UTAD concede Doutoramento Honoris Causa a Paul Symington

É pelo seu contributo em prol dos vinhos do Douro e Porto e da Região Demarcada do Douro, que Paul Symington irá receber, no dia 4 de Outubro, o grau de Doutor Honoris Causa, pela Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro. Paul Symington dirigiu um dos maiores grupos do sector do Vinho do Porto, a […]

É pelo seu contributo em prol dos vinhos do Douro e Porto e da Região Demarcada do Douro, que Paul Symington irá receber, no dia 4 de Outubro, o grau de Doutor Honoris Causa, pela Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro.

Paul Symington dirigiu um dos maiores grupos do sector do Vinho do Porto, a Symington Family Estates e, durante quatro décadas, fê-lo crescer até níveis impressionantes, tornando-se, durante a sua gestão, num colosso da região do Douro. Retirado agora do activo da empresa, Paul continua muito ligado aos seus vinhos. O que não é de espantar, visto que manteve o barco Symington a navegar à bolina durante todos estes anos, mostrando que é através de uma grande ligação à terra e de investimento em património que se intensifica o processo de crescimento. Foi também por tudo isto que recebeu o prémio Senhor do Vinho (na foto), em 2019, pela Grandes Escolhas.

Novo produtor madeirense lança 4 vinhos e enoturismo

Garrafas Terra Bona 2018

Terra Bona é a marca do vinho, mas também o nome do projecto da família Velosa Noronha, na Madeira. Ao invés de trabalhar com vinho generoso, vulgo Vinho da Madeira, a família Velosa Noronha apostou em vinhos brancos, cuja primeira colheita ocorreu em 2017 e foi lançada no ano passado. Com bastante sucesso, diga-se de […]

Terra Bona é a marca do vinho, mas também o nome do projecto da família Velosa Noronha, na Madeira. Ao invés de trabalhar com vinho generoso, vulgo Vinho da Madeira, a família Velosa Noronha apostou em vinhos brancos, cuja primeira colheita ocorreu em 2017 e foi lançada no ano passado. Com bastante sucesso, diga-se de passagem, conquistando algumas medalhas e boas pontuações a nível internacional.
As uvas vêm da propriedade da família na costa norte da Madeira, ao pé de uma povoação chamada (Terras de) Boaventura (em latim, Terra Bona). A área é pequena e tem apenas plantada a casta Arnsburger, um cruzamento de dois clones de Riesling. A morfologia do terreno é montanhosa, com a vinha a bordejar a famosa floresta Laurissilva, considerada Património da Humanidade pela UNESCO, e um ecossistema com 25 milhões de anos. A altitude da vinha não ultrapassa os 100 metros e está instalada em socalcos, na base de um vale que vai em direcção ao mar, que fica a menos de um quilómetro de distância.
Recentemente, a empresa lançou novos vinhos, da colheita de 2018. Para além da segunda edição do Family Harvest (com 2.400 garrafas), o sucessor do primeiro vinho da casa, existe agora uma edição especial, que estagiará em garrafa durante os próximos 3 anos, antes de ir para o mercado. E vão existir dois outros brancos, de uma nova gama, chamada de “Heritage Terra Bona”. Os vinhos base são iguais, mas têm estágios diferenciados: um em barrica de carvalho francês e outro em barrica de terracota. Estas novidades não ultrapassam as 500 garrafas cada. Todos os vinhos são vinificados na Adega São Vicente, pertença do Instituto do Vinho, do Bordado e do Artesanato da Madeira (IVBAM), onde as operações são asseguradas pelo enólogo João Pedro Machado. Recorde-se que os vinhos Ilha, de Diana Silva, são também aqui produzidos.

