Produtores do Alentejo fundam associação APROVESA

Com sede em Évora, a APROVESA – Associação de Vinhos e Espirituosas do Alentejo foi fundada no dia 5 de Abril de 2022, com tomada de posse dos respectivos Órgãos Sociais. Em defesa do sector e dos vinhos e bebidas espirituosas da região, a APROVESA visa sobretudo a representação dos interesses dos seus associados. “Um […]
Com sede em Évora, a APROVESA – Associação de Vinhos e Espirituosas do Alentejo foi fundada no dia 5 de Abril de 2022, com tomada de posse dos respectivos Órgãos Sociais. Em defesa do sector e dos vinhos e bebidas espirituosas da região, a APROVESA visa sobretudo a representação dos interesses dos seus associados.
“Um dos objectivos da associação é aumentar o número de associados, tendo em vista uma representatividade cada vez mais robusta deste importantíssimo sector da economia da região. O contexto em que vivemos actualmente, obriga-nos, cada vez mais, a um reforço do trabalho em rede”, explica José Miguel Almeida, Presidente da Direcção da APROVESA.

Associação, recentemente criada, já integra produtores reconhecidos do Alentejo, como Adega de Borba, Adega de Redondo, Adega Cooperativa de Vidigueira, Cuba e Alvito, CARMIM, Cooperativa Agrícola da Granja, Encostas do Alqueva, Fundação Eugénio de Almeida, Quinta do Quetzal e Herdade das Servas.
“O Alentejo, líder na venda de vinhos engarrafados em Portugal, conta com mais de duas centenas de produtores de vinho, representando actualmente a APROVESA cerca de um terço de todo o vinho certificado na região”, afirma a associação, em comunicado.
Grande Prova – Brancos do Dão

