Moscatel Torna Viagem regressou a casa

Moscatel Torna Viagem

Após mais um périplo do navio-escola Sagres, o famoso Moscatel Torna Viagem, da José Maria da Fonseca, já regressou a Azeitão. A bordo, para uma viagem de cinco meses no mar, seguiram um casco com Moscatel de Setúbal 1911, colheita que não tinha sido anunciada na data da partida por questões de sigilo, um de […]

Após mais um périplo do navio-escola Sagres, o famoso Moscatel Torna Viagem, da José Maria da Fonseca, já regressou a Azeitão. A bordo, para uma viagem de cinco meses no mar, seguiram um casco com Moscatel de Setúbal 1911, colheita que não tinha sido anunciada na data da partida por questões de sigilo, um de Bastardinho 2011 e dois de Moscatel de Setúbal 2016. À semelhança do sucedido em ocasiões anteriores, espera-se que estes vinhos tenham desenvolvido nesta viagem uma qualidade superior, tornando-se mais aveludados e ganhando muito maior complexidade.

Vidigueira Signature com o toque do enólogo Luis Leão

Vidigueira Signature branco 2016

Luis Morgado Leão é um enólogo que tem vindo a levantar sobrolhos nos últimos anos. E o seu trabalho tem ajudado à notoriedade dos vinhos da Adega Cooperativa de Vidigueira Cuba e Alvito (ACVCA). Por isso não estranha que Luis leão tenha assinado uma colheita especial, o Vidigueira Signature branco de 2016, aquilo que poderemos […]

Luis Morgado Leão é um enólogo que tem vindo a levantar sobrolhos nos últimos anos. E o seu trabalho tem ajudado à notoriedade dos vinhos da Adega Cooperativa de Vidigueira Cuba e Alvito (ACVCA). Por isso não estranha que Luis leão tenha assinado uma colheita especial, o Vidigueira Signature branco de 2016, aquilo que poderemos chamar de um “Vinho de Autor”. Lá dentro está um lote de Antão Vaz, Perrum e Arinto, a partir de uvas produzidas em solos de xisto, como é frequente nesta área alentejana. O Vidigueira Signature branco 2016 tem 12,5⁰ de teor alcoólico e estagiou três meses em barricas de carvalho francês com removimento diário de borras. O vinho está apenas disponível nas lojas da cadeia Continente e, com a promoção a decorrer, está a €4,49.

DFJ Vinhos nas 5 melhores empresas europeias de vinhos

José Neiva Correia, DFJ Vinhos, European Winery of the Year

José Neiva Correia, enólogo-chefe e proprietário da DFJ Vinhos, está contente. A sua empresa entrou para a lista dos prémios anuais da revista americana Wine Enthusiast, na categoria “European Winery of the Year”. Esta categoria inclui mais quatro nomes (de grande prestígio, diga-se): Domaines Schlumberger (França), Dr. Loosen (Alemanha); Fontanafredda (Itália) e González Byass (Espanha). […]

José Neiva Correia, enólogo-chefe e proprietário da DFJ Vinhos, está contente. A sua empresa entrou para a lista dos prémios anuais da revista americana Wine Enthusiast, na categoria “European Winery of the Year”. Esta categoria inclui mais quatro nomes (de grande prestígio, diga-se): Domaines Schlumberger (França), Dr. Loosen (Alemanha); Fontanafredda (Itália) e González Byass (Espanha).
Este prémio integra-se num apanhado das empresas e personalidades que mais se destacam no mundo do vinho. Em liça estão 16 categorias, a maioria delas afastada do mundo fora dos Estado Unidos.
A revista vai divulgar quem vencerá dia 9 de Novembro e o jantar de entrega de prémios ocorrerá em Miami, dia 29 de Janeiro.
José Neiva Correia disse a propósito que “é uma honra sermos eleitos por esta revista americana, uma das mais influentes do mundo do vinho. Este é um excepcional reconhecimento para o trabalho desenvolvido por todos na DFJ Vinhos (…)”. Refira-se ainda que a DFJ Vinhos controla cerca de 400 hectares de vinhas, a maioria na região de Lisboa. A empresa produz uma média anual de 6 milhões de garrafas (mais de 98% exportada para mais de 50 países) com uma equipe de 34 pessoas.