Esta fotografia foi tirada durante a cerimónia de reconhecimento público pelos resultados internacionais obtidos com a colheita do Terra Bona branco 2017.
Da esquerda para a direita: Presidente do Município de São Vicente, José António Garcês, o enólogo João Pedro Machado, Maria João Velosa, mulher de Marco Noronha Jardim e a filha mais pequena, Maria, a presidente do IVBAM, Paula Duarte, Humberto Vasconcelos, Secretário Regional da Agricultura e Pescas e Marco Noronha Jardim, o produtor.

Mas as novidades não acabam nos vinhos e na vinha: este ano a família está a lançar as bases para o seu projecto de Turismo e Enoturismo, sob a marca, Terra Bona Nature & Vineyards, a edificar na Boaventura. Por lá vai aparecer um espaço de provas e de adega, com 6 unidades de alojamento e de outras pequenas valências. A implantação é feita em socalcos e, segundo Marco Noronha Jardim (da família proprietária) pretendeu-se minimizar o impacto arquitectónico na Natureza.
Mais informações em www.terrabonawine.com
(texto de António Falcão. Fotografias cortesia Terra Bona)

C. da Silva e Quinta de Ventozelo declaram Vintage 2017

Foi na Grande Prova de Porto Vintage 2017, organizada pelo Instituto dos Vinhos do Douro e do Porto, no Palácio da Bolsa, na cidade Invicta, que a C. da Silva e a Quinta de Ventozelo declararam 2017 como ano Vintage. A primeira fê-lo pela terceira vez consecutiva, com as suas marcas Dalva e Presidential, e […]

Foi na Grande Prova de Porto Vintage 2017, organizada pelo Instituto dos Vinhos do Douro e do Porto, no Palácio da Bolsa, na cidade Invicta, que a C. da Silva e a Quinta de Ventozelo declararam 2017 como ano Vintage. A primeira fê-lo pela terceira vez consecutiva, com as suas marcas Dalva e Presidential, e a segunda com a referência Quinta de Ventozelo, pela quarta vez desde que a Quinta foi adquirida pela Gran Cruz.

José Manuel Sousa Soares, líder da equipa de enologia da C. da Silva, afirma “Foi dos lagares mais bonitos que tivemos até hoje!”. Já a equipa de Ventozelo reforça que “A densidade dos mostos e o seu espantoso equilíbrio e qualidade generalizada fizeram de 2017 um ano singular”

Recorde-se que é apenas a sétima vez, na história do vinho do Porto, que se regista a declaração de dois anos clássicos seguidos.

Chegou mais um Évora Creative Market

É já a 20 e 21 de Setembro que a Fundação Eugénio de Almeida recebe a terceira edição do Évora Creative Market. No Páteo de São Miguel, localizado na zona do antigo castelo medieval de Évora, nascerá um mercado com 40 artesãos de vários países, com produtos criativos nas áreas do design, decoração, moda, cerâmica, […]

É já a 20 e 21 de Setembro que a Fundação Eugénio de Almeida recebe a terceira edição do Évora Creative Market. No Páteo de São Miguel, localizado na zona do antigo castelo medieval de Évora, nascerá um mercado com 40 artesãos de vários países, com produtos criativos nas áreas do design, decoração, moda, cerâmica, joalharia e gourmet.

O Évora Creative Market pretende, numa era de massificação, valorar o que é singular e o que demora tempo a criar, o que é diferenciado. Música não faltará neste evento, nem street food, complementados por diversas actividades para participar em família, como oficinas de olaria, tecelagem e cestaria, ou até desportos radicais, como escalada.

Mais informações aqui.