No solar do Encruzado Imaculados a nível de qualidade e frescura, cada vez mais os brancos do Dão apresentam matizes diferenciadoras entre si. Fruto da neutralidade que a casta Encruzado apresenta nos primeiros anos em garrafa e da personalidade que ganha com o tempo, surgem estilos e perfis que vão desde a mineralidade pura até […]
No solar do Encruzado
Imaculados a nível de qualidade e frescura, cada vez mais os brancos do Dão apresentam matizes diferenciadoras entre si. Fruto da neutralidade que a casta Encruzado apresenta nos primeiros anos em garrafa e da personalidade que ganha com o tempo, surgem estilos e perfis que vão desde a mineralidade pura até fruta branca e mesmo algum exotismo. Em comum têm o elevado nível geral e preços tendencialmente cordatos.
Texto: Nuno de Oliveira Garcia
Notas de prova: João Paulo Martins e Nuno de Oliveira Garcia
Nos últimos dez anos, os brancos portugueses desmistificaram quaisquer preconceitos sobre a sua enorme qualidade. Naturalmente, os vinhos à disposição dos consumidores hoje são fruto de um trabalho anterior, seja pela replantação de vinhas, ou recuperação de castas esquecidas, seja na afinação de estilos menos óbvios, como por exemplo com menos recurso a madeira nova durante o estágio. Ora, uma das regiões com melhores condições para brancos nacionais de excepção é, sem dúvida, o Dão.
Por um lado, existem razões relativamente óbvias para isso, sendo disso bom exemplo os invernos frios e uma significativa altitude das vinhas (frequentemente acima dos 350m ou mais do nível do mar), bem como solos genericamente compostos por areias graníticas, tudo condições que aportam frescura aos vinhos. Mas, por outro lado, e olhando mais em pormenor, no caso do Dão outra razão existe e chama-se… Encruzado. Com efeito, nos últimos 20 anos, a fama da uva Encruzado confunde-se com a notoriedade crescente do vinho branco do Dão. Não o dizemos pela presença da casta no encepamento que, sendo crescente, está muito longe de ser dominante, mas essencialmente pela qualidade e consistência dos vinhos finais que proporciona. Efectivamente, o Encruzado, em pouco mais de década e meia, passou de singelamente admirado pela crítica especializada para gozar de uma justa fama junto dos consumidores. Arriscamo-nos a dizer que essa associação de casta a um território aumentou o valor da região do Dão junto dos apreciadores de vinhos brancos. Prova disso é que nunca ouvimos um consumidor a dizer que não gosta de Encruzado; e convenhamos que é difícil não gostar…
A referida associação entre o Encruzado e a região do Dão não é, todavia, isenta de nuances. A primeira delas respeita, como referimos, à sua limitada presença no encepamento. Existe uma significativa mancha de vinha velha branca no Dão, mas curiosamente surge a casta Malvasia Fina como muitas vezes dominante, a par de muitas outras uvas, como seja o Cerceal-Branco, Fernão Pires, Bical, Verdelho, Barcelo, Terrantez e outras com os habituais nomes curiosos de Uva-Cão, Cachorrinho, ou Douradinha…. Com efeito, o Encruzado é minoritário nessas vinhas velhas, tendo sido trazido para o palco principal na sequência das provas organizadas por Alberto Vilhena nos anos 50 do século passado no seio do Centro de Estudos Vitivinícola do Dão, em Nelas. Para se ter uma noção, actualmente, na região, o Encruzado está longe de ultrapassar 300 hectares de mancha total, ou seja, praticamente 3 vezes menos do que a Malvasia Fina e 2 vezes menos do que a omnipresente Fernão Pires…
Ainda a respeito da casta Encruzado, mas o mesmo sucedendo com as variedades Barcelo e Uva-Cão (ambas com cada vez maior aceitação junto de produtores e enólogos), e por esta poder ser relativamente neutra (de aroma e sabor) nos primeiros meses após o engarrafamento, tem cabido às opções de vinificação e de enologia trabalhar e exaltar algumas matizes. Por isso, no painel de vinhos provados encontrámos desde registos mais minerais (pedra molhada, minerais quebrados e até notas de giz, por vezes sinal de alguns tipos de redução) que se aproximam melhor da pureza da casta, passando por frutados (um ou outro quase tropical até), e finalmente outros mais florais (quase sempre decorrente de estágio em barrica). Em todos os vinhos, contudo, encontrámos excelentes acidezes totais e uma positiva percepção de óptima longevidade. Aliás, mesmo nos vários casos em que a casta Encruzado não aparece a solo, o pendor mineral e fresco foi uma constante nos vinhos provados.
A dupla Encruzado-Malvasia Fina (esta última de carácter mais frutado e floral) continua a aparecer em vários lotes, mas cada vez mais encontramos, sobretudo nos topos de gama, a utilização apenas de Encruzado, quando muito com recurso à companhia de pequena percentagem de Bical. A ligação funciona muito bem, pois enquanto o Encruzado proporciona nervo e agradece a utilização de barrica, a casta Bical aporta maior riqueza aromática e finura em boca. No geral, os brancos do Dão melhoram muito com 5 ou mais anos em garrafa, essencialmente por desenvolverem maior complexidade aromática e comprimento de boca, sem oxidações precoces ou perda de frescura. Talvez por isso, poucos foram os vinhos de 2020 que entraram no painel em prova, sendo que um dos primeiros classificados é, inclusivamente, um blend formado com vinhos de vários anos.
Mas se o Encruzado não é uma das castas há mais tempo reconhecida, o mesmo não se pode dizer da região do Dão. Demarcada em 1908 tem o nome do rio que percorre parte da região, cruza alguns dos seus melhores terroirs (como seja Penalva do Castelo e Santa Comba Dão) e desagua no Mondego. Com solos generalizadamente graníticos, divide-se por 7 sub-regiões, desde a solarenga Silgueiros até à invernosa Serra da Estrela. Entre os dois rios encontramos Nelas e Mangualde com as respetivas manchas vínicas, a este Seia e Gouveia e na fronteira sul a região de Arganil. Trata-se de uma região na qual a vinha tem forte implementação no dia-a-dia (incluindo para produção e consumo próprio das populações), mas a mesma está, todavia, dispersa por floresta (tantas vezes de eucaliptos), por pequenas e grandes aldeias, e até por alguma indústria.
Por vezes conhecida como a ‘Borgonha de Portugal’, pela fineza de brancos e tintos, é curioso notar uma aproximação entre as castas Chardonnay e o Encruzado na medida em que ambas enriquecem com a fermentação e estágio em barrica… A região tem como inequívoco predicado a paternidade de duas das melhores variedades nacionais: o Encruzado nos brancos e a Touriga Nacional nos tintos. Aliás, a par de expressões muito residuais de Sémillon, Sauvignon Blanc, Pinot-Blanc e Pinot Noir, a região é plantada quase exclusivamente de castas nacionais, muitas delas locais. Na última década e meia tem beneficiado do surgimento de novos produtores, simultaneamente ambiciosos e conservadores das melhores práticas. Exemplos do que vimos escrevendo são os investimentos recentes na histórica Quinta da Passarella (destaque para a enorme recuperação das vinhas e do património edificado), mas também da Niepoort, e mais recentemente MOB e Taboadella (com a adega mais bonita da região, e não só…). Com esses investimentos vieram enólogos de outros pontos do país para a região, que se juntariam a uma nova fornada local. Tanto assim é que, hoje em dia no Dão, nomes como Paulo Nunes, Nuno Mira do Ó, Jorge Alves, Jorge Moreira, Jorge Serôdio Borges e Xito Olazabal, Luis Lopes, ou Mafalda Perdigão juntam-se a quem há mais tempo oficia por estas terras, caso de Nuno Cancella de Abreu, Carlos Lucas, João Paulo Gouveia, Osvaldo Amado, Paulo Narciso, Carlos Silva ou Anselmo Mendes, entre outros. Pois bem, pedimos a alguns destes profissionais que elencassem o que os surpreende positivamente nos brancos da região, e as respostas foram maioritariamente no sentido de enaltecer a gordura natural dos vinhos na prova de boca (sobretudo do Encruzado) que dispensa, por vezes, a operação de battonage. Outro feedback que obtivemos foi a capacidade de resistência à oxidação, mesmo em mostos e vinhos com menos utilização de sulfuroso. Alguns dos melhores vinhos em prova tiveram efetivamente longos estágios em barrica, sem ou com pouquíssimo sulfuroso, em borras finas, mas muitas vezes sem necessidade de battonage. Aliás, a este respeito, julgo não existir melhor forma de fechar este texto do que elogiar a capacidade única do Dão em proporcionar brancos naturalmente com perfis de vinhos de guarda, salinos e minerais, quase sempre centrados em aromas secundários e, se mantidos alguns anos em cave, deliciosas componentes terciárias. Há lá melhor coisa?
(Artigo publicado na edição de Fevereiro de 2022)
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Nova imagem do Casal Garcia reforça identidade da marca

