parabéns e presta um serviço assinalável aos vinhos portugueses! Dificilmente se encontra uma simbiose mais perfeita entre localização, cenários, ambiente, festa e o objecto do evento, neste caso os espumantes, do que aqui. […]
A Câmara Municipal de Anadia, como organizadora do Millèsime, que mais uma vez contou com a colaboração da Grandes Escolhas, está de parabéns e presta um serviço assinalável aos vinhos portugueses!
Dificilmente se encontra uma simbiose mais perfeita entre localização, cenários, ambiente, festa e o objecto do evento, neste caso os espumantes, do que aqui. Pelo terceiro ano consecutivo no emblemático Hotel Palace da Curia, que evoca em cada um dos seus traços a época gloriosa do turismo termal das primeiras décadas do século XX, os espumantes portugueses encontraram o seu lugar de afirmação e demonstraram, aos milhares de visitantes que ocorreram à Curia, uma qualidade já transversal a muitas regiões do país.
Esta será, talvez, a primeira constatação que o visitante pode verificar in loco, perante a exposição de mais de uma centena e meia de referências que os 49 expositores (record absoluto) deram a provar.
Produzem-se hoje, em Portugal, espumantes de grande qualidade em quase todas regiões vitivinícolas. É verdade que a Bairrada continua a dominar em número produtores e em volume e jogava em casa e aproveitou a oportunidade para mostrar uma pluralidade de estilos e apostas que demonstram uma vitalidade crescente. É também verdade que Távora-Varosa não perdeu o ensejo de confirmar que tem um terroir único para a produção de grandes espumantes. Mas por todo o lado, do Minho ao Alentejo, das Beiras ao Tejo, do Dão à Península de Setúbal, o Millesime comprovou o interesse maior que os espumantes nacionais têm despertado nos consumidores, com o consequente aumento sustentável do seu consumo e a afirmação consistente da sua qualidade.
O Millèsime é festa, espalha uma alegria contagiante e consegue a proeza de comunicar e satisfazer as espectativas dos vários públicos que o visitam, sejam consumidores ou profissionais. Tem visitas institucionais de peso, como o Ministro Adjunto e Coesão Territorial, o Secretário de Estado do Turismo e outras individualidades. Tem diversão, animação e evocação do passado charmoso, entretendo os que se deixam seduzir pelo lado lúdico da festa. Tem boa oferta gastronómica, provando que os espumantes são dos vinhos mais transversais em termos de harmonização, e também provas comentadas de vinhos e harmonizações para os que querem saber mais e experimentar novos sabores e sensações. E tem um lado profissional que ficou patente no seu prolongamento a segunda feira de manhã (uma novidade desta edição), período exclusivamente reservado a compradores, e no almoço de convívio que se seguiu e na conversa entre enólogos e produtores proporcionada pelo convite a Marta Lourenço, enóloga da Murganheira e da Raposeira, que partilhou a sua experiência e saber na produção de espumantes com alguns dos seus colegas.
Duas conclusões se podem tirar desta edição 2025 do Millèsime: os espumantes portugueses estão a vencer a velha batalha contra a sazonalidade do seu consumo e têm um futuro auspicioso pela frente. Tchiiim!
Monte da Bica investe 1,5 milhões de euros no Alentejo

O Monte da Bica, adega boutique situada na zona de Montemor-o-Novo, no coração do Alentejo, vai investir mais de 1,5 milhões de euros na construção de um hotel boutique, novos lagares de pisa a pé e uma sala de provas. “Ainda este ano abriremos os dois lagares, pois queremos fazer toda a vinificação em casa, […]
O Monte da Bica, adega boutique situada na zona de Montemor-o-Novo, no coração do Alentejo, vai investir mais de 1,5 milhões de euros na construção de um hotel boutique, novos lagares de pisa a pé e uma sala de provas.
“Ainda este ano abriremos os dois lagares, pois queremos fazer toda a vinificação em casa, e a sala de provas”, revela Manuela Pinto Gouveia, proprietária do Monte da Bica, acrescentando que, em 2027, irá ser construída a unidade hoteleira, concretizando o sonho dos seus pais. Com isso a responsável pretende “recuperar a hospitalidade da casa de família, criar uma experiência imersiva e ajudar a fixar gente e talento na região, criando oportunidades de emprego”.