Quinta Nova de Nossa Senhora do Carmo já tem museu

Quinta Nova de Nossa Senhora do Carmo, muxseu

Chama-se Wine Museum Centre Fernanda Ramos Amorim, nasceu na Quinta Nova de Nossa Senhora do Carmo e é o mais recente museu do Douro. Com mais de 12.000 turistas anuais, o projecto enoturístico desta quinta situada na margem direita do rio, perto do Pinhão, que já contempla alojamento e restaurante, fica ainda mais completo. O […]

Chama-se Wine Museum Centre Fernanda Ramos Amorim, nasceu na Quinta Nova de Nossa Senhora do Carmo e é o mais recente museu do Douro. Com mais de 12.000 turistas anuais, o projecto enoturístico desta quinta situada na margem direita do rio, perto do Pinhão, que já contempla alojamento e restaurante, fica ainda mais completo.
O museu resulta do sonho da coleccionadora, Fernanda Amorim, de preservar a memória cultural da região do Douro, partilhando-a com todos os amantes de vinho que a visitam. O edifício foi desenhado por Arnaldo Barbosa, considerado um dos “arquitectos do Douro”, e os conteúdos estiveram a cargo da empresa de museologia MUSE, com a colaboração da Fundação Museu do Douro. O espólio reflecte a tradição secular do Douro, agora apresentada num acervo representativo do ciclo produtivo do Vinho do Porto, com peças dos séculos XIX e XX, reunidas ao longo de vários anos por Fernanda Ramos Amorim.

Magos Irrigation Systems tem novo site

Magos Irrigation Systems

Dando continuidade à sua estratégia de partilha de conhecimento com os agricultores sobre soluções de rega, a Magos Irrigation Systems inaugurou um novo site na Internet. Localizado no endereço www.magos.pt, o site foi completamente remodelado e tem novas funcionalidades. Entre elas, destaca-se a possibilidade de funcionar em todas as plataformas, incluindo tablets e telemóveis. Recorde-se […]

Dando continuidade à sua estratégia de partilha de conhecimento com os agricultores sobre soluções de rega, a Magos Irrigation Systems inaugurou um novo site na Internet. Localizado no endereço www.magos.pt, o site foi completamente remodelado e tem novas funcionalidades. Entre elas, destaca-se a possibilidade de funcionar em todas as plataformas, incluindo tablets e telemóveis. Recorde-se que a Magos afirma-se como “líder no sector e com actividade exclusiva em sistemas de rega”, incluindo a rega gota-a-gota, por aspersão e por pivot. A empresa cobre todo o leque de soluções, desde o projecto à instalação, incluindo suporte pós-venda. Do seu portefólio de clientes incluem-se grandes produtores de vinhos como a Symington Family Estates.

Mundus Vini Summer Tasting deu boas medalhas para Portugal

Mundus Vini 2017

O concurso alemão decorre sem interrupções há 16 anos e este ano reuniu quase 4.300 vinhos, provenientes de 42 zonas de vinho de todo o mundo. Os vinhos foram avaliados por um conjunto de 164 jurados, oriundos de 41 países. Portugal trouxe duas medalhas Grande Ouro, 69 de Ouro e 80 de Prata. Os Grande […]