Port Wine Day é já a 7, 8 e 10 de Setembro

Port Wine day

Esta já é a 6.ª edição da iniciativa Port Wine Day, uma iniciativa do Instituto dos Vinhos do Douro e do Porto (IVDP), em articulação com o sector do Vinho do Porto. A intenção é festejar os 263 anos da Região Demarcada do Douro que, e para além dos socalcos, das vinhas e do rio, […]

Esta já é a 6.ª edição da iniciativa Port Wine Day, uma iniciativa do Instituto dos Vinhos do Douro e do Porto (IVDP), em articulação com o sector do Vinho do Porto. A intenção é festejar os 263 anos da Região Demarcada do Douro que, e para além dos socalcos, das vinhas e do rio, abarca também o vasto património arquitectónico, monumental e escultural.
As acções a realizar vão-se estender ao longo do Vale do Douro e incluem provas, jantares vínicos, o evento da declaração de Ano Vintage (2017), festas ao pôr-do-sol e cerimónias de entrega de prémios. Mas vamos por partes:
As celebrações terão início no dia 7 de Setembro, Sábado, no Palácio da Bolsa, no Porto, com uma Grande Prova Porto Vintage 2017 (16h), com 50 marcas presentes. Seguir-se-á um dos momentos altos do Port Wine Day 2019: a declaração de Ano Vintage 2017 pela Confraria do Vinho do Porto.
No dia seguinte, 8 de Setembro, Domingo, no Jardim das Oliveiras, no Porto, haverá uma Sunset Party, com 29 marcas presentes. A decorrer entre as 17h e as 22h, e aberta ao público, o sucesso da iniciativa em anos anteriores transformou-a num clássico do Port Wine Day. Novidade da edição 2019 será a atribuição de quatro prémios – Enoturismo, Viticultura, Enologia e Revelação – a projectos que conseguiram destacar-se na região. A entrega de prémios será efectuada no decorrer do Jantar “Douro Sustentável”, a ter lugar no Museu de Lamego no dia 10 de Setembro (20h), terça-feira. Uma oportunidade para sobretudo “brindarmos às pessoas”, sublinha Gilberto Igrejas, presidente do IVDP. E continuou: “o objectivo do Port Wine Day é atrair os apaixonados, mas paralelamente todos os outros que ainda ignoram a sua arrebatada paixão pelo vinho”.
Recorde-se que a Região Demarcada do Douro é a mais antiga região vitivinícola delimitada e regulamentada do mundo. Foi instituída pelo Marquês de Pombal em 1756 e estende-se da Vila de Barqueiros, no distrito de Vila Real, até Barca D’Alva, no distrito da Guarda. Abrange uma área de cerca de 250 mil hectares e inclui o Alto Douro Vinhateiro, classificado Património Mundial da UNESCO desde 2001.

Vinhos portugueses brilharam no Mundus Vini 2019

sala do concurso Mundus Vini Summer 2019

A 25ª edição do Concurso Mundus Vini teve lugar de 29 de Agosto a 1 de Setembro, em Neustadt, Alemanha. A edição de Verão do concurso englobou 4.409 vinhos de 40 países diferentes, que foram avaliados por 164 provadores de 45 países (incluindo três portugueses). Portugal obteve um excelente desempenho, conseguindo, por exemplo, 4 das […]