Com mais de 80 anos de história, a marca Casal Garcia acaba de revelar uma nova imagem, que passa sobretudo pelo reforço dos elementos gráficos que mais a caracterizam. Os vinhos Casal Garcia têm, agora, um rótulo renovado, com uma evolução visível sobretudo, segundo a Aveleda (empresa que detém a marca lançada em 1939), “na […]
Com mais de 80 anos de história, a marca Casal Garcia acaba de revelar uma nova imagem, que passa sobretudo pelo reforço dos elementos gráficos que mais a caracterizam.
Os vinhos Casal Garcia têm, agora, um rótulo renovado, com uma evolução visível sobretudo, segundo a Aveleda (empresa que detém a marca lançada em 1939), “na icónica renda que faz agora sobressair o fundo em cor viva, permitindo uma leitura mais clara. O logotipo, com um tipo de letra mais contemporâneo, eleva todo o visual. O brasão, representante máximo da heritage da marca, surge estampado a cor, o que potencia a perceção de valor e confiança. No topo, Partilha a Alegria reforça a sua força motriz e posicionamento intemporal”.
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As alterações de imagem e rótulos são transversais a toda a gama Casal Garcia, incluindo o original branco; também o Sparkling branco e rosé; e ainda as Sangrias tinta, branca e Frutos Vermelhos. Nestas últimas, o rótulo passa a dar um maior destaque às frutas, com o objectivo de conferir maior sensação de frescura e de tornar o produto mais apelativo.
“Casal Garcia é uma marca com mais de 80 anos e, naturalmente, a evolução da sua imagem acompanha esta passagem de gerações. A nova imagem valoriza os elementos icónicos que sempre fizeram parte da essência da marca e reforça os valores da partilha, energia e Alegria”, explica Isabel Barbosa, Senior Brand Manager da Casal Garcia.
O anúncio da nova imagem, por parte da marca, vem acompanhado da notícia de que está para breve a introdução de novos produtos no mercado, algo que será “comunicado brevemente”.
Cabrito é rei no evento Arcos à Mesa, em Arcos de Valdevez