O concurso alemão decorre sem interrupções há 16 anos e este ano reuniu quase 4.300 vinhos, provenientes de 42 zonas de vinho de todo o mundo. Os vinhos foram avaliados por um conjunto de 164 jurados, oriundos de 41 países.
Portugal trouxe duas medalhas Grande Ouro, 69 de Ouro e 80 de Prata. Os Grande Ouro foram para o branco alentejano Conde d’ Ervideira Reserva 2016 e para o tinto duriense Quinta do Cume Grande Reserva 2014. Estes dois vinhos levaram ainda o título de “Best of Show”, indicando que foram os melhores portugueses nas categorias de branco e tinto, respectivamente.
Os vinhos portugueses, já agora, trouxeram um conjunto de medalhas invejável, especialmente se considerarmos que os produtores de vinho da Itália (que inscreveram 1.200 vinhos), Alemanha (800) e Espanha (750) enviaram muito mais amostras que os produtores portugueses (325). O único país que ombreou connosco foi a França, mas os gauleses, contudo, trouxeram muito menos medalhas: 5 Grande Ouro, 41 de Ouro e 60 de Prata (contra, relembramos, 2, 69 e 80 para os néctares portugueses). Os países com mais medalhas foram Itália (411), Alemanha, (341) e Espanha (340).
O título de “Melhor produtor português” foi para a Sogrape Vinhos, que trouxe 5 medalhas de Ouro e 7 de Prata.
Nota de realce ainda para os vinhos de alguns países que podemos considerar como ‘exóticos’ no mundo do vinho. Brunei e Taiwan, por exemplo; mas também a Dinamarca e a Bélgica, que conseguiram, inclusive, algumas medalhas.
A competição decorreu em Neustadt an der Weinstrasse e foi organizada pela editora Meininger Verlag, especialista em órgão de comunicação social para a indústria do vinho.
Pode consultar os resultados completos no site do concurso.

BCook: ingredientes frescos e receitas entregues em mão

Quer apreciar receitas saudáveis mas não tem tempo para ir às compras nem para estar a pensar no que vai cozinhar? A resposta é o serviço BCook, que lhe entrega à porta de casa ou do escritório os ingredientes selecionados pelo chef Joe Best (e nas quantidades exactas, o que permite reduzir o desperdício) para […]

Quer apreciar receitas saudáveis mas não tem tempo para ir às compras nem para estar a pensar no que vai cozinhar? A resposta é o serviço BCook, que lhe entrega à porta de casa ou do escritório os ingredientes selecionados pelo chef Joe Best (e nas quantidades exactas, o que permite reduzir o desperdício) para cozinhar, em cerca de 30 minutos, as receitas criadas pela chef Mónica Pereira em colaboração com a nutricionista Tânia Barbosa.
“Portugal ainda não tinha um projeto desta natureza, já muito comum noutros países, que promovesse uma alimentação saudável e equilibrada e, em simultâneo, fizesse despertar nas pessoas uma vontade de (re)descobrir o prazer de cozinhar”, resume Miguel Silva, responsável pelo projecto.
Para pertencerem à comunidade BCook, os clientes apenas têm de se registar em www.bcook.pt e escolher a modalidade preferida: uma subscrição flexível, para receberem, todas as semanas, uma caixa BCook com duas ou três receitas e todos os ingredientes necessários, separados e pesados na quantidade certa para confecionarem os pratos que escolheram, para duas ou quatro pessoas, com transporte gratuito; ou uma encomenda singular, com a BCook Tester, uma caixa com uma receita e todos os ingredientes necessários, também para duas ou quatro pessoas.

O arranque do ’BAIRRADA Vinhos & Sabores 2017’, que decorreu no Velódromo Nacional – Centro de Alto Rendimento de Sangalhos, no concelho de Anadia, até Domingo, dia 10 de Setembro, foi marcado pelo anúncio e entrega de prémios do ‘Concurso de Espumantes Bairrada 2017’. O grande vencedor desta edição foi o ‘São Domingos Elpídio 80 branco 2011’, uma edição limitada (4.821 garrafas) de um espumante premium, que a Caves do Solar de São Domingos acaba de lançar para celebrar a efeméride dos 80 anos da empresa e uma homenagem ao seu fundador, Elpídio Martins Semedo.