A 25ª edição do Concurso Mundus Vini teve lugar de 29 de Agosto a 1 de Setembro, em Neustadt, Alemanha. A edição de Verão do concurso englobou 4.409 vinhos de 40 países diferentes, que foram avaliados por 164 provadores de 45 países (incluindo três portugueses). Portugal obteve um excelente desempenho, conseguindo, por exemplo, 4 das 14 medalhas Grande Ouro atribuídas, o único país a conseguir este número. E foram todas para vinhos tintos, três deles de 2016. Todos eles conseguiram ainda o selo Best of Show, indicando que foram os melhores de todos os vinhos da respectiva região. Melhor ainda: ao contrário do que acontece normalmente, em que a organização não divulga os números por países, desta vez podemos fazer contas parciais, graças a Jorge Ricardo da Silva, um dos provadores portugueses (e professor do Instituto Superior de Agronomia). Sabemos assim que Portugal foi o país que teve maior percentagem de vinhos premiados, mais concretamente 46%. A seguir ficou a França (43%), Espanha (41%), (Itália, 39%) e a Alemanha (36%).
Mas vejamos aos números de presenças por país e as respectivas medalhas: Alemanha, 1.257 vinhos (307 medalhas); Itália, 851 vinhos (487 medalhas); Espanha, 691 vinhos (283 medalhas); Portugal, 284 vinhos (132 medalhas) e, finalmente, França, com 281 vinhos (122 medalhas). Finalmente, podemos dizer que, para além das 4 Grande Medalha de Ouro, os vinhos portugueses conseguiram 67 medalhas de Ouro e 61 de Prata. Pode consultar todos os resultados no site do concurso.
(texto de António Falcão. Foto cortesia Mundus Vini)
vencedores PT no concurso Mundus Vini Summer 2019
Vinhos portugueses com Grande Medalha de Ouro e…
Best of Show Douro
Quinta do Portal Douro Reserva tinto 2016 (Quinta do Portal)
Best of Show Dão
Quinta dos Carvalhais Dão Reserva tinto 2016 (Sogrape Vinhos)
Best of Show Tejo
Reserva do Paul Tejo Grande Reserva tinto 2014 (Quinta Monteiro de Matos)
Best of Show Alentejo
Esporão Alentejo Reserva tinto 2016 (Esporão)

O jantar mais exclusivo do país, a 3 de Outubro no Ritz

Sala Secret Room Ritz

Uma sala no 10º andar especialmente escolhida para o evento, a Secret Room, num dos hotéis mais exclusivos do país, o Ritz. Pratos feitos à medida e confeccionados por dois dos chefes mais conceituados de Portugal, Henrique Sá Pessoa (restaurante Alma) e José Avillez (do Belcanto). Que contam com a cozinha e o staff de […]

Uma sala no 10º andar especialmente escolhida para o evento, a Secret Room, num dos hotéis mais exclusivos do país, o Ritz. Pratos feitos à medida e confeccionados por dois dos chefes mais conceituados de Portugal, Henrique Sá Pessoa (restaurante Alma) e José Avillez (do Belcanto). Que contam com a cozinha e o staff de Pascal Maynard, o chef do Ritz. E não esquecer um conjunto de vinhos a fazer harmonia com as iguarias (ainda em segredo). O remate final da refeição ficará a cargo de Diogo Lopes, sous chef de pastelaria do Ritz. Não há grandes limites à exclusividade e, como tal, o preço é também exclusivo para cada um dos 20 lugares disponíveis: 350 euros.
Esta é a terceira edição do que aquilo que a Amuse Bouche, agência responsável pela comunicação do Ritz’s Secret Room e do festival Sangue na Guelra, considera serem “os jantares mais confidenciais da cidade”. As duas anteriores edições incluíram Eneko Atxa (Azurmendi, Espanha) e Alex Atala (D.O.M, Brasil). As reservas podem ser efectuadas para o e-mail reservas@sanguenaguelra.pt

Portuguesa descobre forma de fazer vinhos com menos grau

Alda João Sousa Rodrigues

Até agora, a produção de vinho com baixo teor alcoólico implicava quase sempre a remoção de álcool já depois de o vinho estar feito. Conseguia-se assim, por exemplo, baixar um vinho de 13 graus para os 9, ou mesmo mais. Ora, é relativamente consensual na indústria que todos os sistemas conhecidos para remoção de álcool […]