A herdade, conhecida pela sua longa tradição na produção de cortiça e cereais, pertence à família Pinto Gouveia desde 1919. Com cerca de 350 hectares de terra, utiliza hoje um modelo de gestão sustentável e diversificado, com atividade em áreas como a cortiça, pinhão, eucalipto, mel, sementes e pecuária. Desde 2016 dedica-se também à produção de vinhos, a partir de vinhas plantadas em 2005.
Com uma nova adega e uma adega-galeria na sala das barricas, que acolhe exposições de arte regulares, o Monte da Bica quer afirmar-se não apenas como produtor de vinhos, mas também como destino no Alentejo, que promove a cultura, o terroir e a identidade singular da região.
Concurso Vinhos de Portugal distingue Grandes Vencedores de 2025

A ViniPortugal, entidade organizadora do Concurso Vinhos de Portugal, que decorreu este ano pela 12ª vez, anunciou recentemente, durante uma gala que decorreu no Mercado 2 de Maio, em Viseu, os grandes vencedores de 2025, os vinhos que mais se destacaram entre as 1300 referências a concurso. O Melhor do Ano foi para o Quinta […]
A ViniPortugal, entidade organizadora do Concurso Vinhos de Portugal, que decorreu este ano pela 12ª vez, anunciou recentemente, durante uma gala que decorreu no Mercado 2 de Maio, em Viseu, os grandes vencedores de 2025, os vinhos que mais se destacaram entre as 1300 referências a concurso.
O Melhor do Ano foi para o Quinta do Crasto Touriga Nacional tinto 2020 que também foi considerado o Melhor Varietal Tinto. O Melhor Licoroso foi o vinho do Porto Kopke Colheita 1966 Tawny e o Melhor Varietal Branco o Villa Oliveira Encruzado 2022.
Os Melhores Vinhos tinto e branco de lote foram o Chryseia de 2022 e Quinta do Sobreiró de Cima Grande Reserva 2022, respectivamente, com o prémio de Melhor Espumante a ser atribuído ao Quinta d’Aguieira Espumante Millésime 2017. Ao todo, foram entregues 356 medalhas: 33 de Grande Ouro, 65 de Ouro e 258 de Prata.
Durante três dias de provas técnicas, 155 especialistas nacionais e internacionais, incluindo enólogos, sommeliers, jornalistas e wine educators, avaliaram criteriosamente os vinhos em competição. As amostras distinguidas com Medalha de Ouro passaram por uma nova avaliação, a cargo de um Grande Júri composto por Bento Amaral, Dirceu Júnior, Evan Goldstein, Luís Lopes, Manuel Lobo de Vasconcellos e Kenichi Ohashi, que seleccionou os Melhores do Ano e as Medalhas de Grande Ouro. Nesta edição, a região mais premiada foi o Douro e Porto, com um total de 115 medalhas.
A lista completa de premiados pode ser consultada no site do Concurso Vinhos de Portugal em: https://concursovinhosdeportugal.pt/.
12º Festival do Vinho do Douro Superior: 23, 24 e 25 de Maio

O programa da 12ª edição do evento inclui, para além do reconhecido Concurso de Vinhos do Douro Superior, provas comentadas de vinhos e azeites, um colóquio e mostras de produtos regionais do Douro, Trás os Montes e Beira Interior. A abertura do Festival do Vinho do Douro Superior está marcada para as 17:00 horas do […]
O programa da 12ª edição do evento inclui, para além do reconhecido Concurso de Vinhos do Douro Superior, provas comentadas de vinhos e azeites, um colóquio e mostras de produtos regionais do Douro, Trás os Montes e Beira Interior.
A abertura do Festival do Vinho do Douro Superior está marcada para as 17:00 horas do dia 23 de Maio, sexta-feira, sendo a abertura oficial com a presença do Presidente da Câmara Municipal de Foz Côa, João Paulo Sousa às 18:00h. Neste primeiro dia, os visitantes poderão assistir à prova comentada dos “Grandes tintos do Douro Superior”, por Valéria Zeferino, crítica da revista Grandes Escolhas, e ainda ao espetáculo David Antunes e The Midnight Band (22h00).