No fim-de-semana de 9 e 10 de Abril, o Município de Arcos de Valdevez organiza mais uma edição da iniciativa “Arcos à Mesa”, com os restaurantes arcuenses, onde a estrela é o Cabritinho Mamão da Serra. Este prato tradicional da gastronomia arcuense será servido em 19 restaurantes aderentes, ao lado de outras iguarias da locais, […]
No fim-de-semana de 9 e 10 de Abril, o Município de Arcos de Valdevez organiza mais uma edição da iniciativa “Arcos à Mesa”, com os restaurantes arcuenses, onde a estrela é o Cabritinho Mamão da Serra.
Este prato tradicional da gastronomia arcuense será servido em 19 restaurantes aderentes, ao lado de outras iguarias da locais, como a laranja de Ermelo, charutos de ovos, bolo de discos, tudo harmonizado os vinhos da região (Vinho Verde).
O Município de Arcos de Valdevez sugere às famílias, neste fim-de-semana “uma visita ao concelho”, com destaque para “o Paço de Giela, Monumento Nacional, as Oficinas de Criatividade Himalaya, o Centro Interpretativo do Barroco, a Peneda, Sistelo, Monumento Nacional e uma das 7 Maravilhas de Portugal, e Soajo, conhecido pela sua Eira dos Espigueiros Comunitária”; aproveitando de uma forma mais completa o itinerário pelos restaurantes que serão palco do Arcos à Mesa.
Consulte o programa do Arcos à Mesa e a lista dos restaurantes AQUI.
Garage Wines abre wine bar em Matosinhos

“Garage Wines” já era nome de uma das mais conhecidas garrafeiras do país, e do Porto, e agora é também o nome de um wine bar situado na mesma rua, em Matosinhos. Localizado no edifício da Casa da Arquitectura e da Real Vinícola, na Avenida Menéres, o mais recente projecto de Ivone Ribeiro partilha o […]
“Garage Wines” já era nome de uma das mais conhecidas garrafeiras do país, e do Porto, e agora é também o nome de um wine bar situado na mesma rua, em Matosinhos.
Localizado no edifício da Casa da Arquitectura e da Real Vinícola, na Avenida Menéres, o mais recente projecto de Ivone Ribeiro partilha o conceito com a loja de vinhos — fundada há mais de 8 anos — da dedicação aos “vinhos de garagem”, designação que a carismática empresária usa para descrever “os vinhos de pequenos produtores, nacionais e estrangeiros”.
“Nós trabalhamos com muita paixão pelo vinho! E a ideia de poder explorar esse conceito, para além de vender garrafas de vinho ao consumidor final, foi tentar proporcionar a esses mesmos consumidores, aos nossos actuais clientes e aos novos, a experimentação do vinho a copo, elevando ainda mais a imagem de qualidade e diferenciação dos vinhos portugueses, que provavelmente nunca experimentariam se não lhes fossem dados a provar desta forma”, explica Ivone Ribeiro.
A carta de vinhos apresenta uma selecção de cerca de 50 vinhos a copo — entre tintos, brancos, rosés, espumantes, Champagne, vinho do Porto e Madeira — que se conjugam com a sugestão de petiscos pensada de raíz pelo Chef Luís Américo. Não faltam também queijos e enchidos, entre outros apontamentos quentes e frios, nem doces para rematar o momento. “Nada neste bar é deixado ao acaso, portanto, os copos e as temperaturas correctos são condição obrigatória”, refere a proprietária do espaço com capacidade para 58 lugares, cuja arquitectura de interiores tem a assinatura da empresa nrenders Arquitectura.
O bar Garage Wines está aberto de terça a quinta-feira, das 16h às 23h; e das 12h às 23h à sexta-feira e ao sábado. A partir da Primavera terá, adicionalmente, uma esplanada com 40 lugares.
Churchill’s: revolução de imagem, nova marca e um “green state of mind”