De entre os mais de 50 espumantes a Concurso – que se realizou na manhã do dia 8, no Museu do Vinho Bairrada, em Anadia, perante um painel de jurados composto por jornalistas, críticos de vinhos, enólogos e representantes do comércio –, foram treze os laureados com Medalha de Ouro (lista completa abaixo).

De destacar o facto de entre os “espumantes de ouro” seis serem da categoria ‘Baga Bairrada’: ‘Aliança Baga Bairrada Reserva branco 2014’ (Aliança Vinhos de Portugal), ‘Faina Maior Baga Bairrada branco 2014’ (Caves São João para um projecto de parceria entre o Município de Ílhavo e Associação Rota da Bairrada), ‘Montanha Baga Bairrada Grande Cuvée branco 2013’ (Caves da Montanha), ‘Primavera Baga Bairrada branco 2015’ (Caves Primavera), ‘Quinta do Poço do Lobo Baga Bairrada branco 2014’ (Caves São João) e o ‘São Domingos Baga Bairrada branco 2013 (Caves do Solar de São Domingos).

O ‘Concurso Espumantes Bairrada’ acontece de dois em dois anos, intercalado com o ‘Concurso de Vinhos e Espumantes Bairrada’. A última edição foi em 2015 e a Grande Medalha de Ouro foi também atribuída a um espumante da Caves do Solar de São Domingos: o ‘Lopo de Freitas branco 2010’.

‘São Domingos Elpídio 80 branco 2011’: um espumante premium de edição limitada

O ‘São Domingos Elpídio 80 branco 2011’ é um espumante com Denominação de Origem Bairrada produzido pelo método clássico – segunda fermentação em garrafa – e resultado da combinação das castas Pinot Noir (50%) e Pinot Blanc (50%), invulgar na produção de espumantes na região. Muito elegante e complexo de aroma, revela maturidade e frescura, predominando as notas florais e minerais, e sugestões de frutos secos. Envolvente na boca, de estrutura delicada, bolha muito fina e com uma cremosidade singular, o conjunto final apresenta-se nobre e sofisticado. A servir entre os 6 e 8.°C, acompanha pratos de carne, de peixe e marisco, mas brilha igualmente se servido a solo, num brinde entre amigos e família.

A pureza e a nobreza do ‘São Domingos Elpídio 80 branco 2011’ expressam-se nos quatro anos de estágio em cave. Após a segunda fermentação, em garrafa, o vinho estagiou sobre leveduras durante 48 meses, a uma temperatura constante de 12°C, a fim de encontrar o equilíbrio perfeito de riqueza, sabor e elegância. Seguiu-se o processo de remuage (remoção de leveduras), feita ao longo de dois meses; o degorgement glacée, para libertar as leveduras e, por fim, a adição de licor de expedição. Depois de uma estabilização, conseguida ao fim de dois meses, está pronto a sair para o mercado.

A condizer com o propósito e sendo um espumante comemorativo, o ‘São Domingos Elpídio 80 branco 2011’ veste-se a rigor para sair à rua: a solo, numa “ilustre” caixa de cartão, ou em caixa de madeira de carvalho com três garrafas. O preço recomendado de venda ao público é de 28,50 e 75,00 euros, respectivamente.