No sábado, dia 24, o destaque vai para o Concurso de Vinhos do Douro Superior, que reúne, durante a manhã, especialistas e outros profissionais reconhecidos, incluindo importadores dos Paises Baixos e Alemanha. Este é um concurso que se tem revelado importante para a afirmação dos vinhos da região, com a participação de grandes, médios e, sobretudo, pequenos produtores.
Em simultâneo ao concurso de vinhos, no dia 24, às 10:00 horas, decorrerá um Colóquio dirigido aos produtores da região e outros interessados com o tema “A hora dos vinhos brancos: o potencial do Douro Superior e as repostas na vinha e na adega”. Participam com intervenções e com a prova de alguns dos seus vinhos os enólogos Alvaro Van Zeller, Duarte da Costa, João Perry Vidal, Luciano Madureira e Mateus Nicolau de Almeida
No sábado dia 24, a feira abre portas para a população em geral pelas 15h00, estando reservadas, para este dia, duas provas comentadas, uma de “Azeites do Douro Superior e Trás-os-Montes”, por Francisco Pavão, Presidente da Associação dos Produtores em Proteção Integrada de Trás-os-Montes e Alto Douro (APPITAD), e outra dedicada aos “Grandes brancos do Douro Superior”, pelo crítico Luis Antunes da Grandes Escolhas. Matias Damásioe e Mickael Carreira fecham a noite, com um concerto às 22h00.
No último dia do evento será possível assistir ao anúncio dos resultados do Concurso de Vinhos do Douro Superior e à última prova comentada, desta vez sobre “Vinho do Porto”, por Luís Antunes. A complementar o programa de atividades, os visitantes do festival poderão provar e comprar os diversos vinhos e produtos locais na zona dos expositores, onde também se encontram tasquinhas com diferentes opções gastronómicas.
O Festival do Vinho do Douro Superior é organizado pela Câmara Municipal de Foz Côa e pela revista Grandes Escolhas, com o objectivo apoiar os produtores e mostrar o trabalho desenvolvido na região.
Menin Wine Company compra Quinta Bulas

A Menin Wine Company comprou a Quinta Bulas, localizada na região do Cima Corgo, do Douro, uma acção que representa um investimento de 6,5 milhões de euros e visa reforçar o posicionamento da empresa na região, onde passa a ter um total de 200 hectares. “A aquisição da Quinta Bulas junta mais um terroir de […]
A Menin Wine Company comprou a Quinta Bulas, localizada na região do Cima Corgo, do Douro, uma acção que representa um investimento de 6,5 milhões de euros e visa reforçar o posicionamento da empresa na região, onde passa a ter um total de 200 hectares.
“A aquisição da Quinta Bulas junta mais um terroir de excelência ao nosso portefólio”, explica Fásia Braga, directora geral da empresa, a propósito do novo investimento, acrescentando que se trata de “uma propriedade com um enorme potencial enológico e turístico, situada de frente para o rio Douro e foz do rio Ceira, o que abre um leque vasto de possibilidades de oferta de experiências únicas de enoturismo”.
Com 53 hectares, dos quais nove hectares de vinhas velhas, a Quinta Bulas não só contribui significativamente para o crescimento do portefólio vitícola da Menin Wine Company, que agora ultrapassa 29 hectares de vinhas velhas, como também contribui para o enriquecimento da diversidade potencial de vinhos da empresa, com a introdução de castas como a rara variedade Rabigato Moreno, até agora ausente nas propriedades do grupo.
Desde 2018 em Portugal, a Menin Wine Company, que integra a Menin Douro Estates (Quinta da Costa do Sol) e a H.O (Horta Osório Wines), tem vindo a crescer de forma sustentada, assumindo a missão de produzir vinhos de qualidade respeitando a terra e as tradições. A aquisição propriedade permitirá um aumento de mais de 30% na capacidade de produção actual da empresa.