Texto: Mariana Lopes Não é só mais uma mudança de imagem, é o rebranding que queríamos e não sabíamos. A Churchill Graham — empresa produtora de vinhos do Porto e Douro, sediada em Vila Nova de Gaia, fundada em 1981 por Johnny Graham — lavou recentemente “a cara” (e a garrafa) não só aos seus […]
Texto: Mariana Lopes
Não é só mais uma mudança de imagem, é o rebranding que queríamos e não sabíamos. A Churchill Graham — empresa produtora de vinhos do Porto e Douro, sediada em Vila Nova de Gaia, fundada em 1981 por Johnny Graham — lavou recentemente “a cara” (e a garrafa) não só aos seus vinhos, mas também às plataformas online, como o site e as redes sociais, apresentando toda uma estratégia renovada e, para fechar o ciclo, um novo nome para os vinhos Douro: Grafite.

“Quisemos encontrar um espaço para o vinho do Porto dentro de um estilo de vida contemporâneo. E, por isso, procurámos uma identidade visual e uma estética para os nossos vinhos do Porto e do Douro que fosse irreverente e original, fugindo às convenções usualmente associadas a esta categoria”, explica Zoe Graham, directora de Marketing e Vendas da Churchill’s, que representa também o futuro da empresa. Neste sentido, a assinatura estética — desenvolvida em conjunto com o estúdio londrino Made Thought, responsável pela definição de imagem de marcas internacionais de renome como a cervejaria BrewDog, ou a Hunter, conhecida sobretudo pelas suas icónicas galochas — assenta nos valores “Beleza e Minimalismo”, como afirmado pela empresa, mas também na comunicação do caminho de sustentabilidade que a Churchill’s tem traçado.

Nos vinhos do Porto, além dos novos rótulos em forma de diamante, com o uso de letras somente minúsculas (ou em “caixa baixa”, na gíria jornalística), pormenores que conferem modernidade e elegância ao look total, entram, em substituição do brasão convencional, os símbolos da história da Churchill’s e da família: a coroa, a concha, e a torre. “A torre provém dos lagares de granito da Quinta da Gricha [propriedade duriense mais emblemática da empresa] e representa a filosofia de mínima intervenção da Churchill’s no processo de vinificação. A concha provém da heráldica da família Graham e representa a origem, remontando ao símbolo original utilizado pela empresa familiar quando se instalou em Portugal pela primeira vez, em 1808. A geração seguinte quis trazer de volta este símbolo da natureza, para representar o seu compromisso para com o legado e para com um futuro mais sustentável”, desenvolve Zoe Graham. As garrafas também sofreram alterações, sendo que a Churchill’s optou pelo mesmo formato/modelo em toda a gama de Porto, e a distinção entre as linhas passa a ser feita de outras formas: os Ruby, por exemplo, têm uma imagem mais clássica com a utilização, no rótulo, somente das cores branco e preto; e os Tawny, por sua vez, ganham uma garrafa transparente e mais variações de cor nos rótulos, consoante a categoria. Isto “fala” muito mais com o consumidor, que assim consegue perceber mais rapidamente que tipo de produto tem à sua frente.