Lista de Vencedores Concurso de Espumantes Bairrada 2017

Grande Medalha de Ouro
São Domingos Elpídio 80 branco 2011 (Caves do Solar de São Domingos)
Medalhas de Ouro
Aliança Baga Bairrada Reserva branco 2014 (Aliança Vinhos de Portugal)
Campolargo Cercial branco 2013 (Manuel dos Santos Campolargo)
Faina Maior Baga Bairrada branco 2014 (Caves São João)
Flutt branco (PositiveWine)
Luiz Costa Pinot Noir Chardonnay branco 2014 (Caves São João)
Montanha Baga Bairrada Grande Cuvée branco 2013 (Caves da Montanha)
Montanha Grande Cuvée Chardonnay-Arinto branco 2010 (Caves da Montanha)
Primavera Baga Bairrada branco 2015 (Caves Primavera)
Quinta do Poço do Lobo Baga Bairrada branco 2014 (Caves São João)
Quinta dos Abibes Arinto-Baga Reserva branco 2013 (Quinta dos Abibes)
São Domingos Baga Bairrada branco 2013 (Caves do Solar de São Domingos)
São Domingos Velha Reserva branco 2013 (Caves do Solar de São Domingos)
Unum Touriga Nacional branco 2012 (Caves Primavera)

Wine Note e Teixuga eleitos os melhores do Dão

Os vinhos Wine Note 2015 tinto, da Quinta de Reis, e Teixuga branco 2013, produzido pela Caminhos Cruzados, foram considerados os melhores do Dão, no 1º Concurso de Vinhos da Feira do Vinho do Dão – Troféu Eng.º Alberto Vilhena. O júri, composto por 15 provadores (enólogos, produtores e consultores) foi coordenado por Luís Lopes, […]

Os vinhos Wine Note 2015 tinto, da Quinta de Reis, e Teixuga branco 2013, produzido pela Caminhos Cruzados, foram considerados os melhores do Dão, no 1º Concurso de Vinhos da Feira do Vinho do Dão – Troféu Eng.º Alberto Vilhena. O júri, composto por 15 provadores (enólogos, produtores e consultores) foi coordenado por Luís Lopes, director da VINHO Grandes Escolhas.

O Wine Note 2015 (preço: 23 euros) é um tinto feito com as “castas nobres do Dão”, com enologia da Vines & Wines – Consultores/Jorge Reis e que estagiou 13 meses em barricas novas de carvalho francês. “Tenho muito gosto em fazer este vinho, que só teve até agora três edições – 2008, 2011 e 2015. É o meu Barca Velha…”, explica Jorge Reis, proprietário da Quinta de Reis. “Gostei muito deste prémio, porque o júri tinha muita gente entendida e incluía outros produtores, concorrentes meus. Não há melhor do que isto.”

Quanto ao Teixuga branco 2013 (preço de venda ao público a rondar os 35 euros), é um monocasta de Encruzado cuja enologia esteve a cargo de Carlos Magalhães e Manuel Vieira. Estagiou 19 meses em barricas novas de carvalho francês. “Este prémio é um grande reconhecimento do trabalho que temos estado a desenvolver. Vermos o nosso Teixuga destacado como o melhor vinho branco do Dão é um enorme orgulho, uma vez que esta região tem uma variedade imensa de vinhos de grande qualidade”, refere Lígia Santos, produtora da Caminhos Cruzados.

Vote para podermos seguir o estudo das castas portuguesas

Projecto 671 - Castas desconhecidas, Castas de uva desconhecidas para novos vinhos

Será que existe uma casta em Portugal potencialmente melhor do que todas as outras até agora usadas? Ou que gera aromas e sabores completamente diferentes? Ou que tem condições para aguentar como nenhuma outra os tempos de seca e calor? Ou ainda com componentes que podem ajudar a combater um cancro? Esta e outras perguntas […]