Até agora, a produção de vinho com baixo teor alcoólico implicava quase sempre a remoção de álcool já depois de o vinho estar feito. Conseguia-se assim, por exemplo, baixar um vinho de 13 graus para os 9, ou mesmo mais. Ora, é relativamente consensual na indústria que todos os sistemas conhecidos para remoção de álcool (podemos chamar-lhe desalcoolização) acabam por retirar outras coisas ao vinho, degradando a sua qualidade. Será talvez por isso que todos os casos conhecidos – ou quase – de vinhos ‘desalcoolizados’ são de baixo preço. Contudo, os números da indústria não mentem: existe um bom mercado desejoso de vinhos com menos álcool, mas é necessário que tenham boa qualidade (se tal for mesmo possível, diremos nós).
A solução poderá ter chegado através das investigações da cientista portuguesa Alda Sousa Rodrigues, a fazer o seu doutoramento na Universidade da Rioja, em Espanha. Integrada no Grupo de Investigação MicroWine do Instituto de Ciencias de la Vid y del Vino, Alda descobriu leveduras alternativas (às Saccharomyces cerevisiae) para conseguir realizar a fermentação em condições aeróbicas com redução do álcool presente no vinho. A notícia vem do site tecnovino.com, que informa que a investigadora “conseguiu encontrar a combinação do uso de leveduras seleccionadas, do arejamento do mosto nas primeiras etapas de fermentação e do controlo de factores ambientais (temperatura, a contribuição de azoto, etc.)”; com estas técnicas, a investigadora conseguiu reduzir em 3 ou 4 graus o álcool no vinho (em laboratório) e entre 1 e 2 graus em vinificações piloto). Ora, essa fermentação é realizada sem que diminuam as características sensoriais do vinho.
O estudo foi dirigido pelas investigadoras do grupo MicroWine, María Pilar Morales Calvo e Ramón González García. Este último disse à Tecnovino.com que o trabalho realizado por Alda Sousa Rodrigues é uma “etapa numa linha de investigação que tem a sua rota e vamos continuar a segui-la. Interessa-nos o problema do grau alcoólico porque é uma grande preocupação do sector nos últimos anos. Os departamentos de marketing dos produtores de vinho têm pedido aos técnicos que reduzam o grau, mas, por outro lado, que mantenham a qualidade aromática e o corpo dos vinhos, o que é incompatível sem conseguirmos que exista menos açúcar na uva ou que esse açúcar se transforme em menos álcool”. E continua o técnico:
“Que estamos nós a fazer? Estamos a trabalhar com as condições de fermentação e as leveduras que a realizam, tentando que tomem outras direcções metabólicas e em concreto apostámos pela respiração. Quando as leveduras respiram, fazem como nós e vão converter o açúcar em dióxido de carbono e água; ou seja, não produzem etanol. Todo o açúcar que consumam por esta outra via permitirá reduzir nessa mesma percentagem o álcool que vamos encontrar depois no vinho”.
O trabalho de Alda, especialista em técnicas de biologia computacional, focou ainda em outra componente importante: conseguiu também que as novas leveduras (geneticamente modificadas por ela) consigam reduzir significativamente a produção de ácido acético em presença de oxigénio, algo que seria um problema grave com as novas metodologias de fermentação.
Ramón González García disse que a tecnologia não está já pronta para amanhã, mas promete que na vindima de 2020 vão fazer ensaios em maiores escalas e “ir identificando os problemas que forem surgindo”. Toda a equipa está confiante que o processo vai ter pernas para andar. E se assim for, poderá ser uma pequena revolução no futuro próximo de algumas zonas de produção de vinho, ameaçado por ondas de calor que acabam por produzir uvas desequilibradas, com maior grau alcoólico, mas dando vinhos com menos cor e mais adstringentes, porque as maturações (alcoólica e fenólica) estão desfasadas. Até agora, em muitas zonas quentes, para terem maturações fenólicas completas, os viticultores tinham que deixar as maturações alcoólicas avançar até limites muito altos (15, 16 ou mais graus de álcool).
Pode ver aqui um vídeo (em espanhol), da própria Universidade da Rioja sobre este assunto.
(texto de António Falcão; foto cortesia da Universidade da Rioja)

Região de Lisboa está a bater recordes em 2019

Paisagem vínica da região de Lisboa

Face a 2018, a região vitivinícola de Lisboa está a crescer cerca de 20% no número de vinhos certificados e uma percentagem semelhante nos números de garrafas vendidas (mais cerca de 7 milhões). A abertura de 10 novos mercados de exportação teve certamente a ver com estes valores tão positivos, mas, diz a Comissão Vitivinícola […]