Numa das gamas de vinhos Douro, uma grande novidade. O nome deixa de ser Churchill’s Estates, e é adoptado o nome Grafite, acompanhado de novas ilustrações, feitas à mão, nos rótulos. A origem de “Grafite” é, segundo Zoe, o facto de este ser o descritivo que a equipa de enologia usa muitas vezes para definir os vinhos da casa, pelas suas notas de mineralidade, e também o estilo de desenho patente no rótulo. Mas a razão da mudança é estratégica: “Com o nome Churchill’s Estates, estes vinhos nem sempre eram associados a Portugal. Decidimos, por isso, dar-lhes um nome português”, avança a directora de Marketing e Vendas. A gama inclui os Grafite Colheita branco e tinto, os varietais Tinta Roriz e Touriga Nacional, e o Grande Reserva tinto. “Utilizamos técnicas diferentes para produzir os nossos vinhos Douro, mas a filosofia é sempre a mesma, mínima intervenção e respeito pelo terroir”, diz Ricardo Pinto Nunes. “O Johnny [Graham] tem sido muito mais do que uma inspiração, e ele tem-me ensinado muito, não só sobre vinhos, mas sobretudo sobre a vida”, confessa o enólogo e director de Produção da Churchill’s.

Também as embalagens dos produtos da empresa estão diferentes, com a utilização de materiais mais ecológicos, e na procura do mínimo desperdício, recorrendo a menor quantidade dos mesmos. As cápsulas são agora 100% recicláveis, feitas a partir de 15% de resíduos de uva e 40% de fibras recicladas pós-consumo, e o papel é certificado como sustentável pela FSC – Forest Stewardship Council (“Conselho de Gestão Florestal”, uma organização global sem fins lucrativos, dedicada a promover a gestão responsável das florestas em todo o Mundo). Adicionalmente, as garrafas dos vinhos Douro são mais leves, “permitindo uma redução de 12% no peso das garrafas em toda a gama, o que representa metade do volume anual total da Churchill’s nesta categoria”, afirma a empresa.
SABIA QUE…
Johnny Graham casou-se em 1980, e o nome da sua esposa era Caroline Churchill. É daqui que vem a designação da empresa, “Churchill Graham”, fundada um ano depois.
Prémios Grandes Escolhas 2022 reuniram o melhor da fileira do vinho e da restauração

A Grandes Escolhas revelou, no dia 11 de Março de 2022, os vencedores dos Prémios Grandes Escolhas, que distinguiram os melhores dos sectores do vinho e da gastronomia em Portugal de 2021, numa cerimónia que teve lugar no Hotel Vila Galé Ópera, em Lisboa. “Estamos convencidos de que 2021 foi, para todos em geral, […]
A Grandes Escolhas revelou, no dia 11 de Março de 2022, os vencedores dos Prémios Grandes Escolhas, que distinguiram os melhores dos sectores do vinho e da gastronomia em Portugal de 2021, numa cerimónia que teve lugar no Hotel Vila Galé Ópera, em Lisboa.
“Estamos convencidos de que 2021 foi, para todos em geral, um ano cheio de significado, pela positiva. Contrariando as incertezas e fantasmas alimentados pela pandemia, o sector do vinho mostrou extraordinária resiliência e dinamismo, superando as adversidades e voltando à senda de crescimento sustentado que caracterizou o primeiro trimestre de 2020, até o vírus nos cair em cima. O vírus aí continua, é certo, mas agora sabemos viver com ele e, sobretudo, sabemos viver apesar dele, não comprometendo a nossa forma de estar, a nossa felicidade, o nosso futuro.”, afirmou Luís Lopes, director da revista Grandes Escolhas.
O evento dos Prémios Grandes Escolhas é o mais conceituado e reconhecido entre os profissionais do mundo dos vinhos e da gastronomia em território nacional. Nesta edição, que contou com presença da Ministra da Agricultura, Maria do Céu Antunes, foi anunciado o TOP 30 dos melhores vinhos portugueses de 2021, que resultam de quase 5 mil notas de prova, individuais e colectivas, levadas a cabo pelo painel de provadores da revista. A equipa da Grandes Escolhas escolheu ainda os melhores cinco vinhos do ano em cada categoria: tinto, branco, espumante, fortificado e rosé. A par destes galardões, a revista Grandes Escolhas premiou ainda o trabalho de empresas, instituições, produtores e profissionais deste sector e da restauração, através da atribuição dos 20 Troféus Grandes Escolhas.
E com o intuito de promover um momento de interação entre patrocinadores, produtores e profissionais do sector, o evento deste ano, que conjugou a presença de um número limitado de convidados com a transmissão via streaming, voltou a promover o convívio de importantes figuras do mundo do vinho, e a prova de alguns dos vinhos galardoados, no final da cerimónia.
A revista Grandes Escolhas, considerada uma referência na área dos vinhos, com uma prestigiada equipa de críticos e jornalistas, tem vindo a distinguir anualmente o trabalho de excelência desenvolvido nos sectores vitivinícola e gastronómico em Portugal. Esta cerimónia visa homenagear todos os que trabalham nestas áreas e que valorizam o melhor que o nosso país tem para oferecer.
Movimento “Nós do Vinho” ajuda refugiados da Ucrânia ligados ao sector