Será que existe uma casta em Portugal potencialmente melhor do que todas as outras até agora usadas? Ou que gera aromas e sabores completamente diferentes? Ou que tem condições para aguentar como nenhuma outra os tempos de seca e calor? Ou ainda com componentes que podem ajudar a combater um cancro?
Esta e outras perguntas podem ficar sem resposta se acabarem os estudos que estão a ser feitos sobre as castas portuguesas. Por falta de verba, que não por falta de interesse ou de conhecimento para os fazer… Pois bem, está em apreciação um projecto no governo, dirigido ao estudo e conservação das castas portuguesas? Para o projecto ser aprovado, precisa do nosso apoio, do nosso voto. Vá até ao site https://opp.gov.pt/projetos/todos/671-castas-de-uva-desconhecidas-para-novos-vinhos e clique no rectângulo “Votar”. Depois basta inserir o número do seu cartão de cidadão e finalizar o voto. Simples e rápido.
Vai votar em quê? Pois bem, vota no projecto 671, que tem por título “Castas de uva desconhecidas para novos vinhos”. O projecto foi redigido pelo técnico António Graça, conhecido pelo trabalho que tem desenvolvido em prol do maior conhecimento das castas nacionais e da sua evolução ao longo dos anos. António Graça não é, felizmente, o único cientista português interessado nesta matéria, mas, neste caso, foi quem “deu a cara”. O projecto tem um orçamento de 200.000 euros (uma pechincha, diremos nós, para a valia do estudo), e terá a duração de 18 meses. Na redacção do projecto, à qual fizemos dois destaques a negrito, pode ler-se em mais detalhe todo o contexto. Ora leia:

EM DEMANDA DOS SEGREDOS DA EVOLUÇÃO NATURAL DA VIDEIRA PORTUGUESA
Portugal é o país da União Europeia que apresenta o maior número de castas de uva autóctones quando comparado à área do seu território. É a multiplicidade de castas nas vinhas portuguesas que confere distinção aos vinhos portugueses e os tornam apreciados dentro e fora de fronteiras por todos os gostos e preferências. São elas que tornam os vinhos de Portugal uma experiência divertida de descoberta e surpresa, suportando a mensagem para os apreciadores: Portugal, um Mundo de Diferença! Sinal inquestionável de um centro de diversidade, verificou-se recentemente que o processo de criação natural de novas castas continua nos nossos dias em Portugal. Ou seja, o processo de diversificação não parou; antes está em curso como sempre aconteceu no nosso território desde tempos ancestrais e, potencialmente, podem existir dezenas de castas desconhecidas por entre as mais antigas vinhas que ainda subsistem em Portugal. As novidades que essas castas desconhecidas podem trazer são um mundo novo por descobrir… podem trazer novos aromas e sabores para novos vinhos, podem ajudar na adaptação às alterações climáticas, podem ser fonte de substâncias importantes para farmacêutica, cosmética ou nutrição…
Em Portugal existe uma rede de vinhas de conservação e estudo que foram multiplicadas a partir de cerca de 30.000 videiras identificadas maioritariamente em vinhas antigas, de todas as regiões vitivinícolas do Continente, Açores e Madeira, onde a diversidade ancestral se encontrava intocada no momento da recolha. É nessa coleção de videiras onde, potencialmente, existe a maior probabilidade de se encontrarem castas desconhecidas, oriundas de cruzamentos naturais. Portugal é, por isso, uma verdadeira Arca de Noé da videira, onde uma viticultura moderna, desenvolvida e eficiente soube não parar o processo natural de evolução da espécie.
A nossa proposta consiste em analisar o ADN de 5.000 a 7.000 daquelas videiras, usando os meios disponíveis em instituições científicas de todo o país e compará-lo com o das castas conhecidas. Sempre que não se encontrar uma correspondência, estar-se-á na presença de uma desconhecida potencial e essas videiras serão multiplicadas e estudadas para confirmar a sua identidade, estabelecer os seus progenitores e caracterizá-las do ponto de vista agronómico e enológico para avaliar a existência de um potencial interesse económico para o setor vitivinícola nacional. Existe aqui uma rara janela de oportunidade para afirmar Portugal na liderança mundial do conhecimento e conservação da diversidade da videira, uma fonte de resiliência e sustentabilidade em tempos de instabilidade e grandes desafios, climáticos e outros, que muitos países procuram, mas que apenas Portugal tem condições para materializar no curto prazo.