Face a 2018, a região vitivinícola de Lisboa está a crescer cerca de 20% no número de vinhos certificados e uma percentagem semelhante nos números de garrafas vendidas (mais cerca de 7 milhões). A abertura de 10 novos mercados de exportação teve certamente a ver com estes valores tão positivos, mas, diz a Comissão Vitivinícola da Região de Lisboa (CVR) em comunicado de imprensa, também tem a ver com o “crescimento sustentado das vendas em mercados estratégicos”. Por outro lado, metade dos produtores de Lisboa já exportam para fora da União Europeia. No total, as exportações ameaçam ultrapassar os 50% da produção em 2019.
Num outro registo, a CVR de Lisboa congratula-se também pelo sucesso na apólice colectiva de seguros de colheita, que neste primeiro ano abrangeu cerca de 5.000 hectares, mais de 50% das vinhas certificadas da região, e com um capital seguro de 20 milhões de euros (valor das uvas seguradas).
“Apesar da previsão de quebra de produção de cerca de 10%, reina o optimismo e estamos seguros de que mais uma vez se confirmará a qualidade na diversidade que a região permite, algo que o mercado e os consumidores estão a procurar e a valorizar”, frisou Francisco Toscano Rico, presidente da Comissão Vitivinícola da Região de Lisboa.
Refira-se ainda que, nos últimos 10 anos, muitos produtores de Lisboa têm apostado na reestruturação das suas vinhas, com uma escolha de castas e de novos modelos de plantação direccionadas para a qualidade, sustentabilidade e competitividade.

Vinalda distribui vinhos da Quinta de S. Sebastião

Os vinhos das marcas S. Sebastião e Mina Velha, produzidos pela Quinta de S. Sebastião, na Arruda dos Vinhos, vêm agora reforçar o portefólio da distribuidora Vinalda. O projecto da Quinta de S. Sebastião nasce da vontade do seu proprietário – António Parente – colocar no mapa a região de Arruda dos Vinhos, unindo vários […]

Os vinhos das marcas S. Sebastião e Mina Velha, produzidos pela Quinta de S. Sebastião, na Arruda dos Vinhos, vêm agora reforçar o portefólio da distribuidora Vinalda.

O projecto da Quinta de S. Sebastião nasce da vontade do seu proprietário – António Parente – colocar no mapa a região de Arruda dos Vinhos, unindo vários produtores locais num projecto único, sob a umbrela da Quinta. Um dos objectivos é combater uma percepção negativa antiga com a produção de vinhos de qualidade.

“Um marco da própria vida, associado à memória e ligação com a terra, fizeram da Quinta de S. Sebastião o meu lugar”, confessa António Parente. E adianta: “A minha paixão não são os vinhos, mas o que eles contam sobre um lugar. A minha ligação com a terra vem das memórias de infância, em especial da paixão pelos cavalos, pela sensação de liberdade e pela relação de afinidade que estes exigem. É este o espírito com que me dediquei à produção dos vinhos da Quinta”.

Enquanto José Espírito Santo, Diretor-Geral da Vinalda, diz que “os vinhos da Quinta de S. Sebastião vêm trazer mais diversidade e competitividade ao nosso portefólio, numa região que tem registado grande crescimento”. Ao mesmo tempo, salienta que “é uma aposta no renascer de uma sub-região com muita história, como é a Arruda dos Vinhos”.

A Quinta tem hoje várias marcas, no mercado nacional e internacional, tendo uma boa capacidade de crescimento alavancada na parceria com alguns produtores da zona da Arruda. A equipa de produção acompanha directamente todas as vinhas, de castas nacionais e internacionais, de diversas idades e com altitudes entre os 70 e os 450 metros.