As produtoras Eduarda Dias (Vadio), Francisca Van Zeller (Aveleda) e Mariana Roque do Vale (Casa Clara/Ermo Wines), juntaram-se para criar o movimento “Nós do Vinho”, que apoia o acolhimento e integração, em Portugal, de refugiados ligados ao sector do vinho na Ucrânia, como sommeliers e outros funcionários HoReCa, jornalistas, importadores, produtores, entre outros. “A iniciativa […]
As produtoras Eduarda Dias (Vadio), Francisca Van Zeller (Aveleda) e Mariana Roque do Vale (Casa Clara/Ermo Wines), juntaram-se para criar o movimento “Nós do Vinho”, que apoia o acolhimento e integração, em Portugal, de refugiados ligados ao sector do vinho na Ucrânia, como sommeliers e outros funcionários HoReCa, jornalistas, importadores, produtores, entre outros.
“A iniciativa partiu do repto de ajuda lançado à Eduarda Dias pelo importador do Vadio na Ucrânia, para o acolhimento de alguns colegas e conhecidos da área dos vinhos. Também o importador da Casa Clara esteve em contacto com a Mariana Roque do Vale desde o primeiro dia da guerra, no sentido de poderem ser acolhidos alguns trabalhadores em Portugal, o que veio a acontecer logo nos dias a seguir ao início da guerra, tendo nós, já nessa altura, ajudado com a recepção dos mesmos em Portugal, respectivo alojamento e integração”, explica o grupo de voluntárias.
A iniciativa “Nós do Vinho” tem como objectivos primordiais:
1. Identificar e receber pedidos de pessoas ligadas ao sector do vinho na Ucrânia que pretendem vir para Portugal;
2. Fazer a ponte com oportunidades de trabalho no sector do vinho em Portugal (ex. restauração, produtores, enoturismos, lojas de vinho, adegas, etc…);
3. Agendar reuniões entre oportunidades de trabalho e candidatos;
4. Acompanhar os refugiados até à chegada a Portugal. Recepção dos mesmos e encontro de alojamento, e ajuda na procura de escola quando acompanhados de crianças;
5. Apoio com toda a burocracia que se mostre necessária para início de trabalho.
“Em apenas uma semana, já ajudámos na realocação em Portugal de 8 pessoas, todas elas mulheres, e já as encaminhámos para diferentes postos de trabalho, incluindo os postos de sommelier e de outros serviços em enoturismos. Queremos, desde já, agradecer à Herdade da Malhadinha, Herdade do Rocim, Quinta da Corte e Comida Independente pela rápida resposta e acolhimento. Estamos quase a fechar outras oportunidades com mais alguns produtores”, refere o grupo criador da “Nós do Vinho”.
Se é produtor de vinho, ou representa uma empresa ligada ao sector, e tem uma ou mais vagas de trabalho disponíveis para os refugiados da Ucrânia, envie os seguintes detalhes para Francisca van Zeller — francisca.vanzeller@gmail.com — ou Eduarda Dias — eduarda.dias@vadio.pt :
Nome de Produtor/Empresa:
Morada:
Posição:
Descrição de função:
Tipo de experiência:
Nível de Inglês:
Disponibilidade de alojamento: